UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA MARTA APARECIDA GOULART Perfil Clínico e Funcional do Idoso Atendido no Centro Mais Vida do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil, 2011 Belo Horizonte 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Reitor Prof. Clélio Campolina Diniz Vice-Reitor Rocksane de Carvalho Norton Pró-Reitor de Pós-Graduação Prof. Ricardo Santiago Gomez Pró-Reitor de Pesquisa Prof. Renato de Lima Santos FACULDADE DE MEDICINA Diretor Prof. Francisco José Penna Chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social Prof. Antônio Leite Alves Radicchi PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA Coordenador Profa. Elza Machado de Melo MARTA APARECIDA GOULART Perfil Clínico e Funcional do Idoso Atendido no Centro Mais Vida do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil, 2011 Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência do Departamento de Medicina Preventiva e Social, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, como pré-requisito à obtenção do título de Mestre. Orientadora: Professora Elizabeth Costa Dias Coorientador: Professor Edgar Nunes de Moraes Belo Horizonte 2013 Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca J. Baeta Vianna – Campus Saúde UFMG Goulart, Marta Aparecida. G694p Perfil clínico e funcional do idoso atendido no Centro Mais Vida do Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil, 2011 [manuscrito]. / Marta Aparecida Goulart. - - Belo Horizonte: 2013. 103f. Orientadora: Elizabeth Costa Dias. Co-Orientador: Edgar Nunes de Moraes. Área de concentração: Promoção de Saúde e Prevenção da Violência. Dissertação (mestrado): Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina. 1. Idoso Fragilizado. 2. Perfil de Saúde. 3. Avaliação Geriátrica. 4. Fatores Socioeconômicos. 5. Estudos Transversais. 6. Dissertações Acadêmicas. I. Dias, Elizabeth Costa. II. Moraes, Edgar Nunes de. III. Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina. IV. Título. NLM: WT 141 Dedico este trabalho a todos os idosos, que são grandes exemplos de vida, especialmente, meus queridos pais. Ao Instituto Jenny de Andrade Faria, pela oportunidade, por compartilhar saberes e pelo trabalho em prol dos idosos. Ao meu marido, minha filha, familiares e colegas que estiveram presentes em todos os momentos de minha formação. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pelo dom da vida e suas maravilhas. À Professora Beth e Professor Edgar por compartilharem seus conhecimentos e tornarem possível a conclusão desta dissertação. Ao Professor Horácio, que calmamente soube ensinar e foi de fundamental importância na realização deste estudo. Ao Professor Rodrigo Santos pelas valiosas sugestões e contribuições. À Professora Elza, por abrir caminhos à aprendizagem. A todos os meus colegas de curso e, especialmente, à Dorotéia pelo companheirismo e por dividirmos os momentos de aperto. À Suzana Mara, Danielle Campos, Izabela Nunes e Renata Soares cujas contribuições foram fundamentais na realização desse trabalho, à Madu pela atenção e carinho e todas as pessoas do IJAF e HC/UFMG que de alguma forma contribuíram para a concretização desse trabalho. Aos grandes amores de minha vida, meu marido e minha filha, por compreenderem minha ausência. Agradeço também, de forma muito especial, aos meus irmãos e irmãs por tudo que representam para mim. Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. Fernando Pessoa RESUMO Objetivos: caracterizar o perfil clínico e funcional de amostra de idosos atendidos no Centro Mais Vida do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, no período de dezembro de 2011 a novembro de 2012. Material e Métodos: trata-se de estudo descritivo, transversal cuja amostra constou de 894 idosos. Foram analisadas as variáveis sexo, idade, escolaridade e funcionalidade global, considerando a cognição, humor, mobilidade e comunicação. Também foram analisadas as doenças e condições de saúde mais frequentes, o número de medicamentos utilizados e de encaminhamentos realizados para o Serviço de Geriatria de Referência e de outras especialidades médicas. Resultados: entre os idosos 73,4% eram do sexo feminino; 18,8% tinham 60 a 69 anos, 40,5% entre 70 a 79 e 40,6% contavam 80 anos ou mais. Quanto à escolaridade 63,5% frequentaram apenas o ensino fundamental. A função mais comprometida foi a visão em 72,6% dos casos; a postura em 53,9% dos idosos; a cognição em 52,1%; o humor em 51,9% e a continência urinária em 50,4%. As doenças e condições de saúde mais frequentes identificadas foram hipertensão arterial em 74,5% dos atendidos, distúrbios de visão em 43,1% e depressão em 37,3% da população do estudo. Sobre os encaminhamentos realizados 45,4% foram para o Serviço de Geriatria de Referência. A maior parte dos idosos fazia uso de pelo menos um medicamento (44%). Ressalta-se que há inexistência de uniformidade no preenchimento dos planos de cuidado e uma proporção elevada de dados faltantes para as variáveis. Discussão: os resultados do estudo têm o potencial de contribuir para a melhoria do atendimento aos idosos no Centro Mais Vida, no sentido de identificar as principais enfermidades e agravos. Contudo, ressalta-se a necessidade de melhoria das informações para que possam ser feitas inferências mais robustas sobre os idosos atendidos. Produtos originados desta dissertação: esse trabalho deu origem a dois artigos submetidos a periódicos. Palavras-chave: Idoso. Idoso frágil. Perfil clínico. Perfil Funcional. ABSTRACT Goals: characterizing the clinical and functional profile of elderly sample in the Centre More Life of Hospital das Clínicas of the Federal University of Minas Gerais, in the period between December 2011 to November 2012. Material and methods: this descriptive cross-sectional study, which sample consisted of 894 elderly people. Variables were analysed by sex, age, education and overall functionality, whereas cognition, mood, mobility and communication. There was also an analysis of the most common diseases and health conditions, the number of medications used and referrals made to the service of Geriatrics of Reference and other medical specialties. Results: among the elderly, 73.4% were female; 18.8% were 60 to 69 years old, 40.5% were between 70 to 79 and 40.6% were 80 years or older. Regarding schooling, 63.5% attended only elementary school. The function more compromised was the vision in 72.65 of the cases; posture with 53.9% of incidence; cognition in 52.1% of the cases; the mood at 51.9% and continence in 50.4%. Diseases and health conditions most frequently identified were hypertension in 74.5% of the attendances, vision disorders in 43.1% and depression in 37.3% of the population of the study. About the referrals made, 45.4% were for the service of Geriatrics of reference. Most of the elderly made use of at least one medicine (44%). It should be noted that there is a lack of uniformity in the completion of plans of healthcare and a high proportion of missing data for the variables. Discussion: the results of the study have the potential to contribute to the improvement of care for the elderly in More Life Centre, in order to identify the main illnesses and diseases. However, emphasized the need for improved information so that more robust inferences can be made about the elderly. Products originated by this dissertation: this work has resulted in two papers submitted to journals. Keywords: Elderly. Elderly frail. Clinical profile. Functional Profile. LISTA DE TABELAS Tabela 1 Frequência da população estudada e amostral por Distrito Sanitário de Belo Horizonte.......................................................33 Tabela 2 Distritos Sanitários e número de Centros de Saúde, Belo Horizonte, 2012..........................................................................34 Tabela 3 Perfil sócio demográfico dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011............................................37 Tabela 4 Comprometimento da funcionalidade global dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011..39 Tabela 5 Doenças e condições de saúde dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011...................................40 Tabela 6 Número de medicamentos utilizados pelos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011.......................42 Tabela 7 Número de encaminhamentos dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011...................................43 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS APS Atenção Primária à Saúde AVD Atividades de vida diária BH Belo Horizonte BIREME Biblioteca Regional de Medicina BVS Biblioteca Virtual em Saúde CAAE Certificado de Apresentação para Apreciação Ética Cia. Companhia CMC Central de Marcação de Consulta CNS Conselho Nacional de Saúde COEP Comitê de Ética em Pesquisa Cols. Colaboradores Crasi Centro de Referência em Assistência à Saúde do Idoso CS Centros de Saúde DEPE Diretoria de Ensino e Pesquisa DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis DS Distrito Sanitário etc. Et Cetera et al. Et alii ex. Exemplo GM Gabinete do Ministério HC Hospital das Clínicas IJAF Instituto Jenny de Andrade Faria IMC Índice de Massa Corporal Kg Kilograma LC Linha de Cuidado LILACS Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde LOS Lei Orgânica de Saúde MEDLINE Literatura Internacional em Ciências da Saúde MG Minas Gerais MS Ministério da Saúde Nº Número NOAS Norma Operacional de Assistência à Saúde NUGG Núcleo de Geriatra e Gerontologia OMS Organização Mundial de Saúde OPAS Organização Pan-Americana de Saúde PBH Prefeitura de Belo Horizonte PDR Plano Diretor de Regionalização PNAD Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios PNH Política Nacional de Humanização PNI Política Nacional do Idoso PNSI Política Nacional de Saúde do Idoso PSF Programa Saúde da Família RASs Redes de Atenção à Saúde RS Rio Grande do Sul SABE Saúde, Bem-estar e Envelhecimento SAS Secretaria de Assistência à Saúde SciELO Scientific Eletronic Library Online SMSA Secretaria Municipal de Saúde SES Secretaria Estadual de Saúde SP São Paulo SISREG Sistema de Regulação SPSS Statistical Package for the Social Sciences SUAS Sistema Único de Assistência Social SUS Sistema Único de Saúde TAB. Tabela UBS Unidade Básica de Saúde UnATI/UERJ Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UFMG Universidade Federal de Minas Gerais UPAs Unidades de Pronto Atendimento VIGITEL Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 15 2.1 Saúde do Idoso .................................................................................................... 15 2.2 Políticas públicas e organização da atenção à saúde do idoso no Brasil......... 17 2.3 Modelos de atenção à saúde do idoso................................................................. 19 2.4 A regionalização da saúde em Minas Gerais .................................................... 23 2.5 Belo Horizonte e a regionalização da saúde no SUS......................................... 24 2.6 O Centro Mais Vida e o Hospital das Clínicas da UFMG............................... 25 2.7 Avaliação geriátrica do idoso no Centro Mais Vida do HC/UFMG............... 27 2.8 O Plano de cuidados............................................................................................ 28 3 OBJETIVOS............................................................................................................ 31 3.1 Objetivo geral....................................................................................................... 31 3.2 Objetivos específicos............................................................................................ 31 4 MÉTODO................................................................................................................ 32 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................... 36 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 44 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 45 APÊNDICES ............................................................................................................. 51 ANEXOS .................................................................................................................... 58 12 1 INTRODUÇÃO O envelhecimento populacional, traduzido no aumento do peso relativo das pessoas acima de 60 anos de idade, na população brasileira, ocorre de modo acelerado e resulta das transições demográfica e epidemiológica. Segundo as projeções estatísticas da OMS, entre 1950 e 2025, a população de idosos no Brasil crescerá 16 vezes contra 5 vezes da população total. Nesse processo de transição da estrutura etária a proporção de pessoas com 60 anos ou mais está crescendo mais rapidamente que a de qualquer outra faixa etária. No Brasil, vem ocorrendo desde 1960 e levará a mudanças drásticas do padrão da pirâmide populacional (MS, 2002; CAMARANO; PASINATO, 2004; OPAS, 2005; NASRI, 2008). O fenômeno está relacionado à melhoria das condições de vida, ao aumento da esperança de vida ao nascer, à queda da fecundidade e da mortalidade e também à melhoria dos serviços de saúde (CARVALHO; WONG, 2008; CAMARANO; PASINATO, 2004; NASRI, 2008). A transição demográfica é caracterizada pela mudança de uma situação de alta mortalidade e fecundidade, com predomínio de uma população jovem em expansão, para uma de baixa mortalidade e fecundidade. A transição epidemiológica resulta em mudança no perfil de saúde. É caracterizada pelo aumento das enfermidades crônicas não transmissíveis e pela importância crescente de diversos fatores de risco para a saúde, que demandam ações preventivas (MS, 2002). Essas mudanças acarretaram novas demandas de atenção à saúde, em especial de ações preventivas de promoção e recuperação da saúde e aumento dos gastos com saúde da população idosa. Os maiores desafios decorrentes do envelhecimento da população serão, entre outros, a prevenção e o retardo de doenças e fragilidades (MS, 2002; VERAS, 2012a). A assistência à saúde do idoso, por meio do modelo tradicional, não tem se mostrado adequada, uma vez que os idosos costumam apresentar uma somatória de sinais e sintomas resultantes de várias doenças concomitantes e insuficiência de um sistema fisiológico pode levar à insufuciência de outro. A abordagem médica é focada em uma queixa principal, sendo todas as queixas do paciente explicadas como se fossem uma única doença (MS, 2002). A atenção ao idoso deve ser renovada de forma integrada e por meio de instrumentos capazes de disseminar conhecimentos e compartilhar experiências. Assim, a avaliação do idoso deve ser multidimensional de modo a contemplar as dimensões envolvidas no processo saúde-doença, para que os problemas de saúde considerados “decorrentes da idade” recebam abordagem adequada, por meio da elaboração do plano de cuidados. A prática geriátrica 13 moderna é fundamentada na identificação, avaliação e tratamento do idoso frágil, por se tratar do paciente que mais necessita de cuidados (LOURENÇO, 2010; MORAES, 2012). No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência ao idoso, é feita com as Equipes de Saúde da Família, os Hospitais Gerais e os Centros de Referência à Saúde do Idoso. Em abril de 2002, por meio da Portaria nº 702/GM, foram estabelecidos os mecanismos de organização e implantação das Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso. A assistência ao paciente é exercida pelo médico clínico e equipe visando a independência e autonomia do paciente. Os casos selecionados de acordo com os critérios estabelecidos são atendidos pelo geriatra e equipe especializada por meio de referenciamento para os Núcleos ou Centros de Referência (MS, 2002; MG, 2006). Os Centros de Referência à Saúde do Idoso realizam atendimento por meio de uma equipe multiprofissional, com enfoque geriátrico/gerontológico, mediante coleta e registro das informações em instrumento validado com identificação dos problemas de saúde que orientarão o diagnóstico e o tratamento adequado (MS, 2002; MS, 2006). Em 2010, a Secretaria Estadual da Saúde (SES/MG), Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA/BH) e o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG) implantaram o Programa Mais Vida com objetivo de melhorar a qualidade de vida da pessoa idosa, à partir da implantação de uma Rede de Atenção à Saúde da População Idosa no Estado. Dentro dos princípios e diretrizes do SUS, equidade, universalidade e integridade, suas ações incluem a descentralização da assistência, a organização da rede e a capacitação dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) (HC/UFMG, 2012; NORONHA; LIMA; MACHADO, 2008). Com o envelhecimento populacional há uma maior demanda por serviços de prevenção e promoção à saúde da população idosa e formação de recursos humanos para a APS, com competências orientadas para as especificidades do idoso. Os serviços inovadores servirão de base para implantação de novas práticas. Nesse contexto, existe uma demanda por estratégias que viabilizem o envelhecimento ativo com cidadania (MOTTA; AGUIAR, 2006; ASSIS, 2010). As estratégias de prevenção e monitoramento das condições de saúde de uma população e dos fatores associados a essas condições apresentam como um de seus objetivos a construção de uma base de dados sobre os doentes crônicos. Buscando melhorar a qualidade de vida e a abordagem terapêutica deve-se valorizar a informação epidemiológica em saúde coletiva. Essas informações podem prever eventos e possibilitar o diagnóstico precoce, retardando o aparecimento de agravos, como as doenças crônicas (VERAS, 2009). 14 Segundo Gondim et al. (2011), “as vigilâncias são componentes setoriais da promoção da saúde e estão submetidas aos mesmos desafios, num contexto em que predominam demandas sociais por melhorias no acesso e na qualidade do cuidado”. Motta e Aguiar (2006), afirmam que “a atenção integral à saúde só é alcançável quando o trabalho se articula quebrando a fragmentação entre os saberes e práticas”. A prática interdisciplinar e multidimensional pode contribuir na produção do conhecimento e interferir na saúde da população. Mas o desenvolvimento de pesquisas e formação de recursos humanos para as vigilâncias em saúde ainda é um desafio, sendo necessária a cooperação entre serviços, universidades e institutos de pesquisa. Conforme o “Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, 2011 a 2022”, em 2008, 63,0% (36 milhões) de morte no mundo aconteceram em razão das doenças crônicas não-transmissíveis. Destaca-se as doenças do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica. No Brasil, as doenças crônicas não-transmissíveis são responsáveis por 72,0% das causas de óbito sendo 31,3% por doenças do aparelho circulatório, 16,3% por câncer, 5,2% por diabetes e 5,8% por doença respiratória crônica; atingindo indivíduos dos grupos vulneráveis, como os idosos, de forma mais intensa (MALTA et al., 2011). Giacomin et al. (2008) realizaram estudo de base populacional dos fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os resultados do trabalho reforçam a necessidade de políticas públicas que retardem ou reduzam incapacidades; havendo grande demanda por atividades de reabilitação. Para os autores, as condições crônicas associadas às incapacidades são passíveis de prevenção. Esse estudo busca contribuir para dar maior visibilidade e aperfeiçoar a experiência pioneira do Centro Mais Vida, desenvolvida pelo Instituto Jenny de Andrade Faria, e auxiliar na busca de estratégias de prevenção das condições de saúde do idoso, monitoramento dos fatores associados a essas condições e a melhoria do atendimento; com impacto na qualidade do cuidado e no custo assistencial. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Saúde do Idoso O processo saúde-doença é dinâmico, complexo e multidimensional e engloba dimensões biológicas, psicológicas, socioculturais, econômicas, ambientais e políticas. O conceito de saúde, definido inicialmente como “estado de ausência de doenças”, vem sofrendo mudanças e em 1948, a Organização Mundial da Saúde (OMS), conceituou como “estado de completo bem-estar físico, mental e social” (GODIM et al., 2011). A Lei Orgânica de Saúde (LOS), Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, foi além da concepção apresentada pela OMS, incorporando a explicitação dos fatores determinantes e condicionantes do processo saúde-doença, entre outros, alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso a bens e serviços essenciais (GODIM et al., 2011). As condições de saúde incorporam certos estados fisiológicos, como a gravidez, e os acompanhamentos dos ciclos de vida. Essas condições vão além de doenças e são de responsabilidade dos sistemas de atenção à saúde. No idoso as condições de saúde são representadas por doenças ou comorbidades e incapacidades, entre outras (MENDES, 2012; MORAES, 2012). Mendes (2012), define condições de saúde como: [...] circunstâncias na saúde das pessoas que se apresentam de forma mais ou menos persistentes e que exigem respostas sociais reativas ou proativas, episódicas ou contínuas e fragmentadas ou integradas, dos sistemas de atenção à saúde, dos profissionais de saúde e das pessoas usuárias (MENDES, 2012). Estudos brasileiros têm demonstrado que a maioria dos idosos apresentam pelo menos uma enfermidade crônica. Na maioria das vezes, esse idoso é portador de múltiplas doenças, que duram anos, exigindo cuidado constante, medicação contínua e exames periódicos. As internações hospitalares são mais frequentes com média de permanência maior (MS, 2002; BRASIL, 2006; OPAS, 2005; CAMARANO, 2006; VERAS, 2007). Algumas doenças crônicas ameaçam a autonomia e independência do indivíduo e podem se tornar risco de vida. Em 1994, a OMS realizou um estudo no qual foi estimado que numa comunidade em que 75% dos indivíduos sobrevivem até 70 anos, cerca de um terço será portador de doenças crônicas e 20% terá algum grau de incapacidade associada (CAMARANO, 2006). 16 É necessário o estabelecimento de critérios que auxiliem na identificação do idoso com uma condição subclínica, passível de intervenção preventiva. Nesse caso a autonomia e independência funcional do idoso será preservada por mais tempo. O idoso com bom estado de saúde pode ter independência funcional, sendo capaz de gerir sua própria vida e decidir seus interesses (MS, 2002; MS, 2006). A Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI - Portaria 1.395/GM), publicada em 1999 pelo Ministério da Saúde (MS), considera como principal problema do idoso a perda da sua capacidade funcional, isto é, perda de suas habilidades físicas e mentais necessárias à realização de atividades diárias básicas e instrumentais e consequentemente de sua autonomia. As Atividades de Vida Diária (AVD) são as tarefas do cotidiano realizadas pelo paciente e se dividem em básica, instrumental e avançada, podendo ser realizadas pelo idoso de forma independente ou estarem comprometidas (CAMARANO, PASINATO, 2004; MORAES, 2012). A autonomia depende da cognição (capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano) e do humor (motivação necessária para os processos mentais). A independência está relacionada à mobilidade (capacidade de deslocamento do indivíduo) e comunicação (capacidade de estabelecer relacionamento produtivo com o meio) (MORAES; MARINO; SANTOS, 2010; MORAES, 2012). Hekman (2006) chama a atenção para os idosos frágeis, que são extremamente vulneráveis a uma piora na sua capacidade funcional. A fragilidade é diferente de incapacidade e tem sido definida como uma síndrome biológica de diminuição da capacidade de reserva homeostática do organismo e da resistência aos estressores, que resulta em declínios cumulativos de múltiplos sistemas fisiológicos causando vulnerabilidade e desfechos clínicos adversos. A presença de comorbidades é frequentemente utilizada como um marcador de fragilidade. São incluídos nos marcadores de fragilidade os declínios associados ao envelhecimento na massa corporal magra, força, resistência, equilíbrio, capacidade de marcha e pouca atividade. Para constituir fragilidade múltiplos componentes devem estar presentes (HEKMAN, 2006; MORAES, 2008). O idoso que é independente para as AVD e portador de condições clínicas mais simples é classificado como robusto. Nos idosos frágeis o declínio funcional pode ser estabelecido ou iminente. Idosos com declínio funcional estabelecido apresentam comprometimento em um ou mais domínios: cognição, postura, mobilidade, continência esfincteriana e comunicação (MORAES, 2012). 17 Os idosos com declínio funcional iminente são os que possuem 80 anos e mais, portadores de polipatologia ou mais de 5 diagnóstico; polifarmácia ou utilização de mais de 5 drogas por dia; história de internações recentes; emagrecimento significativo não intencional no último ano (em torno de 4,5Kg ou ≥ 5% do peso corporal total); ou risco psicossociofamiliar elevado também denominado de insuficiência familiar. Esses idosos têm maior risco de desenvolver incapacidades (MORAES, 2012). Os idosos frágeis podem ainda ser classificados como de alta complexidade se forem portadores de condições múltiplas, com alto grau de complexidade clínica, poli-incapacidades ou dúvida diagnóstica ou terapêutica . Tem-se ainda o idoso em fase final de vida, com alto grau de dependência física e baixa expectativa de sobrevida (MORAES, 2012). Estudos têm demonstrado a influência dos fatores demográficos, socioeconômicos e condições de saúde na capacidade funcional dos idosos. Esses fatores são essenciais para o planejamento de estratégias de atenção à saúde e acompanhamento das demandas e desafios de interesse público. A manutenção da capacidade funcional pode ter implicações para a qualidade de vida dos idosos, uma vez que está relacionada à capacidade do indivíduo se manter na comunidade e desfrutar de sua independência até às idades mais avançadas. A prevenção e o controle das doenças crônicas podem melhorar as atividades e, consequentemente, promover o bem-estar desta população. Há necessidade de ampliar o acesso às unidades básicas de saúde pelos idosos portadores de condições crônicas e, daqueles com mais de 80 anos e dos portadores de incapacidade funcional (RODRIGUES et al., 2009; ALVES, LEITE, MACHADO, 2010; ARAÚJO et al., 2003). 2.2 Políticas Públicas e Organização da Atenção à Saúde do Idoso no Brasil A Política Nacional do Idoso (PNI - Lei 8.842), publicada em 1994, tem por objetivo assegurar os direitos sociais dos idosos, partindo do princípio fundamental de que “o idoso é um sujeito de direitos e deve ser atendido de maneira diferenciada em suas necessidades físicas, sociais, econômicas e políticas”. O setor de saúde deve prover o acesso dos idosos aos serviços e às ações voltadas a promoção, proteção e recuperação da saúde. A Secretaria de Estado de Assistência Social estabeleceu normas de funcionamento de serviços sociais de atendimento ao idoso brasileiro, com proposta de mudança dos paradigmas nas várias modalidades de atendimento, definindo parcerias, promovendo a integração intersetorial e a corresponsabilidade do Estado, da sociedade e da família (CAMARANO; PASINATO, 2004). 18 A PNSI apresenta dois eixos norteadores: medidas preventivas com destaque para a promoção da saúde e, atendimento multidisciplinar específico para a população idosa. (CAMARANO; PASINATO, 2004). O Estatuto do Idoso (Lei Nº 10.741) assegura aos idosos todas as oportunidades e facilidades para promoção da saúde física e aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual, e social, em condições de liberdade e dignidade (BRASIL, 2003). À partir da Portaria GM/MS Nº 702, de 12 de abril de 2002, foram implementados os Centros de Referência em Assistência a Saúde do Idoso (Crasi). A Portaria SAS/MS Nº 249, de 12 de abril de 2002, estabelece as normas para cadastramento desses centros. O Centro de Referência deve possuir um Ambulatório Especializado em Saúde do Idoso com atendimento por equipe multiprofissional e interdisciplinar (MS, 2002). No âmbito do SUS, o Pacto pela Vida (2006) definiu algumas estratégias e atribuiu à Área Técnica Saúde do Idoso do MS o acompanhamento das ações e a interface com outras áreas. Dentre outras, foram definidas as ações de acolhimento e assistência farmacêutica, sendo: • Acolhimento: reorganização do processo de acolhimento à pessoa idosa nas unidades de saúde; utilização do sistema de agendamento e marcação de consulta e da referência e contra-referência; • Assistência Farmacêutica: qualificação da dispensação e do acesso da população idosa aos medicamentos. Através do Programa Farmácia Popular do Brasil ampliou-se o acesso aos medicamentos para hipertensão, diabetes, dislipidemia, asma, rinite, Doença de Parkinson, osteoporose e glaucoma; além de fraldas geriátricas o que beneficia a população idosa (MS, 2010). A Política Nacional de Humanização (PNH), propõe a concretização dos princípios do SUS nos serviços. O Acolhimento é um dos dispositivos utilizados na operacionalização da PNH e na saúde, é a forma de ouvir todos os que procuram o serviço. São ouvidas suas necessidades acolhendo-os e dando respostas mais adequadas. No acolhimento aos idosos os profissionais de saúde devem compreender as especificidades dessa população (MS, 2006). As ações direcionadas ao idoso devem estimular o respeito à individualidade, autonomia, independência, o fortalecimento dos laços familiares entre outros fatores. Deve-se ter a perspectiva de prevenção ao asilamento, melhoria da qualidade de vida, efetiva participação social do idoso etc., a fim de assegurar o envelhecimento ativo e saudável. O acolhimento requer um atendimento a todos com atenção, postura eficaz, segurança e ética. O trabalho deve ser realizado de forma a proporcionar um vínculo de respeito entre a equipe e o 19 usuário. Considerando-se as particularidades, os idosos devem ser tratados como pessoas que necessitam da atenção individual, que esta fase da vida exige (MG, 2006). Para Filho, Uchoa e Lima-Costa (2006) o envelhecimento populacional tem implicações sobre os serviços de saúde, em termos de capacidade de demanda e de custeio. Os problemas crônicos de saúde dos idosos fazem com que eles utilizem muito os serviços de saúde e consumam um grande número de medicamentos. De acordo com os autores ocorre uso elevado de medicamentos entre idosos com pior estado de saúde (pior auto-avaliação de saúde e maior número de condições crônicas). As fortes associações encontradas entre consumo de medicamentos, condições de saúde e uso de serviços de saúde reforçam o reconhecimento da importância do medicamento na atenção à saúde do idoso. O rápido envelhecimento populacional brasileiro e os riscos potenciais do uso de medicamentos em idade mais avançada reforçam a necessidade de que a assistência farmacêutica ao idoso seja uma preocupação constante dos planejadores em saúde, a fim de garantir o acesso ao medicamento e o uso com qualidade (FILHO; UCHOA; LIMA- COSTA, 2006). Em BH, a oferta de atenção primária do sistema de saúde tem dificuldades de ampliar o acesso do usuário, quando se considera o aspecto geográfico. Os serviços de urgência são mais procurados que a APS, mesmo nos casos em que seus problemas seriam resolvidos nesse serviço. Os usuários citam como limitação das UBS a não resolução de suas demandas, o atendimento lento e a não marcação de consultas para o mesmo dia, sendo necessário um planejamento com diagnóstico situacional, estudo das casos do problema visando organizar melhor a demanda (PIRES, 2009). 2.3 Modelos de Atenção à Saúde do Idoso Nos países em desenvolvimento, a crise contemporânea dos sistemas de atenção à saúde decorre de uma incoerência entre uma situação de saúde de transição demográfica e epidemiológica de dupla ou tripla carga de doenças e o modo como se estruturam as respostas sociais às necessidades das populações. A situação de saúde em que ocorre predomínio de condições crônicas, não pode ser respondida por sistemas voltados para condições agudas e para a agudização de condições crônicas e organizado de forma fragmentada. Essa incoerência entre a situação de saúde e o sistema de atenção à saúde para ser superada envolve a implantação das redes de atenção à saúde (RASs) (MENDES, 2010; MENDES, 2012). 20 A concepção de RAS foi incorporada oficialmente ao SUS por dois instrumentos jurídicos: a Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização das redes de atenção à saúde no âmbito do SUS e o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080/90. Na Portaria Ministerial, a RAS é definida “como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado”. No Decreto Presidencial explicita-se que "a integralidade da assistência à saúde se inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde (MENDES, 2012). As RAS implicam em atenção contínua nos níveis primário, secundário e terciário; com intervenções promocionais, preventivas, curativas, cuidadoras, reabilitadoras e paliativas. Conforme evidências as RAS podem melhorar a qualidade dos serviços, os resultados sanitários e a satisfação do usuário, além de reduzir custos dos sistemas de atenção à saúde (MENDES, 2010). O envelhecimento ativo e o cuidado integral constam das ações de promoção da saúde. Incluem também ações de incentivo à ampliação da autonomia e independência para o autocuidado e o uso racional de medicamentos; criação de programas para formação do cuidador da pessoa idosa e com condições crônicas. Para o cuidado integral são previstas ações que visem ao fortalecimento da capacidade de resposta do SUS e ampliação das ações de cuidado integrado para a prevenção e controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) (MALTA; NETO; JUNIOR , 2011). Na última década houve redução de 20,0% aproximadamente nas mortalidades por DCNT. A expansão da APS e a melhoria da assistência poderiam ter contribuído para essa redução. O fortalecimento dos sistemas de atenção à saúde inclui o reforço da articulação da APS e os demais níveis de atenção e as redes de serviços (MALTA; NETO; JUNIOR, 2011). De acordo com a “Estratégia Regional e Plano de Ação para um Enfoque Integrado da Prevenção de Doenças Crônicas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o atual modelo de assistência à saúde não se mostrou eficaz para lidar com a prevenção e gestão das doenças crônicas. Acessibilidade e disponibilidade dos serviços , acesso a medicamentos essenciais, equipes multidisciplinares são fatores considerados essenciais. As doenças devem ser gerenciadas desde a prevenção passando pela detecção precoce, diagnóstico, tratamento, reabilitação e assistência paliativa (OPAS, 2007). 21 “Modelo de atenção à saúde é o sistema lógico que organiza o funcionamento da rede de atenção à saúde, articulando a população, segmentada e estratificada conforme o risco, com estrutura operacional” (MORAES, 2012). Em 2003, Veras propôs um modelo reformulando a estrutura do sistema de porta de entrada utilizado nas unidades de saúde. Nesse modelo o idoso é captado, avaliado e referenciado adequadamente utilizando um instrumento específico para a identificação de risco, que permite priorizar o atendimento dos que mais necessitam de um serviço geriátrico, com suporte interdisciplinar, promovendo a reabilitação e diminuindo os riscos de hospitalização. Em substituição ao modelo de atendimento que tem o hospital como peça central do sistema, Veras (2009) propôs desenvolver uma política com foco na manutenção da capacidade funcional, em programas de prevenção, na detecção precoce de doenças, no monitoramento de doenças crônicas, no sistema de médico personalizado, entre outras medidas. Esse modelo basea-se em práticas preventivas, para a detecção precoce de agravos de saúde, independente da condição funcional. Os cuidados são oferecidos ao idoso de acordo com o grau de necessidade. Um modelo de atenção à saúde do idoso eficiente deve possuir um fluxo bem desenhado de ações de educação, promoção da saúde, prevenção de doenças evitáveis, postergação de moléstia, cuidado o mais precocemente possível e reabilitação de agravos. Essa linha de cuidados se inicia na captação, no acolhimento e no monitoramento do idoso e somente se encerra nos momentos finais da vida, na unidade decuidados paliativos. A ênfase deve ser conferida aos níveis básicos, com vistas a ofertar condições de promover um envelhecimento ativo (VERAS, 2011). Berlezi et al., em 2011, desenvolveram um projeto de extensão universitária, no Município de Ijuí-RS, onde foi proposto um modelo de atenção ao idoso em situação de fragilidade e com risco médio a alto de internação ou reinternação hospitalar. Segundo os autores o grande desafio da implantação do modelo proposto está na capacidade da equipe de saúde de atuar de forma interdisciplinar e na integridade da atenção ao idoso. É fundamental o planejamento de todas as ações, a discussão individualizada dos casos e acompanhamento pela equipe. Veras (2012a), relata as experiências e tendências internacionais de modelos de cuidado para com o idoso, visando também demonstrar às operadoras médico-hospitalares brasileiras que é hora de mudar. Segundo Veras (2012a), nos Estados Unidos o maior problema dos modelos assistenciais é o foco exclusivo na doença e os programas realizados numa lógica hospitalocêntrica. No Reino Unido é priorizada a promoção da saúde, o cuidado 22 e a manutenção da autonomia. Os clientes de uma das maiores seguradoras, a PruHealth, recebem benefícios financeiros para a prática de exercícios e existem formas de triagem básica e avaliação de saúde em clínicas de diagnóstico e academias parceiras dos programas. Uma vez que doenças crônicas não regridem, Veras (2012b), coloca como a melhor opção a estruturação de modelos que funcionam de modo integrado e que sejam capazes de dar conta do cuidado, caso contrário, o problema nunca será resolvido e os recursos serão utilizados inadequadamente. Um modelo de atenção à saúde do idoso eficiente deve estar bem estruturado quanto às ações de educação, promoção da saúde, prevenção de doenças evitáveis, cuidado precoce e reabilitação de agravos (VERAS, 2012b). Mendes (2011), apud Moraes (2012), propôs um modelo de atenção às condições de saúde para utilização no SUS, estruturado em cinco níveis, considerando a estratificação por risco da população e o tipo de intervenção. O processo foi baseado no Modelo de Atenção Crônica, poposto em 1998 por Wagner, representando uma solução multidimensional. O modelo proposto foi subdividido em dois campos: o sistema de atenção à saúde e a comunidade. Foi porposta a reorganização do sistema de atenção à saúde, redirecionamento do cuidado, suporte às decisões, auto cuidado apoiado, sistema eletrônico de informações clínicas robusto e a utilização de serviços e recursos comunitários. Conforme Wong e Carvalho (2006), o envelhecimento ativo é uma forma de amenizar o risco de um desequilíbrio fiscal uma vez que idosos ativos e saudáveis consomem menos recursos. É descrito pelos autores a importância de redes sociais de apoio aos idosos. As redes sociais podem contribuir para o bem-estar dos mesmos sendo esta uma maneira de facilitar os cuidados com a saúde e melhoria das condições de vida. Estas redes devem incluir principalmente a família e os parentes mais próximos. O cuidado deve conjugar ações de prevenção de doenças, promoção da saúde, cura e reabilitação, o que exige pluralidade de saberes, trabalho em equipe interdisciplinar e multiprofissional e de preferência em rede. É necessário um profissional criativo e que saiba comunicar-se com os usuários e com os demais profissionais do serviço (CIUFFO; RIBEIRO, 2008). Os baixos índices de resolutividade do SUS, a insatisfação dos usuários e de muitos profissionais dos serviços vem expressar, entre outros fatores, o descaso com a área das relações interpessoais. Reconhecer o SUS como ordenador de recursos humanos na área da saúde exige mudanças curriculares, revisão do processo de trabalho e de gestão em saúde (CIUFFO; RIBEIRO, 2008). 23 No cenário das políticas públicas na área da saúde, a formação dos profissionais de saúde demanda mudanças. A escola é um espaço privilegiado de conhecimento e discussão. É necessário potencializar as relações possíveis de serem desenvolvidas entre professores e estudantes que representarão no futuro as relações estabelecidas entre profissionais e pacientes, isto é, entre quem cuida e quem é cuidado (CIUFFO; RIBEIRO, 2008). As ações de promoção da saúde implicam o desenvolvimento de tecnologias que exigem o desenvolvimento de métodos e técnicas e instrumentos de comunicação social e marketing sanitário. Com o princípio de socialização de conhecimento acerca de estratégias e práticas de promoção da saúde e da qualidade de vida, a Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UnATI/UERJ), tem subsidiado a formação de novos sujeitos das práticas de saúde (CALDAS, 2010). O Ministério da Saúde, desde 2009, tem ampliado a comunicação e educação em saúde por meio de tecnologias mais participativas, rápidas e populares. Para o MS as mídias sociais, com suas novas formas de interação e utilização da internet, foram grandes aliadas no enfrentamento de crises, mobilização para campanhas e esclarecimentos específicos à população. Observa-se um ganho fundamental para o campo da saúde pública no Brasil, entretanto, ainda existe uma grande parcela da população brasileira que está excluída digitalmente e privada de outros benefícios relacionados à saúde (CUNHA et al, 2010). 2.4 A regionalização da saúde em Minas Gerais A descentralização é um dos princípios do SUS que guarda maior transversalidade com os demais, sendo estruturante das políticas de saúde nacionais, por meio da articulação e cooperação entre União, Estados e Municípios (BELTRAMMI, 2008). Em MG, a regionalização da assistência foi uma das diretrizes constitucionais adotadas para a organização do SUS, permitindo a descentralização dos serviços. Em cumprimento às exigências da Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), de janeiro de 2001 e, posteriormente, de 2002, foi estabelecido o Plano Diretor de Regionalização (PDR/MG), tendo em vista a qualidade do atendimento e adequação dos recursos financeiros (MALACHIAS; LELES; JUNIOR, 2010). O PDR divide o Estado de Minas Gerais em 13 macrorregiões sanitárias, com 18 cidades-pólo, e 75 microrregiões sanitárias, conforme consenso com as três esferas de governo e com base em conceitos, critérios e metodologias próprias. O objetivo do plano é garantir o acesso a todos os níveis de atenção, com atendimento o mais próximo da residência 24 do usuário do sistema, sendo que os serviços de APS seriam em seu município, o de atenção secundária dentro da microrregião a que pertence, tendo que recorrer aos pólos macrorregionais apenas para procedimentos de alta complexidade (MALACHIAS; LELES; JUNIOR, 2010). Foi proposta a implantação de 13 Centros de Referência que seriam os Centros Mais Vida, visando a habilitação dos profissionais da rede pública de saúde, para a atenção global e multidisciplinar do idoso e descentralização da atenção, por meio da rede de atenção à saúde do idoso (SES/MG, 2008). Estes centros deveriam contar com equipe multiprofissional, disponibilizando ações interdisciplinares para a população idosa de risco, com suporte técnico aos profissionais da equipe, conectados em rede aos pontos de atenção, tendo como porta de entrada a APS. O propósito seria oferecer abordagem global e multiprofissional, tendo como estratégias a intervenção precoce, a promoção, a recuperação da saúde da população idosa e a identificação de situações de vulnerabilidade (SES/MG, 2008). O processo de territorialização considera que a inserção espacial de uma população resulta em diferenças marcantes nas condições de vida e morte e também nas suas formas de organização e recursos aplicados. A regionalização da saúde busca um novo modelo de gestão que tem o foco no território e na responsabilidade sanitária, na melhoria dos processos de trabalho, na qualificação e utilização da informação e no planejamento como instrumento organizador da gestão (TEIXEIRA et al., 2012). 2.5 Belo Horizonte e a regionalização da saúde no SUS A regionalização é uma das estratégias nucleares da descentralização. Os Estados assumem um papel decisivo, se responsabilizando em dar condições para que os Municípios consigam desempenhar de forma plena e articulada seu papel como ente federativo. Os Municípios, por sua vez, devem enfrentar de forma decisiva suas realidades adversas, a fim de conhecer de forma assertiva quais suas reais necessidades a serem compartilhadas no âmbito regional. O fortalecimento da célula municipal é o alicerce do pacto federativo. Sem ele, nem Estados, nem a União lograriam êxito diante do desafio da regionalização que guardem transversalidades com este núcleo da descentralização do SUS (BELTRAMMI, 2008). A SMSA/BH, organiza os serviços de saúde em nove Distritos Sanitários (DS), os quais correspondem às administrações regionais (Unidades de Planejamento). Dessa forma é definido o espaço geográfico, populacional e administrativo de abrangência dos DS. Cada 25 Distrito tem unidades básicas, os Centros de Saúde (CS), unidades secundárias (Policlínicas, Centros de Referência em Saúde Mental etc), as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), além da rede hospitalar pública e contratada (PBH, 2010). As áreas de abrangência dos 147 CS são delimitadas em função da circulação ou fluxo de trabalhadores da saúde e da população num território. Sua estruturação se orienta pela existência de barreiras geográficas impeditivas de uma livre circulação. Trata-se de um território no qual se determina a corresponsabilidade pela saúde entre população e serviço, uma referência espacial de organização da prática de atenção à demanda (PBH, 2010). Os CS são divididos em microáreas (subdivisão desta área de abrangência) de acordo com a homogeneidade socioeconômico-sanitária, isto é, reúnem espaços onde se concentram grupos populacionais internamente homogêneos levando em consideração condições objetivas de existência. Considerando as características do grupo populacional residente, o objetivo dos CS é a condução da vigilância à saúde com ações interdisciplinares e intersetoriais. A microárea tem como unidades internas de análise e acompanhamento, a moradia, espaço de vida de uma microunidade social, a família nuclear ou estendida. Na moradia ocorrem as intervenções de saúde, visando à promoção do bem-estar da população (PBH, 2010). 2.6 O Centro Mais Vida e o Hospital das Clínicas da UFMG A UFMG realiza a gestão do HC há mais de 80 anos. O HC/UFMG foi inserido progressivamente no SUS e adquiriu importância fundamental como serviço de referência para pacientes complexos da rede municipal, metropolitana e estadual (HC/UFMG, 2012). A UFMG trabalha com a perspectiva de que os processos de gestão possam promover maior qualificação do trabalho em saúde, tendo a integralidade do cuidado como eixo orientador dos modelos assistenciais de ensino, pesquisa e de gerenciamento (COSTA et al., 2010). Para Costa et al. (2010) o papel social exercido pelo Hospital Universitário é caracterizado pela inserção na rede como uma estação de cuidados, responsável pelo desenvolvimento de um modelo assistencial que atenda às demandas do SUS, às especificidades de instituição formadora de diferentes profissionais, sob controle e avaliação das centrais de regulação entre outros. O HC/UFMG é um hospital universitário federal, em processo contínuo de transformação, em que as diretrizes políticas do projeto institucional buscam construir novas práticas assentadas na concepção de rede de cuidado e ensino em 26 saúde, preservando os pilares da missão organizacional e de sua participação na UFMG (HC/UFMG, 2012). O HC/UFMG é referência no sistema municipal e estadual de saúde no atendimento aos pacientes portadores de patologias de média e alta complexidade, e atua como campo de ensino para os cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Nutrição e Fonoaudiologia. A totalidade dos pacientes atendidos é proveniente do SUS, sendo cerca de 40% do interior do Estado de MG (HC/UFMG, 2012). Atualmente, o complexo hospitalar é formado por um edifício central, o Hospital São Vicente de Paulo e 07 prédios anexos para atendimento ambulatorial, sendo o IJAF de atenção à saúde do idoso e da mulher (HC/UFMG, 2012). O HC/UFMG presta serviço especializado ao idoso desde 1996, a partir da criação do Ambulatório de Geriatria e em 1999 tornou-se o Núcleo de Geriatria e Gerontologia (NUGG- HC), responsável pela integração das ações voltadas para o envelhecimento. As atividades do ambulatório foram ampliadas, reforçando o caráter interdisciplinar, com a incorporação da fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, odontologia, educação física, psiquiatria, entre outras (MORAES; MARINO, 2010). O IJAF é a sede do Programa Mais Vida e possui uma área construída de 2.000m2, com 27 consultórios adaptados e informatizados, ginásio de reabilitação de fisioterapia com piscina para hidroterapia, sala de reabilitação cognitiva, mini-casa para treino de atividades de vida diária domiciliares, sala para densitometria óssea, moderno auditório com capacidade para 60 pessoas, além de diversas salas de aula para dinâmica de grupo e capacitação. Tem a capacidade de atendimento de 1.000 primeiras consultas/mês, 800 consultas subsequentes/mês e 600 consultas/sessões de reabilitação/mês, totalizando 2.400 procedimentos na forma de consultas por mês (HC/UFMG, 2012). A SES/MG, em parceria com SMSA/PBH, e o HC/UFMG em setembro de 2010, credenciou o NUGG-HC, como CENTRO MAIS VIDA DA MACRORREGIÃO CENTRO I para o município de Belo Horizonte, com a atribuição de desenvolver o Programa MAIS VIDA (HC/UFMG, 2012). A Rede Mais Vida é considerada prioridade do Governo Estadual na área da saúde, e tem como finalidade a melhoria da qualidade de vida do idoso, busca a manutenção da capacidade funcional e autonomia do indivíduo por meio da promoção de hábitos saudáveis de vida e do diagnóstico precoce, visando diminuir as incapacidades. É uma rede composta por equipes da APS, Centro de Atenção Secundária à Saúde (Centro Mais Vida), hospitais de 27 referência, redes de reabilitação, cuidados paliativos, hospital dia e atenção domiciliar (HC/UFMG, 2012; SES/MG, 2010). As especialidades médicas disponíveis são geriatria, psicogeriatria, clínica médica, reumatologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, patologia clínica, medicina paliativa e acupuntura e as especialidades não médicas são: enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, serviço social, farmácia, nutrição, neuropsicologia, odontologia e musicoterapia. Oferece também assistência domiciliar e acompanhamento de idosos residentes em instituições de longa permanência filantrópicas (HC/UFMG, 2012). O Centro Mais Vida é um ponto de atenção secundária da rede de atenção à saúde do idoso e atua de forma especializada para o idoso de alto risco ou o idoso frágil, referenciado pela equipe da APS (SES/MG, 2010). A relação de parceria entre os especialistas e os médicos da APS (sistema de referência e contrareferência) é realizada por meio de uma comunicação fluida, em que o médico da APS consulta o especialista em caso de dificuldade de fazer um diagnóstico, metas de tratamento não atingidas e tratamento muito especializado. Deve ser definido pelo médico da APS a razão pela qual está solicitando a consulta; fazer as perguntas que gostaria de ver respondidas pelo especialista; listar os procedimentos que está fazendo, principalmente os medicamentos; relacionar os resultados que tem obtido; e dizer o que espera que o especialista faça (HC/UFMG, 2012). O Programa Mais Vida realiza a consulta inicial de todo idoso com objetivo de avaliá- lo de forma multidimensional, definindo suas condições de saúde sendo elaborado um plano de cuidados. A marcação de primeiras consultas é feita pela APS junto ao Sistema de Regulação (SISREG) ou Central de Marcação de Consultas (CMC). O paciente após avaliação é contrareferenciado com o seu plano de cuidados definido. Os idosos frágeis de baixa complexidade são reencaminhados para a atenção primária, que será responsável pela implantação do plano de cuidados, com apoio matricial feito pela equipe Mais Vida (MORAES, 2012). 2.7 Avaliação geriátrica do idoso no Centro Mais Vida do HC/UFMG O atendimento ao idoso frágil no Centro Mais Vida é realizado conforme o fluxo de referenciamento e integra os serviços da rede pública da Macrorregião Centro I. Ao receber o idoso referenciado da APS a operacionalização do trabalho ocorre por meio da participação de toda a equipe multiprofissional, desde a porta de entrada até a elaboração do plano de 28 cuidados estabelecido mediante detecção dos problemas de saúde. Cada setor do trabalho interdisciplinar apresenta critérios de encaminhamento definidos considerando a abordagem multidimensional adotada no serviço (MORAES, 2012b). Considerando a complexidade dos problemas que afetam os indivíduos idosos, a avaliação geriátrica deve ser de maneira organizada e sistemática. Na avaliação clínica e funcional do idoso avalia-se as incapacidades relacionadas à independência e autonomia para realização das atividades de vida diária (funcionalidade global), presença de comprometimento dos sistemas funcionais principais (cognição, humor, mobilidade e comunicação) relacionando-os com as síndromes geriátricas. Dentre outras, deve-se considerar a presença de disfunções dos sistemas fisiológicos principais e doenças relacionadas. É importante ter informações fidedignas sobre o estado de saúde do idoso (MORAES, 2012b). O funcionamento da cognição, humor, mobilidade e comunicação deve ser avaliado pelos geriatras rotineiramente. A perda dessas funções leva à incapacidade cognitiva, instabilidade postural, imobilidade e incapacidade comunicativa, isto é, às “grandes síndromes geriátricas”. O desconhecimento dessas particularidades do idoso pode levar a intervenções capazes de piorar sua saúde, o que é conhecido como iatrogenia (MORAES; MARINO; SANTOS, 2010; MORAES, 2012b). Por meio do “Protocolo de Avaliação Multidimensional do Idoso – Centro Mais Vida Macrorregião Centro I” (Anexo A) o idoso é avaliado pelo médico e enfermeiro e de acordo com suas necessidades são solicitados exames complementares e/ou avaliado pelos demais profissionais. Após a avaliação, pelo médico, dos resultados dos exames solicitados é elaborado o Plano de Cuidados (SES/MG, 2010; MORAES, 2012b). 2.8 O Plano de Cuidados O plano de cuidados (Anexo B) é um conjunto de orientações de cuidado e prescrições, com finalidade de estabelecer de forma segura e resolutiva o acompanhamento do idoso. Visa manutenção ou recuperação da saúde garantindo a integralidade do cuidado. São definidos os problemas de saúde do paciente, as intervenções a curto, médio e longo prazo, com as justificativas para mudanças, quais os profissionais e equipamentos de saúde necessários para realizar as intervenções propostas (MORAES, 2012b). Busca-se a melhoria da independência e autonomia do paciente e de sua família, com elaboração compartilhada de metas terapêuticas, havendo engajamento do paciente e se sua 29 família nas decisões clínicas. As intervenções clínicas podem prevenir (ações preventivas ou promocionais), curar (ações curativas/paliativas) ou reabilitar (MORAES, 2012b). O plano de cuidados é elaborado após as avaliações interdisciplinares e realização dos exames complementares. Ocorre reunião da equipe que realizou o atendimento para definição dos diagnósticos das condições de saúde observadas, sugestão de intervenções indicadas para o caso. Por meio deste plano o paciente será norteado em seu percurso entre a categoria médica e não médica e também entre os programas do SUS e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Nessas ações ocorre participação integrada da medicina, enfermagem, fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, serviço social, odontologia, farmácia, nutrição, odontologia, dentre outras. O nível de comunicação entre os profissionais da equipe reflete na qualidade do trabalho realizado, nos resultados obtidos e no tempo dispendido para a realização das ações (MORAES, 2012b). A execução do plano de cuidados ficará a cargo do paciente (autocuidado apoiado) bem como dos profissionais da área da saúde (atenção profissional). Por meio do autocuidado apoiado é enfatizado o papel central do usuário no gerenciamento de sua própria saúde, o uso de estratégias de apoio para a autoavaliação do estado de saúde, a fixação de metas a serem alcançadas e o monitoramento das intervenções propostas. A atenção profissional é representada pela equipe responsável pela elaboração compartilhada do plano de cuidados e pelo monitoramento do usuário. Na gestão colaborativa do cuidado os profissionais de saúde deixam de ser prescritores para se tornarem parceiros na implementação do plano de cuidados (MORAES, 2012b). Ao idoso frágil a continuidade ou coordenação do cuidado é muito importante. Idosos frágeis de baixa complexidade são reencaminhados para a APS onde terá o plano de cuidados implantado com apoio matricial pela equipe Mais Vida. Para o pacientes de alta complexidade a atenção profissional deve estar mais próxima na implantação do plano de cuidados. Os CS de BH, conforme a regional e a população de idosos, estão distribuídos entre as equipes Mais Vida (médico e enfermeiro) permitindo maior vinculação das equipes de saúde da família às equipes Mais Vida e co-reponsibilização do cuidado e apoio matricial (SES/MG, 2010; MORAES, 2012a; MORAES, 2012b). Mediante a demanda apresentada pelo IJAF em caracterizar os pacientes atendidos pelo Programa Mais Vida, o presente trabalho considerou como variáveis as informações sócio demográficas e clínico-funcionais que constam do plano de cuidados. A elaboração do plano de cuidados é baseada nas informações contidas no “Protocolo de Avaliação 30 Multidimensional do Idoso – Centro Mais Vida Macrorregião Centro I” utilizado pela equipe para avaliação global do idoso (SES/MG, 2010; MORAES, 2012b). Conforme a Análise de Situação de Saúde de Minas Gerais em 2010 (SES/MG), o perfil demográfico exerce impacto sobre a demanda de serviços de saúde e as informações sobre as condições de saúde da população idosa podem contribuir para o planejamento da atenção à saúde, nas ações de promoção, curativas e de reabilitação. 31 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Caracterizar o perfil clínico e funcional dos idosos atendidos no Centro Mais Vida da Macrorregião Centro I de Belo Horizonte, no período de primeiro de janeiro a 31 de dezembro de 2011. 3.2 Objetivos específicos • Caracterizar o perfil sócio demográfico em relação ao sexo, idade e escolaridade dos idosos atendidos pelo Centro Mais Vida, de janeiro a dezembro de 2011; • Caracterizar o perfil funcional quanto à cognição, humor, mobilidade e comunicação; • Identificar as doenças e condições de saúde mais frequentes; • Identificar o número de medicamentos utilizados por idoso; • Identificar o número de encaminhamentos realizados para o serviço de Geriatria de Referência e outras especialidades médicas. 32 4 MÉTODO Foi realizado estudo descritivo transversal com objetivo de caracterizar o perfil clínico e funcional dos idosos atendidos no Centro Mais Vida da Macrorregião Centro I de Belo Horizonte, no período de primeiro de janeiro a 31 de dezembro de 2011. O estudo foi desenvolvido em duas etapas. Primeira etapa: a) Revisão bibliográfica O levantamento bibliográfico foi realizado no site da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME), Centro Latino Americano e do Caribe em “Informação em Saúde” (www.bireme.br) e nas bases de dados das Ciências da Saúde da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE); Revisões Sistemáticas da Colaboração Cochrane (COCHRANE); Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Utilizou-se também como fonte de dado o sistema de procura do Google (http://www.google.com.br/) no qual foram pesquisados artigos científicos, dissertações, teses e livros. Foram elaboradas estratégias de busca abrangentes conforme os objetivos definidos para a pesquisa e os descritores Idoso, Idoso Fragilizado, Serviços de Saúde para Idosos, Atenção Primária à Saúde entre outros que constam do Apêndices A e B. Na leitura dos resumos foram considerados os seguintes critérios de inclusão: estudos científicos com palavras-chave dentro do tema “idoso” e definidas nas estratégias; nos idiomas português, inglês e espanhol; publicados entre os anos de 2002 e outubro de 2012 (últimos 10 anos). Foram excluídos artigos com indisponibilidade de resumos nas bases de dados, com títulos ou resumos sem relevância para o tema proposto, e os que não preencheram pelo menos um dos critérios de inclusão estabelecidos (Apêndice C). Após a seleção dos estudos científicos, elaborou-se uma planilha contendo título, referência bibliográfica, palavras-chave e resumo. b) Definição da população do estudo A população do estudo é composta por 4.574 idosos agendados para primeira consulta no Centro Mais Vida do HC/UFMG, de primeiro de janeiro a 31 de dezembro de 2011, encaminhados pela APS em BH. Foi preparada uma planilha com o nome dos idosos agendados para consultas e registrados no SISREG/PRODABEL (Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte S/A – ex. Cia. de Processamento de Dados do Município de Belo 33 Horizonte). Excluiu-se as consultas não realizadas e os agendamentos subsequentes, no caso de mais de uma consulta agendada. As remarcações de consulta não foram consideradas uma vez que foi realizada análise dos planos de cuidado. A relação obtida foi organizada por ordem alfabética e por distrito sanitário. Realizou-se o cálculo da população amostral considerando um erro amostral de 3%. Foram selecionados 894 idosos, por estratificação, segundo os Distritos Sanitários que compõem a Macrorregião Centro I de Belo Horizonte. Os planos de cuidado foram identificados de acordo com os números selecionados aleatoriamente. Quando não se localizava o plano de cuidado buscava-se pelo número anterior. Para a seleção dos números aleatórios foi utilizada a função “aleatório” do programa Microsoft Excel, versão 2007. A distribuição da população estudada e da amostra, por Distrito Sanitário de Belo Horizonte é apresentada na Tabela 1. Tabela 1 Frequência da população estudada e amostral por Distrito Sanitário de Belo Horizonte. DISTRITOS SANITÁRIOS POPULAÇÃO ESTUDADA (N) AMOSTRAL (N) FREQUÊNCIA RELATIVA 1 BARREIRO 485 95 10,6% 2 CENTRO-SUL 277 54 6,1% 3 LESTE 668 131 14,6% 4 NORDESTE 1028 201 22,5% 5 NOROESTE 594 116 13,0% 6 NORTE 273 53 6,0% 7 OESTE 553 108 12,1% 8 PAMPULHA 281 55 6,1% 9 VENDA NOVA 415 81 9,1% Total 4574 894 100,0% Fonte: elaboração do autor Os DS de BH e o número dos CS, com os quais foi desenvolvido o estudo constam da Tabela 2. Verifica-se que os DS do Noroeste, Barreiro e Norte têm maior número de CS. 34 Tabela 2 Distritos Sanitários e número de Centros de Saúde, Belo Horizonte, 2012. DISTRITOS SANITÁRIOS Nº DE CENTROS DE SAÚDE 1 BARREIRO 20 2 CENTRO-SUL 12 3 LESTE 14 4 NOROESTE 21 5 NORDESTE 15 6 NORTE 19 7 OESTE 17 8 PAMPULHA 12 9 VENDA NOVA 16 Total 146 Fonte: Oficina de Trabalho Atenção à Saúde do Idoso. Avanços na atenção à saúde do idoso frágil: Programa de Atenção ao Idoso do HC-UFMG, 2012. Segunda etapa: a) Preparação do Instrumento e Coleta de dados Para a coleta de dados foi elaborado um instrumento (Apêndice E), baseado nas informações que constam do Plano de Cuidado que é utilizado pelo IJAF (Anexo A). O instrumento de coleta foi testado sendo realizadas as adequações necessárias. Fez- se a busca dos planos de cuidado no Sistema de Informação do IJAF. A coleta dos dados foi feita pela pesquisadora, diretamente, dos planos de cuidado dos idosos selecionados. Os dados coletados foram conferidos. As observações suspeitas foram conferidas e os erros encontrados, corrigidos. Em caso de dúvidas estas eram esclarecidas pelo coordenador do Programa Mais Vida ou se necessário por outro profissional do programa. b) Preparação do banco de dados Após a coleta, foi construído o banco de dados, utilizando o Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20. A montagem do banco de dados foi iniciada com criação da tela de entrada de dados, conforme o instrumento de coleta. Para as variáveis dicotômicas, os códigos utilizados foram “zero” para não e “um” para sim. Para a variável contínua “idade” os dados foram lançados por faixas etárias prefixadas. As variáveis “sexo” e “ escolaridade” foram agrupadas em duas ou mais categorias. A variável “ número de medicamentos” foi mensurada em quantidade. 35 c) Análise estatística Utilizando pacote estatístico SPSS versão 20 foram analisadas as frequências absoluta e relativa das variáveis de interesse. Para sintetizar os dados foram construídas tabelas de distribuição de frequência. Utilizou-se também de diagramas de barras ou setores para representar as variáveis (SIQUEIRA; TIBÚRCIO,2011). O projeto elaborado foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (COEP) da UFMG, conforme Resolução número 196, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) sob o número CAAE – 12295413.0.0000.5149 e pela Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEPE) do HC da UFMG PROCESSO Nº 73/12 (Anexos B e C). 36 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram analisados 894 planos de cuidado. Houve uma perda de treze planos de cuidado da amostra, sendo que três eram de indivíduos com menos de 60 anos, em dez havia falta de informações, não sendo possível a coleta de variáveis de interesse da pesquisa. Dos 881 indivíduos pesquisados, 229 eram do sexo masculino (26,0%) e 647 (73,4%) do sexo feminino, como mostra a Tabela 3. De acordo com Camarano e Pasinato (2004), constata-se que “o mundo dos idosos é um mundo das mulheres”, com prevalência expressiva de mulheres ao longo das décadas e predominância nas áreas urbanas. O crescimento mais acentuado da população feminina é um padrão internacional e deu origem ao termo “feminilização da velhice” (CAMARANO, 2008). Quanto à idade observa-se que 18,8% dos idosos participantes do estudo estão na faixa etária de 60 a 69 anos; e que o restante se divide, quase na mesma proporção, entre as faixas 70 a 79 e 80 anos e mais, sendo de 40,5% e 40,6%, respectivamente. A idade acima de 80 anos é o primeiro critério de identificação do risco na população idosa com perfil de fragilização o que leva à maior demanda por serviços de saúde. O resultado encontrado em relação à idade vem de encontro com um dos critérios considerados na situação de risco (idoso frágil), isto é, com capacidade funcional comprometida. De acordo com a literatura, observa-se que a os idosos, que estão aumentando em maior proporção e de forma muito mais acelerada, são os idosos denominados ¨mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada (idade igual ou mior que 80 anos) (MS, 2006). Segundo Alves, Leite e Machado (2008), a análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2003, quanto às características demográficas e socioeconômicas, sugere que os perfis mais fragilizados são de mulher em idade mais avançada. Em relação à escolaridade verifica-se que 559 (63,5%) dos idosos tem ensino fundamental. Observa-se também um grande número de analfabetos (26,9%) e que apenas 44 frequentaram ensino médio ou superior (5%). Os resultados descritos podem ser observados na Tabela 3. 37 Tabela 3 Perfil sócio demográfico dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011. NÚMERO FREQUÊNCIA RELATIVA SEXO Feminino 647 73,4% Masculino 229 26,0% Não informado 5 0,6% IDADE 80 anos e mais 358 40,6% 70 a 79 anos 357 40,5% 60 a 69 anos 166 18,8% ESCOLARIDADE Analfabeto 237 26,9% Fundamental incompleto 522 59,3% Fundamental completo 37 4,2% Médio completo 19 2,2% Médio incompleto 16 1,8% Superior completo 6 0,7% Superior completo 3 0,3% Não informado 41 4,7% Fonte: elaboração do autor Fernandes et al. (2009), observaram na população estudada, baixo nível de instrução sendo que 38% nunca haviam frequentado a escola, 29% sabiam apenas ler e escrever, 18% possuíam ensino fundamental incompleto e 6% possuíam ensino fundamental completo. Apenas 5% tinham ensino médio incompleto, 2% concluíram o ensino médio e 2% concluíram o ensino superior. Para os autores a escolaridade de baixo nível afeta a saúde dos idosos porque implica em dificuldades no tratamento. Pode-se citar como exemplo o manuseio de medicamentos, o seguimento de dietas ou prescrições. É necessário que os profissionais de saúde tenham cuidado com a linguagem utilizada no processo de comunicação com os idosos. Araújo et al. (2003), em estudo realizado em idosos atendidos por um Programa da Saúde da Família (PSF), em Goiás, encontraram predominância de mulheres, com 45% dos indivíduos analfabetos. Apenas 5,4% dos que conseguiram chegar à escola, puderam completar o curso primário e 49,6% tinha primário incompleto. Leal et al. (2009), encontraram como resultado do estudo realizado em idosos atendidos em ambulatório geronto-geriátrico, maior número de mulheres (76,5%) na faixa etária de 80 anos e mais. Quanto à escolaridade, 12,9% dos idosos eram analfabetos e 37,1% tinham o primeiro grau incompleto e foi o mais prevalente. 38 Giacomin et al. (2008), em estudo de base populacional dos fatores associados à incapacidade funcional entre idosos na Região Metropolitana de BH, encontraram uma média de idade de 69,7 anos, predominância do sexo feminino (58,9%) e baixa escolaridade, sendo que apenas 26,8% tinham oito ou mais anos de escolaridade completa, o que vem corroborar os resultados encontrados neste estudo. Em estudo realizado sobre fatores associados às limitações funcionais em idosas de baixa renda, realizado por Júnior e Guerra, em 2008, em Natal, os autores observaram uma média de 70 anos de idade, com predominância de viúvas, de baixo nível de escolaridade (38% analfabetos) e com baixa classificação sócio-econômica (69,2% nas classes “D” e “E”). Noronha e Andrade, em 2005, realizaram um estudo para investigar as desigualdades sociais em saúde e na utilização dos serviços de saúde entre os idosos da América Latina, tendo como base os dados do Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento na América Latina e Caribe (SABE), realizado em 2000. Foi observado que as cidades dos países com piores indicadores sociais tendem a apresentar maiores desigualdades em saúde e na utilização dos serviços de saúde. A caracterização de idosos internados em enfermaria de pronto-socorro, quanto à vulnerabilidade social e programática, realizada por Sthal, Berti e Palhares em 2010, encontrou a maioria de idosos na faixa etária entre 60 e 79 anos (73,4%). Entre os idosos do estudo, 41,79% não tinham nenhum ano de estudo e 50,75% tinham de 1 a 4 anos de estudo. Andrade et al., em 2011, realizaram estudo em 3363 indivíduos de domicílios distintos em Minas Gerais com respresentatividade da população de MG, Região Metropolitana de BH e Capital. O intervalo etário pesquisado foi de 18 a 64 anos. Os autores relatam que pessoas idosas, com menor nível de escolaridade, pertencentes à classes sociais mais baixas, com menor nível de renda familiar e pior saúde auto-avaliada, usualmente, são correlacionados com maiores proporções de indivíduos que reportam possuir alguma limitação. Quanto ao comprometimento da funcionalidade global dos idosos pesquisados nesse estudo observa-se maior perda em relação à visão em 72,6%, postura em 53,9%, cognição em 52,1%, humor em 51,9% e continência urinária em 50,4%, conforme Tabela 4. 39 Fonte: elaboração do autor Muniz et al. (2007), em estudo realizado em Hospital Escola Público da Região Norte do Paraná, relataram a acuidade visual diminuída como um dos fatores que contribuíram para a alta incidência de fratura do terço proximal de fêmur. Conforme o estudo realizado por Araújo et al. (2003), 45% dos idosos entrevistados apresentavam visão ruim, o que teria interferido na locomoção e no desempenho das atividades corriqueiras, 60% dos idosos referiram boa audição. Segundo Moraes (2012), a postura é um dos fatores que influencia a capacidade de deslocamento. A instabidade postural é frequente nos idosos podendo causar quedas, que podem ocorrer em 30 % dos idosos, e imobilidade. As quedas apresentam altas taxas de recorrência e constituem a sexta causa mortis de idosos. A prevalência de depressão sofre influência dos critérios utilizados e da metodologia de rastreamento. A depressão “subsindrômica” pode não ser reconhecida ou tratada. Segundo Chaimowicz, 2006, existem poucos inquéritos sobre a prevalência de transtornos depressivos em idosos no Brasil. É citado pelo autor, Blay e cols. (1991) que relatam 14% de diagnóstico em uma amostra de São Paulo com 65 anos ou mais; Veras e Murphy (1994) que informam sobre estudo de idosos do Rio de Janeiro com 26% de diagnóstico (CHAIMOWICZ, 2006). A deteriorização cognitiva observada na Pesquisa SABE-São Paulo, 2003 teve uma prevalência de 6,9%. A depressão teve prevalência de 18,1%. A hipertensão arterial foi a doença crônica mais encontrada, com um resultado de 53,3% (LEBRÃO; DUARTE, 2003). Em Catanduva (SP), um inquérito epidemiológico avaliou a prevalência de demência em amostra aleatória de 1656 idosos com 65 anos e mais. A análise multivariada demonstrou Tabela 4 Comprometimento da funcionalidade global dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011. NÚMERO FREQUÊNCIA RELATIVA COMPROMETIMENTO FUNCIONAL GLOBAL Visão 640 72,6% Postura 475 53,9% Cognição 459 52,1% Humor 457 51,9% Continência urinária 444 50,4% Sono 380 43,1% Audição 306 34,7% Continência fecal 122 13,8% Fala 92 10,4% Preensão 44 5,0% 40 associação com o sexo feminino (prevalência de 10% e os homens 5%) e idade. Enquanto, no grupo de 65-69 foi de 2%, no grupo de 85 e mais, foi de 39% (CHAIMOWICZ, 2006). As condições de saúde mais frequentes encontradas no estudo realizado foram hipertensão arterial em 656 idosos, o que corresponde a 74,5% da amostra; distúrbios de visão em 380 (43,1%) e depressão em 329 (37,3%). Podemos constatar que demência, diabetes mellitus, distúrbios de audição e constipação intestinal estão presentes em um número significativo de indivíduos e são apresentadas na Tabela 5. Tabela 5 Doenças e condições de saúde dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011. NÚMERO FREQUÊNCIA RELATIVA DOENÇAS E CONDIÇÕES DE SAÚDE Hipertensão arterial 656 74,5% Distúrbios de visão 380 43,1% Depressão 329 37,3% Demência 231 26,2% Diabetes mellitus 211 24,0% Distúrbios de audição 177 20,1% Constipação intestinal 166 18,8% Fonte: elaboração do autor Segundo Ramos (2003), em estudo populacional com avaliação multidimensional de idosos, realizado em São Paulo em 1984, a população de idosos apresentava uma alta prevalência de doenças crônicas sendo a hipertensão arterial a principal delas. Em estudo realizado por Batista, Vieira e Silva (2012), em um Centro de Convivência em Teresina, Piauí, encontraram predominância da faixa etária de 66 a 70 anos, sexo feminino e escolaridade primária. As idosas de baixa renda executavam sozinhas as atividades domésticas por não terem condições de contratar alguém para ajudar nessas atividades. Apresentaram como principais problemas de saúde a hipertensão arterial (43,6%) seguida de doenças osteoarticulares. Silva, Silva e Bousso (2010) descreveram os idosos frágeis atendidos em uma unidade de saúde da família, observando que 49% tinham entre 70 e 79 anos, 53% eram mulheres, 31% eram analfabetos e 23,5% tinham até 4 anos de aprovação escolar. Em relação a patologias, 80,4% apresentavam hipertensão arterial e 41,2% acidente vascular. 41 Torres et al. (2009), em estudo para caracterização sócio-demográfica e de saúde dos idosos dependentes residentes em domicílio, encontraram os seguintes resultados: maior frequência de idosos do sexo feminino (70,09%), viúvos (46,15%) e não alfabetizados (63,25%). Os problemas de saúde estavam presentes em 93,16% dos idosos, sendo 84,60% com até duas patologias. As patologias mais frequentes eram a hipertensão arterial (23, 10%), acidente vascular encefálico (11,10%) e artrose em joelhos (6,80%). A maioria dos idosos (78,60%) fazia uso de medicamentos controlados, a medicação mais utilizada era o anti- hipertensivo (47,80%) e 81,20% fazia uso de até duas medicações diárias. Schmidt et al., em 2009, realizaram estudo de prevalência de diabetes e hipertensão, no Brasil, baseada em inquérito de morbidade auto-referida. Foram analisados dados referentes a 54.369 indivíduos com idade ≥ 18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), realizado em 27 capitais brasileiras. Entre os homens, a prevalência de diabetes auto-referida foi de 5,3%, para o conjunto dos municípios estudados, e 6,0% entre mulheres. A prevalência de hipertensão auto-referida foi de 21,6% para o conjunto dos municípios, entre homens e 24,4% entre mulheres. No Estudo Gênesis (Gene Environmental System Internactions on Aging) de Veranópolis (RS) observou-se que episódios de depressão são frequentes em idosos longevos e causam impacto na qualidade de vida estando frequentemente associados à ansiedade (CHAIMOWICZ, 2006). Segundo Fratiglioni e Amaduci (1990) apud Abreu, Forlenza e Barros, 2005, a demência é uma das maiores causas de morbidade entre idosos e tem prevalência de 2% a 25% dos pacientes com 65 anos ou mais. Também é citado pelos autores, Marinho et al. (1997) que apontam a doença de Alzheimer como a causa mais comum de demência no idoso; e Jorm e Jacomb (1987), para os quais essa doença afeta pelo menos 5% dos indivíduos com mais de 65 anos e 20% com mais de 80 anos. No estudo de Ouro Preto /MG, Chaimowicz e Coelho, 2004 apud Chaimowicz, 2006, relatam que entre os idosos avaliados, 62% referiram má visão e destes, 33% tinham restrição de algum tipo de atividade; 44% relataram dificuldade para ouvir, 69% para entender palavras e 31% para assistir televisão, ou ouvir rádio ou conversar ao telefone. O número de medicamentos prescritos para os indivíduos da pesquisa ficou entre, um e doze, com uma média de 6,5 medicamentos, podendo ser observado na Tabela 6. Os que não utilizavam representou 4,4% (39 idosos). Segundo Costa et al. (2008) apud Fernandes (2009), são vários os fatores que levam à polifarmácia no idoso. É destacado o acesso 42 facilitado a medicamentos e a reduzida frequência de uso de meios não-farmacológicos para tratar doenças. Araújo (2004) apud Chaimowicz, 2006, realizou um estudo de amostra probabilística representativa de classe média-baixa em Belo Horizonte (MG) avaliando a utilização de medicamentos por 242 idosos com 60 anos ou mais, por meio de inquérito estruturado. Eram utilizados quatro medicamentos, em média, sendo que 34% deles consumiam medicamentos inadequados. Tabela 6 Número de medicamentos utilizados pelos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011. NÚMERO FREQUÊNCIA RELATIVA NÚMERO DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS Nenhum 39 4,4% Um 100 11,4% Dois 127 14,4% Três 111 12,6% Quatro 96 10,9% Cinco 87 9,9% Seis 60 6,8% Sete 48 5,4% Oito 22 2,5% Nove 17 1,9% Dez 6 0,7% Onze 6 0,7% Doze 3 0,3% Não informado 159 18,0% Fonte: elaboração do autor Foi encontrado um número significativo de planos de cuidado que não tinham informação sobre a utilização de medicamentos, sendo de 159, correspondendo a 18,0% (TAB. 6). A representatividade desses planos de cuidado, sem informação de utilização de medicamentos, pode ser observada no Gráfico 1. A falta de informação foi registrada como ignorada uma vez que houve perda de dados dos planos de cuidado, que estavam incompletos. Deve-se lembrar da importância de preencher todos os campos de um formulário. As informações faltantes interferem na análise estatística de dados, podendo gerar algum tipo de vício, principalmente se os indivíduos que são incluídos na análise apresentam diferenças em relação aos que não foram incluídos. 43 Gráfico1 Número de medicamentos utilizados pelos idosos do Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011. A maioria dos indivíduos da pesquisa foram encaminhados para o Serviço de Geriatria de Referência, correspondendo a 400. Para outras especialidades médicas foram encaminhados 254 indivíduos como mostrado na Tabela 7, apresentada a seguir. Tabela 7 Número de encaminhamentos dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, Belo Horizonte, Brasil, 2011. NÚMERO FREQUÊNCIA RELATIVA ENCAMINHAMENTOS Geriatria de Referência do IJAF 400 45,4% Outras especialidades médicas 254 28,8% Fonte: elaboração do autor Os casos identificados nas diretrizes clínicas como idosos frágeis de alta complexidade podem ser encaminhados para a Geriatria de Referência do HC/UFMG para a continuidade do cuidado. Ao transferir um paciente do centro de saúde a um serviço especializado o paciente é referenciado. No sentido oposto o paciente é contra referenciado sendo importante esta comunicação para a dinâmica do sistema e para garantir a assistência integrada ao paciente É necessário a articulação dos serviços de saúde nos diferentes níveis de atenção, respondendo adequadamente, com eficácia e eficiência, às condições agudas e crônicas da população (OLIVEIRA, 2010). 44 6 CONCLUSÃO Os resultados apresentados permitiram visualizar as características dos idosos atendidos no Centro Mais Vida, no ano de 2011. Os resultados específicos demonstraram o seguinte perfil: os pacientes são na maioria do sexo feminino; as faixas etárias de 70 a 79 anos e 80 anos ou mais estiveram presentes numa frequência muito próxima; o ensino fundamental é o nível escolar mais frequente; apresentaram maior comprometimento funcional em relação a visão, postura, cognição, humor e continência urinária; as doenças e condições de saúde mais frequentes foram a hipertensão arterial, distúrbios de visão e depressão; 39,2% são usuários de polifarmácia; a maioria é encaminhada para a Geriatria de Referência no próprio IJAF. Entre as limitações do estudo estão: a inexistência de uniformidade no preenchimento dos planos de cuidado. Agravos de saúde já “controlados” podem também não ter sido informados. Não foram utilizadas técnicas estatísticas de imputação de dados faltantes para “completar” os bancos de dados e possibilitar a análise com todos os indivíduos do estudo, uma vez que os dados faltantes eram importantes na conclusão e sugestões do trabalho de pesquisa realizado. Recomenda-se a realização de estudos complementares e em especial a criação e alimentação de um banco de dados sobre os usuários atendidos pelo serviço. A realização de novas pesquisas, entre outros fatores, otimizaria a interdisciplinaridade, a intersetoriedade e a otimização de recursos, indo de encontro à inclusão, pelo Ministério da Saúde, de estudo sobre o envelhecimento na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde (CALDAS, 2010). Por meio do compartilhamento de esforços, entre o poder público, os gestores dos serviços, da comunidade e do aparelho formador, poderão ser realizadas inovações nas práticas em saúde e no cuidado integral ao idoso. Deve-se desenvolver modelos de prevenção e promoção na assistência ao idoso, a serem implantados em serviços de saúde, conforme as demandas da sociedade e do envelhecimento populacional. 45 REFERÊNCIAS ABREU, I.D.; FORLENZA, O.V.; BARROS, H.L. Demência de Alzheimer: correlação entre memória e autonomia. Rev. psiquiatr. clín. vol. 32 nº 3, São Paulo, May/June, 2005. ALVES, L.C.; LEITE, I. C.; MACHADO, C.J. Perfis de saúde dos idosos no Brasil: análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2003 utilizando o método Grade of Membership. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(3):535-546, mar, 2008. ALVES, L.C.; LEITE, I. C.; MACHADO, C.J. Fatores associados à incapacidade funcional dos idosos no Brasil: análise multinível. Rev. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 44(3), 2010. ANDRADE, M.V. et al. Sistema de valores do instrumento EQ-5D de mensuração de qualidade de vida relacionada à saúde: uma análise para o estado de Minas Gerais. Disponível em: < http://google.com.br> . 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Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 60p.: il. 51 APÊNDICES 52 APÊNDICE A - DESCRITORES UTILIZADOS PARA A PESQUISA BASE DE DADOS DESCRITORES LILACS Idoso Aged Anciano Serviços de Saúde para Idosos Health Services for the Aged Servicios de Salud para Ancianos Hipertensão Hypertension Hipertensión Osteoporose Osteoporosis Idoso de 80 Anos ou mais Aged, 80 and over Anciano de 80 o más Años Atenção Primária à Saúde Primary Health Care Atención Primaria de Salud Insuficiência Cardíaca Heart Failure Insuficiencia Cardíaca Idoso Fragilizado Frail Elderly Anciano Frágil Diabetes Mellitus Insuficiência Renal Renal Insufficiency Insuficiencia Renal IBECS ( idoso ) or "IDOSO" "IDOSO debilitado" "IDOSO dependente" "IDOSO fragilizado" "IDOSO com deficiencia funcional" "assistencia a IDOSOs" "assistencia integral a saude do IDOSO" "atencao integral a saude do IDOSO" "aderencia ao MEDICAMENTO" "nao-aderencia ao MEDICAMENTO” “IDOSO de 80 anos ou mais" "IDOSO de 80 ou mais anos" "servicos de saude para IDOSOs" ( doenças ) or "doencas" "saude do IDOSO" MEDLINE idoso aged article 2011 Envelhecimento Geriatria COCHRANE idoso serviços de saude para idosos saude do idoso doenças 53 APÊNDICE B - ESTRATÉGIAS DE BUSCA PARA A PESQUISA BASE DE DADOS ESTRATÉGIAS LILACS (MH:N03.219.521.346.506.678$ OR "Assistência a Idosos" OR "Asistencia a los Ancianos" OR "Old Age Assistance" AND (MH:M01.060.116.100$ OR idoso OR Ancian$ OR "old people" OR "tercera edad" OR "terceira idade" OR elderly OR Aged) (MH: M01.060.116.100.540$ OR "Idoso Fragilizado" OR "Anciano Frágil" OR "Frail Elderly" OR "Idoso com Deficiência Funcional") AND (MH:M01.060.116.100$ OR idoso OR Ancian$ OR "old people" OR "tercera edad" OR "terceira idade" OR elderly OR Aged) (MH:N02.421.320$ OR MH:SP2.031.237$ OR "Serviços de Saúde para Idosos" OR "Servicios de Salud para Ancianos" OR "Health Services for the Aged") AND (MH:M01.060.116.100$ OR idoso OR Ancian$ OR "old people" OR "tercera edad" OR "terceira idade" OR elderly OR Aged) (MH: N04.590.233.727$ OR "Atenção Primária à Saúde" OR "Atención Primaria de Salud" OR "Primary Health Care" OR "Atenção Básica à saúde") AND (MH:M01.060.116.100$ OR idoso OR Ancian$ OR "old people" OR "tercera edad" OR "terceira idade" OR elderly OR Aged) > (MH: SP2.006.047$ OR "Saúde do Idoso" OR "Salud del Anciano" OR "Health of the Elderly" ) AND ("Diabetes Mellitus" OR Hipertensão OR Hipertensión OR Hypertension OR "Pressão Arterial Alta" OR Osteoporose OR Osteoporosis OR "Insuficiência Renal" OR "Insuficiencia Renal" OR "Renal Insufficiency" OR "Insuficiência Cardíaca" OR "Insuficiencia Cardíaca" OR "Heart Failure")) AND (MH:M01.060.116.100$ OR idoso OR Ancian$ OR "old people" OR "tercera edad" OR "terceira idade" OR elderly OR Aged) AND (da:2001$ or da:2002$ or da:2003$ or da:2004$ or da:2005$ or da:2006$ or da:2007$ or da:2008$ or da:2009$ or da:2010$ or da:2011$ or da:2012$) IBECS ( doenças ) or "doencas" [Descritor de assunto] and ( "ESPANHOL" or "INGLES" or "PORTUGUES" ) or "HUMANOS, IDOSO" [Limites] and "2002" or "2003" or "2004" or "2005" or "2006" or "2007" or "2008" or "2009" or "2010" or "2011" or "2012" or "ESPANHA" or "ESPANHA/1999" or "ESPANHA/2000" or "ESPANHA/2001" or "ESPANHA/2002" or "ESPANHA/2003" or "ESPANHA/2004" or "ESPANHA/2005" or "ESPANHA/2006" or "ESPANHA/2007" or "ESPANHA/2008" or "ESPANHA/2009" or "ESPANHA/2010" or "ESPANHA/2011" or "ESPANHA/2012" or "ESPANHA/JUN." or "ESPANHA/MAR." or "ESPANHA/SEM DATA" or "JUN." or "MAR." [País, ano de publicação] ( idoso ) or "IDOSO" or "assistencia integral a saude do IDOSO" or "atencao integral a saude do IDOSO" or "saude do IDOSO" or "IDOSO com deficiencia funcional" or "IDOSO de 80 anos ou mais" or "IDOSO de 80 ou mais anos" or "IDOSO debilitado" or "IDOSO dependente" or "IDOSO fragilizado" or "assistencia a IDOSOs" or "servicos de saude para IDOSOs" or "IDOSOs de 80 anos ou mais" or "IDOSOs de 80 ou mais anos" or "IDOSOs debilitados" or "IDOSOs dependentes" or "IDOSOs fragilizados" [Descritor de assunto] and "ESPANHOL" or "INGLES" or "PORTUGUES" [Idioma] and "ESPANHA/1999" or "ESPANHA/2000" or "ESPANHA/2001" or "ESPANHA/2002" or "ESPANHA/2003" or "ESPANHA/2004" or "ESPANHA/2005" or "ESPANHA/2006" or "ESPANHA/2007" or "ESPANHA/2008" or "ESPANHA/2009" or "ESPANHA/2010" or "ESPANHA/2011" or "ESPANHA/2012" or "ESPANHA/JUN." or "ESPANHA/MAR." or "ESPANHA/SEM DATA" or "JUN." or "MAR." [País, ano de publicação] aderencia ao MEDICAMENTO" [Descritor de assunto] and "nao-aderencia ao MEDICAMENTO" [Descritor de assunto] and ( "PORTUGUES" ) or "ESPANHOL" [Idioma] MEDLINE idoso > aged > en > article > 2011 > Envelhecimento > 1 > Geriatria > Envelhecimento R COCHRANE (doenças and em and idoso) (serviços and de and saude and para and idosos) (saude and do and idoso) 54 APÊNDICE C - RESULTADOS DA PESQUISA E SELEÇÃO DE ARTIGOS BASE DE DADOS IDIOMA LILACS Português Espanhol Inglês 1ª Estratégia Resultados 136 99 11 Seleção 11 29 11 2ª Estratégia Resultados 83 79 12 Seleção 12 16 10 3ª Estratégia Resultados 264 204 76 Seleção 22 06 05 4ª Estratégia Resultados 99 544 67 Seleção 17 12 06 5ª Estratégia Resultados 129 Seleção 68 IBECS Portugês/Espanhol/Inglês 1ª Estratégia Resultados 05 Seleção 05 2ª Estratégia Resultados 946 Seleção 12 3ª Estratégia Resultados 19 Seleção 19 MEDLINE Inglês Estratégia Única Resultados 09 Seleção 08 COCHRANE Português/Inglês 1ª Estratégia Resultados  Resumos de Revisões Sistemáticas traduzidos ao Português (1)  Revisões Sistemáticas da Cochrane (5) ° Revisões completas (5)  Resumos de revisões sistemáticas com qualidade avaliada (13) Seleção 03 2ª Estratégia Resultados  Revisões Sistemáticas da Cochrane (3)  Resumos de revisões sistemáticas com qualidade avaliada (43) Seleção 22 3ª Estratégia Resultados  Revisões Sistemáticas da Cochrane (20)  Resumos de revisões sistemáticas com qualidade avaliada (108) Seleção 7 55 APÊNDICE D - RELAÇÃO DAS VARIÁVEIS ESTUDAS Variáveis dependentes AVD básicas (1)semidependencia (2) dependência incompleta (3)dependência completa AVD instrumentais (1)dependência parcial (2) dependência total Idade (1)60 a 69 anos (2) 70 a 79 anos (3) 80anos e mais Sexo (1)masculino (2) feminino Escolaridade (1)analfabeto(2) ensino fundamental (3) ensino médio e superior Cuidador (1) sim (2) não Cognição comprometida (0) não (1) sim Humor comprometido (0) não (1) sim Mobilidade/alcance-preensão-pinça (0) não (1) sim Mobilidade/postura-marcha-transferência (0) não (1) sim Continência urinaria comprometida (0) não (1) sim Continência fecal comprometida (0) não (1) sim Visão comprometida (0) não (1) sim Audição comprometida (0) não (1) sim Voz/fala comprometida (0) não (1) sim Acidente Vascular Encefálico (0) não (1) sim Anemia (0) não (1) sim Asma (0) não (1) sim Câncer de colo de útero (0) não (1) sim Câncer de mama (0) não (1) sim Constipação Intestinal (0) não (1) sim Demência (0) não (1) sim Depressão (0) não (1) sim Diabetes mellitus (0) não (1) sim Distúrbios da audição (0) não (1) sim Distúrbios da visão (0) não (1) sim Distúrbios de Deglutição (0) não (1) sim Distúrbios de Micção/Prostatismo (0) não (1) sim Doença arterial coronariana (0) não (1) sim Doença de Parkinson (0) não (1) sim Doença Renal (0) não (1) sim Dor crônica (0) não (1) sim DPOC (0) não (1) sim Epilepsia (0) não (1) sim Esquizofrenia (0) não (1) sim Fibrilação atrial (0) não (1) sim Hipertensão arterial (0) não (1) sim Hipotensão Ortostática (0) não (1) sim 56 Variáveis dependentes Hiperplasia Prostática Benigna (0) não (1) sim Incontinência fecal (0) não (1) sim Incontinência Urinária (0) não (1) sim Insuficiência cardíaca (0) não (1) sim Insuficiência vascular arterial periférica (0) não (1) sim Insuficiência vascular venosa periférica (0) não (1) sim Obesidade (0) não (1) sim Osteoartrose (0) não (1) sim Osteoporose (0) não (1) sim Outras arritmias cardíacas (0) não (1) sim Pneumonia (0) não (1) sim Quedas de repetição (0) não (1) sim Subnutrição (0) não (1) sim Tuberculose (0) não (1) sim Polipatologia (1) até 4 patologias (2) 5 patologias e mais Tratamento farmacológico (1) sim (2) não Poli-fármacos (1) até 4 medicamentos (2) 5 medicamentos e mais Encaminhamento para Geriatria de Referência (0) não (1) sim Encaminhamento para Outras Especialidades Médicas (0) não (1) sim Encaminhamento para NASF (0) não (1) sim Encaminhamento para CREAB (0) não (1) sim Encaminhamento para Hospital –Dia (0) não (1) sim Encaminhamento para Hospital (0) não (1) sim Encaminhamento para CTI (0) não (1) sim Encaminhamento para Hospice (0) não (1) sim Encaminhamento para outros pontos de atendimento (0) não (1) sim Encaminhamento para Grupo de Convivência (0) não (1) sim Encaminhamento para Centro Dia (0) não (1) sim Encaminhamento para Serviço Regional de AB Saúde (0) não (1) sim Encaminhamento para CREAS (0) não (1) sim Encaminhamento para CRAS (0) não (1) sim Encaminhamento para ILPI (0) não (1) sim Encaminhamento para Casa-Lar (0) não (1) sim Encaminhamento para República de idosos (0) não (1) sim Encaminhamento outras (0) não (1) sim 57 APÊNDICE E - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PERFIL PACIENTE - MAIS VIDA - IJAF- COLETA DE DADOS NÚMERO DO QUESTIONÁRIO:______ 1. INFORMAÇÕES GERAIS 4. DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS/CONDIÇÕES CRÔNICAS-INVESTIGAÇÃO 5. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO PROPOSTO 01-( ) não informado 1-Coletador: ( 1)DO (2 )MT (3) outro 01-( ) Acidente Vascular Encefálico 02-Número de medicamentos: ________ 2-Data coleta: ___/___/___ 02-( ) Anemia 3-Data Nascimento: __/__/__ 03-( ) Asma 6. ENCAMINHAMENTOS ( ) não informado 4-Idade ____________ 04-( ) Câncer de colo de útero 03-( ) Geriatria de Referência 5-Distrito sanitário* ____________ 05-( ) Câncer de mama 04-( ) Outras Especialidades Médicas 6-Centro de saúde** ____________ 06-( ) Constipação Intestinal 7-Sexo (1) masculino ( 2) feminino 07-( ) Demência SUS 8-Escolaridade*** ( ) 08-( ) Depressão 05-( ) NASF 9-Possui cuidador (0) não (1) sim (2) não informado 09-( ) Diabetes mellitus 06-( ) CREAB 2. DIAGNOSTICO FUNCIONAL GLOBAL 10-( ) Distúrbios da audição 07-( ) Hospital -Dia Autocuidado comprometido 11-( ) Distúrbios da visão 08-( ) Hospital 10-( ) semidependencia 12-( ) Distúrbios de Deglutição 09-( ) CTI 11-( ) dependência incompleta 13-( ) Distúrbios de Micção/Prostatismo 10-( ) Hospice 12-( ) dependência completa 14-( ) Doença arterial coronariana 11-( ) Outras: informar nas linhas abaixo AVDs instrumentais comprometidas 15-( ) Doença de Parkinson 13-( ) dependência parcial 16-( ) Doença Renal SUAS 14-( ) dependência completa 17-( ) Dor crônica 12-( ) Grupo de Convivência 18-( ) DPOC 13-( ) Centro Dia 15-( ) cognição comprometida 19-( ) Epilepsia 14-( ) Serviço Regional de AB Saúde 20-( ) Esquizofrenia 15-( ) CREAS 16-( ) humor comprometido 21-( ) Fibrilação atrial 16-( ) CRAS Mobilidade comprometida 22-( ) Hiperplasia Prostática Benigna 17-( ) ILPI 17-( ) alcance, preensão, pinça 23-( ) Hipertensão arterial 18-( ) Casa-Lar 18-( ) postura, marcha ou transferência 24-( ) Hipotensão Ortostática 19-( ) República de idosos 19-( ) capacidade aeróbica 25-( ) Incontinência fecal Continência esfincteriana comprometida 26-( ) Incontinência Urinária 20-( ) continência urinária 27-( ) Insuficiência cardíaca 21-( ) continência fecal 28-( ) Insuficiência vascular arterial periférica Comunicação comprometida 29-( ) Insuficiência vascular venosa periférica *Centro de Saúde: verificar tabela anexa 22-( ) visão comprometida 30-( ) Obesidade **Distrito sanitário: verificar tabela anexa 23-( ) audição comprometida 31-( ) Osteoartrose ***Escolaridade: verificar tabela de categorias anexa 24-( ) voz, fala ou motilidade orofacial, disfagia 32-( ) Osteoporose Outras funções orgânicas 33-( ) Outras arritmias cardíacas 25-( ) comprometimento saúde bucal 34-( ) Pneumonia 26-( ) comprometimento sono 35-( ) Quedas de repetição 27-( ) estado nutricional 36-( ) Subnutrição 37-( ) Tuberculose 3. NECESSIDADE DE SUPORTE ( ) não informado 38-( ) Outras: informar nas linhas abaixo 28-( ) familiar 29-( ) social 30-( ) segurança ambiental 58 ANEXOS 59 ANEXO A - PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG NÚCLEO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DA UFMG SERVIÇO DE GERIATRIA DO HC-UFMG INSTITUTO JENNY DE ANDRADE FARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DO IDOSO CENTRO MAIS VIDA MACRORREGIÃO CENTRO I PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DO IDOSO Data: _____/_____/_______ IDENTIFICAÇÃO Nome: Número de Registro: Sexo: Profissão: Aposentado: ( ) Sim ( ) Não Idade: Data de Nascimento: Naturalidade: Estado: País: Estado Civil: ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Viúvo ( ) Separdo ( ) Outros Cor: ( ) Leucoderma ( ) Feoderma ( ) Melanoderma Escolaridade: Endereço: Telefone: Informante (se for o caso): Parentesco: Cuidador: Idade: Sexo: Médico de Referência (UBS): Secretária 60 Enfermeiro de Referência (UBS): Centro de Saúde: Regional: Telefone: AGENDA DO PACIENTE DETALHADA (Lista de problemas) Médico 61 REVISÃO DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS PRINCIPAIS Geral Febre: ( ) Sim ____°C ( ) Não Mal-estar: ( ) Sim ( ) Não Astenia ( ) Sim ( ) Não Aparência bem cuidada ( ) Sim ( ) Não Cooperativo ao exame ( ) Sim ( ) Não Tranqüilo ( ) Sim ( ) Não Palidez cutâneo-mucosa Especificar: ( ) Sim ( ) Não Cianose de extemidades: ( ) Sim ( ) Não Icterícia: ( ) Sim ( ) Não Desidratação: Especificar ( ) Sim ( ) Não Tireóide aumentada: ( ) Sim ( ) Não Nódulo tireoidiano: Especificar ( ) Sim ( ) Não Linfadenomegalias: Especificar ( ) Sim ( ) Não Pele e Anexos: Aparelho Respiratório: Ceratose actínica ( ) Sim ( ) Não Ceratose Seborréica ( ) Sim ( ) Não Purido: ( ) Localizado ( ) Generalizado ( ) Sim ( ) Não Xerodermia ( ) Sim ( ) Não Uso regular de creme hidratante ( ) Sim ( ) Não Uso regular de protetor solar ( ) Sim ( ) Não Neoplasia cutânea ( ) Sim ( ) Não Úlcera de membros inferiores ( ) im ( ) Não Úlcera de pressão ( ) Sim ( ) Não Localização ( ) sacral ( ) trocantérica ( ) calcâneo ( ) outros Gravidade: ( ) Estágio 1: presença de vermelhidão e irritação local ( ) Estágio 2 : ulceração comprometendo epiderme/derme ( ) Estágio 3: ulceração até subcutâneo e fácia muscular ( ) Estágio 4: ulceração comprometendo músculo e/ou osso Outras lesões: Tosse.....................................( ) sim ( ) não ( ) > 4 semanas ( ) < 4 semanas ( ) Seca ( ) Produtiva Chieira torácica.. .................( ) sim ( ) não Expectoração purulenta........( ) sim ( ) não Hemoptise.............................( ) sim ( ) não Frequência Respiratória: Palpação: Percussão: Ausculta: Médico 62 Aparelho Cardiovascular Dispnéia ( ) Sim ( ) Não ( ) Habitual maior ( ) Habitual ( ) Habitual menor ( ) Independente do esforço Dor torácica ( ) Sim ( ) Não ( ) duração de 2 a 5 min. ( ) desencadeada pelo esforço ( ) melhora com repouso ou nitrato Especificar: __________________________________ Palpitação ( ) Sim ( ) Não ( ) início ou término súbito ( ) ritmo irregular ( ) sensação de pausa ( ) repercussão clínica ( ) freqüentemente ( ) ocasionalmente ( ) raramente Fatores desencadeantes: _________________________ _____________________________________________ Perda da consciência ( ) Sim ( ) Não ( ) síncope ( ) lipotímia ( ) sugestivo de hipoglicemia ( ) hipotensão ortostática ( ) indeterminada Claudicação mmii ( ) Sim ( ) Não Aparelho Digestivo: Pressão Arterial mmHg Fc (bpm) Deitado 5 minutos Ortostatismo 0 min Ortostatismo 1 min Ortostatismo 3 min Ortostatismo 5 min Ectasia de aorta ( ) Sim ( ) Não Sopro carotídeo ( ) Sim ( ) Não Ingurgitamento jugular ( ) Sim ( ) Não Ictus cordis palpável ( ) Sim ( ) Não Especificar: ___________________________________ Bulhas cardíacas Sopro cardíaco ( ) Sim ( ) Não Especificar: ___________________________________ Estalido ( ) Sim ( ) Não Especificar: ___________________________________ Pulso arterial periférico: Veias de mmii: Disfagia............................................... ( ) sim ( ) não ( )orofaríngea ( )esofageana intermitente ( )progressiva ( )não progressiva ( )indeteminada Engasgo ......................................................................( )sim ( ) não 1. Ocasionalmente 2.Dependendo da dieta 3.Frequentemente Dispepsia ..................................................................( ) sim ( ) não 1.Queimação epigástrica que piora com a fome 2.Empachamento pós-prandial 3.Regurgitação 4. Inderteminada Náuseas/Vômitos ..................................... ( ) sim ( ) não Constipação intestinal .............................. ( ) sim ( ) não ( ) < 6 meses ( ) > 6 meses ( ) Necessita do uso regular de laxativo ( ) Necessita de extração manual das fezes Frequência das evacuações __________ Consistência das fezes _________ Diarréia ..................................................... ( ) sim ( ) não ( )> 30 dias ( )disenteriforme ( )esteatorréia ( )indeterminada Hemorragia digestiva ................................ ( ) sim ( ) não ( ) alta ( ) baixa Incontinência fecal .................................... ( ) sim ( ) não ( )Recente <30 dias ( ) Crônica > 30 dias ( )Sobrefluxo ( ) Anorretal ( )Neurogênica ( )Secundária Dor abdominal ...................................... ( ) sim ( ) não Doença Hemorroidária ............................. ( ) sim ( ) não Flatulência .............................................. ( ) sim ( ) não Icterícia ............. ( ) sim ( ) não Parede abdominal Visceromegalias Massas Cicatrizes Dor Peristaltismo 63 Aparelho Genito-urinário: Prostatismo .........................................................( )sim ( )não Incontinência Urinária .........................................( )sim ( )não ( ) recente <30 dias ( ) crônica > 30 dias ( ) urgência ( ) esforço ( ) sobrefluxo ( ) funcional ( ) mista ( )Limitante ( )Não limitante Urgência ...............................................................( )sim ( )não Noctúria ........................................................ .....( )sim ( )não Data da Menopausa __________ Sangramento pós-menopáusico ..........................( )sim ( )não Reposição estrogênica: ( )Sim Especificar:______________ ( )não ( ) Nunca fez ( ) Suspendeu ( ) Faz regularmente História obstétrica: G___P____A____ Data da última visita ao Ginecologista: _______ Sistema Nervoso ANAMNESE SIM NÃO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOR Cefaléia Radicular Neuropatia periférica Neuralgia do trigêmeo Pós-herpética CONVULSÃO TONTURAS ( ) rotatória ( ) desequilíbrio ( ) visão turva ( ) ”cabeça vazia” ( ) Associada a mudanças súbitas da posição do pescoço ( ) Associada ao ortostatismo ( ) Frequentemente ( ) Ocasionalmente EXAME NEUROLÓGICO Normal Anormal Comentários MOTRICIDADE Força mmss mmii Pescoço/tronco Tônus Reflexos Superficiais Profundos Primitivos Coordenação Tronco/membros Apendicular Diadococinesia Movimentos anormais Hipercinesia Discinesia ( ) Tardia ( ) Edentados Tremor ( ) Cinético ( ) Repouso Bradicinesia SENSIBILIDADE Superficial Profunda Cinético-Postural Vibratória Sinais de irritação meníngea/radicular PARES CRANIANOS I (n. olfatório) II.(n. óptico) III (n. óculomotor) IV (n. toclear) VI (n. abducente) V (n. trigêmeo) VII (n. facial) VIII (n. vestíbulococlear) IX (n. glossofaríngeo) e X (n. vago) XI (n. acessório) XII (n. hipoglosso) Toque Retal Palpação das Mamas 64 Sistema Músculo-Esquelético: Artralgia .................................................... ( )sim ( )não ( )poliartralgia ( )monoartralgia ( )artrite ( )indeterminado ( ) pequenas articulações ( )grandes articulações Localização Rigidez matinal ......................................... ( )sim ( )não Lombalgia .................................................................. ( ) sim ( ) não 1.Ocasional 2.Contínua mas não limitante 3.Contínua e limitante Especificar: ( ) comum/postural ( ) radiculopatia ( ) espondilite anquilosante ( ) aguda Ombro doloroso ........................................ ( )sim ( )não Rigidez generalizada ................................ ( )sim ( )não Peso ou fraqueza nos membros inferiores . ( )sim ( )não Pés ( ) Joanete ( )Ceratose plantar ( )Úlceras ( ) Unha encravada ( ) calcaneoalgia ( ) Onicomicose ( )Calçados inadequados Deformidade: ( ) cifose ( ) torácica ( ) lombar ( ) mãos ( ) pés ( ) articular 65 ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA BÁSICAS (AVD`s básicas: AUTO-CUIDADO) Nota: independência significa a realização dos atos citados sem supervisão, orientação ou assistência pessoal ativa, exceto nos casos especificamente descritos abaixo. Esta avaliação é baseada no real desempenho e não na habilidade. Um paciente que se recusa a executar uma função é considerado como não a tendo executado, mesmo que se julgue ser ele capaz. ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DE VIDA DIÁRIA (AVD´s instrumentais) Atividade de vida diária Sem ajuda Com ajuda parcial Incapaz Você é capaz de preparar as suas refeições? Você é capaz de tomar os seus remédios na dose certa e horário correto? Você é capaz de fazer compras? Você é capaz de controlar o seu dinheiro ou finanças? Você é capaz de usar o telefone? Você é capaz arrumar a sua casa ou fazer pequenos trabalhos domésticos ? Você é capaz de lavar e passar a sua roupa? Você é capaz de sair de casa sozinho para lugares mais distantes, usando algum transporte, sem necessidade de planejamento especial? ÍNDICE DE PFEFFER Avaliação das Atividades de Vida Diária, segundo Pfeffer 0. Normal 0. Nunca o fez, mas poderia fazê-lo 1. Faz, com dificuldade 1. Nunca o fez e agora teria dificuldade 2. Necessita de ajuda 3. Não é capaz 0 1 2 3 0 1 Ele (Ela) é capaz de preparar uma comida? Ele (Ela) manuseia seu próprio dinheiro? Ele (Ela) é capaz de manusear seus próprios remédios? Ele (Ela)é capaz de comprar roupas, comida, coisas para casa sozinho? Ele (Ela) é capaz de esquentar a água para o café e apagar o fogo? Ele (Ela) é capaz de manter-se em dia com as atualidades, com os acontecimentos da comunidade ou da vizinhança? INDEPENDÊNCIA DEPENDÊNCIA TOMAR BANHO (Leito, chuveiro ou banheira) Requer ajuda somente para lavar uma única parte do corpo (como as costas ou membro deficiente) ou toma banho sozinho Requer ajuda para lavar mais de uma parte do corpo ou para entrar ou sair da banheira, ou não toma banho sozinho VESTIR-SE Pega as roupas nos armários e gavetas, veste-as, coloca órteses ou próteses, manuseia fechos. Exclui-se o ato de amarrar sapatos. Veste-se apenas parcialmente ou não se veste sozinho USO DO VASO SANITÁRIO Vai ao vaso sanitário, senta-se e levanta-se do vaso; ajeita as roupas, faz a higiene íntima (pode usar comadre ou similar somente à noite e pode ou não estar usando suportes mecânicos) Usa comadre ou similar, controlado por terceiros, ou recebe ajuda para ir até o vaso sanitário e usá-lo. TRANSFERÊNCIA Deita-se e sai da cama sozinho, senta e se levanta da cadeira sozinho (pode estar usando objeto de apoio) Requer ajuda para deitar-se na cama ou sentar na cadeira, ou para levantar-se; não faz uma ou mais transferências CONTINÊNCIA Micção e evacuação inteiramente autocontrolados Incontinência parcial ou total para micção ou evacuação; controle parcial ou total por enemas e/ou cateteres; uso de urinóis ou comadre controlado por terceiros. Acidentes “ocasionais” ALIMENTAR-SE Leva a comida do prato (ou de seu equivalente) à boca. O corte prévio da carne e o preparo do alimento, como passar manteiga no pão, são excluídos da avaliação Requer ajuda para levar a comida do prato (ou de seu equivalente) à boca; não come nada ou recebe alimentação parenteral AVALIAÇÃO FUNCIONAL GLOBAL Enfermeiro 66 Ele (Ela) é capaz de prestar atenção, entender e discutir um programa de rádio ou televisão, um jornal ou uma revista? Ele (Ela) é capaz de lembrar-se de compromissos, acontecimentos, familiares, feriados? Ele (Ela) é capaz de passear pela vizinhança e encontrar o caminho de volta para casa? Ele (Ela) é pode ser deixado (a) em casa sozinho (a) de forma segura? 0. Normal 0. Nunca ficou, mas poderia ficar agora 1. Sim, com precauções 1. Nunca ficou e agora teria dificuldade 2. Sim, por curtos períodos 3. Não poderia PONTUAÇÃO O que o senhor (a) gostaria de fazer e que não está fazendo? O que o senhor (a) fazia e deixou de fazer? Presença de esquecimento..............................................( ) sim ( ) não ( )NA Auto-percepção do esquecimento: F>P ( ) F

0,3 Dificuldade para ler jornais ou revistas ( ) Sim ( ) Não Data da última visita ao Oftalmologista: ________/_________/________ FALA Produção oral Deglutição AUDIÇÃO ( ) Sim ( ) Não OTOSCOPIA Uso de prótese auditiva ( ) Sim ( ) Não Teste do sussuro (60cm de cada ouvido) ( ) Positivo ( ) Negativo Deficuldade para conversação com 3 ou mais pessoas ( ) Sim ( ) Não Data da última visita ao Otorrinolaringologista: ______/_______/________ Mini-Avaliação da Saúde bucal Observar a presença de: SIM NÃO Diminuição da quantidade de alimentos ou mudança no tipo de alimentação por causa dos dentes? Problemas de mastigação Sensibilidade exagerada a alimentos ou líquidos nos dentes ou gengivas? Edentulismo Prótese dentária Xerostomia Feridas ou lesões na mucosa oral ou língua Sangramento gengival Oroscopia: Data da última visita ao dentista: Enfermeiro COMUNICAÇÃO SAÚDE BUCAL 77 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 78 MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN) Peso (kg): Altura (cm): Circunferência da panturrilha: IMC: TRIAGEM Quantas refeições faz por dia? 0 = uma refeição 1 = duas refeições 2 = três refeições O paciente consome: pelo menos uma porção diária de leite ou derivados (queijo, iogurte)? sim não duas ou mais porções semanais de legumes ou ovos? sim não carne, peixe ou aves todos os dias? sim não 0,0 = nenhuma ou uma resposta <> 0,5 = duas respostas <> 1,0 = três respostas <> , O paciente consome duas ou mais porções diárias de frutas ou vegetais? 0 = não 1 = sim Quantos copos de líquidos (água, suco, café, chá, leite) o paciente consome por dia? 0,0 = menos de três copos 0,5 = três a cinco copos 1,0 = mais de cinco copos , Modo de se alimentar 0 = não é capaz de se alimentar sozinho 1 = alimenta-se sozinho, porém com dificuldade 2 = alimenta-se sozinho sem dificuldade O paciente acredita ter algum problema nutricional? 0 = acredita estar desnutrido 1 = não sabe dizer 2 = acredita não ter problema nutricional Em comparação a outras pessoas da mesma idade, como o paciente considera a sua própria saúde? 0,0 = não muito boa 0,5 = não sabe informar 2,0 = melhor , Circunferência do braço (CB) em cm 0,0 = CB < 21 0,5 = 21 ≤ CB ≤ 22 1,0 = CB > 22 , Circunferência da panturrilha (CP) em cm 0 = CP < 31 1 = CP ≥ 31 Avaliação global (máximo 16 ponto , Escore da triagem , Escore Total (máximo 30 pontos) , Nos últimos três meses houve diminuição da ingesta alimentar devido a perda de apetite, problemas digestivos ou dificuldade para mastigar ou deglutir? 0 = diminuição severa da ingesta 1 = diminuição moderada da ingesta 2 = sem diminuição da ingesta Perda de peso nos últimos meses 0 = superior a três quilos 1 = não sabe informar 2 = entre um e três quilos 3 = sem perda de peso Mobilidade 0 = restrito ao leito ou à cadeira de rodas 1 = deambula mas não é capaz de sair de casa 2 = normal Passou por algum estresse psicológico ou doença aguda nos últimos três meses? 0 = sim 2 = não Problemas neuropsicológicos 0 = demência ou depressão graves 1 = demência leve 2 = sem problemas psicológicos Índice de massa corpórea (IMC = peso [kg] / estatura [m]²) 0 = IMC < 19 1 = 19 ≤ IMC < 21 2 = 21 ≤ IMC < 23 3 = IMC ≥ 23 Escore de Triagem (subtotal, máximo de 14 pts.) 12 pontos ou mais normal; desnecessário continuar a avaliação 11 pontos ou menos possibilidade de desnutrição continuar a avaliação Avaliação global O paciente vive em sua própria casa (não em casa geriátrica ou hospital) 0 = não 1 = sim Utiliza mais de três medicamentos diferentes por dia? 0 = sim 1 = não NUTRIÇÃO Enfermeiro 79 Lesões de pele ou escaras? 0 = sim 1 = não Avaliação do Estado Nutricional De 17 a 23,5 pontos risco de desnutrição Menos de 17 pontos desnutrido TABAGISMO ............................................................................................( ) sim ( ) não Número de cigarros/dia: Duração/anos: Outros:__________________ ETILISMO ............................................................................................( ) sim ( ) não Tipo de bebida: Dose diária: Duração/anos: CAGE (triagem: teste positivo com 1 resposta afirmativa) 1. Você já sentiu a necessidade de reduzir ou suspender o álcool (Cut down) ? 2. Alguém já o criticou pelo ato de beber? 3. Sente-se culpado (Guilty) por beber? 4. Costuma beber logo pela manhã (Eye-opener) Drogas ilícitas: ( ) Sim _______________ ( ) Não SEXUALIDADE Redução da libido..................................................................................... .......( ) SIM ( ) NÃO Dispareunia ................................................ ....................................................( ) SIM ( ) NÃO Atividade sexual.............................................................................................. ( ) SIM ( ) NÃO Disfunção erétil................................................................................................ ( ) SIM ( ) NÃO SONO Rastreamento de distúrbios do sono SIM NÃO Você está insatisfeito (a) com o seu sono? Apresenta sono ou fadiga durante as atividades diárias? O parceiro ou outros observadores queixam de comportamento não usual durante o sono, tais como ronco, pausa na respiração ou movimento de pernas, e/ou sonolência ou fadiga diurnas? Duração da sintomatologia superior a 3 meses ATIVIDADE FÍSICA: .........................................................( ) sim ( ) não Freqüência ( ) regular ( ) ocasional ( ) raro Tipo: __________________ Orientada por profissional .............................( )Sim ( )Não DIREÇÃO VEICULAR ........................................................( ) sim ( ) não USO DE MEDICAMENTOS Droga Dose Tempo de Uso Indicação Médica OBS Presença de hipersensibilidade à drogas ou intolerância de qualquer natureza...( ) sim ( ) não Especificar: IMUNIZAÇÃO Vacinação anti-tetânica ......... ( ) Completa ( ) Incompleta ( ) Ausente ( ) Ignorado Data da última dose: Se negativo, especificar porque: Enfermeiro HISTÓRIA PESSOAL ATUAL E PREGRESSA 80 Vacinação anti-influenza no último ano................................................( ) sim ( ) não Se negativo, especificar: Vacinação anti-pneumocócica .............................................................( ) sim ( ) não Ano: ________ Se negativo, especificar: Vacinação anti-amarílica .................................................................( ) sim ( ) não Ano:______ Se negativo, especificar: ÓRTESES/PRÓTESES ..................................................................( ) sim ( ) não Especificar: HOSPITALIZAÇÕES CLÍNICAS (DIAGNÓSTICO/ANO) 1 ___________________________________ 2 ___________________________________ 3____________________________________ 4____________________________________ 5____________________________________ CIRURGIAS PRÉVIAS 1___________________________________ 2___________________________________ 3___________________________________ DIAGNÓSTICOS ANTERIORES RELATADOS: Diagnóstico Diagnóstico Doenças Cardiovasculares Orgãos dos Sentidos Hipertensão arterial Catarata Insuficiência Cardíaca Glaucoma Insuficiência Coronariana Degeneração macular Arritmia cardíaca Outras: Doença vascular periférica Outras: Sistema Músculo-Esquelético Osteoartrite Doenças Respiratórias Osteoporose DPOC Outras: Asma Tuberculose Doenças Hematológicas Pneumonia Anemia Neoplasia Linfoma/Leucemia/Mieloma Outras: Discrasia sanguínea Outras: Doenças Endócrino-Metabólicas Diabetes mellitus Doenças do Tubo Digestivo Dislipidemia DRGE Hipotireoidismo Úlcera Péptica Hipertireoidismo Colelitíase Outras: Neoplasia Outras: Doenças Neuro-Psiquiátricas Demência Doenças Gênito-urinárias Depressão ITU Parkinsonismo Neoplasia AVC Outras Confusão mental aguda HISTÓRIA FAMILIAR POSITIVA PARA: Doença cardiovascular prematura...............................................................( ) sim ( )não (IAM ou morte súbita antes dos 55 anos no pai ou parentes de 1o grau do sexo masculino, ou antes dos 65 anos na mãe ou parentes de 1o grau do sexo feminino) Hipertensão arterial sistêmica..................................................................... ( ) sim ( )não Diabetes mellitus tipo II............................................................................. ( ) sim ( )não Doença tireoidiana...................................................................................... ( ) sim ( )não 81 Câncer de cólon ......................................................................................... ( ) sim ( )não Câncer de mama............ ................................................ ( ) sim ( )não ( ) não se aplica Câncer de próstata.......................................................... ( ) sim ( )não ( ) não se aplica Osteoporose/Fratura de fragilidade..................................( ) sim ( ) não Depressão....................................................................... ( ) sim ( ) não Demência....................................................................... ( ) sim ( ) não A) IDOSO DE COMUNIDADE Quadro da constituição familiar Nome Parentesco Sexo Est.Civil Reside com o idoso Sim Não Risco Psico-social na esfera familiar SIM NÃO Se tem algum problema, sente que a família se preocupa o necessário? Sente que é escutado e que compartilham consigo problemas e preocupações familiares? Sente-se compreendido? Sente-se satisfeito com a maneira como é tratado na família? Viuvez recente Perda de filhos (recente) Vive sozinho Área profissional Ocupação de habilitações profissionais: Situação atual Aposentado: ( ) Sim ( ) Não Situação previdenciária: ( ) Privada ( ) Pública Desenvolve alguma outra atividade produtiva? ( ) Sim ( ) Não Área social/atividades/interesses: Interesses sociais Grupos de convivência: ( ) Sim ( ) Não Escolas abertas: ( ) Sim ( ) Não Clubes: ( ) Sim ( ) Não Trabalhos voluntários: ( ) Sim ( ) Não Visitas a parentes: Quais? Freqüência: ( ) diária ( ) semanal ( )quinzenal ( )mensal ( )esporádica Visitas a amigos: Quais? Freqüência: Lazer: Enfermeiro AVALIAÇÃO SÓCIO-FAMILIAR 82 Religião: Qual? Praticante? Onde? Frequência? A religião/espiritualidade na velhice é: Em geral, você diria que sua saúde é: Atualmente Há um ano atrás Excelente Muito melhor agora do que há um ano atrás Muito boa Um pouco melhor agora do que há um ano atrás Boa Quase a mesma coisa do que há um ano atrás Ruim Um pouco pior agora do que há um ano atrás Muito ruim Muito pior agora do que há um ano atrás Na sua opinião qual problema que mais o atinge na vida diária: ( )nenhum ( ) econômico ( ) saúde ( ) pessoal ( ) familia B. IDOSO INSTITUCIONALIZADO 1. Tempo de institucionalização: ______________ 2. Como chegou à instituição: ( )Vontade própria ( ) Trazido por parentes ( ) Trazidos por outros 3. Motivo da institucionalização: 4. O que significa viver no asilo? 5. Como é a sua rotina na instituição? 6. Dinâmica das relações: Você considera a relação: Idoso/idoso: ( ) Ótima ( ) Boa ( )Regular ( ) Péssima Idoso/funcionários: ( ) Ótima ( ) Boa ( )Regular ( ) Péssima Idoso/dirigente: ( ) Ótima ( ) Boa ( )Regular ( ) Péssima Idoso/familiares: ( ) Ótima ( ) Boa ( )Regular ( ) Péssima 7. Família 7.1 Com quem residia antes de vir para a instituição? 7.2 Quadro da constituição familiar 83 Nome Parentesco Sexo Est.Civil Local da residência Visita Frequência Sim Não 8. Religião: Qual? Praticante? Onde? Frequência? A religião/espiritualidade na velhice é: 9. Área profissional Ocupação de habilitações profissionais: Situação atual Aposentado: ( ) Sim ( ) Não Situação previdenciária: ( ) Privada ( ) Pública Desenvolve alguma outra atividade produtiva? ( ) Sim ( ) Não Recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ? ( ) Sim ( ) Não 10. Interesses principais: Antes da institucionalização: Atuais: 11. Visão do idoso sobre o envelhecimento: 12. Em geral, você diria que sua saúde é: Atualmente Há um ano atrás Excelente Muito melhor agora do que há um ano atrás Muito boa Um pouco melhor agora do que há um ano atrás Boa Quase a mesma coisa do que há um ano atrás Ruim Um pouco pior agora do que há um ano atrás Muito ruim Muito pior agora do que há um ano atrás 13. Na sua opinião qual problema que mais o atinge na vida diária: ( )nenhum ( ) econômico ( ) saúde ( ) pessoal 14. Tem conhecimento sobre as Leis específicas para os idosos? 15. Citar um fato marcante da sua vida. 84 Nome Sexo: Data Grau de parentesco: Inventário de Sobrecarga de Zarit Instruções: a seguir encontra-se uma lista de afirmativas que reflete como as pessoas algumas vezes sentem-se quando cuidam de outra pessoa. Depois de cada afirmativa, indique com que freqüência o Sr/Sra se sente daquela maneira (nunca = 0; raramente = 1; algumas vezes = 2; frequentemente = 3; ou sempre = 4). Não existem respostas certas ou erradas. 0 1 2 3 4 O Sr/Sra sente que S* pede mais ajuda do que ele (ela) necessita? O Sr/Sra sente que por causa do tempo que o Sr/Sra gasta com S, o Sr/Sra não tem tempo suficiente para si mesmo? O Sr/Sra se sente estressado (a) entre cuidar de S e suas outras responsabilidades com a família e o trabalho? O Sr/Sra se sente envergonhado (a) com o comportamento de S? O Sr/Sra se sente irritado (a) quando S está por perto? O Sr/Sra sente que S afeta negativamente seus relacionamentos com outros membros da família ou amigos? O Sr/Sra sente receio pelo futuro de S? O Sr/Sra sente que S depende do Sr/Sra? O Sr/Sra se sente tenso (a) quando S está por perto? O Sr/Sra sente que a sua saúde foi afetada por causa do seu envolvimento com S? O Sr/Sra sente que o Sr/Sra não tem tanta privacidade como gostaria, por causa de S? O Sr/Sra sente que a sua vida social tem sido prejudicado por que o Sr/Sra está cuidando de S? O Sr/Sra não se sente a vontade de ter visitas em casa, por causa de S? O Sr/Sra sente que S espera que o Sr/Sra cuide dele/dela, como se o Sr/Sra fosse a única pessoa de ele/ela pode depender? O Sr/Sra sente que não tem dinheiro suficiente para cuidar de S, somando-se as suas outras despesas? O Sr/Sra sente que será incapaz de cuidar de S por muito mais tempo? O Sr/Sra sente que perdeu o controle da sua vida depois da doença de S? O Sr/Sra gostaria de simplesmente deixar que outra pessoa cuidasse de S? O Sr/Sra se sente em dúvida sobre o que fazer por S? O Sr/Sra sente que deveria estar fazendo mais por S? O Sr/Sra sente que poderia cuidar melhor de S? De uma maneira geral, quanto o Sr/Sra se sente sobrecarregado (a) por cuidar de S**? * No texto S refere-se a quem é cuidado pelo entrevistado. Durante a entrevista, o entrevistador usa o nome desta pessoa. **Neste item as respostas são: nem um pouco = 0; um pouco = 1; moderadamente = 2; muito = 3, extremamente = 4. Impressões sobre o cuidado e o cuidador: Enfermeiro AVALIAÇÃO DO CUIDADOR 85 ESCALA AMBIENTAL DE RISCO DE QUEDAS LOCAL AVALIAÇÃO SIM NÃO ÁREAS DE LOCOMOÇÃO Áreas de locomoção desimpedidas Barras de apoio Revestimentos: uniformes ou tapetes bem fixos ILUMINAÇÃO Suficiente para clarear toda a superfície de marcha no interior de cada cômodo, incluindo degraus Interruptores: acessíveis na entrada dos cômodos Sentinela: iluminando o quarto, o corredor e o banheiro Iluminação exterior: suficiente para iluminar toda a entrada exterior Cama com luz indireta QUARTO DE DORMIR Guarda-roupa: cabides facilmente acessíveis Cadeira permitindo se assentar para se vestir Cama de boa altura (45 cm) BANHEIRO Lavabo: facilmente acessível e bem fixo Área do chuveiro: antiderrapante Box: abertura fácil, curtina bem firme COZINHA Armários: baixos, sem necessidade de uso de escada Pia sem vazamentos e que permite entrada de cadeira de roda se necessário ESCADA Revestimento antiderrapante, marcação do primeiro e últmimo dergraus com faixa amarela Corrimão bilateral Corrimão sólido Corrimão que se prolonga além do primeiro e do último degraus Espelho do degrau fechado, com lixas antiderrapantes Uniformidade dos degraus: altura dos espelhos e profundidade dos degraus constantes Local aonde passa a maior parte do tempo Atividade desenvolvida Problemas com o local Existe algum local em sua residência que o senhor(a) não frequenta? Por qual motivo? AVALIAÇÃO AMBIENTAL 86 Rastreamento de câncer Mamografia Citologia cérvix uterino US pélvico Sangue oculto fecal Retossigmoidoscopia Colonoscopia PSA total PSA livre Doenças Endócrino-Metabólicas T.S.H. T4 livre Glicemia de jejum Glicemia pós-prandial Glicohemoglobina Colesterol total HDL-C LDL-C VLDL-C Triglicerides Sódio Potássio Cloro Cálcio Fósforo Fosfatase Alcalina Ácido úrico Vitamina B12 Ácido Fólico Albumina Globulinas 25-OH-D3 Função Renal Uréia Creatinina Clearance Creat Urina Rotina Rel. alb/creat urinária Microalbuminúria EXAMES COMPLEMENTARES 87 Radiologia/ Outros RX tórax ECG Densitometria óssea Score T Fêmur Vértebra Score Z Fêmur Vértebra Hemograma Hemoglobina Hemácias Hematócrito VCM CHCM RDW Leucócitos Global Neutrófilos Linfócitos Eosinófilos Monócitos Basófilos Plaquetas PTT RNI Outras: OUTROS 88 1.Risco de Framingham (Risco de doença arterial coronariana em 10 anos): HOMEM MULHER SCORE Idade 20-34 a - 9 - 7 35-39 a - 4 - 3 40-44 a 0 0 45-49 a 3 3 50-54 a 6 6 55-59 a 8 8 60-64 a 10 10 65-69 a 11 12 70-74 a 12 14 75-79 a 13 16 Colesterol Total (mg/ml) 20- 39a 40- 49a 50- 59a 60- 69a 70- 79a 20- 39a 40- 49a 50- 59a 60- 69a 70- 79a < 160 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 160-199 4 3 2 1 0 4 3 2 1 1 200-239 7 5 3 1 0 8 6 4 2 1 240-279 9 6 4 2 1 11 8 5 3 2 ≥ 280 11 8 5 3 1 13 10 7 4 2 Tabagismo Não-fumante 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fumante 8 5 3 1 1 9 7 4 2 1 HDL-Colesterol (mg/dl) ≥ 60 - 1 -1 50-59 0 0 40-49 1 1 < 40 2 2 Pressão Sistólica (mm Hg) Se não tratada Se tratada Se não tratada Se tratada < 120 0 0 0 0 120-129 0 1 1 3 130-139 1 2 2 4 140-159 1 2 3 5 ≥ 160 2 3 4 6 PONTUAÇÃO TOTAL Risco de DAC em 10 a PONTUAÇÃO TOTAL Risco de DAC em 10 a < 0 <1 < 9 < 1 0 1 9 1 1 1 10 1 2 1 11 1 3 1 12 1 4 1 13 2 5 2 14 2 6 2 15 3 7 3 16 4 8 4 17 5 9 5 18 6 10 6 19 8 11 8 20 11 12 10 21 14 13 12 22 17 14 16 23 22 15 20 24 27 16 25 ≥25 ≥ 30 ≥17 ≥ 30 RISCO EM 10 ANOS _______% RISCO EM 10 ANOS _______% Framingham Point Scores- JAMA,v.286, p.180-187, 2001 ESTIMATIVAS GERAIS 89 2. Função Renal Estimada: 2.1 Estimativa de Cockcroft-Gault (140 − idade × peso(k) / 72 × creatinina sérica (mg%): 2.2 MDRD: 3. Índice Tornozelo/Braquial (ITB): ( ) > 0,9 ( ) < 0,9 Especificar: 4. Circunferência abdominal: 5. Intervalo QT-c (Fórmula de Bazett): QTc = QT em segundos / √RR em segundos Doença cardiovascular: história de IAM, angina pectoris, doença arterial coronariana, claudicação intermitente ou ICC Homem (msec) Mulher (mseg) Normal < 430 <450 Bordeline 430-450 450-470 Prolongado >450 >470 ESTIMATIVA DE RISCO DE AVC EM 10 ANOS PARA HOMENS (FRAMINGHAM HEART STUDY) D´Agostini R.B. et al. Stroke 1994;25:40-43 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 Idade 54-56a 57-59a 60-62a 63-65a 66-68a 69-72a 73-75a 76-78a 79-81a 82-84a 85 a PA sistólica, se não tratada 97-105 106-115 116-125 126-135 136-145 146-155 156-165 166-175 176-185 186- 195 196-205 PA sistólica, se tratada 97-105 106-112 113-117 118-123 124-129 130-135 136-142 143-150 151-161 162- 176 177-205 Diabetes Não Sim Fumo Não Sim Doença cardiovascular Não Sim Fibrilação atrial Não Sim Hipertrofia de VE (ECG) Não Sim ESTIMATIVA Pontuação % em 10 a Pontuação % em 10 a Pontuação % em 10 a Probabilidade de AVC em 10 anos, conforme a idade 1 3% 11 11% 21 42% 2 3% 12 13% 22 47% 55-59 anos 5,9% 3 4% 13 15% 23 52% 60-64 anos 7,8% 4 4% 14 17% 24 57% 65-69 anos 11% 5 5% 15 20% 25 63% 70-74 anos 13,7% 6 5% 16 22% 26 68% 75-79 anos 18% 7 6% 17 26% 27 74% 80-84 anos 22,3% 8 7% 18 29% 28 79% Probabilidade de AVC em 10 anos Normal: Calculada: 9 8% 19 33% 29 84% 10 10% 20 37% 30 88% 6 . Risco de Framingham para AVC em 10 anos : 90 Doença cardiovascular: história de IAM, angina pectoris, doença arterial coronariana, claudicação intermitente ou ICC ESTIMATIVA DE RISCO DE AVC EM 10 ANOS PARA MULHERES (FRAMINGHAM HEART STUDY) D´Agostini R.B. et al. Stroke 1994;25:40-43 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 +8 +9 +10 Idade 54-56a 57-59a 60-62a 63-64a 65-67a 68-70a 71-73a 74-76a 77-78a 79-81a 82-84 a PA sistólica, se não tratada 95-106 107-118 119-130 131-143 144-155 156-167 168-180 181-192 193-204 205-216 PA sistólica, se tratada 95-106 107-113 114-119 120-125 126-131 132-139 140-148 149-160 161-204 205-216 Diabetes Não Sim Fumo Não Sim Doença cardiovascular Não Sim Fibrilação atrial Não Sim Hipertrofia de VE (ECG) Não Sim ESTIMATIVA Pontuação % em 10 a Pontuação % em 10 a Pontuação % 10 a 1 1% 11 8% 21 43% Probabilidade de AVC em 10 anos, conforme a idade 2 1% 12 9% 22 50% 55-59 anos 3% 3 2% 13 11% 23 57% 60-64 anos 4,7% 4 2% 14 13% 24 64% 65-69 anos 7,2% 5 2% 15 16% 25 71% 70-74 anos 10,9% 6 3% 16 19% 26 78% 75-79 anos 15,5% 7 4% 17 23% 27 84% 80-84 anos 23,9% 8 4% 18 27% Probabilidade de AVC em 10 anos Normal: Calculada: 9 5% 19 32% 10 6% 20 37% 91 7. Índice de Charlson COMORBIDADE 1 ponto 2 pontos 3 pontos 6 pontos História de IAM Hemiplegia Doença hepática moderada a grave Tumor sólido com metástase Insuficiência cardíaca Linfoma SIDA DPOC Doença renal moderada a grave Doenças do colágeno Diabetes com lesão de órgãos alvo Úlcera péptica Tumor sólido sem metástase Insuficiência arterial periférica Leucemia Doença cerebrovascular ou AIT Demência Doença hepática leve Diabetes sem lesão de órgãos- alvo IDADE 50-59anos 1 60-69 anos 2 70-79 anos 3 80-89 anos 4 90-99 anos 5 Pontuação Final Sobrevida em 1 ano 1 98% 2 3 4 89% 5 6 79% 7 >8 64% 92 1. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL FUNÇÕES COMPROMETIMENTO FUNCIONAL NÃO SIM ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA AUTO-CUIDADO Semi-dependência Dependência incompleta Dependência completa AVDS INSTRUMENTAIS Dependência parcial Dependência completa COGNIÇÃO Comprometimento Cognitivo Leve Incapacidade Cognitiva Demência Depressão Delirium D. Mental HUMOR MOBILIDADE ALCANCE / PREENÇÃO / PINÇA POSTURA/ MARCHA/ EQUILÍBRIO Instabilidade Postural TUG: Imobilidade Parcial Completa CAPACIDADE AERÓBICA CONTINÊNCIA URINÁRIA Transitória Permanente Urgência Esforço Transbordamento Mista Funcional CONTINÊNCIA FECAL COMUNICAÇÃO VISÃO AUDIÇÃO FALA / VOZ /MOTRICIDADE OROFACIAL Outras Funções Orgânicas: SAÚDE BUCAL ESTADO NUTRICIONAL SONO Interação Social LAZER SUPORTE FAMILIAR SUPORTE SOCIAL SEGURANÇA AMBIENTAL 2. DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE ESTIMATIVAS DE RISCO Função renal estimada (Cockcroft-Gault) IMC Circunferência da panturrilha Risco de Framingham em 10 anos Risco de Doença Arterial Coronariana Risco de AVC DIAGNÓSTICOS 93 SUGESTÃO DE INTERVENÇÕES 1. PROPEDÊUTICA COMPLEMENTAR 2. INTERVENÇÕES PREVENTIVAS ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SÁUDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SIM NÃO INTERVALO/Observa ções DOENÇA CARDIOVASCULAR Categoria de risco cardiovascular (Risco de Framingham) IAM: ____ /10 anos AVC: ____/10 anos Há indicação de anti- agregante plaquetário? Há indicação de estatina? Ultrasom abdominal para diagnóstico de aneurisma de aorta abdominal? IMUNIZAÇÃO Anti-influenza Anti-pneumocócica Dupla Tipo Adulto Anti-amarílica RASTREAMENTO DE CÃNCER Cólon-retal PSOF (3 amostras independentes) Colonoscopia Outros: Mama (mamografia) Colo de útero (Papanicolau) Próstata (PSA) OSTEOPOROSE / FRATURA DE FRAGILIDADE Há indicação para solicitação de densitometria óssea? Há indicação de quimioprevenção com suplementação de cálcio e vitamina D3? Há indicação para tratamento farmacológico da osteoporose? ACONSELHAMENTO (Mudança de estilo de vida) • ATIVIDADE FÍSICA Há indicação para atividade física regular? Tipo de Exercício: □ Aeróbico □ Resistido □ Flexibilidade • Orientações para prevenção de QUEDAS • Aconselhamento para prevenção ou tratamento do TABAGISMO • Aconselhamento para prevenção ou tratamento do ALCOOLISMO • Orientações nutricionais básicas para prevenção de OBESIDADE e do uso excessivo de gordura saturada em indivíduos com DISLIPIDEMIA ou doença cardiovascular 94 3. AÇÕES CURATIVAS E/OU PALIATIVAS 3.1 Metas terapêuticas: 3.2 Justificativa para as mudanças: 3.3 Tratamento farmacológico proposto: 3.4 Tratamento não-farmacológico proposto: Medicamento / Nome comercial Horário de administração Via de uso Dose / Quantidade Orientações 95 4. AÇÕES REABILITADORAS 5. IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE CUIDADOS Observações: EQUIPE MAIS VIDA RESPONSÁVEL PELO MATRICIAMENTO DO CASO Médico: Enfermeiro: Contato: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG INSTITUTO JENNY DE ANDRADE FARIA: Av. Àlvaro Celso, 117 – Santa Efigênia Fone: 3222-2227 / 3409-9038 O paciente necessita de reabilitação nas seguintes áreas: Sim Não O paciente deverá ser encaminhado para: Sim Não REABILITAÇÃO FÍSICA Mobilidade Alcance/Preensão/Pinça Fisioterapia Postura/Marcha/Transferência Terapia ocupacional Capacidade aeróbica Fonoaudiologia Continência esfincteriana Psicologia Comunicação Visão Enfermagem Audição Serviço social Fala/Voz/Motricidade orofacial Odontologia Nutrição Farmácia Saúde bucal Nutrição REABILITAÇÃO COGNITIVA- COMPORTAMENTAL Cognição Outros Humor/Estado Mental Observações: Sono Lazer REABILITAÇÃO SÓCIO-FAMILIAR Suporte Familiar Suporte Social REABILITAÇÃO AMBIENTAL O paciente deverá ser encaminhado para a GERIATRIA DE REFERÊNCIA? SIM NÃO O paciente deverá ser encaminhado para outras ESPECIALIDADES MÉDICAS? SIM NÃO Especificar: A implementação do Plano de Cuidados deverá ser feita em: Saúde (SUS) Sim Não Assistência Social (SUAS) Sim Não Centro de Saúde (Atenção Primária) CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) NASF CREAS (Centro de Referência Especializados de Assistência Social) Saúde bucal Grupo de Convivência Atenção Domiciliar Centro Dia Centro de Reabilitação Serviço Regional de Atenção Básica à Família Pronto Atendimento Casa-Lar Hospital-Dia República de Idosos Hospice Programa Cuidador de Idosos Hospital Instituição de Longa Permanência para Idosos CTI Outras: Outras: Horário de atendimento no Centro Mais Vida 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira 96 E-mail: centromaisvida@pbh.gov.br Site: www.hc.ufmg ANEXO B - PLANO DE CUIDADOS DO IDOSO Universidade Federal de Minas Gerais Hospital das Clínicas da UFMG Núcleo de Geriatria e Gerontologia da UFMG Instituto Jenny de Andrade Faria de Atenção à Saúde do Idoso CENTRO MAIS VIDA MACRORREGIÃO CENTRO I - BELO HORIZONTE PLANO DE CUIDADOS DO IDOSO Nome: Sexo: Prontuário do HC/UFMG: Nome da mãe: Idade: Data de Nascimento Escolaridade: Cuidador/Informante: Centro de Saúde/Regional: Médico solicitante: Data da consulta 1. DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL DIAGNÓSTICO FUNCIONAL GLOBAL FUNÇÕES COMPROMETIMENTO FUNCIONAL NÃO SIM ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA AUTO-CUIDADO Semi-dependência Dependência incompleta Dependência completa AVDS INSTRUMENTAIS Dependência parcial Dependência completa COGNIÇÃO Transtorno Cognitivo Leve Incapacidade Cognitiva Demência Depressão Delirium Doença Mental HUMOR MOBILIDADE Alcance / Preensão / Pinça Postura/ Marcha/ Transferência Instabilidade Postural TUG: Imobilidade Parcial Completa Capacidade Aeróbica Continência Urinária Transitória Permanente Urgência Esforço Transbordamento Mista Funcional Continência Fecal COMUNICAÇÃO Visão Audição Fala / Voz / Motricidade orofacial Outras Funções Orgânicas: Saúde Bucal Estado Nutricional Sono Interação Social Lazer Suporte Familiar Suporte Social Segurança Ambiental 2. DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS OU CONDIÇÕES DE SAÚDE SUGESTÃO DE INTERVENÇÕES 3 PROPEDÊUTICA COMPLEMENTAR 4 INTERVENÇÕES PREVENTIVAS 97 ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SÁUDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SIM NÃO INTERVALO/Observações DOENÇA CARDIOVASCULAR Categoria de risco cardiovascular (Risco de Framingham) IAM: ____ /10 anos AVC: ____/10 anos Há indicação de anti- agregante plaquetário? Há indicação de estatina? Ultrassom abdominal para diagnóstico de aneurisma de aorta abdominal? IMUNIZAÇÃO Anti-influenza Anti-pneumocócica Dupla Tipo Adulto Anti-amarílica RASTREAMENTO DE CÃNCER Cólon-retal PSOF (3 amostras independentes) Colonoscopia Outros: Mama (mamografia) Colo de útero (Papanicolau) Próstata (PSA) OSTEOPOROSE / FRATURA DE FRAGILIDADE Há indicação para solicitação de densitometria óssea? Há indicação de quimioprevenção com suplementação de cálcio e vitamina D3? Há indicação para tratamento farmacológico da osteoporose? ACONSELHAMENTO (Mudança de estilo de vida) • ATIVIDADE FÍSICA Há indicação para atividade física regular? Tipo de Exercício: □ Aeróbico □ Resistido □ Flexibilidade • Orientações para prevenção de QUEDAS • Aconselhamento para prevenção ou tratamento do TABAGISMO • Aconselhamento para prevenção ou tratamento do ALCOOLISMO • Orientações nutricionais básicas para prevenção de OBESIDADE e do uso excessivo de gordura saturada em indivíduos com DISLIPIDEMIA ou doença cardiovascular 98 5 AÇÕES CURATIVAS E/OU PALIATIVAS 5.1 Metas terapêuticas: 5.2Justificativa para as mudanças: 5.3Tratamento farmacológico proposto: 5.4 Tratamento não-farmacológico proposto: ESTIMATIVAS DE RISCO Função renal estimada (Cockcroft-Gault) IMC Circunferência da panturrilha Risco de Framingham em 10 anos Risco de Doença Arterial Coronariana Risco de AVC Medicamento / Nome comercial Horário de administração Via de uso Dose / Quantidade Orientações O paciente necessita de reabilitação nas seguintes áreas: Sim Não O paciente deverá ser encaminhado para: Sim Não REABILITAÇÃO FÍSICA Mobilidade Alcance/Preensão/Pinça Fisioterapia Postura/Marcha/Transferência Terapia ocupacional Capacidade aeróbica Fonoaudiologia Continência esfincteriana Psicologia Comunicação Visão Enfermagem Audição Serviço social Fala/Voz/Motricidade orofacial Odontologia Nutrição Farmácia Saúde bucal Nutrição REABILITAÇÃO COGNITIVA- COMPORTAMENTAL Cognição Outros Humor/Estado Mental Observações: Sono Lazer REABILITAÇÃO SÓCIO- FAMILIAR Suporte Familiar Suporte Social REABILITAÇÃO AMBIENTAL 99 4 AÇÕES REABILITADORAS 5 IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE CUIDADOS Observações: EQUIPE MAIS VIDA RESPONSÁVEL PELO MATRICIAMENTO DO CASO Médico: Enfermeiro: Contato: HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG INSTITUTO JENNY DE ANDRADE FARIA: Av. Álvaro Celso, 117 – Santa Efigênia Fone: 3222-2227 / 3409-9038 E-mail: centromaisvida@pbh.gov.br Site: www.hc.ufmg.br/geriatria O paciente deverá ser encaminhado para a GERIATRIA DE REFERÊNCIA? SIM NÃO O paciente deverá ser encaminhado para outras ESPECIALIDADES MÉDICAS? SIM NÃO Especificar: A implementação do Plano de Cuidados deverá ser feita em: Saúde (SUS) Sim Não Assistência Social (SUAS) Sim Não Centro de Saúde (Atenção Primária) CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) NASF CREAS (Centro de Referência Especializados de Assistência Social) Saúde bucal Grupo de Convivência Atenção Domiciliar Centro Dia Centro de Reabilitação Serviço Regional de Atenção Básica à Família Pronto Atendimento Casa-Lar Hospital-Dia República de Idosos Hospice Programa Cuidador de Idosos Hospital Instituição de Longa Permanência para Idosos CTI Outras: Horário de atendimento no Centro Mais Vida 2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira 100 ANEXO C - CARTA DE APROVAÇÃO DO COEP/UFMG 101 ANEXO D - CARTA DE APROVAÇÃO DO DEPE/HC/UFMG