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http://hdl.handle.net/1843/35419
Tipo: | Dissertação |
Título: | O léxico da cachaça em Salinas-MG |
Autor(es): | Mauricio Alves de Souza Pereira |
Primeiro Orientador: | Eduardo Tadeu Roque Amaral |
Primeiro membro da banca : | Maria Cândida Trindade Costa Seabra |
Segundo membro da banca: | Marcio Sales Santiago |
Resumo: | A presente pesquisa tem como objetivo descrever o léxico da cachaça na região de Salinas, Minas Gerais, no intuito de observar em que medida o léxico de uma comunidade que lida com tal produto retrata a realidade sociocultural desse grupo e, a partir disso, construir um glossário com as lexias mais representativas do léxico da cachaça no município. A cidade de Salinas está localizada no norte do estado e recebe o título de capital nacional da cachaça, motivo pelo qual existe um léxico, construído social e historicamente, voltado ao produto e compartilhado pelos moradores do município. Para ancorar o estudo, lançamos mão das contribuições da Antropologia Linguística (DURANTI, 2000), da Sociolinguística (LABOV, 2008 [1972]; MILROY, 1980), da Lexicologia (BIDERMAN, 2001), da Lexicografia (KRIEGER, 2006) e do histórico da cachaça no Brasil (CÂMARA, 2004; SANDRE, 2004). Ancorados nos estudos de Sociolinguística Variacionista, realizamos a gravação e a transcrição de 14 entrevistas das zonas urbana e rural da cidade de Salinas, com homens e mulheres que trabalham no ramo da cachaça, das quais extraímos 272 lexias relacionadas à cachaça – ao plantio da cana, à produção e à comercialização da bebida. Para cada lexia, elaboramos uma ficha lexicográfica, constando a dicionarização (ou não) de cada item em nove obras dicionarísticas da língua portuguesa, desde o século XVIII à atualidade, processo que possibilitou a construção do glossário da cachaça da região de Salinas-MG. Após a análise dos dados, encontramos, no léxico da cachaça, fraseologismos, substantivos e verbos, dentre os quais 80% estão dicionarizados. Além disso, os vocábulos que compõem esse léxico apresentam origem em diversas línguas: como o latim, o tupi e línguas africanas. De mais a mais, os falantes salinenses apresentam formas sinonímicas variantes de cachaça, como branquinha, amarelinha, água que passarinho não bica, entre outras, evidenciando a riqueza lexical presente entre o grupo pesquisado. Por fim, constatamos a existência de um vocabulário regional marcado pelas influências culturais da região, sendo a cachaça um produto de suma importância não somente para a economia da cidade, mas também – e principalmente – para a cultura e a identidade dos salinenses. |
Assunto: | Língua portuguesa – Variação – Salinas (MG) Língua portuguesa – Lexicologia Mudanças linguísticas Língua portuguesa – Regionalismos –Salinas Sociolinguística Cachaça Língua portuguesa – Vocabulários, glossários, etc. |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Instituição: | UFMG |
Departamento: | FALE - FACULDADE DE LETRAS |
Curso: | Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/35419 |
Data do documento: | 9-Fev-2021 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado |
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