Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/36443
Tipo: Tese
Título: Os efeitos recíprocos entre dinheiro e voto em eleições para o Senado no Brasil
Autor(es): Bruno Fernando da Silva
Primeiro Orientador: Bruno Pinheiro Wanderley Reis
Primeiro membro da banca : Manoel Leonardo Wanderley Duarte Santos
Segundo membro da banca: Bruno Wilhelm Speck
Terceiro membro da banca: Dalson Britto Figueiredo Filho
Quarto membro da banca: Rodrigo Rossi Horochovski
Resumo: Esta tese analisa, a partir de uma perspectiva até então inédita na literatura brasileira, as relações estabelecidas entre dinheiro e voto, tendo como objeto as eleições de 2006 a 2014 ao Senado Federal. Diferentemente da maior parte dos trabalhos empíricos sobre o tema, parte-se do pressuposto de que o financiamento de campanhas e o desempenho em eleições se afetam mutuamente na medida em que as expectativas quanto aos resultados influenciam as arrecadações tanto quanto elas afetam as votações dos competidores. Isso porque, se os doadores de campanha agem estrategicamente visando garantir acesso ao poder, a viabilidade eleitoral dos candidatos deve ser um aspecto fundamental para a escolha de quem será financiado. Igualmente, competidores que arrecadam mais dispõem de mais recursos para investir em marketing, planejamento e estratégias eleitorais que podem garantir uma maior votação. Uma vez que os resultados demonstram uma forte correlação entre as intenções de voto e as receitas eleitorais, discute-se quais são as implicações metodológicas disso para a análise da relação entre dinheiro e voto e propõe-se alternativas para enfrentar o problema da endogenia com base em abordagens de estudos anteriores. Uma possibilidade, que não soluciona o problema da reciprocidade, mas que reduz a superestimação do dinheiro, é controlar adequadamente os modelos com variáveis associadas às receitas e que afetam o voto. Outra possibilidade é de que se empreguem técnicas específicas para o controle da endogenia. Dentre as utilizadas por pesquisas pregressas, optou-se por estimar o efeito do financiamento sobre o desempenho a partir de variáveis instrumentais em regressões de mínimos quadrados em dois estágios (2SLS). Os resultados indicam uma redução de 16% na magnitude do coeficiente estimado para as receitas quando obtidas em dois estágios em comparação ao modelo de mínimos quadrados ordinários (OLS). Mais que isso, os achados sugerem que fatores como concorrer à reeleição e ter sido eleito prefeito anteriormente tinham seu efeito subestimado quando aferidos por OLS. Tomados em conjunto, os resultados implicam na necessidade de empregar variáveis e técnicas adequadas para que se possa compreender o efeito do dinheiro sobre o voto em eleições majoritárias, a partir de modelagens que busquem minimizar os vieses estatísticos causados pela omissão de variáveis e por problemas de endogenia.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/36443
Data do documento: 5-Abr-2021
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