Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://hdl.handle.net/1843/40646
Tipo: | Tese |
Título: | Evolução das glândulas calicinais de Malpighiaceae: prospecções da anatomia floral no contexto da ordem Malpighiales |
Autor(es): | Stéphani Karoline de Vasconcelos Bonifácio |
Primeiro Orientador: | Denise Maria Trombert Oliveira |
Primeiro Coorientador: | Andre Marcio Araujo Amorim |
Primeiro membro da banca : | Letícia Silva Souto |
Segundo membro da banca: | Orlando Cavalari De-Paula |
Terceiro membro da banca: | Leandro Cézanne de Souza Assis |
Quarto membro da banca: | Lucas Cardoso Marinho |
Resumo: | Os elaióforos de Malpighiaceae foram os primeiros a surgirem na história evolutiva das angiospermas e caracterizam as espécies neotropicais dessa família. Reconhecidas por sua morfologia floral, as Malpighiaceae exibem flores muito semelhantes entre si, sendo os caracteres mais marcantes a presença de um perianto pentâmero com elaióforos no cálice e corola zigomorfa na maioria das espécies. Essas características têm sido mantidas em diferentes linhagens da família, acredita-se que em resposta à relação mutualística com abelhas coletoras de óleo. Contudo, algumas linhagens neotropicais são eglandulares e os processos pelos quais a sua morfologia floral tem sido modificada não são bem entendidos. Ainda, como a vascularização floral constitui a parte mais conservada de uma flor, estudos desse tipo podem elucidar etapas anteriores à atual morfologia externa, evidenciando estados da ancestralidade da flor. Assim, o objetivo principal deste trabalho foi investigar, por meio da vascularização floral, os processos evolutivos envolvidos no surgimento, na manutenção e na supressão dos elaióforos de Malpighiaceae, levando em consideração a circunscrição da família em Malpighiales. Embora não constituam órgãos florais propriamente ditos, os elaióforos se mantêm como tal, de maneira que existem vestígios vasculares de sua ocorrência na maioria das linhagens eglandulares. Mesmo que a morfologia floral se modifique, incluindo espécimes com corola actinomorfa, espécies eglandulares mais derivadas ainda podem exibir o mesmo padrão vascular de linhagens basais, o que confirma a anatomia vascular como a parte mais conservada da flor, revelando seus estados ancestrais. As análises comparadas sugerem que o cálice eglandular é homoplástico, sendo produto de conação ou redução, mas que sempre culmina em redução. Além disso, a anatomia floral mostrou-se relevante para entender as diferenças entre Malpighiaceae e seu grupo irmão, Elatinaceae revelando evidências sobre seu sistema reprodutivo a favor da autogamia. Dados sobre a vascularização e ontogênese dos elaióforos permitem inferir que sua origem remete ao ancestral comum das Malpighiales, não sendo relevante somente para Malpighiaceae, mas também para a ordem. Assim, Malpighiaceae se mostra como excelente objeto de estudo para tratar aspectos evolutivos que modificam a morfologia floral. |
Abstract: | The Malpighiaceae elaiophore were the first to appear in the evolutionary history of angiosperms and are usual features of the neotropical species of the family. Recognized by their floral morphology, Malpighiaceae exhibit flowers that are very similar to each other, with the most remarkable character the presence of pentamerous perianth with elaiophores in the calyx and the zygomorphic corolla. These characteristics have been maintained in different lineages of the family in response to the mutualistic relationship with oil-collecting bees. However, some neotropical lineages are eglandular and the processes by which their floral morphology has been modified are still unclear. Also, as the floral vasculature constitutes the most conserved part of a flower, studies of this type can elucidate stages before the current external morphology, as they show the flower's ancestral states. Thus, the main objective of this study was to understand, through floral vasculature, the evolutionary processes involved in the emergence, maintenance, and suppression of Malpighiaceae elaiophore considering the family circumscription in Malpighiales. Although they do not constitute floral organs themselves, the elaiophore remain as such, so that there are vascular traces in most eglandular lineages. Even though the floral morphology changes, including those with the actinomorphic corolla, derived eglandular species can still exhibit the same vascular pattern as basal lineages, confirming the vascular anatomy as the most conserved part of the flower, revealing its ancestral states. Comparative analyzes suggest that the eglandular calyx is homoplastic, as result of conation or reduction. Furthermore, floral anatomy proved to be relevant to understand the differences between Malpighiaceae and its sister group, Elatinaceae, revealing evidence about their reproductive system towards of autogamy. Data on the elaiophore vasculature and ontogenesis allow us to infer that their origin refers to the common ancestor of the Malpighiales, being relevant for the entire order too. Thus, Malpighiaceae is an excellent group of study to treat evolutionary aspects that modify floral morphology. |
Assunto: | Anatomia Filogenia Homologia (Biologia) Flores Nectarios |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Instituição: | UFMG |
Departamento: | ICB - DEPARTAMENTO DE BOTÂNICA |
Curso: | Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal |
Tipo de Acesso: | Acesso Restrito |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/40646 |
Data do documento: | 25-Nov-2021 |
Término do Embargo: | 25-Nov-2023 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Glândulas calicinais Stephani Bonifacio_pdfa.pdf | 14.11 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.