Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/49590
Tipo: Monografia (especialização)
Título: Identidade negra na educação infantil
Autor(es): Tânia dos Santos Chantal Duarte
primer Tutor: José Raimundo Lisboa da Costa
primer miembro del tribunal : Elânia de Oliveira
Resumen: O Projeto foi desenvolvido co algumas dificuldades. Contudo, foi baseado na Lei 10.639/200, que aponta para a introdução de elementos da história e cultura afro - brasileira no currículo escolar brasileiro, fruto das lutas históricas do Movimento Negro na sua luta antiracismo.A Lei é uma das principais conquistas deste movimento social no mundo da educação na década atual. O movimento Negro Brasileiro vem nos últimos anos voltando seus esforços para o combate às desigualdades raciais, e é esta leitura que orienta seus passos nas lutas no campo da educação. A compreensão que vem sendo construída é de que as desigualdades raciais identificadas há algumas décadas, em diversos estudos como os de Hasenbelg & Silva (1988), Henriques (2005), Paixão (2003), entre outros, não são fruto de eventualidades, acasos ou apenas herança histórica do passivo da escravidão a que os africanos trazidos para o Brasil foram submetidos, mas sim de complexas práticas associadas ao racismo em toda a trajetória educacional. As desigualdades não são, portanto geradas apenas num momento especifico (como o exame de ingresso na universidade, vestibular), mas são resultados das múltiplas manifestações do racismo por toda a trajetória educacional dos alunos, em todos os níveis do ensino,desde a Educação Infantil até a formação universitária em todos os seus estágios. Esta compreensão da constituição das desigualdades raciais na educação coloca a necessidade de diversas intervenções complementares, e é neste sentido que a Lei 10639 se torna um instrumento central na luta do movimento Negro na atualidade. A Lei transformouse no seu principal meio de intervenção no Nível Básico de Ensino, como forma de combater as múltiplas formas de racismo responsáveis pela geração das desigualdades que se concretizam no chamado “fracasso escolar” que atinge mais intensivamente as crianças e jovem negros. Além disso, ela também se tornou em um instrumento para o estabelecimento de uma relação que vem sendo efetivamente construtiva entre o Movimento Negro e as esferas estatais de gestão da educação, fortalecendo o protagonismo do movimento social na constituição de políticas públicas que pese ainda longo caminho a percorrer . Para tanto, descolonizar o ensino é combater o primado da visão eurocêntrica que monopoliza este que é um veiculo central na constituição de visões de mundo, de formas de ler o mundo que estrutura mentalidades individuais e coletivas. Este desafio de descolonização é, portanto, um processo de abertura a outras “perspectivas” pontos de fuga que definem ângulos diferenciados de visão de mundo.Isto começa, portanto da aceitação da existência de múltiplas possibilidades de construção de visões de mundo, a partir das experiências e vivências de espaço de indivíduos e grupos. Devemos nos abrir para a compreensão de que não temos um só Brasil, mas múltiplos “Brasis” – afinal, é também através do ensino que a colonidade do saber , do poder e do ser viabiliza os epistemicídios caracterizam nossa história territorial de difusão da modernização e seus impactos.A Lei 10639 nos coloca este desafio, visando a construção de uma educação para igualdade racial. Por isso, o projeto Identidade Negra na Educação Infantil se estruturou na seguinte perspectiva. A escola no Brasil vive hoje um período de busca de melhorias na qualidade de ensino. Para isso deve caminhar em busca de novos olhares para uma ação pedagógica numa proposta interdisciplinar,promovendo uma aproximação dos campos disciplinares, compartilhando metodologias onde os campos se fundem e geram uma nova disciplina. Baseando –se nas raízes africanas tão presentes em nosso meio poderemos interpretar e compreender melhor as questões étnico- raciais através das diversas disciplinas, bem como costumes, rituais, danças, crenças, figuras, regiões,lugares,dentres outros . Pois existem dentro das escolas diferenças de culturas e costumes. A realização dessa proposição de forma interdisciplinar favorece o trabalho coletivo oportunizando mais integração do corpo docente, onde cada educador poderá não só contribuir para a aceitação dos educandos como a de si mesma. De acordo com as diretrizes, propõe–se que sejam destacadas as atuações do negro nas diversas áreas de conhecimento conforme o currículo escolar da educação básica .Portanto nesta abordagem interdisciplinar será promovido o desenvolvimento do ser o respeito a diversidade cultural brasileira e a valorização das raízes culturais africanas. Com o desenvolvimento desta intervenção espera-se alcançar visão não estereotipada do negro, mas sim à valorização, causando um forte impacto na escola visto que pouco se sabe sobre a presença do negro como sujeito histórico, ou mesmo como participante da construção da sociedade brasileira. Sendo esse, um impacto positivo no desenvolvimento do educando considerando a importância da construção da identidade de todo ser.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso: Curso de Especialização em Educação e Docência
Tipo de acceso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/49590
Fecha del documento: 11-dic-2010
Aparece en las colecciones:Especialização em Docência da Educação Básica

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