Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/52248
Tipo: Tese
Título: Diversidade e resistência a antimicrobianos em Staphylococcus spp. isolados de cães e animais silvestres
Título(s) alternativo(s): Diversity and antimicrobial resistance in Staphylococcus spp. isolated from dogs and wildlife
Autor(es): Jordana Almeida Santana
primer Tutor: Rodrigo Otávio Silveira Silva
primer Co-tutor: Francisco Carlos Faria Lobato
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Henrique César Pereira Figueiredo
primer miembro del tribunal : Marcelo Pires Nogueira de Carvalho
Segundo miembro del tribunal: Adriane Pimenta da Costa Val Bicalho
Tercer miembro del tribunal: Leonardo Borges Acurcio
Cuarto miembro del tribunal: Prhiscylla Sadana Pires
Resumen: O gênero Staphylococcus apresenta grande relevância para a medicina humana e medicina veterinária, sendo composto, até o momento, por mais de 75 espécies. Estafilococos podem ser encontrados como parte da microbiota natural de animais e humanos, mas também como agente oportunista em processos infecciosos. Por sua alta capacidade em adquirir, abrigar e transmitir genes de resistência a antimicrobianos, este gênero bacteriano tem muita relevância em saúde pública, sendo de grande importância seu constante monitoramento não apenas na saúde humana, mas também nos animais domésticos e na vida selvagem, ambos descritos como parte essencial dessa cadeia epidemiológica. Diante da escassez de dados sobre a epidemiologia de estirpes multirresistentes de Staphylococcus spp. em cães no Brasil e em animais silvestres no mundo, os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar a dinâmica de infecção/colonização, os fatores de risco, a diversidade genética e a resistência a antimicrobianos de estirpes de S. pseudintermedius isoladas de cães nos ambientes de clínica e Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais; (2) avaliar a ocorrência, distribuição e perfil de resistência a antimicrobianos de Staphylococcus spp. em diferentes espécies de animais silvestres, incluindo roedores, marsupiais, carnívoros, pombos e jabutis. Na avaliação de isolados oriundos de quadros infecciosos em cães, o presente estudo mostrou uma alta frequência de estafilococos multirresistentes (MDR), sobretudo S. pseudintermedius resistente a meticilina (MRSP). Isolados de ferida cirúrgica apresentaram uma maior frequência de resistência quando comparado com os demais quadros clínicos estudados. Os isolados MRSP foram alocados dentro do complexo clonal (CC) 71, de reconhecida importância mundial, ou entre nove novos sequence type (ST) pertecentes a outros CCs. No estudo sobre a dinâmica de colonização de Staphylococcus spp. na UTI, 21,6% dos cães com isolamento estafilocócico apresentaram estirpes MRSP, enquanto 5,9% apresentaram estirpes de S. aureus resistentes a meticilina (MRSA). Estirpes MRSP resistentes a nove classes de antimicrobianos, com perfis de resistência idênticos, foram observadas em diferentes cães durante todo o período de experimento, o que sugere a possibilidade de circulação de um clone entre os animais. Cães com estas estirpes, supostamente clones, apresentaram maior tempo de internação que aqueles colonizados por outras estirpes MRSP. A aquisição de MRSP durante a internação na UTI foi associada ao: sexo (fêmeas), idade (>7 anos) e cães que fizeram uso prévio de antimicrobianos. Nos estudos sobre distribuição e perfil de resistência em diferentes animais silvestres, todas as espécies apresentaram estirpes resistentes a antimicrobianos e, com exceção dos jabutis e marsupiais, todas apresentaram estirpes MDR. Destaca-se ainda a detecção de S. intermedius e S. delphini em quatis, e S. pseudintermedius em lobo-guará, sugerindo dois novos hospedeiros de bactérias do grupo S. intermedius (SIG). Novos STs de S. pseudintermedius foram relatados em obos-guarás e demonstraram algumas semelhanças com linhagens anteriormente isoladas de cães no Brasil. O presente estudo relatou ainda, pela primeira vez na literatura, S. felis em animais silvestres, especificamente em duas onçaspintadas e um lobo-guará. Este trabalho reforça a hipótese de que cães e animais silvestres podem atuar como reservatórios e disseminadores de estafilococos patogênicos e resistentes a múltiplos antimicrobianos.
Abstract: The genus Staphylococcus is of great relevance to human medicine and veterinary medicine and is composed of more than 75 species to date. Staphylococcus can be found as part of the natural microbiota of animals and humans, but also as an opportunistic agent in infectious processes. Because of its high capacity to acquire, harbor, and transmit antimicrobial resistance genes, this bacterial genus has great relevance in the public health scenario, and its constant monitoring is of great importance not only in human health, but also in domestic animals and wildlife, both described as an essential part of this epidemiological chain. Given the scarcity of data on the epidemiology of multidrug-resistant strains of Staphylococcus spp. in dogs in Brazil and in wild animals worldwide, the objectives of this study were: (1) to evaluate the infection/colonization dynamics, risk factors, genetic diversity, and antimicrobial resistance of S. pseudintermedius isolated from dogs in the clinic and Intensive Care Unit (ICU) environments of the Veterinary Hospital of UFMG; (2) to evaluate the occurrence, distribution, and antimicrobial resistance profile of Staphylococcus spp. in different groups of wild animals, including rodents, marsupials, coatis, canids, felids, pigeons, and tortoises. In evaluating isolates from infectious conditions in dogs, the present study showed a high frequency of multidrug-resistant staphylococci (MDR), especially methicillin-resistant S. pseudintermedius (MRSP). Isolates from surgical wound showed a higher frequency of resistance when compared to the other clinical infections studied. The MRSP isolates were allocated either within clonal complex (CC) 71, of recognized worldwide importance, or among nine new sequence types (ST) belonging to other CCs. In the study on the colonization dynamics of Staphylococcus spp. in the ICU, 21.6% of dogs with staphylococcal isolates had MRSP strains, while 5.9% had methicillin-resistant S. aureus (MRSA) strains. MRSP strains resistant to nine classes of antimicrobials, with identical resistance profiles, were observed in different animals throughout the experiment period, suggesting the possibility of a clone circulating among animals. Dogs with these strains, presumably clones, had longer hospital stays than those colonized by other MRSP strains. Acquisition of MRSP during ICU stay was associated with: sex (females), age (>7 years), and dogs that had prior antimicrobial use. In studies on distribution and resistance profile in different wild animals, all species showed antimicrobial resistant strains and, with the exception of jabutis and marsupials, all showed MDR strains. We also highlight the detection of S. intermedius and S. delphini in coatis, and S. pseudintermedius in maned wolves, suggesting two new hosts for bacteria of the S. intermedius group (SIG). New STs of S. pseudintermedius have been reported in maned wolves and showed some similarities to strains previously isolated from dogs in Brazil. The present study also reported, for the first time in the literature, S. felis in wild animals, specifically in two jaguars and one maned wolf. This work reinforces the hypothesis that dogs and wild animals may act as reservoirs and disseminators of pathogenic and multi-antimicrobial resistant staphylococci.
Asunto: Ciência animal
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: VET - DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Tipo de acceso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/52248
Fecha del documento: 14-jul-2022
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