Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/59352
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisor1Marcelo Andrade Cattoni de Oliveirapt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/4442732824534071pt_BR
dc.contributor.referee1Adamo Dias Alvespt_BR
dc.contributor.referee2David Francisco Lopes Gomespt_BR
dc.contributor.referee3Henriete Karampt_BR
dc.contributor.referee4Menelick de Carvalho Nettopt_BR
dc.contributor.referee5Roberta Camineiro Baggiopt_BR
dc.creatorStanley Souza Marquespt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6228571232298818pt_BR
dc.date.accessioned2023-10-10T00:58:53Z-
dc.date.available2023-10-10T00:58:53Z-
dc.date.issued2021-08-23-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/59352-
dc.description.abstractWestern political thought has kept in anonymity - despite feminist criticisms - the domesticfamily space, its specificities, democratic transformations, internal injustices, and publicpolitical implications. And this is because it is assumed or postulated, almost everywhere, the idea, certainly more presupposed than problematized, that the public and the domestic are sufficiently separate and sufficiently distinct domains. However, Axel Honneth, in Freedom's Right, deviates from such a theoretical arrangement that still dominates the field of political theories and theories of justice. He not only reorients the theory of justice towards the normative tendencies inherent in the social world but also delves into intimate and familial relationships, converging with some of the historical claims of feminism. Thus, he promotes rather than prohibits reflection on the connections between justice and families, which are shown there as unavoidable. Honneth places issues such as love, intimacy, care, and sexuality at the center of the justice debate because all of them are subject to democratic selfdetermination. Therefore, this thesis operates within the framework of Honneth's theory of justice. It proposes a “normative reconstruction” of the sphere of families in Brazil, as if responding to a demand from Honneth´s project. Such a “critical-reconstructive” endeavor, however, leads to a specific framing of the growth and diversification of paid female labor and changes in educational practices, two of the phenomena recognized by Honneth. The movement here is twofold; it follows and diverges from the Honnethian diagnosis, considering the Brazilian scenario: the sphere of families indeed embodies and realizes, as Honneth asserts, an aspect or facet of the general value of freedom. An internal recognition principle is activated there, by which individuals orient themselves, mobilize their everyday political struggles, experience a form of social freedom that is now more or less available, and can critically evaluate intrafamily practices. However, it is also true that the mass entry of women into the labor market and changes in child-rearing practices have not been able to subvert some of the “ideological forms of recognition” of women, contrary to Honneth's diagnosis. While it dismantles the ideological model of the full-time housewife, highly esteemed in the last century, especially among middle-class and upper-class families, the same cannot be said for the emotional appeals to being a “good” mother, which should be understood for what they truly are, namely, “ideological forms of recognition”, both from the past and the present, no matter how modified they may seem at first glance.pt_BR
dc.description.resumoO pensamento político ocidental tem conservado no anonimato – a despeito das críticas feministas –, o espaço doméstico-familiar, suas especificidades, transformações democráticas, injustiças internas e implicações público-políticas. E isso porque se assume ou postula-se, quase por toda parte, a ideia, certamente mais pressuposta do que problematizada, de que o público e o doméstico são domínios suficientemente separados e suficientemente distintos. Já Axel Honneth, em "O direito da liberdade", desvia-se de um arranjo teórico desse tipo, que ainda domina o campo das teorias políticas e das teorias da justiça. Ele tanto reorienta a teoria da justiça na direção das tendências normativas imanentes ao mundo social como também se envereda pelas relações íntimas e familiares, convergindo com algumas das reivindicações históricas do feminismo. E, assim, mais promove do que interdita a reflexão sobre as conexões entre justiça e famílias, que se mostram, ali, como que incontornáveis. Honneth coloca no centro do debate sobre justiça questões como amor, intimidade, cuidado e sexualidade, porque todas elas sujeitas à autodeterminação democrática. A presente tese se move, por isso mesmo, no interior do quadro da teoria honnethiana da justiça. Propõe uma “reconstrução normativa” da esfera das famílias no Brasil, como que respondendo a uma demanda do projeto de Honneth. Uma empreitada “crítico-reconstrutiva” desse tipo, conduz, contudo, a um enquadramento específico do crescimento e da diversificação do trabalho remunerado feminino e das mudanças nas práticas educativas, dois dos fenômenos registrados por Honneth. O movimento, aqui, é duplo; segue e diverge do diagnóstico honnethiano, se considerado o cenário brasileiro: a esfera das famílias corporifica e efetiva, é verdade, como afirma Honneth, um aspecto ou faceta do valor geral de liberdade. Aciona-se, ali, um princípio de reconhecimento interno pelo qual os indivíduos se orientam, mobilizam suas lutas políticas cotidianas, experimentam uma forma de liberdade social só agora mais ou menos disponível e é possível avaliar criticamente as práticas intrafamiliares. Mas também é verdade que o ingresso em massa das mulheres no mercado de trabalho e as mudanças nas práticas de educação da prole não foram capazes de subverter algumas das “formas ideológicas de reconhecimento” das mulheres, na contramão, portanto, do diagnóstico de Honneth. Se por um lado desmancha o modelo ideológico de mulher dona de casa em período integral, muito prestigiado no século passado, sobretudo entre as famílias de camadas médias e altas, o mesmo não se pode dizer dos apelos emocionais à “boa” mãe, que devem ser tomados pelo que verdadeiramente são, é dizer, “formas ideológicas de reconhecimento”, tanto do passado como do presente, por mais modificadas que pareçam à primeira vista.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentDIREITO - FACULDADE DE DIREITOpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Direitopt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/*
dc.subjectO direito da liberdadept_BR
dc.subjectAxel Honnethpt_BR
dc.subjectTeoria da justiçapt_BR
dc.subjectGêneropt_BR
dc.subjectFamíliaspt_BR
dc.subject.otherHonneth, Axel, 1949-pt_BR
dc.subject.otherDireitopt_BR
dc.subject.otherJustiçapt_BR
dc.subject.otherFeminismopt_BR
dc.subject.otherFamíliapt_BR
dc.titleJustiça, gênero e famílias: pensando uma teoria da justiça com e contra Axel Honnethpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.orcidhttps://orcid.org/0000-0001-5381-5615pt_BR
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
MARQUES, Stanley Souza. Justiça, gênero e famílias. [versão depósito].pdf2.17 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons