Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/76704
Tipo: Tese
Título: O problema da separação da forma pela razão a paritr da Metafísica de Aristóteles
Autor(es): Francisco Messias Cândido de Medeiros
Primeiro Orientador: Fernando Eduardo de Barros Rey Puente
Primeiro membro da banca : Lucas Angioni
Segundo membro da banca: Gabriel Geller Xavier
Terceiro membro da banca: Vivianne de Castilho Moreira
Quarto membro da banca: Igor Mota Morici
Resumo: Esta tese tem por objetivo compreender e explicitar a separação (chôrismos) da substância, mas sobretudo a separação kata ton logon da forma (to eidos) aristotélica a partir do método pelo qual opera o matemático. Com efeito, em três passagens fundamentais da Metafísica, Aristóteles afirma que a forma é separável (Metaph. Δ8, 1017b 24-26) e separável segundo a razão (Metaph. H1, 1042a 28-29; Ph. II 1, 193b 3-5). Alguns intérpretes e tradutores optam por traduzirem essa separação como separação definicional, lógica, conceitual ou pelo pensamento (logô chôriston estin). Não fazemos a distinção entre esses termos optando por sintetizar a expressão, por vezes, como separação lógico-racional ou separação pelo pensamento. Na primeira parte desta tese, apresentamos o status quaestionis que envolve o problema da separação e sua íntima relação com o da prioridade. Tentamos explicitar a querela fundamental de Aristóteles com seus adversários platônicos, bem como o modo pelo qual o próprio Estagirita assumiu para sua doutrina da substância a nota da separabilidade e da prioridade ontológica e lógica. Do mesmo modo, elucidamos alguns sentidos de separação que Aristóteles assume em sua filosofia. Na segunda parte da tese, trazemos alguns pressupostos fundamentais para afirmar a separabilidade da forma como, por exemplo, a presença do problema no livro das aporias (Beta da Metafísica), a noção de tode ti, bem como a discussão sobre definição e essência para enfatizarmos a pureza da forma atestada em Metafísica Z10-11. Na última parte da tese, tentamos evidenciar que a forma, além de ser compreendida como particular e universal, também pode ser melhor assumida como princípio de individuação. Chegando ao centro de nossa pesquisa, evidenciamos alguns aspectos gerais sobre a filosofia da matemática de Aristóteles para compreendermos, a partir do livro M (Mi) da Metafísica, o status ontológico dos entes matemáticos e o modo pelo qual aquele que os investiga opera na apreensão do conhecimento dos mesmos pelo método, por exemplo, da subtração (aphairesis) e por uma separação que considera seus aspectos qua entes matemáticos e não qua sensíveis. Tentamos, portanto, endossar que a mesma aplicabilidade pode ser executada no que tange à separação da forma kata ton logon por meio de uma espécie de subtração da matéria para defender a separação lógico-racional ou pelo pensamento da forma aristotélica.
Abstract: This thesis aims to understand and explain the separation (chôrismos) of the substance, but especially the separation kata ton logon of the Aristotelian form (to eidos) based on the method by which the mathematician operates. Indeed, in three fundamental passages of Metaphysics, Aristotle states that form is separable (Metaph. Δ8, 1017b 24-26) and separable according to reason (Metaph. H1, 1042a 28-29; Ph. II 1, 193b 3- 5). Some interpreters and translators choose to translate this separation as a definitional, logical, conceptual or thought separation (logô chôriston estin). We do not make a distinction between these terms, opting to summarize the expression, sometimes as logical-rational separation or separation by thought. In the first part of this thesis, we present the status quaestionis that involves the problem of separation and its intimate relationship with that of priority. We try to explain Aristotle's fundamental dispute with his Platonic opponents, as well as the way in which the Stagirite himself assumed for his doctrine of substance the note of separability and ontological and logical priority. In the same way, we elucidate some meanings of separation that Aristotle assumes in his philosophy. In the second part of the thesis, we bring some fundamental assumptions to affirm the separability of form such as, for example, the presence of the problem in the book of aporias (Beta of Metaphysics), the notion of tode ti, as well as the discussion about definition and essence for let us emphasize the purity of the form attested in Metaphysics Z10-11. In the last part of the thesis, we try to highlight that form, in addition to being understood as particular and universal, can also be better assumed as a principle of individuation. Arriving at the center of our research, we highlight some general aspects about Aristotle's philosophy of mathematics to understand, based on the book M (Mi) of Metaphysics, the ontological status of mathematical entities and the way in which those who investigate them operate in apprehension knowledge of them through the method, for example, of subtraction (aphairesis) and through a separation that considers their aspects as mathematical and not as sensitive. We try, therefore, to endorse that the same applicability can be executed out with regard to the separation of the kata ton logon form through a kind of subtraction of matter to defend the logical-rational separation or by thinking about the Aristotelian form.
Assunto: Filosofia - Teses
Aristóteles
Metafísica - Teses
Substância - Teses
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/76704
Data do documento: 17-Mai-2024
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