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http://hdl.handle.net/1843/77646| Type: | Dissertação |
| Title: | Cortes autoprovocados em adolescentes e os seus efeitos sobre a equipe escolar : a (in)visibilidade do sofrimento e o silenciamento do sujeito |
| Other Titles: | Self-inflicted cuts in adolescents and their effects on the school staff : the (in)visibility of suffering and the silencing of the subject. |
| Authors: | Paula Cristina Barbosa de Carvalho Tavares |
| First Advisor: | Nádia Laguárdia de Lima |
| First Referee: | Luciana Gageiro Coutinho |
| Second Referee: | Márcio Rimet Nobre |
| Abstract: | O aumento dos cortes autoprovocados em jovens tem se tornado um problema de saúde pública. No âmbito das escolas, a presença de adolescentes que se autolesionam tem gerado profundo mal-estar nos educadores, que se sentem despreparados para lidar com esses casos. Com a aprovação da lei federal 13.935/2019, que prevê a presença de profissionais de Psicologia na rede de educação básica, torna-se imprescindível problematizar a atuação do psicólogo nesse campo, relacionando-a com os desafios do contexto escolar em nossa época. Deste modo, esta pesquisa buscou investigar os discursos predominantes nas instituições escolares sobre o fenômeno dos cortes autoprovocados em adolescentes e seus efeitos sobre as intervenções realizadas com estes estudantes. Para esta investigação, foram realizadas entrevistas com profissionais de três escolas públicas de Belo Horizonte. A escuta dos profissionais revelou, por um lado, a presença de discursos que tomam os atos autolesivos em adolescentes como um modismo ou como um comportamento de imitação, que visa chamar a atenção das pessoas. Como efeito desses discursos, os educadores evitam abordar o tema com os adolescentes, há um silenciamento do sujeito e uma invisibilização do seu sofrimento. Por outro lado, constatou se a presença de discursos que consideram os cortes autoprovocados como formas de expressão de um sofrimento que não consegue se manifestar pela via da palavra. Como efeito desses discursos, a equipe escolar promove espaços de escuta aos adolescentes e às famílias, discute os casos e faz encaminhamentos para a rede de saúde. A aposta desta pesquisa é a de que o psicólogo orientado pela psicanálise possa escutar e intervir nos discursos institucionais reducionistas, engessados e excludentes, possibilitando algum deslocamento nestes discursos, acolhendo os adolescentes que se autolesionam, mas também a própria equipe escolar, que por vezes se angustia e silencia essas manifestações. |
| Abstract: | The increase in self-inflicted cuts among young people has become a public health issue. In the context of schools, the presence of adolescents who self-harm within the institution has caused significant distress among educators, who often feel unprepared to handle these cases. Considering the approval of Federal Law 13.935/2019, which mandates the presence of psychology professionals in the basic education system, it is essential to problematize the role of the psychologist in this field, particularly in relation to the contemporary challenges faced within the school environment. Therefore, this research aims to investigate the predominant discourses in school institutions regarding the phenomenon of self-inflicted cuts among adolescents and their effects on the interventions carried out with these students. For this investigation, interviews were conducted with professionals from three public schools in Belo Horizonte. Listening to the professionals revealed, on one hand, the presence of discourses that consider self-injurious acts in adolescents as fads or imitative behaviors aimed at attracting other people’s attention. As an effect of these discourses, educators often avoid addressing the topic with adolescents, leading to the silencing of the subject and the invisibilization of their suffering. On the other hand, it was noted the presence of some discourses that consider self inflicted cuts as expressions of suffering that cannot be conveyed thorough words. As a result of these discourses, school staff promote spaces for listening to the adolescents and their families, engage in case discussions, and make referrals to the healthcare system. This research posits that the psychologist guided by psychoanalysis can listen and intervene in reductionist, rigid, and exclusionary institutional discourses, facilitating some displacement that not only reaches adolescents who self-harm but also supports school staff, who may be so distressed that they inadvertently silence these manifestations. |
| Subject: | Psicologia - Teses Psicanálise - Teses Ferimentos e lesões - Aspectos psicológicos - Teses Adolescência - Teses Educação - Teses |
| language: | por |
| metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
| Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
| Publisher Initials: | UFMG |
| metadata.dc.publisher.department: | FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA |
| metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
| Rights: | Acesso Aberto |
| metadata.dc.rights.uri: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
| URI: | http://hdl.handle.net/1843/77646 |
| Issue Date: | 7-Aug-2024 |
| Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado |
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