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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Validação e normatização do índice de complexidade da farmacoterapia para idosos atendidos na atenção primária à saúde
Authors: Lais Lessa Pantuzza
First Advisor: Adriano Max Moreira Reis
First Co-advisor: Maria das Gracas Braga Ceccato
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Micheline Rosa Silveira
First Referee: Maria Auxiliadora Parreiras Martins
Second Referee: Elizabeth do Nascimento
Abstract: A complexidade da farmacoterapia tem sido associada com desfechos indesejáveis, como a hospitalização e a não-adesão. Farmacoterapias complexas são comuns entre os idosos devido à alta prevalência de comorbidades e à utilização de múltiplos medicamentos por essa população. Esse cenário evidencia a necessidade de mensuração da complexidade, a fim de propor estratégias de simplificação da farmacoterapia, aumentando a adesão, a efetividade do tratamento e a segurança no uso dos medicamentos. O objetivo do estudo foi validar e normatizar a versão brasileira do Medication Regimen Complexity Index, intitulada Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT), para idosos da Atenção Primária à Saúde; e avaliar a relação entre a complexidade da farmacoterapia e a adesão aos medicamentos por uma revisão sistemática da literatura. Estudo metodológico transversal, realizado com idosos atendidos em Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte. A validade convergente foi testada pela correlação dos escores do ICFT com o número de medicamentos. A validade divergente foi testada pela correlação dos escores do ICFT com a idade, o sexo, a cognição, as atividades básicas e instrumentais da vida diária. Foi avaliada a confiabilidade inter e intraexaminador. Para a normatização, foram calculados os postos percentílicos para os escores totais do ICFT. Na revisão sistemática, foram pesquisadas as bases de dados MEDLINE, LILACS, Cochrane, CINAHL e PsycINFO e as referências dos estudos incluídos. Ensaios clínicos, estudos transversais, coorte ou caso-controle foram incluídos se analisassem quantitativamente a relação entre a complexidade e a adesão em pacientes de qualquer idade e sexo, sob qualquer tipo de farmacoterapia. Foram incluídos 227 idosos, com idade média de 71,4 anos (DP=7,5 anos), sendo a maioria mulheres (70,9%). Houve correlação entre o ICFT e o número de medicamentos (rho=0,890; p=0,000). Não houve correlação entre o ICFT e a idade (p=0,192), o sexo (p=0,052), a cognição (p=0,267), as atividades básicas (p=0,682) e instrumentais da vida diária (p=0,582). Foi obtida excelente confiabilidade inter (ICC=0,981; rho=0,991) e intraexaminador (ICC=0,996; rho=0,985). Foram considerados complexidade baixa: ICFT9,0; média: 0,9<ICFT16,5 e alta: ICFT>16,5. Na revisão sistemática, foram incluídos 54 estudos: 37 transversais e 17 coortes. Mais frequentemente, os estudos foram realizados com pessoas que convivem com HIV/AIDS (10) ou pacientes com condições crônicas: diabetes mellitus (8), epilepsia (3) e hipertensão arterial (2). Os métodos mais frequentemente utilizados para mensurar a complexidade e a adesão foram os índices de complexidade (19) e o autorrelato (27), respectivamente. A complexidade foi associada à adesão em 35 estudos: 28 identificaram que participantes com farmacoterapias complexas eram menos propensos a aderir aos medicamentos; sete estudos encontraram uma associação direta entre a complexidade e a adesão. Os demais estudos encontraram resultados inconclusivos ou nenhuma correlação entre a complexidade e a adesão. O ICFT apresentou qualidades psicométricas satisfatórias para a mensuração da complexidade da farmacoterapia de idosos, sendo que a normatização pode aumentar a aplicabilidade do ICFT. Houve variabilidade quanto à associação entre a complexidade e a adesão, mas a maioria dos estudos concluiu que o aumento da complexidade da farmacoterapia reduz a adesão aos medicamentos
Abstract: Regimen complexity has been associated with negative outcomes, such as hospitalization and non-adherence. Complex regimens are common among the elderly due to the high prevalence of comorbidities and the use of multiple medications by this population. This scenario highlights the need to measure complexity in order to propose strategies to simplify the regimen, increase adherence, treatment effectiveness and safety in medication use. This study objective was to validate and standardize the Brazilian version of the Medication Regimen Complexity Index (MRCI) for the elderly of Primary Health Care; and to evaluate the relationship between regimen complexity and medication adherence by a systematic review. Cross-sectional methodological study carried out with elderly patients attending in Basic Health Units of Belo Horizonte. Convergent validity was tested by correlating MRCI scores with medication number. Divergent validity was tested by correlating MRCI scores with age, gender, cognition, basic and instrumental activities of daily living. Inter and intra-rater reliability were assessed. For standardization it was calculated the percentile posts for total MRCI scores. In the systematic review the databases MEDLINE, LILACS, Cochrane, CINAHL and PsycINFO and the references of the included studies were searched. Clinical, cross-sectional, cohort or case-control studies were included if the relationship between complexity and adherence was quantitatively analyzed in patients of any age and sex under any type of pharmacotherapy. A total of 227 elderly were included, with a mean age of 71.4 years (SD=7,5years) and the majority of females (70.9%). There was correlation between MRCI and medication number (rho=0.890; p=0.000). There was no correlation between MRCI and age (p=0.192), sex (p=0.052), cognition (p=0.267), basic activities (p=0.682) and instrumental activities of daily living (p=0.582). Excellent interrater (ICC=0.981; rho=0.991) and intra-rater (ICC=0.996; rho=0.985) reliability were obtained. It was considered: low complexity: MRCI9.0; mean complexity: 0.9<MRCI16.5 and high complexity: MRCI>16.5. In the systematic review 54 studies were included: 37 cross-sectional and 17 cohorts. More frequently, the studies were carried out with people infected with HIV (10) or patients with chronic conditions: diabetes mellitus (8), epilepsy (3) and arterial hypertension (2). The most frequently method used to measure complexity and adherence were complexity indices (19) and self-report (27), respectively. Regimen complexity was associated with adherence in 35 studies: 28 identified that participants with complex pharmacotherapies were less likely to adhere to their medications; seven studies found a direct correlation between complexity and adherence. The other studies found inconclusive results or no correlation between complexity and adherence. MRCI presented satisfactory psychometric qualities for measuring regimen complexity for the elderly, and standardization may increase MRCI applicability. There was variability regarding the association between complexity and adherence, but the majority of the studies concluded that increasing regimen complexity reduces medication adherence
Subject: Medicamentos Utilização
Medicamentos Interações
Idosos Assistência farmacêutica
Medicamentos Terapêutica
Cuidados primários de saúde
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B2ZQ3W
Issue Date: 30-Jun-2017
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