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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Repercussão da posição canguru na relação mãe-criança pré-termo à alta e aos seis meses de idade gestacional corrigida
Authors: Cynthia Ribeiro do Nascimento
First Advisor: Maria Candida Ferrarez Bouzada Viana
First Referee: Liubiana Arantes de Araujo
Second Referee: Amelia Augusta de Lima Friche
Abstract: A separação da mãe-criança nascida prematuramente que permanece internada por semanas, pode interferir no desenvolvimento dessa relação. Em contrapartida, o Método Canguru é o modelo de assistência perinatal baseado no cuidado humanizado que envolve estratégias de intervenção biopsicossocial centradas na família. Entre essas estratégias, há a posição canguru que consiste em manter o recém-nascido de baixo peso na posição vertical sobre o peito dos pais. Até o momento, não há estudos que associem o início, a frequência e duração da posição canguru e o desenvolvimento da relação mãe-criança com a metodologia proposta. Estudos como esses são importantes para direcionar rotinas, baseadas em evidências científicas, durante a internação na unidade neonatal. O objetivo desse estudo é investigar a associação entre o início, a frequência, a duração da posição canguru e a interação entre as mães e crianças nascidas pré-termo à alta hospitalar e aos seis meses de idade corrigida. Tratouse de um estudo observacional longitudinal do tipo painel com coleta de dados à alta e aos seis meses de idade gestacional corrigida, com 72 díades mães-crianças, com idade gestacional 32 semanas, nascidas em duas maternidades públicas de Belo Horizonte, entre julho de 2016 e agosto de 2017 e acompanhadas no seguimento ambulatorial até abril de 2018. Foi realizada uma análise de três minutos de vídeo da interação mãe-criança com os parâmetros adotados pelo Protocolo de Observação MãeBebê, à alta hospitalar e aos seis meses de idade gestacional corrigida. A Escala de Inventário de Ansiedade Traço-Estado foi aplicada à mãe quando o recém-nascido tinha dois dias de vida, à alta hospitalar e no seguimento ambulatorial e aos seis meses de idade gestacional corrigida, a fim de mensurar os sinais de ansiedade materna. A Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo foi aplicada à mãe entre o 7º e 10º dia de vida do recém-nascido. A linguagem infantil foi avaliada no seguimento ambulatorial com o Protocolo adaptado para avaliação de Linguagem crianças de 2 a 12 meses. As medidas de tendência central, análise univariada com testes de Wilcoxon, Spearmann ou Pearson e Mann Whitney ou Testes T e Regressão Linear foram realizadas por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Em relação à comparação das duas análises da interação, foi criada uma variável que tratava a diferença da pontuação do POIMB 0-6 aos seis meses de idade gestacional corrigida e a pontuação do POIMB 0-6 à alta hospitalar. Essa nova variável foi considerada como variável desfecho. Foram incluídas na análise multivariada as variáveis com p 0,20 e as variáveis com relevância para o estudo. No modelo final da regressão linear permaneceram as variáveis com valor p 0,05. Os resultados indicaram na análise de regressão linear multivariada, iniciar a posição canguru em até três dias de vida e ser primípara favoreceu o desenvolvimento do comportamento interativo infantil do primeiro semestre. A exposição de algumas mães à fumaça de cigarro e cada dia a mais de início tardio da posição canguru interferiram no desenvolvimento da sintonia da díade mãe-criança. A idade materna, ausência da hemorragia peri-intraventricular e manutenção do aleitamento materno aos seis meses de idade gestacional corrigida obteve associação positiva ao desenvolvimento do olhar interativo. Iniciar a posição canguru antes do 3º dia, ser primípara e permanecer menos tempo na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal favorecem o desenvolvimento das tentativas de contato. Ausência de hemorragia peri-intraventricular, menos dias de internação na Unidade de Cuidado Intermediário Convencional, ser primípara e iniciar posição canguru até o 3º dia de vida por mais vezes durante a internação favoreceram a responsividade infantil. Iniciar a posição canguru até o 3º dia de vida, sorriso infantil, menor tempo de internação contribuíram para mais vocalizações infantis durante a interação. Pode-se concluir que investir em assistência humanizada, centrada na família, a fim de garantir a presença materna, deve ser a prioridade da conduta da equipe assistencial e da gestão hospitalar. Sempre que possível, os recém-nascidos necessitam iniciar a posição canguru precocemente. Os profissionais envolvidos nos cuidados ao recém-nascido pré-termo podem agir de modo direcionado a fim de favorecer a interação de forma precoce e continua.
Abstract: Separation of the premature mother-child who remains hospitalized for weeks may interfere in the context of this relationship. On the other hand, the Kangaroo Method is the model of perinatal care based on humanized care that involves the strategies of biopsychosocial intervention centered in the family. This has strated, in the mind-standing of newborn weight on the vertical position on the chest of parents. Until now, there are no studies that associate the onset, frequency and duration of position and motherinfant relation. The studies are important to guide the routines, based on scientific evidence, during an internment in the neonatal unit. The objective is to investigate the association between the onset, duration, frequency of the kangaroo position and the interaction between mothers and infants born in discharge from hospital and after six months of corrected age. The study of a longitudinal, panel-type observational study with data collection for discharge from hospital and six months corrected gestational age, with 72 mother-infant dyad, with gestational age 32 weeks, born in two public maternity hospitals in Belo Horizonte between July 2016 and August 2017 and followed up in the outpatient clinic until April 2018. A series of videos on the topic mother-infant with the criteria adopted by the Mother-Baby Observation Protocol, hospital discharge and at 6 months corrected age gestational. The State-Trait Anxiety Inventory Scale was performed when the newborns had two days of life, at hospital discharge and at outpatient follow-up, at six months corrected gestational age, in order to measure signs of maternal anxiety. The Edinburgh Postpartum Depression Scale was applied to the mother between the 7th and 10th day of life of the newborn. The children's language was evaluated as an outpatient with the Protocol Adapted for Evaluation of Children's Language from 2 to 12 months. Measures of central tendency, univariate analysis with Wilcoxon, Spearmann or Pearson and Mann Whitney tests or T test and Linear Regression Tests were done through the Statistical Package for the Social Sciences, version 20.0. Regarding the comparison of the two variables of the interaction, a variable was applied that changed POIMB 0-6 to hospital discharge. This new variable was denominated as development variable. They were listed in the multivariate analysis as variables with p0.20 and as variables with relevance to the study. In the final model the linear regression remains as variables with p-value 0.05. In the analysis of multivariate linear regression, to start a position in three days of life and to be primiparous favorable to the the development of children's interactive behavior of the first semester. Exposure of some mothers to cigarette smoke and each day more than late start of the kangaroo position interfere with the development of mother-child tuning. Maternal age, absence of peri-intraventricular hemorrhage and maintenance of breastfeeding up to six months of corrected gestational age got positive association with the development of the interactive gaze. Start the kangaroo position before the 3rd day, be primiparous, shorter time in the Neonatal Intensive Care Unit favor the development of contact attempts. No peri-intraventricular hemorrhage, fewer days of hospitalization in the Conventional Intermediate Care Unit, be primiparous, starting the position until the 3rd day of life more often during hospitalization favoring a child's responsiveness. Start the kangaroo until the 3rd day of life, infant smile, shorter hospital stay contribution for more children's vocalizations during the interaction. It can be concluded that investing in humanized, family-centered care to ensure maternal presence should be the priority of the care team's conduct and hospital management. Whenever possible, newborns need to start the kangaroo position early.
Subject: Crescimento e Desenvolvimento
Método Canguru
Recém-Nascido Prematuro
Relações Mãe-filho
Medicina
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B55KJT
Issue Date: 4-Jun-2018
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