Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/KMCG-8E4JCJ
Type: Dissertação de Mestrado
Title: Efeitos da prática autocontrolada e estruturação de prática na aquisição de habilidades motoras em virtude da complexidade da tarefa
Authors: Fernanda Santos Oliveira
First Advisor: Rodolfo Novellino Benda
First Referee: Go Tani
Second Referee: Herbert Ugrinowitsch
Abstract: Na aprendizagem de habilidades motoras, as condições da prática são tradicionalmente controladas pelo professor ou experimentador. Contrariamente a estas condições, no autocontrole na aprendizagem o aprendiz tem algum controle sobre a situação de prática, tornando-se um participante mais ativo. Na condição autocontrolada, é provável que os aprendizes utilizem estratégias que são mais coerentes com suas necessidades individuais do que estratégias utilizadas em situações controladas por um professor. Um dos aspectos que pode afetar várias variáveis autocontroladas é a complexidade da tarefa. Alguns estudos mostraram que, em tarefas complexas, os aprendizes optaram em variar menos as sequências na fase de aquisição, o que influenciou negativamente o desempenho apenas nesta fase (KEETCH; LEE, 2005; WU, MAGILL; FOTO, 2005). Por outro lado, em tarefas menos complexas, houve tendência dos aprendizes variarem as sequências com maior frequência e mais cedo durante a prática, o que beneficiou na aprendizagem (KEETCH; LEE, 2007). Portanto, este estudo objetivou investigar os efeitos da prática autocontrolada e estruturação de prática na aquisição de habilidades motoras em virtude da complexidade da tarefa. Os resultados mostraram que em tarefas com complexidade mais baixa, diferentes estruturas de práticas, independente de ser autocontrolada ou não, se igualaram em termos de aprendizage. Contudo, em tarefas com complexidade mais alta, proporcionar ao aprendiz controle sobre a prática é benéfico para o processo de aprendizagem. Os resultados também indicaram maior número de trocas das sequências no grupo de prática autocontrolada com tarefas de complexidade mais alta quando comparado ao grupo de prática autocontrolada com tarefas de complexidade mais baixa. Em suma, pode-se concluir que o grupo autocontrolado com tarefa de complexidade mais baixa mostrou melhora no desempenho e assim, a tarefa não o desafiou e ele explorou menos as possibilidades de variação, resultando em poucos efeitos benéficos para a aprendizagem. O oposto pode ter ocorrido no grupo autocontrolado com tarefa de complexidade mais alta, pois a tarefa por ser mais complexa pode ter gerado mais desafios e uma maior possibilidade de variação das sequências, o que pode ter levado este grupo a obter maiores benefícios durante aprendizagem da tarefa. Pesquisas futuras podem explorar não necessariamente o autocontrole em si, mas sim os benefícios que o autocontrole proporciona, como por exemplo, motivação, autoconfiança, esforço cognitivo, atenção, participação ativa no processo de aprendizagem e estabelecimento de estratégias mais adequadas.
Abstract: In motor skills acquisition, practice conditions are traditionally controlled by teacher or researcher. As opposed to these conditions, in the self-control in learning the learner has some control on practice schedule, becoming a more active participant. In self-controlled condition, it is possible that learners use more coherent strategies to their own necessities, instead of strategies used by a teacher. One of the aspects that could influence self-controlled factors is task complexity. Some studies have shown that in complex tasks, learners choose to have small variability of sequences in acquisition phase resulting in a negative influence only in this phase (KEETCH; LEE, 2005; WU, MAGILL; FOTO, 2005). On the other hand, in simple tasks, learners tended to present higher variability of sequences and earlier during practice, which was helpful for learning (KEETCH; LEE, 2007). Therefore, this study aimed to investigate the effects of practice schedule and self-controlled practice in motor skill acquisition as a function task complexity. The results showed that in lower complex tasks, different practice schedules, regardless of whether self-controlled or not, they showed similar performance in tests. However, in higher complex tasks, the learners control over practice is beneficial for learning process. The results also indicated a greater number of exchanges of sequences in self-controlled practice with higher complex tasks when compared to self-controlled practice with lower complex tasks. In summary, we can conclude that self-controlled group with lower complex tasks showed improvement in performance and the task was not a challenge and its group tried less possibilities of variation, resulting in few beneficial effects on learning. The opposite may have occurred in self-controlled practice with higher complex tasks because the more complex tasks may have generated more challenges and a greater possibility of variation in sequences, which may have led this group to obtain greater benefits during the learning task. Future researches could explore not necessarily self-control but the benefits that it promotes, as motivation, self-confidence, cognitive effort, attention, active participation on learning process, and establishment of more suitable strategies.
Subject: Esportes Treinamento técnico
Aprendizagem motora
Capacidade motora
Educação física
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/KMCG-8E4JCJ
Issue Date: 1-Dec-2010
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
fernanda_santos_oliveira.pdf912.64 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.