UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS Ana Paula Mendes Alves de Carvalho Belo Horizonte 2014 Ana Paula Mendes Alves de Carvalho HAGIOTOPONÍMIA EM MINAS GERAIS Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutor em Linguística Teórica e Descritiva. Área de Concentração: Linguística Teórica e Descritiva. Linha de Pesquisa: Estudo da Variação e Mudança Orientadora: Professora Doutora Maria Cândida Trindade Costa de Seabra Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG 2014 Ficha catalográfica elaborada pelos Bibliotecários da Biblioteca FALE/UFMG Carvalho, Ana Paula Mendes Alves de. C331h Hagiotoponímia em Minas Gerais [manuscrito] / Ana Paula Mendes Alves de Carvalho. – 2014. 822 f., enc. : il., maps, tabs, grafs, (color) Orientadora: Maria Cândida Trindade Costa de Seabra. Área de concentração: Linguística Teórica e Descritiva. Linha de Pesquisa: Estudos da Variação e Mudança Linguística. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras. Bibliografia: f. 808-822. 1. Língua portuguesa – Lexicografia – Teses. 2. Toponímia – Teses. 3. Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais – Teses. 4. Linguagem e cultura – Minas Gerais – Teses. 5. Antropolinguística – Teses. 6. Língua portuguesa – Variação – Teses. 7. Linguagem e história – Teses. 8. Religião e linguagem – Teses. I. Seabra, Maria Cândida Trindade Costa de. II. Universidade Federal de Minas Gerais. Faculdade de Letras. III. Título. CDD: 469.798 À Letícia, do lat. Laetitia: Alegria, que chegou ao mundo trazendo alegria em plenitude. Ao meu marido Carlos Eduardo, pelo amor, incentivo e companhia, sempre. Aos meus pais e aos meus irmãos queridos, João Paulo e Ana Cristina, pelo estímulo e apoio constantes e por compreender minhas ausências. A Deus. Homenagem especial Aos santos e santas e à Virgem Maria, com quem convivo desde criança e de quem muito aprendi com esta pesquisa. AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Profª. Drª. Maria Cândida Costa Trindade de Seabra, que, com empenho e dedicação, orientou a execução deste trabalho, pela amizade, pela atenção e pela confiança. À Profª. Drª. Evelyne Jeanne Andrée Angèle Madeleine Dogliani, com quem muito aprendi, à época que me orientou na especialização e no mestrado, pela amizade e pelo carinho. Aos professores do Programa de Pós Graduação, em especial, à Jânia Ramos e à Lúcia Fulgêncio, pelas sugestões e comentários feitos durante a qualificação. À professora Aparecida Negri Isquerdo pela leitura atenta do texto do exame de qualificação e sugestões ao longo da realização da pesquisa. À coordenadora do Centro de Referência de Cartografia da UFMG, Márcia Maria Duarte dos Santos, e à professora Maria Helena de Paula, da UFG/Regional Catalão, por aceitarem o convite para compor a banca de defesa desta pesquisa. Às professoras Ângela Vaz Leão e Sônia Queiroz pela leitura do projeto deste estudo e pelos comentários feitos. A Tiago Antônio Torres Gomes e Ângelo Franco do Nascimento Ribeiro pela edição de cartas toponímicas que me permitiram representar geograficamente a distribuição dos dados analisados. Ao Instituto Federal de Minas Gerais/Campus Ouro Branco pela licença a mim concedida na fase final da pesquisa, em especial, ao seu Diretor Geral, Sr. Luiz Roque Ferreira, pelo incentivo e apoio, sempre. Aos meus ex-colegas de trabalho e ex-alunos da Escola Estadual Padre José Epifânio Gonçalves (Barra Longa/MG), onde dei meus primeiros passos como aluna e professora, e da Escola Estadual Professor Ernesto Carneiro Santiago (Sarzedo/MG), pelo apoio. A todos os meus ex-professores, pelo incentivo, desde muito cedo, e pela atenção. Às amigas Dulcelene Gamarano Novais, Cleonice Alves Faria, Catarina Barbosa Torres Gomes e Jane Eyre Casarino, pelas palavras ditas e pela escuta paciente, mesmo que à distância. Aos amigos Andréia Almeida Mendes, Gabriele Cristine de Carvalho, Melina Resende Dias, Luciene Maria Braga e Vander Lúcio de Souza, pela parceria na trajetória acadêmica desde o início de 2006. Às minhas avós Maria da Conceição Mendes (in memorian) e Neuza de Freitas Alves, de quem sempre ouvi sobre os santos e sobre Nossa Senhora, pelo exemplo. À minha cunhada Nadir e aos meus amados sobrinhos, João Víctor e Pedro, pelo apoio e pelo carinho. Ao meu sogro José Olímpio e à minha sogra Margarida, pessoas especiais que me acolheram como filha, pela compreensão e pelo apoio. A Edirlene, anjo enviado por Deus, que há dois anos tem estado ao meu lado, pelo apoio e, em especial, pelo carinho e pela atenção dispensados à Letícia. E, mais uma vez, a Deus, por estar sempre ao meu lado e por colocar pessoas iluminadas em meu caminho que, além de acreditar em meus sonhos, estão sempre dispostas a me ajudar a concretizá-los. Agradeço-Lhe o amor e a existência de todos aqueles que, direta e indiretamente, contribuíram para a realização desta pesquisa. “...se uma língua materna é determinada pela peculiaridade dos seus criadores, pelas condições geográficas e históricas, pela amplidão e a intensidade do desenvolvimento do acionamento da faculdade linguística, cada palavra ou expressão peculiar traz consigo necessariamente os traços de sua origem. O fato comumente reconhecido de diversidade de línguas revela a sua importância em um ponto não esperado pela maioria: o decisivo não é a diversidade de forma, de fonética, das designações, etc. (...) mas a diversidade de concepção espiritual do mundo que é assimilada em cada língua.” (Grifo nosso) WEISGERBER, 1977, p.143 RESUMO Os estudos toponímicos são de grande relevância para o conhecimento de aspectos históricos e socioculturais de um povo, uma vez que permitem a identificação de fatos linguísticos, de ideologias e crenças presentes no ato denominativo e, posteriormente, na sua permanência ou não em uma comunidade. Partindo dessa premissa, este trabalho teve por objetivo realizar um estudo descritivo – linguístico e cultural – do léxico hagiotoponímico de Minas Gerais, focalizando nomes de santos, nomes de santas e nomes de invocações à Virgem Maria que designam acidentes físicos e humanos em território mineiro. Adotando o conceito de cultura de Duranti (2000) e os pressupostos teórico-metodológicos da ciência onomástica – Dauzat (1926) e Dick (1990a, 1990b, 2004 e 2006) –, apoiamo-nos em Labov (1974) para verificar como se dá o processo de variação e mudança nos topônimos analisados. Este estudo está vinculado ao Projeto ATEMIG – Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais, projeto em desenvolvimento, desde 2005, na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Em sua primeira etapa, o ATEMIG fez o levantamento e a classificação toponímica de todos os acidentes físicos e humanos dos 853 municípios do estado, documentados em cartas geográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1: 50.000 a 1: 250.000, perfazendo até o presente momento um total de 85.391 topônimos. Desse total de dados os que constituem nosso corpus contemporâneo, totalizam 5.649 hagiotopônimos que foram analisados com enfoque qualitativo e quantitativo, a fim de verificar a preferência regional pelo emprego sistemático dessas denominações em cada uma das mesorregiões mineiras. Além dos dados contemporâneos, através da consulta a mapas dos séculos XVIII e XIX, construímos um segundo corpus de dados históricos, composto de 647 topônimos. A análise comparativa dos corpora permitiu perceber como o processo designativo a partir de hagiotopônimos se deu diacronicamente no estado. Este trabalho levou-nos, ainda, à construção de um glossário hagiotoponímico, composto por verbetes que mostram a identificação do tipo de acidente, o número de ocorrências e a localização geográfica de cada topônimo, sendo que os mais produtivos também podem ser visualizados em cartas toponímicas. Nossa pesquisa nos mostrou que, além do estudo linguístico, a investigação toponímica proporciona a análise da cultura local e da relação do homem com o meio em que vive, uma vez que é possível resgatar informações históricas e ideológicas concernentes à organização sociocultural das regiões que compõem o estado. Palavras-chave: Léxico. Cultura. Religião. Minas Gerais. Hagiotoponímia. ABSTRACT Toponymic research is crucial to the comprehension of historical and cultural aspects of a community, since it allows the identification of linguistics facts, ideologies and beliefs that are present in the denominative act, and may persist as permanent names as records of the community’s past beliefs. Considering all these facts, the aim of this work was to at develop a descriptive study - linguistic and cultural – of the hagiotoponymic lexicon in the State of Minas Gerais State, focusing on saints names, masculine and feminine, and on invocations to the Holly Mother, that describe geographical accidents in the state of Minas Gerais. We adopt Duranti’s concept of culture (2000) and the onomastic theoretical and methodological approach - Dauzat (1926) and Dick (1990a, 1990b, 2004 and 2006) – and we also rely on Labov’s work (1974) to analyze the process of variation and change in the toponyms studied. This work is part of the ATEMIG Project – The Toponymic Atlas of the Minas Gerais State- being developed since 2005 at the Faculty of Letters of the Federal University of Minas Gerais (UFMG). At the first stage, the ATEMIG listed and classified all geographical and humans accidents in the State of Minas Gerais, and documented it in geographical maps in accordance with IBGE, in scales that vary between 1: 50.000 to 1: 250.000, totalizing, until now, 85.391 toponyms. From all these data that constitute our contemporary corpus, 5,649 hagiotoponyms were analyzed within a qualitative and a quantitative approach, in order to investigate the regional preference for the systematic use of such names in each of the regions of Minas Gerais. Furthermore, we analyze historical data in maps from the XVIII and XIX centuries, and we build a second corpus has 649 toponyms. Comparative analysis between both corpora showed how the hagiotoponymic process of designation has developed diachronically in Minas Gerais. In this work we have also developed a hagiotoponymic glossary including entries that show the of the kind of geographical accidents, the number of occurrences and the geographic location of each toponym. The most productive toponyms can also be viewed on toponymic charts. This research has showed us that beyond the linguistic study, the toponymic research provides an analysis of the local culture and the relationship between men and the environment they live in, since it is possible to rescue historical and ideological information from the data, concerning the sociocultural organization of regions of the State of Minas Gerais. Keywords: Lexicon. Culture. Religião. Minas Gerais. Hagiotoponymy. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Triângulo de Baldinger I ..................................................................................... 42 FIGURA 2 – Triângulo de Baldinger II ................................................................................... 42 FIGURA 3 – Onomástica ......................................................................................................... 49 FIGURA 4 – Triângulo de Alinei ............................................................................................. 77 FIGURA 5 – Sintagma Toponímico simples e Composto ....................................................... 80 FIGURA 6 – A taxe hierotpônimos e suas subdivisões ........................................................... 89 FIGURA 7 – Crônica A Boa Folhinha de Carlos Drumond de Andrade ............................... 125 FIGURA 8 – A taxe hierotpônimos e suas subdivisões ......................................................... 134 FIGURA 9 – Ficha lexicográfico-toponímica ........................................................................ 135 Figura 10: Diagrama da tipologia de antropônimos de Amaral ............................................. 149 Figura 11 – Mesorregiões de Minas Gerais ............................................................................ 162 FIGURA 12 – Mapa base utilizado para a projeção das cartas toponímicas ......................... 166 FIGURA 13 – Base cartográfica das mesorregiões mineiras de acordo com a Malha Municipal do Brasil – IBGE.2010. .......................................................................................................... 541 FIGURA 14 – Carta Toponímica I: Distribuição dos hagiotopônimos na mesorregiões mineiras em números percentuais. ......................................................................................... 542 Figura 15 – Carta toponímica II: Distribuição das categorias toponímicas analisadas nas doze mesorregiões mineiras. ........................................................................................................... 549 FIGURA 16 – Carta Toponímica III: Distribuição dos nomes de santos na toponímia das doze mesorregiões mineiras. ........................................................................................................... 550 FIGURA 17 – Carta Toponímica IV: Distribuição dos nomes de santas na toponímia das doze mesorregiões mineiras. ........................................................................................................... 551 FIGURA 18 – Carta Toponímica V: Distribuição dos mariotopônimos nas doze mesorregiões mineiras. ................................................................................................................................. 552 FIGURA 19 – Carta Toponímica VI: Distribuição de fazendas com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. ............................................................................................................. 557 FIGURA 20 – Carta Toponímica VII – Distribuição de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros ............................................................................ 558 FIGURA 21 – Carta Toponímica VIII: Distribuição de municípios mineiros com ‘nomes de santos’. .................................................................................................................................... 559 FIGURA 22 – Carta Toponímica IX: Distribuição de córregos com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. .............................................................................................................. 560 FIGURA 23 – Carta Toponímica X – Distribuição de rios, riachos e ribeirões com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. ............................................................................................ 561 FIGURA 24 – Carta Toponímica XI: Distribuição de serras com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. .............................................................................................................. 562 FIGURA 25 – Carta Toponímica XII – Distribuição de fazendas com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. .............................................................................................................. 565 FIGURA 26 – Carta Toponímica XIII – Distribuição de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. ........................................................................... 566 FIGURA 27 – Carta Toponímica XIV – Distribuição de municípios mineiros com ‘nomes de santas’. .................................................................................................................................... 567 FIGURA 28 – Carta Toponímica XV: Distribuição de córregos com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. .............................................................................................................. 568 FIGURA 29 – Carta Toponímica XVI: Distribuição de rios, riachos e ribeirões com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. ........................................................................................ 569 FIGURA 30 – Carta Toponímica XVII: Distribuição de serras com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. .............................................................................................................. 570 FIGURA 31 – Carta Toponímica XV – Distribuição de fazendas com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’ em municípios mineiros. ............................................................................... 573 FIGURA 32 – Carta Toponímica VI – Distribuição de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’ em municípios mineiros. ........................................ 574 FIGURA 33 – Carta Toponímica XVII: Distribuição de municípios mineiros com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’................................................................................................... 575 FIGURA 34 – Carta Toponímica XVIII: Índice de denominações hagiotoponímicas em municípios mineiros. .............................................................................................................. 637 FIGURA 35 – Carta Toponímica XIX: Índice de mariotopônimos em municípios mineiros. ................................................................................................................................................ 646 FIGURA 36 – Carta Toponímica XX: Distribuição do topônimo Santo Antônio em municípios mineiros ............................................................................................................... 663 FIGURA 37 – Carta Toponímica XXI: Distribuição do topônimo Santo Inácio em municípios mineiros. .............................................................................................................. 666 FIGURA 38 – Carta Toponímica XXII: Distribuição do topônimo São Bartolomeu em municípios mineiros. .............................................................................................................. 668 FIGURA 39 – Carta Toponímica XXIII: Distribuição do topônimo São Benedito em municípios mineiros. .............................................................................................................. 670 FIGURA 40 – Carta Toponímica XXIV: Distribuição do topônimo São Bento em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 673 FIGURA 41 – Carta Toponímica XXV: Distribuição do topônimo São Bernardo em municípios mineiros. .............................................................................................................. 675 FIGURA 42 – Carta Toponímica XXVI: Distribuição do topônimo São Caetano em municípios mineiros ............................................................................................................... 677 FIGURA 43 – Carta Toponímica XXVII: Distribuição do topônimo São Domingos em municípios mineiros. .............................................................................................................. 681 FIGURA 44 – Carta Toponímica XXVIII: Distribuição do topônimo São Félix em municípios mineiros. .............................................................................................................. 683 FIGURA 45 – Carta Toponímica XXIX: Distribuição do topônimo São Francisco em municípios mineiros. .............................................................................................................. 687 FIGURA 46 – Carta Toponímica XXX: Distribuição do topônimo São Geraldo em municípios mineiros. .............................................................................................................. 690 FIGURA 47 – Carta Toponímica XXXI: Distribuição do topônimo São Gonçalo em municípios mineiros. .............................................................................................................. 692 FIGURA 48 – Carta Toponímica XXXII: Distribuição do topônimo São Jerônimo em municípios mineiros. .............................................................................................................. 694 FIGURA 49 – Carta Toponímica XXXIII: Distribuição do topônimo São João em municípios mineiros. .............................................................................................................. 701 FIGURA 50 – Carta Toponímica XXXIV: Distribuição do topônimo São Joaquim em municípios mineiros. .............................................................................................................. 703 FIGURA 51 – Carta Toponímica XXXV: Distribuição do topônimo São Jorge em municípios mineiros. .............................................................................................................. 705 FIGURA 52 – Carta Toponímica XXXVI: Distribuição do topônimo São José em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 714 FIGURA 53 – Carta Toponímica XXXVII: Distribuição do topônimo São Lourenço em municípios mineiros. .............................................................................................................. 718 FIGURA 54 – Carta Toponímica XXXVIII: Distribuição do topônimo São Luís em municípios mineiros. .............................................................................................................. 720 FIGURA 55 – Carta Toponímica XXXIX: Distribuição do topônimo São Manoel em municípios mineiros. .............................................................................................................. 722 FIGURA 56 – Carta Toponímica XL: Distribuição do topônimo São Mateus em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 725 FIGURA 57 – Carta Toponímica XLI: Distribuição do topônimo São Miguel em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 728 FIGURA 58 – Carta Toponímica XLII: Distribuição do topônimo São Paulo em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 730 FIGURA 59 – Carta Toponímica XLIII: Distribuição do topônimo São Pedro em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 734 FIGURA 60 – Carta Toponímica XLIV: Distribuição do topônimo São Roque em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 736 FIGURA 61 – Carta Toponímica XLV: Distribuição do topônimo São Sebastião em municípios mineiros. .............................................................................................................. 741 FIGURA 62 – Carta Toponímica XLVI: Distribuição do topônimo São Simão em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 744 FIGURA 63 – Carta Toponímica XLVII: Distribuição do topônimo São Tiago em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 746 FIGURA 64 – Carta Toponímica XLVIII: Distribuição do topônimo São Tomé em municípios mineiros ............................................................................................................... 748 FIGURA 65 – Carta Toponímica XLIX: Distribuição do topônimo São Vicente em municípios mineiros. .............................................................................................................. 751 FIGURA 66 – Carta Toponímica XLX: Distribuição do topônimo Santa Ana em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 753 FIGURA 67 – Carta Toponímica XLXI: Distribuição do topônimo Santa Bárbara em municípios mineiros. .............................................................................................................. 756 FIGURA 68 – Carta Toponímica XLXII: Distribuição do topônimo Santa Catarina em municípios mineiros. .............................................................................................................. 758 FIGURA 69 – Carta Toponímica XLXIII: Distribuição do topônimo Santa Clara em municípios mineiros. .............................................................................................................. 760 FIGURA 70 – Carta Toponímica XLXIV: Distribuição do topônimo Santa Helena em municípios mineiros. .............................................................................................................. 764 FIGURA 71– Carta Toponímica XLXV: Distribuição do topônimo Santa Isabel em municípios mineiros. .............................................................................................................. 766 FIGURA 72– Carta Toponímica XLXVI: Distribuição do topônimo Santa Luzia em municípios mineiros. .............................................................................................................. 770 FIGURA 73– Carta Toponímica XLXVII: Distribuição do topônimo Santa Maria em municípios mineiros. .............................................................................................................. 774 FIGURA 74 – Carta Toponímica XLXVIII: Distribuição do topônimo Santa Marta em municípios mineiros. .............................................................................................................. 776 FIGURA 75 – Carta Toponímica XLXIX: Distribuição do topônimo Santa Rita em municípios mineiros. .............................................................................................................. 781 FIGURA 76 – Carta Toponímica L: Distribuição do topônimo Santa Rosa em municípios mineiros. ................................................................................................................................. 783 FIGURA 77 – Carta Toponímica LI: Distribuição do topônimo Santa Teresinha em municípios mineiros. .............................................................................................................. 785 FIGURA 78 – Carta Toponímica LII: Distribuição do topônimo Nossa Senhora Aparecida em municípios mineiros. .............................................................................................................. 792 FIGURA 79 – Carta Toponímica LIII: Distribuição do topônimo Nossa Senhora da Conceição em municípios mineiros. ...................................................................................... 794 FIGURA 80 – Carta Toponímica LIV: Distribuição do topônimo Nossa Senhora das Graças em municípios mineiros. ........................................................................................................ 796 FIGURA 81 – Carta Toponímica LV: Distribuição do topônimo Nossa Senhora de Fátima em municípios mineiros. ........................................................................................................ 798 FIGURA 82 – Carta Toponímica LVI: Distribuição do topônimo Nossa Senhora do Carmo em municípios mineiros. ........................................................................................................ 800 LISTA DE FOTOS FOTO 1 – Folhinha Eclesiástica da Arquidiocese de Mariana .............................................. 124 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Identificação percentual dos hagiotopônimos em relação ao total de topônimos que integram o Banco de dados do Projeto ATEMIG. ........................................................... 539 GRÁFICO 2 – Identificação percentual dos hagiotopônimos por categoria onomástica nos dados contemporâneos. ........................................................................................................... 544 GRÁFICO 3 – Distribuição dos hagiotopônimos nas mesorregiões mineiras em percentual. ................................................................................................................................................ 546 GRÁFICO 4 – Classificação dos hagiotopônimos quanto à natureza do acidente geográfico. ................................................................................................................................................ 553 GRÁFICO 5 – Classificação dos hagiotopônimos quanto à natureza do acidente geográfico de acordo com as categorias onomásticas analisadas. ............................................................ 554 GRÁFICO 6 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santos quanto ao tipo de acidente humano. ....................................................................................... 555 GRÁFICO 7 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santos quanto ao tipo de acidente físico. ........................................................................................... 556 GRÁFICO 8 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santas quanto ao tipo de acidente humano. ....................................................................................... 563 Gráfico 9 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santas quanto ao tipo de acidente físico. ....................................................................................................... 564 GRÁFICO 10 – Identificação percentual dos mariotopônimos quanto ao tipo de acidente humano. .................................................................................................................................. 571 GRÁFICO 11 – Identificação percentual dos mariotopônimos quanto ao tipo de acidente físico. ...................................................................................................................................... 571 GRÁFICO 12 – Identificação percentual dos topônimos em relação ao gênero.................... 576 GRÁFICO 13 – Identificação percentual dos hagiotopônimos por categoria onomástica nos dados históricos. ..................................................................................................................... 586 Gráfico 14 – Comparação entre os percentuais de ocorrência dos hagiotopônimos nos dados contemporâneos e dados históricos. ....................................................................................... 586 GRÁFICO 16 – Identificação percentual dos topônimos históricos em relação ao gênero. .. 589 Gráfico 17 – Identificação de denominações hagiotoponímicas em municípios mineiros. ... 613 GRÁFICO 18 – Evolução dos percentuais hagiotoponímicos ao longo dos séculos XVIII e XIX. ........................................................................................................................................ 644 LISTA DE MAPAS MAPA 1 – Lista de mesorregiões de Minas Gerais ................................................................ 67 MAPA 2 – Mesorregião Geográfica Vale do Rio Doce / MG subdividida pela ocorrência de topônimos, segundo o modelo de classificação de DICK. ....................................................... 68 MAPA 3 – Mapa das entradas, caminhos e bandeiras em Minas Gerais. .............................. 121 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – Nome próprio do pensamento filosófico. ......................................................... 53 QUADRO 2 – Nome próprio do pensamento filosófico: teoria da referência e teoria das descrições.................................................................................................................................. 54 QUADRO 3 – Os dois calendários litúrgicos. .......................................................................... 99 QUADRO 4 – Topônimo São Jerônimo e variações. ............................................................ 137 QUADRO 5 – Relação de mapas históricos consultados. ...................................................... 139 QUADRO 6 – Nomes de Santos por período histórico. ......................................................... 142 QUADRO 7 – Nomes de Santas por período histórico. ......................................................... 142 QUADRO 8 – Nomes de Santas por período histórico. ......................................................... 143 QUADRO 9 – Distribuição dos topônimos e suas variações nas mesorregiões mineiras. ..... 144 QUADRO 10 – Distribuição dos topônimos e suas variações por período histórico............. 144 QUADRO 11 – Ficha lexicográfica. ..................................................................................... 145 QUADRO 12 – Distribuição dos dados contemporâneos nas mesorregiões mineiras. .......... 147 QUADRO 13 – Distribuição dos topônimos históricos por período. ..................................... 155 QUADRO 14 – Explicitação da microestrutura dos verbetes. ............................................... 163 QUADRO 15 – Nomes de Santos presentes na toponímia mineira. ..................................... 168 QUADRO 16 – Nomes de Santas presentes na toponímia mineira. ..................................... 171 QUADRO 17 – Nomes de invocações à Virgem Maria presentes na toponímia mineira...... 174 QUADRO 18 – Nomes de santos na toponímia mineira de acordo com o período histórico.175 QUADRO 19 – Nomes de santas na toponímia mineira de acordo com o período histórico. 179 QUADRO 20 – Mariotopônimos de acordo com o período histórico. ................................... 181 QUADRO 21 – Determinantes de origem portuguesa. .......................................................... 582 QUADRO 22 - Determinantes de origem indígena. .............................................................. 583 QUADRO 23 - Determinantes de origem africana. ............................................................... 583 QUADRO 24 – Determinantes de origem portuguesa. ......................................................... 594 QUADRO 25 - Determinantes de origem indígena. .............................................................. 594 QUADRO 26 – Variação diatópica nos dados contemporâneos ............................................ 597 QUADRO 27 – Variações diacrônicas nos dois corpora. ...................................................... 610 QUADRO 28 – Hagiotopônimos em denominações de municípios mineiros. ...................... 614 QUADRO 29 – Quadro comparativo entre o Mapa 3 e a Carta toponímica I deste trabalho.640 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Distribuição dos hagiotopônimos sob análise por categoria onomástica. ....... 543 TABELA 2 – Distribuição das categorias toponímicas nas doze mesorregiões mineiras...... 545 TABELA 3 – Distribuição das ocorrências de hagiotopônimos nos períodos históricos considerados. .......................................................................................................................... 587 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ∩ – Intersecção A – Antroponímia AC – Acre Adjpl – adjetivo plural Adjsing – adjetivo singular ADV – advérbio AF – acidente físico AH – acidente Humano AM – Amazonas Antrop – antropônimo Apl – artigo plural Asing – artigo singular ATB – Atlas Toponímico do Brasil ATEMIG – Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais ATEMS – Atlas Toponímico do Estado do Matro Grosso do Sul ATEPAR – Atlas Toponímico do Estado do Paraná ATESP – Atlas Toponímico do Estado do São Paulo ATIT – Atlas Toponímico do Estado do Tocantins ATITO – Atlas Toponímico de Origem Indígena do Estado do Tocantins aum – aumentativo BA – Bahia Cf. – confira comp – composto dim – diminutivo ES – Espírito Santo Ex. – exemplo GO – Goiás Hip – hipocorístico IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica MG – Minas Gerais MT – Mato Grosso N.S. – Nossa Senhora NCf – nome composto feminino NCm – nome composto masculino Nf – nome feminino Nm – nome masculino NUM – numeral Ort – ortônimo PA – Pará PB – Paraíba PE – Pernambuco PR – Paraná Pren – prenome Prep. – preposição Pron. – pronome Qv – qualificativo RJ – Rio de Janeiro RN – Rio Grande do Norte RS – Rio Grande do Sul S. – são, santo, santa ou senhora Snra – Senhora SP – São Paulo SP – São Paulo Spl – substantivo plural Sra. – Senhora Ssing – substantivo singular T – Toponímia SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 25 CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 29 1.1 LÍNGUA, CULTURA E SOCIEDADE .................................................................................................................. 29 1.1.1 O processo de nomeação ................................................................................................ 32 1.2 LÉXICO ......................................................................................................................................................... 33 1.2.1 Lexicologia ...................................................................................................................... 39 1.2.2 Lexicografia .................................................................................................................... 43 1.2.3 Terminologia ................................................................................................................... 46 1.3 ONOMÁSTICA ............................................................................................................................................... 47 1.3.1 O nome próprio ............................................................................................................... 50 1.4 TOPONÍMIA ................................................................................................................................................... 60 1.4.1 Breve histórico dos estudos toponímicos ....................................................................... 62 1.4.1.1 O Projeto ATEMIG ..................................................................................................... 66 1.4.2 O topônimo ...................................................................................................................... 69 1.4.2.1 Signo Toponímico ........................................................................................................ 73 1.4.2.2 Motivação toponímica ................................................................................................. 76 1.4.2.3 Estrutura do topônimo: o sintagma toponímico ......................................................... 79 1.4.3 Classificação Toponímica .............................................................................................. 81 CAPÍTULO 2 – RELIGIOSIDADE E TOPONÍMIA .............................................................. 90 2.1 O CULTO AOS SANTOS: ORIGEM E EVOLUÇÃO ............................................................................................... 90 2.1.1 O culto à Santa Maria Mãe de Deus: invocações múltiplas ....................................... 110 2.2 A DEVOÇÃO NO BRASIL: UMA HERANÇA PORTUGUESA ............................................................................... 113 2.2.1 O culto aos santos e o povoamento de Minas Gerais .................................................. 120 2.3 MARCAS DA DEVOÇÃO NO ESPAÇO GEOGRÁFICO: HAGIOTOPONÍMIA ......................................................... 126 3 PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS..................................................... 132 3.1 CONSTITUIÇÃO DOS CORPORA ..................................................................................................................... 134 3.1.1 Corpus de dados contemporâneos ................................................................................ 134 3.1.2 Corpus de dados históricos ........................................................................................... 138 3.2 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................................... 143 3.2.1 Análise descritiva .......................................................................................................... 143 3.2.1.1 Fichas lexicográficas ................................................................................................. 145 3.2.2 Análise quantitativa ...................................................................................................... 156 3.2.2.1 Quanto à forma e ao gênero ...................................................................................... 156 3.2.2.2 Quanto à estrutura e aos processos de formação morfológica ................................ 157 3.2.2.3 Quanto à variação e à mudança linguística ............................................................. 158 3.2.3 ANÁLISE GEOTOPONÍMICA .................................................................................................................... 159 3.2.3.1 Proposta de glossário hagiotoponímico ................................................................... 159 3.2.3.1 Cartas toponímicas ................................................................................................... 163 CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ........................................ 167 4.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS .................................................................................. 167 4.1.1 Apresentação dos dados ................................................................................................ 167 4.1.1.1 Corpus I – Dados Contemporâneos .......................................................................... 167 4.1.1.1.1 Nomes de santos ...................................................................................................... 168 4.1.1.1.2 Nomes de santas ...................................................................................................... 171 4.1.1.1.3 Mariotopônimos ...................................................................................................... 174 4.1.1.2 Corpus II – Dados Históricos .................................................................................... 175 4.1.1.2.1 Nomes de santos ...................................................................................................... 175 4.1.1.2.2 Nomes de santas ...................................................................................................... 179 4.1.1.2.3 Mariotopônimos ...................................................................................................... 181 4.1.2 Análise descritiva dos dados: fichas lexicográficas .................................................... 182 4.1.2.1 Nomes de santos ......................................................................................................... 182 4.1.2.2 Nomes de santas ......................................................................................................... 343 4.1.2.3 Mariotopônimos ......................................................................................................... 447 4.2 ANÁLISE QUANTITATIVA E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................................... 539 4.2.1 Dados contemporâneos ................................................................................................. 539 4.2.1.1 Quanto à classificação do acidente geográfico ........................................................ 553 4.2.1.2 Quanto à forma e ao gênero ...................................................................................... 576 4.2.1.2.1 Hagiotopônimos masculinos .................................................................................. 577 4.2.1.2.2 Hagiotopônimos femininos .................................................................................... 578 4.2.2 Dados históricos ............................................................................................................ 585 4.2.2.1 Quanto à forma e ao gênero ...................................................................................... 589 4.2.2.1.1 Hagiotopônimos masculinos .................................................................................. 590 4.2.2.1.2 Hagiotopônimos femininos .................................................................................... 591 4.2.2.2 Quanto aos processos de formação dos hagiotopônimos históricos ........................ 592 4.2.2.3 Quanto à variação e à mudança linguística dos topônimos .................................... 596 4.2.2.3.1 Sobre a variação toponímica .................................................................................. 596 4.2.2.3.1.1 Variações diatópicas ............................................................................................ 597 4.2.2.3.1.2 Variações diacrônicas .......................................................................................... 610 4.2.2.3.2 Sobre a mudança dos nomes dos municípios mineiros ......................................... 613 4.2.3 Considerações da análise: abordagem sócio-linguístico-cultural .............................. 638 CAPÍTULO 5 – ANÁLISE GEOTOPONÍMICA DOS DADOS CONTEMPORÂNEOS ... 653 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 803 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 809 25 INTRODUÇÃO Esta pesquisa trata do estudo descritivo – linguístico e cultural – dos nomes próprios de lugar – topônimos – de natureza religiosa, mais especificamente dos hagiotopônimos, isto é, nomes de santos e santas de tradição católica e, por extensão, os nomes relativos às invocações da Virgem Maria que nomeiam acidentes geográficos – físicos e humanos – nas doze mesorregiões do estado de Minas Gerais. O costume de dar aos lugares o nome de um santo é muito antigo. Segundo Gonzáles (2001, p.65), remonta à segunda metade do século VI, quando as igrejas catedrais e paroquiais não tinham patrono, mas as igrejas particulares, basílicas e oratórios já eram normalmente erigidas em honra de um santo. Assim, o santo passava a ser o símbolo da igreja e a lhe dar o nome, que posteriormente era atribuído também às terras e à freguesia que iam se organizando nos arredores do templo religioso. Esse costume, que teve início na antiguidade cristã, veio, ao longo dos séculos, sendo passado de geração para geração e pode ser observado ainda nos dias atuais, “sendo possível até mesmo verificar-se a preferência regional pelo emprego sistemático de determinados santos e santas”. (Dick, 2010, p.187) É, pois, com a intenção de verificar a preferência regional pelo emprego sistemático dessas denominações em território mineiro que surgiu a ideia de desenvolver o nosso trabalho. Vinculada ao Projeto Atlas Toponímico de Minas Gerais – ATEMIG –, que vem sendo desenvolvido, desde 2005, na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, sob a coordenação da Prof.ª Dr.ª Maria Cândida Trindade Costa de Seabra, esta pesquisa constitui-se, dessa forma, de uma investigação toponímica que se norteia pela perspectiva de que língua e cultura são elementos indissociáveis. Entende-se cultura como um conjunto de ideias, tradições, conhecimentos e práticas individuais e sociais, que podem ser projetados na língua de um povo. (DURANTI, 2000) Sob esse enfoque, pode-se dizer que os membros da comunidade valem-se do sistema linguístico para representar a realidade e expressar os valores culturais partilhados socialmente entre si. É dessa maneira que conhecimento, crenças e valores adquiridos ao longo do tempo são transmitidos de uma geração para outra, evidenciando, assim, a inter- relação que se estabelece entre língua, cultura e sociedade.1 1 O termo sociedade é entendido aqui como um conjunto de pessoas que vivem em um território, desfrutam da mesma história, com costumes e leis comuns numa mesma época. 26 Conforme Sapir (1961, p.45), essa inter-relação manifesta-se, sobretudo, no léxico, um dos pilares da língua que melhor deixa transparecer o ambiente físico e social em que os falantes se encontram inseridos, por privilegiar a configuração da realidade extralinguística e o armazenamento de todo o saber linguístico de um povo. É possível afirmar, então, que a investigação do nível lexical permite que sejam encontrados meios para o conhecimento e para a compreensão da concepção de mundo de uma época, do modo de vida de determinado grupo social e, também, de elementos essenciais para que se possa caracterizar a realidade sociocultural de seus falantes. Desse modo, apoiando-nos na inter-relação léxico, cultura e sociedade e, em virtude disso, visando relacionar o topônimo a fatores históricos e socioculturais da comunidade, partimos da hipótese de que, em Minas Gerais, o emprego de nomes religiosos na toponímia relaciona-se diretamente com o processo de povoamento do estado. Assim, acreditamos que, nas regiões mais antigas, por onde passaram a rota das bandeiras, os topônimos religiosos tendem a prevalecer. Além disso, consideramos pertinente verificar também como essa tendência denominativa se distribui nas mesorregiões mineiras, levando-se em conta os chamados “caminhos” que, como grandes fios estruturadores, “figuraram como expressões de um processo de povoamento que ganhou, progressivamente, forma e substância com a ocupação e delimitação de porções do território mineiro.” (MORAES, 2007, p.75) Partindo, então, da premissa de que, por seu caráter histórico, a língua deve ser estudada dentro do processo em que é produzida, elegemos como objetivos desta pesquisa: 1) proceder ao levantamento dos topônimos de natureza religiosa, mais especificamente dos nomes de santos e santas de tradição católica e, por extensão, os nomes relativos às invocações de Nossa Senhora, abrangendo toda a área do estado de Minas Gerais a partir da consulta ao banco de dados do ATEMIG; 2) verificar o registro de topônimos religiosos em mapas de Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX; 3) proceder à descrição e à análise linguística dos dados, tendo em vista o ambiente cultural em que se encontram inseridos e investigar casos de variação, mudança e manutenção linguísticas a partir da comparação entre o registro dos topônimos em mapas atuais e o seu registro nos mapas históricos; 4) elaborar um glossário com os topônimos religiosos – nomes de santos, nomes de santas e nomes de invocações à Virgem Maria – encontrados no universo toponímico de Minas Gerais; 27 5) confeccionar cartas toponímicas segundo a quantificação dos hagiotopônimos presentes na toponímia mineira atual. Os objetivos propostos nortearam a estruturação do trabalho que se dividiu em cinco capítulos. No capítulo 1, Fundamentação Teórica, discutimos os pressupostos teóricos que embasam a pesquisa. Inicialmente, apresentamos algumas abordagens teóricas acerca da inter- relação língua, cultura e sociedade, bem como a relevância desse tripé como base de sustentação para os estudos linguísticos, sobretudo para os estudos lexicais. Tratamos, a seguir, da conceituação de léxico e de suas áreas de estudo, da definição de Onomástica e da concepção de nome próprio em diferentes perspectivas teóricas. Por fim, definimos Toponímia, traçando um percurso que vai dos estudos pioneiros nessa área aos estudos toponímicos desenvolvidos contemporaneamente no Brasil, em especial o Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais. Além disso, enfatizamos o caráter interdisciplinar da disciplina e abordamos alguns conceitos chaves dessa ciência, como signo toponímico, motivação e classificação toponímicas. O capítulo 2, Religiosidade e Toponímia, trata de questões relacionadas à presença da religiosidade na toponímia. São apresentadas, no início do capítulo, informações concernentes à origem e à história do culto aos santos, incluindo-se, nessa abordagem, a devoção à Santa Maria Mãe de Deus, que, durante a Idade Média, passou a ser invocada de forma múltipla sob o título de ‘Nossa Senhora’. Na sequência, contextualiza-se a presença da religiosidade refletida na devoção aos santos e santas do hagiológio romano em solo brasileiro, com ênfase no estado de Minas Gerais. Fazemos também, neste capítulo, breves considerações acerca de estudos hiero-hagiotoponímicos já realizados. No capítulo 3, Procedimentos teórico-metodológicos, apresentamos os procedimentos utilizados nas diversas etapas do empreendimento da pesquisa, bem como a base teórica que lhes confere sustentação. Explicitamos, neste capítulo, os critérios utilizados para a formação dos nossos corpora e para o tratamento e análise dos dados. Também foram apresentados, nesta parte do texto, os procedimentos adotados tanto para a elaboração das fichas lexicográficas quanto para a confecção do glossário e das cartas toponímicas. O capítulo 4, Apresentação e análise dos dados, apresenta, contextualiza, descreve e analisa todos os dados toponímicos que integram os dois corpora. Este capítulo divide-se em Apresentação e análise descritiva dos dados, em que os dados são apresentados em quadros e descritos criteriosamente em fichas lexicográfico-toponímicas e Análise quantitativa e 28 discussão dos resultados, em que, a fim de discutirmos os resultados apresentados na análise dos dados, explicitamos a quantificação dos topônimos em gráficos, tabelas, quadros comparativos e, ainda, em cartas toponímicas. São observados, neste capítulo, além de aspectos concernentes ao gênero e aos processos de formação morfológica, questões relacionadas à variação e à mudança toponímica dos hagiotopônimos mineiros, na medida em que se comparam os dados presentes e pretéritos. O capítulo 5, Distribuição geotoponímica dos dados contemporâneos, apresenta uma proposta de glossário hagiotoponímico, cujos verbetes trazem, além da identificação do tipo de acidente e o número de ocorrências, a localização geográfica de cada topônimo, sendo que os mais produtivos também estão representados em cartas toponímicas. Nas Considerações finais, retomam-se as conclusões decorrentes das análises feitas, bem como os principais aspectos discutidos e alcançados a partir do estudo desenvolvido. Finalmente, em Referências, enumeramos a relação das obras que deram suporte à presente pesquisa. 29 CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 Língua, cultura e sociedade Linguagem e sociedade estão essencialmente relacionadas. Essa relação é a base da constituição do ser humano, visto que a história da humanidade nada mais é do que a história de seres organizados em sociedades e detentores de um sistema de comunicação oral, ou seja, de uma língua. Para Ferdinand de Saussure2, fundador da Linguística Moderna, a língua, além de uma realidade sistemática e funcional, deve ser vista também como um acervo linguístico e, consequentemente, como uma instituição social. Isso porque, conforme o autor, o sistema de signos linguísticos está diretamente relacionado ao processo das relações sociais, o que permite que as vivências culturais de uma comunidade, acumuladas ao longo da história, sejam conservadas em seu sistema linguístico. Nas palavras do linguista: Se pudéssemos abarcar a totalidade das imagens verbais armazenadas em todos os indivíduos, atingiríamos o liame social que constitui a língua. Trata-se de um tesouro depositado pela prática da fala em todos os indivíduos pertencentes à mesma comunidade, um sistema gramatical que existe virtualmente em cada cérebro ou, mais exatamente, nos cérebros dum conjunto de indivíduos, pois a língua não está completa em nenhum, e só na massa ela existe de modo completo. (SAUSSURE, 1972, p. 21) Na esteira de Saussure, Biderman (2001b) também admite a língua como uma ferramenta essencial para a interação entre o homem e o mundo em que vive, uma vez que “movido por estímulos exteriores e interiores, o indivíduo é levado a comunicar-se, utilizando o instrumento coletivo de comunicação e expressão: a língua.” (BIDERMAN, 2001b, p.32) Sob esse enfoque, como atividade social, a língua, ao mesmo tempo em que reflete a cultura do grupo a que serve, é também parte representativa dessa cultura. Língua e cultura 2 O linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913), depois de abandonar os cursos de química e física, dedicou-se inteiramente aos estudos da linguagem e, em virtude disso, ministrou três cursos de linguística na Universidade de Genebra no período de 1906 a 1911. Daí, alguns anos depois, resultou em o Cours de Linguistique Générale (Curso de Linguística Geral, tradução brasileira), marco do reconhecimento científico da área. A obra escrita e publicada postumamente em 1916 é baseada em anotações que alguns de seus alunos fizeram em sala de aula a partir das exposições orais de Saussure. Trata-se de uma referência para revolução teórica dos estudos linguísticos. Nesta pesquisa, lançamos mão da quarta edição da obra citada, publicada em 1972. 30 são, pois, elementos indissociáveis que se relacionam diretamente com a história social de um povo. Isso significa que: Adquirir uma linguagem significa fazer parte de uma comunidade de pessoas que participam de atividades comuns através do uso, (...) significa fazer parte de uma tradição, compartilhar uma história e, portanto, ter acesso a uma memória coletiva, repleta de histórias, alusões, opiniões, receitas e outras coisas que nos fazem humanos. (DURANTI, 2000, p. 447- 448) 3 É nesse sentido que Duranti (2000)4 defende que a língua seja estudada como uma prática cultural. De acordo com o antropólogo, a linguagem deve ser compreendida não apenas como modo de pensamento, mas também como um conjunto de práticas que desempenha um papel essencial na mediação de aspectos materiais e imaginários da existência humana e, consequentemente, na criação de maneiras singulares de estar no mundo. A noção de cultura como um sistema de práticas relaciona-se a certa carga de repetições pelos membros de uma comunidade e, em se tratando da língua, como um conjunto de “hábitos de fala”, no que diz respeito a práticas institucionalizadas pelo uso. Nas palavras de Duranti (2000, p.75, tradução nossa)5, uma língua é em si mesma um conjunto de práticas que integram não só um sistema particular de palavras e regras gramaticais, mas também uma constantemente esquecida ou soterrada luta para ostentar o poder simbólico de uma específica modalidade de comunicação, com seus próprios sistemas classificatórios, formas de referência e tratamento, léxicos especializados e metáforas. Ao entender a língua como uma prática cultural, faz-se necessário compreender as questões que envolvem a definição de ‘cultura’, o que não é consensual entre os estudiosos que lançam mão desse conceito. Vários cientistas sociais e, até mesmo, alguns antropólogos, numa visão global, veem a cultura como “um programa colonial de supremacia intelectual, militar e política por parte dos poderes ocidentais sobre o resto do mundo” (DURANTI, 2000, p.47) 3 “Adquirir un lenguaje significa formar parte de una comunidad de personas que participan en actividades comunes a través del uso, (...) significa formar parte de una tradición, compartir una historia y, por tanto, tener acceso a una memoria colectiva, repleta de historias, alusiones, opiniones, recetas, y otras cosas que nos hacen humanos.” (Tradução nossa) 4 Alessandro Duranti é responsável pela introdução da Antropologia Linguística como um campo interdisciplinar na área dos estudos da linguagem que se ocupa da relação existente ente língua e cultura. 5 “Una lengua es en sí misma un conjunto de prácticas que integran no solo um sistema particular de palabras y reglas gramáticales, sino también una, a menudo, olvidada o soterrada lucha por ostentar el poder simbólico de una específica modalidad de comunicación, con sus propios sistemas clasificatorios, formas de referencia y tratamiento, léxicos especializados y metáforas.” (Tradução nossa) 31 Criticando essa visão de cultura, Duranti argumenta que a noção totalizadora reduz as complexidades sócio-históricas a meras caracterizações, ao mesmo tempo em que oculta as contradições morais e sociais existentes no seio das comunidades. Dessa forma, o autor propõe teorias de cultura que têm servido de norte para diversos estudos linguístico-culturais, o que se justifica pelo fato de que “o conceito de linguagem implícita ou explicitamente subjaz a cada teoria da cultura” (DURANTI, 2000, p.48) por ele proposta. Apresentam-se, a seguir, de forma sintética, as seis concepções de cultura de Duranti: i) a cultura como algo distinto da natureza, o que significa que a cultura é aprendida e transmitida de geração em geração através da linguagem, isto é, por meio da interação com as pessoas com quem se convive; ii) a cultura como conhecimento, aprendida por meio do conhecimento de mundo partilhado socialmente entre os membros de uma comunidade; iii) a cultura como comunicação, ou seja, a cultura como algo que relaciona indivíduos, grupos, situações, objetos com outros grupos, situações e objetos; vi) a cultura como um sistema de mediação, em que os objetos materiais, como as ferramentas de trabalho e também os sistemas de crenças e códigos linguísticos, são incluídos como mediadores entre o homem e seu entorno; v) a cultura como um sistema de práticas, nesse caso, a cultura não é algo simplesmente externo ao indivíduo (como os rituais ou símbolos que se têm herdado dos membros antigos da sociedade), nem algo simplesmente interno (por exemplo, a mente individual). Ela existe por meio de uma prática rotineira que inclui as condições materiais e, também, pela experiência dos homens no seu meio familiar; vi) a cultura como um sistema de participação: essa concepção se relaciona à ideia de cultura como um sistema de práticas, uma vez que parte da premissa de que a comunicação verbal é de natureza inerentemente social, coletiva e participativa. A cultura é, nessa perspectiva, um sistema de participação em que os indivíduos de uma comunidade compartilham os recursos existentes como as crenças, a linguagem, os costumes etc. Para Duranti, cada uma das conceituações apresentadas inclui os sistemas linguísticos de um modo específico, o que faz da cultura fenômeno ainda mais complexo. Dessa forma, cada concepção supõe um plano de investigação próprio, mas todas elas juntas formam um amplo suporte para o estudo da cultura e para a análise da língua como ferramenta social e conceitual, já que 32 uma língua é mais que um conjunto de categorias fonológicas, morfológicas, sintáticas ou léxicas e uma série de regras para seu uso. Uma língua existe no contexto de práticas culturais que, por sua vez, descansam em alguns recursos semióticos, como as representações e expectativas que proporcionam aos corpos e movimentos dos participantes no espaço, o entorno construído em que inter-atuam, e as relações dinâmicas que se estabelecem por meio da recorrência na atividade conjunta que realizam. (DURANTI, 2000, p.104) 6 Diante do exposto, percebe-se, além da complexidade da noção de cultura, que as teorias apresentadas estão diretamente relacionadas à ideia de que a língua é um fato social e de que os valores e as experiências partilhadas socialmente entre os membros de uma comunidade só são possíveis pela prática linguística. Dizer isso significa, em outros termos, ressaltar a importância de um estudo em que se correlacionam língua, cultura e sociedade, como o que se apresenta nesta pesquisa. 1.1.1 O processo de nomeação A língua envolve todas as ações e pensamentos humanos, possibilitando ao indivíduo exercer influências ou ser influenciado pelo outro, desempenhar seu papel na sociedade, relacionar-se com os demais, participar na construção de conhecimentos e da cultura, enfim, permite-lhe se constituir como ser social, político e ideológico. Partindo desse pressuposto, se quisermos compreender o papel da língua na vida da comunidade, é preciso ir além do estudo de sua gramática e entrar no mundo da ação social, onde as palavras são encaixadas e constitutivas de atividades culturais específicas, como o ato de nomear, por exemplo, que é considerado uma das principais funções da linguagem. Isso porque, por meio do ato de nomear, é evidenciada a importância da palavra e o seu papel como elemento revelador de aspectos socioculturais de um grupo humano. Para Biderman (1998, p.81), a palavra é mais que uma forma de comunicação, visto que “por ser mágica, cabalística, sagrada, a palavra tende a construir uma realidade dotada de poder”. Para ilustrar seu ponto de vista sobre o poder da palavra, a autora afirma que, nas numerosas tradições culturais dos homens, a linguagem surge com a palavra instituidora que abre ao ser o espaço para ele se manifestar. É, pois, desse modo, que o homem, desde o início 6 “Uma lengua es más que un conjunto de categorías fonológicas, morfológicas, sintácticas o léxicas y una serie de reglas para su uso. Una lengua existe en el contexto de prácticas culturales que, a su vez, descansan em algunos recursos semióticos, como las representaciones y expectativas que proporcionan los cuerpos y movimientos de los participantes en el espacio, el entorno construido en el que interactúan, y las relaciones dinâmicas que se establecen por médio de la recurrencia en la actividad conjunta que realizan.” (Tradução nossa) 33 dos tempos, vem fazendo uso das palavras para nomear todo o seu entorno: animais, plantas, pessoas, lugares etc. Ao se referir à nomeação dos lugares, tema central desta pesquisa, Dick (2010) afirma que o ato de nomear está diretamente relacionado aos valores, às ações e às reações do ser humano. Conforme a autora, as forças centrífugas e centrípetas do conjunto denominativo não são isoladas; são, pelo contrário, dependentes dos procedimentos que envolvem as atividades humanas e, nesse centro de influências e condicionantes, o homem se posiciona, no ato da nomeação, como protagonista. (DICK, 2010, p. 197) Desse modo, podemos afirmar que o ato de nomear reflete a cultura e a visão de mundo do denominador que são evidenciadas por meio das escolhas dos nomes que identificam os referentes relacionados à realidade de cada grupo. É, pois, por meio do nome, que o homem organiza o mundo, representando-o, de modo a categorizar a realidade na qual se encontra inserido. Esse processo de nomeação da realidade pode ser considerado, conforme Biderman (2001a), como a etapa primeira no percurso científico humano de conhecimento do universo, uma vez que, ao dar nomes aos seres e objetos, o homem os classifica simultaneamente. Ao reunir os objetos em grupos, identificando semelhanças e, inversamente, discriminando os traços distintivos que individualizam esses seres e objetos em entidades diferentes, o homem foi estruturando o mundo que o cerca, rotulando essas entidades discriminadas. Foi esse processo de nomeação que gerou o léxico das línguas naturais. (BIDERMAN, 2001a, p. 13) 1.2 Léxico Considerando a dimensão social da língua, perspectiva adotada neste trabalho, o léxico é definido, de acordo com Matoré (1953), como testemunha de uma sociedade, de uma época, na medida em que reflete as diferentes fases que marcam a história de uma sociedade, o que explica o fato de o linguista ter chamado os elementos do léxico de “palavras-testemunha” ou, no idioma do autor, “mots-témoins”. Para ele, as palavras de uma língua não devem ser consideradas como algo isolado e sim como parte de uma estrutura social. Não estando isolada, a palavra não pode dissociar-se em nenhum caso do grupo a que pertence. As palavras no interior do grupo não têm todas o mesmo valor: constituem uma estrutura hierarquizada. Esta estrutura é móvel; os movimentos a que obedecem as palavras e os grupos de palavras têm uma maneira correlativa: um vocabulário é um todo como a época que ele representa. (MATORÉ, 1953, p.62) 34 Dessa maneira, de acordo com o linguista, numa perspectiva sociológica, é possível perceber, na observação do nível lexical, o reflexo das diferentes fases que marcam a história de uma dada comunidade. Biderman (1981), em seu estudo a respeito da estrutura mental do léxico, endossa a visão de Matoré, apresentando-nos a seguinte definição para o léxico de uma língua: Se considerarmos a dimensão social, podemos ver no léxico o patrimônio social da comunidade por excelência, juntamente com outros símbolos da herança cultural. Dentro desse ângulo de visão, esse tesouro léxico é transmitido de geração a geração como signos operacionais, por meio dos quais os indivíduos de cada geração podem pensar e exprimir seus sentimentos e ideias. Matoré tem razão quando afirma que a palavra tem uma existência psicológica e um valor coletivo. Também está certo ao afirmar que é pela palavra (diríamos a nomeação) que o homem exerce a sua capacidade de abstrair e de generalizar o individual, o subjetivo. A palavra cristaliza o conceito resultante dessa operação mental, possibiltando a sua transmissão às gerações seguintes. (...) O léxico pode ser considerado como o tesouro vocabular de uma determinada língua. Ele inclui a nomenclatura de todos os conceitos linguísticos e não-linguísticos e de todos os referentes do mundo físico (M1) e do universo cultural (M3), criado por todas as línguas humanas atuais e do passado. Por isso, o léxico é o menos linguístico de todos os domínios da linguagem. Na verdade, é uma parte do idioma que se situa entre o linguístico e o extra-linguístico. (BIDERMAN, 1981, p.132; 138) As palavras da autora são, em nosso entendimento, uma das definições mais completas para o nível linguístico sob enfoque. Trata-se de uma abordagem que prioriza, acima de tudo, a necessidade e a importância de, em uma pesquisa linguística, correlacionar-se língua, cultura e sociedade. Também enfatizando a importância dessa correlação para os estudos da linguagem, Sapir (1961) destaca o léxico como o nível da língua que mais bem revela o ambiente físico e social dos falantes de um povo. De acordo com o autor, as atitudes linguísticas assumidas por uma comunidade predispõem algumas opções de interpretação que, por sua vez, fixam o modo pelo qual os membros dessa comunidade percebem a realidade que os cerca. Sapir reconhece, entretanto, que a influência do meio físico só se reflete na língua, na medida em que atuem sobre ele fatores de natureza social. Sob essa perspectiva, o sistema lexical de uma língua constitui uma forma de representação da realidade de um povo, uma vez que o léxico completo de língua pode se considerar, na verdade, como o complexo inventário de todas as ideias, interesses e ocupações da comunidade. (SAPIR, 1961, p.45) Nessa mesma direção, Oliveira e Isquerdo (2001) apresentam a seguinte definição: 35 O léxico, saber partilhado que existe na consciência dos falantes de uma língua, constitui-se no acervo do saber vocabular de um grupo sócio-linguístico-cultural. Na medida em que o léxico configura-se como a primeira via de acesso a um texto, representa a janela através da qual uma comunidade pode ver o mundo, uma vez que esse nível da língua é o que mais deixa transparecer os valores, as crenças, os hábitos e costumes de uma comunidade, como também, as inovações tecnológicas, transformações socioeconômicas e políticas ocorridas numa sociedade. Em vista disso, o léxico de uma língua conserva uma estreita relação com a história cultural da comunidade. Desse modo, o universo lexical de um grupo sintetiza a sua maneira de ver a realidade e a forma como seus membros estruturam o mundo que os rodeia e designam as diferentes esferas do conhecimento. Assim, na medida em que o léxico recorta realidades de mundo, define, também, fatos de cultura. (OLIVEIRA e ISQUERDO, 2001, p.9) Podemos afirmar, então, que, como uma forma de registrar o conhecimento do universo, mais do que o conjunto de palavras de um idioma, o léxico deve ser compreendido como o patrimônio linguístico-cultural dos membros da comunidade em que é usado. Cumpre dizer ainda, no que concerne à gênese do léxico de uma língua natural, que a geração do léxico se processou e se processa por meio de atos sucessivos de cognição da realidade e de categorização da experiência, cristalizada em signos linguísticos: as palavras. (BIDERMAN, 2001a, p.13) Sob esse enfoque, apoiando-nos nas palavras de Seabra, definir o léxico seria talvez mostrar sua complexidade e sua heteregeneidade já que “designa convencionalmente o conjunto de palavras por meio das quais os membros de uma comunidade linguística comunicam entre si”7 através de intersecções – condição básica para que haja comunicação. (SEABRA, 2004, p.34-35). Desse modo, o léxico pode sim ser definido, de maneira geral, como o repertório total de palavras existentes na língua, ou seja, o conjunto de palavras de uma determinada língua. Essa noção de conjunto, entretanto, não pode levar ao entendimento errôneo de que o léxico é um sistema fechado de unidades. Na verdade, as constantes modificações socioculturais são, inevitavelmente, refletidas no arcabouço lexical dos falantes de uma determinada comunidade linguística. Nesse sentido, o léxico oferece recursos para construção de novas palavras, permitindo assim sua própria expansão, apresentando-se como um sistema dinâmico, capaz de ampliar-se de acordo com as necessidades de nomeação que surgem constantemente no 7 “désigne conventionnellement l’ensemble des mots au moyen desquels les members d’une communauté linguistique communiquent entre eux.” NIKLAS-SALMINEN (1997, p.13) apud SEABRA (2004, p.35) 36 cotidiano do falante. As mudanças culturais são, pois, refletidas no léxico, já que a língua se adapta, continuamente, às transformações da sociedade. Segundo Biderman (2001b, p.179), As mudanças sociais e culturais acarretam alterações nos usos vocabulares: daí resulta que unidades ou setores completos do Léxico podem ser marginalizados, entrar em desuso e vir a desaparecer. Inversamente, porém, podem ser ressuscitados termos que voltam à circulação, geralmente com novas conotações. Enfim, novos vocábulos, ou novas significações de vocábulos já existentes, surgem para enriquecer o Léxico. (BIDERMAN, 2001b, p.179) Ao tratar do conceito de léxico, Krieger (2006) ressalta o fato de o léxico de uma língua não ser homogêneo, pelo contrário, conforme a autora, constitui-se como um conjunto heterogêneo em vários ângulos de sua composição. Dentre os fatores que determinam a variada formação do léxico, destacam-se o tempo, o espaço e o registro que estão relacionados com as variações diacrônica, diatópica e diastrática, respectivamente. Segundo a autora, é perceptível, dessa forma, o dinamismo e a heterogeneidade constitutiva do léxico. No entanto, vale dizer que essa heterogeneidade constitutiva não é desordenada, “já que o léxico apresenta um alto teor de regularidade e é um componente fundamental da organização linguística, tanto do ponto de vista semântico e gramatical quanto do ponto de vista textual e estilístico.” (BASÍLIO, 2004, p.7) Entretanto, essa noção faz parte da contemporaneidade, já que, inicialmente, o léxico era visto pelos estudiosos da linguagem como o nível linguístico em se concentravam todas as irregularidades da língua, conforme aponta Lorente (2004): Nas primeiras formulações da Gramática Gerativa Transformacional, Chomsky (1957) toma emprestada de Bloomfield a visão do léxico como “o saco de irregularidades da língua”. Ridicularizada até a exaustão, esta afirmação deve ser inserida em seu contexto: em seu programa de pesquisa, Bloomfield situa as generalizações por indução na fonologia, na morfologia e na sintaxe e, consequentemente, inclui no léxico tudo aquilo que seu modelo não consegue descrever sistematicamente. Seria absurdo pensar que um linguista de seu porte fosse incapaz de detectar regularidades lexicais, que inclusive já haviam sido observadas por autores clássicos como Aristóteles. Chomsky (1957) se mostra coerente ao acolher essa ideia, já que com o seu modelo tenta explicar a aquisição da linguagem e estabelece que, através da gramática interiorizada, os falantes são capazes de gerar expressões corretas. O poder generalizador das regras de estrutura sintagmática e das regras transformacionais de seus primeiros modelos o leva a lançar a hipótese de que o léxico inclui somente informação imprevisível (mínima informação). Deste modo, caracteriza simplesmente as entradas do componente lexical com traços funcionais e semânticos, para estabelecer as restrições que devem 37 ser impostas às regras de subcategorização sensíveis ao contexto. (LORENTE, 2004, p. 24-25)8 Para Krieger e Finatto (2004), essa visão de que o léxico só comporta irregularidades “relaciona-se largamente ao dinamismo do componente lexical das línguas que amplia e se transmuta conforme crescem e se alteram as necessidades de referência designativa e conceitual das sociedades.” (KRIEGER e FINATTO, 2004, p.44) As autoras acrescentam ainda que em virtude dessa visão equivocada, os estudos lexicais tardaram a ser valorizados. Apesar de valorizado só tardiamente, conforme Abbade (2008), o estudo do léxico “é deveras importante e necessário para desvendar os inúmeros segredos da nossa história social e linguística, segredos estes que podem ser desvendados pelo estudo e análise do léxico existente nessas línguas em momentos específicos da história de cada povo” (ABBADE, 2008, p. 716). Além do conhecimento extralinguístico, o léxico de uma língua, ao ser estudado, permite que diversos conhecimentos sejam relacionados, tais como fonético-fonológicos, morfológicos, semânticos, sintáticos, pragmáticos e discursivos, por exemplo. Assim, como um componente de muitas faces, o sistema lexical ocupa um lugar central nas línguas, tornando-se, consequentemente, um ponto de cruzamento dos estudos linguísticos, o que justifica, de acordo com Krieger (2006), as diversas possibilidades de enfoques para seu estudo. As várias possibilidades de abordagens [do léxico], relacionadas seja à feição multifacetada da palavra, seja a seu papel na articulação do discurso, seja ainda à interligação com o mundo exterior, justificam a diversidade de campos gramaticais, linguísticos e discursivos que a ele se voltam ou com ele se interconectam. (KRIEGER, 2006, p.160) Historicamente, cumpre dizer que um dos primeiros estudos lexicais remonta ao séc. IV a.C., quando, na Índia, Panini estudou a linguagem com fins religiosos e definiu elementos significativos da língua, distinguindo as palavras simples das compostas, as palavras reais das 8 Vale dizer que, depois de apresentar e justificar a visão chomskyiana do léxico, Lorente (2004) pontua que quase vinte anos depois são introduzidos vários sistemas de princípios que dão conta das restrições de projeção das unidades lexicais na sintaxe, assegurando a preservação da informação lexical, o que garantiu a evolução em direção a um léxico mais autônomo e cada vez mais estruturado. 38 palavras fictícias e a forma do conteúdo. Sua maior preocupação, na verdade, foi com a forma das palavras o que o levou ao estudo notável da Morfologia. Já no Ocidente, as primeiras reflexões conhecidas envolvendo o léxico são atribuídas aos gregos que, ao se preocuparem com a palavra como conceito, relacionaram ideia e forma, partindo de reflexões filosóficas, contribuindo, assim, para o surgimento do campo da Semântica. Aos latinos, devemos o desenvolvimento dos estudos gramaticais em que foi mostrando a oposição entre sistema (gramática da língua) e norma (uso social efetivo), que atuam como forças que conservam a língua, ao mesmo tempo em que lhe permitem mudanças. Dando continuidade à tradição greco-latina, na Idade Média, a discussão acerca da exatidão das palavras é retomada. Tem-se aí a oposição entre realistas (as palavras são apenas reflexo das ideias) e nominalistas (os nomes foram dados arbitrariamente às coisas). No período posterior, compreendido entre o Renascimento e o século XVIII, o estudo do léxico desenvolveu-se, de forma geral, em duas perspectivas: a confecção de dicionários e o estudo da palavra, sob o enfoque filosófico. Nos séculos XIX e XX, os estudos lexicais desenvolveram basicamente sob três perspectivas, quais sejam: da Linguística Histórica, da Geografia Linguística e da Linguística Moderna. Iniciamente, sob a ótica da Linguística Histórica, buscava-se a origem das palavras pelo Método Histórico-Comparativo – em que linhas de parentesco entre as línguas eram investigadas a partir da observação de palavras isoladas – e pelo Método Palavras e Coisas – em que se investigava a origem das palavras através do significado das “palavras” e do conhecimento das “coisas” que elas designam. Sob o enfoque da Geografia Linguística, através do método de Gilliéron, observando-se a sua distribuição geográfica, as palavras eram e continuam sendo estudadas, na contemporaneidade sobretudo nos diversos estudos dialetológicos representados pelos Atlas Linguísticos, o que tem permitido reconstruir a existência de estágios anteriores de língua. Acrescenta-se ainda que, à luz da Linguística Moderna, marcada pelo estruturalismo saussuriano, o léxico passa a ser estudado numa perspectiva sociológica. Estudar o léxico de uma língua, contemporaneamente, é estudar a história e a cultura de quem a utiliza, como foi feito em nossa pesquisa. Para o empreendimento de tal tarefa, destacam-se as ciências do léxico: a Lexicologia, que é o estudo científico do léxico; a Lexicografia e a Terminologia, que estudam o léxico com fins aplicados na tentativa de identificar e estabelecer o léxico ou os subconjuntos léxicos das línguas para organizá-las em 39 dicionários gerais e dicionários especializados, respectivamente. Fazemos, a seguir, uma breve explanação do que se ocupa cada uma dessas ciências. 1.2.1 Lexicologia Durante um bom tempo da história da linguística, os estudos lexicais foram deixados de lado em função dos estudos fonético-morfológicos e sintáticos. No século XIX, entretanto, a comparação-histórica abriu caminhos para diversos estudos científicos das línguas e a palavra passou a ser vista como forma cuja natureza fonética, morfológica e semântica deveriam ser observadas (ABBADE, 2008, p. 717). Surge aí a Lexicologia, como um campo de conhecimento de caráter transdisciplinar, dado que a palavra é um lugar de encontro e interesse particular de muitas ciências a iniciar pela Filosofia que, desde seus primórdios, apreendeu a importância do logos para a vida dos homens quer na perspectiva de sua individualidade, quer na da constituição da vida social. (KRIEGER e FINATTO, 2004, p.44)9 Como estudo científico do léxico, a Lexicologia tem como objeto de análise as palavras no seu relacionamento com os diferentes subsistemas da língua, focalizando a análise da estrutura interna do léxico nas suas relações e inter-relações, apresentando, segundo Andrade (2001), aspectos teórico e prático. Nas palavras da autora: Pode-se dizer que a lexicologia é o estudo científico do léxico, isto é, propõe-se a estudar o universo de todas as palavras de uma língua, vistas em sua estruturação, funcionamento e mudança, cabendo-lhe, entre outras tarefas: definir conjuntos e subconjuntos lexicais; examinar as relações do léxico de uma língua com o universo natural, social e cultural; conceituar e delimitar a unidade lexical de base – a lexia –, bem como elaborar os modelos teóricos subjacentes às suas diferentes denominações; abordar a palavra como um instrumento de construção e detecção de uma “visão de mundo”, de uma ideologia, de um sistema de valores, como geradora e reflexo de sistemas culturais; analisar e descrever as relações entre a expressão e o conteúdo das palavras e os fenômenos daí decorrentes. (ANDRADE, 2001, p. 191) Pela definição apresentada e pelo fato de, como já mencionamos, o léxico de uma língua ser um componente de muitas faces, os estudos lexicológicos são necessariamente de caráter interdisciplinar. Na concepção de Matoré (1953), por exemplo, a lexicologia é uma 9 De acordo com as autoras, é também sobre o viés filosófico que nascem os estudos sobre as relações entre palavras e coisas, entre tantos ângulos que envolvem o uso da palavra. No entanto, é na perspectiva dos estudos linguísticos que se estabelece a Lexicologia. 40 disciplina muito próxima da sociologia, porque, em muitos casos, parte do estudo das palavras para explicar uma sociedade. Segundo ele, A lexicologia ocupa uma posição especial entre a linguística e a sociologia. Situação difícil, uma vez que exige documentação múltipla: disciplina sintética, a lexicologia deve pegar emprestado seu material à história da civilização, à linguística, à história econômica, etc. (MATORÉ, 1953, p.5) Ao destacar a relevância da lexicologia nas aplicações linguísticas por suas afinidades com a gramática – especialmente pelas relações entrelaçadas com a fonologia, a morfologia, a sintaxe e a semântica – Nunes (2006) afirma que o seu direito à ciência foi questionado em paradigma purista e função imanentista que a Linguística Moderna passou. A seu ver, isso ocorreu ao mesmo tempo em que a “semântica se mostrava indispensável”. Dessa forma, enquanto “puristas” recusavam a lexicologia, “sociólogos, etnólogos, psicólogos, psicanalistas, patologistas tinham interesse pelo léxico” (NUNES, 2006, p. 151). Lorente (2004), por sua vez, ao se referir ao estatuto da lexicologia no âmbito dos estudos do léxico, também menciona o fato de ainda hoje essa ciência ser deixada à margem dos estudos da linguagem. Nas universidades do mundo inteiro os estudos linguísticos têm alcançado um nível de institucionalização suficiente para que quase todas as especialidades das ciências da linguagem sejam objeto de docência e de pesquisa. Entretanto, a lexicologia, entendida como disciplina que se ocupa do léxico das línguas de forma completa e integrada, nem sempre se encontra incluída nos planos de estudo de filologia, humanidades, tradução, linguística ou comunicação. Os motivos devem ser investigados na própria conformação da matéria como estudo complexo de fenômenos de fonologia, morfologia, sintaxe e pragmática (LORENTE, 2004, p.20) A autora pondera, entretanto, que, apesar de a disciplina em si não ser incluída nas instituições docentes e de pesquisa, isso é feito sob denominações parciais como morfologia lexical, semântica lexical, dentre outras designações, reiterando assim a sua condição de ciência interdisciplinar, já que diversas são as vias de acesso ao estudo das palavras. Esse caráter interdisciplinar da lexicologia se deve, sobretudo, ao fato de o léxico ser “um ponto de encontro, ou melhor ainda, uma intersecção de caminhos” (LORENTE, 2004, p.20), o que permite o cruzamento de diversas perspectivas nos estudos lexicais. Desse modo, os estudos lexicológicos podem ser desenvolvidos sob diferentes ângulos. Ao examinar a produção do Grupo de Trabalho (GT) de Lexicologia, Lexicografia e Terminologia da ANPOLL (Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Letras e 41 Linguística), Krieger (2010), por exemplo, destaca três enfoques que têm sido assumidos atualmente no estudo científico do léxico, quais sejam: o estudo de vocabulários específicos como regionalismos (variação linguística), o estudo de neologismos (dinamismo/identidade do idioma) e o estudo dos nomes de lugar – topônimos – ( história/cultura), enfoque também assumido nesta pesquisa. Conforme a autora, sob essas perspectivas, a lexicologia tem fornecido as bases teóricas e metodológicas para os estudos específicos do português do Brasil. Nas palavras da linguista: Sob esses ângulos, o léxico retrata-se como um componente que, ao cumprir o papel maior de denominação e designação do mundo humano, torna-se expressão de identidade pessoal e coletiva, manifestada ao longo da história já que é um sistema aberto e dinâmico. E, como tal, renova-se, funcionando como o pulmão das línguas, mas também assegura a permanência do pilar comum de palavras, condição necessária à comunicação, independente de tempos, regiões e de outras particularidades do uso das línguas. (KRIEGER, 2010, p.169-170) Em síntese, em um estudo lexicológico, procura-se abordar a palavra como instrumento de construção e detecção de uma cosmovisão, de um sistema de valores, como geradora e reflexo de recortes culturais, uma vez que, segundo Biderman (2001b), o léxico engloba todo o universo da significação, o que inclui toda a nomenclatura e interpretação da realidade. No que se refere ao universo de significação, cumpre reiterar a estreita relação existente entre a Lexicologia e a Semântica que, de acordo Biderman (2001b), são irmãs congênitas, isto porque “o universo semântico se estrutura em torno de dois polos opostos: o indivíduo e a sociedade. Dessa tensão em movimento se origina o léxico” (BIDERMAN, 2001b, p.179). Entre os modelos propostos para a análise da estruturação do significado, um dos mais aplicados pela lexicologia, a partir da segunda metade do século XX, foi o estudo de Kurt Baldinger sobre a teoria dos campos semasiológico e onomasiológico. Para este estudioso, na estruturação do léxico, um campo onomasiológico reúne todos os significantes de um dado significado, ao passo que um campo semasiológico engloba todos os significados possíveis que possam representar um determinado significante, conforme se ilustra a seguir: 42 FIGURA 1 – Triângulo de Baldinger I Fonte: BIDERMAN, 2001b, p.199 A Onomasiologia, que representa a face das designações, e a Semasiologia, que representa a face das significações, são, pois, dois tipos de enfoque do fenômeno léxico- semântico, opostos e complementares. FIGURA 2 – Triângulo de Baldinger II Fonte: BIDERMAN, 2001b, p.199 Ao observar a relação de representatividade entre conceito e significante, percebe-se que a significação parte de um significante para chegar a um conceito, a um significado, o que se efetiva no campo semasiológico. A designação ou denominação, por sua vez, conduz-se de 43 um conceito para chegar a um significante (nome), sendo, portanto, considerada estrutura onomasiológica. A bipolaridade do signo linguístico condiciona, dessa forma, os dois métodos a se complementarem e assegura que, nos sistemas designativos, as diferentes línguas ofereçam estruturas particulares para realizar tais conceitos. Desse modo, retomando as ideias de Heger, Coseriu, Pottier, e do próprio Saussure, Baldinger (1970) postula que os conceitos são independentes de qualquer língua e se organizam em sistemas linguísticos, o que contribui para demonstrar que um único conceito pode ser expresso por denominações linguísticas, e que se pode partir do conceito em busca das suas denominações. Assim, segundo ele, a Onomasiologia e a Semasiologia favorecem tanto a lexicologia histórica como a visão estrutural dos fenômenos linguísticos, e atingem a reconstituição histórica, assim como o registro e a riqueza dos falares. Ambas estabelecem estruturas, enquanto a Semasiologia se baseia na polissemia, a Onomasiologia corresponde à sinonímia e, dessa forma, abrangem a realidade linguística na sua complexidade. Diante do exposto, podemos dizer, então, que a Onomasiologia e a Semasiologia constituem uma boa metodologia para o estudo da forma como se estrutura o léxico de uma língua, sendo que o enfoque onomasiológico é típico da Lexicologia e o enfoque semasiológico, da Lexicografia, embora ambos se complementem. 1.2.2 Lexicografia Como atividade antiga e tradicional, a Lexicografia é a ciência que se dedica ao estudo e à confecção de dicionários, ocupando-se, pois, da análise da significação e do sentido das palavras de uma língua. É uma ciência descritiva que tem como finalidade “definir um vocábulo, caracterizando-o funcional e semanticamente, ou seja, tem por função decodificar.” (ANDRADE, 2001, p.194) A Lexicografia ocidental iniciou-se na Idade Moderna. De acordo com Biderman (2001b, p.17), embora tivessem precursores nos glossários latinos medievais10, essas obras não passavam de listas de palavras explicativas para auxiliar o leitor de textos da antiguidade clássica e da Bíblia na sua interpretação. A Lexicografia só começou, de fato, a se estruturar como disciplina linguística na primeira metade do século XVI, em vários centros 10 Cumpre dizer que devido à ascensão das línguas à categoria de vernáculo, o período medieval foi marcado por uma intensa atividade lexicográfica, com destaque especial para os glossários e as enciclopédias. 44 humanísticos europeus, com a elaboração dos primeiros dicionários monolíngues e bilíngues (latim e uma moderna). A respeito do início da Lexicografia como disciplina, Verdelho (2002) afirma que: Foi inicialmente motivada pelas solicitações do ensino do latim como língua materna, e encontrou na técnica tipográfica uma condição determinante para a sua configuração e difusão. Podemos todavia recuar a gênese dos dicionários para as escolas medievais de latim. Desde o século XI produziu-se, sobretudo na Itália, uma espécie de pré-lexicografia que foi rapidamente divulgada entre as escolas monásticas de toda a Europa. Em Portugal conservam-se testemunhos manuscritos do Elementarium (c.1050) de Papias, que pode ser considerado como o primeiro arquétipo dos dicionários modernos; do Liber derivationum (fins do sec. XII) de Hugúcio de Pisa; do Catholicon (1286) de João Balbo; e de outros textos medievais com informação lexicográfica, essencialmente latina, mas que serviram de referência para o aparecimento dos primeiros glossários das línguas modernas. (VERDELHO, 2002, p.15) Em relação a outras línguas latinas, pode-se dizer que a lexicografia portuguesa acontece mais tardiamente, pois a produção de seus melhores dicionários ocorre a partir do início do século XVIII. São eles: O Vocabulário Português-Latino de Rafael de Bluteau (1712-1728), obra bilíngue em 8 volumes e o Dicionário da Língua Portuguesa de Antônio Morais Silva (1ª ed. 1789; 2ª ed. 1813). Quanto aos dicionários técnico-científicos, no português, eles são obra do século XX, na verdade, conforme Biderman (2001a, p.17), essa é uma área ainda bem insipiente tanto no Brasil quanto em Portugal. Contemporaneamente, a Lexicografia é uma disciplina que se divide em duas áreas: Lexicografia prática e Lexicografia teórica. A primeira se ocupa da descrição do léxico e tem como um de seus principais objetivos produzir obras de referência, como dicionários, vocabulários e glossários. Já a Lexicografia teórica, ou Metalexicografia, dedica-se a todas as questões ligadas aos dicionários, como história, problemas de elaboração, análise, uso. No que concerne à definição de dicionário, apoiamo-nos em Biderman (2006, p.36) para dizer que: O dicionário de língua faz uma descrição do vocabulário da língua em questão, buscando registrar e definir os signos lexicais que referem os conceitos elaborados e cristalizados na cultura. Por outro lado, o dicionário é um objeto cultural de suma importância nas sociedades contemporâneas, sendo uma das mais relevantes instituições da civilização moderna. Os dicionários, segundo a autora, constituem uma organização sistemática do léxico, por meio da qual os lexicógrafos tentam descrever o vocabulário dessa língua acumulado ao longo dos séculos. Isso significa que “essas obras recolhem o patrimônio léxico da língua 45 num dado momento da história da comunidade, visando descrever e documentar esse tesouro lexical que a tradição foi armazenando.” (BIDERMAN, 2006, p.36) Há, nos dias atuais, uma variedade muito grande de dicionários, tanto com relação ao número de entradas quanto com relação à temática ou à maneira de descrever o léxico. Há grandes dicionários, de 100.000 a 500.000 ou mais entradas, mas há, também, dicionários de menor volume; há dicionários pedagógicos, dicionários enciclopédicos, dicionários ilustrados, dicionários histórico-culturais, dentre muitos outros. No que diz respeito à confecção, os dicionários costumam seguir duas direções: podem ser alfabéticos, isto é, quando seguem o critério semasiológico, ou temáticos, quando seguem o critério onomasiológico. No panorama histórico-cultural acerca dos tipos de dicionários, Haensch et al (1982, p.104-126) recordam-se de que os termos dicionário, glossário e vocabulário tinham, na Antiguidade, significado distinto da atualidade. O dicionário reunia locuções e expressões; o glossário, vozes antigas, obscuras e glosas; e o vocabulário referia-se tão somente a poucos vocábulos, recolhidos para estudantes ou para outras finalidades. Na Idade Média, a diferença do latim vulgar com o clássico fez surgir, no mundo latino, as glosas para explicar as palavras de difícil compreensão. Na Idade Moderna, a cultura renascentista e a invenção da imprensa impulsionaram o surgimento de dicionários bilíngues e multilíngues, muitas vezes denominados vocabulários. A partir de então, essas denominações passaram a ser usadas confusamente por distintos autores, casas editoriais e modas da época. Segundo Barbosa (2004), essa terminologia está relacionada aos universos de discurso manifestados: os dicionários de língua representam o conjunto de lexemas11 de um sistema; os vocabulários técnico-científicos e especializados, o de vocábulos de uma norma linguística, ou seja, de um universo discursivo representativo; e os glossários lato sensu, o levantamento das palavras-ocorrências e respectivas acepções em um texto manifestado; e os glossários stricto sensu, as unidades lexicais e especificas acepções de único texto manifestado, com uma entrada para cada palavra ocorrência. 11 De acordo com BIDERMAN (2001b, p.169-172), entenda-se por lexema a unidade lexical abstrata de uma língua que se manifesta no discurso através de formas, ora fixas, ora variáveis. Essa segunda alternativa é mais frequente nas línguas flexivas e aglutinantes, como é o caso do português. Assim, o lexema CANTAR pode manifestar-se discursivamente com cantei, cantavam, cantas, cantando, etc. e o lexema MENINO, como menino e meninos. A essas formas que aparecem no discurso a autora dá o nome de lexia e esclarece que existem lexias simples, isto é, unidades lexicais que são grafadas como um único segmento e lexias complexas, isto é, vocábulos como bom dia, capa de chuva, dor de cabeça, etc. que, como unidades categorizadas na língua, devem figurar como legítimas entradas de dicionário. 46 Em nossa pesquisa, o tratamento lexicográfico dispensado aos dados se insere mais apropriadamente na noção de glossário stricto sensu, uma vez que, centrando-se nos nomes de lugares de origem religiosa, nosso objeto de estudo está restrito ao território mineiro e cada unidade lexical figurará como entrada de um verbete. 1.2.3 Terminologia A Terminologia é uma disciplina que se ocupa de um subconjunto do léxico geral que se constitui de cada área específica do conhecimento humano. Tem, pois, como objeto de estudo o termo técnico-científico. Desde tempos remotos, os homens criam e utilizam palavras para expressar e denominar conceitos, objetos e processos dos diferentes campos do conhecimento especializado. Essa produtividade linguística, de feição terminológica, ocorre notadamente no universo das ciências, das técnicas e das distintas atividades de trabalho profissional. Se o emprego de termos técnico-científicos já é antigo, muito recente é um surgimento de um campo de estudos dedicado à terminologia, o qual começa a ser estabelecido a partir da segunda metade do século XX. (KRIEGER e FINATTO, 2004, p.16) Como disciplina recente, a Terminologia é uma área teórica e aplicada, com atividades e diretrizes voltadas a diferentes perspectivas e interesses sociais que, cada vez mais, inscreve-se no campo dos estudos linguísticos. Trata-se, desse modo, de um campo de conhecimento que vem intensificando os estudos sobre a constituição e o comportamento dos termos, compreendendo desde a sua gênese até o exame de suas relações nas mais distintas áreas do saber especializado. Para tanto, encontra subsídios na ciência da linguagem, o que lhe permite, segundo Krieger e Finatto (op. cit.), avançar no conhecimento do termo, seu objeto central, bem como daqueles outros elementos que também introduziu em seu quadro de investigação, quais sejam, a fraseologia e a definição. Para Biderman (2001b), a Terminologia deve estabelecer uma relação entre a estrutura conceptual e a estrutura léxica dessa língua. Apoiando-se em Cabré (1993), a autora afirma que esse enfoque do conceito ao termo distingue o método de trabalho da Terminologia daquele que caracteriza a Lexicografia. Assim, os terminógrafos, que são os práticos da Terminologia, têm por objeto a atribuição de denominações aos conceitos: atuam pois do conceito para o termo (processo onomasiológico); os lexicógrafos, práticos da Lexicografia, partem da denominação, 47 que é a entrada de dicionário, e a caracterizam funcional e semanticamente: movem- se na direção contrária, do termo para o conceito (processo semasiológico). [CABRÉ, 1993, p.32-33 apud BIDERMAN, 2001a, p.19] Dick (1999, p.124-125) afirma que a Toponímia, disciplina onomástica de que trata esta pesquisa, pode se inscrever no campo da terminologia, como reflexo formal da organização conceitual de uma especialidade. Segundo a autora, considerando a formação dos topônimos – nomes de lugar – é possível atribuir à Toponímia a co-responsabilidade pela preservação dos fatos culturais em determinado espaço-temporal e, consequentemente, a função de retentora da memória de um grupo. Sob esse enfoque, o nome de lugar, caracterizado como unidade terminológica, ou melhor, como termo-onomástico, torna-se sujeito às transformações morfossintáticas, comparadas a outras unidades lexicais, devendo ser estudado etimológica e semanticamente nas diferentes situações comunicativas para devida sistematização taxionômica. Ressaltamos que essa visão da Toponímia inserida no campo da Terminologia não foi levada adiante pela autora, o que também não está no escopo desta pesquisa. Apresentaremos, na seção 1.4 e seguintes, uma caracterização mais detalhada da Toponímia e dos estudos toponímicos. Antes, entretanto, situa-se a Onomástica no âmbito dos estudos linguísticos, bem como se discute a definição de nome próprio de acordo com os estudiosos da linguagem que se dedicaram a esse fim. 1.3 Onomástica Onomástica é o ramo das ciências linguísticas que se ocupa do estudo do nome próprio: Sua origem remonta às primeiras especulações filosóficas sobre o nome e, no Ocidente, está intimamente ligada às tradições gramaticais greco-latinas, já que a distinção entre nome comum e nome próprio começa a ser elaborada por Dionísio de Trácia, primeiro gramático grego. Contudo, um tratamento científico para esses temas só surgiu com o advento do Estruturalismo Linguístico, na virada dos séculos XIX e XX, época em que se deu privilegiou o enfoque da ciência dos signos, a semiótica ou semiologia, do qual a onomástica passou a ser considerada um capítulo. (RAMOS et al, 2010, p.87) Como uma ciência com corpo teórico específico e vinculada às ciências do léxico, a Onomástica se ocupa do estudo linguístico dos nomes próprios e está dividida em duas subáreas: a Antroponímia e a Toponímia. À primeira, correspondem os estudos dos nomes 48 próprios das pessoas, sejam prenomes ou apelidos de família, tendo grande relevância para a história política, cultural, das instituições e das mentalidades. A segunda, foco de nosso trabalho, diz respeito aos nomes próprios de lugar. Ambas são reconhecidas como meios importantes de investigação linguística e cultural, uma vez que atuam [...] como formas conservadoras de “memória” do núcleo, que se faz presente nos estágios denominativos de diversas origens e causas. Esses marcadores, por evoluírem de modo mais lento que as normas e posturas sociais, são definidos como enunciados arcaizantes das linguagens, capazes de recuperar os momentos históricos vividos e a própria trajetória do homem na formação do grupo. (DICK, 1999, p.123) Albert Dauzat e Leite de Vasconcelos são considerados os precursores dos estudos onomásticos. Concentrando sua investigação na Antroponímia, Leite de Vasconcelos se ocupou dos nomes próprios de pessoas, analisando suas diversas configurações. Dessas análises resultou a obra Antroponímia portuguesa publicada em 1928. Trata-se da divulgação de seu estudo acerca do conceito e da classificação de antropônimos portugueses desde a Idade Média. O linguista francês Albert Dauzat, por sua vez, é responsável pela sistematização dos estudos nessa área, estabelecendo, a partir de 1922, os pressupostos que norteiam as investigações atuais acerca do onoma. Citam-se, além da publicação de seus trabalhos onomásticos, o fato de Dauzat ter organizado, a partir de 1938, congressos periódicos em que eram promovidas discussões em torno da Toponímia e da Antroponímia. Apesar de se constituírem em campos semânticos de dimensões variáveis – pessoa e lugar –, conforme Dick (1999, p. 145), a toponímia e a antroponímia têm na Onomástica uma relação de inclusão, uma vez que se encontram no onoma, em uma área de intersecção: a palavra, ao deixar o seu uso pleno na língua, transitando para o uso onomástico, reveste-se de caráter denominativo – em uso dêitico ou anafórico – e passa a ser referencializada como topônimo ou antropônimo, seguindo direções opostas, mas que se complementam, conforme pode se ver representado na figura, a seguir: 49 FIGURA 3 – Onomástica T∩A T= Toponímia A= Antroponímia T∩A= Intersecção Fonte: DICK, 1999, p.145 Toponímia e Antroponímia seriam, então, de acordo com Dick (2006, p.96), “duas faces de um mesmo rosto maior ou corpo maior, a Onomástica cujo objeto de trabalho é o nome próprio genericamente considerado, a partir da definição do onoma.” Apoiando-nos nas palavras de Seabra (2004), convém ressaltar que À Onomástica interessa o nome – distinto da palavra – pois pressupõe um nomeador e um nomeado, uma representação externa à qual ele se une: o nomeador (sujeito, emissor ou enunciador), o objeto nomeado (o espaço e suas subdivisões conceptuais, que incorpora a função referencial, sobre o que recairá a ação de nomear), o receptor (ou o enunciatário, que recebe os efeitos da nomeação, na qualidade de sujeito passivo). Nesta transmigração a palavra se desloca do sistema lexical para o sistema onomástico, transcodificando-se, ou seja, do plano onomasiológico da língua (da designação) se integra ao plano semasiológico (da significação). [SEABRA, 2004, p.37] Sob esse enfoque, na construção do processo denominativo, a palavra incorpora o conceito dessa operação mental, cristalizando o nome e, assim, possibilitando a sua transmissão às gerações seguintes. O topônimo e o antropônimo são, pois, entidades que vão além da expressão linguística dos nomes próprios e envolvem, obrigatoriamente, os referentes que destacam, o que justifica a importância dos estudos onomásticos “para a recuperação de aspectos da história da língua (formas arcaizantes, empréstimos, contatos de línguas) e, 50 consequentemente, da história social de grupos de falantes.” (ISQUERDO e CASTIGLIONI (2010, p.294) Reconhecendo também a importância dos estudos onomásticos, a pesquisa que aqui se apresenta trata do estudo linguístico e cultural dos nomes próprios de lugar, isto é, do objeto de análise da Toponímia. Desse modo, voltaremos maior atenção, nas seções subsequentes, para essa subárea da Onomástica. Ressaltamos, entretanto, que ainda nessa seção, conforme já anunciado anteriormente, focalizamos o conceito de nome próprio sob diferentes perspectivas teóricas. 1.3.1 O nome próprio Os nomes próprios constituem uma classe bastante heterogênea de itens nominais e, por esse motivo, várias são as tentativas de classificá-los.12 Geralmente são considerados nomes próprios os nomes de pessoa (antropônimos), lugares (topônimos), organizações sociais, marcas, títulos de obras, etc. (ALLERTON, 1987; BAJO PÉREZ, 2002, 2008; JONASSON, 1994; LÓPEZ GARCÍA, 2000; VAN LANGENDONCK, 2007; WILMET, 1995). (...) Apesar de, como visto, os nomes próprios constituírem uma classe bem heterogênea, todos os autores incluem nessa classe os antropônimos e os topônimos, ou seja, os nomes de pessoas e de lugares, respectivamente. Esses dois subconjuntos de nomes próprios chegam a ser um consenso quando se fala em membros da classe, o que não se verifica para outros itens como nomes de línguas e dialetos, apresentados por Allerton (1987), ou das pessoas do diálogo, defendidos como nomes próprios por López García (2000). (AMARAL, 2011, p. 63-67) Para os gramáticos tradicionais é clara a distinção entre nomes próprios e nomes comuns; estes designam a totalidade dos seres de uma espécie – designação genérica – e aqueles designam um indivíduo de determinada espécie – designação específica. Em Cunha (1984, p.187-188), por exemplo, lê-se: 12 “Os nomes próprios têm sido objeto de estudo em diferentes áreas, como na Psicologia (Martins, 1991, Leite, 2004), na Psicopedagogia (Russo, 2000), na História e na Antropologia (Christin, 2001), na Lógica e na Filosofia (Mill, 1984, Frege, 1978, Russell, Kripke, 1982, Brito, 2003 e muitos outros), etc. Entre os trabalhos mais relacionados à Linguística, os nomes próprios têm interessado a diversos campos de pesquisa, como a Sociolinguística (Allerton, 1987 e Allerton, 1996), a Semântica (Recanati, 1983; Flaux, 1991), a Dialetologia (Amaral, 2003), a Linguística Histórica (Mendes, 2000), a Lexicologia e a Lexicografia (Fontant, 1998, Lecomte-Hilmy, 1989), a Tradução (Moya, 2000) e a Linguística de Corpus (Leroy, 2002, 2004 e 2005; Marin; Martinez e Miramón, 2003; Maurel, 2004).” [AMARAL, 2003, p.20] 51 Quando se aplica a todos os seres de uma espécie ou quando designa uma abstração, o substantivo é chamado comum. Quando se aplica a determinado indivíduo da espécie, o substantivo é chamado próprio. Assim, mulher, continente, oceano são comuns, porque se empregam para nomear todos os seres e todas as coisas das respectivas classes. Amélia, Ásia e Atlântico, ao contrário, são substantivos próprios, porque se aplicam a uma determinada mulher, a um dado continente e a um certo oceano. Apoiando em J.S. Mill (1843) para quem nomes próprios não têm qualquer conotação, mas apenas denotação, Brito (2003) define nomes próprios como expressões referenciais para objetos particulares. Seus exemplos típicos são as expressões linguísticas que especificam seus objetos sem descrevê-los e com os quais podemos, por exemplo, batizar objetos, não importa a sua natureza, tais como o fazemos com os nomes de pessoas, cidades, países etc. É, pois, desse modo, que o autor demonstra que, diferentemente dos nomes comuns, os nomes próprios não descrevem os objetos a que se referem. Assim, nas palavras do autor: A diferença entre nome de espécie e um nome próprio poderia ser então formulada nos seguintes termos: um nome de espécie designa todo objeto, qualquer que ele seja, que, em função de um conjunto de qualidades, possa ser classificado como elemento da espécie. Tenha a espécie um ou mais membros (se algum membro tiver), todos serão designados pelo mesmo nome indiscriminadamente. Característico dos nomes próprios é, ao contrário, que por meio deles não é designado qualquer objeto de um certo tipo, mas um objeto singularmente determinado. Nomes de espécies podem referir-se a vários objetos sem se tornarem por isso ambíguos. O mesmo nome próprio pode nomear diferentes objetos, mas isso abre espaço para a instauração de ambiguidades na comunicação, pois nomes próprios servem para referir inequivocamente um objeto particular específico. (Brito, 2003, p.27) Para Mari (2003), enquanto o nome comum tem uma função descritiva, ele nada mais é do que um feixe de propriedades partilhadas pelos membros de um determinado conjunto, o nome próprio tem uma função designativa, ou seja, de nomear objetos. Assim, “o nome próprio é índice em virtude da sua natureza designativa; o nome comum fixa condições de pertinência para uma classe em virtude de propriedades descritivas” (MARI, 2003, p. 15). Foucault ([1966] 2002), em sua obra As palavras e as coisas, apresenta o conceito de nome próprio e a função singular que ele desempenha no interior da linguagem. Embora reconheça, ao longo de sua reflexão, a importância primeira do verbo para a constituição do discurso, ele afirma que: A articulação primeira da linguagem (se se puser de parte o verbo ser, que é condição tanto quanto parte do discurso) faz-se, pois, segundo dois eixos ortogonais: um que vai do indivíduo singular ao geral; outro que vai da substância à qualidade. No seu cruzamento reside o nome comum; numa extremidade, o nome próprio; na outra, o adjetivo. (Foucault, 2002, p. 137) 52 Há que se ressaltar, ainda, que, para Foucault, a distinção entre nomes próprios e nomes comuns é extremamente necessária para a ordem dos discursos, pois permite eliminar a confusão de ideias e facilitar a relação de sentido e representação entre as palavras e as coisas: A palavra designa, o que quer dizer que, em sua natureza, é nome. Nome próprio, pois que aponta para tal representação e mais nenhuma. Assim é que, em face da uniformidade do verbo – que nunca é mais que o enunciado universal da atribuição – os nomes pululam e ao infinito. Deveria haver tantos nomes quantas coisas a nomear. Mas então cada nome seria tão fortemente vinculado à única representação que ele designa, que não se poderia sequer formular a menor atribuição; e a linguagem recairia abaixo de si mesma: “Se tivéssemos por substantivos somente nomes próprios, seria preciso multiplicá-los ao infinito. Essas palavras, cuja multidão sobrecarregaria a memória, não poriam ordem alguma nos objetos de nossos conhecimentos, nem, por conseguinte, em nossas ideias, e todos os nossos discursos estariam na maior confusão.” Os nomes podem funcionar na frase e permitir a atribuição somente se um dos dois (o atributo ao menos) designar algum elemento comum a várias representações. A generalidade do nome é tão necessária às partes do discurso quanto à designação do ser; à forma da proposição. (Foucault, 2002, p. 136) Segundo Searle (1981, p. 45), “à primeira vista, nada parece mais fácil de ser compreendido, na filosofia da linguagem, que o uso dos nomes próprios: aqui está o nome, lá está o objeto. O nome representa o objeto.” No entanto, assim como no âmbito da linguística, várias são as discussões acerca do conceito e da função dos nomes próprios entre os filósofos. Zamariano (2010), em seu trabalho intitulado Estudo toponímico no espaço geográfico das mesorregiões paranaenses, aborda com profundidade a questão do nome/nome próprio na literatura traçando um percurso histórico e demonstrando como se deu o processo de construção do conceito em diferentes perspectivas teóricas. Nessa abordagem, a autora apresenta-nos um quadro sinótico, reproduzido a seguir, com diferentes concepções filosóficas acerca do conceito de nome/nome próprio que ilustra muito bem essa questão. 53 QUADRO 1 – Nome próprio do pensamento filosófico. Grécia – onoma = qualquer coisa que fosse uma palavra: nome próprio e comum (substantivos), verbos e adjetivos. Platão - onoma (nomes) e rhéma (verbos). Crátilo - diálogo entre convencionalismo (apresenta a justeza dos nomes como mera convenção e acordo) e naturalismo (admite haver uma correlação dos nomes por natureza atribuídos a cada um dos seres). Aristóteles - nomes - três gêneros (espécies de nomes: simples, duplo e vazio de sentido); formação do nome (pode ser de três, de quatro, e até mesmo de vários outros nomes); nomes (masculinos, femininos e neutros) Dionísio da Trácia - o nome (onoma) - reunia nomes próprios e comuns - parte do discurso que possui flexão de caso e que significa pessoa ou coisa. Varrão - partes do discurso: nominatus - i.) vocabula (nomes comuns); ii.) nomina (nomes próprios). Santo Agostinho - as palavras são nomes, seus significados são os objetos que elas substituem aos quais estão relacionadas e as frases são simples combinações de nomes, que descrevem como são as coisas. São Tomás de Aquino - o nome ou é abstrato ou concreto; os nomes exprimem a substância qualificada e uma coisa é a origem da qual um nome tira a sua significação, e outra, o objeto que ele designa. Thomas Hobbes - um nome é uma palavra tomada arbitrariamente para servir como marca que pode trazer à nossa mente um pensamento semelhante a um pensamento que tivemos antes. Distinguia nomes em positivos ou afirmativos e negativos; comuns e próprios. Fonte: ZAMARIANO, 2010, p.65 Além dessas considerações acerca de como o nome próprio é visto por diferentes filósofos até Thomas Hobbes, Zamariano apresenta-nos também um quadro com as teorias filosóficas da referência e das descrições, transcrito a seguir: 54 QUADRO 2 – Nome próprio do pensamento filosófico: teoria da referência e teoria das descrições. Teoria da referência Teoria das descrições John Stuart Mill - nomes próprios denotam, mas não têm conotação. Divide os nomes em gerais e singulares ou individuais. Gottlob Frege - vincula aos nomes próprios o sentido. Peter Frederick Strawson - alguns tipos de palavras possuem predominantemente um papel referencial, como os pronomes e os nomes próprios. Bertrand Russell - nome próprio: abreviações de descrições definidas. Michel Foucault - o nome próprio é consensualmente usado com uma característica estável ou durável: ele sempre designa o mesmo indivíduo. Ludwig Wittgenstein - um nome pode ser exemplificado por um conjunto indeterminado de descrições; o nome corresponde a uma ou outra dessas descrições, de tal maneira que sua significação nunca é rígida. Saul Kripke - opõe nomes próprios e descrições definidas. Nomes próprios: designadores rígidos. John Searle - um nome próprio tem sentido não porque descreva características de um objeto (não descreve), mas sim porque está logicamente conectado com o conjunto de descrições definidas necessárias e suficientes para a descrição de um objeto particular. Fonte: ZAMARIANO, 2010, p.65 Com esse quadro comparativo, a autora demonstra que, no âmbito da filosofia, os trabalhos clássicos sobre nomes próprios distinguem fundamentalmente dois grupos de autores: i) aqueles que defendem a tese de que o nome próprio tem um sentido – como Frege (1978) e Kripke (1996) – e concordam com Russel (1974), ao considerá-lo como descrição definida abreviada; e ii) aqueles que argumentam que os nomes próprios não possuem sentido. Nesse grupo, estão autores com Mill (1989), para quem os nomes próprios somente 55 denotam e não conotam e Kripke (1996), segundo o qual o nome próprio é um designador rígido. (ZAMARIANO, 2010, p.26)13 Apresentamos, a seguir, de forma sintética, um pouco dessa discussão. A respeito da referencialidade do item nominal sob enfoque, vale frisar, por exemplo, que segundo Frege (1978, p. 65), a referência de um nome próprio é o objeto que por seu intermédio designamos; sua representação é subjetiva e entre a referência14 e a representação, situa-se o sentido que não é tão subjetivo quanto à representação, mas também não é o objeto propriamente dito. Pelo fato de ser o referente de um nome próprio normalmente único, conclui-se, algumas vezes, que o nome próprio é uma simples etiqueta colada sobre uma coisa, que ele tem um referente, mas não sentido, ou, de acordo com Mill (1989), uma denotação, mas não conotação: Nomes próprios não são conotativos; denotam os indivíduos a quem dão o nome, mas não afirmam nem implicam qualquer atributo como pertencente a esses indivíduos. Quando chamamos uma criança de Paulo ou um cachorro de César, esses nomes são simples sinais usados para indicar esses indivíduos como sujeitos possíveis de um discurso. Pode-se dizer, na verdade, que deve ter havido alguma razão para lhes dar esses nomes em vez de qualquer outro, e é verdade; mas o nome uma vez dado, é independente do motivo. Um homem pode se chamar João porque este era o nome de seu pai; uma cidade pode se chamar Dartmouth porque é situada na foz do rio Dart. Mas não há, na significação da palavra João, nada que implique que o pai da pessoa assim chamada tinha o mesmo nome; nem mesmo da palavra Dartmouth implica que esta cidade esteja situada na foz do rio Dart. Se a areia obstruísse a foz do rio ou um terremoto mudasse o seu curso e o afastasse da cidade o nome da cidade, o nome da cidade não seria necessariamente mudado. Esse fato, portanto, não pode fazer parte da significação da palavra; pois, se, caso contrário, o fato cessasse reconhecimento de ser verdadeiro, ninguém mais pensaria em chamá- lo do mesmo nome. Os nomes próprios estão vinculados aos objetos em si e não dependem da permanência de qualquer atributo do objeto. (MILL, 1989, p.99)15 13 Amaral (2008), apoiando-se em Fernández Leborans (1999a), também apresenta uma divisão dos trabalhos clássicos sobre o assunto em grupos de autores. Além dos dois grupos de filósofos citados por Zamariano (2010), o autor acrescenta os trabalhos de um terceiro grupo em que “estariam os trabalhos de autores que pertencem mais ao campo da Linguística. Muitos dos autores não colocam a questão como simplesmente presença ou ausência de sentido. Em geral, partem do trabalho de Kleiber (1981), que associa o sentido do nome próprio ao predicado de denominação.” (AMARAL, 2008, p. 23) 14 Por “referencia”, em el ámbito del lenguaje, se entiende genéricamente la relación existente entre el lenguaje e el mundo, entre nuestras palabras y los objetos o indivíduos del mundo. La noción de referencia expresa uma relación, más concretamente, uma relación entre una expresión y una entidad; essa entidad, que será, por regla general, uma entidad extralingüística, constituye el referente de La expresión; por tanto, la relación de referencia tiene lugar entre uma expressión y su referente. (MORENO, 2006, p. 13) 15 (...) quer isto dizer que o nome próprio (igual a topônimo e/ou antropônimo) não participa de um universo de significação porque é OPACO, vazio de sentido, empregado sempre como referencial, sem relação com a primitiva etimologia, o que não acontece com o substantivo comum, cuja significância é TRANSPARENTE. (DICK, 1990b, p.6) 56 Frege sustenta o contrário, que nenhuma referência é possível sem um sentido. E por esse motivo, ele não reconhece nenhuma distinção lógica entre os nomes próprios gramaticais – substantivos próprios, Maria, Paris, África – e as descrições definidas – SN definido mais uma asserção descritiva como, por exemplo, A menina mais falante do bairro – considerando ambos como nomes próprios lógicos. Segundo Cardoso (2003, p. 50), Frege apresenta uma distinção crucial para a construção de uma das mais importantes teorias da significação de todos os tempos por meio de um sistema ternário, formado de nome próprio, sentido e referência: Chama de nome próprio qualquer expressão significativa (palavra, expressão, grupo de palavra ou sentença assertiva) cuja referência seja um objeto singular. Chama de sentido “o modo de apresentação do objeto”. Chama de referência da expressão o objeto do qual a expressão é nome. Sentido e referência são dois aspectos da significação de um nome. É possível dizer com Frege que uma expressão (nome próprio) nomeia a sua referência e expressa o seu sentido. (Cardoso, 2003, p. 50) No entanto, conforme Searle (1981, p. 215), “um nome próprio não predica a propósito do objeto e, consequentemente, não tem um sentido”, ou seja, de acordo com o autor, o nome próprio é usado para referir e não para descrever determinado ser. A esse respeito diz o autor: Mill tinha razão em pensar que os nomes próprios não implicam qualquer descrição particular, que eles não têm definição, mas Frege estava certo ao supor que todo termo singular deve comportar um modo de apresentação e, portanto, de certa forma, ter um sentido. O erro foi considerar como definição a descrição identificadora que podemos substituir pelo nome do objeto. (...) Frege observou certamente que, se utilizamos os nomes próprios para fazer afirmações de identidade, factualmente informativas, os nomes próprios têm então necessariamente um sentido, mas equivocou-se ao supor que esse sentido é tão imediato como no caso das descrições definidas. (Searle, 1981, p. 224-226) Em suma, Searle defende a ideia de que a distinção entre nomes próprios e descrições definidas pode ser explicada pelo fato de que a originalidade dos nomes próprios – e o que, segundo ele, os torna de grande utilidade do ponto de vista pragmático – é precisamente o fato de que eles possibilitam a referência aos objetos sem que haja a necessidade de recuperar as características que devem apresentar a identidade do objeto. “Eles não funcionam como descrições, mas como cabides, nos quais se prendem as descrições. Assim, a imprecisão desses critérios, no que diz respeito aos nomes próprios, é então uma condição necessária para 57 isolar a função referencial da função descritiva da linguagem” (Searle, 1981, p. 227). Essa afirmação pode ser entendida, sobretudo, quando pensamos nos nomes próprios de pessoas – antropônimos – e de lugares – topônimos, uma vez que esses nomes designam seus referentes sem descrevê-los. No particular dos topônimos, é possível, no entanto, que um locativo seja nomeado a partir uma de suas características, o que não significa, que com o tempo, perdendo a característica que motivou a denominação, esse nome, necessariamente, será mudado. Um rio batizado como rio do Peixe, por exemplo, pela quantidade volumosa desse elemento, mesmo que, no futuro, os peixes ali não sejam mais encontrados, o acidente pode preservar o topônimo para a posteridade. Merece destaque também a teoria do filósofo Kripke, para quem o nome próprio deve ser entendido como um designador rígido: (...) o filósofo Saul Kripke, ao delinear uma proposta denominada teoria casual da referência que motivou uma fortíssima polêmica em torno do nome próprio, centro de questões filosóficas detalhadamente disputadas. Trata-se de uma teoria de referência cuja orientação é mais filosófica que linguística, pois está menos dirigida à explicação de fatos linguísticos que à extração de argumentos ou teses de caráter metafísico. (...) A teoria concebida por esse filósofo parte de considerações semânticas, como as relações entre a linguagem e a realidade e, posteriormente, aplica os resultados obtidos no ataque ou defesa de certas teses filosóficas. Disso provém a atenção que têm recebido essas teses e o interesse que têm despertado, constituindo-se uma referência obrigatória da filosofia contemporânea. (...) Para o autor, nomes próprios não são sinônimos de descrições definidas, pois essas possuem um conteúdo que diz algo acerca do objeto, enquanto os nomes não têm esse conteúdo, não indicam qualidades acerca de seus referentes, ou seja, não descrevem uma ou mais propriedades dos objetos. (...) Em síntese, o nome próprio é, para Kripke, o eixo sobre o qual se constroem os enunciados contrafactuais, e isso só possível porque ele funciona como um designador rígido do objeto real que nomeia, e sobre o qual se constroem mundos possíveis. (ZAMARIANO, 2010, p. 61-64) Dessa forma, podemos dizer que, para Kripke, ao nomear um objeto do mundo real, o nome próprio individualiza-o entre todos os outros objetos existentes. Designar rigidamente significa, então, independente da época em que se deu a nomeação, identificar um ser como único em todas as realidades possíveis. Em certos aspectos, conforme Zamariano (2010, p. 63), a teoria kripkiana pode ser aplicada ao estudo dos nomes de lugares, foco desta pesquisa, uma vez que estes “são ‘designadores rígidos’, que em uma situação de comunicação representam ou são os próprios referentes, além de um mesmo nome identificar diferentes lugares, correspondentes a diferentes realidades.” 58 A esse respeito, vale citar o trabalho de Seabra (2006) intitulado Referência e Onomástica, em que a autora define nomes próprios de pessoa – antropônimos – e nomes próprios de lugar – topônimos – como entidades que vão além da expressão linguística e envolvem, obrigatoriamente, os referentes que destacam. Dentro dessa “teoria casual da referência”, Oliveira (1996) diz que o nome próprio é um “designador rígido”, pois designa um indivíduo de maneira única e direta. Mais que isso, acrescentamos que os nomes próprios de lugares, assim como os nomes próprios de pessoas são “designadores rígidos” já que representam ou são os próprios referentes em situação de comunicação, podendo- lhes atribuir, por isso, no âmbito dos estudos linguísticos certa singularidade. (SEABRA, 2006, p.1956) Do foi que exposto até agora, percebemos que, apesar de a noção de referência ser fundamental para a definição de nomes próprios, não há um consenso entre os estudiosos da linguagem a esse respeito. A ideia em torno da qual parece haver certo consenso entre os teóricos é a de que os nomes próprios são uma categoria que pede tratamento diferenciado, o que pode ser explicado, conforme Rajagopalan, pelo fato de que a singularidade inerente a essa denominação é algo que desafia o próprio empreendimento da construção de teorias sobre a linguagem, motivo pelo qual os nomes próprios – objetos linguísticos que se encarregam de representá-la – se revelam como um conceito um tanto complexo, já que pensar a singularidade equivale a entrar na zona limítrofe do pensamento acerca da linguagem. (Rajagopalan, 2002, p. 82) Cumpre dizer que, além da abordagem linguística e filosófica, segundo Zamariano (2010), o nome próprio também tem sido observado sob o prisma da antropologia e da mitologia, sendo que a noção de ‘mito’ ganha destaque nos dois enfoques. Entenda-se por mito, de acordo com Elíade (1991, p. 5), “uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser abordada e interpretada em perspectivas múltiplas e complementares”. Isto porque, geralmente, refere-se a uma história sagrada, a um relato de acontecimentos que teve lugar no tempo primitivo. “É, pois, sempre uma narração de uma criação, descreve-se como uma coisa produzida, como começou a existir.” (Op. Cit.) Na Antiguidade, por exemplo, a escolha do nome de pessoas, assim como os nomes de lugares, animais e coisas, centrava-se numa concepção mítica, relacionando-se diretamente à existência dos deuses, considerados pelos antigos como criadores do mundo e das coisas e, por isso, responsáveis por atribuir aos nomes um toque de ser e de verdade. 59 Na mentalidade semítica, subjacente tradição da Bíblia, o mistério do nome envolve sempre duas componentes ou dois elementos: o noético e o dinâmico. No dizer de Besnard (1962, p.35) o elemento noético, racional pensamental, “corresponde à significação intrínseca do nome, ao que vale pelo que significa.” Assim até um nome próprio tem um sentido, um valor cuja valência histórica depende do elemento dinâmico, da manifestação da pessoa a que ele referencia. Por isso se usavam nomes e teósforicos, isto é, nomes com elemento divino, relacional, portanto como o nome de Deus: Israel, Daniel, Miguel, Rafael, Samuel, (todos relacionados com El, nome comum em hebreu para designar Deus), ou Etbaal, Ishbaal, (referidos a Baal, deus dos cananeus e siro-fenícios), ou Abdalla, e muitos nomes árabes relcionados com o seu Deus Allá, ou Teodoro, Teófilo, de origem grega e referido ao nome comum de Deus (Theos). Essas nomes, só por si, pelo elemento noético, funcionavam conforme a mentalidade antiga, como garantia da proteção divina. Eram uma espécie de talismã. (CARVALHO, 2012, p. 44) Cumpre dizer que a concepção mítica do nome próprio não se restringe à antiguidade, pelo contrário, é possível identificar, segundo Guérios (1979), comunidades em que a designação do indivíduo tem sido foco de estudos antropológicos por estar relacionada a questões culturais específicas que são partilhadas pelos membros do grupo. São alguns exemplos do autor: O nome do indivíduo, entre os selvagens e mesmo entre civilizados supersticiosos, é parte essencial, inseparável da sua personalidade; não se deve empregá-lo, proferi- lo, porque fica a pessoa citada em perigo, por virtudes de poderes estranhos. (...) Tribos da América central, além de seu nome próprio e usual, todo homem, mulher ou criança possui outro, secreto, sagrado, que lhes conferem os anciãos, logo depois do nascimento. Este nome só é conhecido dos membros do grupo já iniciados, e só é pronunciado nas ocasiões mais solenes, e, fora daí, em voz baixa, após muitas precauções, a fim de não serem ouvidos senão por pessoas do grupo. (...) Os pais ou os pajés dão aos selvagens da Guiana inglesa, pelo nascimento, nomes tomados às plantas, às aves e às coisas, porém são pouco usados. Têm convicção de que os nomes verdadeiros são partes de uma pessoa. Entre si chamam: “irmão”, “irmã”, “pai”, “mãe”, etc. São tais denominações as mais empregadas. (...) Entre os árabes da África do norte, o poder do nome é tal que, quando os nomes próprios são conhecidos, os djins não podem deixar de atender; eles são os servidores dos nomes mágicos (Frazer). (GUÉRIOS, 1979, p. 26-48) Além dos casos citados, Guérios fala de outras comunidades em que o nome próprio de pessoa é carregado de magia e misticismo, o que, segundo o autor, muitas vezes, pode ser definido como tabu linguístico.16 É possível, então, afirmar, de acordo com Cassirer (2003), que 16 Conforme Guérios (1979, p. 5), há dois tipos de tabus linguísticos: próprio e impróprio. Propriamente, há uma proibição de dizer certo nome ou certa palavra, aos quais se atribui poder sobrenatural, e cuja infração causa infelicidade ou desgraça. Impropriamente, trata-se da proibição de dizer qualquer expressão imoral ou grosseira. O primeiro é mágico-religioso ou de crença, e o segundo é moral ou de sentimento. 60 A identidade essencial entre a palavra e o que designa torna-se ainda mais evidente se, em lugar de considerar tal conexão do ponto de vista objetivo, a tomamos de um ângulo subjetivo. Pois também o eu do homem, sua mesmidade, sua personalidade, estão indissoluvelmente unidos com seu nome, para o pensamento mítico. (CASSIRER, 2003, p.68) Além da designação de indivíduos, vale mencionar, conforme Guérios, que a escolha dos nomes próprios de lugares, muitas vezes, relaciona-se à concepção mítica da realidade: As cidades antigas possuíam divindades protetoras. Os assírios, parece, interditavam os nomes místicos de suas cidades, que tais eram os deuses. Quando as legiões romanas sitiavam uma cidade, apressavam-se os sacerdotes em dirigir orações rituais ou encantamentos à divindade protetora do lugar, convidando-a a deixar a cidade, e a passar aos romanos. Assegurava-se-lhe que seria bem tratada, ou melhor do que anteriormente. O nome principal da mais importante divindade protetora de Roma estava envolta no mais profundo mistério. Temia-se que os inimigos da República pudessem atraí-la, fazendo-a que abandonasse Roma: “Os romanos imaginaram um meio que lhes parecia mais seguro: conservavam secreto o nome principal e do mais poderoso dos seus deuses protetores; pensavam que não podendo nunca invocar o deus pelo seu nome, este nunca sairia do seu lado e a cidade nunca poderia ser tomada.” (GUÉRIOS, 1979, p.49) Apoiando-nos em Biderman (1998), podemos dizer, pois, que cada cultura foi ordenando, a seu modo, o caos inicial através de seus mitos e, nessa ordenação, a palavra, e em especial o nome próprio de lugar, desempenhou e desempenha um papel de fundamental importância, já que “assume assim nos mitos de cada cultura uma força transcendental; nela deitam raízes os entes e acontecimentos.” (BIDERMAN, 1998, p.81) Voltando nossa atenção exclusivamente para o topônimo – nome próprio de lugar –, nas próximas seções, tratamos, como já dissemos anteriormente, da disciplina onomástica que se dedica ao estudo dessa categoria linguística e suas aplicações teórico-metodológicas: a Toponímia. 1.4 Toponímia Como já mencionado, a Toponímia é uma das áreas de estudo da Onomástica de grande relevância para os estudos do léxico. É, pois, uma disciplina, um conhecimento científico, um saber construído linguisticamente, com objeto, campo de trabalho e de pesquisa demarcados: os topônimos – nomes próprios de lugares – seus significados e sua importância para a cultura social dos povos. 61 A Toponímia é definida por Leite de Vasconcelos (1931, p. 3), como “o estudo dos nomes de sítios, de povoações, de nações, de rios, de montes, de vales etc. – isto é, os nomes geográficos”. Já para o pesquisador venezuelano, Salazar-Quijada (1985, p. 18), essa disciplina é conceituada com mais profundidade como “aquele ramo da Onomástica que se ocupa de estudo integral, no espaço e no tempo, dos aspectos: geo-históricos, sócio- econômicos, antropo-linguísticos, que permitiram e permitem que um nome de lugar se origine e subsista.” Dick (1990b, p.119), por sua vez, ao tratar do tema, consegue contemplar as duas definições acima, avançando um pouco mais, quando evidencia seu caráter inerentemente interdisciplinar. Para ela, o conceito tradicional de Toponímia envolve o significado etimológico do próprio termo – do grego topos, ‘lugar’e onoma, ‘nome’ –, uma vez que se trata “do estudo dos nomes de lugares ou dos designativos geográficos, em sua bipartição física (rios, córregos, morros etc.) e humana, antrópica ou cultural (aldeias, povoados, cidades etc.).” A autora acrescenta, ainda, que a Toponímia é, antes de tudo, “um imenso complexo línguo-cultural, em que dados das demais ciências se interseccionam necessariamente e, não, exclusivamente.” Devendo ser considerada, em sua feição intrínseca, “um fato do sistema das línguas humanas”, já que nos permite conhecer aspectos sócio-históricos e culturais presentes e pretéritos da comunidade. Desse modo, apesar de, inicialmente, ter sido concebida como um método de pesquisa que se voltava apenas para o estudo etimológico dos nomes, apresentando, pois, um caráter mais filológico, na atualidade, a Toponímia assume caráter científico com corpo metodológico específico. Isto se deve ao fato de as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas não se limitarem a apresentar uma mera relação de topônimos de determinada área geográfica, com informações etimológicas, pelo contrário, a análise do topônimo, como signo linguístico de natureza peculiar, tem revelado a cultura partilhada socialmente pelo grupo social dessa determinada área geográfica. 62 1.4.1 Breve histórico dos estudos toponímicos Embora, desde os mais remotos tempos, o homem sempre tenha se preocupado em nomear os lugares, Dick (1990b, p.1) esclarece que o reconhecimento da Toponímia como corpo disciplinar sistematizado ocorre apenas no século XIX, por volta de 1878, com estudos realizados na École Pratique des Hautes-Étudies e no Collège de France pelo pesquisador August Longnon (1844-1911). De grande relevância para os estudos toponímicos atuais, a obra Les noms de lieu de la France, de sua autoria, foi publicada por seus alunos em 1912, um ano após a morte do estudioso. Com a morte de Longnon, Albert Dauzat (1877-1955) retoma os estudos onomásticos, publicando Chronique de toponymie e, em 1938, organiza o I Congresso Internacional de Toponímia e Antroponímia, que contou com a participação de 21 países e teve como objetivo discussões práticas e metodológicas da toponímia. Esse toponimista francês, em suas obras, defende que a Toponímia, como ciência, permite ao pesquisador perceber como foram denominados, de acordo com a época e o meio, as vilas, as propriedades e os campos, os rios e as montanhas, isto é, permite compreender melhor a alma popular, suas tendências místicas ou realistas, seus definitivos meios de expressão. A respeito de Dauzat, lê-se em Zamariano (2010, p.101-102): As pesquisas de Dauzat impulsionaram os estudos toponímicos, concebendo a Toponímia como uma disciplina organizada que, primeiramente, investiga a origem e o significado dos nomes e, posteriormente, considera o método de áreas ou dialetológico com duas grandes coordenadas: o tempo e o espaço. (...) Dauzat resgatou na França as camadas dialetológicas superpostas, resultantes de mudanças de grupos invasores, isto é, mudava-se o nome ou pelo menos parte dele. A par da superposição, não podemos deixar de pontuar dois outros aspectos pontuados por Dauzat. O primeiro diz respeito ao fato de o dominador, muitas vezes, pensar que designação autóctone já constituía um nome, quando na verdade se tratava apenas do termo ou elemento genérico, ou o próprio acidente físico em si. (...) O autor esclarece também que classificação das designações inatas dos nomes de lugares pode ser estabelecida a partir de dois pontos de vista: i) a formação externa que abrange nomeações espontâneas (obra inconsciente da coletividade) ou sistemáticas (resultados de atos refletidos de autoridade, do fundador de uma cidade) e ii) os sentidos intrínsecos (sintetiza designações cujos elementos são emprestados da geografia, ou da reverência a homens ilustres (fundadores, proprietários), ou de ordem histórica. Dada a importância das pesquisas de Dauzat para sistematização da teoria toponímica, podemos dizer que estes primeiros estudos despertaram e continuam despertando o interesse e a 63 dedicação de pesquisadores em vários países e em várias áreas do conhecimento humano, como a Geografia, História, Lexicologia, Lexicografia, Antropologia, Cartografia, dentre outras. No que se refere aos estudos toponímicos franceses, por exemplo, cita-se o pesquisador Charles Rostaing, para quem uma das características particulares da investigação toponímica é “a busca da origem e a significação dos nomes de lugares e suas transformações linguísticas” (ROSTAING, 1958, p.5)17. Além da França, berço da toponímia, outros países também se destacam nessa área. Citam-se, de acordo com Mendes (2010), os estudos realizados na Espanha e na Inglaterra: Na Espanha, existem muitos estudos que tratam as regiões. Ramón Menéndez Pidal (1869-1968) filólogo, historiador, folclorista, estudioso do período medieval, criador da Escuela Filológica Española e fundador da Revista de Filología Española colaborou com os estudos toponímicos ao publicar a obra Toponímia prerrománica hispana, em 1953, e o artigo Vocalismo en la toponímia ibérica. Francisco Rodriguez Adrados contribui com os seus trabalhos La toponímia y el problema de las Ursprachen (1969), Topônimos griegos en Ibéria y Tartessos (2000). Outro estudioso dessa ciência foi o lexicógrafo Joan Coromines Vigneaux (1905 - 1997) que publicou Onomasticon Cataloniæ (1994), uma recompilação etimológica de topônimos do âmbito do falante catalão, construída a partir de entrevistas orais, projeto único na Europa e se divide em oito volumes, sendo que o oitavo foi publicado após sua morte. Há várias obras que relatam a toponímia das províncias espanholas, tais como as de Antonio Llorente: Los topônimos españoles y su significado, publicado em Salamanca em 1990; José Ramón Morala: Objetivos y métodos en el estúdio de la toponímia, em Burgos, 1994; Maximiano Trapero: com Para una teoría linguística de la toponímia (estúdio de toponímia canaria), em Las Palmas de Gran Canária, 1995 e Javier Terrado com Metodología de la investigación en toponímia, em Lérida, 1999. Na Inglaterra pode-se citar o interessante estudo Place names and geography (1957), de Henry Clifford Darby (1909-1992) (MENDES, 2010, p. 36-37) Em Portugal, além do filólogo José Leite de Vasconcelos, que é responsável por uma pesquisa considerável sobre a onomástica portuguesa, particularmente o seu livro Opúsculos - Vol. III: Onomatologia, publicado em 1931; e Xavier Fernandes, autor da obra Topônimos e Gentílicos, de 1941. Para esse último autor, Sem a mais pequena parcela de exagero, pode afirmar-se que é vastíssimo o campo de acção da Toponímia, tantas e tão variadas são as origens dos nomes de lugares, terras ou regiões! (...) Conhecer um topónimo não é sòmente saber escrevê-lo e pronunciá-lo (e quantas vezes isto mesmo se faz erradamente!) É preciso descobrir- lhe a origem e o significado etimológico, ler o que a palavra nos revela sob a sua aparência gráfica ou aspecto material, conhecer a sua história em muitos casos. Dêste modo, adquirimos conhecimentos, que não suspeitávamos poderem chegar 17 Apud DICK, 1990, p.23. 64 por tal via: factos históricos, acontecimentos mais ou menos importantes, indicações geográficas, etc., isto além do saber que directamente se obtém pelo estudo etimológico. Sucintamente indicadas, são estas as vantagens do conhecimento da Toponímia, as quais em certo modo compensam o tempo, o trabalho e as dificuldades, que por sua causa se gastam ou teem de vencer. (FERNANDES, 1941, p.9-11). Na América Setentrional, Estados Unidos e Canadá, de acordo com Dick (1990b, p.2), contam com a Revista Names, publicação oficial da American Name Society, fundada em Detroit, em 1951. De significativa importância para os estudos toponímicos, essa publicação teve como colaborador o estudioso George Stewart, reconhecido pelo seu trabalho intitulado A classificação of place – names (1954). No Canadá, desde 1966, há um Grupo de estudos de Coronímia e de Terminologia Geográfica, associado ao Departamento de Geografia da Universidade Laval, Québec, aberto a pesquisadores de todas as disciplinas, notadamente a linguística, a história e a antropologia. Na América do Sul, também se tem feito investigações toponímicas. Estão sendo desenvolvidos, por exemplo, no Instituto de Investigações Linguísticas da Universidade de Costa Rica, os projetos A toponímia indígena de Costa Rica e Atlas Lnguístico-etnográfico de Costa Rica, ambos idealizados por Miguel Angel Quesada Pacheco, também autor de Dicionário Histórico de Costa Rica e Pequeno Atlas Linguístico de Costa Rica, entre outros. Na Venezuela, cita-se o trabalho do antropólogo Adolfo Salazar – Quijada, intitulado La Toponímia en Venezuela, de 1985. No Chile, merece destaque a obra de Mario Bernales Lillo, En Busca de los Nombres: toponímia indígena e hispânica (2002). Além dessa, outras obras merecem ser citadas devido à contribuição que têm dado para a documentação dos nomes de origem indígena, porque envolvem ampla região dos países estudados, como por exemplo, as do paraguaio Dionísio M. Gonzáles Torres: Toponímia guarani y origen e história de pueblos en Paraguay, de 1995 e do argentino Esteban Erize: Toponímia Mapuche, de 1988. No Brasil, pode-se dizer que os estudos toponímicos iniciam-se, em 1901, sob uma perspectiva etimológica de origem indígena tupi, com a obra O Tupi e a Geografia Nacional, de Theodoro Sampaio. Apoiando-se na leitura do trabalho de Sampaio, Levy Cardoso dedica- se ao estudo da toponímia brasílica amazônica e publica, em 1961, a obra Toponímia Brasílica. No âmbito acadêmico, entretanto, a teoria toponímica ganha sistematicidade com as pesquisas desenvolvidas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), pelo professor Carlos Drumond, acerca da relação existente entre as migrações indígenas e suas línguas e as designações dos acidentes geográficos a que os povos 65 se depararam. Dentre os resultados dessas pesquisas está a obra Contribuição do Bororô à toponímia brasileira, publicada em 1965. Orientada pelo professor Carlos Drumond e seguindo as teorias do francês Dauzat, a pesquisadora Maria Vicentina de Paula do Amaral Dick (FFLCH/USP) representa, na contemporaneidade, a principal referência, tanto teórica quanto metodológica, para os estudos toponímicos desenvolvidos em todo o Brasil. Nessa perspectiva, desde 1980, quando defende a tese A motivação toponímica: Princípios teóricos e modelos taxionômicos, publicada, em 1990, sob o título A motivação toponímica e a realidade brasileira, a professora Maria Vicentina tem se dedicado, na Universidade de São Paulo, aos estudos onomásticos e, mais especificamente, à sistematização da teoria toponímica. O trabalho dessa toponimista é, então, considerado como norteador e propulsor dos estudos toponímicos brasileiros. Seguindo a metodologia sugerida por Dick, bem como o modelo do Atlas Toponímico do Brasil (ATB) e do Atlas Toponímico do Estado de São Paulo (ATESP), projetos por ela idealizados, vários pesquisadores têm-se dedicado, em universidades brasileiras, aos estudos toponímicos. Dentre eles, citam-se: no Mato Grosso do Sul, o ATEMS – Atlas Toponímico do Estado do Mato Grosso do Sul; no Paraná, o ATEPAR – Atlas Toponímico do Estado do Paraná; em Tocantins, o ATIT – Atlas Toponímico do Estado do Tocantins) e o ATITO – Atlas Toponímico de Origem Indígena do Estado do Tocantins; e, em Minas Gerais, o ATEMIG – Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais, projeto a que dispensaremos, na próxima subseção, um enfoque especial, já que nossa pesquisa a ele está vinculada. Contemplando estudos do léxico sob enfoques etnolinguísticos e antropoculturais, em suas diversidades regionais e fundamentados na realidade etnocultural, tais projetos toponímicos têm como finalidade definir as características dos nomes regionais do país e, em consequência disso, abrangem os estudos do homem e da sociedade por meio da linguagem e da investigação onomástica, com foco especial na relação existente entre língua, cultura e sociedade. 66 1.4.1.1 O Projeto ATEMIG Em Minas Gerais, sob a coordenação da Profa Dra Maria Cândida Trindade Costa de Seabra, o ATEMIG (Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais) é um Projeto que está sendo desenvolvido na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais desde o início de 2005. Seguindo os pressupostos teórico-metodológicos propostos pelo francês Dauzat (1926), adaptados à realidade brasileira por Dick (1990a e b), esse projeto vem detalhando a realidade toponímica de todo o território mineiro. Partilhando de metodologia comum, adotada pelas demais equipes de pesquisadores que seguem o modelo do ATB em outros estados, o projeto mineiro segue: i) o “método das áreas” utilizado por Dauzat, que propõe o remapeamento da divisão municipal, de acordo com as camadas dialetais presentes na língua padrão; ii) a distribuição toponímica em categorias taxionômicas que representam os principais padrões motivadores dos topônimos no Brasil, sugerida por Dick (1990a e b). São objetivos básicos do ATEMIG: 1. Constituir um corpus com todos os topônimos presente nas cartas geográficas do IBGE, correspondentes aos 853 municípios mineiros; 2. Catalogar e reconhecer remanescentes lexicais na rede toponímica mineira cuja origem remonta a nomes portugueses, africanos, indígenas, dentre outros; 3. Classificar e analisar o padrão motivador dos nomes, resultante das diversas tendências étnicas registradas (línguas indígenas, africanas e de imigração); 4. Buscar a influência das línguas em contato no território (fenômenos gramaticais e semânticos); 5. Cartografar nomes de acidentes físicos e humanos do Estado de Minas Gerais; 6. Realizar gravações orais com o objetivo de coletar outros topônimos que não constam na rede toponímica oficial do estado; 7. Analisar a toponímia de mapas antigos que remetem ao território mineiro; 8. Realizar estudos diacrônicos a partir dos dados coletados; 9. Construir glossários toponímicos; 10. Estudar os nomes de logradouros (bairros, ruas, praças, becos etc) presentes em cidades mineiras.18 18 (SEABRA, 2012, p.73-74) 67 A fim de atingir os objetivos básicos do projeto, a coleta de dados dos 853 municípios mineiros foi feita de acordo a divisão proposta pelo IBGE, que recorta o estado em doze mesorregiões. De acordo com o órgão, esse sistema de divisão tem aplicações importantes na elaboração de políticas públicas e no subsídio ao sistema de decisões quanto à localização de atividades econômicas, sociais e tributárias. Contribuem também para as atividades de planejamento, estudos e identificação das estruturas espaciais de regiões metropolitanas e outras formas de aglomerações urbanas e rurais. Conforme se ilustra na figura a seguir, as doze mesorregiões estabelecidas pelo IBGE para Minas Gerais são as seguintes: (1) Campo das Vertentes; (2) Central Mineira; (3) Jequitinhonha; (4) Metropolitana de Belo Horizonte; (5) Noroeste de Minas; (6) Norte de Minas; (7) Oeste de Minas; (8) Sul e Sudoeste de Minas; (9) Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; (10) Vale do Mucuri; (11) Vale do Rio Doce; (12) Zona da Mata. MAPA 1 – Lista de mesorregiões de Minas Gerais Fonte: http:/www.pt.wikipedia.org Foram levantados, então, em cada mesorregião, todos os nomes de cidades, vilas, povoados, fazendas, rios, córregos, ribeirões, morros, serras, dentre outros acidentes geográficos – físicos e humanos – dos 853 municípios de Minas Gerais, documentados em 68 cartas topográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1: 50.000 a 1: 250.000, perfazendo, até o presente momento, um total de 85.391 topônimos. Após a coleta e catalogação desses dados, os topônimos foram registrados em fichas, conforme modelo sugerido por Dick (2004), para serem analisados e classificados. Essas fichas constituem uma análise – linguística e cultural – detalhada do topônimo, com informações que o integram à sociedade e à cultura. Ao se consultar o banco de dados do projeto ATEMIG, verifica-se que, em algumas regiões, já se pode inferir a estreita relação entre a história de povoamento da área e a motivação toponímica predominante. É o caso, por exemplo, da mesorregião do Vale do Rio Doce, visualizada no Mapa 2, a seguir, cuja área19 está dividida entre a predominância de antropotopônimos20 e fitotopônimos21: MAPA 2 – Mesorregião Geográfica Vale do Rio Doce / MG subdividida pela ocorrência de topônimos, segundo o modelo de classificação de DICK. FONTE: Projeto ATEMIG – FALE/UFMG 19 Destaca-se que na análise apresentada, foram considerados apenas os nomes do municípios que constituem a mesorregião do Vale do Rio Doce. 20 Topônimos motivados por nomes de pessoas. 21 Topônimos motivados por nomes de plantas. 69 Nesse recorte regional, a antropotoponímia predomina na parte oeste da região, local disputado pelo homem do século XVIII; enquanto a fitotoponímia prevalece em locais de ocupação territorial posterior à segunda metade do XIX. A predominância dos elementos de natureza física, com destaque para os nomes de plantas (fitotopônimos), tem sido uma constante nos estudos já realizados pela equipe do ATEMIG, o que bem mostra o vínculo denominativo natureza-homem nos espaços estudados. Em se tratando dos nomes de natureza antropocultural, além da predominância dos antropotopônimos, destacamos também que a presença dos hierotopônimos22 e hagiotopônimos23, foco de nossa atenção no estudo aqui proposto, o que permite perceber a influência dos valores culturais concernentes às manifestações religiosas presentes em diferentes pontos do Vale do Rio Doce, sobretudo, nas áreas central e leste da mesorregião, o que parece poder ser explicado à luz da história social da constituição de seu povoamento. Desse modo, a partir da análise de dados provenientes do léxico-toponímico do estado, o Projeto ATEMIG tem demonstrado “como os estudos toponímicos revelam a língua e a cultura de uma sociedade, evidenciando interesses e necessidades de um grupo humano ao marcar seu espaço geográfico.” (SEABRA, 2006, p.1952.) 1.4.2 O topônimo Concebido como uma forma lexical que tem a função semântica de identificar um ponto concreto da geografia, individualizando-o, o topônimo – nome próprio de lugar – guarda íntima relação com o contexto histórico-político da comunidade, pois “sua carga significativa guarda estreita ligação com o solo, o clima, a vegetação abundante ou pobre e as próprias feições culturais de uma região em suas diversas manifestações de vida”. (DICK, 1990b, p. 105). Consiste, pois, no resultado da ação do nomeador que, ao realizar um recorte no plano das significações, por meio da designação de determinado acidente geográfico, registra o momento vivido pela comunidade. Desse modo, ao permitir, de modo plausível, a referência da entidade por eles designada, os topônimos se apresentam como instrumentos onomásticos de fundamental 22 Topônimos motivados por nomes sagrados de diferentes crenças. 23 Topônimos motivados por nomes de santos e santas da tradição católica. 70 relevância para a investigação linguística e, além disso, como importantes fatores de comunicação. Isto porque exercem, no processo denominativo dos locativos, a função de distinguir os acidentes geográficos, na medida em que delimitam uma área da superfície terrestre e lhes conferem características específicas, indo além da expressão linguística e envolvendo, obrigatoriamente, os referentes que destacam. Nas palavras de Dick: Verdadeiros “testemunhos históricos” de fato e ocorrências registrados nos mais diversos momentos da vida de uma população, encerram, em si, um valor que transcende ao próprio ato da nomeação: se a Toponímia situa-se como a crônica de um povo, gravando o presente para o conhecimento das gerações futuras, o topônimo é o instrumento dessa projeção temporal. Chega, muitas vezes, a se espalhar além de seu foco originário, dilatando, consequentemente, as fronteiras políticas, e criando raízes em sítios distantes. Torna-se, pois, a reminiscência de um passado talvez esquecido, não fora a sua presença dinâmica. (DICK, 1990a, p.22) Também nessa direção, Salazar-Quijada (1985, p. 29-30), entende que o estudo toponímico permite conhecer as características culturais de homens que habitaram ou habitam uma determinada região e que, em alguns casos, os topônimos podem ser a “única evidência da presença histórica de grupos humanos em determinada área”. Para o autor, os topônimos constituem, pois, o bem patrimonial de qualquer país, visto que é por meio dos designativos de lugares que as nações apresentam sua personalidade geográfica e se particularizam em relação aos demais territórios do mundo. Sob esse prisma, o antropólogo aponta a relevância da Toponímia em diversos segmentos da vida humana, quais sejam: o importância linguística: um dos principais fundamentos da toponímia está ligado à explicação etimológica dos topônimos e, nesse sentido, está intimamente ligada à Linguística. De fato, a Toponímia é um fenômeno linguístico aplicado a fenômenos geográficos. O homem, pela sua fala, designa e diferencia cada um dos fenômenos geográficos e culturais ao seu redor. O linguista, ao estudar os nomes geográficos antigos e históricos, pode chegar a conclusões importantes, ao obter nomes geográficos aborígenes, e com sua consequente análise etimológica, proporcionar à História valiosos dados de reconstrução do passado; o importância geográfica: por meio dos topônimos, identificam-se acidentes naturais e culturais, pois os geógrafos necessitam conhecer em detalhes a geografia física, a geografia humana, a geografia regional e urbana. Os topônimos são vitais para a área espacial por relacionarem o homem ao ambiente. Assim, para a geografia, eles constituem pontos de partida para numerosas investigações; 71 o importância folclórica: várias são as influências toponímicas feitas pelos povos em suas manifestações folclóricas. Os topônimos aparecem em inúmeras produções literárias e expressões culturais como os nomes de acidentes geográficos, estados e cidades que se fazem presentes em músicas e poemas; o importância político-administrativa: a toponímia é também de suma importância para as atividades político-administrativas, uma vez que, por meio dela, é possível fixar as referências dos limites de um município, distrito, estado e até limites internacionais. A política cadastral de arrecadação de impostos fundamenta-se em referências toponímicas, já que os topônimos permitem situar as propriedades públicas e privadas, diferenciá-las e demarcá-las com precisão. o importância patrimonial: por refletir o acervo cultural de um país, a Toponímia deve ser considerada patrimônio nacional. Todo país anseia ressaltar seus valores pátrios: sente-se orgulho do nome do país, do estado e do município. Esses topônimos, produto histórico de conquistas e colonização, particularizam seus moradores do resto do mundo; o importância cartográfica: os mapas, frutos da atividade cartográfica, possuem, como os homens, um corpo e um espírito. O corpo corresponde à representação do território e o espírito, à da sua nomenclatura geográfica, isto é, os topônimos. É por isso que, em uma equipe de cartografia, é fundamental a presença de um toponimista com formação sólida, pois um erro na nomenclatura de um mapa pode trazer graves consequências para seus usuários; o importância jurídica: ressalta-se que a imprecisão de nomes geográficos em propriedades públicas e privadas pode levar a sérios problemas de ordem legal. Se os limites de uma propriedade não estiverem sustentados por uma base toponímica clara e firme, ela se encontra em situação de problema de difícil solução; o importância viária: nas estradas é por meio da Toponímia nos mapas, além de placas, que os viajantes se orientam determinando a origem e o destino de sua viagem. o importância social: os topônimos podem ter um significado afetivo essencial para os habitantes de uma comunidade e assim uma pessoa estranha não pode entendê-lo inteiramente. Para os habitantes de uma determinada localidade não é cabível alterar nomes usados em honra a pessoas proeminentes da história local, em memória de fatos históricos e do cotidiano. Erros em ortografia e pronúncia do nome da localidade, podem ocasionar situações constrangedoras, pois há um sentimento social de orgulho pela associação do topônimo com o lugar que designa. Da mesma forma, é arbitrário que se altere um topônimo sem que seus habitantes permitam. O topônimo é para o lugar o que o nome próprio é para a pessoa, não se muda sem o consentimento da própria pessoa. 72 o importância histórica: um topônimo é um dado histórico por meio do qual o historiador pode reconstruir a cultura de um povo: sua economia, seus movimentos migratórios, aspectos linguísticos e aspectos da vida social e espiritual das pessoas que habitam ou habitaram uma região. A toponímia indígena, numa zona onde esses grupos já desapareceram, permite, conjuntamente com os restos arqueológicos, abordar estudos para o conhecimento histórico de antigos habitantes de uma área geográfica. A respeito da importância histórica do topônimo, Santos e Seabra (2012, p.246), em seu estudo sobre os registros onomásticos presentes em mapas históricos de Minas Gerais, afirmam que os estudos toponímicos são de grande relevância em pesquisas históricas, porque permitem a identificação de fatos linguísticos, de ideologias e crenças, presentes no ato denominativo e, posteriormente, na sua permanência ou não em uma comunidade. Segundo as autoras, Isso se dá porque o topônimo, além de seu papel referencial, evidencia, também, caráter sígnico, sugerindo e apontando pistas, informações descritivas e designativas que ajudam a entender o passado e a interpretar fatos do presente; oferecendo verdadeiros testemunhos linguísticos, informações que podem ser utilizadas em diversas áreas do conhecimento humano, dentre elas, a geografia, a geologia, a arqueologia, a biologia e a história. (...) Por ser iconicamente simbólico, o nome de lugar nos fornece valiosas informações: i) aponta a origem histórica de povos antigos e a localização, com precisão, de sítios desaparecidos; ii) oferece descrições precisas de relevos, apontando paisagens que já tenham desaparecido em decorrência da ação antrópica ou da natureza; iii) indica a localização de nomes de rochas, estruturas do solo, locais antigamente minerados; iv) aponta um amplo corpus de nomes de lugares que se refere à fauna atual ou desaparecida; v) indica um vasto repertório popular que designa espécies vegetais; vi) fornece conhecimento sobre a vida religiosa, agrícola, etnológica, dentre muitos outros dados. (SANTOS e SEABRA, 2012, p.246) Sob essa perspectiva, podemos dizer que o topônimo, como um depósito de memória coletiva, acaba refletindo a realidade na qual o nome está registrado: fatos históricos, aspectos do ambiente, dos acidentes físicos e humanos, ideologias e crenças do grupo denominador, etc.. Dessa maneira, concebido como uma expressão linguístico-social que reflete aspectos culturais da comunidade, o topônimo é um instrumento de estudo onomástico que merece atenção especial, já que, de acordo com Biderman (1998), consiste num tipo particular de signo linguístico, apresentando determinadas especificidades que precisam ser consideradas, dentre elas, a própria natureza do nome próprio. Nas palavras da autora: Quando o referente ó objeto da realidade física a nomeação pode chegar a um grau máximo de identidade entre palavra e coisa referida, praticamente identificando o nome com o seu referente. É o caso dos nomes próprios, sobretudo topônimos. Frequentemente no processo de nomeação, o nomeador levou em conta características típicas do referente para nomeá-lo. Consideremos alguns topônimos 73 brasileiros adaptados do tupi. O significado do nome nessa língua descreve as características físicas do referente: Iguaçu [ = água grande]; Pará [ = o mar, rio volumoso – referência ao rio Amazonas]; Pindorama [ = a região ou o país das palmeiras]; Araraquara [ = o refúgio das araras]; Caraguatatuba [ = o sítio dos gravatás onde abundam essas plantas]. No fenômeno da toponímia o nome fica definitivamente colado ao referente, passando até de uma língua para outra muito diversa, como acabamos de constatar nesses empréstimos feitos ao tupi pelo português brasileiro. Nesse contexto desaparece a característica dinâmica da atribuição de um nome/palavra a um referente. Deve ser por isso que normalmente se tem a “sensação” de que os nomes próprios não fazem parte da língua, ou melhor, não integram o vocabulário da língua. Assim, o nome próprio pode ser considerado como um caso à parte do signo linguístico, tanto os topônimos quanto os antropônimos. (BIDERMAN, 1998, p.112-113) A próxima seção trata desse caso à parte do signo linguístico: o signo toponímico. 1.4.2.1 Signo Toponímico Antes de discutir o conceito de signo toponímico, faz-se necessário recordar o conceito de signo linguístico que, ao longo dos tempos, tem sido objeto de estudo dos pesquisadores que se dedicam ao estudo da linguagem. Conforme Ullmann (1964. p.7), já na Antiguidade constata-se que os filósofos voltaram suas atenções para os estudos linguísticos, dedicando-se à motivação ou arbitrariedade do signo linguístico. Tais estudos seguiram basicamente dois pensamentos: um naturalista, liderado por Platão, que defendia a existência de uma relação intrínseca entre a imagem acústica e o sentido; o outro, convencionalista, representado por Aristóteles, o qual sustentava ser a relação puramente arbitrária. Vale dizer que, apesar de defender ideias opostas, essas duas correntes de pensamento apresentam um traço em comum, já que as duas buscavam identificar se havia conexão entre o significado de uma palavra e a sua forma. Retomando as ideias aristotélicas, no início do séc. XX, em seus estudos, Saussure chega à conclusão de que a arbitrariedade do signo e a linearidade do significante são características fundamentais do signo linguístico que, de acordo com o linguista, é definido como “a combinação do conceito e da imagem acústica”. (SAUSSURE, 1972, p. 81) Apoiando-nos em Biderman (1998, p.109), podemos dizer que o que está implícito na definição saussuriana de signo linguístico é que a nomeação de um referente com este ou aquele nome é arbitrária, isto é, o nomeador poderia atribuir qualquer nome (significante) a qualquer objeto da realidade. 74 Embora reconheça o caráter imotivado e arbitrário do signo em muitas situações, Ullmann (1964, p. 134-140) afirma que, em outras, pelo menos em certo grau, os signos são motivados e transparentes e que tal motivação pode ocorrer no nível fonético, as onomatopeias, por exemplo, no morfológico, palavras simples ou compostas, sendo que, nas simples, os componentes, os morfemas, veiculam um determinado significado, e as compostas são formadas da mesma maneira que as simples. Desse modo, ao questionar a noção saussuriana de arbitrariedade do signo linguístico, Ullmann toma para sua defesa o fato de ocorrer motivação semântica do signo dentro de uma relação metafórica ou metonímica. No caso específico do signo linguístico em função toponímica, de acordo com Dick (1990a, p. 33-34), não se deve desconsiderar a relação significante/significado apresentada por Saussure. Entretanto, segundo ela, não há, na Toponímia, a possibilidade de existência de signos imotivados, pois “o elemento linguístico comum, revestido, aqui, de função onomástica ou identificadora de lugares, integra um processo relacionante de motivação onde, muitas vezes, torna possível deduzir conexões hábeis entre o nome propriamente dito e a área por ele designada”. Sob essa perspectiva, para a autora, a noção saussuriana de arbitrariedade pode, em princípio, ser acatada na abordagem do signo toponímico, uma vez que o topônimo, como qualquer outra forma da língua, é, estruturalmente, um significante animado por uma substância de conteúdo. Ressalta-se, no entanto, que considerando que sua função é indicar ou identificar um lugar e não significar, o nome próprio de lugar adquire uma dimensão maior e passa a ser marcado duplamente: primeiro, pela intencionalidade do denominador no ato da seleção de um determinado nome para identificar um lugar; segundo, pela origem semântica da denominação pelo significado que revela, de modo transparente ou opaco. Assim, a motivação semântica, característica principal do signo toponímico, pode estar relacionada a aspectos sociais, culturais ou ambientais, que motivam, ou são levados em consideração, no ato de nomear acidentes físicos ou humanos, o que, conforme Dick (1990a, p. 38), ocorre porque “o que era arbitrário, em termos de língua transforma-se, no ato do batismo de um lugar, em essencialmente motivado, não sendo exagero afirmar ser essa uma das principais características do topônimo”. Em síntese, podemos concluir, face ao exposto, que o signo toponímico é semelhante aos demais signos linguísticos e pertence ao mesmo sistema. O que lhe confere certa singularidade em relação aos demais é o fato de não possuir, como muitos deles, uma natureza arbitrária ou convencional, já que o nome do lugar representa a sua realidade ou a realidade 75 daquele que o nomeia. A esse respeito, Dick (1990a, p. 22) esclarece que “se, em nível de língua, a função denominativa se define pelo arbitrário ou convencional, no plano da Toponímia, ela se apresenta essencialmente motivada, ou impulsionada por fatores de diferentes conteúdos semânticos, que poderão conduzir à localização de áreas toponímicas, em correspondência, ou não, às respectivas áreas geográfico-culturais”. Dado o conceito de signo toponímico, convém trazer aqui a definição de léxico toponímico, que de acordo com Isquerdo (2012), constitui-se das unidades lexicais – signos linguísticos diversos – que, investidos da função de nome próprio de lugar, podem reunir formas do vocabulário comum, alçadas à categoria de topônimos, tais como: nomes próprios de pessoas, de lugares, de crenças, de entidades sobrenaturais que são ressemantizadas com o fim precípuo de nomear um lugar, desde espaços geográficos mais amplos (continentes, países, regiões administrativas, estados, cidades, grandes rios, montanhas, vales...), até elementos geográficos de menores proporções (ilhas, córregos, vilas, povoados, bairros, ruas...). Nas palavras da autora, “define-se léxico toponímico como o universo de topônimos de uma língua que, por sua vez, estão circunscritos a diferentes espaços geográficos do território coberto por esse sistema linguístico.” (ISQUERDO, 2012, p.116) Por meio dessa definição, a autora explica que os sistemas toponomásticos subjacentes à toponímia de uma área territorial representam, em primeira instância, a perpetuação do léxico representativo do momento histórico em que o elemento geográfico foi nomeado. Se no âmbito do vocabulário comum a manutenção de uma unidade lexical na língua é estreitamente dependente do seu uso frequente e regular, na toponímia isso não acontece, pois, uma vez incrustado em um sistema toponomástico, o topônimo perpetua-se e projeta-se no tempo, adquirindo autonomia e, consequentemente, não mais ficando à mercê do uso da unidade lexical que lhe deu origem na língua. Isso explica o fato de formas linguísticas usadas em épocas pretéritas se perpetuarem por meio da toponímia que, em face disso, é interpretada também como um meio de conservação linguística, à medida que conserva, cristalizados nos topônimos, elementos formadores da língua em voga quando foi gerado o designativo, como também pode perpetuar formas linguísticas de línguas de povos que habitaram a região em épocas remotas, como ocorre na toponímia brasileira, em que muitas línguas de povos autóctones, historicamente dizimados, têm elementos (morfológicos, lexicais) conservados em nomes de lugares que se mantiveram nas regiões por onde passaram esses povos. (ISQUERDO, 2012, p.117) Sob esse enfoque, à medida que o topônimo traduz uma realidade, apresenta-se como veículo de manifestações ideológicas, culturais, políticas, sociais e históricas, o que se explica pelo fato de fatores extralinguísticos influenciarem diretamente na escolha das designações dos acidentes geográficos. Entretanto, muitas vezes, o que se percebe é um distanciamento do 76 momento da nomeação e daquele que nomeou, em relação à atualidade, o que nos deixa, em alguns casos, uma impressão de não-motivação. Essa questão dicotômica de arbitrariedade/motivação será o assunto discutido na próxima seção. 1.4.2.2 Motivação toponímica No que se refere à questão da motivação toponímica, Dick (1990a, p.49) considera dois pontos de vista: a do denominador, e das razões que o levaram a escolher, dentro de diversas possibilidades, a que correspondesse às suas necessidades do momento da escolha, e o da substância do topônimo, revelado por seus componentes linguísticos. Segundo a autora, nem sempre será possível, seja pela ausência do denominador, seja pelo distanciamento cronológico do surgimento do nome, assegurar a intenção que norteou o ato da nomeação. Nesse sentido, “se o topônimo escolhido não estiver registrado, historicamente, em fontes fidedignas, a pesquisa resultará em longo e improfícuo caminhar entre hipóteses e sugestões que dificilmente conduzirão à ‘verdade’ do designativo” (DICK, 1990a, p.49-50). Em trabalho posterior, Dick (2006) relaciona o processo de nomeação a marcas ideológicas envolvidas na memória coletiva de um grupo social, destacando o fato de que, em um estudo toponímico, é necessário levar em conta as coordenadas tempo-situacionais, nas quais gravitam ‘actantes básicos’: o nomeador, o sujeito que enuncia o nome em primeiro lugar; o objeto nomeado que se liga ao espaço e as suas divisões conceituais, incorporando a função referencial nomeada; e o receptor, ou enunciatário, que recebe os efeitos da nomeação. A peculiaridade do processo denominativo é exatamente a constituição dessa cadeia gerativa de enunciação, que revela contornos particulares; um denominador isolado, construtor de uma mensagem (doador de um único nome ou de vários nomes, em situação de abrangência areal), interferindo em uma coletividade receptora, que passa a ser usuária do(s) designativo(s), sem que se restringisse na dinâmica do processo. A adequação da escolha, que passa pelo crivo da objetividade ou da subjetividade do nomeador, ainda que inconscientemente, será sentida ou pela reação do grupo ou pela análise do linguista, em uma fase posterior, distinta do momento inicial de marcação do lugar” (DICK, 1998, p.103) É útil retomar aqui a contribuição teórica do semanticista italiano Mário Alinei, sobretudo no que diz respeito à noção de arbitrariedade/motivação do signo linguístico: Como relação ao problema da arbitrariedade do signo, podemos também observar que arbitrária é somente a relação entre modelo e signo, enquanto aquela entre 77 modelo e referente é, por definição motivada. Como consequência, qualquer significado lexical é contemporaneamente arbitrário e motivado, a causa dessa dupla estrutura imanente ao significado, e por razões de todo independentes da opacidade e da transparência do signo. (ALINEI, 1984, p.19) O autor defende, pois, a existência de duas estruturas do significado: a genética (motivada) e a funcional (arbitrária). A primeira corresponde à estrutura triádica, ao passo que a segunda corresponde à estrutura dual do significado. A partir do estabelecimento dessas duas estruturas imanentes do significado, Alinei (1984) esquematiza o processo denominativo, propondo o seguinte triângulo: FIGURA 4 – Triângulo de Alinei Fonte: ALINEI, 1984, p.19 Desse modo, diferentemente de Saussure, Alinei defende a presença de motivação no processo de nomeação dos elementos da realidade, demonstrando que, em sua gênese, o signo é sempre motivado. Considerando a relação existente entre língua e cultura, podemos dizer que essa teoria vai ao encontro da teoria toponímica apresentada por Dick (1990), no que concerne ao fato de que a principal característica do signo toponímico é ser inerentemente 78 motivado. Nessa perspectiva, concordamos com Biderman (1998), ao constatar a importância dos estudos do linguista italiano que Mostrou como o signo é motivado no momento de sua criação. Nesse momento de gênese, as características distintivas do referente serão individualizadas e ressaltadas, motivando aposto a esse referente. Esse semanticista fez escola na Europa. Um dos melhores trabalhos de sua escola foi o realizado por ele e seus discípulos sobre o arco-íris. A conceptualização desse mesmo referente materializou-se de modo bastante distinto em várias línguas europeias, cada cultura destacando um conjunto de traços desse fenômeno físico. Assim, a definição de arco íris varia em cada cultura, dependendo de crenças e outros aspectos culturais que envolvem esse objeto. Reconhece Alinei que, na gênese, a nomeação é motivada; porém, como o passar do tempo e a permanência do signo, a palavra pode tornar-se opaca em sua significação. A elucidação da motivação semântica original dos nomes levaria à descoberta da etimologia da palavra e da história de sua evolução semântica. (BIDERMAN, 1998, p.110) Embora, em virtude do desconhecimento da motivação do designativo, muitas vezes, tenha-se a impressão de haver, no processo de nomeação dos lugares, uma aparente arbitrariedade sob o ponto de vista coletivo. Desse modo, aplicando a teoria da motivação de Alinei aos estudos toponímicos, podemos afirmar que, em sua gênese, o nome próprio de lugar é sempre motivado. Ressalta-se, além disso, o fato de que, para o denominador, o signo toponímico jamais é arbitrário, visto que, ao fazer sua escolha, encontra sentido e faz associação entre nome e referente, refletindo a realidade daquele que o escolheu. Em outros termos, pode-se dizer que o topônimo cristaliza uma época, perpetua costumes de um grupo, o que pode ser evidenciado pela falta de preocupação dos indivíduos em mudar os nomes estabelecidos por outros povos. Acidente e nome de lugar configuram, pois, uma unidade inseparável, tornando-se difícil, por vezes, recuperar as distâncias entre a expressão e o objeto representado. Ou seja, nem sempre o nome produz no terreno o semanticismo da forma ou a ideia conceitual que condiciona e seu o emprego, tornado, por vezes, excessivamente opaco, ou aparentemente inexplicável, o batismo ocorrido. (DICK, 1999, p.122) Desse modo, partindo do pressuposto de que os nomes atribuídos aos locativos são necessariamente motivados, não se pode buscar nos estudos toponímicos apenas a sua origem. Faz-se, pois, necessário investigar a motivação que subjaz à escolha do designativo, já que a nomeação dos acidentes geográficos, conforme Aguilera (1999, p.125), “não é feita aleatoriamente pelo homem, mas o faz movido por alguma impressão sensorial e/ou sentimental que o acometa no momento da denominação”, o que significa que o “batismo de 79 lugares” é profundamente influenciado pela cultura do povo, da sociedade, por meio de eventos ocorridos tanto sincrônica quanto diacronicamente. 1.4.2.3 Estrutura do topônimo: o sintagma toponímico No que se refere à estrutura morfológica do topônimo, Dick (1990b) afirma que, ao designar, tradicionalmente, o nome próprio de lugar, em sua nomenclatura onomástica, liga-se ao acidente geográfico que identifica, com ele constituindo um conjunto ou uma relação binômica que se pode seccionar para melhor se distinguir os termos formadores: Dessa simbiose, depreendem-se dois dados básicos que se convencionou denominar termo ou elemento genérico, relativo à entidade geográfica que irá receber a denominação, e o outro, o elemento ou termo específico, ou topônimo propriamente dito, que particularizará a noção espacial, identificando-a e singularizando-a dentre outras semelhantes. Atuam ambos no sintagma toponímico, de forma justaposta (rio das Amazonas) ou aglutinada (Parauna, “rio negro”), conforme, portanto, a natureza da língua que os inscreve. (DICK, 1990, p.10) [Grifo da autora] Dessa forma, a autora apresenta o sintagma toponímico como a união do nome do acidente geográfico – rio, córrego, serra, fazenda, vila etc. – a um nome específico, identificado como topônimo propriamente dito, no qual se pode identificar a intenção do denominador no ato da nomeação. A partir desta divisão, Dick classificou as estruturas dos topônimos, segundo sua formação em: o topônimo ou elemento específico simples – é aquele que se faz definir por um só formante (seja substantivo ou adjetivo, de preferência), podendo, contudo, se apresentar também acompanhado de sufixações (diminutivas, aumentativas ou de outras procedências linguísticas), como por exemplo, Santiago, Santana e Santaninha, únicos casos de topônimos simples em nossa pesquisa; o topônimo composto ou elemento específico composto – é aquele que se apresenta com mais de um formador, de origens diversas entre si, do ponto de vista do conteúdo, gerando, por isso, às vezes, formações inusitadas que, apenas a história local poderá elucidar, convenientemente. Em nossa pesquisa, em que tratamos da toponímia de origem religiosa, os topônimos compostos são maioria, sobretudo aqueles iniciados pelo qualificativo são/santo/santa, tais como São Pedro, Santo Antônio e Santa 80 Bárbara e também formas extensas como São Pedro da Água Limpa, Santo Antônio da Boa Vista e Santa Bárbara do Monte Verde. Vale dizer ainda no que refere aos topônimos compostos que, em alguns casos, os processos de composição e de derivação podem ser identificados simultaneamente, comprovando, assim, que um processo não exclui o outro, pelo contrário, convivem tranquilamente. Esse tipo de formação é bem recorrente no universo de signos toponímicos analisados neste trabalho, dentre os quais citamos: São Dominguinhos, São Bentinho, São Bentão, Santo Antônio do Graminha e São José do Praião. o topônimo híbrido ou elemento específico híbrido – é aquele designativo que recebe, em sua configuração, elementos linguísticos de diferentes procedências: a formação que se generalizou no país é portuguesa + indígena ou a indígena + portuguesa. Lançando mão de dados de nossa pesquisa, podemos citar, a título de exemplo, São José da Caatinga e Santo Antônio do Itambé. Para ilustrar a estrutura dos sintagmas toponímicos simples e compostos, consideramos pertinente reproduzir a esquematização feita por Anjos (2012, p.60): FIGURA 5 – Sintagma Toponímico simples e Composto Fonte: ANJOS, 2012, p. 60 De acordo com Isquerdo e Tavares (2006), além das questões ligadas à formação das palavras, é importante situar o papel do denominador nesse processo, dado o seu papel como responsável direto pelas transformações na língua. Dizer isso significa, segundo as autoras, que 81 Não podemos desconsiderar o princípio de que todo ser humano é inovador ao criar novas palavras, ou seja, todo ser em potencial é capaz de formar neologismos. Muitas vezes, num processo natural de criação, o usuário da língua cria novos vocábulos emendando, misturando, aumentando ou diminuindo partes dos nomes, que são, por vezes, incorporados à língua. Esse denominador é revelado, também, por meio do estudo dos topônimos, já que os designativos de lugares conservam a marca pessoal daquele que os concebeu. Valendo-se dos mecanismos fornecidos pelo próprio sistema linguístico, o falante faz uso da sua criatividade lexical e passa a contribuir com a formação de novos termos, cujo uso se cristaliza com o tempo. (ISQUERDO e TAVARES, 2006, p.285) 1.4.3 Classificação Toponímica Conforme já mencionamos na seção 1.4.2.2, a relação da motivação entre o denominador e o objeto denominado é de grande relevância para os estudos toponímicos. Essa relação está diretamente associada à formalização de modelos taxionômicos, que concebidos com o intuito de sistematizar melhor as pesquisas onomásticas, permitem, pelo processo onomasiológico, que sejam conhecidas as influências externas ou subjetivas que se traduzem em topônimos de variadas origens. Desse modo, a partir de princípios distintos, alguns estudiosos propuseram modelos e/ou mecanismos de classificação dos nomes de lugares. Dentre esses pesquisadores, citam-se Dauzat (1926), Leite de Vasconcelos (1931), Stewart (1954), Dick (1990) e Salazar-Quijada (1985). Apresentamos, a seguir, breves considerações a respeito dessas propostas de classificação toponímica, focalizando a de Dick (1980/1990b), em que tem se fundamentado a maioria das pesquisas onomásticas contemporâneas, como é o caso desta pesquisa. Na França, Albert Dauzat (1926) classificou os topônimos em dois campos: o da geografia física e o da geografia humana. Concedendo atenção especial às investigações toponímicas, Dauzat classificou os nomes de lugar segundo a ordem histórica de suas formações. Leite de Vasconcellos (1931), por sua vez, além da classificação por línguas e por estrutura morfológica, propôs três categorias temáticas para a toponímia portuguesa, de acordo com os motivos de origem: Nomes de lugar, classificados por línguas, pelo mapeamento da procedência linguística dos nomes (nomes pré-romanos, romanos, arábicos, de procedência vária e portugueses propriamente ditos); Modos de formação toponímica ou a Gramática toponímica, pela análise da estrutura morfossintática dos designativos (por exemplo: fonética sintática em Suatorre = Só a torre); Categorias de nomes segundo as causas 82 que lhe deram origem, pela classificação dos nomes a partir dos motivos que levam à sua formação. A saber: nomes provenientes da hidrografia; construções hidráulicas; da agricultura; da meteorologia; da caça; dos caminhos; de campos; da natureza do solo; da configuração do terreno; de rochas; da fauna; da flora; de construções civis e religiosas; da história; da indústria; de instituições sociais; do lume; da milícia; de nomes próprios de pessoas e alcunhas; de povoações ou arredores; da religião e congêneres; de cemitérios. (VASCONCELLOS, 1931, p.139). As propostas de classificação de Dauzat e Vasconcellos para toponímia europeia são de grande contribuição para os estudos etimológicos e para a elaboração de modelos taxionômicos posteriores, uma vez que permitem ao pesquisador recuperar, além de características naturais do meio ambiente em que os topônimos se encontram inscritos, aspectos sócio-culturais registrados na nomeação geográfica. Nos Estados Unidos, merece destaque a contribuição de George Stewart (1954)24, que procurou sistematizar, de um modo geral, os nomes de lugares em categorias distributivas, baseadas nos mecanismos da própria nomeação, compreendendo nove especificações modulares: nomes descritivos, nomes possessivos, nomes comemorativos, nomes incidentais, nomes eufemísticos, nomes manufaturados, etimologias populares, nomes deslocados (shift names) e nomes resultantes de erro em sua formulação (mistake names). Posicionando-se a respeito da proposta de Stewart, Dick (1999) afirma que: Destes mecanismos, os nomes descritivos e os comemorativos devem ser vistos com atenção especial, porque constituem, em nosso entender, protótipos de atividades denominativas gerais ou comuns a diferentes povos. Descrever uma paisagem em seus aspectos imanentes, essenciais, duradouros ou aspectuais, bem como homenagear, através dos nomes, indivíduos públicos, políticos, governadores, monarcas, artistas, religiosos, pessoas da própria família, enfim, são procedimentos que estimulam, de um lado, padrões objetivos de conduta e, de outro, transportam no plano anímico de interesses personalísticos. As demais categorias têm menor índice de uso, se aplicadas a uma macro-toponímia, mas deve-se considerar que o modelo foi pensado e proposto para o contexto americano, de base inglesa, muito embora seja válido o seu emprego também às camadas indígenas daquele território. (DICK, 1999, p.141) Antes de tratar do modelo taxionômico de Dick formulado em 1980 e ampliado dez anos depois, convém mencionar aqui a contribuição do antropólogo venezuelano Adolfo Salazar-Quijada que, em sua tese de doutoramento La Toponímia en Venezuela (1985), propõe uma classificação, contemplando cinco aspectos, no âmbito dos topônimos, quais 24 Apud Dick (1999, p.140-142) 83 sejam: 1 – seus elementos (simples e composto); 2 – sua extensão (microtopônimos, mesotopônimos e macrotopônimos); 3 – sua localização (terrestres e extraterrestres); 4 – sua aplicação (actinônimos, astinônimos, corônimos, insunônimos, hidrônimos, odônimos, orônimos, espeleônimos e selenônimos); 5 – seus motivos (fisiotopônimos, zootopônimos, fitotopônimos, mineratopônimos, epotopônimos, hagiotopônimos, somatopônimos, animotopônimos, cognotopônimos, animotopônimos, cognotopônimos, pragmatopônimos e topotopônimos). (SALAZAR-QUIJADA, 1985, p.21-27) Sobre a classificação toponímica de Salazar-Quijada, lê-se em Zamariano (2010, p.105): A preocupação maior de Salazar-Quijada apresentada em sua definição é com os aspectos geo-históricos, socieconômicos, e antropolinguísticos que podem interferir na origem e na manutenção dos nomes de lugares. Frente ao exposto, compartilhamos do pensamento de Dick ao enfatizar que, no estudo da toponímia, o primeiro aspecto a ser considerado é o conteúdo semântico perceptível no topônimo e que, nessa perspectiva, a investigação do nome geográfico tem como ponto de partida o próprio nome que, segundo ela, pode ser motivado, ou seja, no ato da denominação, o nome pode ter sofrido influência de aspectos extralinguísticos de ordem física ou de natureza antropocultural. No Brasil, o modelo taxionômico proposto por Dick, em 1980, foi concebido com base nas camadas do léxico toponímico brasileiro e tem servido de base metodológica para a maioria dos estudos toponímicos desenvolvidos no país. Trata-se de uma nova maneira de analisar a toponímia, até então limitada à reconstituição de etimologias ou a serviço do mapeamento das terras, isto porque a autora parte do conteúdo semântico do topônimo para depois investigar a intencionalidade do denominador no ato do batismo de um acidente qualquer. De acordo com autora: O sistema classificatório que elaboramos, em 1980, difere do de Stewart na finalidade. Possui uma visível base terminológica e se organizou no plano sincrônico das significações sígnicas, para evitar, na medida do possível, a recorrência à diacronia, na primeira etapa do processo. A pesquisa do material ilustrativo foi realizada no Índice dos Topônimos do Brasil, 1:1.000.000 (IBGE, 1968) e teve como objetivo reconhecer as características da nomenclatura onomástica brasileira, determinando-lhe o padrão motivador e dando-lhe um tratamento semântico- distribuicional por áreas de ocorrência, segundo os parâmetros lexicais e terminológicos pertinentes. (DICK, 1999, p.141-142) Na sua primeira versão, o modelo de classificação de Dick (1980) continha dezenove categorias. No entanto, foi reformulado em 1990, chegando a vinte e sete taxes divididas, de acordo com a natureza motivacional (semântica), em dois grupos, quais sejam: i) onze taxes 84 de natureza física que caracterizam o ambiente em todos os aspectos de sua formação – rios, córregos, dimensões, formações topográficas, árvores, animais, etc.) e ii) dezesseis de natureza antropocultural que caracterizam as manifestações psíquicas, sociais e culturais do homem, no meio em que se encontra, como estado de ânimo, sentimentos, nomes de natureza religiosa, títulos, nomes próprios, nomes de cidades, estados, países etc. (DICK, 1990b, 131- 134), conforme reproduzimos, a seguir: a) Taxionomias de natureza física: 1- astrotopônimos: topônimos relativos aos corpos celestes em geral. Ex: Rio da Estrela (ES); 2- cardinotopônimos: topônimos relativos às posições geográficas em geral. Ex: Entre-Rios (AH AM); 3- cromotopônimos: topônimos relativos à escala cromática. Ex: Rio Pardo (MG); 4- dimensiotopônimos: topônimos relativos às características dimensionais dos acidentes geográficos, como extensão, comprimento, grossura, largura, espessura, altura, profundidade. Ex: Ilha Comprida (AM); 5- fitotopônimos: topônimos de índole vegetal, espontânea, em sua individualidade. (Arroio Pinheiro, RS), em conjuntos da mesma espécie (Pinheiral, AH RJ), ou de espécies diferentes (Morro da Mata, MT; Caatinga, AH BA; Serra da Caatinga (RN), além de formações não espontâneas individuais (Ribeirão Café, ES) e em conjunto (Cafezal, AH PA); 6- geomorfotopônimos: topônimos relativos às formas topográficas: Ex: Barra Longa (AH MG); 7- hidrotopônimos: topônimos resultantes de acidentes hidrográficos em geral. Ex: Água Boa (AH MG); 8- litotopônimos: topônimos de índole mineral, relativos também à constituição do solo, representados por indivíduos (barro, Lagos do Barro (BA); barreiro - Córrego do Barreiro (AM); tijuco - Tijuco Preto (AH SP); ouro – Ouro Branco (AH MG); 9- meteorotopônimos: topônimos relativos a fenômenos atmosféricos. Ex: - Serra do Vento (PB); 10- morfotopônimos: topônimos que refletem o sentido de forma geométrica. Ex.: Curva Grande (AH AM); 11- zootopônimos: topônimos de índole animal, representados por indivíduos domésticos (boi - Rio do Boi (MG), e não domésticos (onça - Lagoa da Onça (RJ), e da mesma espécie em grupos (boiada - Ribeirão da Boiada (SP), Vacaria, (AH RS), Tapiratiba, (AH SP). 85 b) Taxionomias de natureza antropocultural: 1- animotopônimos ou nootopônimos: topônimos relativos à vida psíquica, à cultura espiritual, abrangendo a todos os produtos do psiquismo humano, cuja matéria prima fundamental, e em seu aspecto mais importante como fato cultural, não pertence à cultura física. Ex.: Cachoeira da Saudade (MT); feio - Rio Feio (SP); 2- antropotopônimos: topônimos relativos aos nomes próprios individuais. Ex.: Antônio Dias (AH MG); 3- axiotopônimos: topônimos relativos aos títulos e dignidades de que se fazem acompanhar os nomes próprios individuais. Ex.: Presidente Bernardes (AH SP); 4- corotopônimos: topônimos relativos aos nomes de cidades, países, estados, regiões e continentes. Ex.: Uruguai (AH MG); 5- cronotopônimos: topônimos que encerram indicadores cronológicos, representados, em Toponímia, pelos adjetivos novo/nova, velho/velha. Ex.: Nova Viçosa (AH BA); 6- ecotopônimos: topônimos relativos às habitações de um modo geral. Ex.: Sobrado (AH BA); 7- ergotopônimos: topônimos relativos aos elementos da cultura material. Ex.: Relógio (AH PR); 8- etnotopônimos: topônimos referentes aos elementos étnicos, isolados ou não (povos, tribos, castas). Ex.: Guarani (AH PE); 9- dirrematotopônimos: topônimos constituídos por frases ou enunciados linguísticos. Ex.: Há Mais Tempo (AH MA); Valha-me Deus (AH MA); Vai Quem Quer (igarapé, AM), Deus me Livre (AH BA). 10- hierotopônimos: topônimos relativos aos nomes sagrados de diferentes crenças: cristã, hebraica, maometana etc. Ex.: Cristo Rei, AH PR; Jesus (rio GO), Alá (lago, AM); Nossa Senhora da Glória (AH AM); às efemérides religiosas: Natividade (AH GO); Natal (AH AC); às associações religiosas: Cruz de Malta (AH SC); aos locais de cultos: igreja - Serra da Igreja (PR); capela - Capela (AH AL); Capelazinha (AH MG). Os hierotopônimos podem apresentar, ainda, duas subdivisões: a- hagiotopônimos - topônimos relativos aos santos e santas do hagiológio romano: Ex.:São Joaquim de Bicas (AH MG; Santa Bárbara (AH MG); b- mitotopônimos: topônimos relativos às entidades mitológicas: Ex.: Ribeirão do Saci (ES); 11 - historiotopônimos: topônimos relativos aos movimentos de cunho histórico-social e aos seus membros, assim como as datas correspondentes. Ex.: Inconfidentes (AH MG); 86 12 - hodotopônimos (ou odotopônimos): topônimos relativos às vias de comunicação rural ou urbana. Ex.: Estradas (AH AM); 13 - numerotopônimos: topônimos relativos aos adjetivos numerais. Ex.: Três Corações (AH MG); 14 - poliotopônimos: topônimos constituídos pelos vocábulos “vila”, “aldeia”, “cidade”, “povoado”, “arraial”. Ex.: Rio da Cidade, RJ; Serra da Aldeia (PB); Arraial (AH BA); Taubaté (AH SP). 15 - sociotopônimos: topônimos relativos às atividades profissionais, aos locais de trabalho e aos pontos de encontro dos membros de uma comunidade (largo, pátio, praça). Ex.: Serra dos Tropeiros (MG); 16 - somatotopônimos: topônimos empregados em relação metafórica às partes do corpo humano ou do animal. Ex.: Cotovelo (AH MG). Não é sem razão que vários pesquisadores brasileiros têm lançado mão do modelo taxionômico exposto, pois a classificação de Dick oferece a possibilidade do encaixamento dos topônimos em toda a amplitude de significação, na medida em que podem ser classificados de acordo com a objetividade (natureza física) e com a subjetividade (natureza antropocultural). Diferentemente de Dauzat (1947) e de Leite de Vasconcelos (1931) que direcionam suas pesquisas para o nível diacrônico, uma vez que buscavam na etimologia e no recuo ao passado histórico do topônimo a sua motivação, Dick (1990) tenta elucidar as causas impulsionadoras em um nível sincrônico dos fatos. Outro aspecto que torna o modelo de Dick um expoente na área é a maneira como as taxionomias foram organizadas. Divididas em dois grandes grupos, os de natureza física e os de natureza antropocultural, elas são viáveis em contextos diversificados, o que não acontecera com a classificação apresentada por Stewart (1954), por exemplo. (ZAMARIANO, 2010, p. 110) No entanto, ao se referir ao seu modelo de classificação dos topônimos, Dick (1990) afirma que as taxionomias apresentadas não são exaustivas em suas ocorrências e sim significativas, podendo ser ampliadas à medida que novas estruturas vocabulares as exijam. Segundo a autora, essas taxionomias foram formuladas levando em conta a realidade brasileira, permitindo, pois, uma expansão classificatória, conforme as necessidades do pesquisador e o contexto onde o topônimo pesquisado se encontra inserido. Vários pesquisadores da área têm levado a sério o que disse a toponimista, ao propor subdivisões para as categorias e/ou novas taxes com o intuito de uma melhor adequação dos dados sob análise. 87 Isquerdo (1996, p.18), por exemplo, propõe a subdivisão da categoria dos animotopônimos em i) animotopônimos eufóricos – aqueles que “despertam uma sensação agradável, expectativas otimistas, boa disposição de ânimo”, como Boa Esperança e Vitória; ii) animotopônimos disfóricos – aqueles que evocam “uma sensasão desagradável frente à designação”, como em Confusão e Revolta. Lima (1997)25, por sua vez, contribuiu com o modelo taxionômico de Dick, propondo a subdivisão da categoria dos hagiotopônimos em i) hagiotopônimos autênticos – topônimos de inspiração religiosa, respaldada por padroeiro homônimo – e ii) hagiotopônimos aparentes – os topônimos de inspiração política, isto é, aqueles cujo objetivo era homenagear pessoa relacionada aos fundadores e/ou personagens influentes. Francisquini (1998, p.44) apresenta quatro novas taxes e não subdivisões para aquelas já existentes. Para a pesquisadora, os nomes de lugar formados por sigla devem ser classificados como acronimotopônimos; aqueles que são constituídos de letras do alfabeto devem classificados como grafematopônimos; os relacionados à saúde, à higiene ou ao bem estar físico, seriam higietopônimos; e, por fim, aqueles relacionados ao que é ou está morto, seriam necrotopônimos. Incluindo essas novas taxes, o modelo de Dick passaria a ter, então, trinta e uma e não vinte e sete taxes. Assim como Isquerdo (1996) e Lima (1997), Anjos (2012) propõe a subdivisão de uma das taxes de Dick: os hidrotopônimos. Vale ressaltar, no entanto, que diferentemente das autoras citadas, ele propõe seis subdivisões e não apenas duas, a saber: i) hidro-cromo- topônimo, topônimo em que se ressaltam características cromáticas da água, como em Riacho Vermelho; ii) hidro-hiper-topônimo, topônimo em que se ressaltam ou o volume excessivo ou a força da correnteza das águas, como em Lagoa Cheia; iii) hidro-hipo-topônimo, topônimo em que se ressaltam o volume insuficiente ou precário das águas, como em Rio Seco; iv) hidro-termo-topônimo, topônimo em que se ressaltam características térmicas da água, como em Riacho Frio; v) hidro-halo-topônimo, topônimo em que se ressaltam aspectos relacionados à salinidade da água, como em Riacho Salgado; vi) hidro-aspecto-topônimo, topônimo em que se ressaltam características concernentes ao aspecto da água, como em Lagoa Suja. 25 Apud Anjos (2012, p. 64-65) 88 As propostas dos autores mencionadas são contribuições significativas para o modelo proposto por Dick (1990), uma vez que permite ao pesquisador adequá-lo aos objetivos de seu estudo toponímico. Diante do exposto, vale ressaltar que lançaremos mão do modelo taxionômico de Dick (1990), entretanto, como nossa pesquisa trata especificamente dos nomes de santos e santas católicos e de Nossa Senhora, todos os nossos dados serão classificados como hagiotopônimos, subdivisão da décima taxe de natureza antropocultural, os hierotopônimos. Retomando a explicação de Dick (1990, p.33) para essa taxe, observa-se que além se referir aos i) aos nomes sagrados de diferentes crenças, ii) às efemérides religiosas, iii) às associações religiosas, iv) aos locais de cultos, “os hierotopônimos podem apresentar, ainda, (grifo nosso) duas subdivisões”: v) hagiotopônimos - topônimos relativos aos santos e santas do hagiológio romano e vi) mitotopônimos: topônimos relativos às entidades mitológicas. Desse modo, em relação às outras, os hierotopônimos constituem uma taxe mais complexa por reunir, dentro do campo semântico dos nomes sagrados, as seis categorias distintas de topônimos relacionadas. Dentre as quais, voltamos nossa atenção, nesta pesquisa, para os hagiotopônimos, isto é, para os nomes de santos e santas do hagiológio romano e incluímos nessa categoria as invocações ou títulos de Nossa Senhora que vêm sendo tratados, nos estudos toponímicos, de forma diversa, ora com hagiotopônimos – Castiglioni (2008), Zamariano (2010) e Carvalho (2012) – ora pelo hiperônimo, isto é, como hierotopônimos – Seabra (2004), Carvalhinos (2005), Ananias (2013) – assim como foi proposto por Dick. Em nosso trabalho, tratamos os topônimos referentes à devoção mariana, dentro dos hagiotopônimos relativos aos nomes de santas, como mariotopônimos, conforme representamos a seguir: 89 FIGURA 6 – A taxe hierotpônimos e suas subdivisões Fonte: Elaboração própria. Essa nossa proposta se justifica com base na literatura concernente à origem e à história do culto aos santos, que será abordada no capítulo 2, a seguir, em que tratamos, especificamente, das questões relacionadas à presença da religiosidade na toponímia. Nomes sagrados de diferentes crenças Efemérides religiosas Associações religiosas Locais de cultos Santos do hagiológio romano Hagiotopônimos Mariotopônimos (Nomes de invocações à Virgem Maria) Santas do hagiológio romano Mitotopônimos (entidades mitológicas) Hierotopônimos 90 CAPÍTULO 2 – RELIGIOSIDADE E TOPONÍMIA Este capítulo trata de questões relacionadas à presença da religiosidade na toponímia. Inicialmente, são apresentadas informações concernentes à origem e à história do culto aos santos, incluindo-se, nessa abordagem, a devoção à Santa Maria Mãe de Deus, que, durante a Idade Média, passou a ser invocada de forma múltipla sob o título de ‘Nossa Senhora’. Na sequência, contextualiza-se a presença da religiosidade refletida na devoção aos santos e santas do hagiológio romano em solo brasileiro e, tendo em vista que o foco desta pesquisa é a presença da hagiotoponímia em território mineiro, também em Minas Gerais. Em virtude disso, antes de apresentar os procedimentos teórico-metodológicos da pesquisa, que serão tratados no capítulo 3, fazemos algumas considerações acerca de estudos hiero- hagiotoponímicos já realizados. 2.1 O culto aos santos: origem e evolução Venerados como modelos de vida cristã e invocados como intercessores diante de Deus, os santos marcaram a história do cristianismo e, ainda hoje, são representativos em diversas esferas da sociedade. “Encontramo-los na piedade popular, nas devoções e no culto litúrgico, nos nomes de batismo das pessoas e nos nomes de lugares, nas tradições dos povos e no folclore, nas lendas e nos provérbios, na arte e na literatura”. Podemos, pois, dizer que eles fazem parte “do património religioso da humanidade, assim como do seu património cultural” (DAIX, 2000, p.11). Zilles (2007, p.496), em seu trabalho intitulado “O lugar e a veneração dos santos hoje”, afirma que parece não haver sociedade humana que não venere seus membros proeminentes, recomendando-os como modelos às diferentes gerações. Os antigos gregos, por exemplo, veneravam seus heróis. Segundo o teólogo, a maneira de cultuar esses membros proeminentes depende, pois, da ideia que se tem do além da morte. A esse respeito, Fernández (2000, p. 164) pontua que Na Antiguidade Clássica, a morte representava uma fronteira impenetrável entre o homem e os deuses. Na perspectiva cristã, precisamente porque havia morrido como 91 seres humanos, seguindo a Cristo e fiéis à sua mensagem, os mártires tinham depois da morte acesso à glória do paraíso e à vida eterna.26 Nessa perspectiva, o culto se realiza a partir da crença de que os grandes modelos permanecem em contato vivo com a comunidade dos vivos, da qual permanecem membros, não em diferente intensidade, mas numa visibilidade modificada. Entenda-se por culto “as honras que se rendem a uma memória venerável, ou em outras palavras, a manifestação pública de louvor rendido pela comunidade de fiéis à memória de um santo27” (FERNÁNDEZ, 2000, p.169). Há, na história das religiões em geral, o fenômeno muito difundido de venerar ou cultuar, direta ou indiretamente (por imagens, relíquias ou objetos), personalidades mortas, vivas ou míticas, que se distinguem por uma santidade pessoal ou impessoal. Geralmente se crê que nessas personalidades, em seus restos mortais e em tudo que foi tocado neles, se manifesta o “santo”. Trata-se do “santo”, num sentido mais impessoal de “sacro”. Mas a crença na santidade pessoal parece predominar. Crê-se, então, que a ascese moral levou o santo a apoderar-se de forças numinosas, com cuja ajuda está em poder de operar coisas prodigiosas para os vivos. Por vezes, a perfeição moral do santo também pode ser interpretada no sentido de revelação da divindade ou realização de qualidades divinas. Tal santidade geralmente se reconhece pelo milagre. O homem não se contenta com a divindade distante. Precisa de seres perto dele, em lugares conhecidos, capazes de socorrê-lo nas necessidades espirituais e materiais da vida. (ZILLES, 2007, p.497) De acordo com a fenomenologia religiosa moderna, a santidade é um conceito central em qualquer religião. No Islamismo, por exemplo, as tumbas dos santos são visitadas por suplicantes à procura de alguma bênção. O budismo reconhece como santos aqueles que, através de numerosos nascimentos, atingiram a iluminação. O culto cristão aos santos, por sua vez, situa-se também num contexto judaico. No judaísmo contemporâneo a Jesus, o culto era conhecido e praticado junto aos túmulos de homens santos. Desse culto, encontramos testemunhos históricos bem concretos, como o túmulo de Isaías, junto à fonte de Siloé, o de Zacarias, filho de Joiadá, no vale do Cedron, que eram objeto de culto especial. O contato de 26 “En Antigüedad clásica la muerte representaba una frontera impenetrable entre el hombre y los dioses. En la perspectiva Cristiana, precisamente porque habían muerto como seres humanos, siguiendo a Cristo y fieles a su mensaje, los mártires tenían después acceso a la gloria del paraíso y a la vida eterna” (FERNÁNDEZ, 2000, p.164) Tradução nossa 27 “Culto se podría definer como las honras que se rinden a una memoria venerable, o en otras palabras, en la manifestación pública del honor por la comunidad de fieles a la memoria de um santo.” (FERNÁNDEZ, 2000, p.169). Tradução nossa. 92 peregrinos da Terra Santa com esse culto certamente favoreceu sua introdução na liturgia cristã. (ZILLES, 2007, p.492; 497) Citando o teólogo Rudolf Otto (1985), um dos principais teóricos da fenomenologia religiosa moderna, Gaeta (1999) explica o conceito de santidade da seguinte maneira: (...) a característica do santo é a de ser ao mesmo tempo totalmente diferente e extremamente próximo do homem, qualidades essas que são matizadas conforme as peculiaridades se apresentam. A força sobrenatural que recobre o poder de agir em benefício de indivíduos e de comunidades é sinal de que alguns indivíduos foram escolhidos, isto é, que não são comuns e sim qualitativamente diferentes. Possuem, nas palavras de Otto, um Mysterium, isto é, qualquer coisa de secreto, algo de incompreensivo e inexplicável. O estar separado constitui-se, portanto, no atributo da divindade e os significados originais de uma santidade. (GAETA, 1999, p.59) Conforme a autora, a concepção de que homens diferenciados podem participar da própria santidade da divindade e de se beneficiar, pelo menos em certo modo, de seus atributos teve grande repercussão durante a difusão do cristianismo. Criou-se, a partir daí, um maravilhoso cristão intencionado a superar os paganismos e a convencer as massas rurais sobre a eficácia da fé cristã. Nessa busca, a Igreja teve que se flexibilizar e incorporar experiências provindas da religiosidade popular, tais como a eleição e a seleção de figuras reconhecidas como homens de Deus (Vauchez, 1989). Foi se cristalizando, então, no imaginário religioso, uma coletânea de vidas martirizadas, piedosas, caridosas, em que os milagres, a resignação diante dos sacrifícios foram elementos fundantes para a construção de um paradigma de santificação. Biografias modelares de homens e de mulheres foram copiosamente impressas e distribuídas à população. Nelas, se exacerbavam o significado das macerações, das penitências, dos êxtases, das revelações e visões sobrenaturais de alguns indivíduos tidos como diferentes. Estes elementos se mostravam indissociáveis de uma capacidade milagreira. O catálogo dos milagres, signo do sobrenatural, constituía-se na prova mais evidente de uma biografia eleita, isto é, na marca de homens escolhidos por Deus, para serem seus servos. Nesse perfilar santificante, os virtuais servos de Deus eram apresentados como heróis ou heroínas cujas qualidades permaneciam intactas no tempo, desde o nascimento até a morte. Eram desenhados com molduras de virtudes, de perfeições humanas e com poderes taumatúrgicos. Eram indivíduos que se abstinham de todos os prazeres que os outros homens comuns desfrutavam e que, ao contrário daqueles, praticavam a castidade, o ascetismo e a pobreza evangélica. Ser santo se mostrava então como um ser uno, total e a santidade emergia como integridade e perfeição. Tratava-se, portanto, de uma legenda da eleição divina. (GAETA, 1999, p.60) Desse modo, desde os primeiros tempos da Igreja, a Virgem Maria, os apóstolos e os mártires foram considerados santos e venerados pela comunidade de fiéis. Nessa perspectiva, apresentamos, a seguir, um breve histórico de como se deu, de modo geral, a evolução do culto aos santos na cultura cristã. Ressalta-se, entretanto, que, devido às especificidades do culto mariológico, sobretudo no que se refere às múltiplas 93 invocações que complementam o título de Nossa Senhora, a devoção à Santa Maria Mãe de Deus será abordada na seção subsequente. Nos primeiros séculos da Antiguidade cristã, vários cristãos foram perseguidos até a morte pelo testemunho de fé, os mártires. Após a morte desses cristãos, seus companheiros passavam a venerar seus túmulos e suas relíquias (restos mortais e objetos pessoais) a que podiam ser atribuídas propriedades milagrosas. Surge, então, o culto aos mártires. Mas não passaram por um processo formal de canonização. Entenda-se por canonização como “o último ato do processo iniciado, quando se trata de elevar aos altares uma pessoa falecida com fama de santidade. Por meio da canonização, o nome de uma pessoa falecida é inserido no catálogo (cânon) dos santos.” (ZILLES, 2007, p. 494). O culto aos mártires, em geral, era prestado numa celebração eucarística, por ocasião de seu aniversário de morte, ou dies natalis – dia do nascimento para a vida eterna. Acreditava-se que, por causa do martírio, o santo compartilhava dos sofrimentos de Jesus e ganhava acesso imediato à presença de Deus. No Ocidente, terminadas as perseguições por parte do Império Romano, passa-se do culto aos mártires para o culto aos bispos. Já no Oriente, em que as Igrejas se destacam pela veneração dos santos, essa evolução ocorre de forma distinta, tendo depois profundas repercussões no cristianismo, de uma forma geral. Junto aos mártires aparecem ali, na época posterior a Constantino, novos tipos de santos: os confessores da fé, como Santo Atanásio (morto em 371), que colocou a Igreja de Alexandria na vanguarda da luta contra a heresia de Ário e, sobretudo, os ascetas, que buscavam fora do mundo uma perfeição difícil de alcançar dentro de uma sociedade superficialmente cristianizada e profundamente alheia ao espírito do Evangelho. Os eremitas do deserto do Egito, cujo representante mais famoso é Santo Antão (morto em 356), o herói de Tebas, e os estilitas da Síria, que sobre seus pilares, encarnam, a partir do século IV um ideal de santidade destinado a um futuro brilhante: do homem de Deus que rejeita os valores dominantes de seu tempo (poder, dinheiro, riqueza, vida mundana) para refugiar-se na solidão e nela levar uma vida totalmente religiosa, um vida consagrada à penitência e à mortificação. (...) Esses homens, apesar dos esforços para esconder seus carismas, logo se tornaram famosos devido às privações excepcionais a que se submetiam, aparecendo diante de seus contemporâneos como seres extraordinários.28 (FERNÁNDEZ, 2000, p. 164- 165) 28 “Junto a los mártires aparecen allí, en la época posterior a Constantino, nuevos tipos de santo: los confesores de la fe, como San Atanasio (muerto en 371) que puso a ia iglesia de Aiejandría en la vanguardia de la Iucha contra Ia herejía de Arrio, y sobre todo. los ascetas, que buscaban fuera dei mundo una perfección difícil de a1canzar dentro de una sociedad superficialmente cristianizada y profundamente ajena al espíritu del Evangelio. Los eremitas del desierto de Egipto, cuyo representante más famoso es San Antonio (muerto cn 356), el héroe de Ia Tcbaida. y los estilitas de Siria, subidos a sus columnas, encarnan, a partir del siglo IV un ideal de santidad destinado un brillante porvenir: el del hombre de Dios (vir Dei) que rechaza los valores dominantes de su tiempo (poder, dinero, riqueza, vida ciudadana) para refugiarse en Ia soledad y llevar eu ella una vida totalmente religiosa, una vida consagrada a Ia penitencia y a la mortificación. (...) Estes hombres, pese a los esfuerzos que 94 Esse conceito oriental de santidade foi rapidamente conhecido e difundido em todo o mundo romano, uma vez que, no século IV, vieram se juntar às duas categorias de santos – mártires e confessores, isto é, os fiéis, geralmente de ordens religiosas que sofreram perseguição e tortura pela fé, mas não foram martirizados – os ascetas, os eremitas e as virgens, seguidos pelos abades fundadores e pelos monges evangelizadores.29 A partir do século V, o culto nas igrejas locais era regulado pelos bispos. Para que algum santo fosse venerado publicamente, era decisiva a fama de santidade ou vox populi. Os bispos aprovavam, então, a veneração de pessoas com reconhecida fama de santidade e o catálogo de santos e santas de Deus aumentava gradativamente. Assim, pode-se dizer que, ao longo dos primeiros sete séculos, a história da Igreja é feita de avanços e recuos e, nesse cenário, a devoção aos santos difunde-se e amplia-se com vigor surpreendente, uma vez que a receptividade desse culto, muito cedo, inseriu a santidade nas operações de convencimento da Igreja. Dentre as estratégias de convencimento que foram utilizadas pela Igreja do início da cristianização até as conquistas coloniais, destaca-se a hagiografia, que com sua complexa matéria composta por vidas, milagres, martírios, e todo tipo de informação mítica ou não sobre os santos, tornou-se um dos principais, senão o principal testemunho. Sobre o significado histórico e etimológico do termo “hagiografia”, lê- se em Pereira (2007, p.163-164): A palavra hagiografia vem do grego hagiographon e significa, literalmente, escrita santa. Conhecida dos autores antigos, mas não em sua utilização santoral, refere-se aos escritos ditos inspirados. (...) No século VII, Isidoro de Sevilha utiliza hagiographi para nomear os autores escriturários, designação ainda empregada no hacían por disimular sus carismas, se hicieron célebres muy pronto debido a Ias excepcionales privaciones a Ias que se sornenan y aparccían ante sus contemporâneos como seres extraordinários.” (FERNÁNDEZ, 2000, p. 164-165) 29 Estes últimos foram, de algum modo, “continuados” pelos reis que se convertiam, de que é exemplo Sigismundo, rei dos Burgondes e fundador da abadia, de Saint-Maurice d’Agaune, no Valais († 523), assim como as rainhas e as princesas que fundam igualmente mosteiros onde, muitas vezes, acabam por professar. Vem em seguida o tempo dos reis cristãos como Santo Estêvão da Húngria (972-1038) ou São Luís de França (1214- 1270). Nessa mesma época, surge uma nova forma de santidade na pessoa dos filhos de São Francisco de Assis (1181-1226) e de São Domingos (1170-1221). Surgem igualmente os fundadores do hospícios e de hospitais ou benfeitores dos pobres como Homebon de Cremona († 1197), o primeiro santo leigo não nobre a ter sido canonizado. A abrir os tempos modernos surgem os místicos e os pregadores, seguidos pelos grandes missionários como, por exemplo, São Francisco Xavier (1506-1552). Os fundadores e as fundadoras das congregações religiosas constituirão, por fim, o grande contigente dos santos canonizados no século XIX. (DAIX, 2000, p.18) 95 século XII por Hugo de São-Vitor, para quem agiographi são os que escrevem a terceira parte do Antigo Testamento, posterior aos Profetas. Entre os séculos IX e XII hagiographa designa mais genericamente “escritos santos”, piedosos e sagrados. Os mais antigos testemunhos desta utilização extra-bíblica são encontrados nos documentos Cartuxos. No século XIII, apesar da grande produção de compilações de vidas, como a Legenda Aurea do dominicano Jacopo da Varazze, não vemos uma mudança semântica nos termos de hagiografia e hagiógrafo. Segundo Guy Philippart, temos um manual de Ars praedicandi que menciona várias scripta hagiographica , sem dúvida se remetendo a Vidas e Milagres de santos, e há ainda um tratado de nomes de santos intitulado Hagiographia em que o autor diz tratar-se de scriptura sanctorum: aqui o prefixo hagio designa especificamente santos e não simplesmente santidade. (...) Assim a literatura relativa aos santos é comumente designada na Antiguidade Tardia e na Idade Média de Acta, gestae, vitae, passio, legenda, sendo que este último termo ganha uma conotação negativa, de relato fabuloso, de pouco crédito, reduzindo para a crítica histórica a possibilidade de utilização do imenso corpus de vidas de santos fora de uma perspectiva cultual e devocional. A partir do século X, o culto aos santos passou a ser cada vez mais disciplinado por Roma e o Magistério eclesiástico começou a regulamentar os processos de canonização. Mas até ao século XVI, bispos locais, muitas vezes, beatificavam algumas pessoas para a veneração em suas dioceses. Desde então, a beatificação passou a ser reservada a Roma. “Por beatificação entende-se uma sentença do papa pela qual é permitido, a certos grupos de fiéis ou até a toda a Igreja, o culto público de um(a) servo(a) de Deus. É um estágio preparatório da canonização.” (ZILLES, 2007, p. 494) Sob esse enfoque, o papa não declara definitivamente que o beato está no céu. Com a beatificação, a Igreja apenas autoriza o seu culto no país, em sua diocese, igreja ou família religiosa, isto é, num âmbito restrito. Originariamente, a canonização, “costume que ainda hoje existe na Igreja Católica e nas Igrejas Ortodoxas” (DAIX, 2000, p.18), significava a inserção na lista dos santos do cânon romano da missa. Hoje costuma realizar-se numa celebração pontifical, durante a qual se afirma categoricamente que a pessoa canonizada está na glória.30 30 A regulamentação dos processos de beatificação e canonização foi feita por Urbano VIII, em 1642, e é a que fundamentalmente vigora até hoje. Desde 1969, foi construída a Congregação para as causas dos santos, resultando da reorganização da Congregação dos Ritos. A nova Congregação é responsável pelas beatificações e canonizações. Em 1983, João Paulo II simplificou o processo. Começa na diocese em que a pessoa morreu, com a supervisão do bispo. Depois, toda a documentação é enviada a Roma, nomeando-se um postulador para acompanhar o processo. Exige-se uma ação milagrosa pela intercessão do servo ou serva de Deus. Compr ovada tal ação milagrosa, promulga-se um decreto declarando-o “venerável”. O título de venerável passa a ser conferido, quando, depois dos procedimentos informativos, é reconhecida a heroicidade das virtudes cristãs ou o martírio. Mas esse título ainda não dá direito ao culto público. Para mártires, exige-se a comprovação da heroicidade de seu martírio, dispensando-se o milagre, no caso da beatificação. Uma condição essencial sempre é a pureza da doutrina nos seus escritos e em suas obras. Antes da canonização, exige-se um segundo milagre, ocorrido depois da beatificação. Este também costuma exigir-se dos mártires. (ZILLES, 2007, p.493-494) 96 Desde a origem, o culto aos santos foi um componente essencial na história do cristianismo ocidental, sobretudo desde a Reforma do século XVI, quando os reformadores foram se mostrando cada vez mais hostis a esse mesmo culto. Eles acreditavam estar reagindo contra os abusos de uma prática popular do tempo, porque afastava do verdadeiro centro da fé cristã, que é Jesus Cristo. Dentre esses reformadores merece destaque Lutero que, apesar de considerar “legítima a veneração e a imitação dos santos, entendia, no entanto, que a sua invocação e intercessão eram totalmente de excluir” 31; e Calvino que levou ao extremo essa atitude, uma vez que “considerava que esse culto era uma invenção do diabo e que venerar as imagens dos santos era uma forma de idolatria.” (DAIX, 2000, p. 18) Em resposta a esses posicionamentos contrários ao culto aos santos, em 3 de dezembro de 1563, o Concílio de Trento, em sua vigésima quinta sessão, aprovou um decreto sobre a invocação, a veneração e as relíquias dos santos, assim como sobre as santas imagens. Nessa perspectiva, o Concílio Vaticano II, no ponto 51 da Lumen Gentium, faz referência a esse mesmo decreto, ao mesmo tempo que entende dever apresentá-lo aos fiéis como autêntica doutrina católica da Igreja sobre o culto aos santos. Afirmava-se, com efeito, nesse decreto: “O santo concílio determina que todos os bispos, em conformidade com a prática secular da Igreja Católica e apostólica, recebida desde os primeiros tempos da religião cristã, e em conformidade com os sentimentos unânimes dos santos Padres e com os decretos dos santos concílios, instruam sem tardar os seus fiéis, em particular sobre a intercessão dos santos, as preces que lhe são dirigidas, as honras prestadas às relíquias, e sobre o uso legítimo das imagens. Devem ensinar-lhes que os santos que reinam com Cristo oferecem a Deus as suas preces pelos homens; que é bom e útil invocá-los com humildade, assim como recorrer às suas preces, à sua ajuda e à sua assistência, com o intuito de obter benesses de Deus por intercessão de seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é o nosso único Redentor e Salvador. Os que negam que se deva invocar os santos que gozam no céu a eterna felicidade, ou que afirmam que estes não rezam pelos homens, ou que os pedidos que lhes são dirigidos para que rezem por cada um de nós são idolatria, ou que é coisa contrária à palavra de Deus e oposta à honra de Jesus Cristo, único mediador entre Deus e os homens, ou que é estultícia suplicar vocal ou mentalmente aqueles que reinam nos céus, todos esses têm pensamentos ímpios. Os fiéis devem igualmente venerar os santos corpos dos mártires e dos outros santos que vivem com Cristo – foram membros vivos de Cristo e templo do Espírito Santo e serão por ele ressuscitados e glorificados para a vida eterna. Por sua intercessão, Deus concede numerosas benesses aos homens. Deste modo, os que afirmam que não se devem honrar, nem venerar, as relíquias dos santos, ou que é em vão que os fiéis prestam honras a essas relíquias, assim como a outras lembranças sagradas, que é igualmente em vão que os 31 Hoje, também, entre os luteranos, revive a ideia da communio sanctorum, da comunhão com os fiéis mortos, que já participam da glória de Cristo. Os cristãos de Confissão luterana em si não negam a existência de santos. Também eles conhecem seu papel de intercessores junto ao trono de Deus e acentuam que neles o cristão tem um modelo para sua própria vida. Consideram os santos como testemunhas históricas da graça e da força de Deus, a qual pode atuar no mundo, através do homem mortal. Desse modo, a veneração dos santos hoje já não é mais uma característica tão absoluta da Igreja católica romana e das Igrejas orientais. (ZILLES, 2007, p.495) 97 fiéis visitam os lugares do seu martírio para obter a sua ajuda, todos esses devem ser condenados, como a Igreja outrora já o fez e o volta a fazer hoje. Além disso, é obrigatório ter e guardar, nomeadamente nas igrejas, as imagens de Cristo, da Virgem, mãe de Deus, e dos santos, prestando-lhe a honra e a veneração que lhes são devidas. Não por que se acredite que haja nelas algo de divino ou qualquer virtude que justifiquem o culto que se lhes presta, ou que se lhes deva pedir o que quer que seja, ou que se deva confiar convictamente nas imagens, como aconteceu em tempos com os pagãos que tinham esperança nos ídolos, mas por que a honra que se lhes presta vem dos modelos originais que essas imagens representam. Destarte, através das imagens que beijamos, perante as quais nos descobrimos e nos prosternamos, é o próprio Cristo que adoramos, são os santos, de quem elas consignam a semelhança, que veneramos. Esta doutrina já foi definida pelos decretos dos concílios, nomeadamente o II Concílio de Niceia, contra aqueles que atacavam as imagens.” (DAIX, 2000, p.19) Assim, nos últimos séculos do período medieval, foi ocorrendo, paulatinamente, uma apropriação clerical sobre o culto aos santos, transformando-o num poder arbitrário do papa a quem era reservado o direito de canonização. A partir daí, Roma é que teria o poder de se pronunciar sobre a santidade de um servo de Deus e de autorizar que lhe fosse erigido um culto litúrgico. Esse processo de centralização romano direcionado para as investigações sobre as biografias e os milagres dos homens de Deus transformou-se num eficaz instrumento seletivo eclesial, o que explica o grande número de canonizações de figuras ligadas às Ordens religiosas. (LE GOFF, 1989 apud GAETA, 1999, p. 62) Neste processo centralizador romano, a hagiografia, a partir da segunda metade do século XVII, foi emoldurada por um tratamento científico, assim como as demais ciências. A pesquisa sistemática dos manuscritos, as classificações das fontes, as transformações do texto em documentos, privilégio da verdade histórica, constituíram-se nos princípios que definiram o trabalho de uma equipe, agora inscrita numa internacional de erudição, como ressaltou Michel de Certeau (1984). A hagiografia transformou se numa “ciência” que deveria, então, informar todos os processos institucionais. Pelo fato da “seleção erudita” reter dos documentos apenas o que possuíam de “verdadeiro”, aquela hagiografia “não-crítica” e, portanto, a não- verdadeira, se isolou, operando então uma clivagem, entre a “austeridade” da matéria litúrgica que seria própria de padres e teólogos e a outra associada à folclorização. (GAETA, 1999, p.62) Cumpre ressaltar que devido ao fato de, por meio de decretos papais, o papel decisório e criador de santos estar definitivamente no domínio eclesiástico, a partir do século XVI, a glória dos altares ficou exclusivamente para a competência romana, que procurou eliminar os cultos populares que continuavam a se desenvolver em torno de eremitas, peregrinos, penitentes ou de vítimas inocentes. A lógica papal previa, pois, que essas formas de santidade que resistiam a assembleias, papéis e ofícios fossem, com o correr do tempo, definitivamente erradicadas, o que não aconteceu, visto que ainda hoje, entre o povo, o culto aos santos 98 não coincide com o culto da liturgia oficial, encontrando-se personagens que não estão no martirológio, como o Padre Cícero, no Nordeste, e o Padre Reus, no Sul, isto pode ser interpretado como questionamento crítico à prática social. Talvez no futuro se devesse levar mais a sério o que, nos processo de canonização, se chama “fama de santidade”, isto é, sua significação para a vida concreta do povo, sobretudo dos leigos. (ZILLES, 2007, p.500) Pode-se dizer, nesse sentido, que há duas vertentes hagiográficas vigentes: uma crítica e outra acrítica. De acordo com Megale (2002), a hagiografia crítica é recente, uma vez que foi colocada em prática no início do século XX por um grupo de jesuítas belgas, denominados bolandistas, com a finalidade de eliminar toda a parte lendária e historicamente falsa da vida dos santos católicos, que a vertente acrítica sempre incentivou. Os bolandistas chegaram a concluir, por exemplo, que alguns santos, mesmo de grande devoção popular, como São Cristóvão e Santa Filomena, não tiveram existência na história, sendo, portanto, figuras lendárias apenas. Desse modo, sob a influência da hagiografia crítica, o Papa João XXIII mandou retirar, em 1960, do “Breviário”, aqueles relatos de vida dos santos que foram caracterizados como falsos. Isso, entretanto, teve pouca relevância para os fiéis, em geral, já que a tradição popular jamais deixou de fazer valer a sua crença. No que se refere à regulamentação do culto aos santos, convém mencionar que, a pedido do Papa Gregório XIII (1572-1585), o cardeal oratoriano César Baronius (1538-1607) elaborou uma compilação oficial da Igreja Romana, denominado Martirológio. Até então, todos os martirológios eram locais e particulares. Essa compilação, no entanto, sob o título de Martirológio Romano32, foi promulgada em 1586 pelo papa Sisto V, passando a ser o martirológio de toda a Igreja, o que, segundo Daix (2000, p.17), justifica-se pela inclusão de santos das Igrejas orientais que tiveram uma história comum de santidade com a Igreja do Ocidente. “É uma forma de ‘comunhão dos santos’ que, aliás, já existiu no passado. E, de facto, a primeira edição oficial acolheu um grupo bastante numeroso de santos venerados em Constantinopla.” 32 Esse Martirológio Romano permaneceu em vigor na Igreja até os nossos dias – revisto por Urbano VIII (1623-1644) e Clemente X (1670-1676), aumentado e corrigido em 1749 por Bento XIV (1740-1758), foi objecto de uma nova edição, em 1913, a pedido de Pio X (1903-1914). Desta edição, dita edição típica, foram feitas posteriormente várias, a última das quais, em 1956, se limitou a acrescentar os novos santos entretanto criados. Depois do Concílio Vaticano II, que havia pedido a revisão de todos os livros litúrgicos, foi decidido fazer uma profunda reforma do martirológio no sentido de o transformar num autêntico Álbum Sanctorum (Católogo dos Santos), ou seja, o livro dos santos efectivamente reconhecidos pela Igreja e por toda a Igreja. (DAIX, 2000, p.16-17) 99 Cabe ressaltar, de acordo com o autor, que o Martirológio difere do Calendário, pois enquanto o primeiro, além da data, assinala para cada um deles o lugar de sua morte – que é o dia do seu nascimento para o Céu – e fornece um breve resumo da sua vida; o segundo se limita a indicar o nome do santo cuja memória é celebrada. Há, na Igreja, um Calendário Litúrgico Geral que foi alterado em 1969. As alterações traduziram-se, sobretudo, na supressão de santos cujo culto deixara talvez de ter uma importância verdadeiramente universal. Por outro lado, procurou-se na medida do possível, colocar a memória dos santos no dia do aniversário de sua morte. (DAIX, 2000, p.197) Apresentam-se, a seguir, os dois calendários em paralelo, com o intuito de que possam observadas, por meio de uma leitura sinótica, as alterações efetivamente introduzidas: QUADRO 3 – Os dois calendários litúrgicos. ANTIGO CALENDÁRIO LITÚRGICO MÊS ATUAL CALENDÁRIO LITÚRGICO JANEIRO Oitava da Natividade 1 MARIA (mãe do Senhor) 2 BASÍLIO, O GRANDE 2 GREGÓRIO DE NAZIANZA 3 GENOVEVA, padroeira de Paris (Próprio de França) TELÉSFORO, papa e mártir 5 Epifania 6 Epifania do Senhor 7 RAIMUNDO DE PENHAFORTE HIGINO, papa e mártir 11 Batismo de Nosso Senhor 13 HILÁRIO DE POITIERS HILÁRIO, bispo e doutor 14 FÉLIX, sacerdote e mártir 14 PAULO, eremita e confessor 15 REMÍGIO de Reims (Próprio de França) MAURO,abade 15 MARCELO I, papa e mártir 16 ANTÔNIO,abade 17 ANTÔNIO DO EGITO PRISCA, virgem e mártir 18 MÁRIO, mártir 19 MARTA, mártir 19 ALDIFÁCIO, mártir 19 ÁBACO, mártir 19 FABIÃO, papa e mártir 20 FABIÃO SEBASTlÃO, mártir 20 SEBASTIÃO INÊS, virgem e mártir 21 VICENTE, mártir 22 VICENTE 100 ANASTÁSIO, mártir 22 RAIMUNDO DE PENHAFORTE, religioso 23 EMERENCIANA, virgem e mátir 23 TIMÓTEO, bispo e mártir 24 FRANCISCO DE SALES Conversão de PAULO 25 Conversão de PAULO PEDRO, primeiro papa, apóstolo e mártir 25 POLICARPO, bispo e mártir 26 TIMÓTEO E TITO JOÃO CRISÓSTOMO, bispo e doutor 27 ÂNGELA MERICI PEDRO NO LASCO, religioso 28 TOMÁS DE AQUINO INÊS, virgem e mártir 28 FRANCISCO DE SALES, bispo e doutor 29 MARTINHA, virgem e mártir 30 JOAO BOSCO, sacerdote 31 JOÃO BOSCO FEVEREIRO INAClO DE ANTIOQUIA, bispo e mártir 1 Purificação da VIRGEM MARIA 2 Apresentação do Senhor BRÁS, bispo e mártir 3 BRAS 3 ANSGÁRIO ANDRÉ CORSINI, bispo 4 ÁGATA, virgem e mártir 5 ÁGATA TlTO, bispo 6 PAULO MIKI e os MÁRTIRES DO JAPÃO DOROTEIA, virgem e mártir 6 ROMUALDO, abade 7 JOÃO DA MATA, religioso 8 JERÔNIMO EMILIANO 8 JERÓNIMO EMILlANO APOLlNA, virgem e mártir 9 ClRILO DE ALEXANDRIA, bispo e doutor 9 ESCOLASTICA, virgem 10 ESCOLÁSTlCA Aparição da Santa Virgem 11 Nossa Senhora de Lourdes em Lurdes Os SETE FUNDADORES DOS SERVITAS, religiosos 12 VALENTIM, sacerdote e mártir 14 ClRILO E MÉTODO FAUSTINO, mártir 15 JOVITO, mártir 15 17 SERVITAS (os sete fundadores) 101 SIMEÃO, bispo e mártir 18 BERNADETTE SOUBIROUS (Próprio de França) 21 PEDRO DAMIÃO Cadeira de PEDRO 22 Cadeira de PEDRO PAULO, apóstolo 22 PEDRO DAMIÃO, bispo e doutor 23 POLlCARPO MATIAS, apóstolo 24 GABRIEL DELL'ADDOLORATA, religioso 27 MARÇO CASIMIRO, leigo 4 CASIMIRO LÚCIO I, papa e mártir 4 PERPÉTUA e FELICIDADE, mártires 6 TOMÁS DE AQUINO, doutor 7 PERPÉTUAE FELICIDADE JOÃO DE DEUS, religioso 8 JOÃO DE DEUS FRANClSCA ROMANA, esposa e viúva 9 FRANCISCA ROMANA OSQUARENTA MARTIRES DE SEBASTO 10 GREGÓRIO, O GRANDE, papa e doutor 12 PATRICK, bispo 17 PATRICK ClRILO DE JERUSALEM, bispo e doutor 18 CIRILO DE JERUSALÉM JOSÉ,esposo da Santa Virgem 19 JOSÉ BENTO, abade 21 23 TURíBIO DE MONGROVEJO GABRIEL, arcanjo 24 Anunciação 25 Anunciação do Senhor JOÃO DAMASCENO, bispo e doutor 27 JOÃO CAPISTRANO, religioso 28 ABRIL FRANSClSCO DE PAULA, religioso 2 FRANSCISCO DE PAULA ISIDORO DE SEVILHA, bispo e doutor 4 ISIDORO DE SEVILHA VICENTE FERRER, religioso 5 VICENTE FERRER 7 JOÃO BAPTISTA DE LA SALLE LEÃO, O GRANDE, papa e doutor 11 ESTANISLAU HERMENEGILDO, mártir 13 MARTINHO I JUSTINO, mártir 14 TIBÚRCIO, mártir 14 102 VALERIANO, mártir 14 MÁXIMO, mártir 14 ANICETO I, papa e mártir 17 ANSELMO, bispo e doutor 21 ANSELMO SOTERO e GAlO, papas e mártires 22 JORGE, mártir 23 JORGE 23 ADALBERTO DE PRAGA FIEL DE SIGMARINGEN 24 FIEL DE SIGMARINGEN MARCOS EVANGELlSTA 25 MARCOS EVANGELlSTA CLETO e MARCELlNO, papas e mártires 26 PEDRO CANíSIO, doutor 27 PAULO DA CRUZ, religioso 28 PEDRO LUÍS MARIA CHANEL PEDRO DE VERONA, mártir 29 CATARINA DE SENA CATARINA DE SENA, virgem 30 PIO V MAIO JOSÉ, operário 1 JOSÉ, artesão ATANÁSIO, bispo e doutor 2 ATANÁSIO ALEXANDRE I, papa e mártir 3 TIAGO, O MENOR (apóstolo) EVÊNClO e TEÓDULO, mártires 3 FILIPE(apóstolo) JUVENAL, bispo 3 MÔNICA, esposa e viúva 4 PIO V, papa 5 ESTANISLAU, bispo e mártir 7 GREGORIO DE NAZIANZA, bispo e doutor 9 ANTONINO, bispo 10 GÓRDIO e EPIMACO, mártires 10 FILIPEe TIAGO, apóstolos 11 NEREU E AQUILES, mártires 12 NEREU E AQUILES PANCRÁClO, mártir 12 PANCRÁCIO DOMITÍLIA, virgem e mártir 12 ROBERTO BELARMINO, bispo e doutor 13 BONIFACIO, mártir 14 MATIAS JOÃO BAPTISTA DE LA SALLE,sacerdote 15 UBALDO, bispo 16 PASCOAL BAYLON, religioso 17 VENANTE, mártir 18 JOÃO I PEDRO CELESTlNO, papa 19 IVO (Próprio de França) PUDENCIANA, virgem 19 BERNARDINO DE SENA, religioso 20 BERNARDINO DE SENA 103 GREGORIO VII, papa 25 BEDA, °VENERÁVEL URBANO, papa e mártir 25 GREGÓRIOVII 25 MARIA MADALENA DE PAZZI FILIPE DE NÉRI, sacerdote 26 FILIPE DE NÉRI ELEUTÉRIO, papa e mártir 26 BEDA, O VENERÁVEL, doutor 27 AGOSTINHO DA CANTUÁRIA JOÃO I, papa e mártir 27 AGOSTINHO DA CANTUARIA, bispo 28 MARIA MADALENA DE PAZZI, virgem 29 FÉLlX I, papa e mártir 30 JOANA D'ARC (próprio de França Festa de MARIA Rainha 31 Visitação da Virgem MARIA PETRONILA, virgem 31 JUNHO ÂNGELA MERICI, virgem 1 JUSTlNO MARCELlNO e PEDRO, mártires 2 MARCELlNO E PEDRO ERASMO, bispo e mártir 2 MÁRTIRES DE LIÃO E DE VIENA (próprio de França) 3 CARLOS LWANGA e os MÁRTIRES DO UGANDA FRANCISCO CARACCIOLO,religioso 4 CLOTILDE, rainha(Próprio de França) BONIFÁCIO, bispo e mártir 5 BONIFÁCIO NORBERTO, bispo 6 NORBERTO PRIMA e FELlCIANO, mártires 9 EFRÉM MARGARI DA DA ESCÓCIA, rainha e viúva 10 BARNABÉ,apóstolo 11 BARNABÉ JOÃO DE SAO FACUNDO, religioso 12 BASÍLlDO, mártir 12 CIRINO, mártir 12 NABOR e NAZÁRIO, mártires 12 ANTÔNIO DE LISBOA, doutor 13 ANTÔNIO DE LISBOA BASíLIO, O GRANDE, bispo e doutor 14 GUIDO e MODESTO, mártires 15 CRESCÊNCIA, virgem e mártir 15 GREGÓRIO BARBARIGO, bispo 17 EFREM,diácono e doutor 18 MARCO e MARCELlNO, mártires 18 JULIANA FALCONIERI, virgem 19 ROMUALDO GERVÁSIO e PROTÁSIO, mártires 19 SILVÉRIO, papa e mártir 20 104 LUÍS DE GONZAGA, religioso 21 LUÍS DE GONZAGA PAULINO, bispo 22 PAULlNO DE NOLE 22 JOHN FISHER 22 TOMÁS MORUS Vigília do nascimento de JOÃO BAPTISTA 23 Nascimento de JOÃO BAPTISTA 24 Nascimento de JOÃO BAPTlSTA GUILHERME DE MONTEVERGINE, abade 25 JOÃO e PAULO, mártires 26 27 ClRILO DE ALEXANDRIA Vigília dos apóstolos PEDRO e PAULO 28 IRENEU PEDRO e PAULO, apóstolos 29 PEDRO e PAULO Comemoração de PAULO apóstolo 30 Protomártires da Igreja Romana JULHO Precioso Sangue de Nosso Senhor 1 Visitação da Virgem MARIA 2 IRENEU, bispo e mártir 3 TOMÉ (apóstolo) 4 ISABELDE PORTUGAL ANTÔNIO MARIA ZACARIAS, religioso 5 ANTÔNIO MARIA ZACARIAS 6 MARIA GORETTI ClRILO e MÉTODO, bispos 7 ISABEL DE PORTUGAL, esposa e viúva 8 Os sete IRMAOS MARTIRES 10 RUFINA e SEGUNDA, virgens e mártires 10 PIO I, papa e mártir 11 BENTO JOÃO GUALBERTO, abade 12 NABOR e FÉLIX, mártires 12 13 HENRIQUE 11(imperador) BOAVENTURA, bispo e doutor 14 CAMILO DE LELLlS HENRIQUE, leigo 15 BOAVENTURA Comemoração de Nossa Senhora do Monte Carmelo 16 Nossa Senhora do Monte Carmelo ALEIXO, leigo 17 CAMILO DE LÉLIS, religioso 18 SINFOROSA e seus sete filhos, 18 mártires VICENTE DE PAULO, sacerdote 19 JERÔNIMO EMILIANO, religioso 20 105 MARGARIDA, virgem e mártir 20 LOURENÇO DE BRINDISI, doutor 21 LOURENÇO DE BRINDISI PRAXEDES,virgem 21 MARIA MADALENA, penitente 22 MARIA MADALENA APOLINÁRIO, bispo e mártir 23 BRíGIDA DA SUÉCIA LIBORIO, bispo 23 CRISTINA, virgem e ,mártir 24 CRISTÓVÃO 25 CRISTÓVÃO TIAGO, O MAIOR, apóstolo 25 TIAGO, O MAIOR (apóstolo) ANA, mãe da Virgem MARIA 26 ANA EJOAQUIM PANTALEÃO, mártir 27 NAZÁRIO E CELSO, mártires 28 VÍTOR I, papa e mártir 28 INOCENClO I, papa e mártir 28 MARTA, virgem 29 MARTA FÉLlX, SIMPLÍCIO, FAUSTINO e BEATRIZ, mártires 29 ABDÃO e SÉNEM, mártires 30 PEDRO CRISÓLOGO INÁClO DE LOYOLA, religioso 31 INÁCIO DE LOYOLA AGOSTO MACABEUS, mártires 1 AFONSO MARIA DE LIGÓRIO AFONSO MARIA DE LlGÓRIO, bispo e doutor 2 EUSÉBIO DE VERCEIL ESTÊVÃO, papa e mártir 2 3 PEDRO JULIÃO EYMARD DOMINGOS, religioso 4 JEAN-MARIE VIANNEY Consagração de Santa Mariadas Neves 5 Consagração de Santa Maria Maior Transfiguração de Nosso Senhor 6 SISTO II,papa e mártir 6 FELICÍSSIMO e AGAPITO, mártires 6 GAETANO, religioso 7 GAETANO DE THIENNE DONATO, bispo e mártir 7 SISTO II JEAN-MARIE VIANNEY, sacerdote 8 DOMINGOS CIRÍACO, LARGO e ESMARAGDA, mártires 8 ROMÃO, mártir 9 Vigília de LOURENÇO 9 LOURENÇO, mártir 10 LOURENÇO TIBURCIO, mártir 11 CLARA SUSANA, mártir 11 HIPÓLlTO e CASSIANO, mártire 13 PONCIANO E HIPÓLlTO EUSÉBIO, sacerdote 14 MAXIMILlANO MARIA KOLBE 106 Vigília da Assunção 14 Assunção da Santa Virgem 15 Assunção da Santa Virgem JOAQUIM, pai da Santa Virgem 16 ESTEVAO DE HUNGRIA JACINTO, religioso 17 AGAPITO, mártir 18 JOÃO EUDES, religioso 19 JOÃO EUDES BERNARDO, abade e doutor 20 BERNARDO JOANA FRANClSCA FRÉMIOT DE CHANTAL, viúva 21 PIO X Coração lmaculado de MARIA 22 Santa MARIA Rainha TIMOTEO, HIPOLlTO e SINFORIO, mártires 22 FILIPE BENIZI, religioso 23 ROSA DE LIMA BARTOLOMEU, apóstolo 24 BARTOLOMEU LUÍS, leigo 25 LUÍS DE FRANÇA 25 JOSE CALASANZ ZEFERINO, papa e mártir 26 CESÁRIO DE ARLES (Próprio de França) JOSÉ CALASANZ, religioso 27 MÔNICA AGOSTINHO, bispo e doutor 28 AGOSTINHO HERMES, mártir 28 Martírio de JOÃO BAPTISTA 29 Martírio de JOÃO BAPTIST A SABINA, mártir 29 ROSA DE LIMA, virgem 30 FÉLIX e ADUTO, mártires 30 RAIMUNDO NONNAT, religioso 31 SETEMBRO GIL, abade 1 Os Doze Irmãos mártires de Benavente 1 ESTÊVÃO, leigo 2 PIO X, papa 3 GREGÓRIO, O GRANDE LOURENÇO JUSTINIANO, bispo 5 Nascimento da Santa Virgem 8 Nascimento da Santa Virgem ADRIANO, mártir 8 JORGE, mártir 9 PEDRO CLAVER NICOLAU DE TOLENTINO, religioso 10 PROTO e JACINTO, mártires 11 Santo Nome de MARIA 12 13 JOÃO CRISÓSTOMO O Triunfo da Santa Cruz 14 Exaltação da Cruz Nossa Senhora das Sete Dores 15 107 NICODEMOS, mártir 15 CORNÉLlO, papa e mártir 16 CORNÉLlO E ClPRIANO ClPR}ANO, bispo e mártir 16 EUFÉMIA, LUCIA e GEMINIANO, mártires 16 Impressão dos Santos Estigmas de FRANCISCO DE ASSIS 17 ROBERTO BELARMINO JOSÉ DE CUPERTlNO, religioso 18 JANEIRO, bispo e mártir, e seus companheiros mártires 19 JANEIRO EUSTAQUIO e companheiros, mártires 20 ANDRÉ KIM, PAULO CHONG e companheiros, mártires da Coreia MATEUS, apóstolo e evangelista 21 MATEUS EVANGELlSTA MAURICIO e seus companheiros, mártires 22 TOMÁS DE VILLANEUVA, bispo 22 LINO, papa e mártir 23 TECLA, virgem e mártir 23 Nossa Senhora das Mercês 24 ClPRIANO, mártir 26 COSME E DAMIÃO JUSTINA, virgem e mártir 26 COSME e DAMIAO, mártires 27 VICENTE DE PAULO VENCESLAU, mártir 28 VENCESLAU 28 LOURENCO RUIZ e companheiros,mártires do Japão MIGUEL, arcanjo 29 Arcanjos MIGUEL, GABRIELERAFAEL JERÓNIMO, doutor 30 JERÔNIMO OUTUBRO REMIGIO, bispo 1 TERESA DO MENINO JESUS (Lisieux) Os santos ANJOS DA GUARDA 2 ANJOS DA GUARDA TERESA DO MENINO JESUS, virgem 3 FRANCISCO DE ASSIS,religioso 4 FRANCISCO DE ASSIS PlÁCIDO e companheiros, mártires 5 BRUNO, religioso 6 BRUNO Nossa Senhora do santo rosário 7 Nossa Senhora do Rosário MARCOS I, papa e confessor 7 BRíGIDA, esposa e viúva 8 SÉRGIO, BACO, MARCELO e APULEIA, mártires 8 DIONíSIO, bispo e mártir 9 DIONíSIO 108 JOÃO LEONARDI, religioso 9 JOÃO LEONARDI RÚSTICO e ELEUTÉRIO,mártires 9 FRANSClSCO BÓRGIA, religioso 10 Maternidade da Santa Virgem 11 EDUARDO, leigo 13 CALlSTO I, papa e mártir 14 CALlSTO TERESADE ÁVILA, religios 15 TERESADE ÁVILA EDVIGES, esposa e viúva 16 EDVIGES 16 MARGARIDA MARIA ALACOQUE MARGARIDA MARIA ALACOQUE, virgem 17 INÁCIO DE ANTIOQUIA LUCAS, evangelista 18 LUCAS PEDRO DE ALCÁNT ARA, religioso 19 ISAAC JOGUES e os mártires do Canadá 19 PAULO DA CRUZ JOÃO DE KENTY, sacerdote 20 HILARIÃO, abade 21 ÚRSULA e companheiras, virgens 21 ANTÓNIO-MARIA CLARET, bispo 23 JOÃO CAPISTRANO RAFAEL, arcanjo 24 ANTÓNIO-MARIA CLARET CRISANTO e DARIA, mártires 25 EVARISTO, papa e mártir 26 SIMÃO e JUDAS, apóstolos 28 SIMÃO E JUDAS NOVEMBRO Festa de todos os Santos 1 Todos os Santos Comemoração dos Fiéis defuntos 2 Todos os Fiéis defuntos 3 MARTINHO DE PORRES CARLOS BORROMEU, bispo 4 CARLOS BORROMEU VITAL e AGRíCOLA, mártires 4 OSQUATRO SANTOSCOROADOS, mártires 8 Consagração da Basílica de Latrão 9 Consagração da Basílica de Latrão TEODORO, mártir 9 ANDRÉ AVELlNO, religioso 10 LEÃO, O GRANDE TRIFÃO e RESPÍCIO, mártires 10 NINFA, virgem e mártir 10 MARTlNHO DE TOURS, bispo 11 MARTINHO DE TOURS MENO, mártir 11 MARTINHO I, papa e mártir 12 JOSAFÁ KUNCEWITZ DIEGO, religioso 13 JOSAFÁ, bispo e mártir 14 ALBERTO, O GRANDE, bispo e doutor 15 ALBERTO, O GRANDE GERTRUDES, virgem 16 GERTRUDES 109 16 MARGARIDA DA ESCÓCIA GREGÓRIO O TAUMATURGO, bispo 17 ISABELDE HUNGRIA Consagração das Basílicas de São PEDRO e de São PAULO 18 Consagração das Basílicas de São PEDRO e de São PAULO ISABELDE HUNGRIA, esposa e viúva 19 PONCIANO, papa e mártir 19 FÉLlX DE VALOIS, religioso 20 Apresentação da Santa Virgem 21 Apre,sentação da Santa Virgem CECILIA, virgem e mártir 22 CECÍLIA CLEMENTE I, papa e mártir 23 CLEMENTE I FELICIDADE, mártir 23 COLUMBANO JOÃO DA CRUZ, doutor 24 ANDRÉ DUNG LAC e companheiros, mártires do Vietname CRISÓGONO, mártir 24 CATARINA, virgem e mártir 25 SILVESTRE,abade 26 PEDRO DE ALEXANDRIA, bispo e mártir 26 SATURNINO, mártir 29 ANDRÉ, apóstolo 30 ANDRÉ DEZEMBRO VIBIANA, virgem e mártir 2 FRANCISCO XAVIER, religioso 3 FRANCISCO XAVIER BÁRBARA, virgem e mártir 4 JOÃO DAMASCENO PEDRO CRISÓLOGO, bispo e doutor 4 SABAS, abade 5 NICOLAU, bispo 6 NICOLAU AMBRÓSIO, bispo e doutor 7 AMBRÓSIO Imaculada Conceição da Virgem MARIA 8 Virgem MARIA MELQuíADES, papa e mártir 10 DÃMASO I, papa 11 DÂMASO 12 JOANA FRANClSCA FRÉMYOT LUZIA, virgem e mártir 13 LUZIA 14 JOÃO DA CRUZ EUSÉBIO, bispo e mártir 16 TOMÉ, apóstolo 21 PEDRO CANíSIO 23 JOÃO DE KETY Vigília da Natal 24 ANASTÁSIO, mártir 25 110 Festa de Natal 25 Natividade do Senhor ESTÊVÃO, primeiro mártir 26 ESTÊVÃO JOÃO, apóstolo e evangelista 27 JOÃO EVANGELlSTA Os SANTOS INOCENTES, mártires 28 SANTOS INOCENTES TOMÁS DA CANTUÁRIA, bispo e mártir 29 TOMÁS BECKET SILVESTRE I, papa 31 SILVESTRE Fonte: DAIX, 2000, p.197-206 A primeira alteração observada quando se comparam os dois calendários é a inclusão da celebração do dia de Santa Maria no Calendário Litúrgico Atual, no dia 1º de janeiro. Contudo várias são as referências feitas à Virgem Maria e às suas múltiplas invocações no Antigo Calendário Litúrgico. Dentre as quais, citam-se, a título de exemplo, A purificação da Virgem Maria, em 2 de fevereiro; Aparição da Santa Virgem em Lourdes, em 11 de fevereiro; e a Comemoração de Nossa Senhora do Monte Carmelo, em 16 de julho. Ao falar da veneração à Maria e aos santos pelo povo cristão, o Concílio Vaticano II não questiona a mediação de Cristo, embora use conceitos populares como ‘medianeira’. Desse modo, “o Vaticano II quer dizer que, na economia da graça de Deus, todos dependem de Cristo. Cada qual tem uma tarefa subordinada a Cristo. O recebimento da salvação implica o recebimento da ação salvífica como cooperação participante de uma única fonte: Cristo”, o que também vale para Maria, que tem seu lugar na solidariedade daqueles que precisam da salvação de Cristo. (ZILLES, 2007, p.502) Nesse sentido, percebe-se que, para a Igreja, a Virgem Maria, assim como os santos e santas do Calendário Litúrgico, também não se situa ao lado de Deus como semideusa, e sim ao lado dos homens, isto é, ao lado da Igreja. Em outros termos, pode se dizer que, integrando o hagiológio romano, Maria tem sido considerada uma santa católica desde a Antiguidade. É, nesse sentido, que a seção seguinte vem nos trazer informações concernentes ao culto mariológico e suas especificidades. 2.1.1 O culto à Santa Maria Mãe de Deus: invocações múltiplas A devoção a Maria, Mãe de Jesus Cristo, é um componente essencial do culto cristão desde a Antiguidade, sobretudo depois do Concílio de Éfeso (435), quando se reconheceu a Maria o título de ‘Mãe de Deus’. “O Vaticano II reconhece aí a realização da própria Virgem: 111 ‘Chamar-me-ão bem-aventurada...’ Segundo o Concílio, o culto mariano cresceu em quatro direções: 1) em veneração, 2) em amor, 3) em invocação e 4) em imitação.” (BOFF, 2012, p.116) De acordo com Dias (1987), a Idade Média (séculos V a XV) fez que a devoção à Virgem Maria invadisse toda a piedade cristã, desde a liturgia às artes e à literatura. Desdobraram-se as festas do calendário litúrgico e da denominação “Santa Maria” surgiram múltiplas invocações a Nossa Senhora, fomentando, assim, a construção de catedrais, igrejas e capelas a ela dedicadas. A evolução do culto mariano, de acordo com Almeida (1979), está intimamente interligada com o desenvolvimento iconográfico e com o culto aos santos. Assim, a devoção mariana se desenvolve muito no final da Idade Média, o que se dá em decorrência de um humanismo cada vez mais afirmativo, de uma devoção a Cristo mais apoiada nos Evangelhos e também porque, mais que as relíquias, é fácil multiplicar as imagens. Nas palavras do autor: Como A. Dupront bem observou quando, nos finais da Idade Média, o Oriente se encerra ao comércio das relíquias o Ocidente descobre outras, não só carregando de sagrado muitas imagens, mas também inventando ou valorizando as dos seus próprios santos. Em Portugal o fenômeno é bem notório. É a época da invenção das relíquias túmulo de S. Pedro de Rates, de S. Ouvídio, de S. Gualter e S. Gonçalo de Amarante e, no Porto, de S. Pantaleão, cuja transladação para a Sé Catedral se faz em 1499. À medida que a Idade Média finaliza multiplicam-se cada vez mais os santuários e as capelas marianas, com nomes tópicos. (ALMEIDA, 1979, p.163) O período compreendido entre os séculos XVI e XVIII, ou Idade Moderna, caracteriza-se, por outro lado, em decorrência do Protestantismo, pela ridicularização das práticas devocionais ao culto de Maria. A reação católica foi, diante disso, incrementar ainda mais o culto e a devoção à Nossa Senhora, criando festas como a do Rosário, a das Mercês, a do nome de Maria, instituindo com o papa Clemente VIII a prática de coroar, como sinal de realeza, as imagens de Maria e de a proclamar rainha de diversos países, como França, Espanha e Portugal, propagando a reza do rosário e do terço. Ressalta-se, entretanto, que a devoção mariana atinge seu auge a partir do século XIX, quando as devoções anteriores a Nossa Senhora se tornam mais intensas. A Idade Contemporânea (sécs. XIX e XX) atingiu o auge da devoção mariana. Retomou e aumentou as anteriores devoções a Nossa Senhora e respectivas invocações; criou os meses de Maria e do Rosário, renovou as confrarias do Rosário, favoreceu as congregações e pias associações marianas, acrescentou novas festas como a do Imaculado Coração de Maria, a de Maria Auxiliadora, a de Maria Medianeira de todas as graças e da Maternidade Divina .de Maria; fez surgir novas 112 congregações religiosas sob a invocação de Maria: os missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, os oblatos de Maria Imaculada, os Mâíinistas, os Maristas, as Servas de Maria. Mas, acima de tudo, o nosso tempo é a era privilegiada das grandes aparições de Maria: Rue Du Bac, Paris, 1839; La Salete (1846), Lourdes (1858) e Fátima (1917) que fazem recrudescer o fenómeno das peregrinações. A definição do Dogma da Imaculada Conceição (8/XII/1854) e da Assunção de Maria ao céu (1/XI/ 1950) são dois marcos do clímax teológico que consagrou o fervor devocional do nosso tempo. (Dias, 1987, p. 229) No que concerne aos títulos de Nossa Senhora, Megale (2001), em sua obra As invocações da Virgem Maria no Brasil, apresenta 123 títulos distintos e afirma que, em princípio, as invocações marianas podem ser de origem Litúrgica, Histórica e Popular. Segundo ela, as invocações litúrgicas foram criadas pela Igreja e são relacionadas à liturgia católica: Conceição, Ó, Guia, Assunção, Mãe da Igreja etc. As históricas, apesar deste termo não ser tomado em sentido rigoroso, referem-se aos títulos criados durante os vinte séculos de cristianismo e geralmente recebem os nomes dos lugares onde seu culto foi iniciado. Caravaggio, Guadalupe, Penha de França, Lourdes, Nazaré, Roccio etc. As de origem popular, de acordo com a autora, receberam denominações dadas espontaneamente pelos devotos, conforme os ritos usados ou as necessidades do momento, como por exemplo Carpição, Brotas, Boa Viagem, Bom Parto etc. (MEGALE, 2001, p. 16) Cabe ressaltar, de acordo com Dias (1987, p. 233-242), que toda a devoção popular, e também a mariana, pauta-se fundamentalmente em três coordenadas essenciais: Fé, Confiança e Alegria. Pela fé, o povo adere às grandes verdades da religião católica. No que se refere à Nossa Senhora, essas verdades relacionam-se com a Maternidade divina e virginal, Assunção ao céu e Imaculada Conceição. A devoção mariana foi sendo incrementada em novenas, tríduos e sermões populares e ainda por meio de escritos sobre as aparições de Nossa Senhora e Santa Catarina Labouré na rua Du Bac, Paris (1830), aos meninos de La Sallete (1846) e sobretudo a Santa Bernadete em Lourdes (1858). Estas confirmando no imaginário popular o dogma da Imaculada Conceição, provocaram de igual modo entre nós uma onda de devoção mariana com as peregrinações a Lourdes e a Piedade de Nossa Senhora de Lourdes a traduzir-se na construção de altares e imagens e na difusão da reza do Terço. (DIAS, 1987, p.233) Pela confiança, o povo cristão acredita na proteção e intercessão da Virgem Maria e dos santos junto de Deus. Assim, a confiança religiosa seria a mola acionadora da religiosidade popular e sua expressão mais concreta, chegando, às vezes, a parecer superstição. 113 Pelo seu temperamento sentimental, o povo português manifesta particular confiança em Nossa Senhora porque, sendo mãe de Jesus, vê-a igualmente como mãe dos homens. Neste aspecto, como que esquece e relega para segundo plano a prerrogativa da Virgindade para lhe realçar a condição maternal. Maria é a mulher mãe, a mãe das nossas mães, em quem, como antonomásia, se procuram e encontram as virtudes e qualidades que procuramos na mãe da terra. Daí as múltiplas invocações com que o povo se lhe dirige para cativar as suas graças e bênçãos, o carinho e proteção. Mas o que é curioso notar é que as invocações e títulos dados a Nossa Senhora têm sempre uma dimensão funcional. Numa perspectiva antropológica diríamos (...) que, como mãe biológica, também a Mãe de Jesus está continuamente presente na vida dos homens crentes enquanto paradigmático modelo de todas as atitudes maternais para o bem do corpo e da alma, para a saúde e para a doença, na pátria e na emigração. Seria fastidioso e quase impossível enumerar a longa teoria das invocações a Nossa Senhora nos sécs. XIX e XX, muitas já vindas dos séculos anteriores. (...) Haveria ainda que referir a influência de títulos de Maria na própria onomástica, na medida em que ela é um óptimo instrumento de aferimento dos gostos, tradições e devoções de cada tempo. (DIAS, 1987, p.235-238) Grifos nossos. Pela alegria, o povo cristão é levado a celebrar Nossa Senhora. São as festas da Virgem, em princípio, coincidentes com as datas das principais festas litúrgicas. (...) As festas religiosas são para o povo uma ruptura com o cotidiano laborioso e preocupado, a afirmação da sacralidade do tempo, a possibilidade do encontro pessoal e comunitário com Deus e os santos, uma antecipação gozosa do reino de Deus. As festas de Nossa Senhora são celebradas sempre com grande fervor e entusiasmo, sobretudo de maio a outubro. Embora inicialmente ligadas às celebrações marianas do Calendário Litúrgico, hoje muitas estão deslocadas, mas todas enaltecem um título ou invocação em que a Santa Maria aparece. Assim, pode-se afirmar, conforme Dias (1987, p. 227), que “ainda que a vertente evangélico-protestante procure apoucar o papel de Maria quer na religião popular quer na teologia, as vertentes católica e ortodoxa, pelo contrário, exaltam e glorificam o seu papel como mãe dos cristãos, a quem chamam, gostosamente, Nossa Senhora.” 2.2 A devoção no Brasil: uma herança portuguesa A devoção fiel ao culto e à tradição da Igreja Católica sempre foi uma constante na nação ibérica. Esse costume se estendeu, à época dos descobrimentos e das conquistas ultramarinas, a todas as costas continentais e insulares aonde chegaram as embarcações lusas, como é o caso do Brasil. 114 A fé cristã e Igreja Católica apareceram na costa brasileira, no raiar do século 16, pelas mãos do Padroado Português Ultramarino. Os portugueses que descobriram as terras brasileiras e que nela se estabeleceram, colonizando-a gradualmente, trouxeram também a sua fé cristã e transferiam para a colônia boa parte da organização eclesiástica que já tinham no reino, bem como aplicaram com grande desenvoltura o Regime de Padroado régio que devia ser introduzido nas terras ultramarinas de Portugal. A Igreja que nasce no Brasil no século 16 torna-se, a certo modo, uma extensão daquela Igreja Católica que existia em Portugal, com todas as suas características de expressar a fé cristã. (KUHNEN, 2005, p.25) A respeito dessa influência, Chaves (1957, p.178) explica que os portugueses não podiam estabelecer um hiato histórico e de ação entre o que era nacional em Portugal e o que tinha de ser igualmente nacional para além do mar. Se as instituições metropolitanas foram o padrão da colonização e administração dos territórios ultramarinos e constituíam a força criadora dessa mesma atividade, era de esperar que toda a vida espiritual dos navegantes e colonizadores fosse transferida para as terras ultramarinas. Vale ressaltar que a religiosidade cristã portuguesa não se limitou ao século XVI, pelo contrário, foi se fortalecendo ainda mais no decorrer dos séculos. De acordo com Dias: (...) as aparições de Maria aos três pastorinhos de Fátima na cova de Iria (13/V/1917) provocaram um impacto na vida religiosa do povo português e estão na origem do revigoramento da fé e da prática católicas. Depois do fenómeno de Fátima, a história do catolicismo em Portugal tomou rumos mais sentidos e alargados, e a devoção a Nossa Senhora de Fátima tornou-se o catalizador da vida religiosa do nosso povo. Centro religioso da nação, as peregrinações multiplicaram- se, os milagres físicos e sobretudo morais, ali realizados, incentivaram a fé de muita gente, a vida cristã revigorou-se com as viagens da Virgem Peregrina pelo país e pelo mundo, e Portugal reencontrou-se como ‘Terra de Santa Maria’. No contexto das nações cristãs, Portugal pode, por isso, cotar-se como o país mariano por excelência; e vem já do tempo dos Descobrimentos o seu contributo para a expansão do culto de Nossa Senhora para a África, Oriente e Brasil por meio dos missionários e colonos. (DIAS, 1987, p. 234-5) Desse modo, devido à herança portuguesa, enraizada ancestralmente à religião cristã, a devoção à Nossa Senhora e aos santos, principalmente àqueles ligados ao Cristo e à Mãe de Deus, como São José, Santa Ana, São Joaquim, São João Batista e São Pedro, sempre mereceu carinho especial do povo brasileiro. Dentre as características de expressar a fé cristã trazidas para as terras brasileiras, cita- se a veneração dos santos formando toda uma cadeia: santo-promessa-milagre, ressaltando que um dos atos religiosos mais comuns do brasileiro é a promessa. Quando alguém está doente, em vésperas de exames, em apertos financeiros etc., faz uma promessa ao santo, esperando o milagre ou a graça. Depois de reconhecido o milagre, paga-se a promessa ao 115 santo. Assim, conforme Zilles (2007, p. 495), a ideia da mediação entre Deus e os homens, na piedade popular, conhece toda uma escala de instâncias: Nossa Senhora, Santo Antônio, São Jorge, São Francisco, São Expedito etc.. O que significa que nem todos os santos gozam dos mesmos privilégios. Cada santo é mais ou menos especializado, em virtude de critérios objetivos e subjetivos, pois cada pessoa tem seus santos de predileção, porque sabe que cada santo tem mais inclinação para determinado tipo de milagre. Observa-se, dessa forma, que, muitas vezes, há um relacionamento de intimidade afetuoso entre o devoto e o santo de sua devoção. Megale (2002, p. 234-240), ao abordar a origem e a evolução das principais devoções populares no Brasil, parece nos apresentar uma possível justificativa para esse fato. Segundo a autora, além de pequenas imagens dos santos de sua devoção, as populações portuguesas que se deslocaram para o Brasil trouxeram consigo um forte sentimentalismo que se deixava transparecer através do fervor religioso profundo e de uma singela piedade. Assim, desde os primeiros tempos da colonização, “observamos grande quantidade de lendas relacionadas à fundação de capelas erguidas em nosso território e a afluência popular às festas religiosas nas mais antigas cidades das capitanias.” (Op. cit., p.234) É, pois, nesse contexto, que surgem as devoções a Nossa Senhora da Boa Morte, da Luz, do Bom Sucesso, do Parto e aos santos lusitanos Santo Antônio, São Gonçalo do Amarante, Santa Isabel e Santa Quitéria, dentre outras. De acordo a historiadora, a primeira imagem da Virgem Maria que aportou no Brasil foi a de Nossa Senhora da Esperança, que veio com Pedro Álvares Cabral, de quem era padroeira. Dessa forma, conforme a época e as regiões geográficas, sobressaíam, nas comunidades primitivas, as invocações de Nossa Senhora e de santos trazidos, em princípio, pelos marinheiros que se aventuravam no oceano desconhecido, como Nossa Senhora da Ajuda, da Guia, dos Navegantes, da Boa Viagem, em seguida a dos agricultores e pecuaristas devotos das Senhoras da Oliveira e das Brotas, e depois pelos missionários que divulgaram os patronos de suas comunidades religiosas. No que se refere às devoções trazidas para as terras brasileiras, os missionários e as ordens religiosas a que pertenciam merecem destaque, uma vez que, desde as primeiras embarcações portuguesas, o contingente desses religiosos sempre foi representativo: primeiro, na fase inicial da civilização brasileira, vinham para evangelizar os indígenas; depois, vinham com finalidades missionárias ou educativas. Os franciscanos, por exemplo, foram os pioneiros na catequização do Brasil. Além de frei Henrique de Coimbra, que rezou a primeira missa na Terra de Santa Cruz, em 1516, dois 116 missionários portugueses chegaram a Porto Seguro, enviados pelo rei D. Manuel, mas foram mortos pelas mãos dos nativos. Em 1532, aportaram com Martim Afonso, em São Vicente, onde fundaram uma capela em honra de Santo Antônio. Durante alguns anos vieram algumas levas de frades da Ordem Seráíica, porém o mais famoso deles foi frei Pedro Palácios, que chegou à Vila Velha, no Espírito Santo, em 1558, fundando a capela de São Francisco e depois o Convento de Nossa Senhora da Penha, inaugurado em 1570. A pedido do governador de Pernambuco, Jorge de Albuquerque Coelho, foi instituída a missão brasileira denominada "Custódia de Santo Antônio", determinando como sede o futuro convento de Olinda, criado em 1585 sob a invocação de Nossa Senhora das Neves, que foi a casa-mãe de todos os frades menores do Brasil. Sua fama se espalhou pelo Nordeste, contribuindo para isso a popularidade de Santo Antônio de Lisboa, cujo culto já conquistara a Colônia. Na Bahia estabeleceram o convento de São Francisco, e em 1587 foram para Igaraçu, onde construíram a igreja de São Cosme e São Damião, dirigindo-se depois para o Sul. (Op. cit., p. 235-236) Também deve ser atribuída aos franciscanos a propagação das invocações de Nossa Senhora das Neves, do Amparo e dos Anjos, assim como das devoções a São Francisco, Santo Antônio, Santa Clara, São Boaventura e São Pedro de Alcântara. Os inacianos, representados pelos padres da Companhia de Jesus, ou jesuítas, divulgaram as devoções a Nossa Senhora da Candelária, da Assunção, São Miguel, Santo lnácio, São Francisco Xavier e São Luís Gonzaga. Os primeiros jesuítas aportaram com o governador Tomé de Sousa, em 1549, e outros, com Duarte da Costa, em 1553. Os mais conhecidos foram os padres Nóbrega, Leonardo Nunes e José de Anchieta, cujos nomes permaneceram na História do Brasil. Tomé de Sousa fundou, em Salvador, a Sé, dedicada à Virgem da Ajuda, e o Colégio dos Jesuítas. Assim que podiam, os padres da Companhia de Jesus erguiam nas aldeias indígenas uma capela, ainda que tosca, e uma escola para crianças, que catequizavam na própria língua, ensinando-as também a ler e escrever. (Op. cit., p. 236) Os monges beneditinos, por sua vez, chegaram ao Brasil em 1551, estabelecendo-se em Salvador, onde construíram, no começo do século XVII, seu convento e a capela de sua padroeira, Nossa Senhora de Montserrat, uma das mais representativas da primeira capital brasileira. Esse período é marcado por grande expansão e, nesse contexto, os padres de São Bento fundaram conventos em Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo. Foram difundidos, então, os cultos a São Bento, Santa Escolástica e Santo Amaro, assim como a Nossa Senhora da Soledade e das Angústias. 117 A chegada dos padres carmelitas às terras brasileiras, conforme Megale, deu-se em 1580. Eles se estabeleceram inicialmente em Santos, onde foi construído o primeiro templo dedicado à Virgem do Carmo e de lá se expandiram por todo o país, iniciando os cultos a São João da Cruz, Santa Teresa de Ávila e São Simão Stock. Nessa perspectiva, observa-se que as irmandades e ordens religiosas, que vieram para o Brasil, exerceram historicamente grande influência no que se refere às devoções aqui iniciadas. No tempo da dominação espanhola, por exemplo, essas associações religiosas trouxeram para a cultura brasileira algumas invocações veneradas na Espanha e em suas colônias americanas, como Nossa Senhora do Pilar, da Cabeça e das Mercês, ou por comerciantes, como as Virgens de Guadalupe e Copacabana. Após a Restauração portuguesa em 1640, surgiram, no rol das devoções brasileiras, as privativas invocações lusitanas, que estavam na moda na época, como Nazaré, Luz, Lapa, do Ó e a dos Prazeres, além de Nossa Senhora da Conceição que foi proclamada padroeira da Casa de Bragança, e a Virgem do Livramento estava intimamente ligada às lutas contra o jugo espanhol. No século XVII, várias devoções que até então estavam restritas ao litoral começaram a penetrar no interior por meio da migração do pastoreio ao longo do rio São Francisco, das ‘Entradas’ e posteriormente das ‘Bandeiras’. “O início da mineração de ouro e diamantes nos rios e morros de Minas Gerais nos legou numerosos templos que atestam a fé que animava os nossos antepassados dando origem às cidades históricas.” (MEGALE, 2002, p.237) Ainda no século XVIII, registram-se a chegada de algumas ordens religiosas, como a dos dominicanos, por exemplo, que veio para o Brasil no final do século. Porém, a essa época, as irmandades e ordens terceiras já estavam instaladas em nosso país, propagando o culto a Nossa Senhora do Rosário, do Terço, São Domingos, São Tomás de Aquino, Santa Catarina de Siena e Santa Rosa de Lima, a primeira sul-americana canonizada pela Igreja Católica. Em relação ao século XIX, a autora relaciona o surgimento de novas devoções à vinda da família real para o Brasil e à chegada dos imigrantes italianos que vieram substituir a mão- de-obra escrava. Pode-se afirmar que, para o Brasil, o século XIX se iniciou com achegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808, e a transformação da antiquada cidade colonial na sede aristocrática do reino português, revolucionando as artes e introduzindo modernas concepções urbanísticas, culturais e religiosas. No final do século, o estabelecimento de novas congregações européias para a educação da juventude, como a dos salesianos; de assistência social - lazaristas e as Irmãs de Caridade; ou expulsas de seus países pelas perseguições religiosas, ampliaram o universo devocional brasileiro. Os imigrantes italianos, que vieram substituir a mão- 118 de-obra escrava, também trouxeram suas devoções típicas e animadas festividades religiosas. Desse período atestamos a presença de Nossa Senhora de Lourdes , das Graças, Auxiliadora, de Caravaggio, Casaluce, Aquiropita, Sion, da Divina Providência, assim como Santo Expedito, Santa Rita, São Gennaro, São João Bosco e São Vicente de Paulo. (Op. cit., p. 239) A autora acrescenta que, devido às reivindicações operárias, à desilusão com as guerras que penalizaram milhares de pessoas e a uma nova visão da realidade social, grandes transformações religiosas surgiram no século XX. “Nossa Senhora apareceu em Fátima a três humildes pastorezinhos, identificou-se a Mariette Beco como a Virgem dos Pobres, e foi proclamada Mãe da Igreja para simbolizar a união entre os católicos, numa época perturbada pelo surgimento de seitas evangélicas.” (Op. cit., p.239-240). Nesse contexto, destacam-se as invocações mais modernas da Mãe de Deus, em território brasileiro, quais sejam: a Rosa Mística, a ‘Santa que chora’, a Mãe Rainha, Três Vezes Admirável, de Schoenstadt, iniciada em 1914 na Alemanha, cuja imagem peregrina visita os lares, cadeias e hospitais, e a Desatadora dos Nós, que desfaz os inúmeros nós que afligem seus devotos. No que se refere aos santos mais venerados, citam-se Santa Terezinha do Menino Jesus, pela sua ingênua simplicidade, e São Cristóvão, valorizado com o progresso do turismo e dos meios de transportes automotivos. Desse modo, acompanhando as mudanças na sociedade, a Igreja se atualizou com novas instituições religiosas, destinadas à imprensa católica falada e escrita, à assistência social para crianças e idosos carentes, à educação masculina e feminina e ao trabalho hospitalar. Foram incrementadas ainda as devoções a Santa Zita, padroeira das empregadas domésticas, a São Dimas, o Bom Ladrão, e a São José Operário. Merecem destaque, no final do século, devido aos apertos financeiros em consequência das reformas monetárias no país, os santos padroeiros dos endividados e das causas urgentes e difíceis, como Santo Expedito, Santa Rita, São Judas Tadeu e Santa Edwiges, cujas igrejas ficam lotadas de fiéis solicitando ajuda e agradecendo os auxílios recebidos. Nesse breve panorama histórico das devoções brasileiras, observa-se que sua origem e evolução estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento político e social da nação. Nos dias atuais, além das devoções enumeradas anteriormente, o povo brasileiro tem se dirigido a outros santos da contemporaneidade, como São José de Anchieta, São João 119 XXIII e São João Paulo II, canonizados em abril de 2014 pelo papa Francisco. Como terceiro santo brasileiro, São José de Anchieta (1534-1597) ficou conhecido popularmente como Apóstolo do Brasil. Natural da Espanha, esse religioso chegou ao Brasil em 1553, aos 19 anos, por iniciativa do Padre Manuel da Nóbrega, que precisava de reforço para a evangelização no País. Assim, com essa finalidade, percorreu vários Estados, como Bahia, São Paulo e Espírito Santo. Foi criador do Colégio de Piratininga, inaugurado em 25 de janeiro de 1554 e que deu origem à cidade de São Paulo. João XXIII e o João Paulo II, por sua vez, foram papas do século XX que ficaram reconhecidos pelos seus feitos religiosos, sobretudo, no que diz respeito à propagação da fé cristã entre os fiéis. Durante a homília da celebração da canonização dos dois religiosos, o papa Francisco assim se refere a eles: São João XXIII e São João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo. Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria. (...) João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, São João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito. Este foi o seu grande serviço à Igreja; por isso gosto de pensar nele como o Papa da docilidade ao Espírito Santo. Neste serviço ao Povo de Deus, São João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz- me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu. Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.33 Além desses santos canonizados recentemente, também recebem a invocação popular outros dois santos brasileiros: Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Madre Paulina) 33 O texto completo da homília do Papa Francisco, do qual foi retirado trecho, está disponível em: http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/internacional/14095-papa-francisco-canoniza-joao-xxiii-e-joao-paulo-ii Acesso em 08-06-2014 120 que, apesar de ter nascido na Itália, viveu a maior parte de sua vida no Brasil; e Santo Antônio de Sant’ana Galvão (Frei Galvão), nascido em Guaratinguetá/SP. Ainda no que se refere à devoção popular, vale mencionar aqui os cultos aos chamados Servos de Deus, muitas vezes, de cunho regional, como Padre Cícero, Frei Damião, Irmã Dulce, Frei Galvão, Nhá Chica “e outros, ainda não canonizados, porém respeitados pelas populações interioranas e considerados por elas tão dignos de veneração por suas virtudes e caridade quanto os antigos doutores da Igreja e os santos de projeção internacional” (MEGALE, 2002, p.240). Desse modo, apoiando-nos em Andrade (2008, p. 254), podemos dizer que a concepção popular de santo é muito mais abrangente do que se possa imaginar, uma vez que inclui, além dos santos canonizados pela Igreja, todas as denominações locais e titulares de Maria Santíssima, de Jesus, bem como de santos locais e de familiares. O que significa, em outros termos, que o culto a um determinado santo é histórico. Isto porque sua representação nos permite perceber a maneira pela qual uma determinada comunidade vive sua relação com a realidade social, definindo estratégias de convivência a partir da necessidade de resolução de seus problemas, contexto em que se investe de poder um grupo de especialistas, os santos, capazes de restaurar a ordem daquilo que é interpretado como caótico por intermédio do milagre. 2.2.1 O culto aos santos e o povoamento de Minas Gerais Conforme mencionamos na seção anterior, as associações religiosas exerceram grande influência na origem e difusão das devoções no Brasil. Em Minas Gerais, destacam-se os padres carmelitas que participaram do início do povoamento do estado, uma vez que a atual cidade de Mariana, primeiro núcleo povoado em Minas, foi fundada sob a proteção de Nossa Senhora do Carmo, no final do século XVII e início do século XVIII. Nas Minas Gerais no século XVIII, religiosidade, sociabilidades e irmandades se (con)fundem e se interpenetram. Com efeito, se as cerimônias religiosas foram e são forma de convívio social e de sociabilidade naquele contexto, tal assertiva se revelou de maneira exemplar. Nele, limitadas as ações da Igreja Católica pela Igreja Portuguesa, as irmandades foram as promotoras dos ofícios e das celebrações, dentro e fora dos templos, também por elas edificados e mantidos. Vale dizer desde logo que as irmandades se apresentaram, então, como força auxiliar, complementar e sucedânea da Igreja Católica. (BOSCHI, 1986, p. 59) Nesse período, várias devoções que até então estavam restritas ao litoral começaram a se espalhar pelo interior do país por meio da migração do pastoreio ao longo do rio São 121 Francisco, das "Entradas" e posteriormente das "Bandeiras"34. É a época do início da mineração de ouro e diamantes nos rios e morros mineiros, em que, sob as mais diversas invocações, numerosos templos religiosos foram construídos, sobretudo nas cidades consideradas históricas, como Mariana, Ouro Preto e Sabará, primeiras vilas do estado. No mapa, a seguir, são enumeradas as principais bandeiras que passaram por Minas Gerais: MAPA 3 – Mapa das entradas, caminhos e bandeiras em Minas Gerais. Fonte: VASCONCELOS, 1944, p.345. Ao observar o mapa de Vasconcelos (1944), percebe-se que, seguindo os cursos dos rios, e, por extensão, de seus afluentes, várias foram as bandeiras que passaram pelo território 34Entende-se por Bandeiras e Entradas como expedições organizadas para explorar o interior da colônia com o propósito de riquezas minerais, tais como ouro, prata e pedras preciosas; sendo que as Entradas eram, geralmente, organizadas pelo governo da autoridade colonial, ao passo que as Bandeiras tinha motivação particular, isto é, eram organizadas por colonos que se estabeleceram nos povoados. 122 mineiro, no início de seu povoamento. Destaca-se, entre elas, a de Fernão Dias Paes que, em 21 de julho de 1674, ao partir de São Paulo, marcou o início da história de Minas. A “bandeira das esmeralda” não encontrou as pedras tão procuradas, mas foi grandiosa como descobridora do território do atual Estado de Minas Gerais. Criou feitorias, pousos com plantações de roças de milho e de mandioca, porcos e aves, para sustento dos homens da bandeira. Em cada feitoria, deixava um capitão com alguns soldados, além de uns negros e negras, nome com que designavam os índios. Dessas feitorias algumas desapareceram, outras chegaram até nossos dias. Seguindo os caminhos abertos por Fernão Dias Pais (1674-1681), o bandeirante taubetano Antônio Rodrigues Arzão descobre a primeira jazida de ouro nos sertões das Minas Gerais, em 1692 ou 1693. Segundo Diogo de Vasconcelos, após breve estada em Itaverava, Arzão alcança a Serra do Guarapiranga de onde, pela manhã, avista os píncaros agudos de “Arrepiados”. Afirma ainda que, em razão da luz oriental, supôs mais próxima a serra. Seguindo, então em sua direção, encontra o rio Piranga. (...) Em meados de 1694 Bartolomeu Bueno e Carlos Pedroso da Silveira, este último companheiro de Arzão, descobriram ouro na serra de Itaverava e remeteram amostras para o Rio de Janeiro. Com a escassez de alimentos, Bartolomeu Bueno divide seus homens, deixando alguns homens sob o comando do capitão Miguel Garcia de Almeida e Cunha, cuidado das plantações de milho, e segue com outros em direção ao rio das Velhas. Enquanto aguardava a produção de lavouras, Miguel Garcia fez algumas incursões, chegando a alcançar o rio Gualaxo do Sul, em cujo leito descobriu sinais de ouro. (SEABRA, 2000, p.108-110) Diante do exposto pela autora, nota-se que, em relação às expedições realizadas pelos bandeirantes paulistas ao atual território de Minas Gerais, a maioria delas partia sem qualquer outro interesse a não ser o da descoberta de ouro e pedras preciosas. Em outros termos, estes desbravadores não tinham a intenção de se fixar nas terras, povoando-a, sendo que o primeiro povoamento, como mencionamos anteriormente, só acontece, então, quando, entre os anos de 1695 e 1696, o bandeirante taubateano Salvador Fernandes Furtado, à frente de bandeira numerosa, descobriu ricas jazidas no ribeirão do Carmo e ali se estabeleceu. Surge aí um povoado que foi elevado a categoria de vila – a primeira das Minas Gerais – a Leal Vila do Ribeirão do Carmo. Outra bandeira que também merece destaque no povoamento mineiro é a que foi chefiada por Antônio Dias de Oliveira, que tinha por companheiro o padre José de Faria Fialho. Essa expedição chegou à região onde hoje é a cidade de Ouro Preto no dia 24 de junho de 1698, quando foi rezada uma missa no morro que recebeu a denominação de São João. Ergueu-se, nesse morro, ainda no século XVII, a capela em honra de São João Batista. Assim que eles ali se estabeleceram, foram construídas simultaneamente, por Antônio Dias e pelo padre Faria, as igrejas de Nossa Senhora da Conceição e do Bom Sucesso, esta última, depois de reconstruída, passou a ser dedicada à Virgem do Rosário. 123 Devido ao êxito das novas descobertas auríferas, os exploradores formaram o arraial, núcleo da futura cidade Ouro Preto, em torno da matriz de Nossa Senhora do Pilar. Além das invocações mencionadas, pertencem ao início do século XVIII os templos mineiros com os oragos de Nossa Senhora da Piedade, Santa Ana, São Sebastião e Santa Quitéria. Patrocinada pela Igreja e pelos soberanos portugueses, a arte barroca, incrementada pelas riquezas da região, valorizou temas dramáticos, propagando o culto aos sofrimentos de Maria: Nossa Senhora das Dores, da Soledade, das Angústias, às santas penitentes Maria Madalena e Maria Egipcíaca e, principalmente, aos mártires da primitiva igreja cristã, como Santo Estêvão, Santa Luzia, Santa Bárbara e Santa Cecília. Os negros também tinham suas predileções religiosas, especialmente pelas padroeiras dos cativos africanos, Nossa Senhora do Rosário e da Lampadosa, e pelos santos de sua cor, como Nossa Senhora da Aparecida, São Benedito, São Baltasar, Santo Elesbão e Santa Ifigênia. Em geral, esses santos negros eram mais venerados pelos pretos forros, criados das casas-grandes dos engenhos ou das fazendas de café, pois os escravos preferiam aqueles sincretizados como os orixás africanos, como Nossa Senhora da Conceição, das Candeias, São Jorge, São Lázaro, São Jerônimo, Santa Bárbara, Santa Ana, os cultuados gêmeos Cosme e Damião, cuja pele branca não atraía a atenção dos senhores, nem da polícia, no período colonial. Cumpre ressaltar ainda a forte presença do culto à Maria em todo o território mineiro como uma devoção firme a Nossa Senhora, trazida para o Brasil pelos portugueses e que se difundiu também entre os afrodescendentes. Trata-se, segundo Torres (s/d, p.643), de uma velha tradição portuguesa, em respeito e veneração à Dona Maria I, rainha de Portugal, que se tornaria frequente em Minas Gerais com o advento da casa de Bragança e que se revelaria na profusão de santuários mariais, alguns das mais poéticas inspirações – Nossa Senhora Mãe dos Homens (Caraça), Nossa Senhora da Boa Viagem (Belo Horizonte), e outros. É interessante observar, nesse contexto, a grande quantidade de igrejas dedicadas a Nossa Senhora da Conceição em Minas Gerais. A explicação talvez seja a reação da Contrarreforma aos seguidores de Lutero, que não aceitavam o dogma da Conceição Imaculada de Maria e também devido à consagração do reino português à Virgem Imaculada, efetuada por D. João IV. Quanto aos santos, o mais popular era Santo Antônio, por sua origem lusitana. (MEGALE, 2002, p. 238) Desse modo, a devoção aos santos, em território mineiro, vem ao longo dos anos sendo passada de geração para geração sob diversas formas. Dentre a quais, convém destacar 124 aqui a tradição de moradores de várias cidades mineiras de seguir a “Folhinha Eclesiástica da Arquidiocese de Mariana”, editada no começo de cada ano. FOTO 1 – Folhinha Eclesiástica da Arquidiocese de Mariana Fonte: Acervo Cristina Alves Fotografia. Esse calendário, criado em 1870, faz uma previsão para os doze meses e orienta sobre qual cultivo deve ser plantado e em que época, mas, segundo Couto (2010), o sucesso do periódico deve-se, principalmente, ao fato de “ele trazer os nomes de santos para os 365 dias do ano, informação que, ao longo das décadas, vem servindo de inspiração para muitos pais e mães na hora de batizarem seus filhos”35. A popularidade dessa Folhinha, em território mineiro, vem de longa data, conforme pode ser visualizada na figura, a seguir, em que se tem uma crônica do escritor Carlos Drumond de Andrade. 35 COUTO, Douglas. Anuário Folhinha de Mariana mantém tradição desde 1870. In.: Jornal O Tempo. 17 out. 2010. Disponível no site http://www.otempo.com.br/capa/brasil/anuario-folhinha-de-mariana-mantem-tradicao- desde-1870-1.357899. Acesso em 27 jun. 2014. 125 FIGURA 7 – Crônica A Boa Folhinha de Carlos Drumond de Andrade Fonte: Jornal O Tempo on line.36 Diante do exposto, podemos afirmar que, em Minas Gerais, a presença da religiosidade cristã, refletida na devoção à Maria e aos santos, desde o início de seu povoamento, é considerada algo marcante e pode ser observada, dentre outras formas, pela presença das associações religiosas, como as irmandades, por exemplo, que, ao atuarem no surgimento dos primeiros núcleos populacionais, por meio de oragos, deixaram marcas na toponímia em diversas regiões do estado, sobretudo, naquelas que se situavam no caminho dos bandeirantes, conforme pontua Megale: A toponímia na trilha das bandeiras documenta a presença desses religiosos: se o comando era de carmelitas, os núcleos habitacionais que surgiam perpetuavam a lembrança do orago de Nossa Senhora do Carmo; se o comando era de franciscanos, no de São Francisco, e assim com outras ordens da mesma maneira, os oragos marcam sua passagem. Lá onde o povoado é novo, o nome religioso o inaugura, se havia uma designação indígena o novo nome religioso a substitui. (MEGALE, 2000, p.22) Nessa perspectiva, observa-se que a devoção religiosa deixa o seu rastro não só nos textos litúrgicos e templos religiosos, mas, sobretudo, no espaço geográfico, pela nomeação dos acidentes físicos e humanos, reforçando assim a sua dimensão histórica e sociocultural. É, 36 Disponível no site http://www.otempo.com.br/capa/brasil/anuario-folhinha-de-mariana-mantem-tradicao- desde-1870-1.357899. Acesso em 27 jun. 2014. 126 pois, da influência do culto aos santos e a Nossa Senhora na toponímia mineira que se ocupa a nossa pesquisa cujos procedimentos teórico-metodológicos serão apresentados no próximo capítulo. Antes, no entanto, apresentamos, na seção a seguir, considerações gerais acerca dessa temática. 2.3 Marcas da devoção no espaço geográfico: hagiotoponímia O costume de dar aos lugares o nome de um santo é muito antigo. Segundo Gonzáles (2001), remonta à segunda metade do século VI, quando as igrejas catedrais e paroquiais não tinham patrono, mas as igrejas particulares, basílicas e oratórios já eram normalmente erigidas em honra de um santo. Assim, o santo passava a ser o símbolo da igreja e a lhe dar o nome, que posteriormente era atribuído também às terras e a freguesia que iam se organizando nos arredores do templo religioso. Desse modo, esse costume, que teve início na antiguidade cristã, veio, ao longo dos séculos, sendo perpetuado pelas gerações e pode ser observado, com nitidez, ainda nos dias atuais, isto porque “os nomes de lugar são como a ‘viva voz’ das pessoas, povos ou grupos desaparecidos, transmitidos de geração em geração, de boca em boca.” Assim, o topônimo “é propriedade de ninguém e, ao mesmo tempo, de todo mundo”. Possui, de algum modo, a memória coletiva de um povo, na medida em que, como um meio de comunicação, “testemunha o contexto de sua origem e revela as transformações de um povo”. (MENÉNDEZ PIDAL, 1952, p.4 apud CARVALHO, 2012, p.29) Os nomes de lugar formados por nomes de santos constituem, nessa perspectiva, um grupo especial de topônimos em que se percebe com clareza a comunhão de aspectos psicológicos do ser humano com a geografia e a paisagem: São muitas as localidades que se honram de ser chamadas com o seu patrono e os oragos estão vivos no imaginário popular até ao ponto de existir com eles um trato igualitário e fraternal: o santo está na igreja mas é um vizinho como outro qualquer a quem pedir favores e a quem se convida a participar das alegrias e das tristezas. Quando o santo dá nome à freguesia será por ter sido capaz de ganhar o apreço dos seus covizinhos, salvando-os das calamidades e acompanhando-os nos bons e maus momentos de suas vidas. (GONZÁLES, 2001, p.63) Surgem aí os hagiotopônimos, vocábulo constituído dos elementos gregos hagios (santo), topos (lugar) e onoma (nome). 127 O esquema linguístico é sempre o mesmo: um hagiônimo (nome de santo) serve de determinante a um nome comum que exprime a noção de núcleo populacional: lugar, vila, aldeia, etc. Este pode passar a ser apenas subentendido, dizendo-se (villa) sancti Martini com omissão do primeiro termo, ou mais tarde, depois da queda em desuso do genitivo, no lugar de vila de S. Martinho, simplesmente S. Martinho. O genitivo latino, que deu lugar a um conjunto numeroso de topônimos peninsulares, constitui um testemunho seguro da antiguidade dos núcleos populacionais, e também do culto aos respectivos santos. (GONZÁLES, 2001, p.65) De acordo com Dick (1990a, p.311), os hagiotopônimos constituem uma subdivisão dos hierotopônimos, taxe toponímica referente aos nomes sagrados de diferentes crenças. Essa terminologia difere, em certa medida, daquela usada na Espanha por Luís Lopes Santos que define hagiotopônimo “como todo vocábulo do léxico religioso convertido em topônimo, isto é, vinculado ao geográfico e convertido em nome de lugar”37. A autora reconhece a divergência e esclarece que isso não invalida a classificação brasileira, “trata-se, tão somente, de uma inversão de conceitos: o que para um, é visto sob uma perspectiva particularizante, para o outro é percebido sob um caráter global e abrangente, o que, em absoluto, não desnatura a substância de conteúdo dos elementos pesquisados”(Op. cit.). Em nossa pesquisa, como já mencionamos no capítulo anterior, adotamos a terminologia de Dick, isto é, consideramos hagiotopônimos apenas os nomes de lugar que se referem aos santos e santas do hagiológio romano. Ressaltamos, entretanto, que diferentemente da autora, incluímos nessa subtaxe as invocações de Nossa Senhora, visto que surgem, na Idade Média, a partir do hagiônimo Santa Maria. Assim, como não possuem a estrutura linguística dos hagiotopônimos, que é qualificativo (são/santo(a)) + antropônimo, classificamos os topônimos referentes a essas invocações como mariotopônimo. Em outros termos, o que propomos é uma subdivisão da subtaxe relativa aos nomes de santos. No âmbito dos estudos toponímicos, vários estudos têm mencionado a influência da devoção aos santos e à Virgem Maria na nomeação dos acidentes geográficos. Alguns deles, assim como a nossa pesquisa, referem-se especificamente a essa temática, dentre os quais citam-se38: 37 “(…) es hagiotopónimo todo vocablo del léxico religioso convertido em topónimo, es decir, vinculado a lo geográfico y convertido en nome de lugar” (SANTOS, 1960, p.580 apud Dick, 1990ª, p. 311) 38 Os estudos de 2011 encontram-se em TÓTH, Valéria. (org). Patrociny Settlment Names in Europe. Debrecen- Helsinik, 2011. (Urálica Onomástica 8). Disponível em http://mek.oszk.hu/10500/10518/10518.pdf. Acesso em 31 mai. 2014. 128  na Polônia, “Geografical Names Deriving from Saints’Names (Patrocinia) in Poland”, de Czopek-Kopciuch (2011);  na Húngria, “Patrociny Settlement Names in the Carpathian Basin”, de Tóth (2011);  Na República Tcheca e na Eslováquia, “Patrociny Settlement Names in the Czech Republic and Slovakia”, de Stepán (2011);  na Alemanha, “Patrociny Settlement Names in Eastern Germany”, de Hengst (2011), “Patrociny Settlement Names in North-Western Territories of Germany”, de Casemir (2011), “Sankt Blasien – Sammarei – Helena: Place Names with Sankt in Bavaria and Baden-Wurttemberg”, de Buncher (2011);  na França, “La Religion dans la Toponymie” de Lejeune (2002) e os estudos homônimos “Patrociny Settlement Names in France”, de Billy (2011) e Gendron e Tavardet (2011);  na Itália, “Patrociny Settlement Names in Italy”, de Marcato (2011);  na Espanha, “Influencia de la devoción popular en la Onomástica”, de Iríbar (1982); “Hagiotoponímia a la Segarra”, de Rubinat (1985), “Alguns nomes de santos, do latim ao galego-português”, de Gonzáles (2001); “Hagiotoponyms in Catalonia (Spain)”, de Tort-Donada (2011) e “Contribuitions to Spanish Hagiotoponyms” de Sastre (2011);  em Portugal, “As influências religiosas na formação da Antroponímia e da Toponímia de Portugal” de Chaves (1957); e “Hierotoponímia portuguesa: os nomes de Nossa Senhora”, de Carvalhinhos (2005) e,  no Brasil, “A hierotoponímia no Brasil”, de Dick (1990b). Tendo em vista as questões sócio-históricas de como se deu o povoamento em terras brasileiras, além do estudo de Dick, este nosso trabalho sobre a hagiotoponímia em Minas Gerais pautou-se, sobretudo, naqueles desenvolvidos acerca da toponímia portuguesa. Isto porque, no léxico toponímico brasileiro, a influência da religiosidade na designação dos locativos pode ser percebida desde o primeiro contato do colonizador europeu com as terras recém-descobertas, sobretudo devido às circunstâncias que levaram ao descobrimento da terra e do momento histórico representado pelo quinhentismo português, em que a difusão dos preceitos da Igreja Católica representava uma preocupação máxima. 129 Por seus méritos, Pedro Álvares Cabral foi escolhido Capitão da Armada portuguesa às índias. A partida de Restelo, após a missa na Ermida de Nossa Senhora do Belém, se fez preceder da bênção da Bandeira de Cristo, doada pelo Rei, e das relíquias e cruzes que acompanhariam os navegantes durante a travessia, quando estariam entregues a os cuidados espirituais dos franciscanos de Frei Henrique de Coimbra. Sob os auspícios de Nossa Senhora da Esperança, partiram as naus, entre outras denominadas Trindade, Anunciada, Espírito Santo, Santa Cruz, São Pedro... (DICK, 1990b, p.157) Assim, conforme pontua Dick (1990b, p.156), a religiosidade lusitana encontra, no novo continente, o clima fecundo ao seu expansionismo. Na carta de Pero Vaz de Caminha à Coroa Portuguesa, por exemplo, é possível perceber topônimos relacionados ao costume dominante entre os navegadores de nomear os acidentes geográficos de acordo com as inscrições do calendário religioso romano, como se verifica em Monte Pascoal (ou Pascal), já que a chegada à nova terra se deu à época da Páscoa. Ressalta-se ainda que essa preocupação do homem português, de deixar a sua crença registrada na toponímia local, evidencia-se desde as primeiras denominações dadas à nação. Conforme Isquerdo (2012, p. 119), O próprio topônimo "Brasil" ilustra o exposto, uma vez que o processo gerativo do topônimo traz em sua gênese o entrelaçamento de distintos olhares sobre o espaço nomeado, certamente, influenciados pela ideologia subjacente aos propósitos dos navegadores portugueses e à consequente visão de mundo do colonizador, no histórico momento da "descoberta" e/ou "achamento" do novo território. A "terra à vista" anunciada pelo navegador é percebida, enquanto porção de terra firme, inicialmente, como uma grande ilha, percepção essa do referente que motivou a geração do primeiro topônimo utilizado pelos navegadores para nomear a nova terra descoberta e imprimir-lhe uma marca de identificação. Assim da combinação entre "ilha", elemento genérico, concreto, e o termo específico "cruz", símbolo que evoca as Grandes Navegações Portuguesas - a Cruz de Cristo, símbolo da Ordem de Cristo", criada em Portugal, no século XIV, era ostentada nas caravelas e naus portuguesas -, antecedido de Vera (verdadeira) surge a Ilha da Vera Cruz. Todavia, a imensidão da área logo se encarregou de desfazer o equívoco e a nova visão do espaço geográfico se materializa por meio do termo genérico terra, motivando a origem do novo signo toponímico identificador do território que substituiu o anterior, agora, a Terra de Santa Cruz. Nota-se que o processo gerativo desses designativos está focado na visão do colonizador e marcado pelo sema do "sagrado". O olhar restritivo da "ilha" de Vera Cruz amplia-se para o foco da "terra" de Santa Cruz, designativo agora impregnado de forma ainda mais nítida pela sacralidade impressa no formante "santa": Ilha de Vera Cruz ~ Terra de Santa Cruz. Desse modo, pode-se dizer que, desde o início da colonização das terras brasileiras, os acidentes locais, em sua maioria, foram sendo nomeados por influência desse costume português de fazer menção à sua religião como, por exemplo, fazendo tributo aos santos e 130 santas do dia da chegada ou da descoberta de algum elemento da paisagem. “O domínio da terra pelo europeu, assim, antes de ocorrer pela força, fez-se pela língua.” (DICK, 2006, p.95). De acordo com Barbosa (1995), os portugueses que vieram povoar o Brasil eram originários de várias províncias de Portugal: Minho, Beira-Alta, Estremadura, Alentejo, e outros. Havia gente do Norte, do Sul, do Centro, entretanto, um sentimento comum a todos unia: muita religiosidade. Cada família recém-chegada ao Brasil tinha seu oratório, com a imagem do santo ou da santa, a quem dirigia suas preces. Foi esse espírito de religiosidade que os portugueses, de um modo geral, transplantaram para os primeiros núcleos povoados em terras brasileiras, o que também ocorreu, no final do século XVII e início do século XVIII, na região onde se deu o início do povoamento de Minas Gerais, uma vez que, de acordo com Lima Júnior (1978, p.87), também as primeiras povoações mineiras surgiram em torno de capelas. Nas palavras do autor: Mal começavam a prosperar, sem demora, surgia uma capelinha de taipa, em cujo altar se firmava a estátua que reproduzia o padroeiro da vila ou aldeia distante em Portugal. Reuniam-se vizinhos e iniciava-se o culto, pelas grossas mãos postas dessa geração de heroicos fundadores de Minas, que eles regaram de suor e de sangue (...) À beira dos grandes caminhos, nas proximidades dos locais onde se encontravam as minerações, ou nas quintas dos grandes sesmeiros, por todo o território imenso dessas extensas Minas Gerais, ficaram os marcos do espírito cristão e católico, plantados pelas gerações do século XVIII. Ao tratar da hierotoponímia no Brasil a partir dos nomes dos municípios brasileiros, Dick (1990b, p.166) afirma que o Estado de Minas Gerais, pela força de seus costumes tradicionalmente cristãos, realimentados nas inúmeras igrejas espalhadas em sua área, revela- se, ao que tudo indica, a região de maior densidade hierotoponímica, em termos numéricos. Corroborando as expectativas da toponimista, Carvalho (2010), em seu estudo sobre a memória toponímica da estrada real, da qual o território mineiro representa a maior parte, constata que topônimos religiosos aparecem em primeiro lugar na toponímia da Estrada Real39, representando 30% dos topônimos analisados. De acordo com o autor: É relevante a influência da religião católica, a religião do colonizador, na nomenclatura da maioria dos lugares. São inúmeros nomes de caráter eclesiástico, também chamados de hierotopônimos e hagiotopônimos. O fervor missionário fez 39 CARVALHO (2010) desenvolve sua pesquisa a partir do corpus constituído dos nomes dos municípios e distritos apresentados pelo Instituto Estrada Real, conforme a Lei de nº 13173/99, de 20/01/1999 do governo de MG que estabeleceu o “Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Potencial Turístico da Estrada Real” (2010, p. 116-117) 131 construir igrejas e missões com nomes tirados do almanaque católico. Tais nomes enchem até à monotonia a velha descrição do Brasil de Aires de Casal (1976), quer simples nomes como Santo Hipólito, Mariana, Santa Luzia, São Lourenço, São Tiago, Nazareno, Virgínia, Santa Bárbara, quer como complementos de designação duma localidade, por exemplo, São Vicente de Minas, Dores de Guanhães, São Sebastião do Rio Verde, Santo Antônio do Itambé, São Gonçalo do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Abaixo, Santana do Garambeu, Santana do Deserto, Santana dos Montes, Santa Maria de Itabira, São Brás do Suaçuí, Senhora de Oliveira, São João del-Rei, Conceição da Barra de Minas, Santa Rita do Ibitipoca etc. Vale lembrar que na reconstituição histórica da atual nomenclatura, a grande maioria dos nomes teve a religião católica como primeira motivação. Alguns foram totalmente modificados, outros reduzidos e muitos permaneceram com a denominação antiga. Muitas vezes é o complemento formado pelo nome de um rio, um monte, um acidente geográfico que se junta ao hagiotopônimo, como podemos perceber: Santo Antônio do Rio Abaixo, Piedade do Rio Grande, Santana do Riacho, Conceição do Mato Dentro... (CARVALHO, 2010, p.116) Desse modo, desde o início de seu povoamento, a sociedade mineira foi se desenvolvendo em torno de templos religiosos e as marcas da religiosidade cristã refletida na devoção aos santos e a Nossa Senhora continuam sendo observadas no léxico toponímico do estado ainda nos dias atuais, o que justifica o nosso interesse pelo assunto para o desenvolvimento desta pesquisa, cujos procedimentos metodológicos explicam-se, a seguir. 132 3 PROCEDIMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS Esta pesquisa, conforme se mostrou no Capítulo I, baseia-se nos pressupostos teóricos dos estudos do léxico fundamentados na inter-relação língua, cultura e sociedade. Para tanto, assumimos as orientações teóricas de Sapir (1961), que enfatiza a importância dessa correlação para os estudos da linguagem e destaca o léxico como o nível da língua que mais revela o ambiente físico e social dos falantes de uma comunidade; e de Matoré (1953) que, ao definir o léxico como testemunha de uma época, visto que reflete as diferentes fases que marcam a história de uma sociedade, propõe a palavra não como um objeto isolado, mas como parte de uma estrutura social. Quanto ao estudo da variação e mudança linguística, linha de pesquisa a que este estudo está vinculado, orienta-se por Labov (1974) que, destacando o papel preponderante de fatores sociais na explicação da variação linguística, estabelece um modelo de descrição e interpretação do fenômeno linguístico inserido no contexto social ao longo de diferentes períodos da história. Dessa maneira, conforme o que postulou o linguista americano, “parte-se do presente, volta-se ao passado e retorna-se ao presente”, a fim de perceber como se dá o processo de variação e mudança linguística dos topônimos ao longo dos anos. Assim, a pesquisa se iniciou pela observação dos topônimos registrados em mapas contemporâneos e, posteriormente, passou-se à coleta de topônimos em mapas históricos dos séculos XVIII e XIX, a fim de fizesse uma comparação entre os dados. Para a investigação toponímica propriamente dita, base norteadora da pesquisa, apoiamo-nos em Dauzat (1926) e Dick (1990a; 1990b; 2004; 2006) que apresentam o modelo teórico-metodológico toponímico de origem indutivo-dedutiva, de acordo com os procedimentos onomasiológico-semasiológicos característicos da pesquisa do léxico. De acordo com Dick, a metodologia seguida em uma análise toponímica envolve aspectos da própria construção do texto onomástico e, em virtude disso, tem por concepção uma visão mais teórica, ampla e abrangente do conhecimento científico advindo dos nomes de lugares. Trata-se de um estudo documental e estrutural das formas linguísticas – os topônimos –, que, portadoras de significados culturais, estão aptas a possibilitar a elaboração do texto toponomástico, representando, assim, uma nova possibilidade de se estudar a língua e suas variações. Nas palavras da autora: 133 Basicamente, o modelo construído para a investigação toponímica propriamente dita não difere do método científico de análise em geral e dos princípios de metodologia aceitos, envolvendo sistematicamente, três pontos: (a) formulação da hipótese de trabalho, ou de uma proposição de estudos, cuja finalidade perseguida é verificar possibilidades de realização do tema escolhido, já enunciando etapas admissíveis para esse exame (b) delimitação da área básica de estudos (nível da toponímia) ou do objeto da investigação (nível da onomástica), detalhamento temático, em extensão areal (nível quantitativo) ou em profundidade (nível qualitativo), de acordo com a disponibilidade do pesquisador, finalidade da demanda, vinculação a um projeto de pesquisa; (c) tratamento dos dados ou corpus... (DICK, 2006, p.100-101) Desse modo, como esta pesquisa constitui-se a partir de uma investigação toponímica seguimos o roteiro proposto pela autora, conforme apresentamos, a seguir: (a) partimos, inicialmente, da hipótese de que, em Minas Gerais, o emprego de nomes religiosos na toponímia relaciona-se diretamente com o processo de povoamento do estado, ou seja, quanto mais antiga a região, maior a sua densidade hagiotoponímica; (b) vinculado ao Projeto ATEMIG - Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais - propusemo-nos a verificar como se dá distribuição geográfica dos hagiotopônimos – nomes de santos e santas do hagiológio romano e as múltiplas invocações de nossa senhora – nas doze mesorregiões mineiras, a partir da coleta e organização de topônimos que constam do banco de dados do Projeto, constituindo assim um corpus de dados contemporâneos. Além disso, para a uma análise diacrônica, foram consultados mapas dos séculos XVIII e XIX e os hagiotopônimos neles encontrados formaram o corpus de dados históricos. (c) a fase de tratamento e análise dos dados se deu sob três enfoques: (i) análise descritiva, em que as ocorrências hagiotoponímicas dos dois corpora foram sistematizadas em fichas lexicográficas; (ii) análise quantitativa, em que explicitamos o conteúdo das fichas em gráficos e tabelas e, além disso, discutimos questões linguísticas concernentes à estrutura e ao processo de formação morfológica, ao gênero e à variação dos topônimos analisados; (iii) análise geotoponímica, em que todos os topônimos do corpus de dados contemporâneos foram organizados geograficamente em um esboço de glossário e em cartas toponímicas. Explicam-se, nas seções seguintes, os procedimentos adotados em cada fase da pesquisa. 134 3.1 Constituição dos corpora 3.1.1 Corpus de dados contemporâneos Os topônimos que constituem o corpus de dados contemporâneos são provenientes do banco de dados do Projeto ATEMIG, do qual foram extraídos todos os nomes de santos e santas do hagiológio romano, ou hagiotopônimos, subdivisão dos hierotopônimos, de acordo com a taxionomia proposta por Dick (1990). Entretanto, como explicitamos no Capítulo I, entre os nomes de santas, também foram considerados os nomes referentes às múltiplas invocações da Virgem Maria a que chamamos de mariotopônimos, como pode ser visualisado novamente: FIGURA 8 – A taxe hierotpônimos e suas subdivisões Fonte: Elaboração própria. Conforme foi explicitado na seção 1.4.1.1, o projeto ATEMIG (FALE/UFMG) tem realizado o detalhamento e a análise da realidade toponímica de todo o território mineiro, de acordo com os pressupostos teórico-metodológicos de Dauzat (1926) e Dick (1990a e 1990b). Para esse fim, foram levantados todos os nomes de cidades, vilas, povoados, fazendas, rios, Nomes sagrados de diferentes crenças Efemérides religiosas Associações religiosas Locais de cultos Santos do hagiológio romano Hagiotopônimos Mariotopônimos (Nomes de invocações à Virgem Maria) Santas do hagiológio romano Mitotopônimos (entidades mitológicas) Hierotopônimos 135 córregos, ribeirões, cachoeiras, morros, serras, dentre outros acidentes geográficos dos 853 municípios mineiros, perfazendo, até o momento, um total de 85.391 topônimos. Para categorização e análise prévia desses dados, os itens levantados foram registrados em tabelas, nas quais são especificados o tipo de acidente geográfico, a origem etimológica do nome e distribuição toponímica em categorias taxionômicas que representam os principais padrões motivadores dos topônimos no Brasil, propostos por Dick (1990b). Além disso, uma parte desses dados já foi catalogada em fichas lexicográfico-toponímicas, conforme modelo sugerido por Dick (2004), reproduzido, a seguir: FIGURA 9 – Ficha lexicográfico-toponímica Fonte: DICK, 2004, p. 130 136 Conforme Seabra (2004, p. 48), uma ficha lexicográfica pode ser descrita como um conjunto estruturado de informações sobre um topônimo, objetivando explicitá-lo e classificá- lo. Assim, por meio dessas fichas, o corpus de uma pesquisa toponímica pode ser organizado a fim de que seja realizada a análise sistemática dos dados. Desse modo, seguindo o padrão metodológico proposto pelo Projeto ATEMIG e o modelo de ficha lexicográfico-toponímica de Dick, para sistematização e análise do corpus, os dados levantados foram organizados, a partir de entradas léxicas40, em fichas lexicográficas adaptadas aos objetivos da pesquisa, conforme explicitaremos na seção 3.2.1.1. Para tanto, os topônimos coletados foram digitados em planilhas de Excel e, para cada nome, registramos as seguintes informações:  Entrada léxica o nome de santo, santa (hagiônimo) ou invocação à Virgem Maria (mariônimo) que nomeou os acidentes geográficos – físicos e humanos – em Minas Gerais.  número de ocorrências no Estado: o número de vezes que o nome aparece no banco de dados do projeto ATEMIG.  tipo de acidente geográfico: acidente físico (A.F) ou acidente humano (A.H).  nome do acidente: cidade, vila, povoado, fazenda, rio, córrego, serra etc.  topônimo: registro dos topônimos formados a partir da entrada lexical.  localização do topônimo em território mineiro: indicação do município, microrregião e mesorregião onde se situa cada um dos topônimos. Para explicitar o que foi dito, apresenta-se o quadro relativo ao topônimo São Jerônimo e suas variações. 40 Baseado em Seabra (2004, p. 48), O termo ‘entrada léxica’ foi usado para referir ao nome que aparece no topo da ficha lexicográfica. 137 QUADRO 4 – Topônimo São Jerônimo e variações. Entrada Léxica: São Jerônimo No de ocorrências no estado: 34 Tipo de Acidente Acidente Topônimo Município Microrregião Mesorregião A.H Fazenda São Gerônimo Itutinga Lavras Campo das Vertentes A.H Fazenda São Jerônimo Datas Diamantina Jequitinhonha A.F Córrego São Jerônimo São Domingos do Prata Itabira Metropolitana BH A.H Povoado São Jerônimo São Domingos do Prata Itabira Metropolitana BH A.H Fazenda Santo Jerônimo Buritis Unaí Noroeste A.F Córrego São Jerônimo Buritis Unaí Noroeste A.F Córrego São Jerônimo Formoso Unaí Noroeste A.H Fazenda São Jerônimo Formoso Unaí Noroeste A.H Localidade São Jerônimo Grão Mogol Grão Mogol Norte A.H Fazenda São Jerônimo São Roque de Minas Piuí Oeste A.F Córrego São Jerônimo Frei Lagonegro Peçanha Vale do Rio Doce A.F Córrego São Jerônimo São José do Jacuri Peçanha Vale do Rio Doce A.H Povoado São Jerônimo Mendes Pimentel Mantena Vale do Rio Doce A.F Córrego São Jerônimo Aimorés Aimorés Vale do Rio Doce A.F Serra São Jerônimo Ibiraci Passos Sul/Sudoeste A.H Fazenda São Jerônimo Gurinhatã Ituiutaba Triângulo Mineiro A.H Povoado São Jerônimo Gurinhatã Ituiutaba Triângulo Mineiro A.F Ribeirão São Jerônimo Gurinhatã Ituiutaba Triângulo Mineiro A.F Serra São Jerônimo Gurinhatã Ituiutaba Triângulo Mineiro A.H Fazenda São Jerônimo Grande Gurinhatã Ituiutaba Triângulo Mineiro A.F Ribeirão São Jerônimo Ipiaçu Ituiutaba Triângulo Mineiro A.H Fazenda São Jerônimo Santa Vitória Ituiutaba Triângulo Mineiro A.F Ribeirão São Jerônimo Santa Vitória Ituiutaba Triângulo Mineiro A.H Vila São Jerônimo Campos Altos Araxá Triângulo 138 das Poções Mineiro A.H Fazenda São Jerônimo Sacramento Araxá Triângulo Mineiro A.F Serra São Jerônimo Sacramento Araxá Triângulo Mineiro A.F Córrego São Jerônimo Manhuaçu Manhuaçu Zona da Mata A.F Córrego São Jerônimo Chiador Juiz de Fora Zona da Mata A.H Fazenda São Jerônimo Chiador Juiz de Fora Zona da Mata A.F Córrego São Jerônimo Mar de Espanha Juiz de Fora Zona da Mata Fonte: Dados da pesquisa. A partir dessas informações foi possível empreender não só a análise quantitativa, mas também as análises linguística e geotoponímica dos dados, cujos procedimentos adotados são descritos nas próximas seções. Antes, porém, explicita-se como se deu a constituição do corpus de dados históricos. 3.1.2 Corpus de dados históricos Para constituir o corpus de dados históricos, recorremos a mapas dos séculos XVIII e XIX que integram o trabalho Cartografia das Minas Gerais: da capitania à província, organizado por Costa et al (2002). Trata-se de uma obra sobre a cartografia brasileira do período colonial e imperial composta de 31 pranchas cartográficas de Minas Gerais, sendo 25 do período colonial, das quais 6 referem-se a mapas regionais, 7 referem-se especificamente à área da Demarcação Diamantina, 9 tratam de Divisões Administrativas e 4 sobre as Capitanias, mas de modo amplo. As demais referem-se à Província. As cartas que compõem a obra estão relacionadas a seguir: 139 QUADRO 5 – Relação de mapas históricos consultados. Mapas Regionais 1 - MAPA DAS MINAS DO OURO E S. PAULO E COSTA DO MAR QUE THE PRETENCE. ca. 1720; 51,1 x 61,8 cm, aquarela colorida; BN (CEH 2788) - Foto: Vicente Mello – CRCH 2 - [MAPA da região entre os rios Jequitinhonha e Araçuaí.] (Região de Minas Novas, 16° 30' - 18° S) Diogo Soares. ca. 1734/5; 19,9 x 31,4 cm, aquarela colorida; AHU (n. 265/7174). Foto: Laura Castro Caldas e Paulo Cintra. Projeto Resgate 3 - [MAPA da região entre os rios Araçuaí, Jequitinhonha e Rio das Velhas]. (Distrito dos diamantes do Serro Frio, 1T" 45' - 19° 15' S) Diogo Soares. ca. 1734/5; 19,8 x 32,4 em, aquarela colorida; AHU (n. 265/1112). Foto: Laura Castro Caldas e Paulo Cintra - Projeto Resgate. 4 - [MAPA da região do alto Rio Doce (Ribeirão do Carmo), Rio das Velhas e Rio Paraopeba]. (Região das minas de ouro, 19° - 20° 30' S) Diogo Soares. ca. 1734/5; 19,7 x 32,4 cm, aquarela colorida; AHU (n. 265/11 73). Foto: Laura Castro Caldos e Paulo Cintra . Projeto Resgate. 5 - [MAPA abrangendo a região entre o alto Rio Doce (Ribeirão do Carmo), o Rio das Velhas, o Rio Paraopeba e o Rio São Francisco). (Região da Zona da Mata, 200 - 21030' S). Diogo Soares. ca. 1734/5; 19,7 x 32,4 cm, aquarela colorida; AHU (n. 265/1175). Foto: Laura Castro Coldas e Paulo Cintra . Projeto Resgate. 6 - Mappa da Conquista do Mestre de Campo Ignacio Correya Pamplona, Regente Chefe da Legião. ca. 1784; 32 x 40 cm; AHU (n. 258/1165)· Foto: Laura Castro Caldas e Paulo Cintra . Projeto Resgate. Distritos dos Diamantes 1 - Mapa da demarcação da terra que produz diamantes. post. 1729; 26 x 33 cm, aquarela colorida; AHU (n. 247/1153)· Foto: Laura Castro Caldas e Paulo Cintra· Projeto Resgate 2 - CARTA TOPOGRAPHICA das Terras entremeyas do sertão e destrito do SERRO DO FRIO com as novas minas dos diamantes. offerecida ao Eminentíssimo Senhor CARDEAL DA MOTA. Por Jozeph Rodrigues de Oliveyra, capitao mandante dos dragões daquelle Estado. 1731; 48,1 x 59,5 cm, aquarela; AHEx (n. 06.01.1135; CEH 3193) - Foto: Vicente Mella· CRCH 3 - CARTA TOPOGRAFICA DAS TERRAS DIAMANTINAS em que se descrevem todos os Rios corgos e lugares mais notáveis que nellas se contem. Para ver 0 IIImo. Exmo. SENHOR MARQUEZ DE POMBAL DO CONSELHO DE ESTADO. ca. 1770; 48,1 x 64,7 cm, aquarela colorida; AHEx (n. 06.01.1132, CEH 3789) . Foto: Vicente Mello· CRCH 4 - MAPA DA DEMARCAÇÃO DIAMANTINA. 1776; 49,1 x 65,1 cm, aquarela colorida; AHEx (n. 05.05.1109, CEH 3190) . Foto: Vicente Mello· CRCH 5 - MAPA DA DEMARCAÇÃO DIAMANTINA ACRESCENTADO [A]THE O RIO PARDO. Feito por Antonio Pinto de Miranda em 1784; 72,0 140 x 97,5 em (falta a parte direita ou norte), aquarela colorida; AHEx (n. 06.01. 1134, CEH 3191) . Foto: Vicente Mello· CRCH. 6 - Demarcaçam Diamantina. Com 18 Legoas de cumprimento, que fazem huma circunferencia de 51 Legoas. ca. 1787; 57,7 x 44,7 cm aquarela colorida; AHU (n. 260/1167) • Foto: Lauro Castro Caldas e Paulo Cintro . Projeto Resgate. 7 - CARTA da Nova Lorena Diamantina. C.R.X.D. Villas Boas 1802; 45,0 x 35,6 cm, litografia; AHU (n. 269/1179) . Foto: Lauro Castro Caldas e Paulo Cintra . Projeto Resgate. Divisões Administrativas 1 - [Borrao para fazer um mapa da comarca do Serro Frio). 1724; 30 x 42 cm, rascunho a pena; BN (CEH 3192) . Fato: Vicente Mello· CRCH 2 - [MAPA da freguesia da Manga). ca. 1764; 84 x 61 em, aquarela colorida; AHU (n. 252//158) . Foto: Laura Castro Caldas e Paulo Cintra. Projeto Resgate. 3 - CARTA GEOGRAFICA do Termo de Villa Rica, em q' se mostra que os Arrayaes das Catas Altas da Noroega, Itaberava, e Carijos Ihe ficão mais perto, q' ao da Villa de S. Jose a q'perteneem, e igualmente o de S. Antonio do Rio das Pedras, q' toca ao do Sabará, o q' se mostra, pela Escala, ou Petipe de leguas. ca. 1766; 51,4 x 41,5 cm, aquarela colorida; AHU (n. 253/1160) . Foto: Lauro Castro Caldos e Paulo Cintra . Projeto Resgate 4 - Pequena planta do Arraial do Tejuco. 1774; 17 x 21,7 cm, aquarela colorida; AHU (n. 255/1162) . Foto: Lauro Castro Caldas e Paulo Cintro . Projeto Resgate 5 - PLANTA DO ARRAIAL DO TEJUCO. 1784; 38,9 x 52,0 cm, aquarela colorida; AHEx (n. 06.01.1131, CEH 3207) . Foto: Vicente Mello· CRCH. 6 - MOSTRACE NESTE MAPA O JULGADO DAS CABECEIRAS DO RIO DAS VELHAS E PARTE DA CAPITANIA DE MINAS GERAES CON A DEVIZA DE AMBAS AS CAPITANIAS por Joze Joaquim da Rocha. 1780; 48 x 41 cm, aquarela colorida (fragmento); MI (lnv. n. 1590)· Foto: Vicente Mello· CRCH 7 - Mappa Do Termo da Real Villa de Queluz segundo as observaçoens de Capaci e, Demos Correctas, e emendadas as Alturas Variantes para conhecimentos da verdade. ca.1790; 43,2 x 42,1 cm; AHU (n. 262/1169) . Foto: Laura Castro Caldas e Paulo Cintra . Projeto Resgate. 8 - Novo Mappa Topografico orientado, e geograficamente exposto para o mais verdadeiro e exato conhecimento do terreno que formava o Termo da Villa de S. Joao del Rey antes da criação da de Campanha, com os julgados nelle eomprehendidos dos quais a Camera daquella Villa de S. Joao percebia, e administrava as respectivas rendas. 1809; 61 x 54 cm, aquarela colorida; AN (F2/Map.1 . 4/5) . Foto: Vicente Mello· CRCH. 9 - Mappa da Freguezia da Villa do Principe que contem á Nordeste a Applicaçao do Rio Preto: no Centro a Demarcação Diamantina, encravada nesta, e em parte da Freguezia do Rio Vermelho ao Oriente; e a Ssueste o Território da Villa do Principe, Itambé, Rio do Peixe e 141 Guanhâs. Por C. L. Miranda em Tejueo em 1820; 32,3 x 29,2 cm, aquarela; AHEx (n. 06.01.1127, CEH 3208) . Foto: Vicente Mello· CRCH Capitania 1 - MAPPA DE TODA A EXTENÇAO DA CAMPANHA da PRINCEZA, feixada pelo Rio Grande, e pelos registos, que limitão a Capitania de Minas. Francisco Sales, ca.1799; 35 x 41 cm, gravura manuscrita a traco: AHU (n. 263/1170) - Foto: Laura Castro Caldas e Paulo Cintra - Projeto Resgate. 2 - PLANTA GERAL DA CAPITANIA DE MINAS GERAES. ca. 1800; 47,0 x 39,4 cm, litografia (Schlicht, Mannheim); BN (CEH 3162) - Foto: Vicente Mello – CRCH 3 - Carta Geographica da Capitania de Minas Geraes. 1804; 75,0 x 68,2 cm, aquarela; AHEx (n. 24.01.1121) - Foto: Vicente Mello – CRCH 4 - Theil der neuen Karte der Capitania von Minas Geraes. Aufgenommen von W. von ESCHWEGE. 1821; 55,0 x 45,S cm, litografia/prancha; BN (CEH 11945) - Foto: Vicente Mello – CRCH Província 1 - CARTA TOPOGRAPHICA E ADMINISTRATIVA DA PROVINCIA DE MINAS GERAES Erigida sobre os documentos mais modernos pelo VCDE. DE VILLIERS DE L'ILE ADAM. 1849; 44,S x 57,4 em, litografia; BN (CEH 3167) - Foto: Vicente Mello – CRCH. 2 - CARTA CHOROGRAPHICA DA PROVINCIA DE MINAS GERAES, coordenada e dezenhada em vista dos Mappas chorographicos antigos e das observações mais recentes de varios Engenheiros, por Ordem do ILLMO. E EXMO. SR. DOUTOR FRANCISCO DIOGO PEREIRA DE VASCONCELOS, Presidente desta Província. por FREDERICO WAGNER. Ouro Preto. 1855; 67,6 x 76,S cm, litografia; BN (CEH 3169) - Foto; Vicente Mello – CRCH 3 - CARTA DA PROVINCIA DE MINAS GERAES coordenado POR ORDEM DO EXM. SR. CONSELHEIRO JOSE BENTO DA CUNHA FIGUEIREDO PRESIDENTE DA PROVINCIA segundo os dados offlciaes existentes e muitas próprias observações por Henrique Gerber ENGENHEIRO DA MESMA PROVINCIA. 1862; litografia; BN (CEH 3170) - Foto: Vicente Mello – CRCH 4 - PROVINCIA DE MINAS GERAES segundo oprojecto de nova divisao do Império pelo Deputado CRUZ MACHADO e mandada lithographar pelo IIImo.Exmo.Sñr. Conselheiro JOAO ALFREDO CORREIA DE OLIVEIRA, MINISTRO DO IMPERIO·e desenhada por Jose Ribeiro da Fonseca Silvares. 1873; 56 x 55 cm, litografia; AHEx (n. 06.01.1141 CEH 1140) - Foto: Vicente Mello – CRCH 5 - PLANTA GERAL DA ESTRADA DE FERRO D. PEDRO II E DAS OUTRAS ESTRADAS DE FERRO DAS PROVINCIAS DO RIO DE JANEIRO, SÃO PAULO E MINAS GERAES DO IMPÉRIO DO BRASIL organizada pela administraçao da mesma ESTRADA DE FERRO D. PEDRO II. 1879; 2 folhas de 59x 62 cm e 59 x 61 cm, litografia; AN (4Q/MAP.642-29/7) - Foto: Vicente Mello - CRCH Fonte: COSTA et al, 2002, p.67-69. 142 Todos os mapas enumerados foram consultados, identificando-se as denominações relativas aos nomes de santos, nomes de santas e invocações à Virgem Maria. Ressalta-se, entretanto, que, em dois deles, os nomes dos acidentes geográficos não se encontravam legíveis, comprometendo, assim, a identificação dos dados neles registrados, quais sejam: i) o primeiro mapa regional (MAPA DAS MINAS DO OURO E S. PAULO E COSTA DO MAR QUE THE PRETENCE. ca. 1720; 51,1 x 61,8 cm, aquarela colorida; BN (CEH 2788) - Foto: Vicente Mello – CRCH ) e ii) o terceiro mapa da província (CARTA DA PROVINCIA DE MINAS GERAES coordenado POR ORDEM DO EXM. SR. CONSELHEIRO JOSE BENTO DA CUNHA FIGUEIREDO PRESIDENTE DA PROVINCIA segundo os dados oficiaes existentes e muitas próprias observações por Henrique Gerber ENGENHEIRO DA MESMA PROVINCIA. 1862; litografia; BN (CEH 3170) - Foto: Vicente Mello – CRCH) Assim, de acordo com objetivos propostos, os mapas em que os topônimos estavam legíveis foram organizados, por período histórico, em quatro grupos e os topônimos coletados foram sistematizados em quadros de acordo com a categoria toponímica estudada, conforme se ilustra, a seguir: QUADRO 6 – Nomes de Santos por período histórico. Ocorrências dos topônimos Período Nomes de Santos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade Fonte: Elaboração própria. QUADRO 7 – Nomes de Santas por período histórico. Ocorrências dos topônimos Período Nomes de Santas Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade Fonte: Elaboração própria. 143 QUADRO 8 – Nomes de Santas por período histórico. Ocorrências dos topônimos Período Nomes da Virgem Maria Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade Fonte: Elaboração própria. Cumpre dizer que, diferentemente do que foi feito no levantamento dos dados contemporâneos, entre os dados históricos, o elemento genérico do sintagma toponímico não foi considerado, apenas o elemento específico, isto é, os acidentes geográficos – físico ou humano – não foram quantificados, visto que nem sempre foi possível identificá-los. Assim, na análise dos dados históricos, independente do tipo de acidente geográfico, foi observado apenas se o nome de origem religiosa apareceu nos períodos históricos sob enfoque. Nas seções seguintes, explicam-se os procedimentos adotados quanto ao tratamento e à análise dos dados. 3.2 Tratamento e análise dos dados Depois de concluída a fase de constituição dos corpora, passamos ao tratamento e análise dos dados que se deu, como já mencionamos no início do capítulo, sob três enfoques: análise descritiva, análise quantitativa e análise geotoponímica. Descrevem-se, nas subseções seguintes, os procedimentos adotados nessa fase da pesquisa. 3.2.1 Análise descritiva Os topônimos que integram os corpora da pesquisa foram quantificados separadamente e de forma distinta. 144 Os dados contemporâneos foram observados diatopicamente, isto é, as ocorrências das categorias toponímicas estudadas foram quantificadas em cada uma das doze mesorregiões mineiras. Assim, a quantificação de cada topônimo foi registrada em quadros, contendo, além do número de ocorrência por mesorregião, o número de ocorrência por tipo de acidente geográfico – físico ou humano –, conforme se ilustra, a seguir, a partir do topônimo São Caetano e suas variações. QUADRO 9 – Distribuição dos topônimos e suas variações nas mesorregiões mineiras. TOPÔNIMO MESORREGIÕES MINEIRAS TO TA L TIPO DE ACIDENTE C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U L O M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S Fonte: Elaboração própria. Os topônimos coletados nos mapas consultados em mapas históricos foram considerados por período cronológico, conforme explicamos na seção anterior. Dessa forma, registrou-se, em quadros, a quantificação de cada topônimo de acordo com o período cronológico, como demonstramos, a seguir, a partir do topônimo São Caetano e suas variações. QUADRO 10 – Distribuição dos topônimos e suas variações por período histórico. Período Topônimo Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade Fonte: Elaboração própria. A sistematização dessa quantificação inicial dos dois corpora se deu por meio de fichas lexicográficas elaboradas de acordo com os objetivos da pesquisa, conforme apresentamos na seção subsequente. 145 3.2.1.1 Fichas lexicográficas Baseando-se em metodologia proposta por DICK (1990b), os topônimos coletados – atuais e pretéritos – foram sistematizados em fichas adaptadas de acordo com a natureza dos dados que integram os corpora desta pesquisa. Isto porque, segundo a autora, a anotação dos nomes em fichas lexicográficas padronizadas (...) constituem as etapas prévias de um conjunto de fases subsequentes (quantificação dos topônimos e das taxeonomias; estudo linguístico dos sintagmas toponímicos: etimologia, estrutura morfológica, sufixação, derivação; conjuntos antroponímicos e especificações); entradas lexicais; deslocamentos de topônimos de um acidente para outro; história dos municípios e origem dos nomes; estabelecimento de áreas toponímicas locais e regionais. (DICK, 1990b, p.20) Desse modo, para facilitar as próximas fases da pesquisa, anotamos as informações referentes a cada entrada lexical dos topônimos pesquisados em fichas lexicográficas a fim de descrevê-los. Neste estudo, as fichas lexicográficas constituem-se dos seguintes campos. QUADRO 11 – Ficha lexicográfica. (1) ENTRADA LÉXICA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: Acidentes físicos: Acidentes humanos: Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões: C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Fonte: Elaboração própria. 146 o ENTRADA LÉXICA: corresponde não ao topônimo, mas ao nome religioso – nome de santo/santa (hagiônimo) ou invocação à Virgem Maria (mariônimo) – que nomeou os acidentes geográficos – físicos e humanos – em território mineiro. Diferentemente do que se tem feito nos estudos toponímicos, optou-se por não considerar o topônimo propriamente dito em virtude da natureza da pesquisa e da quantidade de dados que integram os corpora analisados – 5649 ocorrências de topônimos contemporâneos e 647 ocorrências de topônimos antigos. Conforme já explicamos, em nosso estudo, trabalhamos apenas com uma taxe do modelo taxionômico de Dick (1990), a taxe dos hierotopônimos, melhor dizendo, com apenas uma de suas subdivisões: os hagiotopônimos. E ainda que tenhamos dividido essa subtaxe em três categorias toponímicas – nomes de santos, nomes de santas e nomes de invocações à Virgem Maria – a quantidade de topônimos coletados em território mineiro é bastante significativa para cada categoria. Assim, todas as informações consideradas relevantes de um grupo de topônimo com o mesmo nome (entrada léxica) foram anotadas em uma única ficha. O hagiônimo São Bento, por exemplo, é a entrada léxica de uma ficha em que se tem 184 ocorrências de hagiotopônimos, sendo 174 nos dados contemporâneos e 10 nos dados históricos. Dentre essas ocorrências, citam-se, a título de ilustração, São Bentinho, São Bentão, São Bento Abade, São Bento das Torres, entre outras. o DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG: Nesse campo, apresenta-se a quantificação dos topônimos que integram o corpus de dados contemporâneo. • Total de topônimos no Estado: indica, em todo o território mineiro, o número total de ocorrências de topônimos que se constituem a partir da entrada léxica que situa no topo da ficha. • Acidentes físicos: indica o número de ocorrências de topônimos que se referem a acidentes físicos, como rios, córregos, ribeirões, serras etc. • Acidentes humanos: indica o número de ocorrências de topônimos que se referem a acidentes humanos, como cidades, vilas, povoados, fazendas etc. • Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões: nesse campo, apresenta-se a distribuição do número total de ocorrências nas das doze mesorregiões do Estado. 147 QUADRO 12 – Distribuição dos dados contemporâneos nas mesorregiões mineiras. C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U L O M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA Fonte: Elaboração própria. • Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica]: tanto para os dados contemporâneos quanto para os dados históricos, apresentam-se, nesse espaço, três informações, quais sejam: i) o topônimo da forma que aparece nos mapas consultados; ii) o número de ocorrência de cada topônimo apresentado; iii) a estrutura morfológica, isto é, a indicação da classe gramatical, do gênero e do número de cada um dos topônimos. Baseado em Seabra (2004), essa indicação foi feita por meio de esquemas classificatórios em que as unidades mínimas de significação como os morfemas lexicais foram apresentados. Antes de apresentar os esquemas utilizados no trabalho, ressalta-se que a estrutura mais recorrente em nosso trabalho é a do nome composto constituído do substantivo são/santo e suas variações mais o substantivo representado pelo nome próprio de pessoa (antropônimo). Desse modo, para a classificação desses dois itens léxico-gramaticais, recorremos aos trabalhos de Prado Mendes (2000) e Amaral (2011). Do primeiro, utilizamos a nomenclatura Qualificativo (Qv) para classificar o substantivo singular são/santo e suas variações. De acordo com a autora, em relação ao nome próprio de pessoa, a posição dos qualificativos é fixa e, na maioria das vezes, é exercida por títulos honoríficos quais sejam: senhor, dom, doutor, cônego, reverendo, padre, vigário, desembargador, brigadeiro, tenente, capitão, coronel, sargento, sargento mór, alferes, guarda, guarda-mór, presidente, tabelião, professor. Optou-se pelo nome Qualificativo, por designar termos que na literatura específica são conhecidos como títulos honoríficos e por acreditar que itens como mulher (no sentido de esposa), marido, tio, filho, irmão, primo, etc possam 148 desempenhar esta função o que não ocorria como os títulos, este termo é, portanto, mais abrangente que títulos honoríficos. (PRADO MENDES, 2000, p.86) Nessa perspectiva, concordando com a abrangência do termo ‘qualificativo’, também utilizamos dessa nomenclatura na classificação de nossos dados, pois os substantivos ‘São, Santo/Santa, S.’, ao serem antecedidos ao nome próprio de pessoa, funcionam como títulos de santidade, transformando-o em nome de santo ou hagiônimo. Para a classificação do substantivo singular referente ao nome próprio de pessoa ou antropônimo, utilizamos a tipologia proposta por Amaral (2011, p. 67-76) em que, partindo da classificação de Vasconcelos (1928), mas ampliando-a, o autor divide os antropônimos em dois grupos: i) ortônimo, que é o nome civil completo, constituído de a) prenome - ou primeiro nome, é aquele que distingue o indivíduo entre os outros, pode ser simples ou composto – e b) sobrenome – também denominado nome de família, é(são) o(s) antropônimo(s) que sucede(m) o prenome, geralmente transmitido de pais para filhos; e ii) alônimo, que é o antropônimo que não corresponde ao nome oficial garantido pela legislação e atribuído ao indivíduo no registro civil, como a) hipocorístico – alteração morfológica (abreviação, diminutivo, aumentativo...) de outro antropônimo, atribuído, geralmente, no meio familiar –; b) apelido ou alcunha – antropônimo depreciativo ou não que é atribuído ao indivíduo por outra pessoa, geralmente, aludindo à sua característica física ou intelectual –; c) pseudônimo e codinome – antropônimos usados por uma indivíduo em lugar de seu nome civil, geralmente, para ocultá-lo –; d) heterônimo – nome de um indivíduo fictício usado pelo portador de outro antropônimo –; e) nome artístico e nome de palco – antropônimo usado pelo indivíduo para se fazer conhecer em sua atividade profissional – f) nome de guerra – um pseudônimo com caráter pejorativo. Essa proposta é esquematizada pelo autor da seguinte forma: 149 Figura 10: Diagrama da tipologia de antropônimos de Amaral Fonte: AMARAL, 2011, p.76 Assim, baseado na proposta de Amaral, em nossa classificação, utilizamos o termo antropônimo e, entre parênteses, a tipologia apresentada, sobretudo, no que se refere aos ortônimos e suas subdivisões e ao hipocorístico, primeira subdivisão dos alônimos, conforme, demonstramos, a seguir, na relação dos esquemas classificatórios utilizados. 1) Para nomes simples: a) Nm [Ssing] = Nome masculino [Substantivo singular]: Santiago. b) Nf [Ssing] = Nome feminino [Substantivo singular]: Santana. c) Nf [Ssing + dim] = Nome feminino [ Substantivo singular + sufixo de diminutivo ]: Santaninha. 2) Para nomes compostos: 2.1. Masculinos: a) NCm [Qv + Antrop (Pren)] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome)]: Santo André. b) NCm [Qv + Antrop (Pren)/ Qv + Antrop (Pren)] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome)/ Qualificativo + Antropônimo (Prenome)]: São Caetano e São Lourenço. 150 c) NCm [Qv + Antrop (Prencomp)] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome composto)]: São Judas Tadeu. d) NCm [Qv + Antrop (Hip)] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Hipocorístico)]: Santo Antoninho. e) NCm [Qv + Antrop (Ort)] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Ortônimo)]: São Francisco Xavier e São Francisco de Sales. f) NCm [Qv + Antrop (Pren) + Ssing] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + Substantivo singular]: São José Cachoeira. g) NCm [Qv + Antrop (Pren) + Spl] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + Substantivo plural]: São Sebastião Poções. h) NCm [Qv + Antrop (Pren) + Num] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + Numeral]: São Mateus II. i) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Substantivo singular}]: São Joaquim de Bocaina j) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Spl}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Substantivo plural}]: São Joaquim de Bicas. k) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ort}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Ortônimo}]: São José de Pedro Nolasco e São Paulo de Odilon de Souza. l) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular}]: São José da Barra. m) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + dim}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + sufixo de diminutivo}]: São José da Barrinha. n) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + aum}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + sufixo de aumentativo}]: São José do Praião. o) NCm [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + Asing + Ssing}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome composto) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular}]: São João Batista do Glória. 151 p) NCm [Qv + Antrop (Hip) + {Prep + Asing + Ssing}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Hipocorístico) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular}]: São Joãozinho do Capim. q) NCm [Qv + Antrop (Pren) + Adjsing] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + Adjetivo singular]: São Jerônimo Grande. r) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing + Adjsing }] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Substantivo singular + Adjetivo singular }]: Santo Antônio de Nova Belém. s) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + Adjsing }] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + Adjetivo singular }]: São José da Boa Vista. t) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Adjsing + Ssing}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Adjetivo singular + Substantivo singular}]: Santo Antônio do Pouso Alto. u) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo plural + Substantivo plural}]: São José das Lages. v) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Adjpl + Spl}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo plural + Adjetivo plural + Substantivo singular}]: São Sebastião das Águas Claras. w) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Num + Spl}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo plural + Numeral + Substantivo singular}]: São Sebastião das Três Barras. x) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Advérbio}]: São João de Cima. y) NCm [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + ADV}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Advérbio}]: São Boa Ventura de Cima. z) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + ADV}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Advérbio}]: São Lourenço do Meio. 152 aa) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + ADV}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Advérbio}]: São Gonçalo do Rio Abaixo. bb) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing (Prep + Asing + SSing)}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + (Preposição + Artigo plural + Substantivo singular}]: São José do Capão do Onça. cc) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing + (Prep + Apl +Spl)}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + (Preposição + Artigo singular + Substantivo singular)}]: Santo Antônio do Vau do Verde. dd) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing + (Prep + Apl +Spl)}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + (Preposição + Artigo plural + Substantivo plural)}]: São Gonçalo do Rio das Pedras. ee) NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl + (Prep + Ssing)}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo plural + Substantivo plural + (Preposição + Substantivo singular)}]: Santo Antônio dos Olhos d’Água. ff) NCm [Qv + Antrop (Pren) + { Prep + Asing + Ssing + (Prep + Ort)}]= Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + (Preposição + Ortônimo)}]: São Simão da Morada de José G. da Silva. gg) NCm [Qv + Antrop (Pren) + { Prep + ADV+ (Prep + Ort)}] = Nome Composto masculino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Advérbio + (Preposição + Ortônimo)}]: São Simão da Morada de José G. da Silva. 2.2. Femininos: a) NCf [Qv + Antrop (Pren)] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome)]: Santa Rosa. b) NCf [Qv + Antrop (Hip)] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Hipocorístico)]: Santo Rosinha. 153 c) NCf [Qv + Antrop (Hip) + {Prep + Spl}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Hipocorístico) + {Preposição + Substantivo plural}]: Santa Teresinha de Minas. d) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Substantivo singular}]: Santa Rosa de Lima. e) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Spl}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Substantivo plural}]: Santa Rita de Minas. f) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Antrop (Hip)}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Antropônimo (Hipocorístico) }]: Santa Rita do Chicão. g) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular}]: Santa Maria do Salto. h) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + dim}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + sufixo de diminutivo}]: Santa Edwigens da Matinha. i) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + SSing + Adjsing }] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + Adjetivo singular }]: Santa Rita de Ouro Preto. j) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + Adjsing }] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + Adjetivo singular }]: Santa Bárbara do Monte Verde. k) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo plural + Substantivo plural }]: Santa Rosa dos Dourados. l) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV )}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + ADV}]: Santa Maria de Cima m) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ort}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Ortônimo)}]: Santa Luzia de Aristóteles Santana. n) NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + (Prep + Asing + Ssing )}] = Nome Composto feminino [Qualificativo + Antropônimo (Prenome) + {Preposição + Artigo 154 singular + Substantivo singular + (Preposição + Artigo singular + Substantivo singular) }]: Santa Rita do Rio do Peixe. o) NCf [Ssing + Ssing ] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + Substantivo singular]: Santana Balsa p) NCf [Ssing + {Prep + Ssing}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Substantivo singular}]: Madre de Deus. q) NCf [Ssing + {Prep + Spl}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Substantivo plural}]: Santana de Caldas. r) NCf [Ssing + {Prep + Ort}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Ortônimo}]: Santana de Pedro Lacerda. s) NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular}]: Santana da Vargem. t) NCf [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Artigo plural + Substantivo plural}]: Mãe dos Homens. u) NCf [Ssing + {Prep + ADV}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Advérbio}]: Santana de Baixo. v) NCf [Ssing + {Prep + Asing + ADV}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Artigo singular + Advérbio}]: Santana do Meio. w) NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing+ Adjsing }] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Artigo singular + Substantivo singular + Adjetivo singular]: Santana do Rio Preto. x) NCf [Ssing + {Prep + Ssing + (Prep + Spl)}] = Nome Composto feminino [Substantivo singular + {Preposição + Substantivo singular + (Preposição + Substantivo plural]: Madre de Deus de Minas. y) NCf [Pron + Ssing] = Nome Composto feminino [Pronome + Substantivo singular]: Nossa Senhora. z) NCf [Pron + Ssing + Antrop (Pren)] = Nome Composto feminino [Pronome + Substantivo singular + Antropônimo (Prenome)]: Nossa Senhora Aparecida. aa) NCf [Pron + Ssing + { Prep + Ssing }] = Nome Composto feminino [Pronome + Substantivo singular + {Preposição + Substantivo singular}]: Nossa Senhora de Santana. bb) NCf [Pron + Ssing + { Prep + Antrop (Pren)}] = Nome Composto feminino [Pronome + Substantivo singular + {Preposição + Antropônimo (Prenome)}]: Nossa Senhora de Aparecida. 155 cc) NCf [Pron + Ssing + { Prep + Asing + Antrop (Pren) }] = Nome Composto feminino [Pronome + Substantivo singular + {Preposição + Artigo singular + Antropônimo (Prenome)}]: Nossa Senhora da Aparecida. dd) NCf [Pron + Ssing + { Prep + Asing + Ssing }] = Nome Composto feminino [Pronome + Substantivo singular + {Preposição + Substantivo singular}]: Nossa Senhora do Rosário. ee) NCf [Pron + Ssing + { Prep + Apl + Spl }] = Nome Composto feminino [Pronome + Substantivo plural + {Preposição + Substantivo plural}]: Nossa Senhora dos Remédios. o DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX: Nessa parte da ficha, apresenta-se a quantificação dos hagiotopônimos coletados nos mapas antigos. • Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: indica-se aqui a distribuição do número total de ocorrências dos topônimos sob análise nos quatro períodos históricos considerados. QUADRO 13 – Distribuição dos topônimos históricos por período. Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade Fonte: Elaboração própria. • Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica]: assim como nos dados contemporâneos, conforme já explicamos, nesse espaço, serão apresentados, além do topônimo tal qual aparece nos mapas consultados, o número de ocorrências e sua estrutura morfológica. o INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: reservou-se este campo para apresentar informações várias sobre o hagiônimo ou mariônimo que se encontra no topo da ficha como entrada léxica. De forma geral, apresentamos aqui aspectos relacionados à história de vida e à devoção aos santos e santas que motivaram a designação de nomes de lugares no léxico toponímico mineiro. Diante do exposto, podemos dizer que, além de informações linguísticas, as fichas lexicográficas trazem em seu conteúdo uma análise detalhada dos hagiotopônimos, integrando-os à cultura e à sociedade. 156 3.2.2 Análise quantitativa Feita a análise descritiva dos topônimos coletados, passou-se à análise quantitativa dos dois corpora. Nessa fase da análise, apresentamos a quantificação dos dados em gráficos e tabelas. Para os dados contemporâneos, foram apresentadas tanto informações gerais, como a quantificação total das ocorrências de cada categoria toponímica no estado e nas mesorregiões quanto informações específicas, como a identificação do número de ocorrências de cada tipo de acidente geográfico, isto é, a identificação de quantos rios, córregos, fazendas, povoados, dentre outros acidentes que receberam nomes de Santos, de Santas ou de invocações à Virgem Maria. Os dados históricos, por sua vez, foram observados diacronicamente. Quanto à quantificação da análise linguística, observou-se, além do gênero do topônimo, questões concernentes à sua estrutura e aos processos de formação morfológica. Observaram-se também aspectos sincrônicos e diacrônicos relacionados ao estudo da variação linguística. Cumpre dizer que não tratamos, em nossa análise, da origem e da etimologia dos topônimos estudados, visto que, baseando na análise prévia que consta do Banco de Dados do Projeto ATEMIG, partimos da premissa de que todos os hagiotopônimos são de origem predominantemente portuguesa. Há, entretanto, alguns hagiônimos que apresentam determinantes de origem indígena ou africana, configurando, assim, topônimos híbridos, o que foi explorado apenas superficialmente em nossa análise devido à grande quantidade de dados. Ressaltamos, porém, que consideramos a ideia de, posteriormente, dar continuidade a este estudo analisando, dentre outras coisas, a origem e a etimologia dos constituintes desses nomes. 3.2.2.1 Quanto à forma e ao gênero Em seu trabalho sobre a hierotoponímia nos municípios brasileiros, Dick (1990b, p.159-160) apresenta os resultados referentes aos hagiotopônimos, destacando o fato de que os nomes dos santos são mais recorrentes enquanto “o emprego toponímico do nome das santas não têm a mesma dinâmica.” A autora acrescenta ainda que “apesar da grande devoção 157 dedicada pelo povo brasileiro à Virgem Maria, são poucos topônimos consagrados aos cultos específicos de Nossa Senhora” (Op. cit., p.160). [Grifos da autora] Outro trabalho em que também nos baseamos é o de Tort-Donada (2011, p.58)41, uma vez que, em estudo sincrônico sobre os hagiotopônimos na Catalunha, o autor constata que mais de dois terços dos hagiotopônimos são invocações de santos masculinos. Apesar de não explicar as razões dessa diferença por gênero, ele reconhece a influência de questões históricas e religiosas nesse quadro comparativo. Desse modo, a fim de observar, no léxico toponímico mineiro, como se dá a distribuição dos topônimos estudados quanto ao gênero, dividimos os dados – contemporâneros e históricos – em dois grupos: hagiotopônimos masculinos – nomes de santos – e hagiotopônimos femininos – nomes de santas. Entre os nomes femininos, encontram-se também as invocações à Virgem Maria. Cumpre dizer que a observação do gênero dos topônimos – contemporâneos e históricos – levou em consideração a forma ou estrutura do sintagma toponímico, isto é, foram apresentados também os índices de hagiotopônimos simples e compostos. 3.2.2.2 Quanto à estrutura e aos processos de formação morfológica Conforme se demonstrou na seção anterior, em que tratamos dos elementos que constituem as fichas lexicográficas, todos os topônimos sob enfoque foram classificados estruturalmente, o que permitiu analisá-los não só no que diz respeito à estrutura, mas também em relação aos processos de formação morfológica. Assim, nessa fase da análise, apresentamos detalhadamente os processos de formação morfológica dos hagiotopônimos dos dois corpora. 41 (TORT-DONADA, 2011, p.58) “It is certainly significant that more than two thirds of the hagiotoponyms in Catalonia (2,246 to be specific, or 71.96% of the total) are invocations of male saints. The remaining 875 (28.04%) correspond to female hagiotoponyms. First, I should point out that I do not intend to examine here the reasons for this imbalance in the hagiotoponyms by gender, although there must have been historical and religious reasons for this development. However, the approach adopted in this study, which seeks above all to understand the present-day reality, prevents me from considering questions with a marked chronological component.” 158 3.2.2.3 Quanto à variação e à mudança linguística No que se refere à variação e à mudança linguística dos topônimos, baseamo-nos em Dauzat (1926), para quem os nomes próprios de lugares, assim como os nomes comuns, estão sujeitos à variação, sobretudo à ação da analogia, fato linguístico que afeta toda língua viva. Nas palavras do autor: Acreditava-se, antigamente, que os nomes de lugares eram menos sujeitos aos acidentes do que os nomes comuns, por que pareciam menos expostos às influências ocasionadas pelo contato com outros elementos do vocabulário e, também, porque, em princípio, eles não se deslocavam. Mas, o estudo atento dessas palavras prova o contrário, ou seja, elas são mais acessíveis às alterações que os nomes comuns: não estão elas isoladas na língua, incompreendidas, privadas do sustento que oferece a seus membros toda família de palavras? Além disso, encontram-se menos profundamente ancoradas na consciência popular, experimentando alterações de ordem gráfica.(DAUZAT, 1926, p.58)42 Desse modo, adotamos, em nosso trabalho, a orientação e a terminologia do autor, visto que, quanto à variação, observaram-se, tanto sincrônica como diacronicamente, as transformações ocorridas no topônimo; e, em relação à mudança, observaram-se as substituições do topônimo, adotando-se as terminologias mudança espontânea – aquela que se dá na língua após invasões ou conquistas de um território – e mudança sistemática – é aquela, que independente de conquistas, evoca em geral o nome de um soberano ou autoridades de uma região e é imposta com o objetivo de homenagear alguém. (DAUZAT, 1926, p.45) Ressaltamos que foram identificadas apenas as mudanças ocorridas em nome de municípios, o que foi possível, além da observação dos mapas históricos, graças à consulta feita à obra “As denominações urbanas de Minas Gerais: cidades e vilas mineiras com estudo toponímico e da categoria administrativa” publicada, em 1997, em parceria pelo Instituto de Geociências Aplicadas e pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Terminada essa etapa da análise, passou-se à análise geotoponímica, cujos procedimentos adotados são explicados na seção seguinte. 42 “On croyait jadis que les noms de lieux étaient moins sujets aux accidents que les noms communs, parce qu’ils paraissaient soustraits aux réactions réciproques provoquées par la solidarité des éléments de vocabulaire, et, pourrait-on ajouter, parce qu’en principe ils ne voyagent pas. L’étude attentive de ces mots prouve au contraire qu’ils sont plus accessibles aux altérations que les noms communs: ne sont-ils pas isolés dans la langue, vite incompris, privés du soutien qu’offre à ses membres toute famille de mots? En outre, moins profondément ancrés dans la conscience populaire, ils ont éprouvé davantage, à l’époque moderne, les contre- coupsd d’erreurs ou d’altérations d’origine graphique.” 159 3.2.3 Análise geotoponímica Apresentou-se, na análise geotoponímica, a localização geográfica de cada ocorrência dos topônimos que integram o corpus de dados contemporâneos, isto é, dos hagiotopônimos extraídos do Banco de Dados do Projeto ATEMIG. De acordo com Isquerdo e Castiglioni (2010, p.294), coletados preferencialmente dos mapas oficiais, os topônimos de um espaço geográfico podem ser, além de objeto de estudos monográficos, objeto de pesquisas que visam à produção de atlas toponímicos ou de obras lexicográficas. Esta pesquisa, conforme já mencionamos anteriormente, constitui-se de um estudo monográfico acerca dos hagiotopônimos coletados em mapas oficiais – históricos e contemporâneos – do estado Minas Gerais, mas devido ao número de topônimos que formam o corpus de dados contemporâneos, optamos por ampliar o escopo deste trabalho. O que não significa, entretanto, que elaboramos um atlas toponímico ou uma obra lexicográfica. O que apresentamos, nessa fase da pesquisa, é uma contribuição para os estudos toponímicos mineiros, elaborando uma proposta inicial de glossário hagiotoponímico e algumas cartas toponímicas. Descrevem-se, a seguir, os procedimentos adotados para o empreendimento dessa tarefa. 3.2.3.1 Proposta de glossário hagiotoponímico As informações referentes aos hagiotopônimos coletados no Banco de Dados do Projeto ATEMIG, conforme mencionamos na seção 3.1.1, foram organizadas a partir da entrada léxica – hagiônimo ou mariônimo –, em quadros (planilhas de excel) que foram consultados na elaboração de fichas lexicográficas. Todavia, nessas fichas lexicográficas, devido ao grande número de dados, não se registrou nem a identificação do tipo de acidente geográfico nem a localização do topônimo. Em trabalho intitulado “Em busca de um modelo de dicionário onomástico- toponímico”, Isquerdo e Castiglioni (2010, p.302) afirmam que as obras lexicográficas que, direta ou indiretamente, focalizam a toponímia, geralmente apresentam, como itens obrigatórios, na microestrutura dos seus verbetes o nome do acidente (rio, córrego, cidade) e a localização desses acidentes. 160 Desse modo, com a intenção de apresentar tais informações, elaboramos um esboço de glossário, destinado ao consulente que desejar conhecer a localização dos topônimos religiosos sob enfoque em território mineiro e os acidentes a que se referem. Chamamos de esboço porque, por ora, não foram apresentadas informações específicas de natureza linguística – como origem e estrutura gramatical –, o que poderá ser feito em outra oportunidade. Quanto à ausência da definição lexicográfica, também encontramos respaldo teórico em Isquerdo e Castiglioni: Em termos de microestrutura, a informação que melhor caracteriza os dicionários gerais é a definição, elemento que desempenha um papel fundamental no texto do verbete, informando o significado da palavra-entrada. Os dicionários onomásticos, por seu turno, por serem compostos de nomes próprios, não privilegiam na micro- estrutura a definição, Especificamente no caso dos dicionários de topônimos, as entradas configuram-se como signos linguísticos que normalmente já receberam uma definição num dicionário geral de língua, antes de ser elevado à categoria de topônimo. Nesse particular, - é demais lembrar que um signo, na qualidade de topônimo, é enriquecido pela funcionalidade de seu emprego, adquirindo uma dimensão maior e sendo marcado duplamente: o que era arbitrário em termos de língua transforma-se, no ato do batismo de um lugar, em especialmente motivado (DICK, 1992, p. 12), e é o registro da possível motivação de um topônimo uma das informações que mais caracteriza e diferencia a microestrutura de um verbete de um dicionário toponímico da de um dicionário geral da língua. (ISQUERDO e CASTIGLIONI, 2010, p.301) No que se refere à macroestrutura dessa proposta de glossário, vale dizer que sua organização se baseou nos métodos semasiológico e onomasiológico. No critério semasiológico, as entradas foram apresentadas a partir do significante e os verbetes foram organizados em ordem alfabética. Já, pelo critério onomasiológico, a organização das entradas léxicas se deu por categorias específicas ou em campos de significados, isto é, as entradas foram organizadas de acordo com as três categorias hagiotoponímicas consideradas neste estudo: nomes de santos, nomes de santas e nomes de invocações à Virgem Maria ou mariotopônimos. Para a confecção do verbete, baseou-se no modelo proposto por Seabra (2009), em seu trabalho de pós-doutoramento intitulado Fitotoponímia Mineira (inédito), fazendo as adaptações necessárias. Desse modo, na organização dos verbetes, adotaram-se os seguintes procedimentos:  Os topônimos, segundo a forma em que constam nas cartas geográficas do IBGE, constituem as entradas que são impressas em minúsculas, negrito, na forma versalete. 161  A localização do topônimo nas mesorregiões e municípios onde se encontram. Cada região é apresentada, após indicação de uma seta →.  O número de ocorrência do topônimo em território mineiro.  Quando o nome estudado aparece em formas variadas, no final do verbete, após o sinal • indicamos “ver:” para que o consulente se inteire das variantes encontradas em território mineiro para o mesmo topônimo.  As formas toponímicas que aparecem nos mapas históricos, bem como a indicação do período, foram mencionadas, na linha debaixo do verbete, no item “nota” Para a coleta dos nomes, conforme metodologia pré-estabelecida no projeto ATEMIG, foram utilizadas cartas geográficas do IBGE que propõe a divisão territorial dos 853 municípios mineiros em 12 mesorregiões, quais sejam: 162 Figura 11 – Mesorregiões de Minas Gerais CAMPO DAS VERTENTES CENTRAL MINEIRA JEQUITINHONHA METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE NOROESTE DE MINAS NORTE DE MINAS OESTE DE MINAS SUL / SUDOESTE TRIÂNGULO MINEIRO/ALTO PARANAÍBA VALE DO MUCURI VALE DO RIO DOCE ZONA DA MATA Fonte: Fonte: http:/www.pt.wikipedia.org 163 Apresenta-se, a seguir, para um melhor entendimento dos procedimentos adotados, a microestrutura dos verbetes: QUADRO 14 – Explicitação da microestrutura dos verbetes. VERBETE – Nomeia → Campo das Vertentes – acidentes geográficos nos municípios de. → Central Mineira – acidentes geográficos nos municípios de. → Jequitinhonha – acidentes geográficos nos municípios de. → Metropolitana de Belo Horizonte – acidentes geográficos nos municípios de. → Noroeste de Minas – acidentes geográficos nos municípios de. → Norte de Minas – acidentes geográficos nos municípios de. → Oeste de Minas – acidentes geográficos nos municípios de. Sul / Sudoeste – acidentes geográficos nos municípios de. → Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba – acidentes geográficos nos municípios de. → Vale do Mucuri – acidentes geográficos nos municípios de. → Vale do Rio Doce – acidentes geográficos nos municípios de. → Zona da Mata – acidentes geográficos nos municípios de. •X ocorrências •Ver: Nota: o topônimo aparece na X metade do século XY Fonte: SEABRA, 2009. (Adaptado) A fim de enriquecer a análise geotoponímica, apresentamos, entre os verbetes, algumas cartas toponímicas, conforme explicamos, a seguir. 3.2.3.1 Cartas toponímicas Os primeiros fundamentos da ciência cartográfica, segundo Zamariano (2010), foram lançados na Grécia Antiga, por volta de 160 a.C. Desde então, a Cartografia vem atingindo níveis mais precisos na confecção de mapas e cartas. Baseada em ampla bibliografia sobre o assunto, a autora assim distingue esses dois termos: “entendemos que uma carta pode representar os aspectos naturais ou artificiais da terra, similar ao mapa, mas de caráter especializado, construída com uma finalidade específica” (Op. cit., p.129) [grifo nosso], o que fundamenta, em nossa pesquisa, a opção pelo termo carta e não mapa. De acordo com Sousa Fernández (2010), situar os fenômenos linguísticos sobre um mapa ajuda o pesquisador não só a estabelecer uma proposta de variedades regionais, mas também a investigar explicações sobre a história e evolução das variedades linguísticas, o que é de fundamental importância. É, nesse contexto, que surgem os atlas linguísticos cujo padrão para a realização, pela interface com a Geografia, tanto pelo emprego comum do instrumento cartográfico quanto 164 pelo fato de dividirem um aspecto essencial das relações entre vida social e cultural do homem em seu ambiente, permitiu o surgimento da Geografia Linguística como disciplina. A Geografia Linguística (método utilizado pela Dialetologia) e Dialetologia tem como objeto comum de estudo os dialetos e a diferença entre elas está no modo de representar o resultado do estudo. A Geografia Linguística apresenta em atlas linguísticos, o levantamento cartográfico das características dialetais, tirados da língua oral. Já a Dialetologia divulga o produto da pesquisa em forma de análise aprofundada das variantes registradas (fonéticas, morfológicas, sintáticas, lexicais, etc.) incluindo, não raras vezes, a apresentação de glossários das variantes lexicais estudadas. (ZAMARIANO, 2010, p.133) Vale dizer, no que concerne às diferenças entre essas disciplinas, que as duas abordagens de estudo não se excluem, pelo contrário, se complementam. Ressalta-se ainda o fato de os procedimentos da Geografia terem se expandido, além da Dialetologia, para outros estudos linguísticos, como é o caso dos estudos onomástico-toponímicos. A esse respeito afirma Fernández: A renovação metodológica e tecnológica que afetou a geografia linguística levou as inovações e os novos procedimentos de análise da variação linguística espacial fossem aplicados a outros âmbitos dos estudos linguísticos distintos da dialetologia, especialmente aqueles em que alguns investigadores já manifestaram interesse de analisar a distribuição de formas linguísticas. No âmbito da onomástica, começaram a se aplicar os procedimentos da geografia linguística para elaborar atlas onomásticos que ajudam a conhecer melhor a história e a distribuição das formas onomásticas e contribuem também para reconhecer registros que governam sua evolução. Os atlas de antropônimos (prenomes e sobrenomes) e topônimos são uma fonte fundamental com a que se assistem os estudos onomásticos. (SOUSA FERNÁNDEZ, 2010, p. 16)43 A elaboração de um atlas toponímico não difere, em princípio, da sistemática metodológica utilizada para a confecção de atlas linguísticos. As diferenças entre eles, segundo Zamariano, consiste nos objetivos e na natureza dos dados pesquisados, pois 43 (SOUSA FERNÁNDEZ, 2010, p. 16): “A renovación metodolóxica e tecnolóxica que afectou á xeografía lingüística levou a que as innovacións e os novos procedementos de análise da variación lingüística espacial fosen aplicados a outros âmbitos dos estudos lingüísticos distintos da dialectoloxía, especialmente aqueles en que xa algúns investigadores repararán no interese de analizar a distribución de formas lingüísticas'. No ámbito da onomástica comezaron a aplicarse os procedementos da xeografía lingüística para elaborar atlas onomásticos que axudan a cofíecer mellor a historia e distribución das formas onomásticas e contribúen tamén a recofíecer as regristas que gobernan a súa evolución. Os atlas de antropônimos (nomes e apelidos) e topónimos son hoxe unha fonte fundamental coa que se asisten os estudos onomásticos.” Tradução nossa. 165 enquanto os atlas toponímicos analisam os nomes de lugares – córregos, rios, ilhas, praças, vielas, entre outros – de determinada localidade, registrados em folhas ou mapas topográficos oficiais da região em estudo, os atlas linguísticos voltam-se para dados da língua oral, recolhidos numa área geográfica previamente definida. (ZAMARIANO, 2010, p. 33) Continuando a tecer um quadro comparativo entre os atlas linguísticos e os atlas toponímicos, a autora destaca o fato de que ambos se inserem no campo da Cartografia Temática, uma vez que suas cartas veiculam dados linguísticos de natureza bastante diversa, espacialmente distribuídos. Para elaborar uma carta temática, devem ser observadas as seguintes etapas: coleta de dados, análise, interpretação das informações sobre um mapa base que geralmente é extraído da carta topográfica. Assim, com base em Dick (1996, p.29) que define o estudo da codificação onomástica, cartograficamente, como uma forma de penetrar nos meandros do sistema da linguagem, de que é extensão particularizadora ou referencial, eis o que fizemos: coletamos os topônimos no Banco de Dados do Projeto ATEMIG, analisamo-os quantitativa e qualitativamente e, considerando um mapa base, fizemos a distribuição geográfica dos topônimos sob enfoque. Ressaltamos que, para o empreendimento da última tarefa, contamos com o auxílio técnico de Ângelo Franco do Nascimento Ribeiro, doutorando em Geografia na Universidade de Grande Dourados/MS e responsável pelo laboratório de geoprocessamento da Faculdade de Ciências Humanas da mesma instituição.44 Um mapa base, conforme Sousa Fernández (2010, p.19), é “uma ferramenta que nos permite colocar a informação toponímica sobre a representação geográfica”45, não podendo, por isso, ser escolhido aleatoriamente, pelo contrário. Desse modo, para a distribuição toponímica de nossos dados, o mapa base utilizado é uma projeção geográfica, disponível na Malha Municipal do Brasil – IBGE, 2010, conforme demonstramos, a seguir: 44 O geógrafo Ângelo Franco do Nascimento Ribeiro é responsável pela edição de parte das cartas toponímicas que compõem o Atlas Toponímico do Mato Grosso do Sul (ATEMS). Desse modo, cumpre ressaltar que as cartas desta pesquisa seguem os moldes do atlas mencionado. 45(...) unha ferramenta que nos permita colocar a información toponímica sobre a representación xeográfica. (SOUSA FERNÁNDEZ, 2010, p. 19) Tradução nossa. 166 FIGURA 12 – Mapa base utilizado para a projeção das cartas toponímicas Fonte: IBGE, 2010. Foram representados, nesse modelo de carta, com exceção dos topônimos relativos às invocações da Virgem Maria, que constituem o menor número de dados, a distribuição de todos os hagiotopônimos que somaram mais de vinte ocorrências em municípios mineiros. Esse mapeament o foi feito a partir de escalas cromáticas, facilitando, assim, a percepção quantitativa dos dados. Vale dizer que, além das cartas em que os dados são representados pela variação cromática, apresentamos também uma carta geolingüística, isto é, uma carta em que as categorias onomásticas sob análise foram representadas, nas diferentes mesorregiões, por ícones. Explicitados os procedimentos adotados em todas as fases da pesquisa, passamos ao próximo capítulo que traz a apresentação e a análise dos dados. 167 CAPÍTULO 4 – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Este capítulo está dividido em duas partes. Na primeira, intitulada Apresentação e análise descritiva dos dados, apresentamos, em quadros, os dados que compõem os corpora da pesquisa de acordo com as categorias onomásticas consideradas. A partir desses quadros, fazemos, na sequência, a análise descritiva de todos os hagiotopônimos – presentes e pretéritos – em fichas lexicográficas. A análise quantitativa e a discussão dos resultados constituem a segunda parte deste capítulo, em que explicitamos, além da quantificação dos topônimos em gráficos, tabelas, quadros comparativos e cartas toponímicas, questões linguísticas, como variação e mudança dos topônimos. 4.1 Apresentação e análise descritiva dos dados 4.1.1 Apresentação dos dados Conforme se disse no capítulo anterior, em nossa pesquisa, foram formados dois corpora: o primeiro constituído de dados contemporâneos obtidos a partir da consulta do banco de dados do projeto ATEMIG e o segundo constituído de dados históricos que foram coletados em mapas de Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX. Apresentamos, a seguir, os dados de cada corpus: 4.1.1.1 Corpus I – Dados Contemporâneos Os dados que constituem o corpus I – dados contemporâneos – são apresentados em quadros de que constam, além dos nomes sob análise, a quantificação das formas toponímicas distribuída de acordo com as doze mesorregiões do estado e a identificação do número de acidentes físicos e humanos de cada um deles. 168 4.1.1.1.1 Nomes de santos QUADRO 15 – Nomes de Santos presentes na toponímia mineira. NO NOME MESORREGIÕES TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S TIPO DE ACIDENTE C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 1 SANTO AFONSO 1 1 2 - 2 2 SANTO AGOSTINHO 1 4 6 11 7 4 3 SANTO ALEIXO 2 1 2 2 7 4 3 4 SANTO ALEXANDRE 1 1 - 1 5 SANTO AMARO 1 3 5 9 2 7 6 SANTO ANDRÉ 2 2 6 2 4 16 10 6 7 SANTO ÂNGELO 2 3 5 2 3 8 SANTO ANTÔNIO 19 12 45 71 10 37 27 74 50 21 67 132 565 221 344 9 SANTO APOLINÁRIO 1 1 1 - 10 SANTO APOLÔNIO 2 2 2 - 11 SANTO AUGUSTO 1 1 - 1 12 SANTO AURÉLIO 2 2 1 1 13 SANTO ELIAS 2 2 2 6 1 5 14 SANTO EMÍDIO 2 2 - 2 15 SÃO ESTÊVÃO 1 3 3 7 4 3 16 SANTO EXPEDITO 1 3 4 1 3 17 SANTO HILÁRIO 1 1 - 1 18 SANTO HIPÓLITO 1 2 1 4 2 2 19 SANTO INÁCIO 1 5 2 2 19 2 31 12 19 20 SANTO ISIDORO 1 1 2 1 1 21 SANTO ONOFRE 2 1 3 - 3 22 SÃO BARNABÉ 1 1 - 1 23 SÃO BARTOLOMEU 4 3 1 2 8 1 3 5 27 15 12 24 SÃO BASÍLIO 3 3 2 1 25 SÃO BENEDITO 5 1 13 4 3 1 2 29 11 18 26 SÃO BENTO 7 7 15 13 7 6 6 26 11 4 13 59 174 75 99 27 SÃO BERNARDO 1 2 4 9 2 1 1 1 21 8 13 28 SÃO BOAVENTURA 0 2 2 4 - 4 29 SÃO BRÁS 1 3 1 1 1 2 1 10 5 5 30 SÃO CAETANO 2 5 5 3 2 6 23 12 11 169 NO NOME C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 31 SÃO CAIO 1 1 - 1 32 SÃO CALISTO 6 6 5 1 33 SÃO CAMILO 2 3 1 6 2 4 34 SÃO CÂNDIDO 6 6 3 3 35 SÃO CARLOS 2 1 2 2 2 9 3 6 36 SÃO CIPRIANO 1 1 1 - 37 SÃO CLEMENTE 1 7 8 2 6 38 SÃO CONRADO 3 3 - 3 39 SÃO CORNÉLIO 1 1 - 1 40 SÃO CRISTÓVÃO 1 2 3 8 14 6 8 41 SÃO DIMAS 1 1 1 1 3 7 - 7 42 SÃO DINIZ 5 5 - 5 43 SÃO DIOGO 2 1 3 - 3 44 SÃO DIONÍSIO 1 1 - 1 45 SÃO DOMINGOS 4 5 16 9 14 19 9 27 13 5 21 53 195 102 93 46 SÃO EDUARDO 1 1 2 1 1 47 SÃO FILIPE 6 1 8 2 2 19 11 8 48 SÃO FÉLIX 3 4 1 1 4 1 7 20 4 45 24 21 49 SÃO FERNANDO 1 1 1 - 50 SÃO FIDÉLIS 1 3 6 10 5 5 51 SÃO FIRMINO 1 1 1 - 52 SÃO FRANCISCO 5 15 11 8 6 25 9 8 25 3 13 34 162 88 74 53 SÃO GABRIEL 1 7 3 5 16 6 10 54 SÃO GERALDO 4 2 7 1 17 5 12 6 4 29 17 104 23 81 55 SÃO GIL 1 4 5 2 3 56 SÃO GONÇALO 1 4 4 6 7 3 6 2 33 9 24 57 SÃO GOTARDO 1 1 2 - 2 58 SÃO GREGÓRIO 4 3 1 8 5 3 59 SÃO JACINTO 2 2 2 6 3 3 60 SÃO JERÔNIMO 1 1 2 4 1 1 1 11 4 8 34 17 17 61 SÃO JOÃO 3 6 39 26 4 50 12 61 31 19 27 85 363 177 186 62 SÃO JOAQUIM 1 2 6 5 13 1 7 1 3 6 28 73 29 44 63 SÃO JORGE 1 3 3 1 5 1 1 4 3 22 5 17 64 SÃO JOSÉ 14 10 28 64 6 37 10 63 52 24 56 108 472 156 316 65 SÃO JUDAS TADEU 2 2 1 4 7 1 1 18 - 18 66 SÃO JULIÃO 1 1 2 4 1 3 67 SÃO LAMBERTO 3 3 3 - 170 NO NOME C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 68 SÃO LÁZARO 1 1 - 1 69 SÃO LEÃO 2 2 4 3 1 70 SÃO LEONARDO 3 3 1 2 71 SÃO LONGUINHO 1 1 - 1 72 SÃO LOURENÇO 2 7 2 5 3 1 8 18 1 12 43 102 48 54 73 SÃO LUCAS 1 1 4 6 4 2 74 SÃO LUCIANO 1 1 1 - 75 SÃO LUÍS 1 10 1 1 1 12 14 10 24 74 23 51 76 SÃO MANOEL 2 2 6 17 27 14 13 77 SÃO MARCOS 3 7 1 1 1 2 1 2 18 11 7 78 SÃO MARINHO 1 1 - 1 79 SÃO MARTINHO 3 3 - 3 80 SÃO MATEUS 2 1 4 2 1 5 16 9 12 18 70 31 39 81 SÃO MATIAS 4 7 4 15 11 4 82 SÃO MIGUEL 4 2 15 2 8 17 11 9 2 8 4 12 94 46 48 83 SÃO MODESTO 1 1 1 - 84 SÃO NICOLAU 1 1 1 3 1 7 5 2 85 SÃO NOBERTO 1 1 - 1 86 SÃO PAULINO 2 2 - 2 87 SÃO PAULO 1 2 1 1 7 1 1 10 9 33 16 17 88 SÃO PAULINHO 1 2 2 5 2 3 89 SÃO PEDRO 2 3 12 13 5 13 7 33 13 12 44 52 209 96 113 89 SÃO PIO 5 5 2 3 90 SÃO RAFAEL 1 1 - 1 91 SÃO RAIMUNDO 1 1 1 - 92 SÃO RICARDO 1 1 - 1 93 SÃO ROBERTO 3 1 3 7 1 6 94 SÃO ROMÃO 4 2 6 1 5 95 SÃO ROQUE 5 1 4 1 3 5 7 13 39 14 25 96 SÃO SABINO 4 4 3 1 97 SÃO SALVADOR 1 1 2 - 2 98 SÃO SEBASTIÃO 6 2 3 17 2 9 6 31 22 11 37 35 181 24 157 99 SÃO SERAFIM 2 1 3 1 2 100 SÃO SEVERINO 1 1 - 1 101 SÃO SILVÉRIO 6 6 2 4 102 SÃO SILVESTRE 1 2 1 4 1 3 103 SÃO SIMÃO 13 4 2 2 2 1 7 31 11 20 104 SÃO TEÓFILO 2 2 - 2 171 NO NOME C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 105 SÃO TIAGO 2 7 3 10 6 4 5 7 13 3 10 106 SÃO TIMÓTEO 1 1 - 1 107 SÃO TOMÁS 1 1 3 1 1 7 - 7 108 SÃO TOMÉ 1 1 2 1 11 2 7 7 32 14 18 109 SÃO VENÂNCIO 4 4 1 3 110 SÃO VENCESLAU 1 1 - 1 111 SÃO VICENTE 5 7 4 4 10 2 5 13 1 7 33 91 37 54 112 SÃO VÍTOR 3 3 - 3 113 SÃO VITORINO 3 3 2 1 TOTAL 78 103 282 311 119 358 132 492 358 160 484 924 3801 1533 2268 Fonte: Dados da pesquisa 4.1.1.1.2 Nomes de santas QUADRO 16 – Nomes de Santas presentes na toponímia mineira. NO NOME MESORREGIÕES TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S TIPO DE ACIDENTE C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 1 SANTA ADELAIDE 1 1 - 1 2 SANTA ADÉLIA 1 1 - 1 3 SANTA ALDA 1 1 - 1 4 SANTA AMÉLIA 1 1 2 1 3 8 2 6 5 SANTA ANA 3 18 23 27 3 16 18 39 12 8 29 81 277 127 150 6 SANTA ANASTÁCIA 2 2 1 1 7 SANTA ÂNGELA 3 3 - 3 8 SANTA ANGÉLICA 6 6 2 4 9 SANTA APOLINÁRIA 3 3 1 2 10 SANTA APOLÔNIA 2 5 7 2 5 11 SANTA AUGUSTA 1 1 - 1 12 SANTA BÁRBARA 3 4 3 6 5 3 6 17 19 10 16 30 122 48 74 172 NO ITEM C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 13 SANTA BRANCA 1 1 2 - 2 14 SANTA BRÍGIDA 1 1 - 1 15 SANTA CÂNDIDA 1 1 1 3 1 2 16 SANTA CATARINA 2 4 1 5 1 1 5 3 2 10 34 20 14 17 SANTA CECÍLIA 1 2 3 1 3 5 5 20 2 18 18 SANTA CLARA 5 1 8 4 3 7 3 12 2 4 16 28 93 35 58 19 SANTA CLÁUDIA 1 1 - 1 20 SANTA CONSTÂNCIA 2 2 1 1 21 SANTA CRISTINA 2 2 - 2 22 SANTA DELFINA 4 4 2 2 23 SANTA EDWIGES 0 5 3 8 1 7 24 SANTA EFIGÊNIA 3 3 4 4 14 2 12 25 SANTA ELISA 1 4 7 1 13 7 6 26 SANTA ELVIRA 1 1 - 1 27 SANTA ELZA 1 1 2 - 2 28 SANTA EMÍLIA 2 2 1 1 29 SANTA ESMÉRIA 2 2 1 1 30 SANTA EULÁLIA 1 1 - 1 31 SANTA FILOMENA 1 1 1 3 6 2 4 32 SANTA FRUTUOSA 1 1 - 1 33 SANTA GABRIELA 1 1 2 - 2 34 SANTA GERTRUDES 0 1 5 6 3 3 35 SANTA GLÓRIA 1 1 - 1 36 SANTA GUILHERMINA 1 1 - 1 37 SANTA HELENA 2 3 6 6 3 3 4 14 6 4 12 21 84 17 67 38 SANTA HELOÍSA 1 1 - 1 39 SANTA HERMÍNIA, SANTA ERMÍNIA 1 2 3 - 3 40 SANTA HILÁRIA 1 1 - 1 41 SANTA INÊS 1 1 3 1 1 3 4 1 1 1 17 1 16 42 SANTA ISABEL, SANTA IZABEL 1 1 4 8 1 2 2 9 2 1 4 13 48 14 34 43 SANTA ISAURA 1 1 - 1 44 SANTA ISILDINHA 1 1 - 1 45 SANTA JOANA 2 1 3 1 2 46 SANTA JÚLIA, SANTA JULINHA 0 2 2 1 5 2 3 47 SANTA JULIANA 5 2 7 2 5 48 SANTA JULIETA 1 1 - 1 49 SANTA JUSTA 1 1 - 1 173 NO NOME C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 50 SANTA LAURA 1 1 2 - 2 51 SANTA LEOCÁRDIA 1 1 - 1 52 SANTA LEONORA 1 1 2 - 2 53 SANTA LÍDIA 1 1 - 1 54 SANTA LÚCIA 2 10 4 2 18 1 17 55 SANTA LUÍSA 1 1 - 1 56 SANTA LUZIA 1 2 8 7 5 6 23 16 6 17 13 104 25 79 57 SANTA MADALENA 2 2 - 2 58 SANTA MAFALDA 1 1 - 1 59 SANTA MÁRCIA 3 3 - 3 60 SANTA MARGARIDA 1 3 2 4 10 1 9 61 SANTA MARIA 2 14 14 7 9 25 9 41 25 5 20 52 223 76 147 62 SANTA MARIANA 1 1 3 5 3 2 63 SANTA MARINA 1 1 2 - 2 64 SANTA MARTA 2 2 1 1 1 4 5 8 4 28 5 23 65 SANTA MAURA 2 2 1 1 66 SANTA MILANA 1 1 - 1 67 SANTA MÔNICA 1 1 2 3 1 8 1 7 68 SANTA ODÍLIA 1 1 1 - 69 SANTA OLGA 3 3 - 3 70 SANTA OLINDA 1 1 - 1 71 SANTA OLÍVIA 1 1 - 1 72 SANTA PAULA 3 1 1 5 2 3 73 SANTA QUITÉRIA 1 5 3 9 5 4 74 SANTA REGINA 1 1 - 1 75 SANTA RITA 17 22 6 24 2 27 15 7 26 48 194 61 133 76 SANTA ROSA 3 5 5 1 3 10 1 12 23 13 16 37 129 42 87 77 SANTA ROSÁLIA 2 2 1 1 78 SANTA RUFINA 1 1 - 1 79 SANTA SILVÉRIA 4 4 2 2 80 SANTA SOFIA 3 3 - 3 81 SANTA TERESA 0 2 2 1 3 4 5 17 6 11 82 SANTA TEREZINHA 1 1 2 9 5 13 31 5 26 83 SANTA ÚRSULA 2 2 1 1 84 SANTA VIRGILINA 1 1 - 1 85 SANTA VIRGÍNIA 2 2 - 2 86 SANTA VITÓRIA 2 4 1 1 8 2 6 TOTAL 28 54 110 107 42 104 59 274 177 75 220 408 1658 541 1117 174 4.1.1.1.3 Mariotopônimos QUADRO 17 – Nomes de invocações à Virgem Maria presentes na toponímia mineira. NO NOME MESORREGIÕES TO TA L TIPO DE ACIDENTE C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 1 MADRE DE DEUS 1 2 3 2 1 2 MÃE DOS HOMENS 2 2 1 1 3 NOSSA SENHORA 1 1 1 3 1 2 4 NOSSA SENHORA APARECIDA 1 1 1 2 3 22 21 3 5 16 75 2 73 5 NOSSA SENHORA DA ABADIA 1 3 4 - 4 6 NOSSA SENHORA DA AJUDA 1 1 - 1 7 NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO 1 1 1 2 2 7 - 7 8 NOSSA SENHORA DA GLÓRIA 1 1 2 1 - 9 NOSSA SENHORA DA GUIA 2 2 - 2 10 NOSSA SENHORA DA GULA 1 1 - 1 11 NOSSA SENHORA DA PAZ 1 1 - 1 12 NOSSA SENHORA DA PENHA 1 2 2 5 1 4 13 NOSSA SENHORA DA PIEDADE 1 1 - 1 14 NOSSA SENHORA DA SALETE 1 1 - 1 15 NOSSA SENHORA DA SAÚDE 1 1 2 4 - 4 16 NOSSA SENHORA DAS DORES 1 1 1 3 - 3 17 NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS 2 1 1 1 2 3 1 7 8 26 1 25 18 NOSSA SENHORA DAS MERCÊS 1 2 3 - 3 19 NOSSA SENHORA DAS VALIAS 2 2 - 2 20 NOSSA SENHORA DE FÁTIMA 1 1 1 3 5 11 - 11 21 NOSSA SENHORA DE LAMIRADA 1 1 - 1 22 NOSSA SENHORA DE LOURDES 1 1 2 4 1 3 23 NOSSA SENHORA DE SANTANA 1 1 - 1 24 NOSSA SENHORA DO AMPARO 1 1 2 - 2 25 NOSSA SENHORA DO CARMO 1 1 2 1 5 - 5 26 NOSSA SENHORA DO PILAR 1 1 - 1 175 NO NOME C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA TO TA L D E O C O R R ÊN C IA S A C . FÍ SI C O S A C . H U M A N O S 27 NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO 1 1 2 4 - 4 28 NOSSA SENHORA DO SOCORRO 2 2 - 2 29 NOSSA SENHORA DOS ANJOS 1 1 - 1 30 NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS 1 1 - 1 31 SENHORA DA PENHA 1 1 - 1 32 SENHORA DAS CINZAS 1 1 - 1 33 SENHORA DAS DORES 1 1 - 1 34 SENHORA DE OLIVEIRA 1 1 - 1 35 SENHORA DO CARMO 1 1 - 1 36 SENHORA DO PORTO 1 1 - 1 37 SENHORA DOS REMÉDIOS 1 1 - 1 38 VIRGEM 4 4 1 3 TOTAL 5 10 11 5 1 4 4 42 41 4 28 35 190 12 178 Fonte: Dados da pesquisa. 4.1.1.2 Corpus II – Dados Históricos Nesta subseção, apresentamos os dados históricos que constituem o corpus II em quadros agrupados de acordo com o período histórico considerado, conforme pode ser observado a seguir. 4.1.1.2.1 Nomes de santos QUADRO 18 – Nomes de santos na toponímia mineira de acordo com o período histórico. Ocorrências Período Nomes de Santos S. Antônio (3) [povoado (1)]; S. Antônio [Rio]; S. Antônio, de [Rio] (2); S. Bartholomeu; 176 Séc.XVIII – 1ª metade S. Caetano S. Francisco (1); S. Francisco [Rio](2); S. Francisco, de [Rio] (2) S. Gonçalo (3) S. Hipólito (2) S. João (3); S. João, de [Rio](4); S. Miguel S. Sebastião Séc.XVIII – 2ª metade S. Amaro, de [capella]; S. Amaro; S. Antônio (9 ) [matriz (2)] [rio (2)] [serra (1)]; S. Antônio, de [Ribeirão (1)], [Rio (5)],[ corgo (1)]; S. Antônio do Amparo [Capela]; S. Antônio do Monte de Diogo Lopes [Capela]; S. Antônio da Serra da ponte de Diamante [Capela], S. Antônio da Caza Branca, de [arrayal]; S. Antônio do Rio Assima, de [arrayal]; S. Antônio do Rio das Pedras, de [arrayal]; S. Antônio do Bertioga; S. Antônio do Corvelo; S. Bartolomeu,S. Bartholomeu, de (1), [arrayal (1)]; S. Bartholomeu Grande, de [corgo];S. Bartholomeu pequeno (2) S. Bento [Rio]; S. Bento, de [Ribeirão], [rio (2)] S. Caetano; S. Caetano, de (Capella]; S. Caetano do Itaporé S. Dionízio, de (Rio) S. Domingos (2); S. Domingos, de [alayal(1)], [rio (1)] S. Estêvão, de [rio (1)] S. Francisco [rio (2)]; S. Francisco, de [Rio (4)]; S. Francisco de Paula [Capela], [Igreja dos Terceiros do Carmo]; S. Francisco de Sales (Capela); S. Gonçalo (5), [Arraial (2)], S. Gonçalo, de (2), [capella (1)]; São Gonçalo da Ponte, de [capella] S. Hipólito, de (Rio) S. Ignácio (2) ;S. Ignácio, de (Ribeirão) S. João (5) [rio (1)]; S. João, de [corgo], [Villa]; S. João do Morro Grande, de; São João Del Rey; S. João Baptista; s. Joanico; S. Jozé (5); S. Joze, de [rio (1)] S. Julião, de (Ribeirão) S. Lamberto S. Lourenço; S. Lourenço, de [rio (1)] S. Luiz S. Manoel; S. Manoel, de [rio (1)] S. Marcos (2), [rio (1)]; S. Marcos, de (Rio) S. Martinho, de [rio (1)] S. Mateus [rio (2)] S. Miguel S. Miguel, de (Ribeirão) S. Pedro [rio (1)]; S. Pedro, de [Ponte (1)], [ribeyram(1)], [rio (1)]; S. Pedro de Alcântara, de (Serra) S. Pedro e S. Paulo S. Romão (2); S. Romão, de [alayal] S. Sebastião (1); S. Sebastião, de [alayal] S. Simão S. Vicente (2); S. Vicente da Formiga (Capela) S. Amaro. De [freguesia] 177 Séc.XIX – 1ª metade S. Antônio (2), [arraial (4)], [capela(7)],[destacamento], [fazenda (2)] [freguesia (3)], [rio (1)]; S. Antônio, de [rio (1)], [serra (2)]; S. Antônio do Amparo (1), [freguesia (1)], [capela (1)];; S. Antônio do Curvelo; S. Antônio do Monte; S. Antônio Rio Acima (1) [capela (1)]; S. Antônio Abaixo (1), [capela (1)]; S. Antônio de Casabranca, de [freguesia]; S. Antônio do Rio Preto [capela (1)]; S. Antônio da Roça Grande [capela (1)]; Santo Antônio de Pádua [capela (1)]; S. Bartolomeu (1), [fazenda (2)] [capela (1)]; S. Bartholomeo, de [freguesia] S. Bento (1), [capela (2)][freguesia (1)] S. Caetano (1),[fazenda (2)]; S. Caetano da Vargem Grande [freguesia]; S. Caetano de Japoré [capela (1)] S. Domingos (2), [arraial (1)], [fazenda (1)] [capela (3]; S. Domingos, de [rio (1)]; S. Domingos da Prata [freguesia]; S. Domingos do Prata [capela (1)]; S. Estêvão [rio (1)] S. Felipe [capela (1)] S. Félix [fazenda (2)], [rio (2)] S. Fidélis [capela (1)]; S. Francisco [rio (2)], [capela (1); S. Francisco, de [rio (2)]; S. Francisco do Campo Grande, de [freguesia]; S. Francisco das Chagas do Monte Alegre [freguesia] S. Geraldo (1); S. Geraldo, de [serra (1)] S. Gonçalo (2), [arraial capella (1)], [capela (7)], [freguesia (1)]; S. Gonçalo do Rio Preto; S. Gonçalo do Milho Verde, de [freguesia] S. Ignácio (1), [ribeiram (1)], [capela (1)], [rio (1)] S. Januário de Ubá [freguesia] S. João [destacamento], [capela (3)], [fazenda (2)], [freguesia], [rio (1)]; S. Joanico; S. João Baptista [capela (2)]; S. João das Gaitas; S. João Del Rey; S. João Del Rey, de [freguesia], S. João do Monte, de [rio (1)); S. João Nepomuceno [freguesia (2)]; S. João Rio Vermelho, de [freguesia]; São João da Barra [capela (1)]; S. Jozé (2), [capela (1)]; [freguesia (1)], S. Jozé, de [vila]; S. Jozé da Paraíba; S. José da Paraíba; S. Jozé d’Alfenas [freguesia]; S. José de Barra Longa; S. José da Lagoa [capela (1)], [freguesia]; S. José do Chopotó [freguesia]; S. José [freguesia], [capela (3]; S. Julião S. Lamberto [fazenda (1)] S. Lourenço [fazenda (1)], [capela (1)] S. Luís [destacamento], [arraial], [capela] S. Matheus [capela (1)]; S. Manoel S. Miguel (1), [freguesia (1)] [rio (1)] [capela (2)];; S. Miguel, de [freguesia];S. Miguel dos Arripiados [freguesia]; S. Miguel e Almas [freguesia], [capela]; S. Miguel de Percicaba [freguesia] S. Paulo [freguesia] S. Pedro [rio (1)] S. Romão [capela], [vila], [fazenda (2)], [freguesia], [rio] S. Sebastião [arraial capella], [freguesia]; S. Sebastião da Ponte Nova; S. Sebastião de Capituba; S. Sebastião de Ventania [freguesia]; S. Sebastião da Pedra de Anta 178 S. Simão (1), [capela (2)] S. Tiago, Santiago S. Thomé, de [serra]; S. Thomé das Letras S. Vicente [capela (1)], [fazenda (3)], [freguesia], Séc.XIX – 2ª metade S. Amaro (2); S. Amaro [freguesia] S. Antônio (4), [rio (1)], [freguesia (1)]; S. Antônio, de [rio (1)] S. Antônio do Amparo; S. Antônio do Monte (1), [villa (1)]; S. Antônio do Rio Acima (1), [freguesia (1)]; S. Antônio do Rio de S. João Acima; S. Antônio do Rio do Peixe; S. Antônio Garambeo; S. Antônio do Machado [freguesia]; S. Antônio do Rio Abaixo [povoação (1)] S. Bento (2) S. Caetano [povoação (1)]; S. Caetano do Japoré [vila]; S. Caetano da Vargem [freguesia (1)]; S. Caetano do Chopotó [freguesia (1)] S. Domingos (1), [vila (1)], [freguesia (1)], [povoação (1)]; S. Domingos de Bocaina [povoação (1)] S. Felipe [serra (1)] S. Francisco (2) [rio (1)]; S. Francisco, de [rio (1)]; S. Francisco de Paula [freguesia (2)]; S. Francisco de Sales [povoação (1)]; S. Francisco das Chagas do Monte Alegre S. Gabriel [povoação (1)] S. Gonçalo (1), [freguesia (4)]; S. Gonçalo do Rio Abaixo (1), [freguesia (1)] S. Ignácio; S. Ignácio, de [rio (1)] S. João (1), [rio (2)], [povoação (1)], ; S. João Baptista (1), [freguesia (1)]; S. João Baptista da Serra da Canastra [povoação]; S. João Baptista do Glória; S. João da Missão [vila]; S. João Del Rey; S. João Nepomuceno (2) [povoação (1)]; S. Joaquim [freguesia (1)] S. José (2), [freguesia (1)], [povoação (1)] [rio (1)]; S. José da Pedra; S. Jozé; S. José da Lagoa; S. José do Piaí; S. Jozé do Chopotó; José do Chopotó [freguesia (1)]S. S. José do Barroso [freguesia (1)]; S. José do Paraíso [freguesia (1)] S. Lourenço S. Luis [fazenda]; S. Luiz (1), [povoação (1)] S. Manoel [povoação (1)] S. Matheos [freguesia]; S. Matheos, de [rio (1)] S. Miguel (2) [freguesia (1)]; S. Miguel, de [riacho]; S. Miguel e Almas; S. Miguel e Almas dos Arrepiados (1), [povoação (1)] S. Paulo de Muriahe [povoação (1)] S. Pedro; S. Pedro de Alcântara (2), [freguesia (1)] S. Romão [cidade] S. Sebastião (2), [freguesia (2)], [povoação (1)]; S. Sebastião das Contendas; S. Sebastião das Lages; S. Sebastião dos Aflitos; S. Sebastião da Confusão [freguesia (1)]; S. Sebastião da Ventania [freguesia (1)]; S. Sebastião do Angahy [povoação (1)]; S. Sebastião do Paraíso [freguesia (1)] S. Simão [povoação (1)] S. Thiago (2) S. Thomé; S. Thomé das Letras (2) S. Vicente [vila] 179 Fonte: Dados da pesquisa. 4.1.1.2.2 Nomes de santas QUADRO 19 – Nomes de santas na toponímia mineira de acordo com o período histórico. Ocorrências Período Nomes de Santas Séc.XVIII – 1ª metade S. Anna (2) S. Bárbara (1); S. Bárbara, de [Rio] S. Luzia S. Maria S. Rita (2) Séc.XVIII – 2ª metade S. Anna (3); S. Anna, de [corgo (1)], [capella (1)], [Ribeirão (1)], [rio (1)]; S. Anna [Capela]; S. Anna de Bamboy [Matriz]; S. Anna do Bamboi (2); S. Anna da Catinga (3); S. Anna do Sapucahi S. Bárbara; S. Bárbara [rio (1)]; S. Catharina S. Elena, de (Rio) S. Izabel (4); S. Izabel, de [rio] S. Luzia (1), [arrayal (1)] S. Margarida, de (Serra) S. Maria (2); S. Maria, de [corgo] S. Quitéria (1), [capelinha (2)]; S. Quitéria, de [capella] S. Rita (2), [arrayal (2)]; S. Rita, de [rio (1)] S. Roza S. Thereza [rio]; S. Tereza, de (Rio) Séc.XIX – 1ª metade S. Anna (4), [capela (4)], [fazenda (5)], [rio (1)] [freguesia (1)]; S. Anna, de [ribeirão (1)], [riacho (1)]; S. Anna da Catinga (1), [Arraial (1)] [capela (1)]; S. Anna do Sapucaí [capela]; S. Anna de Sapucahi (1), S. Anna do Sapucahy [freguesia (1)]; S. Anna dos Ferros (1), [freguesia (1)]; S. Anna do Rio das Velhas [freguesia]; S. Anna do Alegre [freguesia]; S. Anna do Alfee [freguesia]; S. Anna do Rio S. João; S. Anna de Capivari; S. Anna do Parahiba [capela (1)] S. Bárbara (1), [rio (2)] [capela (1); S. Bárbara, de [freguesia] S. Catharina [freguesia (1)], [capela (1)]; S. Catharina, de [rio (1)] S. Clara [fazenda (1)] S. Izabel (2); S. Izabel [rio]; S. Izabel, de [rio]; S. Isabel [capela] S. Luzia; S. Luiza, de [freguesia] S. Maria (2), [fazenda (1)], [capela (1)]; S. Maria da Cruz [capela] S. Marta [rio (1)] S. Quitéria [capela (3)]; S. Quitéria, de [freguesia] S. Rita (5) [freguesia (2)], [capela (2)]; S. Rita, de [ribeirão (1)]; S. Rita 180 do Turvo [freguesia (1)], [capela (1)]; S. Rita do Rio Preto [freguesia] S. Roza S. Tereza [capela (1)] Séc.XIX – 2ª metade S. Anna (2), [rio (1)], [freguesia (1)]; S. Anna, de [rio (2)]; S. Anna da Barra; S. Anna do Bambuhy [freguesia]; S. Anna de Parnaíba; S. Anna do Paranahyba [Villa (1)]; S. Anna do Buriti [freguesia]; S. Anna dos Alegres [freguesia]; S. Anna do Alfié; S. Anna do Garambeo [freguesia]; S. Anna do Piratys; S. Anna do Rio S. João; S. Anna do Sapucahy [freguesia];S. Anna dos Ferros S. Bárbara [cidade (1)], [freguesia (2)], [povoação (1)] S. Catharina [freguesia] S. Isabel [povoação] S. Juliana [rio] S. Luzia [cidade (1)]; [povoação (1)] S. Margarida S. Maria (2); [vila (1)]; S. Maria, da [chapada] S. Quitéria (2) S. Rita (1), [rio (1)], [povoação (4)]; S. Rita da Boa Vista [freguesia (1)] S. Rita do Turvo (1), [povoação (1)]; S. Rita da Ibitipoca; S. Rita do Ibitipoca [freguesia (1)]; S. Rita da Jacutinga; S. Rita do Rio Abaixo (1), [freguesia (1)] 181 4.1.1.2.3 Mariotopônimos QUADRO 20 – Mariotopônimos de acordo com o período histórico. Ocorrências Período Nomes de invocações à Virgem Maria Séc.XVIII – 1ª metade - Séc.XVIII – 2ª metade Madre de Deos N. S. da Conceição ; N. S. da Conceição dos Terceiros Fransciscanos; Sra da Conceição [Igreja dos Terceiros Franciscanos] N. S. do Bom Sucesso de Minas Novas [Villa]; Sra do Bom Sucesso; N. S. das Mercês dos Crioulos N.S. do Rosário dos Pretos; Sra. Do Rosário [Igreja dos Pretos]; Sra. do Amparo [Igreja dos Pardos]; N. S. do Amparo dos Pardos Snra. da Aparecida do Cláudio (Capela) Snra. das Candeyas (Capela) Snra. do Carmo do Japão (Capela); N. S. do Carmo dos Terceiros Carmelitas Snra do Desterro (Capela) Sra do Livramento, da (Matriz) Snra da Oliveira (Capela); Sra da Oliveira Sra do Rosário Sra dos Remédios Séc.XIX – 1ª metade N. Sra da Saúde [capela (1)] N. Sra. do Porto S. do Carmo [capela (1)] Sra. da Abadia Sra das Dores Sra. da Oliveira (2); Sra da Oliveira [capela (1)] Sra. do Rosário [capela (1)] Sra. dos Remédios [capela(1)] Séc.XIX – 2ª metade N. S. da Glória [freguesia] N. Sra. da Lapa N.Sra. das Correntes N.S. Nazareth [freguesia]; N. S. de Nazareth N. S. do Bom Sucesso N.S. do Desterro (2) Fonte: Dados da pesquisa. 182 4.1.2 Análise descritiva dos dados: fichas lexicográficas Contemplando todos os 5649 hagiotopônimos contemporâneos e os 647 históricos, apresentamos, neste anexo, 239 fichas lexicográficas, sendo que desse total, 113 são destinadas aos nomes de santos; 86, aos nomes de santas; e 40, aos mariotopônimos. Essas fichas trazem além do número de ocorrências por mesorregião ou por período histórico, a estrutura linguística de cada topônimo e breves informações enciclopédicas sobre a entrada lexical de cada ficha. 4.1.2.1 Nomes de santos (1) SANTO AFONSO _____________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - 1 - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Afonso (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos. 183 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 1º de agosto, Santo Afonso Maria de Ligório (1696-1787) é um santo italiano, nascido nos arredores de Nápoles. Dotado de grande inteligência e originário de uma família nobre e influente, Afonso iniciou, aos 13 anos, o curso de Direito na Universidade de Nápoles e, aos 16, recebeu o grau de Doutor em Direito Civil e em Direito Canônico. (VAZ, 2008, p.115). Exerceu brilhantemente a profissão de advogado por mais de dez anos, segundo Daix (2000, p.30), mas ao constatar a profunda corrupção que grassava o sistema judicial, renunciou à barra dos tribunais e voltou-se à vida religiosa e à preparação para o sacerdócio. Assim, em 1726, aos 30 anos de idade, ordenou-se padre e iniciou o seu apostolado junto dos pobres, pregando sempre de maneira a ser compreendido por todos. Em 1732, Afonso reuniu à sua volta um pequeno grupo de padres decididos a imitar Cristo na sua maneira de viver e anunciar o Evangelho. Surge, então, fundada por ele, a Congregação do Santíssimo Redentor, cujos membros, também designados de Redentoristas, continuam a ser muito numerosos e presentes em diversas regiões do mundo. Foram publicadas várias obras escritas pelo padre Afonso Maria. Dentre elas, destaca- se o manual para atender confissões intitulado Teologia Moral, que saiu em primeira versão em 1748 e na versão definitiva em 1755, recebendo a aprovação do Papa Bento XIV. Essa obra teve grande sucesso pelo equilíbrio da doutrina, entre o rigorismo excessivo dos jansenistas e o laxismo oposto. Outro livro famoso, que teve grande influência na devoção mariana, foi Glórias de Maria, publicado em 1750 e que logo se difundiu por toda a Igreja. (VAZ, 2008, p.117) Aos 66 anos de idade, o padre Afonso Maria aceitou o bispado de Santa-Ágata-dos- Godos, uma diocese que ninguém queria, mas em que ele se empenhou durante quinze anos, antes de retirar para o Convento de Noceira dei Pagani, onde idoso e enfermo passou os seus últimos meses de vida. Em 1787,ele faleceu aos noventa anos de idade no dia 1º de agosto, data dedicada à sua festa litúrgica. Foi beatificado em 1816 pelo Papa Pio VII, canonizado em 1839 pelo Papa Gregório XVI e, em 1871, foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio IX. Considerado o padroeiro dos moralistas, confessores e teólogos, Santo Afonso Maria de Ligório, de acordo com, Poel (2013, p. 958), é invocado em algumas benzeduras de nervo torto e renditura. 184 (2) SANTO AGOSTINHO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 11 ocorrências Acidentes físicos: 7 ocorrências Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - 4 - - - 6 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Agostinho (11) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 28 de agosto, Santo Agostinhode Hipona (354-430) é considerado, segundo Varazze (2003, p.718) um dos maiores santos doutores da Igreja. Nascido no norte da África, em Tagaste, atual Argélia, era filho de Patrício e de Santa Mônica. Quando jovem, conforme Megale (2001, p. 48), levou uma vida desregrada, voltada aos prazeres mundanos, buscando neles a satisfação de seus desejos. Aventurou- se também nos meandros da vida amorosa e por muito tempo viveu em companhia de uma jovem, com a qual teve um filho, Adeodato, que morreu aos 17 anos. Tendo dela se separado quando se converteu ao cristianismo. De acordo com a autora, uma piedosa lenda conta que Santa Mônica, amargurada pela morte de seu esposo e pelos desvarios de seu filho Agostinho, recorreu à Nossa Senhora 185 da Consolação, tendo, pouco depois, a alegria de vê-lo convertido em tão fervoroso cristão. Em Daix (2000, p.32), lê-se que, possuidor de uma inteligência privilegiada, ele foi professor de retórica em Cartago, depois em Roma e Milão, que era então a capital do Império. Suas peregrinações espirituais levaram-no ao maquineísmo, mas é o encontro como os preceitos cristãos que muda o sentido de sua existência. Aos 32 anos, por insistência de sua mãe e de seu amigo Santo Ambrósio, e na sequência de uma revelação sobrenatural nos jardins de sua casa, Agostinho pede para ser batizado e faz um breve retiro espiritual. Depois desse retiro, volta para sua terra natal e se torna monge, consagrando três anos de sua vida à oração e ao estudo. No ano de 395 foi nomeado bispo de Hipona – atual cidade de Annaba, na Argélia – e, por 34 anos, esteve à frente de seu povo, desenvolvendo uma atividade intensa e eficaz contra as heresias de seu tempo. Escreveu vários livros, sendo os mais famosos: Confissões, espécie de autobiografia, Da imortalidade da alma, Do livre-arbítrio e Cidade de Deus. Considerado o maior filósofo de sua época, seu gênio sintético harmonizou elementos da filosofia pagã com a doutrina cristã, formando um vasto sistema de metafísica cuja influência perdura até os dias atuais. Para propagar sua doutrina, ele organizou, em Hipona, uma forma de vida monástica com seus sacerdotes, sendo que, mais tarde, sua regra inspirou a fundação da Ordem dos Agostinianos, divulgadora da devoção a Nossa Senhora da Consolação, em 1244, na Itália. Os frades agostinianos estão no Brasil desde 1693, ano em que os “Agostinianos Reformados da Observância de Portugal” chegaram a Salvador/BA. (POEL, 2013, p. 958). Um dos mais importantes acidentes geográficos do Brasil é o cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, descoberto pela expedição de Gonçalo Coelho e Américo Vespúcio em 28 de agosto de 1501, data consagrada a este santo. 186 (3) SANTO ALEIXO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: 4 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - 2 - - 1 - 2 - 2 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Aleixo (11) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 17 de julho, Santo Aleixo (350-398), foi um santo muito popular na Idade Média. Segundo Varazze (2003), Aleixo foi filho de Eufemiano, homem da alta nobreza romana e o primeiro na corte do imperador, mas muito misericordioso com os pobres. Na sua casa, todos os dias eram preparadas três mesas, para os órfãos, as viúvas e os peregrinos, a quem por temor ao Senhor alimentava acompanhado de religiosos. Sua esposa, chamada Aglaés, tinha os mesmo propósitos religiosos que ele. Não tiveram filhos até que o senhor atendeu suas preces concedendo-lhes um, depois do que decidiram viver em castidade. O menino foi instruído nas disciplinas liberaise depois brilhou nas artes filosóficas. Já na puberdade, uma moça da corte imperial foi escolhida para ser unida a ele em 187 matrimônio. Às vésperas de seu casamento, abandonou as riquezas deste mundo, peregrinou pela Terra Santa e passou a pedir esmolas em Edessa na Mesopotâmia. Mudou-se para escapar da fama de santidade. No fim, voltou para Roma, onde durante 17 anos viveu abrigado debaixo de uma escadana casa dos pais, sem ser por eles reconhecido. Somente depois da morte foi descoberta sua identidade. (POEL, 2013, p. 958) A fama de sua história e de “homem de Deus” espalhou-se entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto. Patrono de esmoleres, peregrinos e andarilhos, no Brasil, tem capela de 1743 em Magé, no Rio de Janeiro. (4) SANTO ALEXANDRE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - - - - - - - - - - Topônimo(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Alexandre (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos 188 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 10 de julho, Santo Alexandre, um dos sete filhos de Santa Felicidade, foi, de acordo com Varazze (2003, p.529-530), martirizado junto com a mãe e com os irmãos por volta do ano do Senhor de 110. Nas palavras do autor, Os sete filhos da bem-aventurada Felicidade chamavam-se Januário, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vidal e Marcial. Todos eles foram levados junto com a mãe diante do prefeito Públio – que os convocara por ordem do imperador Antonino – que a exortou a ter piedade de si própria e de seus filhos. A isso ela respondeu: “Não me deixarei conquistar por suas gentilezas nem me amedrontar por suas ameaças. Tenho certeza que o Espírito Santo está comigo e fará com que eu o supere em vida e mais ainda morta”. E voltando-se para os filhos, disse: “Olhem para o Céu, filhos caríssimos, porque é lá que Cristo nos espera. Lutem com coragem por Cristo, persistam fielmente no amor a Cristo.” Ao ouvir aquilo, o prefeito a esbofeteou-a. Como a mãe e seus mantinham-se firmes na fé, cada um deles foi morto com um suplício diferente diante dos olhos da mãe, que os encorajava. A beata Felicidade é chamada por Gregório de mais do que mártir, porque foi martirizada sete vezes em seus filhos e uma oitava vez em seu próprio corpo. (VARAZZE, 2003, p. 529) De acordo com Sgarbossa e Giovannini (2005, p. 216), a paixão dos sete santos irmãos é celebrada em Roma e “está fora de dúvida que existiram efetivamente além de Santa Felicidade, sete mártires, cujos nomes são lembrados no Martirológio Romano, juntamente como a forma do martírio”. Acrescentam os autores que Santo Alexandre foi punido com a sentença capital. Também é reconhecido pela Igreja Santo Alexandre do Egito (250-328), que, celebrado a 26 de fevereiro, é considerado o patriarca de Alexandria. Segundo Sgarbossa e Giovannini (2005, p. 65-66), foi um dos campeões na luta contra o arianismo, e seu nome ficou gravado na construção do grande baluarte da ortodoxia no concílio ecumênico de Nicéia contra Ário, um dos seus sacerdotes. Ária lançou mão de todos os meios, inclusive canções, para difundir sua heresia. Ele defendia que Deus não se comunica com a criatura e que, portanto, Cristo não é Deus. Diante disso, primeiro, Alexandre o repreendeu como um filho rebelde. Mas, depois, teve de usar o recurso extremo de um sínodo de bispos, que resultou na condenação daquela doutrina. Porém, o herege não se submeteu. Nem mesmo atendeu ao imperador Constantino, que também interferiu na controvertida questão religiosa, antevendo conflitos entre a população. Só então Alexandre insistiu com o papa e o imperador para 189 a convocação o concílio de Nicéia, ocorrido em 325. Nessa importante reunião, o bispo Alexandre, então já muito velho e enfermo, foi acompanhado por Atanásio, que ainda não era sacerdote. Este ainda adolescente, foi notado e apreciado pelo bispo, que o tomou sob sua proteção e o fez seu secretário. Quando voltou do concílio, Alexandre foi acolhido triunfalmente em Alexandria. Cinco meses antes de morrer em 26 de fevereiro de 328, ele dignou como sucessor naquela sede episcopal, o discípulo Atanásio, para acabar com a doutrina ariana. (5) SANTO AMARO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 9 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 1 - 3 - - - 5 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Amaro (9) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 1 3 190 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências S. Amaro (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Amaro, de(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Amaro, de(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade: 3 ocorrências S. Amaro (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 15 de janeiro, Santo Amaro (ou Mauro), é conhecido como discípulo de São Bento. Filho do senador Euthichius, foi confiado desde a mais tenra idade a São Bento, para ser educado pelo patriarca dos monges do Ocidente. Tendo adotado a vida religiosa, foi um dos mais representativos abades beneditinos. Enviado à Gália, fundou o mosteiro de Grandfeuil (Sant-Maur-sur-Loire), formulando suas regras. (LEHMANN, 1959 apud MEGALE, 2003, p. 49) Segundo a tradição cristã, o primeiro milagre a ele atribuído ocorreu quando, obedecendo a uma ordem que lhe fora dada por São Bento resgatou o companheiro Plácido que estava afogando. Enquanto estava imerso em oração, São Bento percebeu, em visão que o menino Plácido, que tinha ido buscar água num lago, por imprudência, tinha caído e corria o risco de se afogar. O santo abade chamou Mauro e lhe disse: “Meu irmão Mauro, corre porque aquele mongezinho que foi buscar água caiu e a onda o carrega.” Mauro partiu imediatamente: correu ao lago e foi ao encontro de Plácido no meio do lago, tomou-o pelos cabelos e carregou à terra. Só então percebeu haver caminhado sobre as ondas, como o apóstolo são Pedro no lago de Tiberíades. (SGARBOSSA e GIOVANNINI, 2005, p. 23) A devoção ao santo, no Brasil, foi introduzida pelos beneditinos, tornando-se extremamente popular. Muito cultuado em Portugal à época do descobrimento justifica o fato de várias localidades brasileiras mais antigas levarem o seu nome, dentre as quais 191 citam-se a cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano e a ilha de Santo Amaro (atual cidade de Guarajá), no litoral paulista, que recebeu esse nome dos primeiros descobridores Américo Vespúcio e Gonçalo Coelho, em 1502. Ainda em São Paulo, pode ser citado, na capital, um bairro tradicional com essa denominação. (6) SANTO ANDRÉ ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 16 corrências Acidentes físicos: 10 ocorrências Acidentes humanos: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 - - - 2 6 - 2 - - - 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo André (16) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 30 de novembro, Santo André (? – 60) é um dos doze apóstolos de Jesus. De acordo com Megale (2003, p. 54-55), natural de Betsaída, na Galiléia, era filho de Jonas e irmão de São Pedro e pescador como eles. Discípulo de São João Batista, foi o primeiro apóstolo chamado por Jesus a quem 192 apresentou também o seu irmão Simão Pedro. Ambos abandonaram a família e as redes para seguirem o Messias. André acompanhou Cristo durante três anos, sendo testemunha de suas pregações e de seus milagres. Foi ele quem levou a Jesus o menino com alguns pães e peixes, proporcionando assim o milagre da multiplicação. Recebeu o Espírito Santo junto com Maria e os demais apóstolos no Cenáculo. Depois de Pentecostes pregou o Evangelho em Jerusalém, na Grécia e na Rússia Meridional. De acordo com Varazze (2003, p. 58-68), firme nas suas convicções, constante na difusão da doutrina, forte no suplício e elevado em glória, Santo André fundou numerosas igrejas e converteu muita gente à fé de Cristo. Por ter ousado a não obedecer à autoridade do governador, desafiando-o a reconhecer em Jesus um juiz acima dele, André foi crucificado em Patras, no ano 60, numa cruz com o formato de ‘X’, conhecida como a “Cruz de Santo André”, que se tornou o seu símbolo na Igreja Cristã. Ele não foi pregado, mas sim amarrado no madeiro, o que prolongou seu martírio por dois dias, durante os quais continuou pregando o Evangelho, enquanto permitiram suas forças. No momento de sua morte, uma luz divina envolveu seu corpo, paralisando os presentes. Em 357, suas relíquias foram transferidas para Constantinopla e, em 1210, para a catedral de Amalfi, na Itália. Desse modo, como fundador, segundo a tradição, da Igreja de Constantinopla, Santo André é padroeiro da cristandade eslava e da Escócia, assim como dos pescadores e dos peixeiros, e ainda invocado pelas mulheres que se querem tornar mães. (DAIX, 2000, p. 35) Santo André era muito venerado na Igreja Oriental, principalmente na Rússia, onde deu seu nome a uma das mais famosas ordens militares, instituída em 1698, pelo imperador Pedro, o Grande. No Brasil, seu nome foi atribuído a uma das mais antigas vilas brasileiras – Santo André da Borda da Mata –, fundada por Martim Afonso de Sousa em meados do século XVI. Após três décadas de existência, durante o governo de Mem de Sá, foi condenada à extinção, com a transferência de seus habitantes para São Paulo de Piratininga. Depois da instalação da estrada de ferro Santos-Jundiaí, o denominado “bairro da Estação” tornou-se um centro industrial muito desenvolvido e a partir de 1930 passou a chamar-se Santo André, em reminiscência da vila quinhentista. Faz parte atualmente do ABC 193 paulista. São também reconhecidos pela Igreja: Santo André Avelino, Santo André Bobola e Santo André Corsini. (7) SANTO ÂNGELO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - - - - - - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Ângelo (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 5 de maio, Santo Ângelo (1185 – 1220) nasceu na cidade de Jerusalém46. Tendo vivido em muitos conventos da Palestina e da Ásia Menor, Ângelo recebeu muitas graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres, depois de viver cinco anos no monte Carmelo, mesmo lugar onde viveu o profeta Elias. Entrou para a 46 Segundo as informações encontradas no site da editora Paulinas (www.paulinas.org.br), em que são apresentados dados biográficos de muitos santos reconhecidos pela Igreja são apresentados. 194 Ordem do Carmo quando tinha apenas dezoito anos e, em 1213, foi ordenado sacerdote. Ainda segundo a tradição, Ângelo saiu do monte Carmelo com os primeiros carmelitas que foram para Roma a fim de obter do papa Honório III a aprovação da Regra do Carmelo, e depois imigraram para a Sicília. Dentre seus grandes feitos, o que mais se destaca é o trabalho de evangelização que manteve entre os hereges cátaros daquela cidade. A história narra que ele conseguiu converter até uma mulher que, antes disso, mantinha uma vida de pecados, até mesmo uma relação incestuosa com um rico senhor do lugar. No dia 5 de maio de 1220, Ângelo fez sua última pregação na igreja de São Tiago de Licata, na Sicília. Nesse dia foi morto, vítima daquele rico homem, que não se conformou com o abandono e a conversão de sua amante, encomendando o assassinato. Venerado pela população, logo uma igreja foi erguida no lugar de seu martírio, onde foi sepultado o seu corpo. A Igreja canonizou o mártir santo Ângelo em 1498. Porém somente em 1662 as suas relíquias foram transladadas para a igreja dos carmelitas. O seu culto se difundiu amplamente no meio dos fiéis e na Ordem do Carmo. Santo Ângelo foi nomeado padroeiro de muitas localidades, inicialmente na Itália, depois em outras regiões da Europa. Sua veneração se mantém até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e devotos nas situações de suas dificuldades. Os primeiros padres carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas, nomeando as aldeias que se formavam, e expandiram o seu culto, que também chegou ao Brasil. (8) SANTO ANTÔNIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 565 ocorrências Acidentes físicos: 221 ocorrências Acidentes humanos: 344 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 195 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 19 12 45 71 10 37 27 74 50 21 67 132 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Antoninho(1) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] Santo Antônio(467) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santo Antônio, de (8) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santo Antônio, do (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santo Antônio da Barra(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio da Boa Vista (3) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Adjsing + SSing}] Santo Antônio da Cachoeira (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio da Fortaleza (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio da Glória (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Antrop(Pren)}] Santo Antônio da Limeira (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio da Nova Esperança (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Adjsing + SSing}] Santo Antônio da Pedra Bonita (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Santo Antônio da Reticoa (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio da Roseira (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio da Tapera (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio da Vargem Alegre (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Santo Antônio da Várzea (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio das Almas (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio das Contendas (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio das Minas Vermelhas (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl + Adjpl}] 196 Santo Antônio das Palmeiras (3) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio das Posses (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio das Três Barras (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Num+ Spl}] Santo Antônio de Baixo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] Santo Antônio de Cima (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] Santo Antônio de Nova Belém (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) + {Prep + Adjsing + SSing }] Santo Antônio do Arrozal (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Amparo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Aventureiro(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Boachá (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Bom Retiro (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Adjsing + SSing}] Santo Antônio do Bonito (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Boqueirão (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Chalé (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Cruzeiro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Eme (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Grama (4) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Graminha (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) + {Prep + Asing + SSing + dim }] Santo Antônio do Guiné (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Indaiá (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Ipê (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Itambé (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Itapixé (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Jacinto (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Antrop(Pren)}] Santo Antônio do Lajeado (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Leite (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Livramento (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Manhuaçu (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Meio (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + ADV}] Santo Antônio do Monte (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Mucuri (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Pirapetinga (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] 197 Santo Antônio do Pontal (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Porto (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Pouso Alto (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Santo Antônio do Requerente (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Retiro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Rio Abaixo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + ADV}] Santo Antônio do Rio Preto (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Santo Antônio do Surubim (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Xavier (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Santo Antônio do Vau do Verde (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing +(Prep + Asing +Ssing)}] Santo Antônio dos Araújos (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio dos Cristais (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio dos Moreiras (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio dos Monteiros (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio dos Olhos d’Água (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) + {Prep + Apl + Spl + Prep + Ssing }] Santo Antônio dos Paivas (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio dos Santos (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Antônio Martins Gontijo (1) – NCm [Qv+Antrop+ Spl + Ssing }] São Antônio (1) – NCm[Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 89 Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 7 29 36 17 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 7 ocorrências 198 S. Antônio (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Antônio, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 29 ocorrências S. Antônio (14) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Antônio, de (7) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Antônio da Caza Branca, de(1) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Santo Antônio da Serra da Ponte de Diamante (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + (Prep + Asing + Ssing + Prep + Ssing)}] S. Antônio do Amparo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Antônio do Bertioga (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Antônio do Corvelo(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Antônio do Monte de Diogo Lopes(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing + (Prep + Ort) }] S. Antônio do Rio Assima, de(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + ADV}] S. Antônio do Rio das Pedras, de (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing +(Prep + Apl +Spl)}] Séc.XIX – 1ª metade: 36 ocorrências S. Antônio (20) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Antônio, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Antônio Abaixo (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + ADV] S. Antônio da Roça Grande(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Asing + Ssing + Adjsing}] S. Antônio de Casabranca, de(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Ssing }] S. Antônio de Pádua(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Ssing}] S. Antônio do Amparo (3) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing}] S. Antônio do Curvelo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing}] S. Antônio do Monte (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing }] S. Antônio do Rio Preto (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing + Adjsing] S. Antônio Rio Acima (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ Asing + Ssing + ADV] Séc.XIX – 2ª metade: 17 ocorrências S. Antônio (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Antônio, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 199 S. Antônio Garambeo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ Ssing ] S. Antônio do Amparo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing}] S. Antônio do Machado (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing}] S. Antônio do Monte (2) – NCm [Qv+Antrop + { Prep + Asing + Ssing}] S. Antônio do Rio Abaixo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep +Asing + Ssing + ADV}] S. Antônio do Rio Acima (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep +Asing + Ssing + ADV}] S. Antônio do Rio de S. João Acima (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)) + { Prep + Asing + Ssing + (Prep + Qv+Antrop + (Pren) +ADV)}] S. Antônio do Rio do Peixe (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing + (Prep + Asing + Ssing }] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 13 de junho, Santo Antônio de Lisboa (1195 – 1231) é também conhecido com Santo Antônio de Pádua. Essas duas cidades que acompanham o nome do santo indicam, respectivamente, onde nasceu e morreu o santo. É um dos santos mais populares da Igreja Católica, o que pode ser comprovado, segundo Sgarbossa e Giovannini (2005, p. 186), pelo fato de ter sido “canonizado em Pentecostes de 1232, apenas um ano após a sua morte, apoiado por uma popularidade que sempre cresceria de época em época.” Georges Daix (2000), em seu dicionário dos santos do calendário romano e dos beatos portugueses, afirma que anotoriedade e as tradições populares ofuscam, por vezes, a verdadeira profundidade da vida de um santo. Esse é o caso de Santo Antônio de Lisboa: Nascido nesta cidade, em 1195, e baptizado com o nome de Fernando, recebeu o de Antônio, ao ingressar nos Franciscanos. António de Lisboa, com apenas trinta e seis anos, morreu em 13 de Junho de 1231, no convento de Santa Maria, na cidade italiana de Pádua, razão por que também é chamado António de Pádua. O papa Gregório IX dizia que ele era “A Arca do Testamento”, tal era o conhecimento penetrante das Escrituras que possuía – foi, de facto, não só um mestre em teologia, mas igualmente um polemista subtil. Cónego regular de Santo Agostinho, e depois franciscano, foi enviado aos trinta anos para Marrocos em missao de evangelização. De volta à Europa, Francisco de Assis encarrega-o de ensinar teologia em Bolonha, Milão, Limoges e Pádua. Pregador infatigável e taumaturgo, foi nomeado em 1227 provincial de Itália. A pedido do futuro papa Alexandre IV, António de Lisboa compôs os seus célebres Sermões sobre os Santos. A sua popularidade imediata, intensa e duradoura, explica por que motivo grandes pintores o quiseram representar nos seus quadros – Donatello, Ticiano, Rubens e Murillo, cuja obra-prima, na catedral de Sevilha, nos mostra um jovem frade contemplando o Menino Jesus.O livro que muitas vezes os pintores colocaram nas suas mãos evoca a sua ciência 200 bíblica, assim como os seus dons de pregador, enquanto que o lírio que o acompanha significa a pureza da sua alma integralmente voltada para a contemplação. (DAIX, 2000, p. 37-38). Segundo Varazze (2003, p.171), o nome Antônio vem de ana, ‘embaixo’ e tennens àquele que abraça as coisas do alto e despreza as da terra’, o que justificaria, segundo o autor, o fato de Santo Antônio ter desprezado as coisas do mundo e se dedicado inteiramente à missão de evangelizador. O culto a esse santo iniciou na cidade italiana de Pádua, onde, em 1231, deu-se o seu falecimento. Conforme Nuno (2007), trata-se do santo católico que teve a canonização mais rápida da história da igreja, apenas 11 meses depois da data de sua morte. Coforme Réau (1997) apud Quintas (2011), só a partir do século XVI que o santo dos miagres, como era conhecido em Pádua, passa a ser cultuado como o santo nacional dos portugueses e, mais tarde, como um santo universal. Vale destacar que a invocação a ele sempre esteve presente nos feitos militares, conforme mostra Nuno (2007), a seguir: Declarado padroeiro de Portugal, até patente militar lhe deram, de soldado a coronel, tanto nos exércitos português e brasileiro como no espanhol. Justo a ele, que tanto trabalhou pela paz isenta da violência das armas. Já em 1558, dom Pedro II de Portugal o recrutou como soldado raso num regimento de infantaria. Em 1683 foi promovido a capitão – e a coronel, na primeira década do século XIX. No Brasil, a carreira militar lhe foi atribuída em especial na Bahia e no Rio de Janeiro; nessas duas províncias do império, começou como soldado e chegou a tenente-coronel – sendo o soldo pago pelo governo à igreja a ele dedicada. Já em Igaraçu, em Pernambuco, foi até eleito vereador, nas funções de protetor da Câmara. E, quando chamado à batalha, não negou fogo: durante o assalto francês ao Rio de Janeiro de 1710, sob o comando de Duclerc, quando a cidade já parecia conquistada – com invasores desembarcados em sua parte central –, no alto do convento de Santo Antônio foi colocada sua imagem pelos frades, com a espada de um general a ele apensa. A reação dos habitantes do Rio, renovados em sua coragem, foi decisiva: os franceses foram expulsos quando tudo já se considerava perdido, e avitória se atribuiu à intercessão do Santo. Um século depois, em 1814, dom João VI, estabelecido no Rio de Janeiro condecorou Santo Antônio com a grã-cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, peça de ouro cravejada com vinte e seis diamantes. (NUNO, 2007, p.267) Assim, trazida pelos portugueses, a devoção a Santo Antônio chegou ao Brasil logo no início da colonização e a primeira capela a ele dedicada em solo brasileiro foi construída em Olinda, no ano de 1550, dando origem ao convento de Santo Antônio do Carmo. “Santo venerado pelos soldados, que lhe dedicam honras militares, é orago de mais de 230 povoações brasileiras e para o povo, em geral, é o santo familiar, que auxilia a 201 encontrar objetos perdidos e o protetor dos casamentos.” (MEGALE, 2003, p. 58) Vaninfas (2003), citando a obra Santo Antônio de Lisboa na tradição popular de Mattos (1937), afirma que a popularidade desse santo e a difusão de seu culto em Portugal e no Brasil são extraordinárias. Consta da obra citada que 57 hospícios e santas casas tiveram Santo Antônio como patrono, em Portugal, entre os séculos XV e XVIII, e somente nas igrejas do patriarcado de Lisboa havia dele 300 imagens, em 1742. No Brasil repetiu-se o fenômeno, pois Santo Antônio é de longe o santo que mais emprestou seu nome à toponímia brasileira, batizando freguesias, vilas e cidades sem conta. Só em Minas, até o século XIX, foram 118 localidades dedicadas ao santo de Lisboa. No período colonial, entre 1585 e 1650, dos 15 conventos fundados no Brasil pelos franciscanos, oito foram dedicados a Santo Antônio, dos quais quatro no Nordeste. Quanto a capelas de engenho em Pernambuco, Santo Antônio patrocinou nove oragos, empatando com Nossa Senhora do Rosário, seguido de perto por São João. Seu prestígio em Pernambuco era particularmente grande, mas não foi pequeno em várias outras capitanias. No período colonial, as relações dos fiéis com Santo Antônio eram íntimas. Tão íntimas quanto o eram com Cristo e com a Virgem, sempre invocados a cada dificuldade ou simplesmente pontuando o vocabulário cotidiano, as frases, as conversas sobre os mais variados assuntos. O melhor campo de observação para essa inserção das figuras sagradas no universo cotidiano colonial é a documentação inquisitorial, pois o Santo Ofício passou a se preocupar crescentemente com as blasfêmias dos fiéis, sobretudo a partir da segunda metade do século XVI, uma vez encerrado o Concílio de Trento (1545-63), marco da Contra-Reforma. (VANINFAS, 2003, p.31) O costume de nomear os lugares a partir do hagiônimo Santo Antônio, entretanto, não se restringe ao Brasil e a Portugal. Pelo contrário, conforme Vasconcelos (1931), a popularidade do santo é vasta e está registrada em diversos documentos etnográficos existentes. Nas palavras do autor: O Diccionário postal de Silva Lopes menciona 124 lugares, herdades, quintas, casais, com o nome de S. António no continente, e 7 nas ilhas adjacentes, não falando de nomes como Vila Real de S. Antônio, Rua do Vale de S. Antônio, em que o nome do Santo serve de complemento gramatical. Tais expressões nasceram muitas vezes de ermida e igrejas. É provável que as localidades que na Hespanha, Itália, França se chamam San António, Sant’ António, Saint’ 202 Antoine, principalmente nas duas primeiras nações, devam em parte os seus nomes à devoção a S. António de Lisboa (...) (VASCONCELOS, 1931, p.8)47 De acordo com a literatura consultada, são também são reconhecidos pela Igreja: Santo Antônio do Egito ou Santo Antão, Santo Antônio Maria Gianelli, Santo Antônio Maria Pucci, Santo Antônio Maria Zacarias e Santo Antônio Maria Claret. (9) SANTO APOLINÁRIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos:- Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Apolinário, do (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS 47Cabe ressaltar, ainda de acordo com Vasconcelos, que Antônio é um dos nomes mais usados em Portugal e essa abundância na antroponímia portuguesa deve-se à veneração ao santo de Lisboa. 203 Celebrado a 23 de julho, Santo Apolinário, foi, segundo Varazze (2003, p.555-557), o discípulo de São Pedro apóstolo enviado a Ravena para anunciar o nome de Jesus a incrédulos. Viveu, pois, no período de meados do século I e século II, como primeiro bispo de Ravena, a capital do Império Bizantino no Ocidente, onde existem duas grandiosas igrejas a ele dedicadas, ambas célebres na história da arte e do cristianismo. O resultado de sua obra, só se revelou após a sua morte, quando a população da nova capital do Império Romano tornou-se exclusivamente cristã, reforçando suas raízes no próprio culto de seu primeiro bispo, considerado por eles um exemplo de santidade. Assim se explica a grande devoção a ele, não somente em Ravena, mas em muitas outras localidades da Itália, da França e da Alemanha. Aliás, nessas regiões, foi amplamente difundida, devido os mosteiros beneditinos que Apolinário ali fundara. (10) SANTO APOLÔNIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - - - - - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Apolônio (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 204 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (11) SANTO AUGUSTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 corrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 corrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Augusto (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 205 (12) SANTO AURÉLIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - 2 - - - - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Aurélio (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Aurélio (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 20 de julho, Santo Aurélio viveu no período de meados do século IV e século V.48 Bispo de Cartago e amigo de Santo Agostinho de Hipona, ele foi considerado um dos principais líderes da Igreja na chamada "província da África", que ocupava a faixa norte do continente, exceto o Egito. Encontrou essa Igreja em ruínas, pois enfrentara um cisma no início do século, mas disse que viera para purificar a Igreja, separando-a do mundo profano e do Império Romano. Os que ficaram ao seu lado foram chamados donatistas, hereges que se opunham aos católicos. 48Segundo as informações encontradas no site da editora Paulinas (www.paulinas.org.br), em que são apresentados dados biográficos de muitos santos reconhecidos pela Igreja são apresentados. 206 Instaurava-se uma crise e um cisma que só viria terminar com a morte de Donato, na deportação em 355. A doutrina fora esquecida, os templos serviam também para festas e banquetes, com muitos monges recusando-se a trabalhar. Aurélio engajou-se, então, na reforma da Igreja e na revitalização dos costumes morais, dos ritos e da doutrina católica. (13) SANTO ELIAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 2 - - - - 2 2 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Elias (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Elias (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 207 (14) SANTO EMÍDIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Emídio (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 5 de agosto, Santo Emídio é muito venerado na Itália.49 De origem nobre, Emídio nasceu em 278 d.C na cidade de Treveri no valo do Rio Mosele, importante território do império romano (hoje, parte da Alemanha). Depois de se converter ao cristianismo, aos 23 anos de idade, sentiu-se ameaçado pelo imperador Dioclesiano, ele fugiu para Roma junto de seus amigos Euplo, Germano e Valentino. Protetor contra terremotos e catástrofes do tempo, Santo Emídio é padroeiro de Áscoli Pisceno, na Itália, onde, no século XVI, foi construída em seu louvor uma enorme basílica. 49De acordo com as informações encontradas no site da Paróquia Santo Emídio do bairro Vila Prudente em São Paulo. 208 No Brasil, a primeira capela em seu louvor, foi construída pelos fundadores do bairro de Vila Prudente (os irmãos Emídio, Bernardino e Panfílio Falchi) logo após a fundação em 1890. De origem italiana, a família Falchi trouxe da península sua devoção ao santo, tanto que o primogênito de seus filhos foi batizado com o nome de Emídio. (15) SANTO ESTÊVÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: 4 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - 3 - - - 3 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Estêvão (7) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 1 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência 209 S. Estêvão, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:1 ocorrência S. Estêvão (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 26 de dezembro, Santo Estêvão, um dos sete diáconos ordeanados pelos apóstolos para exercer o ministério, é considerado o primeiro mártir do cristianismo. O bem-aventurado Estêvão foi o primeiro a ser escolhido e o encarregado de dirigir os demais. Estêvão, cheio de graça e força obrava prodígios e grandes milagres em benefício do povo. Os judeus, enciumados, queriam sobrepujá-lo e procuraram vencê-lo de três maneiras: através de debates públicos, prestando falsos testemunhos e submetendo-o a suplícios. Em cada um desses combates contou com o auxílio celestial. No primeiro, o Espírito Santo foi-lhe dado para que tivesse sabedoria; no segundo, apareceu com feições angelicais a fim de atemorizar as falsas testemunhas; no terceiro, Cristo esteve a seu lado para fortalecê-lo no martírio. (VARAZZE, 2003, p. 107) Segundo Daix (2000, p. 71), Estêvão dizia que Deus não estava fechado e localizado no templo, como se acreditava em Israel, mas presente na vida de cada um e caminhando junto com os fiéis, além disso, não hesitava em discutir com os judeus para os convencer de que o Jesus, que havia sido cruxificado, era verdadeiramente o Messias anunciado pelas Escrituras. Tais palavras desagradavam aos chefes que o arrastaram para fora da cidade e apedrejaram-no até a morte, depois de terem deposto suas vestes aos pés de um rapaz chamado Paulo, que mais tarde se tornou o apóstolo Paulo. Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. O testemunho de Santo Estevão não gera dúvidas, porque sua documentação é histórica e faz parte das Sagradas Escrituras, encontrando- nos capítulos seis e sete dos Atos dos Apóstolos. Quando suas relíquias foram encontradas em 415, os fiéis foram tomados de forte comoção, dando início, assim, a um fervoroso culto de toda a cristandade, que Inicialmente celebrado apenas em Jerusalém, se estendeu posteriormente a Roma e a outras partes do mundo. Conforme Sgarbossa e Giovannini (2005, p.415), a festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua 210 importância de primeiro mártir de Cristo. Cita-se também Santo Estêvão da Húngria (969-1038), que celebrado a 16 de agosto, é apontado, segundo Daix (2000, p.71), como o modelo perfeito do soberano cristão. Filho de um duque magiar descendente de Átila, Estêvão foi coroado rei da Húngria em 25 de dezembro do ano mil, dia do Natal de Jesus. Cinco anos antes de subir ao trono, provavelmente em 995, casou-se com Gisela, irmã do futuro imperador Henrique II da Baviera, que também se tornou santa. (16) SANTO EXPEDITO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - 3 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Expedito (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Reconhecido pelo culto popular, Santo Expedito é celebrado a 19 de abril. Conforme Daix (2000, p.72), os beneditinos de Paris assim escreveram sobre este santo: “Em Mitilene, na Armênia – lê-se no Martirológio Romano –, os santos mártires 211 Hermogéneo, Gaio, Expedito, Aristónico, Rufo e Gálatas foram todos coroados no mesmo dia, mas só tardiamente a atenção se centrou sobre um deles, Expedito” Não há, contudo, segundo o autor, qualquer certeza sobre o nome exato deste santo e de sua origem. Segundo Megale (2003, p. 102-103), tendo se recusado a adorar os deuses pagãos, foi flagelado e decapitado em 303, na cidade de Melitene, no dia 19 de abril. Seu culto, iniciadono local do martírio, passou para a Alemanha Meridional, Itália, especialmente na Sicília, onde é padroeiro de Aci-Reale. Venerado em Pau, cidade do sul da França, e na Espanha, sua devoção chegou ao Brasil através dos portugueses. (17) SANTO HILÁRIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - 1 - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Hilário (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos 212 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Bispo e doutor da Igreja, Santo Hilário de Poitiers é celebrado a 13 de janeiro. Hilário, bispo de Poitiers, natural da Aquitânia, brilhou como uma luz entre os demais astros. Foi casado e teve uma filha, mas levava vida de monge sob vestes laicas, sendo de idade e de ciência avançada quando foi eleito bispo. Como o bem-aventurado Hilário preservava da heresia não apenas a sua cidade, mas toda a França, instigado por dois bispos que tinham deixado se corremper, o imperador, também adepto dela, relegou-o ao exílio junto com o beato Eusébio, bispo de Vercelli. De fato como o arianismo lançava raízes por toda parte e como o imperador concedera aos bispos liberdade para se reunir e discutir as verdades da fé, Santo Hilário comparecia a tais reuniões para defender com eloquência a ortodoxia, o que os ditos bispos não podiam suportar, pressionando para que ele retornasse a Poitiers. (VARAZZE, 2003, p. 162) Foi chamado “Atanásio do Ocidente” por se assemelhar ao bispo de Alexandria. Isso porque, conforme Sgarbossa e Giovannini (2005, p.21) ambos combateram, no século IV, o arianismo – heresia que negava o dogma da Santíssima Trindade – com as polêmicas teológicas, discursos e escritos. (18) SANTO HIPÓLITO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - 2 - 1 - - - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Hipólito (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Hipólito (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 213 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 2 1 - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 2 ocorrências Santo Hipólito (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência Santo Hipólito, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 13 de agosto, Santo Hipólito foi um sacerdote culto, austero, pouco tolerante e indulgente que viveu no século III. Ele previa, temendo sempre, que cada reforma pudesse violar a verdadeira doutrina cristã. Era conservador. (19) SANTO INÁCIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 31 ocorrências Acidentes físicos: 12 ocorrências Acidentes humanos: 19 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 214 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - 5 2 - - 2 19 - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Inácio (28) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santo Inácio, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Inácio, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 9 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 3 4 2 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:3 ocorrências Santo Ignácio (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santo Ignácio, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:4 ocorrências Santo Ignácio (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:2 ocorrências Santo Ignácio (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santo Ignácio, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 17 de outubro, Santo Inácio de Antioquia foi o sucessor de Pedro nos primeiros séculos do cristianismo. (DAIX, 2000, p.95) Inácio, “o teóforo” (aquele que conduz a Deus, como ele mesmo gostava de ser 215 chamado), bispo do coração ardente (Inácio — Ignatius — quer dizer precisamente “fogo”) —, ficou na memória dos cristãos de todos os tempos por causa das inusitadas expressões de amor dirigidas a Cristo e à Igreja, as quais se lêem nas cartas escritas durante a viagem que, de Antioquia, devia levá-lo a Roma, para ser dado como pasto às feras — vítima ilustre da perseguição de Trajano. Outro santo homônimo de culto muito popular é Santo Inácio de Loyola, celebrado a 31 de julho. Iñigo Lopez de Loyola, este era o seu nome de batismo. Conforme Daix (2000, p.95), fundador dos Jesuístas, Inácio nasceu em Loyola, no país Basco em 1491. O mais novo de treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte, praticando esportes, principalmente os equestres, seus preferidos. Em Paris, em 15 de agosto de 1534, juntaram-se a ele mais seis companheiros, e fundaram a Companhia de Jesus. Entre eles estava Francisco Xavier, que se tornou um dos maiores missionários da Ordem e também santo da Igreja. Mas todos só se ordenaram sacerdotes em 1537, quando concluíram os estudos, ocasião em que Iñigo tomou o nome de Inácio. Três anos depois, o papa Paulo III aprovou a nova Ordem e Inácio de Loyola foi escolhido para o cargo de superior-geral. A sua contribuição para a Igreja e para a humanidade foi a sua visão do catolicismo, que veio de sua incessante busca interior e que resultou em definições e obras cada vez mais atuais e presentes nos nossos dias. Foi canonizado pelo papa Gregório XV em 1622. Santo Inácio de Loyola foi declarado Padroeiro de Todos os Retiros Espirituais pelo papa Pio XI em 1922 Várias são as obras escritas por ele, que difundidas pelo mundo inteiro, são consultadas constantemente. (20) SANTO ISIDORO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos:1 ocorrência 216 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Isidoro (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 4 de abril, Santo Isidoro viveu no século VI. O mais novo de quatro irmãos, nasceu em 560, em Sevilha, capital da Andaluzia, numa família hispano-romana muito cristã. Seu pai, Severiano, era prefeito de Cartagena e comandava sua cidade dentro dos mais disciplinados preceitos católicos. A mãe, Teodora, educou todos os filhos igualmente nas regras do cristianismo. Como fruto, colheu a alegria de ter quatro deles: Isidoro, Fulgêncio, Leandro e Florentina, elevados à veneração dos altares da Igreja. Isidoro era tão dedicado à caridade que sua casa vivia cheia de mendigos e necessitados, isso todos os dias. No dia 4 de abril de 636, sentindo que a morte estava se aproximando, dividiu seus bens com os pobres, publicamente pediu perdão para os seus pecados, recebeu pela última vez a eucaristia e, orando aos pés do altar, ali morreu. Segundo Daix (2000, p.98), Santo Isidoro é autor da obra mais considerável do século VII, Sobre a origem de certas coisas, uma verdadeira enciclopédia que apresenta, atualizados, o conhecimento de seu tempo. 217 (21) SANTO ONOFRE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - 2 - - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Onofre(3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Reconhecido pelo culto popular e celebrado a 12 de junho, Santo Onofre, segundo Megale (2003, p. 173), foi um eremita na Tebáida, no Egito, onde viveu na solidão durante sessenta anos no século IV. Consagrado pelo povo como padroeiro da fortuna, Santo Onofre é invocado para garantir e conservar a subsistência diária. Santo de guarda por excelência, cuja presença preserva os locais onde existem alimentos, principalmente nas despensas. De acordo com a autora, sua imagem, mesmo em Oratórios é sempre colocada de frente para a cozinha. 218 (22) SÃO BARNABÉ ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 1 - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Barnabé (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 11 de junho, São Barnabé, segundo DAIX (2000, p.43), foi colaborador insigne dos Doze escolhidos por Jesus. Ele, apesar de não estar entre os escolhidos, acompanhou o Senhor e os apóstolos naqueles primeiros dias. Quando assistiu a um milagre realizado por Jesus Cristo, que diante de seus olhos curou um paralítico, aquele bondoso judeu resolveu pedir admissão entre seus discípulos. Aceito, vendeu um campo de plantações que possuía para doar seu dinheiro aos apóstolos. Desse modo, nascido judeu, São Barnabé converteu-se ao cristianismo logo nos seus primeiros anos. 219 (23) SÃO BARTOLOMEU ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 27 ocorrências Acidentes físicos: 15 ocorrências Acidentes humanos: 12 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 4 3 1 2 - 8 1 - 3 5 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Bartolomeu (27) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 11 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 1 6 5 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 1 ocorrência S. Bartholomeu (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade:6 ocorrências S. Bartholomeu (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Bartholomeu, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Bartholomeu Grande, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + Adjsing] S. Bartholomeu Pequeno (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + Adjsing] Séc.XIX – 1ª metade:5 ocorrências S. Bartholomeu (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 220 S. Bartholomeo, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 24 de agosto, São Bartolomeu, também chamado Natanael, foi um dos doze primeiros apóstolos de Jesus. É assim descrito nos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, e também nos Atos dos Apóstolos: Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma pequena aldeia a quatorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tholmai. No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Em hebraico, a palavra "bar" que dizer "filho" e "tholmai" significa "agricultor". Por isso os historiadores são unânimes em afirmar que Bartolomeu-Natanael trata-se de uma só pessoa. Seu melhor amigo era Filipe e ambos eram viajantes. Foi o apóstolo Filipe que o apresentou ao Messias. De acordo com Daix (2000, p.43), há em Roma, na ilha de Chipre, uma Basílica dedicada a esse santo. (24) SÃO BASÍLIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 3 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Basílio (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 221 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 2 de janeiro, São Basílio é também conhecido como o Grande e, segundo Daix (2000, p.44) deu uma contribuição decisiva para o dogma da Trindade, ao deixar escrita a obra Tratado sobre o Espírito Santo. De uma família cristã – seu avô tinha morrido mártir, sua mãe e sua irmã eram veneradas pela sua santidade – Basílio nasceu em 329, começou Basílio estudou em Atenas e Constantinopla. Mas, foi sua irmã Macrina que o levou para a vida religiosa. Ela havia fundado um mosteiro onde as religiosas progrediam muito em santidade. Basílio decidiu ir para o Egito aprender com os monges do deserto este modo de viver em solidão. Voltou, se consagrou monge e escreveu suas famosas "Constituições", a primeira Regra de vida espiritual destinada aos religiosos. Neste livro se basearam os mais famosos fundadores de comunidades ao redigir os Regulamentos de suas Congregações. Basílio foi eleito bispo de Cesaréia, e nesta época o representante do Império tentou fazer com que ele renegasse a Fé, mas ele não o fez. Mesmo tendo a saúde muito frágil, Basílio o enfrentou com um discurso tão eloqüente, que este representante desistiu de castigá-lo, percebendo sua admirável santidade e porque já era venerado pelo povo. (25) SÃO BENEDITO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 29 ocorrências Acidentes físicos: 11 ocorrências Acidentes humanos: 18 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 222 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 5 1 - - - 13 4 3 1 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Benedito (26) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Benedito,de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Benedito Muniz (1) – NCm [Qv + Antrop (Ort)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado mundialmente a 4 de abril, São Benedito é celebrado no Brasil a 5 de outubro. Isso se deve à sua popularide entre os brasileiros. Filho de escravos negros, é um dos santos mais queridos e cuja devoção é muito popular no Brasil. Cultuado inicialmente pelos escravos negros, por causa da cor de sua pele e de sua origem - era africano e negro -, passou a ser amado por toda a população como exemplo da humildade e da pobreza. Esse fato também lhe valeu o apelido que tinha em vida, "o Mouro". Benedito Manasseri nasceu em 1526, na pequena aldeia de São Fratelo, em Messina, na ilha da Sicília, Itália. Era filho de africanos escravos vendidos na ilha. O seu pai, Cristóforo, herdou o nome do seu patrão, e tinha se casado com sua mãe, Diana Lancari. O casamento foi um sacramento cristão, pois eram católicos fervorosos. Considerados pela família à qual pertenciam, quando o primogênito Benedito nasceu foram alforriados junto com a criança, que recebeu o sobrenome dos Manasseri, seus padrinhos de batismo. 223 (26) SÃO BENTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 174 ocorrências Acidentes físicos: 75 ocorrências Acidentes humanos: 99 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 7 7 14 13 7 6 6 26 11 4 13 59 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Bentão (1) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] São Bentinho (1) – [Qv + Antrop (Hip)] São Bento (160) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Bento, do (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Bento Abade (1) – [Qv+Antrop (Pren) + Ssing] São Bento da Ressaca (2) – [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Bento das Torres (2) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] São Bento de Baixo (1) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] São Bento de Caldas (1) – [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Spl }] São Bento de Cima (3) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] São BentoII (1) – [Qv+Antrop (Pren) + Num] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 10 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 4 4 2 224 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:4 ocorrências S. Bento (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Bento, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:4 ocorrências S. Bento (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:2 ocorrências S. Bento (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Do latim “benedictus”50, abençoado.São Bento, que teve sua vida escrita por São Gregório, “é assim chamado ou porque abençoou muito, ou porque recebeu nesta vida muitas bênçãos, ou porque todos o abençoaram, ou porque mereceu a bênção eterna.” (VARAZZE, 2003, p.297). De acordo com Megale (2003), filho de pais ilustres que nunca pouparam sacrifícos para dar-lhe esmerada educação, Bento nasceu em 480, na província de Núrsia, na Itália, de onde foi mandado a Roma para estudar, mas ainda bem jovem abandonou as letras e resolveu ir para o deserto, conforme se lê no Dicionário dos santos do calendário romano e dos beatos portugueses: Bento deixa aos catorze anos a sua cidade natal para continuar os estudos em Roma. A breve trecho, contudo, Bento abandona a cidade e as vaidades do mundo para se refugiar na solidão de uma caverna perto de Subíaco (o Sacro Speco). É aí que o vai encontrar um eremita – Romano –, que se torna seu pai espiritual e lhe confere o hábito religioso. A reputação da sua santidade difunde-se e reúne à sua volta um grupo de discípulos. Bento decide reparti- los por doze mosteiros, cada um com doze membros, reservando para si a orientação do conjunto. Por volta de 529, com alguns companheiros, abandona o Subíaco e parte para o Monte Cassino, onde funda a célebre abadia. É nesse lugar, considerado como o berço dos Beneditinos, que redige a sua famosa Regra, e onde vem a morrer por volta de 550. Adoptada pelos monges do Ocidente, essa regra está na origem da ordem dos monges beneditinos que exerceu uma influência considerável durante toda a Idade Média, não só na Igreja como na sociedade. (DAIX, 2000, p. 45-46) Desse modo, São Bento tornou-se o fundador da ordem dos beneditinos, sendo considerado o pai dos monges do Ocidente. Conforme Poel (2013, p.974), ele “tinha por lema: ‘Ora et labora’ (latim): rezar e trabalhar.” Os monges beneditinos chegaram ao Brasil em 1551, estabelecendo-se em Salvador, onde construíram, no começo do século XVII, seu convento e a capela de Nossa 50Segundo Varazze (2003, p.297), apesar de a forma latina do nome ser a mesma, não se pode confundir São Bento (c.480-550) e São Benedito (1589-1654), esse último um negro nascido na Sicília e cujo culto foi muito popular entre os escravos no Brasil colonial e mais tarde entre seus descendentes. 225 Senhora de Montserrat, uma das mais representativas da primeira capital brasileira. Este início caracterizou-se por grande expansão e os padres de São Bento fundaram conventos em Olinda, Rio de Janeiro e São Paulo, de onde um dos maiores beneméritos foi Fernão Dias Pais Leme, o grande bandeirante brasileiro, cognominado o Caçador de esmeraldas. (ARROYO, 1954 apud MEGALE, 2003, p.73) Por herança popular de Portugal, no Brasil, São Bento é conhecido por afugentar e dominar as cobras venenosas. A origem dessa crendice pode ser explicada de acordo com Varazze (2003), da seguinte forma: Um homem mandou duas garrafas de vinho a Bento, por meio de um garoto, que escondeu uma no caminho e levou a outra para o homem de Deus. Este recebeu-a com gradidão, e quando o garoto ia partir deu-lhe o seguinte conselho: “Meu filho, não beba daquela garrafa que você escondeu, mas vire- a com cuidado e olhe o que tem lá dentro”. O garoto retirou-se confuso; na volta para casa quis verificar o que lhe tinha sido dito, e quando virou a garrafa dela saiu uma serpente. (VARAZZE, 2003, p. 302) (27) SÃO BERNARDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 21 ocorrências Acidentes físicos: 8 ocorrências Acidentes humanos: 13 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 2 - 4 - 9 2 1 1 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Bernardo (20) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Bernardo,de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos 226 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado pela Igreja a 20 de agosto, São Bernardo de Claraval foi trovador incomparavável da Virgem Maria. Bernardo nasceu na última década do século XI, no ano 1090, em Dijon, França. Era o terceiro dos sete filhos do cavaleiro Tecelim e de sua esposa Alícia. A sua família era cristã, rica, poderosa e nobre. Desde tenra idade, demonstrou uma inteligência aguçada. Tímido, tornou-se um jovem de boa aparência, educado, culto, piedoso e de caráter reto e piedoso. Mas chamava a atenção pela sabedoria, prudência, poder de persuasão e profunda modéstia Quando sua mãe morreu, seus irmãos quiseram seguir a carreira militar, enquanto ele preferiu a vida religiosa, ouvindo o chamado de Deus. Na ocasião, todos os familiares foram contra, principalmente seu pai. Porém, com uma determinação poucas vezes vista, além de convencê-los, trouxe consigo: o pai, os irmãos, primos e vários amigos. Ao todo, trinta pessoas seguiram seus passos, sua confiança na fé em Cristo, e ingressaram no Mosteiro da Ordem de Cister, recém-fundada. Bernardo morreu em Claraval em 20 de agosto de 1153, deixando uma obra considerável. (28) SÃO BOAVENTURA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 227 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 2 - 2 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Boaventura (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Boa Ventura de Baixo (1) – [Qv+Antrop (Prencomp)+ {Prep + ADV}] São Boa Ventura de Cima (1) – [Qv+Antrop (Prencomp)+ {Prep + ADV}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 15 de julho, São Boaventura tem seu nome ligado à conquista da univerdidade pelas ordens mendicantes. Grande comentador medieval de Agostinho, estudioso do itinerário da alma para Deus, Boaventura, celebrado como “Doutor seráfico”, foi discípulo de Francisco de Assis. Frei Boaventura era italiano, nasceu no ano de 1218, na cidade de Bagnoregio, em Viterbo, e foi batizado com o nome de João de Fidanza. O pai era um médico conceituado, mas, como narrava o próprio Boaventura, foi curado de uma grave enfermidade ainda na infância por intercessão de são Francisco. Aos vinte anos de idade, ingressou no convento franciscano, onde vestiu o hábito e tomou o nome de Boaventura dois anos depois. Estudou filosofia e teologia na Universidade de Paris, na qual, em 1253, foi designado para ser o catedrático da matéria. Também foi contemporâneo de Tomás de Aquino, outro santo e doutor da Igreja, de quem era amigo e companheiro. 228 (29) SÃO BRÁS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 10 ocorrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 3 1 - 1 1 2 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Brás (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Brás do Suaçuí (6) – [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Braz (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 3 de fevereiro, São Brás viveu no século IV e, ao se tornar mártir, transformou-se rapidamente num santo popular. (DAIX, 2000, p.48). Brás nasceu na Armênia, era médico, sacerdote e muito benevolente com os pobres e cristãos perseguidos e por essas virtudes foi nomeado bispo de Sebaste, isto no século três. Apesar de ter vivido já nos finais das grandes perseguições aos cristãos, muitos ainda foram torturados e mortos na mão dos poderosos pagãos. Brás abandonou o bispado e se protegeu na caverna de uma montanha isolada e mesmo assim, depois de descoberto e 229 capturado, morreu em testemunho de sua fé sob as ordens do imperador Licínio, em 316. Seu culto é muito popular em todo o mundo, sobretudo na França, sendo especialmente invocado contra as doenças da garganta, o que também ocorre no Brasil. (30) SÃO CAETANO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 23 ocorrências Acidentes físicos: 12 ocorrências Acidentes humanos: 11 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 - 5 5 3 2 - - - - - 6 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Caetano (20) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Caetano e São Lourenço (1) – [Qv + Antrop (Pren)/ Qv + Antrop (Pren)] São Caetano da Moeda (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Caetano do Paraopeba (1) – [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 13 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos: Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 1 3 5 4 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 230 Séc.XVIII – 1ª metade: 1 ocorrência S. Caetano (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade:3 ocorrências S. Caetano (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Caetano, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Caetano do Japoré (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Séc.XIX – 1ª metade:5 ocorrências S. Caetano (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Caetano de Itaporé (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing}] S. Caetano da Vargem Grande (1) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Séc.XIX – 2ª metade:- 4 ocorrências S. Caetano (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Caetano da Vargem (1) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing}] S. Caetano do Japoré (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Caetano do Chopotó (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 7 de agosto, São Caetano nasceu em Vicência, na Itália, em outubro de 1480. Filho do conde Gaspar de Thiene e de Maria do Porto, desde muito jovem mostrava grande preocupação e zelo pelos pobres, abrindo asilos para os idosos e muitos hospitais para os doentes, especialmente para os incuráveis. Estudou em Pádua, onde se diplomou nas matérias jurídicas, aos vinte e quatro anos de idade. Dedicava-se ao estado eclesiástico, mas sem ordenar-se, por considerar-se indigno. Nesse meio tempo, fundou, na propriedade da família, em Rampazzo, uma igreja dedicada a Santa Maria Madalena, que ainda hoje é a paróquia desta localidade. 231 (31) SÃO CAIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Caio (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: No livro dos papas da Igreja, encontra-se registrado que o papa Caio nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados. Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino, e da sobrinha Suzana, que se havia consagrado a Cristo. 232 (32) SÃO CALISTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 corrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 6 - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Calisto (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 14 de outubro, Calisto antes de ser papa, de 217 a 222, foi diácono e administrador dos bens da Igreja em Roma. Durante o seu pontificado, pôs termo à heresia trinitária de Sabélio e autorizou, contrariamente ao admitido pela lei civil o casamento entre escravos e pessoas livres. Morreu durante uma rixa entre judeus na comunidade judaica de Roma. A tradição litúrgica honra-o como mártir. (DAIX, 2000, p.51) 233 (33) SÃO CAMILO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - 3 - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Camilo (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 14 de junho, São Camilo foi peoclamado em 1930 por Pio IX padroeiro dos enfermeiros e enfermeiras. Camilo de Lellis nasceu em 1550 em Bucchiano nos Abruzos. Com dezessete anos, juntamente com o seu pai alista-se no exército espanhol que, a 5 de Outubro de 1971, vencera os turcos na batalha de Lepanto. Mas Camilo foi expulso do exército pelo seu gosto de cartas. De acordo Daix (2000, p.51), após anos vagabundagem, foi acolhido pelos Capuchinhos de Roma. Espiritualmente influenciado por um desses religiosos, converteu-se à fé e começou a trabalhar como enfermeiro no Hospital de São Tiago dos Incuráveis. Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro 234 correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. (34) SÃO CÂNDIDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 6 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Cândido (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Candinho (4) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 235 (35) SÃO CARLOS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 9 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências Acidentes humanos: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 1 - - 2 2 - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Carlos (9) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 4 de novembro, São Carlos Borromeu é um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, cuja obra poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. De origem nobre, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável, a cultura e o acesso às altas elites de Roma para posicionar-se na frente, ao lado e até abaixo dos pobres, doentes e, principalmente, das crianças. Nasceu no castelo da família em Arona, próximo de Milão, em 2 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, da mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir a Deus, como era hábito na época. Com vocação religiosa acentuada, penitente, piedoso e caridoso como os pobres. 236 (36) SÃO CIPRIANO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 1 - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Cipriano (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 16 de setembro, São Cipriano nasceu na África numa família pagã e veio a se converter para o cristianismo quando já era adulto. Eleito bispo de Cartago, em 248, foi um missionário importante que, além de suas pegações, deixou numerosos escritos. São Cipriano é patrono da África do Norte. 237 (37) SÃO CLEMENTE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 8 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 1 - - - - - 7 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Clemente (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Clemente de Baixo (1) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] São Clemente de Cima (2 – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] São Clemente do Meio (1) – [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing_ ADV}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: São Clemente foi o quarto papa da Igreja de Roma, ainda no século I. Vivia em Roma e foi contemporâneo de são João Evangelista, são Filipe e são Paulo; de Filipe era um dos colaboradores e do último, um discípulo. Paulo até citou-o em seus escritos. A antiga tradição cristã apresenta-o como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano. Mas foi o próprio Clemente que registrou sua história ao assumir o comando da Igreja, sabendo do perigo que o cargo representava para sua 238 vida. Pois era uma época de muitas perseguições aos seguidores de Cristo. Governou a Igreja por longo período, de 88 a 97, quando levou avante a evangelização firmemente centrada nos princípios da doutrina. Enfrentou as divisões internas que ocorriam. Foi considerado o autor da célebre carta anônima enviada aos coríntios, que não seguiam as orientações de Roma e pretendiam desligar-se do comando único da Igreja. Através da carta, Clemente I animou-os a perseverarem na fé e na caridade ensinada por Cristo, e participarem da união com a Igreja. (38) SÃO CONRADO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 corrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 3 - - - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Conrado (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 239 (39) SÃO CORNÉLIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - 1 - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Cornélio (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 16 de setembro, Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o pontificado, depois de um período vago na cátedra de São Pedro, devido à violenta perseguição imposta pelo imperador Décio. O papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, menos por Novaciano, que esperava ser o sucessor, martirizado por aquele cruel tirano. Assim, Novaciano consagrou-se bispo e proclamou-se papa, isto é, antipapa. Nessa condição, criou-se o primeiro cisma da Igreja. A Igreja debatia, internamente, para tentar uma solução definitiva quanto à conduta a ser adotada em relação a um dos seus maiores problemas da época, referente aos "lapsos", nome dado aos sacerdotes e fiéis que renegavam a fé e separavam-se da Igreja durante as perseguições que se impunham aos cristãos. 240 Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e uma postura muito indulgente, boa e compreensiva para com os desertores da fé católica. Atitudes que lhe valeram grandes atribulações e incompreensões. Mas a toda essa oposição contou sempre com o apoio incondicional e fiel do bispo Cipriano de Cartago, Argélia, norte da África. (40) SÃO CRISTÓVÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 14 ocorrências Acidentes físicos: 6 ocorrências Acidentes humanos: 8 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - 2 3 - - - - - - 8 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Cristóvão (14) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 25 de julho, a devoção a são Cristóvão é uma das mais antigas e populares da Igreja, tanto do Oriente como do Ocidente. São centenas de igrejas dedicadas a ele em todos os países do mundo. Também não faltam irmandades, patronatos, conventos e instituições que tomaram o seu nome, para homenageá-lo. Ele consta da relação dos "quatorze santos auxiliadores" invocados para interceder pelo povo nos momentos de 241 aflições e dificuldades. Assim, o vigor desta veneração percorreu os tempos com igual intensidade e alcançou os nossos dias da mesma maneira. Entretanto são poucos os dados precisos sobre sua vida. Só se tem conhecimento comprovado de que Cristóvão era um homem alto e musculoso, extremamente forte. Alguns escritos antigos o descrevem como portador de "uma força hercúlea". Pregou na Lícia e foi martirizado, a mando do imperador Décio, no ano 250. Depois disso, as informações fazem parte da tradição oral cristã, propagada pela fé dos devotos ao longo dos tempos, e que a Igreja respeita. (41) SÃO DIMAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - 1 - - - 1 - 1 - 7 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Dimas (7) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 242 (42) SÃO DINIS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 5 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Dinis (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Diniz (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (43) SÃO DIOGO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 243 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 2 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Diogo (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS São Diogo (Diego) é um dos santos mais populares da Espanha e das Américas, se não do mundo todo. Tal popularidade fica clara na quantidade de pinturas e imagens que o representam sempre como viveu: vestindo um hábito de irmão leigo franciscano, remendado, e portando pão e chaves que indicam os ofícios a que se dedicava, cozinheiro e porteiro. Seguidor de São Francisco de Assis, Diogo, ou melhor, Diego, como se diz em espanhol, nasceu, em Alcalá do Porto, Sevilha, Espanha, por volta do ano 1400. Filho de pais muito pobres e simples, foi autodidata e viveu como monge eremita às margens do povoado natal, em penitência e oração. Alimentava-se somente com os produtos da pequena horta que cultivava e vestia-se com as roupas velhas que o povo lhe dava em troca de trabalhos artesanais. Possuidor de dons místicos e inteligência infusa, sua piedade e bondade eram tão reconhecidas que logo ganhou fama de santidade. Para fugir dela, resolveu ingressar como noviço de irmão leigo no Convento dos frades franciscanos de Arizafe, próximo a Córdoba. 244 (44) SÃO DIONÍSIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 1 - - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Dionísio (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência São Dionízio, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:- Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 9 de outubro, São Dionísio foi convertido pelo apóstolo Paulo (At 17,34) 245 durante a sua pregação aos gregos no Areópago, daí ter sido agregado ao seu nome o apelido de Areopagita. Nascido na Grécia, no seio de uma nobre família pagã, estudou filosofia e astronomia em Atenas. Em seguida, foi para o Egito finalizar os estudos da matemática. Ao regressar a Atenas, foi nomeado juiz. Até ele chegou o apóstolo Paulo, quando acusado ante o tribunal em que se encontrava Dionísio. (45) SÃO DOMINGOS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 195 ocorrências Acidentes físicos: 102 ocorrências Acidentes humanos: 93 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 4 5 16 9 14 19 9 27 13 5 21 53 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Domingos (183) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Domingos, de (8) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Domingos da Bocaina (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Domingos das Dores (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] São Domingos de Cima (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] São Domingos do Prata (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 19 ocorrências 246 Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 4 10 5 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:4 ocorrências São Domingos (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Domingos, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:10 ocorrências São Domingos (7) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Domingos, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Domingos da Prata (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Domingos do Prata (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Séc.XIX – 2ª metade:5 ocorrências São Domingos (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Domingos de Bocaina (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Celebrado a 8 de agosto, Domingos nasceu em 24 de junho de 1170, na pequena vila de Caleruega, na Velha Castela, atual Espanha. Pertencia a uma ilustre e nobre família, muito católica e rica: seus pais eram Félix de Gusmão e Joana d'Aza e seus irmãos, Antonio e Manes. O primeiro tornou-se sacerdote e morreu com odor de santidade. O segundo, junto com a mãe, foi beatificado pela Igreja. Nesse berço exemplar, Domingos, desse criança, trilhou o mesmo caminho de servir a Deus. Até mesmo o seu nome foi escolhido para homenagear são Domingos de Silos, porque sua mãe, antes de Domingos nascer, fez uma novena no santuário do santo abade. E, como conta a tradição, no sétimo dia ele lhe teria aparecido para anunciar que seu futuro filho seria um santo para a Igreja Católica. Domingos dedicou-se aos estudos, tornando-se uma pessoa muito culta. Mas nunca deixou a caridade de lado. Em Calência, cidade onde se diplomou, surpreendeu a todos ao vender os objetos de seu quarto, inclusive os pergaminhos caros usados nos estudos, 247 para ter um pequeno "fundo" e com ele alimentar os pobres e doentes. (46) SÃO EDUARDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Eduardo (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS: Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (47) SÃO FELIPE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 248 Total de topônimos no Estado: 19 ocorrências Acidentes físicos: 11 ocorrências Acidentes humanos: 8 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 6 - 1 8 - - - - 2 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Felipe (10) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Filipe (10) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:- Séc.XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Felipe (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S.Felipe (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 3 de maio, São Filipe Apóstolo é natural de Betsaida. Ele aparece sempre em quinto lugar no elenco dos apóstolos. O evangelho de João, no qual é citado três 249 vezes, oferece-nos um interessante perfil desse apóstolo, deduzido de duas respostas que ele dá a pergunta formulada por Jesus. Sua festa é celebrada junto com a de São Tiago, porque, segundo a tradição, as relíquias desses dois santos foram solenemente depositadas na basílica romana dos doze apóstolos, no mesmo dia em que foi consagrada, a 1 de maio de 565. (DAIX, 2000, p.76) (48) SÃO FÉLIX ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 24 ocorrências Acidentes humanos: 21 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 3 4 1 1 5 1 - 7 - 20 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Félix (43) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Félix de Minas (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Félix do Cipó (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Spl }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos 250 Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 4 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade:4 ocorrências S. Félix(4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS São Félix de Cantalice, celebrado a 18 de maio foi o primeiro frade capuchinho a ser canonizado. Nascido de uma família de camponeses, São Félix se tornou amigo de Carlos Borromeu. (49) SÃO FERNANDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Fernando (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 251 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (50) SÃO FIDÉLIS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 10 ocorrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 1 - - - 3 - 6 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Fidélis (10) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - 252 Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Fidélis (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Ele nasceu numa família de nobres em 1577, na cidade de Sigmaringen, na Alemanha, e foi batizado com o nome de Marcos Reyd. Na Universidade de Friburgo, na Suíça, estudou filosofia, direito civil e canônico, onde se formou professor e advogado em 1601. Durante alguns anos, exerceu a profissão de advogado em Colmar, na Alsácia, recebendo o apelido de "advogado dos pobres", porque não se negava a trabalhar gratuitamente aos que não tinham dinheiro para lhe pagar. Até os trinta e quatro anos, não tinha ainda encontrado seu caminho definitivo, até que, em 1612, abandonou tudo e se tornou sacerdote. Ingressou na Ordem dos Frades Menores dos Capuchinhos de Friburgo, vestindo o hábito e tomando o nome de Fidelis. Escreveu muito, e esses numerosos registros o fizeram um dos mestres da espiritualidade franciscana. Como era intelectual atuante, acabou assumindo missões importantes em favor da Igreja e, a mando pessoal do papa Gregório XV, foi enviado à Suíça, a fim de combater a heresia calvinista. Acusado de espionagem a serviço do imperador austríaco, os calvinistas tramaram a sua morte, que ocorreu após uma missa em Grusch, na qual pronunciara um fervoroso sermão pela disciplina e obediência dos cristãos à Santa Sé. (51) SÃO FIRMINO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 253 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Firmino (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Firmino ou Firmin, como foi batizado, nasceu na Espanha, na cidade de Pamplona, na última metade do século III. Era filho de uma família rica, influente e bem firmada nos princípios do cristianismo. Mas foi na França que seu trabalho de evangelização destacou-se, de tal forma que foi considerado uma das figuras mais importantes da Igreja daquele tempo. Sua pregação era muito apreciada pelos fiéis. Fez tanto sucesso pelo seu conhecimento das verdades da fé que foi eleito pelo povo seu novo bispo. Isso aconteceu quando o sacerdote Honesto, já muito velho e cansado, não podia mais orientar os fiéis. Firmino, então, recebeu o sacramento da ordem e a sagração episcopal, em Toulouse, dando início ao seu apostolado de evangelização, que pretendia acabar com as trevas do paganismo. (52) SÃO FRANCISCO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 162 ocorrências Acidentes físicos: 88 ocorrências 254 Acidentes humanos: 74 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 5 15 11 8 6 25 9 8 25 3 13 34 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Francisco (137) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Francisco, do (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Francisco da Barra (137) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Francisco das Abóboras (137) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] São Francisco de Assis (4) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] São Francisco de Cima (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + ADV}] São Francisco de Paula (2)– NCm [Qv+Antrop (Ort)] São Francisco de Sales (1) – NCm [Qv+Antrop (Ort)] São Francisco do Borja (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Francisco do Glória (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Francisco do Humaitá (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Francisco do Porto Novo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] São Francisco Xavier (5) – NCm [Qv+Antrop (Ort)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 29 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 5 9 7 8 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 255 Séc.XVIII – 1ª metade: 5 ocorrências S. Francisco (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S.Francisco, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade:9 ocorrências S. Francisco (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S.Francisco, de (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Francisco de Paula (2) – NCm [Qv+Antrop (Ort)] S. Francisco de Sales (1) – NCm [Qv+Antrop (Ort)] Séc.XIX – 1ª metade:7 ocorrências S. Francisco (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S.Francisco, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S.Francisco do Campo Grande, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] S.Francisco das Chagas do Campo Grande, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl + (Prep + Asing + SSing + Adjsing)}] Séc.XIX – 2ª metade: 8 ocorrências S. Francisco (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S.Francisco, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Francisco de Paula (2) – NCm [Qv+Antrop (Ort)] S. Francisco de Sales (1) – NCm [Qv+Antrop (Ort)] S.Francisco das Chagas do Campo Grande, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl + (Prep + Asing + SSing + Adjsing)}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Dentre os vários homônimos, São Francisco de Assis é o mais popular. Patrono dos animais, é celebrado a 4 de outubro. São Francisco vivendo, em princípio como eremita, rodeou-se de discípulos decididos a compartilhar de seus hábitos humildes. Fundaram, então, a Ordem dos Franciscanos, aprovada pelo paps Inocêncio III em 1210. Eles se instalaram inicialmente no local denominado Porciúncula, e de seespalharam pela Itália e pelo mundo. O seu total desapego às coisas materiais resultou no enfraquecimento de seu corpo, sempre doente. Morreu aos 44 anos, em 1226, deixando a todos o exemplo de humildade 256 e generosidade. No Brasil, São Francisco de Assis úm santo muito popula e vários templos religiosos foram edificados em sua homenagem. (53) SÃO GABRIEL ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 16 ocorrências Acidentes físicos: 6 ocorrências Acidentes humanos: 10 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - 7 3 - - 5 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Gabriel (15) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Gabriel, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - - 1 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - 257 Séc.XIX – 1ª metade:- Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência São Gabriel (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 29 de setembro, São Gabriel é o arcanjo da Anunciação, aquele que usa a trombeta para levar as notícias. O seu nome significa "emissário do Senhor" e é o mais ligado aos acontecimentos da terra. A maior preocupação deste arcanjo é desfazer conflitos e proporcionar aos seres humanos a capacidade de adaptação a todas as circunstâncias. É enviado à terra sempre com o objetivo de transmitir a luz divina e sensibilizar os adultos em relação às crianças e à própria humanidade. Este espírito puro do trono celeste é visto, citado e repetido tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Gabriel arcanjo foi o escolhido por Deus para acompanhar todo o advento da salvação, desde a revelação das profecias à anunciação da chegada do Messias, acompanhando-o durante toda a sua vida terrena, Paixão e Ressurreição. Além disso, é o portador da oração mais popular e mais querida do cristianismo: a ave-maria. (54) SÃO GERALDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 104 ocorrências Acidentes físicos: 23 ocorrências Acidentes humanos: 81 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 4 - 2 7 1 17 5 12 6 4 29 17 258 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Geraldo (99) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Geraldo da Piedade (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Geraldo de Minas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Spl}] São Geraldo do Baixio (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Geraldo do Jataí (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Geraldo do Tumiritinga (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 2 - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade:2 ocorrências S. Geraldo(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Geraldo, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 16 de outubro, São Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. Filho da modesta e pobre família do alfaiate Majela e de constituição física muito frágil, cresceu sempre adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai.Aos quatorze anos de idade ficou órfão de pai e, com a aprovação da mãe, Benedita, quis tornar-se um frade capuchinho. Mas foi recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo Majela não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família, foi trabalhar numa alfaiataria da cidade. Mais tarde, colocou-se a serviço do bispo de Lacedônia, conhecido pelos modos 259 rudes e severos, suportando aquele serviço por vários anos, até a morte do bispo. (55) SÃO GIL ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - 4 - - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Gil (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (56) SÃO GONÇALO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 33 ocorrências Acidentes físicos: 9 ocorrências Acidentes humanos: 24 ocorrências 260 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 4 4 6 7 3 6 - - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Gonçalo(26) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Gonçalo da Canjica (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Gonçalo do Abaeté (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Gonçalo do Pará (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Gonçalo do Rio Abaixo (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + ADV}] São Gonçalo do Rio das Pedras (1) – NCm[Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing +(Prep + Apl +Spl)}] São Gonçalo do Rio Preto (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] São Gonçalo do Sapucaí (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 34 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 3 11 13 7 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:3 ocorrências S. Gonçalo (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade:11 ocorrências S. Gonçalo (7) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 261 S. Gonçalo, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Gonçalo da Ponte, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Séc.XIX – 1ª metade:13 ocorrências S. Gonçalo (11) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Gonçalo do Milho Verde (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] S. Gonçalo do Rio Preto (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Séc.XIX – 2ª metade:7 ocorrências S. Gonçalo (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Gonçalo do Rio Abaixo (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + ADV}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS São Gonçalo do Amarante é um santo português muito venerado no Brasil e em Portugal. Nasceu em 1200 na aldeia de Talgide, próxima às famosas Caldas de Vizela. O papa Júlio III aprovou, em 1561, seu culto como bem aventurado em Portugal, e Clemente XI marcou sua festa para o dia 28 de janeiro. (57) SÃO GOTARDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - - - - - - 1 - - - 262 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Gotardo(2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (58) SÃO GREGÓRIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 8 ocorrências Acidentes físicos: 5 Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 4 - 3 - - 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Gregório(6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS 263 Gregório nasceu no ano 329, numa família muito devota, na Capadócia, atual Turquia. Seu pai foi eleito bispo da cidade de Nazianzo e teve o cuidado para que seu filho fosse educado nas melhores escolas e academias da Antiguidade. Desde pequeno demonstrava um forte temperamento místico e inclinação para a vida de monge. Ele passou quase dez anos em Atenas como estudante, onde cultivou uma fiel amizade com São Basílio, cujo culto também se comemora hoje. Durante este período desenvolveu, de vez, sua capacidade para a poesia, literatura e retórica. Não cedendo à tentação de viver entre a frivolidade de oradores e filósofos, ao contrário, se aprimorou numa profunda vida religiosa, junto com seu fiel amigo. Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade. Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade. Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma. (59) SÃO JACINTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências 264 Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 2 - - - - - 2 - 2 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Jacinto (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 17 de agosto, São Jacinto é conhecido como ‘o apóstolo da Polônia’. De acordo com Daix (2000, p. 99), muito popular no Leste Europeu por seus inúmeros prodígios e milagres. Natural de Kamien (Silésia), onde nasceu por volta de 1200, Jacinto morreu em Cracóvia, em 1257. Encontrou-se com São Domingos de Gusmão em Roma que o agregou aos Frades Pregadores e o encarregadores de implantar a Ordem Polônia. Em 1222, São Jacinto fundou um convento em Cracóvia, a que se seguiu o de Gdansk, antes de se estabelecer em Kiev onde criou uma nova comunidade. (60) SÃO JANUÁRIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Não consta do Banco de Dado do Projeto ATEMIG DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência 265 Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Januário de Ubá (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + SSing }] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A esse santo é atribuído o "milagre do sangue de são Januário", ou Gennaro, como é o seu nome na língua italiana. Durante a sua festa, no dia 19 de setembro, sua imagem é exposta à imensa população de fiéis. Por várias vezes, na ocasião a relíquia do seu sangue se liquefaz, adquirindo de novo a aparência de recém-derramado e a coloração vermelha. A primeira vez, devidamente registrada e desde então amplamente documentada, ocorreu na festa de 1389. A última vez foi em 1988. O mais incrível é que a ciência já tentou, mas ainda não conseguiu chegar a alguma conclusão de como o sangue, depositado num vidro em estado sólido, de repente se torna líquido, mudando a cor, consistência, e até mesmo duplicando seu peso. Assim, segue, através dos séculos, a liquefação do sangue de são Januário como um mistério que só mesmo a fé consegue entender e explicar. (61) SÃO JERÔNIMO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 34 ocorrências Acidentes físicos: 17 ocorrências 266 Acidentes humanos: 17 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - 1 2 4 1 1 1 11 - 4 8 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Jerônimo(30) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Jerônimo, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Jerônimo Grande (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + Adjsing] São Jerônimo das Poções (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Santo Jerônimo (30) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 30 de setembro, São Jerônimo nasceu em uma família muito rica na Dalmácia, hoje Croácia, no ano 347. Com a morte dos pais, herdou uma boa fortuna, que aplicou na realização de sua vocação para os estudos, pois tinha uma inteligência privilegiada. Viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e desfrutou a juventude com uma certa liberdade. Jerônimo estudou por toda a vida, viajando da Europa ao Oriente com sua biblioteca dos clássicos antigos, nos quais era formado e graduado doutor. Ele foi batizado pelo papa Libério, já com 25 anos de idade. Passando pela França, conheceu um monastério e decidiu retirar-se para vivenciar a experiência espiritual. Uma de suas características era o gosto pelas entregas radicais. 267 Ficou muitos anos no deserto da Síria, praticando rigorosos jejuns e penitências, que quase o levaram à morte. Em 375, depois de uma doença, Jerônimo passou ao estudo da Bíblia com renovada paixão. Foi ordenado sacerdote pelo bispo Paulino, na Antioquia, em 379. Mas Jerônimo não tinha vocação pastoral e decidiu que seria um monge dedicado à reflexão, ao estudo e divulgação do cristianismo. (62) SÃO JOÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 363 ocorrências Acidentes físicos: 177 ocorrências Acidentes humanos: 186 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 3 6 39 26 4 50 12 61 31 19 27 85 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Joanico(7) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] São João (229) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São João, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São João Batista (3) – NCm [Qv + Antrop(Prencomp)] São João Batista do Glória (2) – NCm [Qv+Antrop(Prencomp) +{Prep + Asing + SSing}] São João Del Rey (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Alegria (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Barra (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Boa Sorte (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + AdjSing + Ssing}] São João da Boa Vista(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing+ AdjSing + Ssing}] São João da Conceição (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Antrop(Pren)}] 268 São João da Chapada (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Cruz (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Figueira (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Fortaleza (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Grama (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Glória (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Antrop(Pren)}] São João da Lagoa (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Mata (8) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Natividade (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Palmeira (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Ponte (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Sapucaia (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Serra (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João da Serra Negra(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing + AdjSing }] São João da Vereda (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João das Gaitas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São João das Missões (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São João das Nogueiras (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São João de Baixo (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São João de Cima (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São João do Alegre(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Bananal (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Bebedouro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Bonito (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Borja (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Buriti (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Capim (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Feixe (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Jacutinga (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Lunardo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Manteninha (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ dim }] 269 São João do Manhuaçu (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João doMorro Grande(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing + AdjSing }] São João do Norte (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Oriente (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Pacuí (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Paraíso (6) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Pari (4) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Paiol (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Pequi (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João do Sul (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São João dos Ferreiras (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São João dos Guanhães (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São João dos Nogueiras (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São João Evangelista (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + SSing] São João Gomes (1) – NCm [Qv + Antrop (Ort)] São João Gonçalves (1) – NCm [Qv + Antrop (Ort)] São João Grande (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + AdjSing] São João Nepomuceno(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + SSing] São João Pedro (1) – NCm [Qv + Antrop(Prencomp)] São João Pequeno (3) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + Adjsing] São Joãozinho (2) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] São Joãozinho do Capim (1) – NCm [Qv+Antrop(Hip) +{Prep + Asing + SSing}] São Juanico (1) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 51 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 7 12 19 13 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 270 Séc.XVIII – 1ª metade: 3 ocorrências S. João (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. João, de (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 12 ocorrências S. Joanico (1) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] S. João (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. João, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. João Baptista (1) – NCm [Qv + Antrop (Prencomp)] S.João Del Rey(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. João do Morro Grande (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] Séc.XIX – 1ª metade: 17 ocorrências S. Joanico (1) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] S. João (8) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. João Baptista (2) – NCm [Qv + Antrop (Prencomp)] S. João Del Rey (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. João Del Rey, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. João da Barra (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. João dasGaitas(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl }] S. João doMonte(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. João Nepomuceno (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + SSing] S. João Rio Vermelho(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ Asing + SSing + Adjsing] Séc.XIX – 2ª metade:10 ocorrências S. João (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. João Baptista (2) – NCm [Qv + Antrop (Prencomp)] S. João Baptista da Serra da Canastra (1) – NCm [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + Asing + SSing + (Prep + Asing + SSing)}] S. João Baptista do Glória (1) – NCm [Qv + Antrop (Prencomp) +{Prep + Asing + SSing}] S. João Del Rey (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. João da Missão (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. João Nepomuceno (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + SSing] 271 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Vários são os santos reconhecidos pela Igreja com o nome de João, dentre os quais destacamos aqui São João Batista, São João Apóstolo e Evangelista, São João Nepomuceno. Celebrado a 24 de junho, São João Batista é o filho de Santa Isabel e São Zacarias, considerado o precursor de Cristo. A sua vida ascética e o seu martírio que padeceu às mãos de Herodes, conforme Daix (2000, p. 103), tornaram-no um santo muito popular, sendo comemorado pela Igreja tanto o seu nascimento – dia 24 de junho – quanto o seu martírio – 29 de agosto. O seu túmulo em Sebasto, na Samaria (atual Naplusa), foi, desde muito cedo objeto de veneração. Segundo Megale (2003, p. 129), dizem que ele nasceu numa noite muito bonita e sua mãe Isabel, para avisar Maria, mandou erguer um mastro em sua casa, ascendendo uma fogueira. Acrescenta a autora que, por esse motivo, onde a festa é celebrada, levantam- se mastros e o principal elemento de comemoração é a fogueira. A devoção ao santo foi trazida para o Brasil pelos portugueses, que transmitiram ainda o costume de celebrar a festa de São João com farta alimentação, músicas, danças e bebidas. Celebrado a 27 de dezembro, São João, apóstolo e evangelista, filho de Zebedeu, pescador do lago de Tiberíade e irmão de Tiago, começou por seguir São João Batista. Chamado por Jesus, tornou-se ‘o discípulo que Jesus amava’ – durante a última ceia, pousou a cabeça no peito do seu Mestre e a mãe deste, Maria, foi lhe confiada aos pés da cruz. João que é o autor do quarto Evangelho e de três Epístolas canônicas, passou os últimos anos de sua longa vida apostólica exilado na ilha de Patmos, onde recebeu a revelação do Apocalipse e, segundo a tradição, morreu em Éfeso. (DAIX, 2000, p. 109) Celebrado a 16 de maio, São João Nepomuceno nasceu em Nepomuk por volta de 1330. De família pobre e filho de pais idosos recebeu o nome de João em alusão a São João Batista, também filho de pais idosos. Segundo Megale (2003, p. 136), ainda jovem foi mandado a um convento, aprendendo 272 os reponsos da missa, seguindo depois para Staaze, onde estudou língua latina. Enviado para a Universidade de Praga, tornou-se doutor em direito canônico e teologia. Acabou se tornando cônego de Praga e, nessa qualidade, tornou-se capelão e confessor de Sofia, mulher do rei Venceslau IV que mandou que João fosse martirizado e lançado às águas do rio Moldava, em 16 de maio de 1393, pelo fato de ele ter se recusado a revelar o segredo de confissão da rainha Sofia. No dia seguinte, a população percebeu um cadáver boiando no rio, circundado por uma luz misteriosa com cinco estrelas. Ao recolhê-lo, reconheceram que se tratava do capelão João. A cidade toda, então, ficou sabendo o que acontecera com ele e reconheceu no rei Venceslau o autor daquela crueldade. Assim, em procissão, o corpo foi levado e enterrado na igreja da Santa Cruz, onde permanece até hoje. Em 1729, ele foi canonizado. Padroeiro da Boêmia, hoje são João Nepomuceno é celebrado como o mártir da confissão e venerado por todos os habitantes da cidade de Praga. No Brasil, duas cidades mineiras tomaram-no como patrono, Nepomuceno e São João Nepomuceno, uma no sul de Minas e outra na Zona da Mata. Além desses, conforme já dissemos, há ainda vários santos com o nome de João, tais como São João Crisóstomo, São João Nepomuceno Neumann, São João Batista de la Salle, São João Batista da Conceição, São João Batista de Rossi, São João Berchmans, São João Bosco, São João Capistrano, São João Cassiano, São João da Cruz, São João da Mata, São João Damsceno, São João de Ávila, São João de Brito, São João de Deus, entre outros... (63) SÃO JOAQUIM ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 73 ocorrências Acidentes físicos: 29 ocorrências Acidentes humanos: 44 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 273 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 2 6 5 13 1 7 1 3 6 28 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Joaquim(69) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Joaquim da Barra(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Joaquim de Bicas(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Spl}] São Joaquim de Bocaina (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Ssing}] São Joaquim Macaúba (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + Ssing] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - - 1 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade:- Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência São Joaquim (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 26 de julho, São Joaquim, esposo de Santa Ana, é a avô materno de Jesus Cristo, pai da Virgem Maria. Apesar de não constar da Bíblia, o protoevangelho de Tiago (séc. II) narra sua história, enfatizando o fato de que, como sua esposa era estéril, Joaquim era constantemente 274 humilhado pelos companheiros porque não tinha filhos. Isso para os judeus da época, era quase um desgosto, uma vez que eles esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias. Joaquim era da Galiléia, da cidade de Nazaré, e tomou como esposa Santa Ana, de Belém. Ambos eram justos e seguiam irrepreensivelmente todos os mandamentos do Senhor, dividindo em três partes todos os seus bens, uma destinada ao templo e seus servidores, outra aos peregrinos e pobres, a terceira reservava para ele e sua família. Como por vinte anos não tiveram filhos, fizeram uma promessa ao Senhor, que se este concedesse descendência eles a entregariam a Seu serviço. A fim de obterem a graça do rei, iam todos os anos às três principais festas de Jerusalém. Na festa da Dedicação, Joaquim foi com outros de sua tribo até Jerusalém e ao chegar ao altar quis oferecer sua oblação junto com os demais. Vendo isso cheio de indignação, o sacerdote a, garrou-o, afastou-o e repreendeu sua presunção de se aproximar do altar, porque não era conveniente, sob pena de maldição da lei, que oferecesse oblações ao Senhor quem não tivesse feito crescer o povo de Deus, quem era infecundo entre os fecundos. Confuso e envergonhado, Joaquim não quis voltar para casa a fim de não ouvir ofensas. Ele afastou-se, foi para junto de seus pastores e ficou com eles por algum tempo, até que um dia, estando sozinho, um anjo apareceu com tão forte luminosidade que deixou sua visão turva. O anjo avisou para não ter medo, dizendo: Eu sou o anjo do Senhor enviado para anunciar que suas preces foram ouvidas (...) sua esposa Ana parirá uma filha e você lhe dará o nome de Maria. De acordo com a promessa que fizeram, ela será consagrada ao Senhor desde a infância. Desde o útero da mãe será cheia do Espírito Santo. A fim de que não haja qualquer suspeita que lhe seja desfavorável, não terá contato com o mundo, ficará sempre morando no templo do Senhor. Ela própria, nascida de mãe estéril, gerará maravilhosamente um filho altíssimo, cujo nome será Jesus e por meio do qual todos os povos serão salvos. (...) Ana chorava amargamente por ignorar aonde seu marido tinha ido, quando o mesmo anjo lhe apareceu e anunciou a mesma coisa (...). Logo, seguindo o preceito do anjo, um foi ao encontro do outro, felizes com a visão mútua e certos da prole prometida. Voltaram para casa, depois de adorar o Senhor, esperando alegremente a promessa divina. Então Ana concebeu e deu à luz uma filha, à qual chamou Maria. (VARAZZE, 2003, p. 748-749) Padroeiro dos homens casados, São Joaquim começou a ser venerado no Ocidente apenas no século XIII. Sedundo Megale (2003, p. 140), no Brasil, apesar de não ser um santo muito popular, foi bastante homenageado pela imaginária erudita, sendo que sua mais interessante representação é a de Aleijadinho, que o apresenta de botas, com o braço direito estendido, transmitindo uma explosão de alegria, expressão que certamente o atingiu quando soube que ia ser pai, após tantos anos de frustração. 275 (64) SÃO JORGE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 22 ocorrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 17 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 3 - 3 1 5 1 1 4 3 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Jorge (21) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Jorge do Alto (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + ADV] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 23 de abril, de acordo com Daix (2000, p. 112), São Jorge é sem dúvida um dos santos mais populares tanto no Oriente quanto no Ocidente. Natural da Lídia, na Palestina, onde sofreu o martírio no início do século IV. No século seguinte, já se contavam uns quarenta lugares de culto entre os coptas do Egito. Seguiram-se Ravena, Roma, a Germânia, a Gália dos Merovígios que construíram santuários em sua honra. Também Constantino ergueu-lhe uma basílica em Constantinopla. Segundo Megale (2003, p. 142), o culto a São Jorge foi trazido ao Ocidente pelas Cruzadas. A cidade de Gênova, na Itália, escolheu-o como padroeiro, e na Espanha, sua festa era considerada de primeira classe. Na França, o nome de ‘São Jorge’ foi dado a numerosas cidades e aldeias. Na devoção ao santo guerreiro, nenhum país se distinguiu 276 como a Inglaterra, pois o Concílio Nacional de Oxford ordenou em 1222 a celebração solene da festa de São Jorge em todas as ilhas britânicas, mas antigos monumentos mostram que ele já era padroeiro do país no tempo dos soberanos normandos. O auxílio prestado pelo duque de Lancastre, filho de Eduardo III da Inglaterra, ao rei Fernando, de Portugal, na luta contra Castela, trouxe da Grã-Bretanha o incremento da devoção a São Jorge. D. João I, o fundador da dinastia Avis, tornou-se seu devoto, e na batalha de Aljubarrota, o grito de guerra “São Jorge!” substituiu o de “São Tiago!”. O monarca ordenou, então, que sua imagem figurasse, montada em um corcel, na procissão de Corpus Christi, tendo saído pela primeira vez em 1387, com honras militares, tradição que foi transplantada para o Brasil. São Jorge é representado iconograficamente como um cavaleiro, vestido com armadura de metal, cavalgando fogoso corcel, ajaezado de ouro e prata, combatendo um dragão alado. Segundo a tradição, o bravo militar matou o dragão, que assolava a vila de Selena, salvando a filha do rei e todos os habitantes daquela cidade da Líbia. Ficção ou realidade, essa história simboliza a vitória do santo sobre o paganismo, que pouco depois de sua morte foi abolido como religião do Império Romano. (65) SÃO JOSÉ ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 472 ocorrências Acidentes físicos: 156 ocorrências Acidentes humanos: 316 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 14 10 28 64 6 37 10 63 52 24 56 108 277 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São José (347) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São José, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São José, do (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São José Cachoeira (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + SSing] São José da Antinha(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ dim }] São José da Aurora (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Barra (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Barriha (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ dim }] São José da Boa Vista(2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + AdjSing + Ssing}] São José da BelaVista(5) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + AdjSing + Ssing}] São José da Caatinga (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Cachoeira (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Cachoeira Alta(5) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] São José da Carapina (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Figueira (6) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Fortaleza (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Fortuna (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Lagoa (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Lapa (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Maravilha (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Prata (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Ponte Nova(3) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] São José da Safira (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Serra (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Soledade (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Vargem (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José da Vargem Alegre(3) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] São José da Varginha (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ dim }] 278 São José das Caatingas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Campinas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Lages (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Mercês (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Mercedes (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Palmeiras (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Pitangueiras (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Posses (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José das Tronqueiras (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José de Carmópolis (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing}] São José de Gaba (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing}] São José de Pedro Nolasco (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Antrop(Ort)}] São José do Alegre (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Barreiro (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Batatal (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Bebedouro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Bugre (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Buriti (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Cágado (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Capão do Onça (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Asing + Ssing (Prep + Asing + Ssing}] São José do Campinho (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ dim }] São José do Divino (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Feixe (6) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Buriti (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Fundão (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ aum }] São José do Gouveia (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Goiabal (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Ipê (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Imbaúba (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Indará (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Jacuri (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] 279 São José do Mantimento (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Mato Dentro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ ADV}] São José do Meloso (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Mocambo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Norete (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Pântano (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Paraíso (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Paraopeba (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Porto (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Praião (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ aum }] São José doRio Preto(3) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] São José do Romeiro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Salgado (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Saltador (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Suaçuí (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Tapinuã (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Triunfo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José do Turvo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São José dos Cocais(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José dos Glórias (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José dos Lopes (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José dos Moreira (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Ssing}] São José dos Pinheiros (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl}] São José Pedro (1) – NCm [Qv + Antrop (Prencomp)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 35 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 6 16 13 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 280 Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:6 ocorrências S. Jozé(5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Jozé, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 16 ocorrências S. José (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. José da Lagoa(2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. José da Paraíba(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. José de Barra Longa(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + SSing + Adjsing }] S. José do Chopotó (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. Jozé (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Jozé, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Jozé da Paraíba(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. Jozé d’ Alfenas (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + SSing }] Séc.XIX – 2ª metade:13 ocorrências S. José (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. José da Lagoa(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. José da Pedra(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. José doBarroso(1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. José do Chopotó (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. José doParaíso (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. José doPiaí (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] S. Jozé (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Jozé do Chopotó (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing }] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 19 de março, São José é o pai adotivo de Jesus e esposo da Virgem Maria e um dos santos mais venerados no Brasil. Segundo Daix (2000, p. 112), o seu culto difundiu-se rapidamente no Oriente. No Ocidente, a sua festa só festa só começou a ser celebrada a partir do momento em que o papa Sisto IV inscreveu o seu nome no Calendário Romano. Em 1621, e por incitamento do papa Gregório XV, a sua devoção estende-se finalmente a toda a Igreja Latina. A 281 partir de então, o seu culto enraíza-se na fé popular e, em 1870, o papa Pio IX proclama- o patrono da Igreja universal. Em várias igrejas do Brasil existem imagens de “São José de Botas”, isto é, o santo usa botas de cavaleiro em vez das sandálias tradicionais. É o São José do Egito, peregrino, viajantes, protetor dos caminheiros. (66) SÃO JUDAS TADEU ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 18 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 18 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 2 - 2 1 4 7 - 1 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Judas Tadeu (18) – NCm [Qv + Antrop (Prencomp)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 28 de outubro, São Judas Tadeu é um santo de devoção relativamente recente, posterior a 1920, mas com bastante popularidade tanto no meio urbano quanto 282 no meio rural. Como um dos doze apóstolos, São Judas Tadeu foi martirizado, no ano de 70, a golpes de machados, por ter se recusado a prestar culto à deusa Diana. Suas relíquias são veneradas na igreja de São Pedro, em Roma. Segundo Lehmann apud Megale (2003, p. 146), apesar de primo de Jesus, foi confundido durante muito tempo com Iscariotes, o traidor de Cristo. No século XIV, o Redentor apareceu a Santa Brígida, princesa sueca, depois freira, recomendando a devoção a São Judas Tadeu, e sugerindo que ele fosse invocado nos casos de desespero e nos supremos momento de angústia. Desse modo, como padroeiro dos funcionários públicos, é atualmente um dos santos mais venerados na Igreja Católica e foi eleito padroeiro das causas desesperadas, por conta da espístola que escreveu, na qual ele destaca a necessidade de preservarmos nossa fé em ambientes difíceis e nos momentos de crise, insistindo que é preciso resistir. (67) SÃO JULIÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - 1 - - 2 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Julião(4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 283 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência S. Julião, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:1 ocorrência S. Julião (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (68) SÃO LAMBERTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 3 - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 284 São Lamberto(3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 1 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência S.Lamberto(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Lamberto (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Varazze (2003, p. 776), São Lamberto foi gerado nobre, porém foi ainda mais nobre pela santidade de sua vida. Instruído nas letras desde primeira idade e amado por todos devido a sua santidade, mereceu ser promovido a bispo da igreja de Maastricht depois da morte de seu mestre Teodardo. Ajoelhado em oração, São Lamberto foi assassinado no ano de 620. (69) SÃO LÁZARO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 285 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Lázaro (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 17 de outubro, São Lázaro era contemporâneo e amigo de Jesus, irmão de Marta e Maria, vivia em Betânia, na Judéia, perto de Jerusalém. Constitui uma das figuras mais cativantes do Evangelho que, apesar de morto e enterrado, foi ressuscitado por Jesus e, como gratidão ao Salvador, dedicou o resto de sua vida para divulgar a doutrina daquele que o salvara da morte. Conforme Megale (2003, p. 147), alguns hagiológos dizem que ele foi perseguido e obrigado a deixar a Palestina, tendo sido sepultado na ilha de Chipre, no ano de 60. Outros afirmam que atravessou a Europa e foi pregar a fé cristã na Provença (França), tendo sido o pastor dos convertidos e o primeiro bispo de Marselha. Durante as perseguições contra os cristãos, comandadas por Nero, ele se refugiou numa cripta, mas foi encontrado e preso. Morreu decapitado, e seu corpo deveria ser queimado, mas o povo de Marselha exigiu que ele fosse enterrado na cidade. No Brasil, a figura de São Lázaro está presente na crença popular, como protetor dos leprosos e afastador de doenças. É identificado pelos negros baianos como a representação cristã de Omolu, deus das bexigas, o mais temido dos orixás, pois comanda as doenças e a saúde, estando em suas mãos a enfermidade e a cura. 286 (70) SÃO LEÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - - 2 - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Leão (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 10 de novembro, São Leão foi papa durante vinte e um anos, no período de de 29 de setembro de 440 a 10 de novembro de 461, quando veio a falecer. Foi declarado Doutor da Igreja, devido à riqueza doutrinal dos seus Sermões e das suas Cartas. (DAIX, 2003, p. 118) (71) SÃO LEONARDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência 287 Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 3 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Leonardo (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De origem italiana, são reconhecidos pela Igreja São Leonardo de Porto Maurício, celebrado a 26 de novembro, e São Leonardo Murialdo, celebrado a 30 de março. (DAIX, 2003, p. 118) (72) SÃO LONGUINHO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 288 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 1 - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Longuinho (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 15 de março, São Longuinho é uma versão popular do nome Longino, registrado no Martirológio Romano. Santo do primeiro século, era contemporâneo de Jesus. Segundo Megale (2003, p. 149), foi o soldado que perfurou o lado de Cristo com a lança e que, ao presenciar os estranhos acontecimentos ocorridos no momento de sua morte, como o tremor da terra seguido de trevas em pleno dia, as pedras que se quebraram sozinhas, o véu do templo que se rasgou de alto a baixo, reconheceu que Cristo era na verdade o Filho de Deus e deixou o exército, transformando-se em monge. Foi, a partir, de então, pregar o Cristianismo na Capadócia e em Cesaréia, onde no ano de 58, aproximadamente, sofreu martírio. Preso, o santo foi torturado, seus dentes arrancados e sua língua cortada, mas mesmo assim recusou-se a adorar os falsos deuses. O carcereiro ficou tão impressionado com sua coragem, que também se converteu e com ele decapitado. É padroeiro dos ferreiros e dos artesãos, e sua intercessão é invocada contra moléstias dos olhos. A devoção popular brasileira, principalmente no Nordeste, fez dele um protetor que ajuda a achar objetos perdidos. 289 (73) SÃO LOURENÇO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 102 ocorrências Acidentes físicos: 48 ocorrências Acidentes humanos: 54 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 2 7 2 5 3 1 8 18 1 12 43 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Lourenço(81) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Lourenço, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Lourenço da Estiva (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Lourenço de Baixo (4) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São Lourenço de Cima (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São Lourenço do Escuro (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Lourenço do Funil (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Lourenço do Franco (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Lourenço do Lauriano (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Antrop(Pren)}] São Lourenço do Meio (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + ADV}] São Lourenço do Monjolinho (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing + dim}] São Lourenço do Pinhal (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Lourenço do Retiro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 5ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos 290 Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 2 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências S. Lourenço (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Lourenço, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:2 ocorrências S. Lourenço(2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Lourenço (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 10 de agosto e de origem espanhola, São Lourenço foi um dos sete diáconos da Igreja Romana primitiva, no século III, tendo recebido sua ordenação das mãos do papa Santo Estêvão. De acordo com Megale (2003, p. 152), encarregado da distribuição da coleta entre os pobres de Roma, ele cumpria com dedicação o seu serviço até o dia em que o imperador Valeriano deu início às perseguições contra os cristãos e, além de mandar matar o papa Sisto II, prendeu e torturou Lourenço até a morte. Antes disso, Lourenço, sabendo da possibilidade de ser preso, foi à igreja e distribuiu todo o dinheiro aos pobres, vendendo também as peças de ouro e prata para ter mais o que dar aos necessitados. O prefeito de Roma, antes de acabar com a vida de Lourenço, mandou que ele entregasse todos os tesouros da igreja ao Império. O diácono pediu, então, três dias para recolher os bens e, ao fim do prazo, apareceu no palácio com todos os doentes, pobres e abandonados da cidade que ele costumava ajudar em suas missões dizendo ao imperador que aquele era o maior tesouro da Igreja. O diácono foi, por isso, condenado a ser queimado vivo. A sua popularidade igualava a dos apóstolos Pedro e Paulo – era não só, como eles, o padroeiro de Roma, como nessa cidade, a sua festa era celebrada com a mesma solenidade. Havia, aliás, em Roma, durante a Idade Média, umas 35 igrejas que lhe 291 estavam dedicadas. Ainda hoje na França, há 84 sedes do concelho com seu nome. (DAIX, 2000, p. 119) É conhecido como o guardião dos ventos e a tradição vinda da Espanha e de Portugal para o Brasil estende ao santo o poder da chuva, sobretudo nos sertões brasileiros. (74) SÃO LUCAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 4 ocorrências Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - 1 - - - - 4 - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Lucas (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 18 de outubro, São Lucas é um dos quatro evangelistas. Pagão de Antioquia, ele, além de se dedicar à pintura, estudou medicina, o que justifica o fato de ele ser invocado como padroeiro dos médicos e dos pintores. De acordo com Daix (2000, p. 119-120), depois de converter ao cristianismo, Lucas 292 ligou-se especialmente a Paulo, vindo posteriormente a estabelecer em Filipe (por volta do ano de 57), de onde pôde observar o desenvolvimento da Igreja nascente que relatou nos Atos dos Apóstolos.A tradição oriental atribui a Lucas a primeira representação iconográfica da Virgem Maria, que se conserva no mosteiro sírio de Sayednaya. (75) SÃO LUCIANO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 1 - - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Luciano (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 7 de janeiro, São Luciano, que ficou órfão aos doze anos, passou a trabalhar para Macário, que o inicia nas Sagradas Escrituras. Em Antioquia, é ordenado padre, abre uma escola de exegese e dá início à tradução para grego dos livros do Novo Testamento, trabalho de que mais tarde, se servirá Jerônimo para a sua tradução em latim de toda a Bíblia. 293 (76) SÃO LUÍS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 74 ocorrências Acidentes físicos: 23 ocorrências Acidentes humanos: 51 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 10 1 1 - 1 12 14 - 10 24 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Luís (66) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Luís, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Luís da Pedra (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Luís do Bugre (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Luiz (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 7ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 3 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências S. Luiz(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:3 ocorrências 294 S. Luís(3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Luís (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Luiz (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 21 de junho, São Luís Gonzaga, que morreu aos 23 anos de idade (em 1591), é patrono dos jovens e dos noviços. Apesar de ter sido educado na perspectiva de suceder ao pai na carreira militar, ingressou na Companhia de Jesus, em Roma, onde se preparava para se tornar padre e missionário. Não teve, no entanto, tempo para pronunciar os seus primeiros votos e receber as Ordens Menores, pois, vitimado pela peste, faleceu muito jovem, quando prestava ajuda a vítimas desse mesmo mal. (DAIX, 2000, p. 121) (77) SÃO MANUEL ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 27 ocorrências Acidentes físicos: 14 ocorrências Acidentes humanos: 13 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 2 2 - 6 17 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Manoel (8) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Manoel, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 295 São Manoel do Guiaçu (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Manuel (17) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 1 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências S. Manoel (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S.Manoel, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Manoel (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Manoel (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (78) SÃO MARCOS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 18 ocorrências Acidentes físicos: 11 ocorrências Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 296 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - 3 7 1 1 1 2 1 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Marcos (18) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 4 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 4 ocorrências S. Marcos (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S.Marcos, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 25 de abril, São Marcos foi um dos quatro evangelistas. De origem hebraica, foi discípulo e companheiro de São Pedro até o martírio deste em Roma. Segundo Daix (2003, p. 125), filho de uma viúva chamada Maria, em cuja casa os discípulos de Jesus se reuniam e onde Pedro procurou refúgio depois de ter saído milagrosamente da prisão, Marcos começou a sua vida apostólica sob os auspícios do seu primo Barnabé, companheiro de Paulo, com os quais fez o périplo apostólico de Jerusalém, Antioquia e Perga. Mais tarde, quando Barnabé se retira para Chipre, Marcos 297 o acompanha e, mais tarde, vai para Roma, onde escreve o seu Evangelho, a partir da pregação de Pedro, de quem era colaborador. Depois do martírio do chefe dos apóstolos, Marcos teria partido em missão para Alexandria onde o seu corpo foi encontrado por comerciantes venezianos que, em 815, trouxeram-no para Veneza, cidade de que se tornou patrono. (79) SÃO MARINHO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Marinho (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 298 (80) SÃO MARTINHO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Martinho(3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência S. Martinho, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 11 de novembro, São Martinho de Tours foi um grande evangelizador da 299 província francesa. Nascido na Hungria, foi o primeiro bispo de Tours, depois de ter fundado em Ligugé, próximo de Poitiers, o primeiro mosteiro do Ocidente. Conforme Daix (2000, p. 131), ainda hoje existem na Europa onze mil paróquias com o seu nome, das quais três mil e quinhentas na França, sem contar as quatrocentas e oitenta e cinco localidades francesas que têm igualmente o nome de Martinho. Aliás, a abundante iconografia existente, centrada principalmente sobre a cena da partilha do manto com um pobre, revela a popularidade de que goza este grande apóstolo que fez passar a Gália do paganismo ao cristianismo, e morreu em Candes, próximo de Saumur, em 397, no decorrer de uma missão pastoral. (81) SÃO MATEUS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 70 ocorrências Acidentes físicos: 31 ocorrências Acidentes humanos: 39 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 2 1 4 2 - 1 5 16 9 12 18 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Mateus (58) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Mateus II (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + Num] São Mateus de Baixo (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] São Mateus de Cima (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] São Mateus de João de Deus (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] São Mateus de Minas (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Spl}] 300 São Mateus de Sebastião Matos (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] São Mateus Pequeno (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + Adjsing] São Mateuzinho (2) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 5ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 1 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:2 ocorrências S. Mateus(2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:2 ocorrências S. Matheus (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:2 ocorrências S. Matheos (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Matheos, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 21 de setembro, São Mateus foi um dos doze apóstolos de Cristo e autor do Evangelho que leva o seu nome. Antes de se converter e seguir Jesus, era cobrador de impostos, a serviço de Roma, ou de Herodes, em Carfarnaum. Os publicanos, coletores de impostos, eram malvistos entre a população, pois arrecadavam tributos do povo judeu em benefício dos invasores romanos e enriqueciam à custa de suas vítimas. Entretanto, em uma de suas idas a Cafarnaum, Jesus chamou Mateus para segui-lo e ele imediatamente largou tudo, passando a acompanhá-lo por toda parte. Segundo a tradição, ele foi o primeiro a documentar a vida de Cristo e, após o sacrifício 301 do Calvário, ocupou-se em lembrar aos judeus que Jesus era o Salvador prometido nas Escrituras. (MEGALE, 2003, p. 170) (82) SÃO MATIAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 15 ocorrências Acidentes físicos: 11 ocorrências Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 4 - - - - 7 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Matias (15) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 14 de maio, São Matias, conforme Daix (2000, p. 136), foi escolhido, alguns dias depois da Ascensão, pelo primeiro colégio apostólico, em substituição de Judas Iscariotes. A eleição realizou-se em Jerusalém antes de os apóstolos se dispersarem pelo mundo para anunciar o Evangelho. Segundo a tradição grega, Matias teria evangelizado a Capadócia e teria sofrido o martírio em Colchis. 302 (83) SÃO MIGUEL ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 94 ocorrências Acidentes físicos: 46 ocorrências Acidentes humanos: 48 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 4 2 15 2 8 17 11 9 2 8 4 12 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Miguel (85) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Miguel, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Miguel do Anta (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Miguel do Setúbal (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Miguel Setúbal (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) + SSing] São Mateuzinho (4) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 20 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 1 2 10 7 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 1 ocorrência S. Miguel (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências 303 S. Miguel (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Miguel, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 10 ocorrências S. Miguel (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Miguel, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Miguel de Percicaba (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + SSing}] S. Miguel dos Arripiados (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Apl + Spl}] S. Miguel e Almas (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)+ Ssing}] Séc.XIX – 2ª metade:7 ocorrências S. Miguel (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Miguel, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Miguel e Almas (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)+ Asing}] S. Miguel e Almas dos Arripiados (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)+ Asing +{Prep + Apl + Spl}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 29 de setembro, São Miguel é o príncipe das milícias celestes, o guerreiro de Deus, aquele que combate Satanás desde o princípio dos tempos. Cultuado tanto pelos católicos, como pelos cismáticos, seu nome aparece no Antigo Testamento como príncipe e protetor de Israel. (MEGALE, 2003, p. 171-172) A devoção a São Miguel é muito antiga no Brasil, pois sua imagem aparece em quase todos os templos do período colonial. (84) SÃO MODESTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência 304 Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 1 - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Modesto (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (85) SÃO NICOLAU ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 1 - - - - - 1 3 1 305 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Nicolau (7) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 6 de dezembro, São Nicolau nasceu em Pátaro, na Lícia. De acordo com Daix (2000, p.143), ele foi inicialmente monge e, depois, abade, antes de se tornar bispo de Mira, na Ásia Menor. Revelou sempre um grande espírito de bondade na maneira de abordar as misérias corporais e espirituais. São Nicolau participou no Concílio de Nicéia, contando-se entre os padres que, contra as teses arianas, proclamaram a divindade de Cristo, morrendo pouco depois. O culto a esse santo difundiu-se desde muito cedo no Oriente onde, há muito, São Nicolau é padroeiro da Grécia e da Rússia. No Ocidente, seu culto inicia mais tarde, particularmente em Lorena, por influência do cavaleiro Aubert, que trouxe relíquias do santo para sua terra natal. (86) SÃO NOBERTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 306 - - - - - 1 - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Noberto (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 6 de junho, São Norberto nasceu por volta de 1080, no seio de uma família de príncipes de sangue. É responsável pela fundação de uma comunidade de cônegos regulares, a quem deu a regra de Santo Agostinho. (87) SÃO PAULINO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 2 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Paulino (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 307 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 22 de junho, São Paulino de Nola nasceu no ano de 355, na cidade de Bordeaux, na França. Seu pai era um alto funcionário imperial e toda a família ocupava posição de destaque na economia e na corte. Antes de tornar-se religioso, o próprio Paulino foi cônsul e substituiu o governador da Campânia. Nessa posição, manteve contato com o bispo Ambrósio, de Milão, bem como com o jovem Agostinho, que se tornara bispo de Hipona, os quais o encaminharam à conversão. Assim, aos vinte e cinco anos de idade Paulino foi batizado. Um ano antes tinha se casado com Terásia, uma cristã espanhola que também o influenciou a aprofundar-se nos ensinamentos do Evangelho. Quando perderam, ainda criança, o único filho, Celso, os dois resolveram abandonar de vez a vida social e abraçar a vida monástica. De comum acordo, dividiram as grandes riquezas que possuíam com os pobres e as obras de caridade voltadas para o atendimento de doentes e desamparados e se dirigiram para a Catalunha, na Espanha. De Barcelona, onde foi ordenado padre, Paulino partiu para Nola, na Campânia, para viver como eremita. A sua incansável busca espiritual traduziu-se igualmente na escrita de números poemas e é notória na correspondência que trocou com alguns de seus contemporâneos ilustres como São Jerônimo, São Martinho de Tours e Santo Agostinho. (DAIX, 2000, p. 150) (88) SÃO PAULO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 38 ocorrências Acidentes físicos: 18 ocorrências Acidentes humanos: 20 ocorrências 308 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 2 1 1 7 1 2 12 11 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Paulo (24) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Paulo, de (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Paulo deOdilon de Souza(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Antrop (Ort)}] São Paulo Pequeno(3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) + AdjSing] São Paulinho(5) – NCm [Qv + Antrop (Hip)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:- Séc.XIX – 1ª metade:1 ocorrência S. Paulo(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Paulo de Muriahe (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + SSing}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 29 de junho, São Paulo apóstolo foi um fariseu perseguidor dos primeiros cristãos, que encontrou na estrada de Damasco não só o caminho da sua conversão, mas 309 também qual o sentido que havia de lhe dar – a evangelização dos gentios. Após pregar em Corinto, Éfeso e Mileto, foi preso e transferido para Roma. Na viagem, porém, devido a uma grande tempestade, o navio ancorou em Malta, local em que ficou três meses e fez várias conversões. Passados dois anos de cativeiro em Roma, viajou pela Espanha e Oriente Médio. Porém quando retornou a Roma, durante o governo de Nero, sofreu martírio junto com São Pedro, mas, pelo fato de ser cidadão romano, foi degolado. (DAIX, 2000, p. 150) São Paulo é, conforme Megale (2003, p. 180), o maior divulgador da doutrina cristã nos tempos primitivos, através de suas pregações e das quatorze epístolas, escritas por ele a particulares e a diversas igrejas. (89) SÃO PEDRO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 209 ocorrências Acidentes físicos: 96 ocorrências Acidentes humanos: 113 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 3 12 13 5 13 7 33 13 12 44 52 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Pedro(180) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Pedro, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Pedro da Água Limpa(2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing}] São Pedro daGarça(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] 310 São Pedro da Ponte Firme (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing }] São Pedro da União (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro de Alcântara (1) – NCm [Qv+Antrop(Ort)] São Pedro de Baixo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São Pedro de Caldas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Spl}] São Pedro de Cima (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São Pedro do Glória (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro do Avaí (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro do Jequitinhonha (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro do Pescador (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro do Taperão (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing + aum}] São Pedro do Taquá (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro do Tonar (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro do Suaçuí (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro dos Ferros (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Pedro Itimirim (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +SSing] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 10 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 5 1 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:5 ocorrências S. Pedro(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Pedro, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Pedro de Alcântara, de (1) – NCm [Qv+Antrop(Ort)] Séc.XIX – 1ª metade:1 ocorrência S. Pedro (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 311 Séc.XIX – 2ª metade:4 ocorrências S. Pedro (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Pedro de Alcântara (3) – NCm [Qv+Antrop(Ort)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 29 de junho, São Pedro foi discípulo de Jesus e primeiro papa, sendo que foi o próprio Cristo que lhe deu esse nome ao designá-lo como chefe dos apóstolos e de toda a Igreja. Pescador da Galiléia, Simão – esse era seu nome de batismo – foi discípulo de João Batista, tal como André, seu irmão mais velho. Foi testemunha de todos os atos importantes da vida de Cristo, mas negou-o na hora da Paixão. Apesar disso, ao ressuscitar, Jesus consagrou-o como pastor de seu rebanho e, depois disso, ele passou a anunciar Cristo aos judeus, organizando as igrejas da Samaria e da Costa Mediterrânea, indo posteriormente para Roma. Aprisionado duas vezes, foi crucificado de cabeça para baixo em Roma, no ano 64, sendo que sobre seu túmulo foi edificada a atual basílica de São Pedro no Vaticano. (MEGALE, 2003, p. 182-183) Há muitos outros santos reconhecidos pelo culto oficial com o nome de Pedro, dentre os quais podem ser citados, a título de exemplo, São Pedro Claver, São Pedro de Alcântara e São Pedro Nolasco. (90) SÃO PIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 312 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 5 - - - - - - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Pio (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS São reconhecidos pela Igreja dois papas da Igreja, quais sejam São Pio V – celebrado a 30 de abril – e São Pio X – celebrado a 30 de abril. O primeiro é natural de Bosco, na Ligúria, onde nasceu em 1504. É conhecido por promover a vitória naval de Lepanto sobre os Turcos, em 1571, Pio V morreu no primeiro de Maio em 1572, com 68 anos. São Pio X, por sua vez, nasceu na região de Treviso, em 1835. Todo o seu percurso é caracterizadamente pastoral – ordenado padre (1858), foi vigário em Tombolo, prior em Salzano (1867), cônego e chanceler de Treviso (1875), bispo de Mântua (1884) e, finalmente, cardeal patriarca de Veneza (1893). A ele deve a possibilidade de as crianças poderem comungar mais cedo do que precedentemente (decreto Quam singulari, 1910) e a promoção da música sacra, com a conseqüente restauração do canto gregoriano. (DAIX, 2000, p. 156) (91) SÃO RAFAEL ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência 313 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 1 - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Rafael (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 29 de setembro, São Rafael é um dos sete arcanjos que fazem parte do círculo mais próximo do Senhor, um de seus mensageiros. Foi o único, segundo as Escrituras, que assumiu a forma humana e viveu entre os seres humanos durante alguns meses. O nome deste arcanjo vem do hebraico Rafa, sinônimo de cura, e El, que significa Deus. "Cura de Deus" ou "Curador divino", este é o arcanjo Rafael, que é o chefe dos anjos da guarda, considerado o anjo da Providência, que vela por toda a humanidade. Este arcanjo cura todos os ferimentos da alma e do corpo e defende igualmente as criaturas, de qualquer raça ou classe social, perante Deus. (92) SÃO RAIMUNDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: - 314 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Raimundo (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS São reconhecidos pela Igreja: São Raimundo de Penhaforte e São Raimundo Nonato. O primeiro, celebrado a 7 de janeiro, nasceu em 1175, na Catalunha, e tomou o hábito dos Dominicanos. A ele se deve o primeiro Código de Direito Canônico da Igreja, que redigiu a pedido de Gregório IX. São Raimundo Nonato, por sua vez, nasceu em Portell, na Catalunha, Espanha, em 1200, e ingressou ainda jovem na Ordem da Misericórdia fundada por São Pedro Nolasco. Ordenado padre em 1222, consagrou-se até 1231, segundo a vocação específica da nova da ordem ao resgate dos cativos. Mais tarde, foi enviado para Roma em representação da sua Ordem e percorreu diversos países ao serviço da reconquista da Terra Santa. Razão por que se deslocou a França a mando Gregório IX, para convencer Luís IX a empreender uma nova cruzada. 315 (93) SÃO RICARDO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 1 - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Ricardo (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 3 de abril, São Ricardo nasceu na Inglaterra em 1197, já em meio a uma tragédia familiar: os pais, que eram nobres e ricos, de repente caíram na miséria. Logo depois, morreram e deixaram-lhe como herança muitas dívidas e um casal de irmãos. Por isso Ricardo teve de deixar os estudos com os beneditinos em Worcester e voltou para casa para ajudar a restaurar as finanças. A situação melhorou e ele voltou para os estudos, deixando as propriedades aos cuidados de um bom administrador, resguardando, assim, os irmãos de qualquer imprevisto. Ricardo completou sua formação na Universidade de Oxford, onde foi eleito reitor. Desde então, começou sua atuação em prol da Igreja, pois eram anos de grande corrupção moral. Ele empreendeu uma vasta reforma da diocese, extirpando as práticas, que se haviam 316 tornado freqüentes, de nepotismo e de simonia. Exigente consigo mesmo, revelando, todavia, uma infinita bondade para com os pobres, Ricardo morreu a 3 de abril de 1253, na Maison-Dieu, perto de Dôver. (94) SÃO ROBERTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 3 - - 1 - - - - - 3 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Roberto (7) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 17 de setembro, São Roberto Belarmino foi provavelmente o jesuíta que serviu com mais fervor, humildade e lealdade o maior número de papas. (DAIX, 2000, p. 164) Nascido em 1542, Roberto Roberto demonstrou desde muito cedo uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar 317 retórica no Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já muito conhecido em todo o país como excelente pregador. Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio Romano, que contava com duzentos e dois professores e dois mil estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Morreu aos setenta e nove anos de idade, em 1621. A canonização de são Roberto Belarmino foi proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de doutor da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão. (95) SÃO ROMÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 4 - - - - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Romão (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 318 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 10 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 3 6 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:3 ocorrências S. Romão(2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Romão, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:6 ocorrências S. Romão (6) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Romão (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 9 de agosto, São Romão foi, segundo a tradição, um soldado romano que, no século III, ao se emocionar com a confissão de fé de São Lourenço, pediu-lhe o batismo. Essa conversão repentina ao cristianismo valeu-lhe a decapitação. Desse modo, aderindo à Igreja, São Romão tornou-se cristão e mártir, simultaneamente. (96) SÃO ROQUE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 39 ocorrências Acidentes físicos: 14 ocorrências 319 Acidentes humanos: 25 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 5 1 - 4 1 3 - 5 7 13 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Roque (38) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Roque de Minas (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Spl] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 16 de agosto, São Roque é um santo do século XIV que nasceu e morreu em Montpellier, na França. De acordo com Megale (2003, p. 189), aos 20 anos perdeu os pais e distribuiu sua fortuna entre os pobres. Logo em seguida, viajou para a Itália em peregrinação, atendendo os doentes da peste que assolava a região. Adoecendo, ocultou-se numa gruta, onde um cão o descobriu. O cavaleiro Gotardo, dono do cachorro, tratou-o de Roque e o curou. Ele pôde, então, continuar à sua missão de caridade aos doentes, e quando voltou a Montpellier foi confundido com um criminoso e atirado numa prisão, onde faleceu cinco anos depois, sem se identificar, aos 32 anos. É um santo muito popular nas tradições da Europa e da América, invocado, sobretudo nas horas de epidemia. Nas cidades brasileiras ligadas à vida pastoril, ele é o protetor dos cães e de outros animais, como cavalos, bois e pássaros. 320 (97) SÃO SABINO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Sabino(2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Sabino, de (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (98) SÃO SALVADOR ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências 321 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 1 - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] S. Salvador (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 18 de março, São Salvador de Horta é, de acordo com Daix (2000, p. 167), um santo de origem espanhola que viveu no século XVI. Era um sapateiro que abandonou a sua arte para ingressar nos Franciscanos de Barcelona como irmão, estado em que se manteve a até a morte. Sempre simples e devotado, cozinheiro do seu convento, a sua grande piedade era motivo de admiração para toda comunidade, sendo constantemente procurando por seus contemporâneos para que intercedesse por eles em suas orações. (99) SÃO SEBASTIÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 181 ocorrências Acidentes físicos: 24 ocorrências Acidentes humanos: 157 ocorrências 322 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 6 2 3 17 2 9 - 31 22 11 37 35 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Sebastião(126) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Sebastião, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Sebastião da Barra (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião da Bela Vista (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Adjsing + SSing }] São Sebastião da Boa Esperança (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Adjsing + SSing }] São Sebastião da Estrela (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião da Jessa (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião da Morada (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião da Vala (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião da Vargem Grande(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing }] São Sebastião da Vista Alegre (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing }] São Sebastião das Águas Claras (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl+ Adjpl }] São Sebastião das Campinas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl }] São Sebastião das Palmeiras (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl }] São Sebastião das Três Barras (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Num + Spl }] São Sebastião de Braúna (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing}] São Sebastião de Baixo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São Sebastião de Maquiné (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing}] 323 São Sebastião do Anta(1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Baixio (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Batatal (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Barreiro (5) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Barreado (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Barro (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Bugre (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Buriti (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Capim (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Gil (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + Antrop(Ort)}] São Sebastião do Maranhão (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Monte Verde (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing }] São Sebastião do Oeste (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Paraíso (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Pontal (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Rio Preto (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing }] São Sebastião do Rio Verde (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing }] São Sebastião do Sacramento (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Soberbo (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião do Sossego (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Sebastião dos Óculos (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl }] São Sebastião Moreira (1) – NCm [Qv+Antrop(Ort)] São Sebastião Poções (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) + Spl ] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 21ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 1 2 6 12 324 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:1 ocorrência S. Sebastião (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade:2 ocorrências S. Sebastião (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Sebastião, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:6 ocorrências S. Sebastião (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Sebastião da Ponte Nova (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ Adjsing }] S. Sebastião da Pedra de Anta (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing+ (Prep + Ssing)}] S. Sebastião de Capituba (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing }] S. Sebastião de Ventania (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + SSing }] Séc.XIX – 2ª metade:12 ocorrências S. Sebastião (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Sebastião da Confusão (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing }] S. Sebastião da Ventania (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing }] S. Sebastião das Contendas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl }] S. Sebastião das Lages (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl }] S. Sebastião do Angahi (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing }] S. Sebastião do Paraíso (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing }] S. Sebastião dos Aflitos (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Apl + Spl }] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 20 de janeiro, São Sebastião foi um soldado romano que padeceu martírio por volta do ano de 330. Nascido em Narbona, foi educado em Milão, terra de sua mãe. Alistou-se como legionário e devido à sua bravura foi nomeado chefe da Guarda Pretoriana pelo imperador Dioclesiano, aproveitando-se de sua situação privilegiada para converter à fé cristã soldados e prisioneiros. Foi, por isso, denunciado ao imperador que tentou 325 demovê-lo de sua fé, oferecendo cargos e presentes, mas Sebastião não se deixou intimidar pelas tentadoras ofertas. Sentindo-se traído, o monarca ordenou que ele fosse despido, atado a uma árvore e morto a flechadas. Conforme Megale (2003, p. 194), deixado como sem vida, uma viúva de nome Irene, foi ao local para lhe dar uma sepultura digna e notou que o mártir ainda respirava. Ela, então, retirou as flechas do seu corpo e tratou de suas feridas. Curado, Sebastião voltou a se encontrar com o imperador e reprovou a sua crueldade. Foi, então, preso e morto com pauladas e bolas de chumbo, diante da população no dia 20 de janeiro de 288, em Roma. Em pouco tempo, o seu culto desenvolveu-se extraordinariamente. Por sua intercessão, Roma foi preservada da peste, em 680, passando, então a ser invocado contra esse flagelo. Os camponeses rezam-lhe pela fecundidade de suas terras; os besteiros, arcabuzeiros e agulheiros invocam-no como seu patrono, já que as flechas e as pontas das lanças foram os instrumentos de seu martírio. (DAIX, 2000, p. 168) São Sebastião é um santo muito popular no Brasil, pois além de ser orago de inúmeras paróquias, dá nome a sete municípios brasileiros. É padroeiro da cidade do Rio de Janeiro e titular da respectiva arquidiocese. (100) SÃO SERAFIM ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - 1 - - - - - - 326 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Serafim (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 12 de outubro, São Serafim nasceu no Monte Granaro (nas Marcas italianas) em 1540. Foi, segundo Daix (2000, p. 168), aquele que teve de esperar longamente para ingressar na Irmandade dos Capuchinhos. De origem humilde, não pôde frequentar a escola porque devia ganhar o pão cuidando de um rebanho que não era seu. Depois da morte do pai, trabalhou como servente de pedreiro às ordens de um certo Manucci, cuja filha, para civilizá-lo um pouco, lia-lhe algum bom livro. Na profissão religiosa mudou o nome de Félix para o de Serafim e fez seu o lema de frei Egídio: “O caminho para subir ao céu é rebaixar-se aqui na terra”. Exerceu os trabalhos mais humildes no convento de Ascoli Piceno, mas, dotado do dom da sabedoria infusa, tornou-se conselheiro e diretor espiritual de cada vez mais numerosos discípulos. Está sepultado na igreja dos capuchinhos de Santa Maria, em Solestà di Ascoli. (101) SÃO SEVERINO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 327 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - 1 - - - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Severino (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 27 de novembro, São Severino viveu no século VI como eremita na margem esquerda do rio Sena, no local onde hoje se encontra a Igreja que lhe é dedicada, e cuja origem remonta ao século IX. É, conforme Daix (2000, p. 168), que data igualmente o mais antigo testemunho escrito a seu respeito. (102) SÃO SILVÉRIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 328 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 6 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Silvério (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santo Silvério (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 2 de dezembro, São Silvério nasceu em Frosinone, na Campânia, Itália. Eleito no dia primeiro de junho de 536, papa Silvério foi o sucessor do papa Agapito I, e o numero cinqüenta e oito da Igreja Católica. Embora fosse apenas subdiácono quando assumiu o trono de Pedro, ele foi um dos mais valentes defensores do cristianismo, pois enfrentou a imperatriz Teodora. O conflito com a imperatriz começou quando ela enviou uma carta a ele ordenando que aceitasse, em Roma, bispos heréticos, entre eles Antimo. Respondendo com veemência que não obedeceria de forma alguma, foi preso. Tiraram-lhe as vestes papais, e, vestido como um simples monge, foi deportado para Patara, na Ásia. Consumido pelas chagas e pela fome, morreu pouco depois, no dia 2 de dezembro do mesmo ano. Seu corpo, ao contrário do dos outros papas que morreram no exílio, não retornou para Roma, permaneceu naquela ilha, onde sua sepultura se tornou local de muitas graças e meta de peregrinação. 329 (103) SÃO SILVESTRE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 1 2 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Silvestre (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 31 de dezembro, São Silvestre, papa de 314 a 335, foi o primeiro pontífice depois de Constantino, pelo Edito de Milão, em 313, deu liberdade aos cristãos os quais puderam professar abertamente sua fé, após trezentos anos de perseguição. De acordo com Megale (2003, p.196), ele pôde, em conseqüência disso, colocar a Igreja em novo contexto social e político, entrosando o clero e o Estado. Durante o seu pontificado, foram estabelecidas novas bases doutrinárias e o cristianismo, proclamado religião oficial, expandiu-se por todo o Império Romano. Além disso, com o apoio do imperador, São Silvestre mandou construir batistérios e grandes basílicas como a primitiva catedral de São Pedro. No Brasil existem apenas três paróquias a ele dedicadas, uma em Minas Gerais, uma no Estado de São Paulo e outra no Paraná, sendo festejado no último dia do calendário, 330 quando se realiza anualmente, na capital paulista, a corrida de São Silvestre, para a qual concorrem atletas de todo o mundo. (104) SÃO SIMÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 31 ocorrências Acidentes físicos: 11 ocorrências Acidentes humanos: 20 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 13 4 - - 2 2 2 1 - 7 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Simão (19) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Simão, de (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Simão da Morada (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)+{Prep + Asing + SSing}] São Simão da Morada de José G. da Silva (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Asing + Ssing + (Prep + Antrop (Ort))}] São Simão de Baixo (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + ADV}] São Simão de Baixo de Antônio L. Estêvão (1) – NCm [Qv+Antrop (Prencomp)+ {Prep + ADV+ (Prep + Antrop (Ort))}] São Simão de Francisco A. Machado (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] São Simão de José P. da Silva (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] São Simão de José P. de Castro (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Antrop 331 (Ort)}] São Simão de Mário A. de Farias (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 5ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 3 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência S. Simão (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:3 ocorrências S. Simão (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Simão (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 28 de outubro, São Simão foi um dos doze apóstolos – o menos conhecido entre eles, entretanto – que , para se distinguir de Simão Pedro, era chamado de Simão Zelota. Segundo a tradição, a ele coube a missão de pregar o Evangelho no Egito. (DAIX, 2000, p.169) Outro santo homônimo é São Simão Stock que, celebrado a 16 de maio, foi um dos primeiros ingleses a fazer-se carmelita que viveu no século XII. (105) SÃO TEÓFILO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 332 Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 2 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Teófilo (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 5 de março, São Teófilo foi, de acordo com Sgarbossa e Giovannini (2005, p. 74), um dos mais ilustres bispos da Igreja do Oriente em fins do século II. Tornou-se célebre pelo seu cuidado em defender a tradição. Nessa época, primeiros tempos do cristianismo, eram muitas as igrejas antigas da Ásia que ainda comemoravam a Páscoa como os judeus, onde no primeiro dia da primeira lua cheia de março imolavam seus cordeiros, para ofertarem à Deus. Contudo, para o catolicismo, a Páscoa deveria marcar apenas o mistério da Ressurreição do Senhor. Desse modo, sua intervenção foi grande e decisiva, pois até os nossos dias a Festa Pascal em nada foi alterada. Depois disso, Teófilo retornou à sua diocese, para continuar sua missão pastoral. Trabalhou com igual zelo junto aos ricos e pobres, mantendo firme autoridade contra os hereges da genuína doutrina de Cristo e total fidelidade à Igreja de Roma. A comunidade o amava mais como um pai, amigo e conselheiro, do que uma autoridade eclesiástica. 333 Por sua sabedoria, integridade de vida e contribuição à Igreja sua festa litúrgica foi introduzida no Martirológio Romano no dia de sua morte. (106) SÃO TIAGO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 44 ocorrências Acidentes físicos: 14 ocorrências Acidentes humanos: 30 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 7 3 10 - 6 4 - - - 5 7 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santiago (27) – Nm [Ssing] Santiagode Francisco Pampiano (1) – Nm [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santiagode José Loureiro (1) – Nm [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santiagode José Lourenço (1) – Nm [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santiagode Pedro Barcelo (1) – Nm [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] São Tiago(12) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Tiago da Neblina (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 2 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 334 Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade: 2ocorrências S. Tiago(1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Santiago (1) – Nm [Ssing] Séc.XIX – 2ª metade:2 ocorrências S. Thiago(2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Tiago era o nome de dois dos doze discípulos de Jesus, ambos reconhecidos como santos da Igreja Católica. Celebrado a 25 de julho, São Tiago, o Maior, era irmão de São João Evangelista e, antes de ser escolhido por Jesus, era pescador. Ele, assim como Pedro e André assistiram à transfiguração do Senhor. Conforme Daix (2000, p. 175), devido ao seu caráter impetuoso, Tiago era chamado por Jesus de ‘Filho do trovão’. Destaca-se como o primeiro apóstolo a dar seu sangue por Cristo, morrendo mártir às mãos de Herodes Agrippa (37-44) que o mandou passar à espada. Segundo os escritos apócrifos, relativamente tardios, São Tiago teria indo para a Espanha evangelizar a Galiza, o que pode explicar o fato de ele ser considerado o patrono da Espanha, onde se venera o seu túmulo que a tradição local, desde o século IX, situa em Compostela. Celebrado a 3 de maio, São Tiago, o Menor, por sua vez, é assim denominado para que se faça a distinção entre ele e o outro apóstolo de mesmo nome. Natural de Caná (Galiléia), este apóstolo dirigiu a comunidade cristã inicial de Jerusalém. (107) SÃO TOMÁS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: - 335 Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - 1 1 - 3 1 1 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Tomás (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Tomás de Aquino (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 28 de janeiro, São Tomás de Aquino, de acordo com Daix (2000, p. 176), foi proclamado Doutor da Igreja Além disso, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados, sucessor na importância teórica de São Paulo e Santo Agostinho, cuja obra perdura atualíssima ao longo dos séculos. São dezenas de escritos, poesias, cânticos e hinos até hoje lidos, recitados e cantados por cristãos de todo o mundo. Tomás nasceu em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal italiana dos condes de Aquino. Possuía laços de sangue com as famílias reais da Itália, França, Sicília e Alemanha, esta ligada à casa de Aragão. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Depois, freqüentou a Universidade de Nápoles, mas, quando decidiu entrar para a Ordem de São Domingos encontrou forte resistência da família. Seus irmãos chegaram a trancá-lo num castelo por um ano, para tentar mantê-lo afastado dos conventos, mas sua mãe acabou por libertá-lo e, finalmente, Tomás pôde se entregar à religião. Tinha então dezoito anos. Não sendo por acaso a sua escolha pela Ordem de 336 São Domingos, que trabalha para unir Ciência e Fé em favor da Humanidade. Este sempre foi seu objetivo maior. Estudou em Paris e Colônia, na Alemanha, sob com a direção de Santo Alberto Magno, recebendo o título de Mestre. Introduziu com seu professor a mais radical inovação intelectual, baseada na filosofia de Aristóteles, apesar das críticas que chegaram de todos os lados. A oposição durou pouco e a verdade sobrepujou as paixões. Estabeleceu um novo método de estudo e com isso sua reputação se espalhou pela Europa, sendo convidado a lecionar em vários centros culturais do novo mundo. Foi, desse modo, o maior gênio da filosofia escolástica e sua influência perdura até hoje. Mostrou, sobretudo, que a razão não se opõe à fé e que filosofia e teologia são ciências distintas. (MEGALE, 2003, p. 202-203) Tomás de Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, no mosteiro de Fossanova, a caminho do II Concílio de Lion, em 07 de março de 1274, para o qual fora convocado pelo papa Gregório X. Imediatamente colégios e universidades lhe prestaram as mais honrosas homenagens. Suas obras, a principal, mais estudada e conhecida, a "Summa Teológica", foram a causa de sua canonização, em 1323. Disse sobre ele, nessa ocasião, o papa João XXII: "Ele fez tantos milagres, quantas proposições teológicas escreveu". É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores. No dia 28 de janeiro de 1567, o papa São Pio V lhe deu o título de "doutor da Igreja", e logo passou a ser chamado de "doutor angélico", pelos clérigos. Em toda a sua obra filosófica e teológica tem primazia à inteligência, estudo e oração; sendo ainda a base dos estudos na maioria dos Seminários. Para isso contou, mais recentemente, com o impulso dado pelo incentivo do papa Leão XIII, que fez reflorescer os estudos tomistas. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 28 de janeiro ou no dia 07 de março. Seus restos mortais estão em Tolouse, na França, mas a relíquia de seu braço direito, com o qual escrevia, encontra-se em Roma. (108) SÃO TOMÉ ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 337 Total de topônimos no Estado: 32 ocorrências Acidentes físicos: 14 ocorrências Acidentes humanos: 18 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 1 2 - 1 - 11 - 2 7 7 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Tomé (29) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Tomé, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Tomé do Rio Doce (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] São Thomé da Letras (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 2 3 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade: 2 ocorrências São Thomé, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Thomé das Letras (1) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] Séc.XIX – 2ª metade:3 ocorrências São Thomé (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Thomé das Letras (2) – NCm [Qv+Antrop (Pren)+ {Prep + Apl + Spl}] 338 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 3 de julho, São Tomé é o apóstolo que não estava presente quando Jesus ressuscitado apareceu pela primeira vez aos seus discípulos. Quando foi informado do ocorrido, reagiu dizendo que só acreditaria na ressurreição do Senhor quando o visse com os próprios olhos, pusesse a mão na sua chaga do lado e lhe metesse os dedos nos buracos abertos pelos pregos que mantiveram o Salvador fixo à Cruz. Uma semana depois da sua primeira aparição, Jesus surgiu de novo entre os apóstolos e convidou Tomé, dessa vez presente, a constatar por si próprio as marcas da sua Paixão. (DAIX, 2000, p. 177) Segundo a tradição, depois de Pentecostes, São Tomé partiu para evangelizar a Pérsia e a Índia onde ainda hoje existe uma Igreja a ele dedicada que congrega centenas de milhares de fiéis. (109) SÃO VENÂNCIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Venâncio (4) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] 339 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 15 de dezembro, São Venâncio Fortunato nasceu na Itália, perto de grande, parte de sua na Gália. Ordenado padre, sucedeu ao bispo Platão e, apesar do peso das suas responsabilidades, ainda encontrou tempo para escrever as Vidas de alguns santos. (DAIX, 2000, p. 181) (110) SÃO VENCESLAU ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - - - - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Venceslau (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 28 de setembro, São Venceslau é homenageado pelos checos como mártir e padroeiro. 340 Segundo Daix (2000, p. 181), herdeiro, com apenas treze anos, do trono da Boêmia, Venceslau viu-se obrigado a sofrer toda a espécie de humilhações que lhe eram infligidas por sua mãe, regente e ferozmente pagã. Quando, aos dezoito anos, Venceslau sobe ao trono, manda cessar imediatamente as perseguições movidas aos cristãos, abre fronteiras aos missionários da Suábia e da Baviera e manda erigir numerosas igrejas. Em 929, com apenas vinte e três anos de idade, é assassinado por seu irmão Boleslav, desejoso de ocupar o seu trono. (111) SÃO VICENTE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 91 ocorrências Acidentes físicos: 37 ocorrências Acidentes humanos: 54 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 5 7 4 4 10 2 5 13 1 7 33 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santo Vicente (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Vicente(75) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Vicente, de (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] São Vicente da Barra (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Vicente da Estrela (3) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Vicente de Baixo (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São Vicente de Cima (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + ADV}] São Vicente de Minas (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Spl}] São Vicente de Paula (2) – NCm [Qv+Antrop (Ort)] 341 São Vicente do Caeté (2) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] São Vicente do Grama (1) – NCm [Qv+Antrop(Pren) +{Prep + Asing + SSing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 9 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 3 5 1 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:3 ocorrências S. Vicente (2) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] S. Vicente da Formiga (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Séc.XIX – 1ª metade: 5 ocorrências S. Vicente (5) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Vicente (1) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 22 de janeiro, São Vicente é, de acordo com Daix (2000, p. 182), um dos santos mais populares do Ocidente. De origem espanhola, estudou em Saragoça com o bispo Valério que, em razão de suas qualidades de orador, fez dele diácono. Durante as perseguições de Diocleciano, no início do século IV, Vicente e o bispo foram presos e levados para Valência. O diácono respondeu ao interrogatório do governador e saiu vitorioso de todas as torturas que lhe foram infligidas. O governador, no entanto, não desistiu. Continuou a mostrar-se particularmente cruel com ele e, inclusive, com o seu cadáver, depois de morto na prisão. Vicente, no entanto, foi dignamente exumado em Valência. Padroeiro de Lisboa, o seu culto é atestado em toda a Europa. A igreja de Saint- Germain-des-Prés, em Paris, foi-lhe inicialmente consagrada. 342 Há ainda outros santos reconhecidos pela Igreja, tais como São Vicente de Léris, São Vicente de Paulo, São Vicente Férrer, São Vicente Maria Strambi, São Vicente Pallotti. (112) SÃO VÍTOR ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 3 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Vítor (3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrado a 21 de julho, São Vítor é padroeiro de Marselha. O culto desse mártir e a celebração da sua memória datam do fim da Antiguidade. Segundo Daix (2000, p. 184), em termos históricos, a morte de Vítor é habitualmente situada na época das perseguições de Diocleciano (303-304). Há documentos do século VI que o apresentam como bispo de Marselha, enquanto que outros o dão como soldado. Seja como for, o fato é que desde muito cedo a vida monástica floresceu em torno do seu túmulo, dada a relação que existe entre o ideal monástico e a confissão heróica da fé, provada pelo martírio. É provável que as obras de João Cassiano tenham contribuído, a 343 partir da época merovíngia, para a difusão do culto de São Vítor em toda Europa. (113) SÃO VITORINO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] São Vitorino(3) – NCm [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 4.1.2.2 Nomes de santas (1) SANTA ADELAIDE ______________________________________________________________________ 344 DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 1 - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Adelaide (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 16 de dezembro, Santa Adelaide (931-979) que, de rainha tornou-se prisioneira, teve sua vida narrada por Santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela. Segundo Daix (2000, p. 30), filha do rei da Borgonha, atual França, Adelaide casou, em primeiras núpcias, com Lotário, filho de Hugo de Arles. Tendo enviuvado, voltou a casar, em segundas núpcias, no dia de Natal de 951, com o rei da Germânia, Oto I, protetor da Santa Sé, que, nesse mesmo ano, foi reconhecido como rei da Itália. Onze anos mais, Oto fundou o Santo Império Romano e, com Adelaide fez-se coroar imperador pelo papa, em São Pedro de Roma, mas o imperador morreu e Adelaide viu- se outra vez viúva. Assumiu o trono o seu filho Oto II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram, entretanto, quando ele se casou com a princesa grega 345 Teofânia. Como não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo brigar com a mãe por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse o reino. Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao papa e depois, passou um período na França, na Corte de seu irmão, rei da Borgonha,mas a dor da ingratidão filial a perseguia. Nessa época, foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny,que, ao mesmo tempo, passou a orientar Oto II. Após dois anos de separação, arrependido, o imperador convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois. Como o neto de Adelaide, Oto III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia encaminhar-se para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra, que só não morreu porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou, então, a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato eo seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação. (2) SANTA ADÉLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 346 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 1 - - - Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Adélia (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 24 de dezembro, juntamente com Santa Ermina, Santa Adélia está ligada ao florescimento do cristianismo no coração da Alemanha durante a missão do apóstolo Bonifácio, as quais colaboraram na obra com o sustento tanto material quanto espiritual. (SGARBOSSA e GIOVANNINI, 2005, 412-413) Consta que Adélia, depois da morte de seu marido, Alderico, influente nobre da região, decidiu recolher-se para a vida religiosa. Para isso, fundou o Mosteiro de Pfalzel, na região de Trèves, atual Alemanha, onde ingressou e foi a primeira abadessa. Escolheu as Regras dos monges beneditinos, como fizeram os mosteiros de Ohren e de Nivelles, o primeiro fundado por Ermina. (3) SANTA ALDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 347 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Alda (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (4) SANTA AMÉLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 8 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - 1 - - 2 - 1 - - 3 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 348 Santa Amélia (8) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 5 de janeiro, Santa Amélia, viveu no século IV.51 Amélia pertence a um numeroso grupo de mártires cristãos, que são fervorosamente lembrados pela Igreja. De sua vida não se sabe praticamente nada, apenas que morreu no dia 5 de janeiro na cidade de Gerona, na Catalunha, Espanha. Esta notícia foi trazida para a tradição católica, de um antigo Breviário de Gerona que possibilitou sua localização no período entre os anos de 243 a 313, do governo do imperador romano Diocleciano, que patrocinou a implacável perseguição aos cristãos. Em 1336, o bispo de Gerona, descobriu as relíquias mortais dos mártires e dedicou a eles um altar na catedral da cidade. Depois através dos séculos estes mártires, elencados naquela longa lista conhecida como Martirológio Geronimiano, passaram a ser celebrados em vários grupos e em datas diferentes, sendo que o culto litúrgico à Santa Amélia, no dia 5 de janeiro, foi mantido como indica o Martirológio. (5) SANTA ANA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 277 ocorrências Acidentes físicos: 127 ocorrências Acidentes humanos: 150 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 51 Segundo as informações encontradas no site da editora Paulinas (www.paulinas.org.br), em que são apresentados dados biográficos de muitos santos reconhecidos pela Igreja são apresentados. 349 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 3 18 23 27 3 16 18 39 12 8 29 81 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Sant’ Ana (10) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Ana(4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Aninha (1) – NCf [Qv + Antrop (Hip)] Santana (213) – Nf [Ssing] Santana, da (2) – Nf [Ssing] Santana, de (9) – Nf [Ssing] Santana Balsa (1) – Nf [Ssing + Ssing] Santana Jacareacanga (1) – NCf [Ssing + Ssing] Santana da Vargem (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana de Baixo (1) – NCf [Ssing + {Prep + ADV}] Santana de Caldas (1) – NCf [Ssing + {Prep + Spl}] Santana de Cataguases (1) – NCf [Ssing + {Prep + Spl}] Santana de Cima (1) – NCf [Ssing + {Prep + ADV}] Santana de Dirceu P. Fiúza (1) – NCf [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santana de João Alves (1) – NCf [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santana de José Maria Sales(1) – NCf [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santana de José Tiago(1) – NCf [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santana de Pedro C. Fiúza(1) – NCf [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santana de Pedro Lacerda (1) – NCf [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] Santana doAlfié (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Araçuaí (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Barro (2) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Campestre (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Capivari (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Cedro (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] 350 Santana do Conrado (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Deserto (2) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Garambéu (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Jacaré (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Manhuaçu (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Morro (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Meio (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + ADV}] Santana do Paraíso (2) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Paraopeba (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Pirapama (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Prata (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Riacho (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana do Rio Preto (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing + Adjsing}] Santana do Tabuleiro (2) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] Santana dos Montes (1) – NCf [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] Santaninha (3) – Nf [Ssing + dim] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 66 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 2 15 31 18 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 2 ocorrências S. Anna (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 15 ocorrências S. Anna (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Anna, de (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Anna da Catinga(2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna de Bamboy (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + SSing}] S. Anna do Bamboi (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] 351 S. Anna do Sapucahi (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Séc.XIX – 1ª metade: 31 ocorrências S. Anna (15) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Anna, de (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Anna daCatinga(3) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna de Capivari (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + SSing}] S. Anna de Sapucahi (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + SSing}] S. Anna do Alegre (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Alfee (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Parahiba(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Rio das Velhas(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing} + Prep + Apl + Spl] S. Anna do Rio S. João (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing + Qv + Antrop (Pren)}] S. Anna do Sapucaí (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Sapucahy (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna dos Ferros (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Apl + Spl}] Séc.XIX – 2ª metade:18 ocorrências S. Anna (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Anna, de (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Anna daBarra(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna de Bambuhy (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + SSing}] S. Anna deParnaíba(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + SSing}] S. Anna do Alfie (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Buriti (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Garambeo (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Paranahiba (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Rio S. João (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing + Qv + Antrop (Pren)}] S. Anna do Piratys (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna do Sapucahy (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Anna dos Alegres(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Apl + Spl}] S. Anna dos Ferros (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Apl + Spl}] 352 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 26 de julho, Santa Ana, esposa de São Joaquim, é a avó materna de Jesus Cristo, mãe da Virgem Maria. Apesar de não constar da Bíblia, o protoevangelho de Tiago (séc. II) narra sua história, enfatizando o fato de que era estéril e que seu esposo era constantemente humilhado pelos companheiros porque não tinha filhos.Isso para os judeus da época, era quase um desgosto, uma vez queeles esperavam a chegada do messias, como previam as sagradas profecias. Joaquim era da Galiléia, da cidade de Nazaré, e tomou como esposa Santa Ana, de Belém. Ambos eram justos e seguiam irrepreensivelmente todos os mandamentos do Senhor, dividindo em três partes todos os seus bens, uma destinada ao templo e seus servidores, outra aos peregrinos e pobres, a terceira reservava para ele e sua família. Como por vinte anos não tiveram filhos, fizeram uma promessa ao Senhor, que se este concedesse descendência eles a entregariam a Seu serviço. A fim de obterem a graça do rei, iam todos os anos às três principais festas de Jerusalém. Na festa da Dedicação, Joaquim foi com outros de sua tribo até Jerusalém e ao chegar ao altar quis oferecer sua oblação junto com os demais. Vendo isso cheio de indignação, o sacerdote a, garrou-o, afastou-o e repreendeu sua presunção de se aproximar do altar, porque não era conveniente, sob pena de maldição da lei, que oferecesse oblações ao Senhor quem não tivesse feito crescer o povo de Deus, quem era infecundo entre os fecundos. Confuso e envergonhado, Joaquim não quis voltar para casa a fim de não ouvir ofensas. Ele afastou-se, foi para junto de seus pastores e ficou com eles por algum tempo, até que um dia, estando sozinho, um anjo apareceu com tão forte luminosidade que deixou sua visão turva. O anjo avisou para não ter medo, dizendo: Eu sou o anjo do Senhor enviado para anunciar que suas preces foram ouvidas (...) sua esposa Ana parirá uma filha e você lhe dará o nome de Maria. De acordo com a promessa que fizeram, ela será consagrada ao Senhor desde a infância. Desde o útero da mãe será cheia do Espírito Santo. A fim de que não haja qualquer suspeita que lhe seja desfavorável, não terá contato com o mundo, ficará sempre morando no templo do Senhor. Ela própria, nascida de mãe estéril, gerará maravilhosamente um filho altíssimo, cujo nome será Jesus e por meio do qual todos os povos serão salvos. (...) Ana chorava amargamente por ignorar aonde seu marido tinha ido, quando o mesmo anjo lhe apareceu e anunciou a mesma coisa (...). Logo, seguindo o preceito do anjo, um foi ao encontro do outro, felizes com a visão mútua e certos da prole prometida. Voltaram para casa, depois de adorar o Senhor, esperando alegremente a promessa divina. Então Ana concebeu e deu à luz uma filha, à qual chamou Maria. (VARAZZE, 2003, p. 748-749) Desse modo, Ana, após longa esterilidade, obteve do Senhor o nascimento de Maria, que, ao nascer no dia 8 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida para, no futuro, ser a Mãe do Filho de Deus. 353 O culto à Santa Ana é muito antigo, entre os gregos principalmente. No Oriente, era venerada no século VI, sobretudo depois que o imperador Justiniano edificou-lhe um templo em Constantinopla, em 550. Essa devoção estendeu-se largamente por todo o Ocidente a partir do século VIII, tornando-se muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha. Na França, a aparição de Ana em Auray (Bretanha), em 1623, deu-lhe um extraordinário impulso e esse santuário continua sendo um lugar importante de peregrinação. (DAIX, 2000, p. 34) Dessa forma, atingindo seu desenvolvimento no século XV, o culto à Santa Ana foi regulamentado em 1584 pelo papa Gregório XIII. Iniciamente, apenas Santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1584, também são Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1913 a Igreja determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho, sendo que essa data é considerada, nos dias de hoje, como dia dos avós. No Brasil, a devoção a Santa Ana era muito comum no período colonial e, além de várias paróquias erguidas soba sua proteção e, por extensão, as povoações nesses entornos, são inúmeras as imagens da mãe de Nossa Senhora em diversas igrejas do Brasil, assim como na arte popular. De acordo com Megale (2003, p. 54), ela é protetora das mulheres casadas, principalmente futurasmães. Suas devotas grávidas são fidelíssimas, fazendo novenas à senhora Sant'Ana durante a gestação, e as intervenções da mãe deMaria são incontáveis. Ela protege as mães durante o parto, paraque sejam rápidos e felizes, e ajuda as estéreis a gerarem filhos. Nocandomblé, segundo a hstoriadora, é sincretizada com Nanã, ou Anambucuru, a mais velhadas iabás e orixá feminino da chuva, por isso sendo também invocada,nas regiões secas do Nordeste, para trazer chuva. Na iconografia religiosa, ela quase sempre aparece com NossaSenhora Menina, algumas vezes no seu colo, mas geralmente de pé,dando a mão à sua filha, ou sentada, ensinando- a a ler, recebendoo título de Sant’Ana Mestra. (MEGALE, 2003, p. 54) 354 (6) SANTA ANASTÁCIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 2 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Anastácia (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 25 de dezembro, Santa Anastácia viveu nos primeiros séculos do cristianismo, mais especificamente, entre os séculos III e IV.52 Filha de Protestato e Fausta, ambos romanos e pagãos, Anastácia era uma belíssimajovem. Junto com sua mãe, foi convertida à fé cristã por seu professor Crisogono, futuro santo mártir. As duas se dedicavam a ajudar os pobres e à conversão de pagãos. Com a morte da mãe, o pai lhe impôs o casamento com Públio, um rico pagão da 52 Segundo as informações encontradas no site da editora Paulinas (www.paulinas.org.br), em que são apresentados dados biográficos de muitos santos reconhecidos pela Igreja são apresentados. 355 nobreza romana. Mesmo contra a vontade, Anastácia se casou. Logo o marido a proibiu de envolver-se com qualquer tipo de atividade, como era de costume entre as damas da sociedade. Mas ela continuou ajudando os pobres às escondidas e, quando o marido foi informado, puniu-a com crueldade. Foi proibida de sair de casa. A nobilíssima Anastácia recebeu os princípios da fé de sua mãe e do beato Crisógono. Tendo-se casado com Públio simulou doença para se abster das relações conjugais, mas ele ficou sabendo que, acompanhada por uma criada e vestindo trajes muito pobres, sua esposa percorria as prisões onde estavam cristãos para levar-lhes as coisas de que necessitavam. Prendeu-a, então, em casa, mandou vigiarem-na com rigor e submeteu-a a privações até mesmo de comida esperando que ela assim morresse e ele pudesse tomar posses de suas imensas riquezas. Acreditando que logo morreria, ela escreveu várias cartas a Crisógono contando seus infortúnios e recebeu conselhos e consolação. Entretanto o marido faleceu e ela foi liberada do cárcere. (VARAZZE, 2003, p. 103) Cada vez mais firme na fé, depois da morte do marido, Anastácia voltou a prestar caridade aos pobres e a pregar o evangelho de Cristo. Suspeita de ser cristã, foi levada à presença do prefeito de Roma, que tentou fazê-la renunciar à sua religião. Também o próprio imperador Diocleciano tentou convencê-la, mas tudo inútil. Anastácia voltou para a prisão e, em 25 de dezembro de 304, morreu queimada viva, em Esmirna. Primeiro, o corpo de Anastácia foi enterrado na diocese de Zara; depois, em 460, foi levado para Constantinopla. Seu culto, um dos mais antigos da Igreja, se espalhou por toda a cristandade do Oriente e do Ocidente. Em quase todos os países, existem igrejas dedicadas a ela, e muitas guardam, para devoção dos fiéis, um fragmento de suas relíquias. Sua celebração ocorre tanto no Oriente como no Ocidente, no dia de sua morte, sempre recordada na missa do período da tarde, em razão da festa do Natal de Jesus Cristo. (7) SANTA ÂNGELA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências 356 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 3 - - - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Ângela (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 04 de janeiro, Santa Ângela de Foligno (1248-1309) transformou-se de mulher fútil e despreocupada em mística e devota, depois literata, teóloga e, finalmente, santa.53 Segundo Daix (2000, p. 35), Ângela nasceu em Foligno, na Úmbria e viveu até a sua morte nessa mesma cidade. Proveniente de uma família abastada casou-se muito jovem e teve dois filhos. Levava uma vida confortável, voltada para as vaidades, festas e recreações mundanas. Assim viveu até os trinta e sete anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua vida: num curto espaço de tempo, perdeu os pais, o marido e os filhos, um a um. Mas, ao invés de esmorecer, uma mulher forte e confiante nasceu daquela seqüência de mortes e sofrimento, cheia de fé em Deus e no seu conforto espiritual. Como consequência, em 1291 fez os votos religiosos, doando todos os seus bens para os pobres e entrando para a Ordem Terceira de São Francisco, trocando a futilidade por 53 Segundo as informações encontradas no site da editora Paulinas (www.paulinas.org.br), em que são apresentados dados biográficos de muitos santos reconhecidos pela Igreja são apresentados. 357 penitências e orações. O dom místico começou a se manifestar quando Santa Ângela recebeu em sonho a orientação de São Francisco para que fizesse uma peregrinação a Assis. Ela obedeceu, e a partir daí as manifestações não pararam mais. Todas essas manifestaçõesforam registradas em narrações que ela escrevia em dialeto úmbrio e que eram transcritas imediatamente para o latim ensinado nas escolas, para que pudessem ser aproveitados imediatamente por toda a cristandade. Trinta e cinco dessas passagens foram editadas com o título “Experiências espirituais, revelações e consolações da Bem-Aventurada Ângela de Foligno”, livro que passou a ser básico para a formação de religiosos e trouxe para a Santa o título de “Mestra dos Teólogos". (SGARBOSSA e GIOVANNINI, 2005, p. 11-12) Outra santa de mesmo nome é Santa Ângela Merici (1470-1540). Celebrada a 27 de janeiro, Ângela Merici nasceu em 1470, na cidade de Desenzano, nas margens do lago de Garda, no norte da Itália, no período histórico do Renascimento e da Reforma da Igreja, provocada pela doutrina luterana. Filha de pais camponeses pobres e muito religiosos, desde pequena, ela esteve inclinadapara vida religiosa, preferindo a leitura da vida dos Santos a outras. Segundo Daix (2000, p. 36), órfã aos dezesseis anos, bonita, rica e indepedente, Ângela sentia-se animada por uma vontade piedosa e caritativa. Membro da Ordem Terceira de SãoFrancisco, ensinou o catecismo, dedicou-se a tratar das mulheres doentes, até ter reunido à sua volta certo número de companheiras, o que lhe permitiu fundar, em 1535, um instituto religioso destinado a acolher as mulheres que na queriam, ou não podiam, entrar num convento. Esse instituto, colocado sob a proteção de Santa Úrsula – mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade –, foi o primeiro na Igreja a ter por missão específica a educação feminina e ficou conhecido com Comunidade das irmãs Ursulinas. (8) SANTA ANGÉLICA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 358 Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 6 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Angélica (6) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (9) SANTA APOLINÁRIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 359 - - - - - - - - - - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Apolinária (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (10) SANTA APOLÔNIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - - - - - - 5 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Apolônia (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Polônia (5) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos 360 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 9 de fevereiro, Santa Apolônia – também invocada como Santa Polônia e Santa Pelonha – é padroeira dos dentistas, protéticos e comerciantes de produtos odontológicos, o que se justifica, segundo Poel (2013, p.939), pelo fato de ela, ao ser martirizada no tempo do Imperador Décio, que desencadeou uma das mais terríveis perseguições contra o cristianismo em Alexandria (Egito), teve seus dentes quebrados. Os seis anos de 243 a 249, durante os quais o rumo do Império Romano ficou sob a direção de Felipe o Árabe, foram considerados: um intervalo de trégua do regime do anticristianismo. No último ano, porém, houve um episódio que comprovou que a aversão aos cristãos, pelo menos na província africana, não havia desaparecido. Nesse episódio, a virgem Apolônia, que já tinha idade avançada, foi espancada violentamente no rosto porque se recusava a repetir as blasfêmias contra a Igreja, por isto teve os dentes arrancados. Além disso, foi arrastada até a grande fogueira, que ardia no centro da cidade. No meio da multidão enlouquecida, disseram que seria queimada viva se não repetisse, em voz alta, uma declaração pagã renunciando a fé em Cristo. Neste instante, ela pediu para ser solta por um momento, sendo atendida ela saltou rapidamente na fogueira, sendo consumida pelo fogo. Assim, o martírio da virgem Apolônia, que terminou aparentemente em suicídio, causou, exatamente por isto, um grande questionamento dentro da Igreja, que passou a avaliar se era correto e lícito, se entregar voluntariamente à morte para não renegar a fé. Esta dúvida encontrou eco também no livro A cidade de Deus de Santo Agostinho, que também não apresentou uma posição definida. Contudo, o gesto da mártir Apolônia, a sua vida reclusa dedicada à caridade cristã, provocou grande emoção e devoção na província africana inteira, onde ela consumou o seu sacrifício. Passou a ser venerada, porque foi justamente o seu apostolado desenvolvido entre os pobres da comunidade que a colocou na mira do ódio e da perseguição dos pagãos, e o seu culto se difundiu pelas dioceses no Oriente e no Ocidente. (SGARBOSSA e GIOVANNINI, 2005, p. 48) Em várias cidades européias surgiram igrejas dedicadas a ela. Em Roma foi erguida uma igreja, hoje desaparecida, próxima de Santa Maria em Trasteve, Itália. No Brasil, a invocação à Santa Apolônia é bastante popular no Nordeste, aparecendo, entretanto, também em outras regiões brasileiras. Em Mariana (MG), por exemplo, essa 361 santa tem um altar a ela dedicado na catedral da cidade, onde é muito venerada pela população. (11) SANTA AUGUSTA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Augusta (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (12) SANTA BÁRBARA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 122 ocorrências Acidentes físicos: 48 ocorrências 362 Acidentes humanos: 74 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 3 4 3 6 5 3 6 17 19 10 16 30 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Bárbara (114) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Bárbara, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Bárbara de Augusto de Melo (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] Santa Bárbara de Baixo (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] Santa Bárbara de Cima (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] Santa Bárbara de Onofre da Silva (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing+ Antrop (Ort)}] Santa Bárbara do Leste (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing+ Ssing}] Santa Bárbara do Monte Verde (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing+ Ssing+ Adjsing }] Santa Bárbara do Tugúrio (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing+ Ssing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 13ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 2 2 5 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 2 ocorrências S. Bárbara(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] 363 S. Bárbara, de(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade:2 ocorrências S. Bárbara(2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:5 ocorrências S. Bárbara(4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Bárbara, de(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:4 ocorrências S. Bárbara(4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Santa Bárbara, celebrada a 4 de dezembro, é padroeira dos artilheiros e dos bombeiros, dos fogueteiros e dos armeiros, dos pedreiros, dos mineiros e carpinteiros. É ainda invocada contra o raio, a morte súbita e a impenitência final. (DAIX, 2003, p. 43) Filha de pais pagãos, Bárbara aprendeu a amar a Deus observando a natureza, o céu, o sol, as estrelas e todas as maravilhas da terra. Nascida na Nicomédia, Bitínia, atual Turquia. Viveu, no século III, num lar pagão, desde pequena participava dos cultos e homenagens aos deuses. Aprendeu, no entanto, os valores cristãos a ponto de apegar-se a eles com toda a força da alma. Assim, instruída no cristianismo às escondidas, recebeu o batismo, mas foi perseguida até a morte pelo próprio pai. É homenageada pela cristandade do mundo todo com a escolha do nome no batismo, também emprestado para várias cidades que a têm como padroeira. No Brasil, segundo Megale (2003, p. 65) o seu culto atravessou os séculos e continua sendo um dos mais populares, pois no sincretismo religioso afrobrasileiro é identificada Iansã, corajosa guerreira e deusa dos ventos e tempestades. (13) SANTA BRANCA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 364 Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - 1 - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Branca (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (14) SANTA BRÍGIDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 365 - - - - - - - - - - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Brígida (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 23 de julho, Santa Brígida ou Brigite, nasceu princesa, em 1303, no castelo de Finstad, na Suécia. Descendendo de uma casa real, forneceu à Igreja muitos santos e se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre, Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas, todas anotadas por ela no seu idioma sueco. Depois, as descrições foram traduzidas para o latim e somaram oito grandes volumes, que ainda hoje são fonte de consulta para historiadores, teólogos e fiéis cristãos. Segundo Daix (2000, p. 49), mãe de oito filhos, Santa Brígida, levou uma existência feliz. Depois de viúva, ela decidiu retirar-se definitivamente para a vida monástica, para realizar um velho projeto, a fundação de um mosteiro duplo, de homens e mulheres, que deu origem à Ordem do Santo Salvador, sob as Regras de são Agostinho, passando, então, a viver nele. Quando obteve aprovação canônica, a fundadora transferiu-se para Roma. Ali viveu por vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes e a volta do papa de Avignon. Com o apoio do rei da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa. Ela morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa. Desde então, a Ordem fundada por ela passou a ser dirigida por sua filha, Catarina da Suécia, alcançando notoriedade pelos anos futuros. Canonizada em 1391, apenas dezoito anos após sua morte, santa Brígida já tinha um culto muito vigoroso em todo o mundo cristão da Europa. 366 (15) SANTA CÂNDIDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - 1 - - 1 - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Cândida(3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (16) SANTA CATARINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 34 ocorrências Acidentes físicos: 20 ocorrências 367 Acidentes humanos: 14 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 2 4 1 5 1 1 5 3 - 2 10 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Catarina(34) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 3 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência S. Catharina (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:3 ocorrências S. Catharina (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Catharina, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrências S. Catharina (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Há várias santas com o nome de Catarina que são reconhecidas pela Igreja Dentre ela, o culto mais antigo referse-se à Santa Catarina de Alexandria, que viveu no século IV. Segundo Varazze (2003, p.961-970): 368 Catarina, filha do rei Costo, foi instruída no estudo de todas as artes liberais. Certa vez o imperador Maxêncio convocou tantos os habitantes ricos como os pobres de Alexandria para imolar aos ídolos e punir os cristãos que não quisessem fazê-lo. Então Catarina, que com dezoito de idade vivia sozinha em um palácio cheio de riquezas e de escravos, ao escutar os mugidos de diversos animais, cantos e aplausos, mandou imediatamente alguém verificar o que acontecia. Informada, saiu do palácio junto com outras pessoas e protegendo- se com o sinal-da-cruz. Viu muitos cristãos que levados pelo temor, ofereciam sacrifícios. Com grande dor no coração, ela corajosamente avançou na direção do imperador e falou assim: “ A dignidade de que você está revestido, assim como a razão, exigiram de mim que o saudasse se você conhecesse o criador do Céu e renunciasse ao culto dos deuses” A vida e o martírio de Catarina de Alexandria relacionam-se diretamente às tradições cristãs, sendo que, venerada em todo o mundo, o seu nome tornou-se uma escolha comum no batismo, e em sua honra muitas igrejas, capelas e localidades são dedicadas, no Oriente e no Ocidente. O Brasil homenageou-a com o estado de Santa Catarina, cuja população a festeja como sua celestial padroeira. Outras santas reconhecidas pela Igreja são Santa Catarina da Suécia, Santa Catarina de Bolonha, Santa Catarina de Gênova, Santa Catarina de Ricci, Santa Catarina de Sena, Santa Catarina Labouré, Santa Catarina Tomás. (17) SANTA CECÍLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 20 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 18 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 369 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - 2 3 - 1 - 3 5 - - 5 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Cecília (20) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 22 de novembro, Santa Cecília, uma das santas mais veneradas na Idade Média, é a padroeira dos músicos. Segundo Varazze (2003, p.941), de nobre família romana, Cecília é considerada a virgem notável que, educada desde o berço na fé em Cristo, sempre levava no peito o evangelho e dia e noite conversava com Deus. O patrocínio da mártir romana à música sacra deveu-se a uma simples frase que se lê na Paixão, segundo a qual a jovem esposa, no dia das núpcias, “enquanto os órgãos tocavam, cantava em seu coração tão-só para o Senhor”. Defendendo sua crença cristã, Cecília foi degolada em Roma no século III. (18) SANTA CLARA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 93 ocorrências Acidentes físicos: 35 ocorrências Acidentes humanos: 58 ocorrências 370 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 5 1 8 4 3 7 3 12 2 4 16 28 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Clara (89) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Clara, de (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade:1 ocorrência S. Clara (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 11de agosto, Santa Clara é uma santa italiana, nascida na cidade de Assis em 1193. Segundo Megale (2003, p.85), de família nobre, rica e dotada de extraordinária beleza, aos dezoito anos, Clara fugiu de casa para se consagrar a Deus em uma vida de austeridade e pobreza, colocando-se sob a orientação de São Francisco de Assis, seu conterrâneo. 371 Desse modo, ainda que sua família fosse contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, Clara foi a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano e, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela. Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas, de "Clarissas". Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando também na nova Ordem fundada por ela. A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais. Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais vinte e sete anos, dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exercito dos turcos muçulmanos. No dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas" asseguradas. Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV proclamou santa Clara de Assis. 372 (19) SANTA CLÁUDIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Cláudia(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 373 (20) SANTA CONSTÂNCIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 2 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Constância (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (21) SANTA CRISTINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 374 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Cristina (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Santa Cristina, celebrada a 24 de julho, viveu na Toscana, no século IV. Segundo os mosaicos descobertos na igreja de Santo Apolinário, em Ravena, construída no século VI, Cristina era realmente uma das virgens cristãs mártires das antigas perseguições. E, portanto, já naquele século, venerada como santa, como se pôde observar pela descoberta de sua sepultura, que também possibilitou o aparecimento de um cemitério subterrâneo, que estava oculto ao lado. Relatos do antigo povo cristão contam que o pai de Cristina, Urbano, era pagão e um oficial do Império Romano, que, ao saber da conversão da filha, queria obrigá-la a renunciar ao cristianismo. Por isso decidiu trancar a filha numa torre na companhia de doze servas pagãs. Para mostrar que não abdicava da fé em Cristo, Cristina despedaçou as estátuas dos deuses pagãos existentes na torre e jogou, janela abaixo, as jóias que as adornavam, para que os pobres pudessem pegá-las. Quando tomou conhecimento do feito, Urbano mandou chicoteá-la e prendê-la num cárcere. Nem assim conseguiu a rendição da filha, por isso a entregou aos juízes, sendo que resistindo a vários episódios de tortura, seu martírio foi divulgado pelo povo cristão desde o ano 287. 375 (22) SANTA DELFINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Delfina (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Delfina (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (23) SANTA EDWIGES ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 8 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 376 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 5 3 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Eduirges (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Edviges (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Edwiges (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Edwigens (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Edwigens da Matinha (1) – NCf [Qv+Antrop(Pren)+ {Prep + Asing + SSing + dim }] Santa Edwirges (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 16 de outubro, Santa Edwiges é de origem alemã. Nasceu em 1174, na Bavária, Alemanha e ainda criança, já mostrava mais apego às coisas espirituais do que às materiais, apesar de dispor de tudo o que quisesse comprar ou possuir. Em vez de divertir-se em festas da Corte, preferia manter-se recolhida para rezar. (MEGALE, 2003, p. 97) Edwiges viveu entregue à piedade e caridade. Guardava uma pequena parte de seus ganhos para si e o resto empregava em auxílio ao próximo. Quando descobriu que muitas pessoas eram presas porque não tinham como saldar suas dívidas, passou a ir pessoalmente aos presídios para libertar tais encarcerados, pagando-lhes as dívidas com seu próprio dinheiro. Depois, ela também lhes conseguia um emprego, de modo que pudessem manter-se com dignidade. É, por esse motivo, conhecida como padroeira dos pobres e endividados. Com fama de santidade, Edwiges morreu no dia 15 de outubro de 1243, no Mosteiro de 377 Trebnitz, Polônia. Logo passou a ser cultuada como santa e o local de sua sepultura tornou-se centro de peregrinação para os fiéis cristãos. Em 1266, o papa Clemente IV canonizou-a oficialmente. A Igreja designou o dia 16 de outubro para a celebração da sua festa litúrgica. O culto à Santa Edwiges é muito expressivo ainda hoje em todo o mundo católico e um dos mais difundidos do Brasil. (24) SANTA EFIGÊNIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 14 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 12 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 3 - - - - - - 3 - 4 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Efigênia(10) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Efigênia de Fidélis Teixeira(1) – NCf [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Antrop (Ort)}] Santa Efigênia de José R. de Sá (1) – NCf [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Antrop (Ort)}] Santa Efigênia de Minas (1) – NCf [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Spl}] Santa Efigênia de Orlando S. Resende (1) – NCf [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Antrop (Ort)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos 378 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Reconhecida pelo culto popular, Santa Efigênia ou Santa Ifigênia é celebrada a 21 de setembro. Conforme Megale (2003, p.119), diziam que ela era uma princesa núbia que, após sua conversão ao cristianismo, foi batizada por São Mateus. Fez voto de castidade e recusou casar-se com o rei Hirtaco, sobrinho de seu pai. No Brasil, de acordo com autora, essa era uma das devoções mais importantes dos cativos africanos, especialmente no Sudeste. Várias irmandades de Santa Efigênia foram fundadas e nelas havia a caixa social, destinada ao resgate dos escravos associados. (25) SANTA ELISA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 13 ocorrências Acidentes físicos: 7 ocorrências Acidentes humanos: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - 1 4 - - 7 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Elisa (12) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Eliza (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS 379 Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (26) SANTA ELVIRA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Elvira (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (27) SANTA ELSA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 380 Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Elsa (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Elza (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (28) SANTA EMÍLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 381 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 2 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Emília(2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (29) SANTA ESMÉRIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 2 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Esméria (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] 382 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (30) SANTA EULÁLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 1 - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Eulália (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 12 de fevereiro, Santa Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. 383 Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram levá-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados. Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma". Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido. O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês. (SGARBOSSA e GIOVANINNI, 2005, p. 51) (31) SANTA FILOMENA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 384 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - - 1 - 1 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Filomena (6) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 11 de agosto, Santa Filomena, foi nomeada pelo papa Gregório XVI "Padroeira do Rosário Vivente". Entretanto, de acordo com Poel (2013, p. 944), o culto universal de Santa Filomena inicialmente permitido, foi suspenso em 1961, o que se deve às sequências dos estudos que mostraram que a sepultura dessa santa havia sido utilizada, ao longo dos séculos, para abrigar outros mártires. Diante de tal conclusão, a Igreja, durante a reforma universal dos ritos litúrgicos suprimiu-a do calendário. Mas os reconhecimentos oficiais dos milagres por intercessão de Santa Filomena, a legião de fiéis e peregrinos, a própria devoção particular de papas e muitos santos continuam dando vida a esta celebração. (32) SANTA FRUTUOSA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 385 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - - - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Frutuosa (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (33) SANTA GABRIELA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 386 Santa Gabriela (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (34) SANTA GERTRUDES ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 5 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Gertrudes (5) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Gertrude (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 16 de novembro, Santa Gertrudes, segundo Daix (2003, p. 86), 387 permaneceu, segundo a palavra de Paulo, totalmente escondida com Cristo na intimidade de Deus. Nascida em Eisleben, na Saxônia, em 1256, aos cinco anos de idade, foi entregue ao Mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura profana e cristã. Possuidora de grande carisma místico, tornou-se religiosa consagrada. Conviveu no mosteiro com a grande mística Matilde de Magdeburg, mestra de espiritualidade, que escreveu em forma de poesia toda a sua preciosa vivência mística, depois encerrada num livro. Desse modo, monja, desde muito nova, morreu (em 1301 ou 1302) com 45 anos de idade, na abadia de Helfta (Saxe), onde passou toda a vida de adoração, ritmada pela liturgia e repleta de graças místicas. É autora de dos livros – Os exercícios e As revelações –, que são testemunho da profundidade centrada na contemplação do Coração de Cristo. (DAIX, 2003, p. 86) (35) SANTA GLÓRIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Glória (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] 388 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (36) SANTA GUILHERMINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Guilhermina (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (37) SANTA HELENA 389 ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 84 ocorrências Acidentes físicos: 17 ocorrências Acidentes humanos: 67 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 3 6 6 3 3 4 14 6 4 12 21 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Helena (82) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Helena de Minas (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Spl}] Santa Helena do Cedro (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência S. Elena, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:- Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS 390 Celebrada a 18 de agosto, Santa Helena foi a mãe de Constantino, o imperador que deu liberdade aos cristãos, pelo Edito de Milão, em 313. Filha de plebeus, Flávia Júlia Helena, nascida em Brítinia em 247, tornou-se concubina do tribuno militar Constâncio Cloro, que a abandonou quando foi eleito César do Império Romano na Gália e Bretanha, casando-se com a enteada do imperador Maximiliano. (MEGALE, 2000, o.119) Isso era possível porque a lei romana não reconhecia o casamento entre nobres e plebeus.O ambicioso Constâncio obedeceu. Entretanto levou consigo para Roma o filho Constantino, que nascera em 274 da união com Helena, que ficou separada do filho por quatorze anos. Com a morte do pai em 306, Constantino mandou buscar a mãe para junto de si na Corte. Ela já se havia convertido e tornado uma cristã fervorosa e piedosa. O jovem Constantino, auxiliado pela sabedoria de Helena, conseguiu assumir o trono como o legítimo sucessor do pai. Primeiro, tornou-se governador; depois, o supremo e incontestável imperador de Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada, em 312, às portas de Roma. Conta a história que, durante a batalha contra Maxêncio, seu exército estava em desvantagem. Influenciado por Helena, que tentava convertê-lo, Constantino teve uma visão. Apareceu-lhe uma cruz luminosa no céu com os seguintes dizeres: "Com este sinal vencerás". Imediatamente, mandou pintar a cruz em todas as bandeiras e, milagrosamente, venceu a batalha. Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar, imediatamente, toda e qualquer perseguição contra os cristãos e editou o famoso decreto de Milão, em 313, pelo qual concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu a Helena o honroso título de "Augusta". Helena passou a dedicar-se à expansão da evangelização e crescimento do cristianismo em todos os domínios romanos. Às custas do Império, patrocinou a construção de igrejas católicas nos lugares dos templos pagãos, de mosteiros de monges e monjas e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres e doentes. Depois, apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a Palestina, visitar os lugares da Paixão de Cristo. Lá supervisionou a construção das importantes basílicas erguidas nos lugares santos, dentre elas a da Natividade e a do Santo Sepulcro, que existem até hoje. Conta a tradição que 391 Helena ajudou, em Jerusalém, o bispo Macário a identificar a verdadeira cruz de Jesus, quando as três foram encontradas. Para isso, levaram ao local uma mulher agonizante, que se curou milagrosamente ao tocar aquela que era a verdadeira. Pressentindo que o fim estava próximo, voltou para junto de seu filho, Constantino, morrendo em seus braços, aos oitenta anos de idade, num ano incerto entre 328 e 330. O culto a santa Helena, celebrado no dia 18 de agosto, é um dos mais antigos da Igreja Católica. (38) SANTA HELOÍSA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - - - - - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Heloísa (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 392 (39) SANTA HERMÍNIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 2 - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Hermínia (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Ermínia (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (40) SANTA HILÁRIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 393 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Hilária (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (41) SANTA INÊS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 17 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 16 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - 1 3 1 - 1 3 4 1 1 1 394 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Inês (17) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo Varazze (2003, p.183), virgem de elevadíssima prudência, Santa Inês, que é celebrada a 21 de janeiro, foi, com idade de 13 anos, sofreu a morte a ganhou a vida, segundo o testemunho de Ambrósio que escreveu sobre o seu martírio. O culto à Santa Inês, cujo nome figura no Cânone Romano da missa, é atestado em Roma desde 336, sendo, pois, uma das Santas mais antigas do cristianismo. Sua existência transcorreu entre os séculos três e quatro, sendo martirizada durante a décima perseguição ordenada contra os cristãos, desta vez imposta pelo terrível imperador Diocleciano, em 304. Inês pertencia à uma rica, nobre e cristã família romana. Isso lhe possibilitou receber uma educação dentro dos mais exatos preceitos religiosos, o que a fez tomar a decisão precoce de se tornar "esposa de Cristo". Tinha apenas 13 anos quando foi denunciada como cristã. Dotada de uma beleza incomum, recebeu inúmeros pedidos de casamento, inclusive do filho do prefeito de Roma. Aliás, essa foi a causa que desencadeou seu suplício e uma violenta perseguição contra os cristãos. Segundo a tradição cristão, o rapaz, apesar das negativas da jovem, tentava cortejá-la. Seu pai indignado com as constantes recusas que deixavam seu filho inconsolável, tentou forçar que Inês aceitasse seu filho como esposo, mas tudo em vão. Numa certa tarde de tempestade, o rapaz tentou tomá-la nos braços, mas foi atingido por um raio e caiu morto aos seus pés. Quando o prefeito soube, procurou Inês com humildade e lhe implorou que pedisse a seu Deus pela vida de seu filho. Ela erguendo as mãos e voltando os olhos para o céu orou para que Nosso Senhor trouxesse o rapaz de volta à vida terrena, mostrando toda Sua misericórdia. O rapaz voltou e percebendo a santidade de Inês se converteu cristão. Porém, seu pai, o prefeito, viu aquela situação como um sinal de poder dos cristãos e resolveu aplicar a 395 perseguição, decretada por Diocleciano, de modo implacável. Seu enterro foi um verdadeiro triunfo da fé; seus pais, levaram o corpo de Inês, e o enterraram num prédio que possuíam na estrada que de Roma conduz a Nomento. Nesse local, por volta do ano de 354, uma Basílica foi erguida a pedido da filha do imperador Constantino, em honra à Santa. Trata-se de uma das mais antigas de Roma, na qual encontram-se suas relíquias e sepultura. Na arte, Santa Inês é comumente representada com uma ovelha, e uma palma, sendo que a ovelha sugere sua castidade e inocência. (42) SANTA ISABEL ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 48 ocorrências Acidentes físicos: 14 ocorrências Acidentes humanos: 34 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 1 4 8 1 2 2 9 2 1 4 13 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Isabel (46) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Izabel (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 11ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 5 5 1 396 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:5 ocorrências S.Izabel (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Izabel, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 5 ocorrências S.Isabel (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S.Izabel (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Izabel, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S.Isabel (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrados a 5 de novembro, Santa Isabel e São Zacarias são mencionados no Martirológio Romano como os pais de São João Batista. (DAIX, 2003, p. 97) Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Isabel, apesar de sua santidade, era estéril: uma vergonha para uma mulher hebréia, que era prestigiada somente através da maternidade. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do Povo de Deus. Juntos, foram os protagonistas dos momentos que antecederam o mais incrível advento da historia da humanidade: a encarnação de Deus entre os seres humanos. Estavam velhos, com idade avançada, e como não tinham filhos, julgavam essa graça impossível de ser alcançada. Foi quando o anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e disse-lhe que sua mulher, Isabel, teria um filho que teria o nome de João, que significa “o Senhor faz graça”. O menino seria repleto do Espírito Santo desde a gestação de sua mãe, reconduziria muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus e seria precursor do Messias. Conforme Daix (2003, p. 97), há ainda duas outras santas com o mesmo nome, Santa Isabel de Hungria e Santa Isabel de Portugal. A primeira, celebrada a 17 de novembro, 397 viveu entre os anos de 1217 e 1241. Vida breve, mas intensa. Filha de André, rei da Hungria, e de Gertrudes, nobre dama de Merano, queimou etapas atingindo a santidade em 24 anos, no decurso dos quais experimentou alegrias e dores com o ânimo de quem está sempre agradecida a Deus. Noiva aos 4 anos, esposa aos 14, mãe aos 15 e viúva aos 20 anos — quando o marido, Luís IV, duque da Turíngia, morreu em Otranto, à espera de embarcar com Frederico II para a cruzada na Terra Santa. O seu matrimônio fora combinado, como ocorria entre as casas reinantes da Europa. À morte do marido, Isabel retirou-se para Eisenach, depois para o castelo de Pottenstein e, finalmente, escolheu como residência uma modesta casa de Marburgo, onde erigiu, às próprias expensas, um hospital, reduzindo-se à pobreza. Vendeu até o dote para completar a obra. Para os pobres sempre havia lugar no hospital, e Isabel reservava para si os trabalhos mais humildes. Contra ela explodiram os maus humores reprimidos dos cunhados, que suportavam mal sua generosidade para com os pobres. Privaram-na por fim dos filhos e ela pôde viver plenamente o ideal franciscano de pobreza, ingressando na Ordem Terceira, obediente às diretrizes de um rigoroso confessor. À sua morte foi proclamada santa em altas vozes pelo povo. Isso a tal ponto, que o papa Gregório IX, em 1235, quatro anos depois da morte dela, inscreveu-a oficialmente no livro de ouro dos santos. Celebrada a 4 de julho, Santa Isabel de Portugal, por sua vez, era filha do rei Pedro de Aragão e viveu de 1271 a 1336. Casando-se, aos doze anos de idade com o rei Dinis que reinou durante 34 anos, teve dois filhos Afonso que sucedeu o pai e Constança, que mais tarde foi rainha de Castela. Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na história dessas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo que ocupava o seu tempo ajudando a amenizar as desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã. Ergueu o Mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as jovens piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou, em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo, desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais 398 para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo. Depois de viúva, ela retirou-se para retirou-se para o convento das Clarissas de Coimbra, onde passou ainda onze anos antes de morrer em 4 de julho de 1336, em Estremoz. Venerada como santa, foi sepultada no Mosteiro de Coimbra e canonizada pelo papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como “a rainha santa da concórdia e da paz”. (43) SANTA ISAURA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Isaura (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 399 (44) SANTA ISILDINHA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Isildinha (1) – NCf [Qv + Antrop (Hip)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (45) SANTA JOANA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 2 ocorrências 400 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Joana (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo Daix (2003, p.100), Celebrada a 30 de maio, Santa Joana D’Arc é a padroeira da França. Filha de Jaques d'Arc e Isabel, camponeses muito pobres, Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos treze anos começou a viver experiências místicas. A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível, bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto. Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram segredos militares e de 401 Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus. E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão. Carlos VII foi, então, coroado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa. A luta pela reconquista demorara cerca de um ano e ela desejava voltar para sua vida simples no campo. Mas o rei exigiu que ela continuasse comandando os exércitos na reconquista de Paris. Ela obedeceu, mas foi ferida e também traída, sendo vendida para os ingleses, que decidiram julgá-la por heresia. Num processo religioso grotesco, completamente ilegal, foi condenada à fogueira como "feiticeira, blasfema e herética". Tinha dezenove anos e morreu murmurando os nomes de Jesus e Maria, em 30 de maio de 1431, diante da comoção popular na praça do Mercado Vermelho, em Rouen. Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. O dia de hoje é comemorado na França como data nacional, em memória de santa Joana d'Arc, mártir da pátria e da fé. (46) SANTA JÚLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 402 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 2 2 - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Júlia (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Julinha (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (47) SANTA JULIANA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 5 - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 403 Santa Juliana (7) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - - 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade:- Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência S. Juliana (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 19 de junho, Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade. Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria. Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa 404 referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304. A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores. Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. De acordo com Daix (2003, p. 115), a sua devoção causou profunda impressão nos contemporâneos. Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte. (48) SANTA JULIETA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Julieta (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX 405 Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (49) SANTA JUSTA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - 1 - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Justa (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 406 (50) SANTA LAURA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Laura (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (51) SANTA LEOCÁRDIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 407 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Leocárdia (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (52) SANTA LEONORA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 408 Santa Leonora (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Leonora do Porto Rico (1) – NCf [Qv+Antrop(Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (53) SANTA LÍDIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Lídia (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Daix (2003, p. 118), natural da Grécia Asiática e pagã convertida ao 409 cristianismo, Santa Lídia é celebrada a 3 de agosto. Proprietária de sucesso, Lídia usou todo o seu prestígio social, sucesso comercial e poder de sua liderança para, junto de outras mulheres, levar para dentro dos lares a palavra de Cristo, difundindo, assim, a Boa-Nova entre os filipenses. A importância de Lídia foi tão grande na missão de levar o Evangelho para o Ocidente que cativou o apóstolo Paulo, criando um forte e comovente laço de amizade cristã entre eles. O culto a santa Lídia é uma tradição cristã das mais antigas de que a Igreja Católica tem notícia. (54) SANTA LÚCIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 18 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 17 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 - - - - - - 10 4 - - 2 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Lúcia (17) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 26 de março, Santa Lúcia Filippini, conforme Daix (2003, p.120), foi co- 410 fundadora de um centro de formação para professoras, a que consagrou toda a sua vida – e que mais tarde se tornou o Instituto Italiano Mestre Pio. Nascida em 1672 na Toscana, pode ser considerada como uma das personalidades eu lançaram as bases da educação católica moderna e contemporânea. Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue a Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica. Vale ressaltar que além de Santa Lúcia Filippini, há o homônimo Santa Lúcia que figura com variante de Santa Luzia. (55) SANTA LUÍSA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 - - - - - - 10 4 - - 2 411 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Luísa (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 15 de março, Santa Luísa de Marilac teve dois grandes conselheiros espirituais: Francisco de Sales e Vicente de Paulo, ambos depois declarados Santos pela Igreja. Foi graças à direção deles, que pôde superar e enfrentar os problemas que agitavam o seu cotidiano e a sua alma. Com ajuda e orientação de Vicente de Paulo, fundou, em 1634, a Congregação das Damas da Caridade, inicialmente com três senhoras da sociedade, mas esse núcleo se tornaria depois uma Congregação de Irmãs. Isso porque o serviço que estas Damas prestavam aos pobres era limitado pelos seus deveres familiares e sociais e pela falta de hábito aos trabalhos humildes e fatigantes. Era necessário colocar junto delas, pessoas generosas, livres e totalmente consagradas a Deus e aos pobres. Mas na Igreja não existiam porque a vida de consagração para as mulheres estava concebida apenas como vida de clausura. Então, Vicente e Luísa, em 1642 ousaram e, criam as Irmãs dos Pobres, as Filhas da Caridade, a quem foram confiados os doentes, os enjeitados, os velhos, os mendigos, os soldados feridos e os condenados às prisões. (DAIX, 2003, p. 122) Nascia um novo tipo de Irmã, com uma missão inédita para aqueles tempos: uma vida consagrada em dispersão pelos caminhos do sofrimento humano, assim estava criada a Congregação das Irmãs Filhas da Caridade, em 1642. Na qual Luísa fez os votos perpétuos, sendo consagrada pelo próprio Vicente de Paulo. A obra, sob a direção dela foi notável. Quando Paris foi assolada pela guerra e peste, em 1652, as Irmãs chegaram a atender quatorze mil pessoas, de todas as categorias sociais, sendo inclusive as primeiras Irmãs a serem requisitadas para o atendimento dos soldados feridos, nos campos de batalhas. 412 Luísa morreu em 15 de março de 1660. Foi beatificada em 1920 e canonizada pelo Papa Pio XI, em 1934. Suas relíquias repousam na Capela da Visitação da Casa Matriz das Irmãs da Caridade, em Paris, França. Santa Luísa de Marillac foi proclamada Padroeira das Obras Sociais e de todos os assistentes sociais, pelo Papa João XXIII, em 1960. (56) SANTA LUZIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 104 ocorrências Acidentes físicos: 25 ocorrências Acidentes humanos: 79 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 2 8 7 - 5 6 23 16 6 17 13 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Luzia (100) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Luzia, de (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Luzia de Aristóteles Santana (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] Santa Luzia do Carneiro (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing+ Ssing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX 413 Total de topônimos no Estado: 7ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 1 2 2 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:1 ocorrência S. Luzia (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências S. Luzia ( 2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 2 ocorrências S. Luzia (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Luzia, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:2 ocorrências S. Luzia (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 13 de dezembro, Santa Luzia (ou Santa Lúcia), considerada protetora da visão, padeceu o martírio em Siracusa, no século VI, no reinado de Diocleciano. (DAIX, 2003, p. 122) Entretanto, somente em 1894 o martírio de Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Nápoles. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV. Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira. Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que 414 ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje. (57) SANTA MADALENA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 2 - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Madalena (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Há três santas reconhecidas pela Igreja com o nome de Madalena: Santa Madalena de 415 Canossa, de origem italiana e celebrada a 10 de abril; Santa Madalena de Nagasaki, celebrada a 20 de outubro e, de origem francesa, Santa Madalena Sofia Barat, celebrada a 25 de maio. (58) SANTA MAFALDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Mafalda (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (59) SANTA MÁRCIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências 416 Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 3 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Márcia (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (60) SANTA MARGARIDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 10 ocorrências Acidentes físicos: 9 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 417 - - - 1 - - - 3 - 2 - 4 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Margarida (10) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência S. Margarida (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade:- Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 20 de julho, Santa Margarida, de acordo com Varraze (2003, p.535), foi uma cidadã de Antioquia, filha de Teodósio, patriarca dos gentios. Criada por uma ama, ao se tornar adulta resolveu ser batizada e, por isso, foi grandemente odiada por seu pai. Está entre os mártires do século III, que deram sua vida por se dizerem cristãos. Segundo Daix (2000, p. 125-126), são também reconhecidas pelas Igreja: Santa Margarida Bourgeoys, de origem francesa e celebrada a 12 de janeiro; Santa Margarida da Escócia, celebrada a 16 de novembro; Santa Margarida da Hungria, celebrada a 18 de janeiro e Santa Margarida de Cortona, celebrada a 22 de fevereiro. (61) SANTA MARIA 418 ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 224 ocorrências Acidentes físicos: 76 ocorrências Acidentes humanos: 148 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 14 14 7 9 25 9 42 25 5 20 52 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Maria(201) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Maria, de (6) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Mariada Serra (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing}] Santa Mariade Baixo (7) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] Santa Mariade Cima (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] Santa Mariade Itabira (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] Santa Mariado Baixio (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing}] Santa Mariado Barreiro (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing}] Santa Mariado Salto (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing}] Santa Mariado Suaçuí (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing}] Santa Mariados Cunhas (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 13ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 1 3 5 4 419 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 1 ocorrência S. Maria(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 3 ocorrências S. Maria(2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Maria, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 1ª metade: 5 ocorrências S. Maria(4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Maria da Cruz (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] Séc.XIX – 2ª metade: 4 ocorrências S. Maria (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Maria, da (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Daix (2000, p. 126-127), a tradição cristã identifica a Virgem Maria como Santa Maria Mãe de Deus, representada sob diversos títulos pela invocação Nossa Senhora. É “a ‘mãe de Deus’ (Theotokos), que foi concebida por seus pais e nasceu sem o pecado original que, apesar de ter dado à luz, permaneceu virgem e que, na sua assunção (a que os orientais chamam de dormição) subiu com o seu corpo ao céu.” As principais festa da Virgem Maria celebram a sua concepção sem pecado original (8 de dezembro), a sua natividade (8 de setembro), a sua apresentação ao templo (21 de novembro), a anunciação que lhe fez o anjo Gabriel (25 de março), a visita a Isabel (31 de maio), a sua maternidade divina (oito dias depois do Natal, isto é, 1º de janeiro), a apresentação de Jesus ao templo (2 de fevereiro), as suas dores (15 de setembro), a sua assunção aos céus (15 de agosto) e a sua realeza, Maria Rainha (22 de agosto). Há, segundo o autor, muitas outras santas reconhecidas pelas Igreja com o nome de Maria, tais como: Santa Maria Berta Boscardini, celebrada a 20 de outubro, Santa Maria Domingos Mazzarello, celebrada a 14 de maio, Santa Maria do Egito, celebrada a 2 de abril, Santa Maria Goretti, celebrada a 6 de julho, e Santa Maria Madalena, celebrada a 22 de julho. 420 (62) SANTA MARIANA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Acidentes físicos: 3 ocorrências Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 1 - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Mariana(5) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (63) SANTA MARINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 421 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - 1 1 - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Marina (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Varraze (2003, p. 478-479), Santa Marina era filha única e quando seu pai ingressou em um mosteiro, trocou a roupa da menina, para que ela parecesse homem, e não mulher, pedindo então ao abade e aos monges que também aceitassem receber seu filho único. Eles anuíram e ela foi recebida como monge, sendo chamada por todos de irmão Marino, que levou uma vida religiosa de muita piedade e obediência. (64) SANTA MARTA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 28 ocorrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 23 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 422 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 2 - 2 1 - 1 1 4 5 - 8 4 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Marta (28) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc.XIX – 1ª metade:1 ocorrência S. Marta (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 29 de julho, Santa Marta é, conforme Daix (2000, p. 130), a irmã de Lázaro e de Maria, família que recebia Jesus na sua casa, em Belém. Desse modo, hospedeira de Jesus, Marta é a padroeira dos hoteleiros. O culto à Santa Marta desenvolveu-se, ao mesmo tempo que se desenvolvia o de sua irmã sem, contudo, atingir as mesmas dimensões. Os primeiros a dedicarem uma festa litúrgica a Santa Marta foram os frades franciscanos, em 1262. 423 (65) SANTA MAURA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - - - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Maura (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (66) SANTA MILANA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência 424 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Milana (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (67) SANTA MÔNICA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 8 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - 1 2 3 - - 1 425 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Mônica (8) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 27 de agosto, Santa Mônica é mãe de Santo Agostinho. (DAIX, 2000, p. 141) Nascida em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 331, no seio de uma família cristã, desde muito cedo Mônica dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com frequência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Conforme Daix (2000, p. 141), casara com um pagão com quem teve três filhos e uma vida muito difícil. O marido era um jovem muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. Assim, usando de muita paciência e a rezando, conseguiu obter a conversão do seu marido e, alguns anos depois, a do seu próprio filho, o futuro Doutor da Igreja que tem o seu nome, na Praça Navona, em Roma. Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica. Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado freqüentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas. Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha cinqüenta e seis anos. O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153, quando a 426 proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na igreja de Santo Agostinho. (68) SANTA ODÍLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - - - - - - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Odília (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 13 de dezembro, cega de nascença, Santa Odília foi entregue por sua mãe a uma ama que a levou à abadia de Baume-les-Dames, na Borgonha, onde foi batizada pelo bispo de Regenburgo (Baviera) que, por esse mesmo ato, curou-a da sua cegueira. 427 (DAIX, 2000, p. 145) Filha do conde da Alsácia, Aldarico, Odília nasceu por volta de 660 e seu nome está associado à construção de um convento e de um hospício para leprosos nas terras eu recebeu de seu pai. Essas duas instituições foram governadas por ela até a sua morte. (69) SANTA OLGA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - - - - - 3 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Olga (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 428 (70) SANTA OLINDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - - - - - 3 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Olinda (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (71) SANTA OLÍVIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 429 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - - - - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Olívia(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (72) SANTA PAULA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 5 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 3 - - - - - - 1 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] 430 Santa Paula (5) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 26 de janeiro, Santa Paula, segundo Varazze (2003, p. 209), deixou tudo aos pobres, tornando-se ela própria a mais pobre de todos. Nascida no ano de 347 em Roma, no seio de uma família tradicional da nobreza desta corte, aos quinze anos casou-se com Taxozio, que embora pagão, tolerava os cristãos, com quem teve cinco filhos todos educados dentro da religião cristã. Ela era riquíssima e vivia no esplendor da opulência da aristocracia romana, mas esta condição social não afetou seu caráter, não era uma pessoa orgulhosa o que a fazia ser amada e respeitada por todos, ricos ou pobres. Em 379, Paula ficou viúva e, junto com uma das filhas, Eutóquio, decidiu ingressar na comunidade de Marcela, que então já era orientada por Jerônimo, Bispo de Hipona, que depois se tornou um Santo e Doutor da Igreja e cujo pensamento continua a influenciar o rumo da Igreja de Roma. Não demorou muito tempo, Paula e a filha transformaram sua casa num mosteiro, onde muitos religiosos conhecidos se formaram. Logo depois construiu mais um mosteiro, um hospital e uma pousada para peregrinos dedicando-se ao ensinamento litúrgico e ao estudo da Palavra de Deus. A vida era rústica e Paula se tornou o exemplo na oração, penitência e caridade, executando os serviços mais humildes e atendendo os pobres e doentes. Para estes, ela dispôs de todos os seus bens e sua vida. Patrocinou inclusive muitos religiosos, especialmente Jerônimo, que graças à Paula pôde completar sua grandiosa obra de comentários e versões, o que justifica o fato de seu culto ter se difundido por todo o mundo católico, graças a São Jerônimo que escreveu sua biografia. (73) SANTA QUITÉRIA ______________________________________________________________________ 431 DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 9 ocorrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - 1 5 - - - 3 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Quitéria (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 10 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 4 4 2 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 4 ocorrências S. Quitéria (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Quitéria, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc. XIX – 1ª metade: 4 ocorrências S. Quitéria (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Quitéria, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade: 2 ocorrências S. Quitéria (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] 432 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 22 de maio, Santa Quitéria, conforme Poel (2013, p. 951), é uma santa portuguesa de origem nobre e pagã que não aceitou se casar com um príncipe para se dedicar a vida religiosa. É uma santa lendária que viveu no início da civilização cristã, na região da Galícia, que abrangia o noroeste da Espanha e o norte de Portugal, e foi martirizada em 303, durante a perseguição de Dioclesiano. Santa Quitéria era muito venerada no norte da Espanha e em Portugal, onde possui uma basílica na cidade de Alenquer, edificada no final do século XVIII sob a proteção da rainha d. Maria I. Seu culto foi divulgado no Brasil no período colonial. Maranho e Ceará possuem paróquias em seu louvor. Em Minas Gerais, onde surgiram os primeiros movimentos pela independência do Brasil, ela é orago de capelas construídas em Diamantina, Catas Altas e Vila Rica, e deu seu nome a acidentes geográficos: o morro e a rua de Santa Quitéria em Ouro Preto, onde foi construída, no início do século XVIII, uma capela a ela dedicada. (MEGALE, 2003, p. 186) (74) SANTA REGINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 433 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Regina (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (75) SANTA RITA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 194 ocorrências Acidentes físicos: 61 ocorrências Acidentes humanos: 133 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 17 22 6 24 2 27 15 7 26 48 Topônimo (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Rita (164) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Rita, de (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Rita da Acesita (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita de Caldas (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Spl}] Santa Rita de Cássia (5) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Ssing}] Santa Rita de Minas (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Spl}] Santa Rita de Ouro Preto (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Ssing + Adjsing] Santa Rita do Braz (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] 434 Santa Rita do Chicão (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing + aum}] Santa Rita do Gunga (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Itueto (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Ibitipoca (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Jacutinga (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Mangue (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Mutum (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Palmela (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Palmela, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Patrimônio (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rita do Rio do Peixe (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing + (Prep + Asing + Ssing)}] Santa Rita do Sapucaí (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 34ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 2 5 13 14 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: 2 ocorrências S. Rita (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XVIII – 2ª metade: 5 ocorrências S. Rita (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Rita, de (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc. XIX – 1ª metade: 13 ocorrências S. Rita (9) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Rita, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Rita doTurvo (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Rita do Rio Preto (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing+ AdjSing }] Séc.XIX – 2ª metade: 14 ocorrências 435 S. Rita(6) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Rita do Turvo (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Rita da Ibitipoca (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Rita da Jacutinga (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Rita do Ibitipoca (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] S. Rita da BoaVista(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing+ AdjSing }] S. Rita do Rio Abaixo (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing+ ADV }] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Muitas vezes invocadas nas causas desesperadas, Santa Rita de Cássia é celebrada a 22 de maio. (DAIX, 2000, p. 163) Nascida no ano de 1381, na província de Umbria, Itália, exatamente na cidade de Cássia, Rita, ainda na infância, manifestou sua vocação religiosa. Filha de pais pobres e idosos, para não contrariá-los, aceitou se casar com um homem de nome Paulo Ferdinando, que, apesar de parecer, inicialmente, ser bom e responsável, com o passar do tempo, mostrou um caráter rude, tornando-se violento e agressivo. A tudo ela suportava com paciência e oração. Tinha certeza de que a penitência e a abnegação conseguiriam convertê-lo aos preceitos de amor a Cristo. Um dia, Paulo, finalmente, se converteu sinceramente, tornando-se bom marido e pai. Entretanto suas atitudes passadas deixaram um rastro de inimizades, que culminaram com seu assassinato, trazendo grande dor e sofrimento ao coração de Rita. Dedicou-se, então, aos dois filhos ainda pequenos, que na adolescência descobriram a verdadeira causa da morte do pai e resolveram vingá-lo, quando adultos. Rita tentou, em vão, impedir essa vingança. Desse modo, pediu a interferência de Deus para tirar tal idéia da cabeça dos filhos e que, se isso não fosse possível, os levasse para junto dele. Assim foi. Em menos de um ano, os dois filhos de Rita morreram, sem concretizar a vingança. Rita ficou sozinha no mundo e decidiu dar um novo rumo à sua vida. Determinada, resolveu seguir a vocação revelada ainda na infância: tornar-se monja agostiniana e se entregar, completamente, a uma vida de orações e penitências, com humildade e obediência total às regras agostinianas. Rita morreu em 1457, aos setenta e seis anos, em Cássia. Sua fama de santidade 436 atravessou os muros do convento e muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Sua canonização foi assinada pelo papa Leão XIII em 1900. A vida de santa Rita de Cássia foi uma das mais sofridas na história da Igreja católica, por esse motivo os fiéis a consideram a "santa das causas impossíveis". O seu culto é celebrado em todo o mundo cristão, sendo festejada tanto na Igreja do Ocidente como na do Oriente. (76) SANTA ROSA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 129 ocorrências Acidentes físicos: 42 ocorrências Acidentes humanos: 87 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 3 5 5 1 3 10 1 12 23 13 16 37 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Rosa (121) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Rosa de Abelardo Correa (1) – NCf [Qv+Antrop (Pren) + { Prep + Antrop (Ort)}] Santa Rosa de Lima (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Ssing}] Santa Rosa da Serra (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rosa do Picão (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rosa dos Dourados (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Ssing}] Santa Rosinha (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2ocorrências 437 Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 1 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:- Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência S. Roza (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc. XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Roza (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 23 de agosto, Santa Rosa de Lima é, segundo Megale (2003, p. 192), a primeira santa do Novo Mundo, padroeira do Peru e da América Latina. Natural de Lima, capital do Peru, onde nasceu em 1586, aí veio a falecer em 24 de agosto de 1617. Viveu de forma simples, realizando atividades bastante humildes como fazer costuras, tratar de doentes abandonados e cultivar flores que eram vendidas no mercado e cujos respectivos lucros eram distribuídos entre os pobres. Além dessas atividades, Rosa levou uma vida intensa de oração, jejuns permanentes e práticas ascéticas. (DAIX, 2000, p. 166) Aos vinte anos, entrou na ordem terceira dos dominicanos, tomando como exemplo Santa Catarina de Siena (1347-1380). De acordo com Poel (2013, p.952), vivendo no meio do mundo, alcançava na oração suas experiências místicas. Santa Rosa de Lima morreu jovem, aos 31 anos, após uma vida de caridade heróica, especialmente dedicada aos índios e negros. (77) SANTA ROSÁLIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 438 Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 2 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Rosália (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 4 de setembro, Santa Rosália é, conforme Daix (2003, p. 166), padroeira de Palermo e de toda a Sicília. Nascida por volta de 1140, era filha única de Sinibaldo, nobre descendente de Carlos Magno. Aos quatorze, partiu para o monte Pellegrino, perto de Palermo, com a firme intenção de aí viver como eremita, na oração e na penitência. Depois, a jovem ermitã transferiu-se para uma gruta no alto do monte Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga, a rainha Margarida. Lá já existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores, os beneditinos com outro Convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o monte atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que, no dia 4 de setembro de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de monte Pelegrino, em Palermo. Vários milagres foram atribuídos à intercessão de santa Rosália, como a extinção da peste que no século XII devastava a Sicília. O seu culto difundiu-se, enormemente, entre 439 os fiéis, que a invocavam como padroeira de Palermo, embora para muitos essa celebração fosse apenas uma antiga tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da santa. Sinais que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de morrer, em 1620. (78) SANTA RUFINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Rufina (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (79) SANTA SILVÉRIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG 440 Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 4 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Silvéria (4) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (80) SANTA SOFIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 441 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 3 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Sofia (3) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Daix (2003, p. 170), celebrada a 1º de agosto, Santa Sofia obteve com suas filhas o martírio no reinado do Imperador Adriano. Mantidas no Martirológio Romano reformado em 1584, Sofia e três filhas fazem igualmente parte dos sinaxários orientais, onde figuram com seus nomes russos – Sônia, Nádia, Vera e Lioubé –, sendo, no entanto, festejadas a 17 de setembro. (81) SANTA TERESA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 17 ocorrências Acidentes físicos: 6 ocorrências Acidentes humanos: 11 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 442 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - 2 1 - 3 - 4 5 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Teresa (16) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Santa Teresa do Bonito (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) {Prep + Asing + SSing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 1 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências S. Thereza (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] S. Thereza, de (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc. XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. Thereza (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 15 de outubro, Santa Teresa de Ávila é, de acordo com Megale (2003, p. 197) é uma das figuras mais relevantes da história da espiritualidade cristã, visto que foi uma monja carmelita espanhola que teve a coragem de reformar a antiga Ordem do Carmelo, fundando novas famílias religiosas. Nascida na cidade de Ávila, em 28 de março de 1515, foi criada pelo seu pai, Alonso 443 Sanches Cepeda, fidalgo castelhano, com austeridade e religiosas noções de honra. Aos 7 anos de idade, influenciada pela leitura de livros de santos e de heróis medievais que o pai estimava, tentou fugir de casa para se tornar mártir. Aos vinte anos, entrou para o convento dos carmelitas contra a vontade do pai e, ao ficar doente, chegou à sua conversão mística ao Cristo vivo. Autodidata, escreveu vários livros sobre a vida espiritual e, em 1560, começou a reforma na ordem dos carmelitas, tornando-se, por isso, uma mulher importante para a reforma católica de seu país. Em 1970, foi proclamada ‘doutora da Igreja’. (82) SANTA TERESINHA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 31 ocorrências Acidentes físicos: 5 ocorrências Acidentes humanos: 26 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - 1 2 - - - 9 - 5 13 - Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Teresinha (28) – NCf [Qv + Antrop (Hip)] Santa Teresinha de Minas (1) – NCf [Qv + Antrop (Pren) {Prep + Spl}] Santa Terezinha (2) – NCf [Qv + Antrop (Hip)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos 444 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 1º de outubro, Santa Teresinha do Menino Jesus, juntamente com Santa Joana D’Arc é padroeira secundária da França. (DAIX, 2003, p. 174). Nascida a 2 de janeiro de 1873, desde pequena já manifestava sua vocação religiosa. Aos 15 anos, resolveu entrar para o convento, mas devido à sua pouca idade, foi recusada no Carmelo de Lisieux. Inconformada, partiu com o pai para Roma, a fim de pedir autorização do papa Leão XIII para se tornar carmelita. Entretanto, só após o falecimento de seu pai, quando já tinha 17 anos conseguiu realizar esse sonho. Morreu aos 24 anos, mas deixou vários escritos, numa linguagem própria, um tanto infantil, porém de grande riqueza espiritual. Em 1925, foi canonizada pelo papa Pio XI, foi uma das santas mais populares no início do século XX, conhecida como a Santa das Rosas, flores que apareciam nas mãos de Santa Teresinha em todas as suas imagens. Apesar de viver numa comunidade de clausura e de não ter sido importante no meio social, nem no eclesiástico, foi considerada “a maior santa dos tempos modernos”, pois viveu uma espiritualidade aliada ao realismo da vida cotidiana. Foi proclamada Doutora da Igreja pelo papa João Paulo II, em 1997. (MEGALE, 2003, p. 201) (83) SANTA ÚRSULA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 445 - - - - - - - - - - - 3 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Úrsula (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Celebrada a 21 de outubro, Santa Úrsula e suas companheiras mártires serviram de inspiração para numerosas obras de arte. Segundo a tradição cristã, essas jovens teriam fugido da Inglaterra para escapar dos Saxões pagãos que, como fora revelado a Úrsula, contavam invadir o país. Segundo Daix (2000, p. 179), quando as jovens chegaram à Colônia, a cidade havia caído nas mãos de Átila e dos seus Hunos. O invasor pretendeu desposar a princesa Úrsula e unir suas companheiras a seus guerreiros, mas todas elas, para guardar a virgindade, negaram-se a aceitar, motivo por que teriam sido massacradas. A popularidade de que gozou Úrsula foi enorme, levando a Universidade de Paris a escolhê-la como sua padroeira. (84) SANTA VIRGILINA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 446 - - - - - - - - 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Virgilina(1) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (85) SANTA VIRGÍNIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - 2 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Virgínia (2) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS 447 Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. (86) SANTA VITÓRIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 8 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 2 4 - 1 1 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Santa Vitória (8) – NCf [Qv + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações pertinentes nas fontes consultadas. 4.1.2.3 Mariotopônimos (1) MADRE DE DEUS ______________________________________________________________________ 448 DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - - - - - 2 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Madre de Deus (2) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing}] Madre de Deus de Minas (1) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing +(Prep + Spl)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:1 ocorrência Madre de Deos (2) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing}] Séc. XIX – 1ª metade:- Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Madre de Deus ou Mãe de Deus é um dos títulos mais antigos de Maria, a mãe de Jesus. Segundo Poel (2013, p.596), apesar de não constar da Bíblia, esse título constitui um 449 legado da devoção popular e dos debates teológicos dos primeiros três séculos da história eclesiástica. Isto porque, desde os primeiros tempos do cristianismo, sempre houve no seio da Igrejavárias heresias que tentavam destruir sua doutrina. Dentre elas, cita-se, de acordo com Megale (2001, p. 281), a heresia de Nestório, Patriarca de Constantinopla, que negando a maternidade divina de Maria Santíssima, defendia que, havendo em Jesus Cristo duas naturezas distintas – a divina e a humana –, a Virgem Maria era apenas a mãe do homem e não deveria, portanto, ser chamada de Mãe de Deus. Esse posicionamento encontrou forte oposição nas idéias de São Cirilo, Patriarca de Alexandria. Na tentativa de resolver esse embate ideológico, o papa São Celestino convocou no ano de 431 o Concílio de Éfeso em que ficou decidido que “a Virgem Santíssima é e deve ser venerada como a mãe de Deus, refutando assim a heresia.”É, pois, a partir dessa data que a oração intitulada Ave-Mariacomeçoua ser proferida como é atualmente. Refutada a heresia de Nestório e de seus asseclas, a muitidão aclamou os padres do Concílio que acabavam de definir o assunto de tanta magnitude, exaltando, mais uma vez, o que estava na consciência da cristandade. Até esse tempo, a Ave-Maria rezava-se assim: Ave Maria, cheia de graça o senhor é convosco bendita Sois entre as mulheres... Depois do Concílio de Éfeso, acrescentou-se: Bendito o fruto de Vosso ventre e mais a oração: Santa Maria Mãe de Deus.(LIMA JÚNIOR, 2008, p. 242) Vale dizer que, além da alteração feita à Ave Maria, é também a partir do Concílio de Éfeso que as imagens da Virgem Maria com o Menino Jesus no colo começaram a ser esculpidas. De acordo com o Calendário Litúrgico, Nossa Senhora Madre de Deus é celebrada pelo povo e pela Igreja, em 1º de janeiro, isto é, na oitava de Natal. Em Portugal, de onde com essa mesma denominação se estendeu para o Brasil, essa invocação de inicia-se do reinado de D. João II, quando sua esposa a rainha D. Leonor, ao construir um convento em honra da Santíssima Virgem, dá a uma imagem, até então desconhecida, o título de Madre de Deus. Isto porque a imagem representava Nossa Senhora e São José adorando o Menino Jesus recém-nascido, deitado num berço de prata. No Brasil há várias igrejas antigas dedicadas à Madre de Deus e, em virtude disso, 450 várias denominações toponímicas. No Nordeste, merecem destaque o templo de Recife, construído pela extinta Congregação do Oratório de São Felipe Neri em 1680 e, na Bahia, na antiga ilha de Cururupeba (hoje Madre de Deus), a igreja matriz de Nossa Senhora Madre de Deuserigida pelos jesuítas em 1670. No Sul, é a padroeira da cidade de Porto Alegre, onde se situa a primeira Igreja Matriz que, também com essa mesma denominação, é o marco inicial do povoamento do estado do Rio Grande do Sul, no final do século XVIII. A respeito da presença dessa invocação de Nossa Senhora em território mineiro, lê-se em Lima Júnior (2008, p.248): Em Minas Gerais temos algumas freguesias dedicadas a Madre de Deus. Eram elas, até as mudanças arbitrárias que sofremos através de vários anos de incríveis depedrações na toponímia tradicional mineira, as seguintes: Nossa Senhora da Madre de Deus de Roças Novas. Nossa Senhora da Madre de Deus do Rio Grande. Nossa Senhora da Madre de Deus do Angu. Dentre as denominações enumeradas pelo autor, Vale dizer que o município Madre de Deus de Minas origina-se da freguesia de Nossa Senhora da Madre de Deus do Rio Grande, conforme está registrado no Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais de Barbosa (1995, p.192): MADRE DE DEUS DE MINAS Município criado pela lei No 1039, de 12 de dezembro de 1953, com território desmembrado do de Andrelândia. Fica no Sul de Minas e contém apenas o distrito da cidade. O povoado teve início no século XVIII, ao redor da capela primitiva, filial da paróquia de São João del-Rei. O patrimônio da capela foi construído por Antônio Rosa, em 1753. Foi elevado à freguesia, no município de são João del-Rei, por lei provincial No 1032, de 6 de julho de 1859. O primeiro e único vigário colado foi Pe. João Bernardes de Souza. Chamava-se, então, Madre de Deus do Rio Grande. Em 1923, já integrando o município de Turvo (atual Andrelândia), teve sua denominação mudada para Cianita (lei No 843, de 7 de setembro de 1923). A vila de Cianita foi elevada à cidade, com a denominação de Madre de Deus de Minas, com a lei No 1039, de 12 de dezembro de 1953. (2) MÃE DOS HOMENS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências 451 Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - - - - - - - - 2 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Madre de Deus (2) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing}] Madre de Deus de Minas (1) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing +(Prep + Spl)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Forma reduzida de Nossa Senhora Mãe dos Homens, cuja invocação foi introduzida, segundo Lima Júnior (2008), por um frade do convento de São Francisco das Chagas, em Xabregas, bairro de Lisboa. Tomando o hábito aos dezesseis anos, Frei João de Nossa Senhora levava uma vida muito piedosa e tinha grandes aptidões literárias, que ele empregava nos seus freqüentes sermões, principalmente pregados ao povo que não primava muito nem pela moralidade nem pelo espírito ordeiro, nos agitados bairros que o frade escolhera para a sua atividade. Sendo de grande eloqüência e dotado de poder de persuasão, Frei João, cujos estros poéticos o incluíram na História Literária como "o poeta de Xabregas", passou a ser disputado como orador sacro em todas as partes de Portugal, sobretudo em Lisboa, onde não chegava para as encomendas. Em qualquer hora em que o procurassem, estava o frade pronto para pregar os seus sermões, contando-se que numa só tarde, enquanto fixava os quadros de uma Via Sacra, pregou quatorze. Versejava com grande facilidade e a todo propósito lançava uma quadrilha ou pequenos poemas.Sempre que lhe dava tempo a obrigação conventual, saía do Convento levando um crucifixo e, penetrando nas tavernas, começava a clamar contra os vícios, arrastando os presentes à rua, onde começava a rezar com eles, dizendo-lhes que Maria Santíssima era Mãe dos Homens, e que para ela todos deveriam voltar-se na hora das aflições. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.145) 452 Frei João de Nossa Senhora, o poeta de Xabregas como era conhecido, faleceu em 1758 em seu convento, deixando fama desantidade e muitas saudades em Lisboa. De acordo com Megale (2001, p. 289), a devoçãoà Mãe dos Homens do convento de Xabregas veio para Minas Gerais, trazida por um misterioso personagem, o irmãoLourenço, que dizem ter sido um membro da família Tavora,atrozmente perseguida pelo Marquês de Pombal. Conseguira escaparà vigilância da polícia portuguesa após o atentado contra avida de D. José I e fugiu para o Brasil, onde fundou no alto daserra do Caraça o famoso santuário de Nossa Senhora Mãe dosHomens. Esse personagem quase lendário, com o dinheiro quepossuía e as esmolas angariadas, erigiu em 1774 a primitiva capelae comprou as terras onde mais tarde seria construído o famosocolégio do Caraça, que durante muitas décadas educou e instruiua juventude brasileira. A autora acrescenta que essa devoção iniciada em território mineiro se espalhou pelo país e, ainda hoje, Nossa Senhora Mãe dos Homens é muito venerada pelos brasileiros, sendo orago de 13 paróquias. Quanto à iconografia dessa invocação, ressalta-se Maria é é representada de pé, vestindo uma túnica eum manto curto, que lhe envolve o corpo, tendo sobre a cabeçaum véu, também curto, que cai sobre seus ombros. Traz sentadoem seu braço esquerdo um Menino seminu, que segura com amãozinha direita uma cruz. O braço da Virgem está levantando esua mão direita abençoa os devotos. Ambos usam uma coroa real. (MEGALE, 2001, p. 290) (3) NOSSA SENHORA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 453 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - - - - - - - - 1 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora (3) – NCf [Pron + Ssing] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Uma das principais invocações da Virgem Maria e topônimo muito frequente em Portugal e no Brasil, sobretudo com determinativos. (MACHADO, 1984). A devoção a Nossa Senhora se desenvolve no final da Idade Média, quando ocorre a mudança do nome de Santa Maria , com que ainda no século XV se designava habitualmente a Virgem, para o de Nossa Senhora como reflexo do paralelismo entre as denominações de Cristo e de Maria. A partir dos princípios do século XVI, Santa Maria so se mantém em nomes tópicos anteriores e as designações marianas desenvolvem-se em paralelo com as de Cristo. (ALMEIDA, 1979, p.164-165). A primeira imagem da Virgem Maria que aportou no Brasil foia de Nossa Senhora da Esperança, que veio com Pedro Álvares Cabral, de quem era padroeira, assim a devoção à Nossa Senhora foi trazida pelos portugueses para o Brasil desde o primeiro contato estabelecido entre metrópole e colônia. Dessa forma, conforme a época e as regiões geográficas, sobressaíam, nas comunidades primitivas, as invocações marianas,em princípio, pelos marinheirosque se aventuravam no oceano desconhecido, como Nossa Senhorada Ajuda, da Guia, dos Navegantes, da Boa Viagem, em seguida ados agricultores e pecuaristas devotos das Senhoras da Oliveira e dasBrotas, e depois pelos missionários que divulgaram os patronos desuas comunidades religiosas. 454 É muito significativo para a história da vida religiosa no Brasil, em seu período de formação, e povoamento, a origem das invocações de Nossa Senhora, porque mostra o intenso trabalho franciscano e jesuíta na transformação dos aventureiros em populações estáveis e morigeradas, graças à intensa vida religiosa promovida pela obra apostólica dos padres de São Francisco e de Santo Inácio. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.72) Ressalta-se, desse modo, que os missionários e as ordens religiosas a que pertenciam merecem destaque no que tange à propagação do culto à Virgem Maria e aos santos no Brasil, uma vez que, desde as primeiras embarcações portuguesas, o contigente desses religiosos sempre foi representativo: primeiro, na fase inicial da civilização brasileira, vinham para evangelizar os indígenas; depois, vinham com finalidades missionárias ou educativas. No que se refere às devoções trazidas para as terras brasileiras, Megale (2001), em sua obra “As invocações da Virgem Maria no Brasil, apresenta 123 títulos distintos e afirma que, em princípio, as invocações marianas podem ser de origem Litúrgica, Histórica e Popular. Segundo ela, as invocações litúrgicas foram criadas pela Igreja e são relacionadas à liturgia católica: Conceição, Ó, Guia, Assunção, Mãe da Igreja, etc. As históricas, apesar deste termo não ser tomado em sentido rigoroso, referem-se aos títulos criados durante os vinte séculos de cristianismo e geralmente recebem os nomes dos lugares onde seu culto foi iniciado. Caravaggio, Guadalupe, Penha de França, Lourdes, Nazaré, Roccio, etc. As de origem popular, de acordo com a autora, receberam denominações dadas espontaneamente pelos devotos, conforme os ritos usados ou as necessidades do momento, ex. Carpição, Brotas, Boa Viagem, Bom Parto, etc. (Megale, 2001,p. 16) Além dos aspectos citados, a autora acrescenta ainda que, no que se refere às devoções de Nossa Senhora, a necessidade de se observar o aspecto geográfico. Isto porque: algumas invocações da Virgem Maria são mais comuns no Nordeste e Norte, outras no Sul. Geralmente, as mais antigas e as de origem portuguesa possuem mais devotos nas primeiras regiões colonizadas ou nas velhas cidades da região Sudeste, como Santos, São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto as mais modernas têm maior divulgação no Sul do Brasil. As padroeiras dos pescadores e marinheiros encontram-se quase sempre na zona litorânea. Nossa Senhora da Guia, dos Mares, da Boa Viagem, dos Navegantes - enquanto a Senhora das Brotas, protetora dos agricultores e criadores de gado, é venerada no interior. Na Bahia merecem menção especial aquelas que são sincretizadas com os orixás afro-brasileiros: Conceição e Candeias.Em Goiás e no Triângulo Mineiro, predominam a Virgem da Abadia, enquanto na zona de mineração as mais comuns são: Assunção, Carmo, Bom Sucesso, Piedade, 455 Rosário, etc. É interessante notar que estas influências regionais são devidas também às diversas Ordens Religiosas. (MEGALE, 2001, p. 20-21) (4) NOSSA SENHORA APARECIDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 75 ocorrências Acidentes físicos: 2 ocorrências Acidentes humanos: 73 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - 1 1 2 3 22 21 3 5 16 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora Aparecida (69) – NCf [Pron + Ssing + Antrop (Pren)] Nossa Senhora da Aparecida (3) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] Nossa Senhora de Aparecida (3) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Antrop (Pren)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência Snra. da Aparecida do Cláudio (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren) Prep + 456 Asing+ Antrop (Pren)}] Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A invocação de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil,data do século XVIIIe se prende a uma histórica visita dogovernador das províncias de São Paulo e Minas Gerais, D. Pedrode Almeida, ao Vale do Paraíba. “em outubro de 1717, Dom Pedro de Almeida Portugal, Conde de Assumar, indo de São Paulo para tomar posse como Governador das Minas Gerais, fez uma parada em Guaratinguetá. A Câmara Municipal quis oferecer um grande banquete ao ilustre visitante. E convocou todos os pescadores, para que apanhassem toda a sorte de peixes que encontrassem. Três desses pescadores eram Domingos Martins Garcia, João Alves e Filipe Pedroso. Remaram Rio Paraíba acima, lançando suas redes. Foram no porto de Itaguaçu e não conseguiram nenhum peixe que prestasse para o almoço do Conde de Assumar. Invocando a proteção dos santos, lançaram mais uma vez a rede. Sentiram alguma coisa encostar-se nela. Retiraram para ver. Era o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de barro, mas sem a cabeça. Colocaram o corpo da imagem no fundo do barco e jogaram a rede outra vez. E pescaram a cabeça da mesma imagem. Em seguida, a pescaria tornou-se evidentemente milagrosa, enchendo as redes e o barco. (HOLSTEIN et al, 1988 apud POEL, 2013, p.699) A imagem da Santa foi conserva muito da durante 15 anos na casa de Filipe Pedroso, que era muito religioso. Ao se mudar para para Itaguaçu, o pescador deixou-acom seu filho Atanásio, que construiu para a "Senhora" um oratório, onde se reunia toda a vizinhança para rezar.Alguns fatosextraordinários acontecidos junto à imagem da Virgem Aparecidae os primeiros milagres por ela realizados levaram sua famapara todo o país. O número de devotos aumentava dia a dia e ooratório tornava-se pequeno. (MEGALE, 2001, p.45) Em 1743, o vigário de Guaratinguetá pediu licença ao bispodo Rio de Janeiro para erigir uma capelinha em honra de NossaSenhora com as esmolas dadas pelos romeiros. No entanto, o númerode pessoas que afluía de todo o Brasil era de tal ordem, queem breve foi preciso construir uma igreja maior, mais tarde aumentadae reformada, no local onde o povo se reunia para invocara Santa Milagrosa. Em 1904, o bispo D. José de Camargo Barroscolocou sobre a imagem da Virgem uma coroa de ouro e pedraspreciosas doada pela Princesa Isabel. 457 Por bula do papa Pio XI, Nossa Senhora Aparecida foi proclamadaPadroeira do Brasilem 1930e, desde então, opovo, que há muito a considerava como tal, passou a dedicar-lheanualmente festas concorridíssimas, animadas com folguedos edanças folclóricas executadas pelos melhores dançadores do Valedo Paraíba. Festejada no dia 12 de outubro, feriado nacional, a Virgem Aparecida teve seu culto espalhado por todos os recantos do País, havendo cerca de 343 paróquias a ela dedicadas, fora o númeroincontável de imagens da Santa existente em quase todos oslares católicos brasileiros. Em muitas cidades brasileiras, o dia dedicado para festejá- la – 12 de outubro – é assinalado, ao meio-dia, por enorme foguetório comandado pela rádio Aparecida. Em vista da grande popularidade da devoção àVirgem Aparecida,as Autoridades Eclesiásticas resolveram erguer um templodigno da Protetora do Brasil e pediram ao pintor e arquiteto paulistaBenedito Calixto para fazer o plano da monumental basílica,construída junto à curva do rio onde foi encontrada a imagem. Este templo, um dos maiores monumentos dedicados à Mãe deDeus em todo o mundo, pode abrigar em seu interior cerca detrinta mil pessoas. Ele domina a paisagem pela grandiosidade desua construção e sua torre, com mais de cem metros de altura,pode ser vista a grande distância. É o principal centro religioso do Brasil, e foi visitado em 1980 pelo papa João Paulo II. (MEGALE, 2003, p.15) Iconograficamente é uma imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, de cor negra, coberta por um manto ornamental grosso e bordado que cobre a cabeça e o corpo, deixando à mostra apenas o resto e as mãos unidas sobre o peito. (5) NOSSA SENHORA DA ABADIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 458 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 3 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Abadia (3) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc. XIX – 1ª metade: 1 ocorrência Sra. da Abadia (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Nossa Senhora da Abadia é também conhecida pelo título deSanta Maria do Bouro, pois é originária do convento do Bouro,próximo à cidade de Braga, em Portugal. Conforme Megale (2001, p. 215), diz a lenda que a imagem de Nossa Senhora da Abadia émuito antiga, tendo pertencido a um recolhimento religioso conhecidopor Mosteiro das Montanhas, que existia naquelas paragenspor volta do ano 883. Quando os sarracenos invadiram aPenínsula Ibérica, os monges fugiram, escondendo a imagem daVirgem Maria. Passaram-se os séculos e, no tempo do Conde D. Henrique, umantigo fidalgo da corte, 459 Pelágio Amado, fugindo aos faustos dessemundo, retirou-se para a ermida de São Miguel, a pouca distânciade Braga, onde foi viver com um velho ermitão que ali morava hámuitos anos. Ambos avistaram, emcerta noite, uma grande claridade que vinhado centro de um vale próximo e, como este fato se repetissena noite seguinte, ficaram os dois vigiando e ao amanhecer foramverificar a origem daquela estranha luz. Encontraram, então, escondidaentre os penedos uma imagem de Nossa Senhora e, cheios de alegriaà vista daquele tesouro, os eremitas se prostraram, agradecendoa Deus por tão singular favor. Mudaram a sua morada paraaquele sítio e ali edificaram uma pequena ermida, onde colocarama imagem da Santa. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.215-219) O arcebispo de Braga teve notícia da descoberta e foi pessoalmentevisitar os ermitães. Verificando a pobreza em que viviam,mandou construir uma igreja de pedra lavrada digna de abrigar aMãe de Deus. Aos poucos, vários monges se uniram aos dois santos homens e a fama dos milagres de Nossa Senhora da Abadia seespalhou pela terra portuguesa, a ponto de o rei D. Afonso Henriquester ido especialmente visitar o santuário, onde deixou umaboa esmola para o culto divino e as necessidades daqueles servosde Deus. Citando a narrativa de Frei Agostinho de Santa Maria, Lima Junior (2008) afirma que a devoção à Senhora da Abadia de origem remota, através dos séculos, veio ao Brasil penetrando no sertões de Minas e no caminho de Goiás. Atravessando o oceano no surrão de um devoto, muito certamente natural do Arcebispo de Braga, a pequena imagem de Nossa Senhora da Abadia foi instalar seu culto nos chapadões do Triângulo Mineiro, passando pelo Pitangui onde deixou capela e deu nome a uma localidade e caminhando mais para os então desertos campos em direção de Goiás, foi semeando seu culto por diversos pontos da travessia sertaneja. Nossa Senhora da Abadia do Porto Real do São Francisco, Nossa Senhora da Abadia do Bom Sucesso do Monte Alegre e, mais célebre pelas romarias anuais, Nossa Senhora da Abadia da Água Suja. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.222) Segundo Poel (2013, p.700), não é simples determinar se a devoção da Senhora da Abadia começou em ‘Muquém’, hoje Niquelândia (GO), ou em ‘Água Suja’ (MG). Ressalta-se, entretanto, que, em território brasileiro, essa devoção está ligada aos garimpeiros. Assim, diversas cidades, em Goiás, têm festa e romaria de Nossa Senhora da Abadia. O que também ocorre no sul de Minas Gerais e em regiões próximas, e no Triângulo 460 Mineiro, como Abadia dos Dourados, Frutal, Matutina, Ituiutaba, Santa Juliana, Patrocínio, Presidente Olegário e Patos de Minas. Destaca-se ainda a cidade de Uberaba, onde a devoçãoa Santa Maria da Abadia é grande. Sua igreja, construída emfins do século passado após muita insistência junto às AutoridadesEclesiásticas, teve início com solene missa oficiada pelo vigárioe acompanhada pela banda de música "União Uberabense".Iniciada a edificação da igreja, encomendou-se do Rio de Janeirouma bonita imagem de Nossa Senhora da Abadia, que permaneceuna Matriz de Uberaba até a inauguração do templo em1884. A afluência de fiéis era tão grande, que foi necessário aumentaro recinto nos dias de festa com toldos cobertos de folhasde palmeiras, para que o povo tivesse um abrigo durante as cerimôniasreligiosas. Posteriormente a igreja da Abadia foi ampliadae reformada e atualmente recebe cerca de 15 mil romeiros para festa de Nossa Senhora. Festejada em 15 de agosto, essa invocação mariana é representada, iconograficamente, pela Virgem Maria de pé, segurando com as duasmãos o Menino Deus nu, deitado sobre elas (como a Senhora doParto). Está coberta por um longo manto que vai da cabeça até ospés, embaixo dos quais aparece uma nuvem com três cabeças deanjos. Usa uma coroa fechada e pontiaguda.(MEGALE, 2001, p. 24-25) (6) NOSSA SENHORA DA AJUDA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 461 - - - - - - - - - 1 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Ajuda(1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Nossa Senhora da Ajuda era uma invocação muito comumem Portugal principalmente entre os soldados e marinheiros, existindo várias naus lusitanas colocadas sob a sua proteção, talvezpor causa da pequena ermida da Ajuda, existente na praia doRestelo, em Lisboa, que abrigava milagrosa imagem ali encontrada. A origem do determinativo Ajudaé assim explicada por Megale (2001, p. 26): Conta-nos Frei Agostinho de Santa Maria, autor de um interessante documentário sobre a Mãe de Deus no século XVIII, que o título de "Ajuda" dado à Virgem provém do fato de ela ter estado ao pé da cruz, onde expirou seu Divino Filho, "não tanto para consolá-lo em sua cruel morte, mas para com Ele implorar ao Eterno Pai a redenção do gênero humano. Assim, enquanto seu Filho oferecia a vida pelos homens, Ela achou que poderia "ajudar" pedindo pelos pecadores." Em solo brasileiro, o culto a essa invocação mariana foi divulgado pelos padres da Companhiade Jesus, que lhe dedicaram a primeira igreja poreles construídana Bahia. O seu nome foi tirado da caravela capitâneada frota de Tomé de Souza, denominada Nossa Senhora da Ajuda,cuja imagem vinha em seu bordo e foi transladada para a capelinhade palha. Com a chegada do primeiro bispo D. Pedro FernandesSardinha, os jesuítas cederam-lhe o templo, que foi remodelado,tornando-se em 1579 a Sé da Bahia. Ainda em território baiano encontra-se a capela de NossaSenhora da Ajuda, em Cachoeira, a primeira construída naquelalocalidade, em 1595, com seu simpático e acolhedor alpendre,como uma velha casa brasileira do período colonial. Da Bahia, a devoção a esse título de Nossa Senhora se espalhou pelo país, sobretudo, para o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Segundo Lima Júnior (2008, p. 207), Nossa Senhora da Ajuda foi a invocação da ermida 462 do sítio do Pombal em São José do rio das Mortes, onde nasceu Tiradentes, mártir da Inconfidência, de quem a Virgem da Ajuda foi madrinha por tradição de família de soldados ou marinheiros seus antepassados, já que essa invocação de Maria Santíssima é conhecidaprotetora dos homens do mar. Iconograficamente, representa-se Nossa Senhora da Ajuda com a imagem da Virgem Maria de pé, com o Menino Jesus sentadoem seu braço esquerdo. Em algumas imagens ela segura oseu Filho com a mão direita, enquanto em outras ela está com amão levantada num gesto de bênção. Na igreja de Porto Seguro(Bahia) a imagem seiscentista de Nossa Senhora está sentada etem um cetro na mão, parecendo-se com a Virgem de Amparo (MEGALE, 2001, p. 29). (7) NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 7 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 7 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 1 - - - - 1 - - 2 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Conceição(6) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] Nossa Senhora Conceição (1) – NCf [Pron + Ssing + Antrop (Pren)] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 3ocorrências 463 Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade 3 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade:3 ocorrências N. S. da Conceição (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] N. S. da Conceição dos Terceiros Franciscanos (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren) + (Prep + Apl + Num + Ssing}] Sra. da Conceição (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] Séc.XVIII – 2ª metade:- Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Muitos séculos antes de a Igreja Católica proclamar o dogmada Imaculada Conceição de Maria, em 1854 pelo papa Pio IX, o povo já reconhecia a purezada Mãe de Deus. Isto porque: Aqueles que conviveram com Jesus de Nazaré, os que foram seusdiscípulos e que formaram a primeira comunidade religiosa que sefoi desmembrando do judaísmo mosaico, para florescer naquilo quese denominou de Cristianismo, deram o seu testemunho da perfeitasantidade de Maria, ao descreverem nos Evangelhos a ocorrência daAnunciação do Anjo àquela que fora escolhida por Deus para Mãecarnal do Messias.Reconhecendo em Jesus o Filho de Deus, seu enviado paraaredençãodo mundo, não vacilaram em vê naquela que era a Mãe do Salvadoruma criatura excepcional, no seio da humanidade, como excepcional seria a figura de Jesus. (...) Durante sua vida e depois de sua morte, Maria foi tidacomo privilegiada pela mais alta santidade, ou seja, a isenção absolutade toda a forma de pecado passado, presente ou futuro, pois que era de toda a evidência que a carne do Deus Homem não poderia participar daculpa original de nossos primeiros pais, dado que ele vinha justamenteapara o resgate dessa mancha.Era essa pureza original que constituía a Graça anunciada peloAnjo Gabriel, preliminar da outra de ser Mãe do Salvador. Assim, a Imaculada Conceição de Maria não suscitou controvérsias durante muitos séculos e a cristandade a reverenciou sem contradições nem disputas, proclamada sempre pelos filósofos cristãos. (LIMA JÚNIOR, 2008, p. 65) Festejada pela Igreja em 8 de dezembro, Nossa Senhora da Conceição costuma ser representada, pela imagem de Nossa Senhora de pé sobre o globo terrestre, de mãos 464 postas em oração, pisando em serpente ou dragão, símbolo do pecado original. Além disso, sob seus pés aparece geralmenteum crescente de lua sendo que às vezes a Senhora pisa sobre ele ea cobra envolve a terra. Em algumas imagens, sob os pés da Virgemsurgem cabeças de anjos. Conforme Poel (2013, p.701-702), a veneração a Nossa Senhora da Conceição começou nas igrejas orientais,no século VIII. No Ocidente, o início dessa devoção situa-se, na Irlanda, no século IX. À Inglaterra coube, no século XI, o registro da celebração das festividades dessa invocação mariana a 8 de dezembro. Assim, a convicção de que Maria foi concebida sem a mancha do pecado original ia, aos poucos, tornando-se mais forte. Em Portugal, numa provisão de 25 de março de 1646, D. João IV declarou: Estando ora junto em Côrtes com os Três Estados do Reino, lhes fiz propor a obrigação que tínhamos de renovar e continuar esta promessa e venerar com muito particular afecto e solenidade a Festa de sua Imaculada Conceição e nelas, com o parecer de todos, assentamos de tomar por Padroeira de Nossos Reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição(...) (REIS, 1967, p. 167 apud POEL, 2013, p.702) A partir de então, os reis de Portugal não mais colocaram a coroa na cabeça e o culto a Nossa Senhora da Conceição foi oficializado.A festa da Conceição de Maria tornou-se, dessa forma, oficial e obrigatória não só em todo o território lusitano, mas também em suas colônias. No Brasil, a imagem da Virgem da Conceição chegou em umadas naus de Pedro Álvares Cabral e osfrades franciscanos foram ospropagadores dessa devoção que se espalhou de norte a sul do país, uma vez que, segundo Megale (2001, p. 149), existem cerca de 533 paróquias a ela dedicadas. “Em todas as localidades por onde passaram os filhos de SãoFrancisco foram construídos templos sob o orago de Nossa Senhora da Conceição, sendo Ela a padroeira de vários Estados brasileiros.” Vale dizer ainda, conforme Megale (2001, p. 152), que depois de ter sido protetora de Brasil no período colonial, aSenhora da Conceição foi proclamada por D. Pedro I, como Padroeira do Império Brasileiro. Contudo, com o advento da República e já no início do século XX, a padroeira nacional passa a ser Nossa Senhora Aparecida, que é uma antiga imagem da Imaculada Conceiçãoencontrada nas águas do rio Paraíba do Sul. Na Bahia, esse culto teve início em 1549, quando Tomé deSousa chegou a Salvador trazendo uma escultura da Santa. A ermida, construída na praia, foi depois substituída 465 por uma edificaçãomais sólida em 1765, toda em pedra de lioz, que dizem tervindo pronta de Portugal e apenas montada no Brasil. Em 1971, Nossa Senhora da Conceição da Praia foi proclamada solenemente a Padroeira oficial doEstado da Bahia e a igreja de invocação homônima é uma das mais popularesda capital baiana. Outra invocação, encontrada no Rio de Janeiro, é Nossa Senhora da Conceição de Angra dos Reis, cuja imagem, passando por aquele porto,acabou permanecendo definitivamente por ali. “O navio que a conduzia, querendo seguir viagem, por três vezes arribou ao ancoradouro e a Câmara da cidade, vendo nisto um milagre, resolveu comprar a efígie e a constituiu como protetora da vila”. (MEGALE, 2001, p.151) Há ainda, no Rio Grande do Sul, a lendada Senhora da Conceição do Arroio, encontrada nos montes docapão do arroio, que banha a atual cidade de Osório, terra natal de Manuel Luís Osório, Marquês do Herval, grande chefe e herói da Guerra do Paraguai. Conta-se que, por várias vezes, a imagem encontrada desapareceu do nicho que lhe fora reservado naigreja da vila vizinha voltando ao lugar onde havia aparecido, o que levou à construção, no local,de uma pequena capela em tornoda qual se iniciou a povoação de Nossa Senhora da Conceição do Arroio. Padroeira dos historiadores como tal designada por Dom João V ao fundar sua ilustre Academia Real de História, e dos militares, em Minas Gerais, Nossa Senhora da Conceiçãoé um dos oragos mais comuns, figurando tanto em pequenas capelas, quanto nas suntuosas igrejas setecentistas. Citam-se, entre os templos mais interessantes os de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias (Ouro Preto), da autoria de Manuel Francisco Lisboa,pai do Aleijadinho, onde o nosso genial artista trabalhou efoi enterrado; Nossa Senhora da Conceição de Sabará, que pareceter sido a primeira matriz daquela cidade; Nossa Senhora da Conceição de Catas Altas, de Mariana, de Guarapiranga, etc. “Não existe uma só capela filial ou ermida e matrizes de outras invocações onde não exista altar ou imagem da Virgem da Conceição no Estado das Alterosas.” (MEGALE, 2001, p. 152) A esse respeito, está registrado, no Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais de Barbosa (1995, p. 219), o seguinte: N. SRa.DA CONCEIÇÃOForam inúmerasas povoações que, em Minas, surgiram sob a invocaçãode Nossa Senhora da Conceição. Não é de estranhar,pois, era já a padroeira dos Reinos e Senhorios portugueses: “Assentamos de tomar por Padroeira de nossosReinos e Senhorios a 466 Santíssima Virgem Nossa Senhorada Conceição, na forma dos Breves do Santo PadreUrbano VIII”(Provisão de D. João IV, de 25 de marçode 1646, in Arquidiocese de Mariana, pág. 400). De acordo com Lima Júnior (2008, p.78-79), quando a República foi proclamada, em 1889, havia, em Minas, as seguintesparóquias de freguesias com a invocação da Senhora da Conceição:Conceição de Antonio Dias (Ouro Preto),Conceição de AntonioPereira (Mariana),Conceição de Congonhas do Campo,Conceiçãode Camargos (Mariana), Conceição do Rio Manso - Conceição da Barra,Conceição de Carrancas,Conceição do Sabará, Conceição da Lapa, Conceição de Raposos, Conceição do Serro, Conceição do Pompéu, Conceição de Ibitiboca, Conceição de Morrinhos, Conceição daEstiva, Conceição da Água Suja, Conceição de Filadélfia, Conceiçãodo Mato Dentro, Conceição de Prados, Conceição do Rio Verde, Conceição da Aiuruoca, Conceição de Jaboticatubas, Conceição deQueluz de Minas, Conceição dos Tombos do Carangola, Conceiçãoda Boa Vista das Alfenas, Conceição do Jaguari, Conceição do Piranga, Conceição do Turvo, Conceição do Abre Campo, Conceição doRio Novo, Conceição do Morro da Graça, Conceição do Laranjal, Conceição do Rio Pardo,Conceição do Desemboque,Conceição doPouso Alto e Conceição de Cuieté. (8) NOSSA SENHORA DA GLÓRIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: - Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - - - - - - - - - - 467 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Glória (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência N. S. da Glória (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A Igrejacelebra festivamente a quinze de agosto o dia da Assunção de Nossa Senhoraou a data em que a Virgem Maria foi recebida gloriosamentena morada celestial, após sua morte e ressurreição, tornando-se a Rainha do Céu e da Terra. De acordo com Megale (2001, p. 218), apesar de liturgicamente o título de NossaSenhora da Glóriaser o mesmo da Assunção, a representação iconográfica é diferente,pois enquanto, nesta última invocação, Maria aparece subindoaos céus rodeada de anjos e sem o Menino Jesus, na primeira elaé representada com seu Divino Filho nos braços, coroa de rainhae cetro na mão, ou então sendo coroada pela Santíssima Trindadena pátria celestial. Muito querida pelos portugueses, Nossa Senhora da Glória tem significativa importância na construção da identidade lusa, sobretudo no que se refere às várias guerras travadas ao longo de sua história. Segundo Lima Júnior (2008, p.137), “nas lutas para a sobrevivência, a devoção a Nossa Senhora aparece com grande ardor, 468 revigorando os braços que empunhavam os ferros que nas batalhas asseguravam Portugal um lugar à parte no concerto dos povos europeus”. O autor acrescenta ainda que nos oitocentos de batalhas, a Santíssima Virgem sempre esteve “guardada no coração dos povos de língua portuguesa.” Em sua obra O Ermitão da Glória, José de Alencar narra uma romântica lenda sobre a significativa participação dessa invocação da Virgem Maria em uma das lutas portuguesas, conforme nos é apresentado por Megale (2001, p. 219): O corsário português Aires de Lucena, após terrível luta, derrotou o pirata calvinista francês que atacara seu navio nas proximidades da baía de Guanabara. Em agradecimento à Virgem Maria pela vitória alcançada no dia 15 de agosto de 1608, Lucena colocou no nicho da proa de sua escuna uma imagem de Nossa Senhora da Glória. Durante as comemorações da Assunção de Maria, na praia de Sapucaitoba (hoje do Rússel), a efígie da Mãe de Deus desapareceu de seu nicho, indo colocar-se numa gruta no alto da colina, iluminando a mata com o resplendor de suas irradiações. Emocionado, o marujo prometeu à Virgem Santíssima construir-lhe uma linda capela naquele local quando terminassem suas viagens pelo mar. A Santa deslizou então pela montanha sem tocar no chão nem na água e foi colocar-se novamente na proa do navio. Após alguns anos de aventuras o experiente navegante foi invadido de profunda dor pela morte de sua pupila, filha do corsário francês que ele derrotara. Após ter salvo a criança da tragédia marítima que vitimara seus pais, criou-a como filha, mas apaixonou-se perdidamente pela enteada, quando ela se transformou numa formosa jovem. Desesperado com a perda daquela que amara ternamente, abandonou a vida perigosa que levara até então e, tirando a imagem de Nossa Senhora do navio, colocou-a na gruta do outeiro escolhido por Ela muitos anos atrás. Vestiu a túnica e burel dos eremitas e dedicou o resto de sua vida a cuidar da Virgem da Glória, que tanto o protegera em suas viagens. Trazida pelos portugueses, Nossa Senhora da Glóriaé uma das invocações mais recorrentes no períodoinicial da formação brasileira, sendo que a primeira igreja a ela dedicada foi construídaem Porto Seguro pelos colonos portugueses em 1503 (daqual só restam ruínas). Sobre outros templos religiosos erigidos sob essa invocação, merecem menção, conforme Megale (2001, p. 218-219) as igrejas de Nossa Senhora da Glóriade Conselheiro Lafaiete em Minas Gerais, onde se encontram várias obras dó Aleijadinho e a de São Paulo, no bairro do Cambuci,construída no século passado. Destaca-se ainda o fato de a festa de Nossa Senhora da Glória ter sido uma das mais antigas etradicionais do Rio de Janeiro e uma das mais populares epomposas do período colonial e no Império. D. João VI. A respeito desse título de Nossa Senhora, em território mineiro, diz Lima Júnior (2008, 469 p.141): Mariana, a ilustre Primaz de Minas Gerais, berço das igrejas de nossa terra, tem na Assunção de Nossa Senhora o seu trono mais elevado. Essa primazia da tradição de um culto a Nossa Senhora da Assunção da Glória, na formação da nacionalidade que nos gerou como povo e nação fez com que a maior parte das diversas invocações de Nossa Senhora tenha suas festasa em 15 de agosto, o que, como festejarem a Rainha Santíssima Virgem Maria, festejam também, sem saber hoje, a criação da pátria, mãe de nossa pátria. (9) NOSSA SENHORA DA GUIA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 2 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Guia(2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS O título de Nossa Senhora da Guiaé litúrgico e se origina dofato de ter a Santíssima Virgem "guiado" Jesus durante a sua infânciae juventude. Na igreja ortodoxa, ela era venerada sob o nome "Odigitria" que significa condutora, 470 guia. (ADUCCI, 1960 apud MEGALE, 2001, p. 235) Iconograficamente, Nossa Senhora da Guiageralmente se apresenta sentada, segurandocom as mãos o Menino Jesus, como se quisesse ampará-lo. As representações modernas da Senhora da Guia são pinturasou gravuras e mostram Maria a meio corpo, vestida de uma túnicabranca franzida no decote e um manto azul. Tem a cabeça semicoberta por um véu branco curto e as mãos unidas em oração. Nãotem Menmo nem coroa e de cada lado veem-se dois anjos, um em cima e outro embaixo. Algums vezes, ela é representada também com uma estrela na mãodireita, lembrando o simbolismo da Estrela de Belém, que guiouos Magos ate a manjedoura, onde se encontrava o Deus Menino. Considerada a padroeira dos navegantes, o culto a Nossa Senhora da Guia é muito forte em Portugal, nação com longa e histórica tradição marítima. Trazida para o Brasil a devoção a esse título de Maria, geralmente, é percebido na presença templos sob essa invocação em cidades litorâneas, dentre os quais, citam-se, na Paraíba, uma antiga igreja construída no século XVI pelos carmelitas em Lucena; no Rio Grande do Norte, encontra-se também uma bela igueja do século XVII na cidade de Acari; No Rio de Janeiro, na cidade de Mangaratibade que também é padroeira, há também uma igreja de 1749 com uma belíssima imagem e em Cabo Frio, existe uma antiga capela com alpendre na frente, dedicada a estainvocação, e localizada pitorescamente sobre um outeiro, no centroda cidade. Em Minas Gerais, Nossa Senhora da Guia é padroeira das cidades de Ribeirão Vermelho, situado na mesorregião Campo das Vertentes e Varjão de Minas, situada no Noroeste do Estado. (10) NOSSA SENHORA DA GULA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência 471 Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Gula (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações sobre a existência dessa invocação de Nossa Senhora. Ressalta-se, entretanto, a existência de um topônimo homônimo em São Paulo, o Restaurante Nossa Senhora da Gula. (11) NOSSA SENHORA DA LAPA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 472 - - 3 - - - - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Virgem da Lapa (3) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência N. S. da Lapa (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Lima Júnior (2008, p. 151-152), o título de Nossa Senhora da Lapa surge, nos primeiros séculos da história de Portugal, época em que os cristãos fabricavam imagens em pequeno vulto para que pudessem ser ocultadas às profanações que eram comuns nesses tempos difíceis de embates por territórios. Desse modo, o autor explica que, na ocasião em que o kalifa árabe Almansor invadiu as terras ibéricas, devastando a região do Douro e Minho e, logo em seguida, continuando sua guerra de morte e destruição nas terras que hoje se denominam de Beiras, surgiu seguinte lenda portuguesa referente à Senhora da Lapa: No tempo em que os mouros dominavam a Península Ibérica, Almansor, califa de Córdoba, invadiu a Lusitânia, devastando os campos, destruindo a ferro e fogo vilas e cidades, martirizando os cristãos e profanando a clausura das casas religiosas. Após assolar as províncias entre o Minho e o Douro, o representante de Maomé dirigiu-se no ano de 983 para Quintela, atacando e destruindo o convento das freiras beneditinas de Aguiar da Beira, que foram aprisionadas e levadas em cativeiro. Algumas religiosas que conseguiram escapar esconderam em sombria lapa situada nas proximidades uma pequena imagem de Nossa Senhora. Séculos depois, em 1498, uma menina chamada Joana, muda de nascença, encontrou a imagem e a escondeu na cesta que trazia o pão e as maçarocas que fiava. Julgando ter achado uma boneca, com 473 ela brincava vestindo-a e cobrindo-a de folhas silvestres. Nesse inocente passatempo foi surpreendida pela mãe, que irritada lançou ao fogo a santinha. Joana, recuperando milagrosamente a fala, protestou, retirando das chamas o objeto de seus desvelos, e contou como havia encontrado a linda efígie no fundo de uma gruta, na escarpada serra de Quintela. A mãe, atônita, sentiu que seu braço direito estava paralisado e só recuperou os movimentos quando ela e a filha foram à caverna e, colocando a imagem no antigo lugar, se prostraram de joelhos aos pés da Virgem, que daí em diante se tornou conhecida pelo título de Nossa Senhora da Lapa. Devido aos estupendos milagres ali realizados, mais tarde foi construída sobre as pedras da gruta um suntuoso templo, que até os nossos dias atrai a devoção dos povos circunvizinhos. (MEGALE, 2001, p. 249) Situado sobretudo na Bahia e no Rio de Janeiro, de Portugal esse culto passou para as terras brasileiras. Em Salvador, oconvento de NossaSenhora da Lapa, construído no século XVIII,projetou-se no cenário histórico brasileiro durante as lutas pelalibertação política da metrópole. No Rio de Janeiro,existem duas igrejas dedicadas a esta invocação:a Lapa do Desterro, assim denominada por ter sido construídanas proximidades daquele morro, e a Lapa dos Mascatesou Mercadores. Em Minas Gerais, o mais conhecido e visitado santuário da Lapa é o do arraial de Antônio Pereira, que data do século XVIII: Ficou desde logo célebre esse santuário de Nossa Senhora da Lapa de Antônio Pereira. Romarias colossais dirigem-se todos os anos em 15 de agosto para essa casa de Nossa Senhora. O arraial empobreceu, tudo em redor mostra decadência, menos a devoção dos que, mesmo de longe, para lá se dirigem todos os anos, no dia da Glória da Mãe de Deus. Agora leva-nos o automóvel, em pouco mais de meia hora, de Mariana até aquele formoso alto de serra. Devoção tradicional e de grandes frutos espirituais, Nossa Senhora da Lapa de Antônio Pereira é um dos belos santuários do Brasil. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.156) Merece destaque também o município mineiro, situado na mesorregião Jequitinhonha, de nome Virgem da Lapa, onde uma imagem dessa invocação mariana teria aparecido em uma pequenina gruta. Citando Soares (1991), Poel (2013, p.703) nos conta o seguinte sobre essa imagem: Irmão Caetano, da terceira ordem de São Francisco, que acompanhava um grupo de garimpeiros, recebeu de sua mãe, ao sair de Portugal para o Novo Mundo, uma imagem de Nossa Senhora da Lapa de Lamego, venerada desde o século XV. Viajando de Minas Novas (MG) ao rio São Domingos em busca de ouro em 1872, colocou a imagem numa loca à beira do córrego e lá rezava diariamente o terço. Quando resolveu sair de lá, deixou a imagem para a devoção do povo que faz festa com romarias até hoje. Vale dizer, de acordo com Megale (2001, p. 251) que a imagem de Nossa Senhora da 474 Lapa é representada geralmente de pé sobrenuvens cercada de resplendor e de mãos postas, usando uma coroareal e,às vezes, sobre ela, aparece a pomba do Espírito Santo. Ressalta-se ainda que, em algumas imagens, Maria tem o Menino Jesus sobre o braço esquerdo. (12) NOSSA SENHORA DA PAZ ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Paz (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A devoção a Nossa Senhora da Pazdata do século XI e tem origem na Espanha, em Toledo, antiga colônia romana e posteriormentecapital da Espanha visigótica. Conquistada pelos mouros, esta cidade espanhola foi mais tarde recuperada pelo rei de Castela Afonso I em difícil renhida batalha, em que os espanhóis contaram com a ajuda 475 da Virgem Maria para que a paz fosse restabelecida. Toledo, evangelizada no início da era cristã, foi um dos maiores centros religiosos da antiga Espanha e possuía uma celebre catedral dedicada à Virgem Maria, muito venerada pelo povo, pois, segundo a tradição, ali a Mãe Santíssima havia aparecido diversas vezes ao arcebispo Santo Ildefonso. Apos a conquista muçulmana, este templo foi transformando em mesquita. Quando Afonso VI retomou a cidadela, os cristãos viram com grande mágoa que no tratado de paz entre mouros e cristãos, jurado pelos doissoberanos, a antiga igreja continuava em poder dos islamitas.Tendo D. Afonso partido pouco depois para Castela e deixado emToledo sua esposa, a rainha D. Constança e o arcebispo D. Bernardo, ambos, inconformados com as normas do tratado, resolveram assaltar a velha catedral à noite, com homens armados e assim facilmente se apoderaram dela.Ao saber do ocorrido, o rei, furioso pelo desrespeito ao seu juramento, dirigiu-se à cidade resolvido a castigar severamente os autores daquela afronta. Enquanto os mouros exultavam com a notícia da punição anunciada pelo monarca, os cristaos, cheios de tristeza, saíram pelas ruas em procissão, vestidos de luto, e foram ao encontro do soberano, pedindo à Virgem Maria que lhe abrandasseo coração.Nesse ínterim, os mouros, que a princípio antegozavam o castigo de seus rivais, começaram a recear que a população indignada voltasse contra eles e então apresentaram-se ao rei suplicaram-Ihe que perdoasse a rainha e o arcebispo, concordando em deixar o templo em poder dos adeptos de Cristo.Atendeu o soberano com prazer ao pedido dos infiéis, transformando-se a sua ira em benevolência e sua tristeza em alegria.Aprocissão entrou triunfante na cidade e dirigindo-se à catedral rendeu graças à Virgem Maria por haver trazido a paz a Toledo. A fim de perpetuar esta graça tão singular, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Paz. (ADUCCI, 1960 apud MEGALE, 2001, p. 369) Apesar de a invocação da Senhora da Paz ser tão antiga, asigrejas brasileiras a ela dedicadas são bem modernas. As mais conhecidas–doRio de Janeiro e de São Paulo – foramconstruídasno século passado, sendo a paróquia de Ipanema edificada após a PrimeiraGrande Guerra e a da rua Glicério, durante a segunda. Em São Paulo, a ideia de um templo dedicado a Nossa Senhorada Paz partiu da colônia italiana, que desejava contribuir paraa construção de uma igreja na terra generosa que os acolhera como verdadeiros filhos. Esta idéia foi adotada pelos missionários carmelistas, os quais iniciaram em 1941 a construção do templomais original de São Paulo. (ARROYO, 1964 apud MEGALE, 2001, p.369) Contemporaneidade, para impedir catástrofes mundiais, a Igreja tem feitoreiterados pedidos em favor da concórdia universal e tem recorridoà Virgem Maria, Rainha da Paz. Essa invocação de Santa Maria é representada, iconograficamente, de pé, com o Menino Deus no braço esquerdo,segurandocom a mão direita um ramo de oliveira, símboloda paz. Jesus tem na mão direita um globo terrestre e,na esquerda, outro ramo de oliveira. 476 (13) NOSSA SENHORA DA PENHA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 5 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - 1 - - - - 2 - 3 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Penha (5) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] Senhora da Penha (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Segundo Poel (2013, p. 704), a devoção a Nossa Senhora da Penha começou em 1434 e chegou até o Brasil através da Espanha e de Portugal. Existia no norte da Espanha uma serra muito alta e íngreme chamada Penha de França, na qual o rei Carlos Magno teria lutado contra os mouros, desbaratando-os. Por volta de 1434, certo monge francês sonhou com uma imagem de Nossa Senhora que lhe apareceu no topo de escarpada montanha, cercada de luz e acenando para que ele fosse procurá-la. Simão Vela, assim se chamava o monge, durante cinco anos andou procurando a mencionada serra, até que um dia teve indicação de sua localização e para lá se dirigiu. Após três dias de intensa caminhada e escalando penhas íngremes, o monge parou para descansar, quando viu sentada perto dele uma formosa senhora com o filho ao colo que lhe indicou o lugar onde encontraria o que procurava. Auxiliado por alguns pastores da região, conseguiu achar a imagem que avistara em sonho. Construiu Simão Vela uma tosca ermida nesse local, que logo se tornou célebre pelo grande número de milagres alcançados por intermédio da 477 Senhora da Penha, e mais tarde ali foi construído um dos mais ricos e grandiosos santuários da cristandade. (MEGALE, 2001, p. 374) Em Portugal, esse culto tem início depois da batalha de Alcácer-Quibir, em que o rei D. Sebastiãoperdeu a vida e muitos portugueses ficaram presos. Dentre aqueles que conseguiramescapar da escravidão muçulmana, encontrava-se um escultorchamado Antônio Simões, que, no auge do sofrimento,prometeu à Virgem Santíssima fazer-lhe sete imagens de diferentes invocações se Ela oconduzisse novamente à sua Pátria.Fiel ao seu voto, logo esculpiu seis figuras diferentes, mas, ao chegar, à última escultura ficou sem saber qual título deveria entalhar. Foi, nesse momento, aconselhadopor um padre jesuíta a fazer a imagem de Nossa Senhora daPenha, cujos milagres eram muito comentados em Castela. Aceitou, pois a sugestão e,algum tempo depois,resolveu edificar-lheuma igreja em local próximo a Lisboa, que mais tarde se tornou conhecido como Penha de França. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.195-196) Assim, o culto a essa invocação mariana inicia na nação portuguesa, sendo difundido rapidamente, depois que, a exemplo da Espanha que se livra de uma peste que assola o país graças à intervenção de Nossa Senhora da Penha,o Senador da Câmara de Lisboa promete à Virgem da Penha construir-lhe um grandioso templo, se Ela livrasse a cidade damoléstia. Tendo, pois, a epidemia acabado quase subitamente, a Câmaramandou edificar magnífico santuário naquele local, que passou a atrair milhares de peregrinos e em certaocasião um devoto, tendo subido ao alto da penedia, vencido pelocansaço adormeceu. Uma grande cobra aproximou-se para picá-loquando um enorme lagarto saltou sobre ele despertando-o atempo de matar a serpente com o seu bastão. Essa é a razão pelaqual a imagem de Nossa Senhora da Penha tem aos pés um peregrino,a cobra e o lagarto. (MEGALE, 2001, p. 375) Como uma herança portuguesa, assim como quase todos os títulos da Virgem Maria registrados em território brasileiro no período colonial, o culto de Nossa Senhora da Penha se manifesta no Brasil pelos diversos templos religiosos que foram erguidos sob essa invocação. Dentre os quais, merece destaque a Matriz da Penha, que, cercada de alpendres como as maisantigas igrejas do Brasil,já existia em 1667, na cidade de São Paulo, de que a santa também é a padroeira. No Rio de Janeiro, a ermida da Penha, foi fundada no iníciodo século XVII pelo capitão- 478 mor Baltasar Cardoso, senhor de umengenho de açúcar naquela localidade, tendo sido substituídapelo atual templo construído no século XIX, que se avista de todoo litoral da Guanabara. NoEspírito Santo, o culto a Nossa Senhora da Penha é ainda mais antigo que a da ermida paulista, visto que a Igreja da Penha de Vitória, inaugurada em 1570 é uma das mais famosas e lendárias do país. De acordo com Lima Júnior (2008, p.198), no início do século XVIII, foi construída nas Minas Gerais, uma bela ermida de Nossa Senhora da Penha de Caeté, que deu nome à atual cidade de Caeté. Nessa ermida está uma bela imagem de dois palmos vinda de Portugal. Acrescenta o autor que em outras localidades mineiras, como o antigo arraial de Lage, hoje cidade de Resende Costa, e Itamarandiba, no norte de Minas, encontra-se “a invocação que nasceu do sonho de Simão Vella e foi realizado em Portugal com a promessa do escultor Simões”. (14) NOSSA SENHORA DA PIEDADE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - - - - - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Piedade (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] 479 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Iconograficamente, Nossa Senhora da Piedade é representada sozinha, com o Filho morto nos braços, após o suplício do Calvário. É, pois, um tema bastante comum na arte cristã, aparecendo em diversos mosaicos bizantinos e nas pinturas do gótico tardio, quando o humanismo tomou conta da arte religiosa. O drama da Paixão de Cristo inspirou também os artistas do Renascimento, principalmente Miguel Ângelo Buonarotti, que esculpiu quatro “Pietàs”.Em Portugal,amais antiga imagem da Senhora da Piedade era pintada em madeira e se encontrava em uma das capelas do claustro da Sé de Lisboa. Pertencia a uma irmandade cuja principal função era enterrar os mortos, visitar os presos e acompanhar os criminosos ao patíbulo. (LIMA JÚNIOR, 2008, p. 165) Segundo a tradição cristã, o título de Senhora da Piedadeatribuído à Santa Maria tem origem, no início do século XII, na adeia portuguesa de Merceana, quando uma imagem da Virgem é encontrada no tronco de uma árvore, conforme Megale (2001, p. 169) nos relata: Contam que, certo dia, um lavrador começou a notar que um dos bois de sua manada, a que chamavam Messano, lhe desaparecia diariamente à mesma hora, voltando pouco depois. Seguiram o boi e verificaram dirigir-se o animal a uma carvalheira, debaixo da qual se ajoelhava, olhando para um dos galhos. Encontraram então uma pequena efígie gótica da Senhora da Piedade, que mais tarde foi colocada numa capela construída naquele sítio. Pelo seu cunho sentimental tão grato à natureza humana, a devoção a Senhora da Piedade ganhou uma grande extensão não só em Portugal, como no Brasil, pois, além das 73 igrejas que a tomaram por Padroeira, encontram-se imagens da Virgem Dolorosa em quase todos os antigos templos, espalhados no território brasileiro. Dentre os estados brasileiros onde essa invocação mariana é celebrada, citam-se, a título de ilustração, Amapá, Alagoas, São Paulo e, especialmente, Minas Gerais, em que essa devoção se espalhou largamente por todo o seu território. 480 Acredita-se, de acordo com Lima Júnior (2008, p.168) que o culto à Senhora da Piedade tenha chegado a Minas Gerais, através dos bandeirantes, já que esse também era o título da Virgem padroeira de Guaratinguetá/SP, passagem obrigatória nos tempos coloniais para osviajantesque transitavam entre Rio de Janeiro e São Paulo, e cujo porto era muito frequentado pelos aventureiros que subiam a serraMantiqueira à procura dos veios auríferos nas Minas Gerais. Nessa província, muitos foram os arraiais fundados em torno de ermidas e capelas erigidas sob essa invocação, como o de Nossa Senhora da Piedade de Campolide, atual cidade de Barbacena. De acordo com o autor mencionado, “Campolide é uma Casa da Companhia de Jesus, em Lisboa, em cuja igreja se encontra uma belíssima imagem da Senhora da Piedade. Uma reprodução dessa imagem, trazida por imigrante de Lisboa ou talvez padre jesuíta, terá dado nascimento à tradicional devoção”. Além de Campolide, Lima Júnior enumera outras antigasfreguesias com essa invocação existentes à época da Proclamação da República, quais sejam: Piedade do Paraopeba, Piedade de Minas Novas, Piedades dos Gerais, Piedade da Boa Esperança, Piedade do Bagre (Curvelo), Piedade do Pará e Piedade do Pitangui. Considerando ainda ermidas e fazendas, especialmente na região oeste de Minas, nas margens históricas do caminho de São Paulo, há inúmeras outras sedes de intenso culto à Senhora da Piedade. (LIMA JUNIOR, 2008, p.171) Vale dizer ainda, que, ao se espalhar estado mineiro, essa devoçãolocalizou-se principalmente na Serra da Piedade, nas proximidades de Sabará e de Caeté. Segundo a tradição, esse santuário,situado no alto da montanha,prende-se às perseguições que o Marquês de Pombal moveu contra os jesuítas e várias famílias nobres da corte portuguesa. Entre os fugitivos da vingança do ministro de D. José I encontrava-se o arquiteto Antônio da Silva Bracarena, que prometera à Virgem Santíssima construir-lhe uma igreja, assim que ficasse livre. Tendo se refugiado na Vila Nova da Rainha, (hoje Caeté), resolveu erigir um templo no alto da serra que ele avistara rodeada de nuvens. Sua decisão tornou-se mais forte quando soube de um estranho fato acontecido naquele local, alguns anos antes. Uma menina, muda de nascença, avistou por várias vezes no alto da montanha, aureolada de luz, a Virgem Maria trazendo nos braços o seu Divino Filho morto, e após estas visões principiou a falar corretamente. Bracarena iniciou então a edificação da igreja e mandou vir da cidade do Porto uma imagem de Nossa Senhora da Piedade, de tamanho natural, reprodução em madeira da célebre Pietà de Miguel Ângelo. Esta efígie se encontra ainda hoje no altar- mor da igreja serrana e a ela são atribuídos vários milagres, que atraem todos os anos milhares de peregrinos. A construção desta capela foi muito 481 demorada, tendo terminado somente em 1770, com o auxílio do povo, e desde então a serra passou a ser denominada Serra da Piedade. Após a morte de Bracarena, que foi sepultado no adro do templo, debaixo do altar da Virgem, vários ermitões o sucederam, continuando a zelar pela Senhora. Apesar disto, a igreja chegou a ameaçar ruir, mas, devido à intercessão do cardeal D. Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional resolveu restaurar a tradicional capela, que foi entregue aos cuidados dos padres dominicanos. Por iniciativa desses religiosos foi iniciada a construção da Casa dos Romeiros a fim de abrigar melhor o grande número de fiéis que anualmente sobem a montanha para renderem homenagem à Virgem Santíssima. (MEGALE, 2001, p. 386) Dentre as homenagens prestadas pelos mineiros a Nossa Senhora da Piedade, a maior delas éa sua Consagração oficial como Padroeira do Estado, ocorrida a 31 de julho de 1960, na Praça da Liberdade em Belo Horizonte, com a presença do Governador de Minas e autoridades civis, militares e religiosas. Ressalta-se que, por bula do papa João XXIII, a Virgem da Piedade já havia sido proclamada protetora das Alterosas desde 1958. (15) NOSSA SENHORA DA SALETE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Salete (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] 482 DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS O título de Nossa Senhora da Salete, como outros vários, tem origem na aparição da Virgem Maria e data de 19 de setembro de 1846. Na montanha de Salete, no município de Isere, no sul da França, Nossa Senhora, sentada numa pedra e chorando, aparece a Maximino e Melânia, dois pequenos pastores, pedindo-lhes oração pela conversão da humanidade. Os jovens pastores ficaram assustados, mas a bela Senhora, corno eles diziam, acalmou-os e disse-lhes para não terem medo, pois Ela iria anuncíar-lhes urna grande nova. Tranqüilizados por aquela voz doce e maternal, Maximino e Melânia correram para junto dela. A senhora trazia na cabeça um rico diadema e no peito um crucifixo e chorava sentida e enquanto lhes falava que “o braço de seu Filho estava muito pesado por causa do pecado dos homens e Ela não mais conseguia segurá-lo, vendo-se forçada a deixá-lo cair”. Em seguida prenunciou dias amargos para a França e para a humanidade. Pediu às crianças para rezarem bastante, nem que fosse um Pai-Nosso e uma Ave- Maria. Após confiar um segredo a cada um dos pastorzinhos, afirmou que somente a conversão dos homens poderia evitar as desgraças que os ameaçavam. A Santíssima Virgem terminou o seu discurso com estas palavras: - “Pois bem, meus filhos, haveis de comunicar isto a todo o povo”. A Mãe de Deus dirigiu-se então para o planalto, onde os meninos haviam avistado o gado; seus pés mal roçavam a relva. Encantados, os felizes videntes correram atrás dela, alcançando-a no alto da elevação. Melânia colocou-se à sua frente e Maximino à sua direita. Depois de ter ficado alguns instantes suspensa entre o céu e a terra, Ela ergueu os olhos para cima e foi desaparecendo lentamente. Maximino apressou-se então a juntar umas flores, que a Bela Senhora tinha sob os pés, mas elas sumiram repentinamente. (MEGALE, 2001, p.439-441) Depois desse episódio,começaram as romarias aolocal da aparição, cuja veracidade foi comprovada por inúmerosmilagres.Para propagar a mensagem transmitida pela Virgem Maria,assim como a devoção a Nossa Senhora, o bispo de Grenoble, a cuja diocese pertencia o sítio daSalete, a 1ºde maio de 1852 fundou uma Congregação de Missionários. Além disso, foi iniciada a construçãodo santuário, que ficou pronto em 1879, e em queaté hoje inúmerosperegrinos vão se ajoelhar perante a imagem da VirgemSantíssima, representada como apareceu aos jovens pastores, vestidacom roupas de camponesa, sentada e chorando, com o rosto entre as mãos. No Brasil,o culto de Nossa Senhora da Salete é bem recente. O seu principal santuário construído em sua honra é o de Marcelino Ramos, na diocese de Passo Fundo, 483 RioGrande do Sul. Devido à perseguição religiosa na França, em1902, os missionários da Congregação de Nossa Senhora da Saletese instalaram naquela cidade gaúcha, onde fundaram um semináriomenor e lançaram a pedra fundamental da matriz, em 1947.Outras igrejas a ela dedicadas estão em Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. (16) NOSSA SENHORA DA SAÚDE ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 - - - 1 - 2 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora da Saúde (4) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - 484 Séc. XIX – 1ª metade:1 ocorrência Nossa Senhora da Saúde (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Lima Júnior (2008, p. 255-257), a invocação de Nossa Senhora da Saúdeteve início, em Portugal, na época da Grande Peste,que assolou a cidade de Lisboa em meados do século XVI, mas especificamente, noverão de 1569,quando o contágio chegou ao máximo. Tendo o rei D. Sebastião feito todos os esforçospara erradicar o mal, chegando até a pedir médicos à Espanha, ao ver que os auxílios humanos falhavam, o povo recorreu à Mãe deDeus organizando procissões depenitência em honra de Nossa Senhora e se comprometendo aprestar-lhe um culto público se, por sua intercessão,obtivesse o termo do flagelo. Em 1570, tendo diminuído o mortícinio, foi escolhido o dia 20 de abril para agradecer à Mãe de Misericórdiapor tão grande benefício. Organizou-se festiva procissão, que levavaem rico andor a imagem da Virgem Maria encomendada especialmentepara a ocasião e à qual deram o nome de NossaSenhora da Saúde. Citando Frei Agostinho de Santa Maria, o autormencionado justifica esse título da seguinte forma: A Medicina de todas as enfermidades foi sempre Maria Senhora nossa; ela é a saúde de todos os nossos males e chagas incuráveis. (...) E assim estão obrigados os homens, a entender, tanto que caírem enfermos, que têm a morte à porta, ou que estão às portas da morte, e que lhe importa muito obrigar aquela Senhora que é Senhora da vida e da saúde e tem poder sobre a morte; e o melhor caminho por onde a podem obrigar para lhes alcançar saúde em suas enfermidades é o de obrigarem a Deus com a santidade das vidas. Com este saudável título é invocada a milagrosa imagem da Senhora da Saúde. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.255-256) Além de Portugal, vários países dedicaram templosàVirgem da Saúde, tendotido o México a primazia desta invocação que remonta aos primeirostempos da conquista espanhola, e cuja milagrosa imagemfoi esculpida em 1538. (POEL, 2013, p.705) A Itália, conforme Megale (2001, p. 449), também venera a Virgem da Saúde, tendo-lhe concedidoesse título em agradecimento à intercessão de Maria por livrarVeneza de peste que a atingiu em 1630. A bela cidade dosDoges construiu então um magnífico templo 485 dedicado à “Madonna della Salute”, considerado uma das obras-primas do estilobarroco peninsular. No Brasil, essa invocação, como outras muitas, vem da nação portuguesa, localizando-se em Salvador, no Rio de Janeiro e em algumascidades de Minas Gerais como Dom Silvério e Lagoa Santa, na Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte, Poços de Caldas, no Sul do Estado, e, Perdigão, na região Oeste. (17) NOSSA SENHORA DAS CINZAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Senhora das Cinzas (1) – NCf [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações sobre a existência dessa invocação de Nossa Senhora. Talvez seja mais uma, entre tantas, das invocações marianas de origem popular. 486 (18) NOSSA SENHORA DAS CANDEIAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Não consta do Banco de Dado do Projeto ATEMIG DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência Snra. das Candeyas (1) – NCf [Ssing + {Prep + Apl + Spl }] Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A origem da devoção a Nossa Senhora das Candeiastambém chamada da Candelária ou da Purificaçãoestá na festa de apresentação de Jesus ao Templo e da Purificação da Virgem Maria, quarenta dias depois do seu nascimento do Menino, sendo, portanto, celebrada no dia 2 de fevereiro. De acordo Poel (2013, p.706), desde o século V, o trajeto de Maria ao templo era comemorado com uma procissão que se originou de antigo costume dos romanos em honra da deusa Ceresem que os acompanhantes levavam nas mãos velas acesas. Essa festividade dos luzeiros ficou conhecida como “das Candeias”. Em Portugal, a festa das Candeias ou da Purificação já era celebrada no século XIII e de lá veio para o Brasil, onde, na festa da Mãe de Deus das Candeias, “faz-se solene bênção das velas usadas para pedir proteção de Deus contra vendaval e chuva forte” 487 (op. cit). Inúmeras são as igrejas dedicadas a essa invocação mariana, em território brasileiro,as terras brasileiras, merecendo destaque as da Bahia. Dentre as quais, citam- se a encontrada em Candeias, no Recôncavo Baiano, que é lugar tradicional de romaria; a de Acajutiba, de onde é padroeira, há novena, missa festiva e procissão. Na capital baiana, a Virgem das Candeias tem um belíssimo templo do século XVI. O culto a essa invocação mariana é muito desenvolvido na Bahia devido a sua sincretização com Oxum, um dos Orixás femininos das religiões afro- brasileiras.(MEGALE, 2001, p.124). De acordo com Lima Júnior (2008, p.276), em Minas Gerais, além da localidade Senhora das Candeias, atualmente o município de Candeias, no Oeste de Minas, tem essa invocação uma imagem e altar no arraial de São Bartolomeu, que hoje é distrito de Ouro Preto. (19) NOSSA SENHORA DAS CORRENTES ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Não consta do Banco de Dado do Projeto ATEMIG DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade:- Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência N. Sra. das Correntes (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl}] 488 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Poel (2013, p. 703), há, na cidade alagoana de Penedo a Igreja de Nossa Senhora da Corrente, cuja construção começou no ano de 1764 e demorou cerca de 130 anos. Segundo a tradição local, escravos fugidos mantiveram-se escondidos dentro de um dos altares laterais da igreja por muito tempo. A respeito da origem dessa invocação, conta-se que um condenado à morte fez o voto de, se escapasseda forca, ergueria uma capela em louvor da Mãe de Deus e colocariaos grilhões da prisão sobre o altar da Virgem. Pouco depois,talvez por intercessão da Mãe Celestial, foi absolvido e solto. Emagradecimento, cumpriu sua promessa e ergueu, junto ao rio São Francisco, em honra de sua Salvadora, uma pequena capela, quemais tarde cedeu lugar à artística igreja, tombada atualmente peloServiço do patrimônio Histórico e Artístico Nacional como umdos mais belos monumentos do Estado de Alagoas. (MEGALE, 2001, p.175) Assim, nessa capela há uma imagem de Nossa Senhora de pé, com o Menino Jesus nu, sentado em seu braço esquerdo, usando túnica enfeitada de desenhos dourados e tem na cabeça um véu curto, caindo sobre os ombros. A Virgem segura com a mão direita uma corrente de ouro e sob seus pés, entre nuvens, aparecem três cabeças de anjos. (20) NOSSA SENHORA DAS DORES ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 489 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - - - - - 1 - - 1 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora das Dores (3) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl}] Senhora das Dores (3) – NCf [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc. XIX – 1ª metade: 1 ocorrência Sra dasDores(1) – NCf [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Conforme Lima Júnior (2008, p. 128), desde remotos tempos, muitas fervorosas devoções se dirigiram às dores de Maria, criando-se imagens históricas de seus sofrimentos. Contudo, somente nos começos do século XVIII, a invocação de “Dores” começou a ter culto singular, sendo de notar, segundo o autor, que antes eram muito raras as invocações de Nossa Senhora das Dores, em contraste com as demais que lhe relembram os sofrimentos de Mãe, como “da Piedade e “de Soledade”, por exemplo. Iconograficamente,Nossa Senhora das Dores é representada de pé, com a fisionomia 490 angustiada, vestidageralmente de roxo e envolvida por um manto que lhe cobrea cabeça e vai até os pés. Tem o peito atravessado por uma espadaou sete punhais, uma das mãos apertando o coração e a outra estendidaem sinal de desolação. Quando apresenta sete punhaiscravados em seu corpo, quatro estão do lado direito e três do lado esquerdo(às vezes é ao contrário). Aparece também com um lenço derenda na mão, porém nesses casos é uma adaptação da Senhoradas Angústias ao orago de "das Dores", mais recente. (MEGALE, 2001, p. 194) Para homenageara Virgem das Dores a Igreja celebrava duas festas até a reforma litúrgica determinada pelo Concílio VaticanoII:i) a primeira, na sexta-feira da semana que chamavam"da Paixão", antes do Domingo de Ramos, e ii) a outra no dia 15 desetembro. Na semana da Paixão, homenageava-se a fortaleza e apaciência com que a Santíssima Virgem suportou os sofrimentosde seu Divino Filho, ocasião em que seu coração de Mãe foi trespassadopor uma espada de dor, conforme profetizara o velho Simeão. Na celebração de 15 de setembro, que éhoje a única existente na liturgia romana, comemorava-se todosos seus sofrimentos, especialmente as sete dores principais que a Santa Maria teve durante a vida, paixão e morte de Jesus. De Portugal, onde foi divulgada pelos padres da Congregaçãodo Oratório, o culto da Virgem Dolorosa passou para o Brasil,localizando-se primeiramente em Vila Rica de Ouro Preto. Ali, apartir de 1770 até bem pouco tempo, realizava-se e realiza-se nos dias atuais uma das maisbelas tradições religiosas de Minas Gerais, o Setenário das Dores, isto é, durante sete sextas-feiras, a começar da sexta-feira antes doCarnaval, até a Semana da Paixão, celebram-se as dores deMaria. Segundo Megale (2001, p. 193), adevoção a Nossa Senhora das Dores sempre foi muito grandeem todo o Brasil. Prova disso é o fato de existir, em território brasileiro, cerca de 116 paróquias a Eladedicadas. Ressalta-se que o lugarem que essa invocação mariana foi em Porto Alegre. Sua igreja, situada na antiga rua da Praia, levou anos para serconstruída, porque, segundo uma lenda contada ainda hoje nacapital gaúcha, um inocente, ao ser enforcado, rogou praga de queas torres haveriam de cair três vezes antes de concluído o templo.Hoje em dia a igreja de Nossa Senhora das Dores, adornadacom duas majestosas 491 torres, é uma das mais conhecidas da capitalgaúcha, pois está situada na rua dos Andradas, bem no centro dabela cidade de Porto Alegre. (MEGALE, 2001, p.102) (21) NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 27 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 26 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 2 2 1 - 1 - 2 3 1 7 8 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora das Graças (26) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl}] Virgem das Graças (1) – NCf [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Segundo Megale (2001, p. 225), Deus quis associar-se a Maria em todos os benefícios que concede aos homens, fazendo de sua Mãe a Medianeira de todas asGraças. Sua primeira missão foi a de nos dar o Salvador e por Elea salvação das almas. Daí surgiu o culto de Nossa Senhora Medianeira, que, segundoantiga tradição, teve origem em Veneza, durante a grande epidemiade 1630. Semelhante a essa devoção é a de Nossa Senhora das Graças, cujo nome deriva dos 492 incontáveis milagres que atestam apoderosa intercessão da Virgem Maria em favor de seus devotos. Inicialmente, divulgada através da medalha milagrosa, o culto a essa invocação mariana data de 1830, quando a Virgem Maria apareceu duas vezes, em Paris, à irmã noviça Catharina Labouré, da congegação das filhas da caridade de São Vicente. Na noite de 18 para 19 de julho, falou da difícil missão da irmã Labouré e, no dia 27 de novembro, apareceu de branco suplicando as graças de Deus sobre o mundo e mostrando a medalha que devia ser feita: Maria, de pé sobre a esfera do mundo, pisando uma cobra. Saem raios das mãos abertas e, em oval ao redor da Virgem, estão as palavras “Oh Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. No reverso da medalha aparece a letra ‘M’ encimada por uma cruz e tendo embaixo dois corações, de Jesus e Maria: o primeiro, coroado de espinhos, e o outro, traspassado com com uma espada. O conjunto é rodeado por 12 estrelas. O nome original da medalha, cunhada em 1832, era “Medalha da Imaculada Conceição de Maria”. Só entre 1832- 1836, foram espalhadas pelo mundo 10 milhões destas medalhas, produzidas por 16 fabricantes em Paris e Lyon. (KNIPPENBERG, 1980, p. 35-38 apud POEL, 2013, p.624) Com setenta e um anos deidade, Catarina Labouré faleceu em 1876 e seu enterro foi seguido por uma multidão de devotos ecrianças pobres, que acompanharam a religiosa até sua últimamorada. Em 1933, foi beatificada como aquela que havia propiciado a possibilidade de conhecer que Maria Imaculada é aMedianeira de todas as Graças e fazendo com que a devoção àNossa Senhora das Graçasse espalhasse por todo o mundo, sobretudo, através de medalhas e de imagens em que a Virgem aparece da forma como se mostrou à religiosa. Celebrada em 27 de novembro pela Igreja, no Brasil, existem cerca de 143 paróquias a ela consagradas e mais cinco sobo orago de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. Em Minas Gerais, por exemplo, esse título de Nossa Senhora é muito conhecido, pois, além ser padroeira de alguns municípios, como Catas Altas de Noruega, Monte Azul e Urucânia, a imagem da Virgem das Graças está presente em quase todos os templos religiosos do Estado. (22) NOSSA SENHORA DAS MERCÊS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Acidentes físicos: - 493 Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - - - - - 2 - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora das Mercês (3) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência Nossa Senhora das Mercês dos Crioulos (3) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl (Prep + Apl + Spl)}] Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Segundo Poel (2013, p.707), a devoção a Nossa Senhora, como o título de Mercês (ou Mercedes em espanhol), começou na Espanha, no século XIII, quando “a mãe de Jesus apareceu em sonhos a São Pedro Nolasco e São Raimundo Penaforte. Pediu que fundassem uma ordem religiosa para libertar os cristãos escravizados pelos mouros.” Fundou-se, então,a Ordem Real e Militar de Nossa Senhora dasMercês da Redenção dos 494 Cativos. Além dos votos de pobreza,obediência e castidade, seus membros faziam o de tornar-se escravos, se fossenecessário, para salvar os prisioneiros.SãoPedro Nolasco foi o primeiro Comandante Geral da Milícia, e aele, em pouco tempo, juntaram-se muitos cavaleiros da Espanha.A Ordem de Nossa Senhora das Mercês, após a aprovação do papa, espalhou-se pela Europa. Quando Cristóvão Colombodescobriu a América, despertou a atenção dos Mercedáriospara o enorme campo de atividades que se lhes deparava no NovoMundo. A Milícia de São Pedro Nolasco logo aceitou o encargode catequizar o selvagem americano do Mundo Espanhol. (MEGALE, 2001, p. 308) Em Portugal, o primeiro altar dessa invocação foi em Merceana, no Conselho de Alenquer, Província da Extremadura. Muito difundida pelos frades da Congregação da Santíssima Trindade, a invocação de Nossa Senhora das Mercês se espalhou, sobretudo, porque fora designada padroeira dos que ficavam cativos dos mouros na África, para onde eram levados marinheiros cristãos e mercadores que caíam em poder dos piratas do Mediterrâneo. Desse modo, o culto popular à Virgem Maria sob o título de Mercês desenvolveu-se rapidamente em Santarém, passando, então, para Lisboa, onde, além das imagens do Convento Trino, formou-se uma paróquia da Senhora das Mercês. Eram muito grande as atividades dos seus devotos e a eles devem-se milhares de resgates de cativos da África, dado que, além das incursões dos seus piratas, tinham os mouros os prisioneiros que faziam entre os soldados das guarnições portuguesas, das fortalezas que lá mantinham. Foram sem os dúvida frades da Congregação da Santíssima Trindade e Redenção dos Cativos os disseminadores pelo Brasil da invocação de Nossa Senhora das Mercês.(LIMA JÚNIOR, 2008, p.117) Os primeirosmilicianos estabelecidos no Brasil vieram de Quito comPedro Teixeira 1639, quando o país ainda se achava sobo domínio da Espanha, e se localizaram em Belém do Pará. Com a Restauração de Portugal, os governantes de Lisboasuspeitaram dos Mercedários, mas a Câmara e o povo fizeram requerimentospedindo a sua permanência naquela cidade, devidoà grande obra social e de catequese que estavam empreendendo. Inicialmente, construíram uma pequena capela anexa ao convento,mas no século XVIII edificaram o seu templodefinitivo, o único da cidade que possui a frontaria em perfil convexo. Além disso, seus púlpitos em estilo rococó e as talhas magníficas de 495 seusfrontões fazem desta igreja um dos mais bonitos monumentosreligiosos da capital do Norte Brasileiro. (MEGALE, 2001, p. 308) Foi também no século XVIII queaIrmandade de Nossa Senhora das Mercês se estabeleceu em Ouro Preto, com o intuito de libertar os escravospretos e crioulos que trabalhavam nas minas. Foi na novel capitania de Minas que começaram e mais floresceram as Confrarias de Nossa Senhora das Mercês. No Brasil, eram os negros cativos, e, entre eles, essa denominação de Nossa Senhora se tornou particularmente grata aos seus corações porque lhes dava esperanças às suas necessidades de liberdade. Enquanto as Irmandades do Rosário se empregavam mais ao culto consolador de sua padroeira, as Irmandades de Nossa Senhora das Mercês ganharam logo uma feição de utilidade, de assistência e proteção. Ao mesmo tempo em que os negros se dedicavam a Senhora das Mercês para obterem as liberdades nesta vida, os brancos e mulatos que já possuíam a liberdade física se juntavam a esse culto, fazendo da padroeira de libertação dos cativos a medianeira para o resgate das almas do purgatório, elas também cativas do sofrimento.(...) Tinham os pretos escravos que faziam parte das Irmandades do Rosário e das Mercês de Lisboa o privilégio de se resgatarem, desde que fossem alguns de seus membros vendidos para fora do território metropolitano. Lutaram muito os nossos, por obter tal regalia e nessas tentativas passaram quase todo o século XVIII, atravessaram o dezenove e o Império, e, somente às vésperas da proclamação da República, pode a Princesa Izabel dar-lhes aquilo que era de direito e que criminosamente se lhes negava. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.117- 119) Ressalta-se que, apesar de juntarem, nessas associações religiosas, pessoas com interesses em comum, não se sabe por qual motivo, a Irmandade das Mercês de dividiu ficando uma parte com a risonha igrejinha que é a Mercêsde Cima, enquanto a outra estabeleceu-se na ermida do BomJesus dos Perdões, denominada atualmente Mercês de Baixo. A luta entre as duas facções durou perto de cem anos, acreditando-se que a política imperial tenha influído na contenda, poisos conservadores eram filiados à Mercês de Baixo, enquanto osliberais somente se inscreviam na Mercês de Cima. (MOURÃO, 1964 apud MEGALE, 2001, p. 309) Desenvolvendo-se mais entre ospardos cativos, o culto da Virgem das Mercês se espalhou principalmente nas vilasdo ouro como Diamantina, São João del Rei, Mariana, Sabará, Serro Frio e Pitangui, etc., onde são encontrados vários templos a ela dedicados e belas imagens dessa invocação mariana, que, geralmente, é representada pelaVirgemde pé, vestida de uma túnica presa à cintura por um cinto esobre ela um escapulário com as armas da ordem. Maria aparece, pois, de véu curto ou com os 496 cabelos longos caídos sobre os ombros. (23) NOSSA SENHORA DAS VALIAS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 2 - - - - - - - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora das Valias (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações sobre a existência dessa invocação de Nossa Senhora. Talvez seja mais uma, entre tantas, das invocações marianas de origem popular. (24) NOSSA SENHORA DE FÁTIMA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 11 ocorrências Acidentes físicos: - 497 Acidentes humanos: 11 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - 1 1 1 - - - 3 5 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora de Fátima (11) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Antrop (Pren)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Nossa Senhora de Fátima ou Nossa Senhora do Rosário de Fátima é uma recente invocação da Virgem Maria, visto que data do ínicio do século XX, quando, em 1917, durante a primeira guerra mundial, aconteceu, na aldeia portuguesa de Fátima, a aparição de Maria a três pequenos pastores Francisco, Jacinta e Lúcia, sendo lhes recomendado que não deixassem de rezar o terço. As três crianças estavam guardando o seu rebanho, quando ouviram as ave- rnarias no sino de uma igreja próxima. Elas se ajoelharam e, conforme era hábito, rezaram, juntas, o rosário. Ao terminarem, resolveram construir uma casinha para abrigá-Ias nos dias de tempestade. De repente, um relâmpago rasgou o céu, sem que nenhuma nuvem toldasse o esplendor da tarde. Quando, amedrontadas, tentavam fugir, viram sobre os ramos de uma azinheira uma linda Senhora, mais resplandecente do que o sol. Ela lhes disse: "Não tenhais medo, eu não lhes farei mal". A bela Senhora tinha as mãos juntas ao peito, em atitude coração, e um rosário de pérolas brilhantes, com uma cruz de prata, pendia-lhe das mãos. A primeira a falar foiLúcia, que lhe perguntou: “De onde vens?” E a Senhora respondeu: “Venho do céu!” – “Do céu?” – “E para que veio aqui?”– “Venho para te pedir que voltesdurante seis meses consecutivos, no dia 13 de cada mês, a esta hora. Em outubro te direi quem sou e o que quero” (RAUEN, 1976).As aparições se repetiram durante cinco meses, sempre no dia 13 .A notícia propalou-se de talmodo que na última aparição, a de 13 de outubro, quando Maria Santíssima se revelou como sendo a Rainha do Rosário, aconteceu o famoso “milagre do sol”, presenciado por milhares de pessoas.Após este dia memorável, Nossa Senhora não mais se tornou visível na Cova da Iria, porém a sua presença ali é sentida através do ambiente de fé e milagres, que atrai milhares de devotos 498 de todo o mundo. Magnífico templo moderno foi construído juntoao local do prodígio, mostrando que o povo português quis homenageara Virgem Maria com uma casa digna dela. (MEGALE, 2011, p.78-79) Depois da última aparição de Maria, as crianças, recebendo pouco ou nenhum crédito das autoridades eclesiásticas, foramindagadas muitas vezes e somente depois de oito anos de estudos,em substancioso e bem documentado processo, a apariçãofoideclarada digna de crédito pelo bispo diocesano de Leiria,que autorizou oficialmente o culto a Nossa Senhora do Rosário de Fátima. As atas desse processo foram examinadas e aprovadaspeloPapa Pio XI, em 1931. Celebrada pelo Calendário Litúrgico a 13 de maio, iconograficamente, a Virgem de Fátima se apresenta de pé, vestida de branco, com o rosáriopendendo de suas mãos unidas sobre o peito, ou de seu pescoço, trazendo sobre sua cabeça um véu branco e a coroa real. Em algumas imagens, principalmente em pinturas e gravuras,aparecem a seus pésos três pastorinhosajoelhados. Quanto a esses pequenos pastores, vale dizer, conforme Megale (2011, p.79), que Francisco e Jacinta, após sofrerern terríveis e violentas perseguições, logo receberam no céu a recompensa de seus sofrimentos, enquanto Lúcia, a mais velha,a quem foram revelados importantes segredos, continuaria suavida de orações e sacrifícios no convento das carmelitas de Coimbra,rezando pela conversão dos pecadores até 13 de fevereirode 1996, quando faleceu com 95 anos de idade. Francisco e Jacintaforam beatificados em 2002 pelo Papa João Paulo II. Em suma, através da crianças, foi recomendado a todos os povos que rezassem o Rosário, para que a guerra que ensanguentava a Europa tivesse logo um fim. Além disso, em suas mensagens, a Senhora de Fátima anunciou a paz e felicidade de Portugal que, depois desse acontecimentosfoi se recuperando lentamente da desordem moral e decadência econômica em que se encontrava há várias décadas. O Brasil também foi atingido.pelas bênçãos da Virgem de Fátima,pois sua imagem peregrina atravessou o oceano, vinda de terras de Portugal, mas já conhecia este caminho pois de lá nos vieram as crenças que nos alimentaram a formação e sustentaram esta terra de Minas Gerais através das dificuldades de mais de dois séculos, durante os quais nos formamos como povo fiel a Deus e carinhoso com sua Mãe Santíssima. Por isso repudiamos os forasteiros e ficamos com Nossa Senhora. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.308) 499 Durante a viagem de Nossa Senhora de Fátima pelaterra brasileira, a imagem milagrosa percorreu também o Estadode Minas Gerais, filho dileto de Nossa Senhora do Rosário, cujosaltares foram semeados pelos escravos nos mais escondidos rincõesmineiros e terminou sua jornada em Poços de Caldas, deonde retomou diretamente ao santuário de Portugal. (MEGALE, 2001, p. 213) Assim, como uma espécie de renovação deNossa Senhora do Rosário, a devoção à Virgem de Fátimaé atualmente uma das invocaçõespreferidas pela população brasileira, visto que é venerada em cercade 215 igrejas. Além disso, sua imagem peregrina está sempre viajando pelointerior do país. (25) NOSSA SENHORA DE LAMIRADA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora de Lamirada (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos 500 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações sobre a existência dessa invocação de Nossa Senhora. Talvez seja mais uma, entre tantas, das invocações marianas de origem popular. (26) NOSSA SENHORA DE LOURDES ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: 1 ocorrência Acidentes humanos: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - 1 - - - - 1 2 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora de Lourdes (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Antrop (Pren)}] Nossa Senhora de Lurdes (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Antrop (Pren)}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A origem da devoção à Nossa Senhora de Lourdes situa-se, na França, na pequena cidade de Lourdes, onde Nossa Senhora, numa gruta às margens do rio Gave, apareceu por dezoito vezes a jovemBernadete Soubirous: Bernadete filha de um pobre moleiro da aldeia de Lourdes, nos Altos Pireneus, saíra acompanhada de sua irmã e outra menina. Passava defronte às 501 rochas de Massabielle, quando ouviu de repente um barulho corno se fora a rajada de um vento forte. Olhando para cima, viu na reentrância do rochedo urna senhora de grande beleza, circundada por deslumbrante resplendor. A visão estava de pé, trajando um vestido e um véu brancos corno a neve. Tinha na cintura urna faixa azul, os pés estavam ornados de rosas e segurava um rosário, cujas contas ia passando entre os dedos. A pequena camponesa, extasiada, caiu de joelhos, tirou o terço do bolso e começou a rezá-lo. Quando acabou a última Ave-Maria, a bela Senhora desapareceu. Esta primeira aparição deu-se a 11 de fevereiro de 1858 e foi seguida por mais dezessete. Da terceira em diante era cada vez maior o número de pessoas que iam contemplar o êxtase da humilde Bernadete, que se transformava, parecendo mais um anjo do céu. Durante as várias aparições, a Mãe de Deus confiou muitos segredos à modesta jovem e numa delas ordenou-lhe que dissesse aos sacerdotes para construírem urna capela naquele local e ali realizassem procissões. Em outra ocasião mandou a menina beber água e se lavar na fonte, mas indicava num lugar da gruta completamente seco. Bernadete curvando-se começou a arranhar o chão duro com os dedos e, de súbito, jorrou água do rochedo. Finalmente, no dia da Anunciação a piedosa vidente pediu à Senhora que tivesse a bondade de dizer-lhe quem era. A Virgem, então, unindo as mãos, respondeu-lhe lançando ao céu um olhar de inefável doçura: - "Eu sou a Imaculada Conceição". E desapaeceu. (MEGALE, 2001, p. 268) A jovem Bernadete sofreu muito por causa das aparições da Mãe Santíssima,pois foi considerada impostora, injuriada e interrogadapela polícia, que pretendeu impedir os romeiros de se aproximaremda gruta, tornando-se mal vista pelas autoridades civis e atémesmo religiosas. Afinal, as curas milagrosas obtidas com a águada fonte nascida sob os dedos da santa menina obrigaram as autoridades a ceder e a 11de janeiro de 1862 o bispo de Tarbes autorizouo culto de Nossa Senhora de Lourdes. Assim, apesar de ser uma pequena cidade, Lourdes possui centenas de hotéis, um comércio especializado em artigos religiosose objetos típicos da região, onde domina a arte basca. É considerada um pedaço do paraíso, tantopela beleza panorâmica dos Pireneus, como pelo ambiente de devoçãoe recolhimento, quebrado apenas pelo sussurro das águasdo Gave. Segundo Megale (2001, p. 267), essa invocação mariana é uma das maisdivulgadas, pois sua imagem não se encontra apenas em igrejasmodernas como as de Belo Horizonte, Londrina e outras 80 noBrasil, mas tambémem milhares de humildes residências populares. Além disso, são diversas as representações da Virgem Milagrosa que assombra aciência médica, obrigando os mais incrédulos cientistas a se curvaremante a evidência dos prodígios por ela realizados.Incontáveis são os que receberam a graça da saúde física e maiorainda o número dos que receberam a recuperação moral na grutaabençoada. Até hoje já foram catalogadas oficialmente mais dedez mil curas. 502 (27) NOSSA SENHORA DE NAZARÉ ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Não consta do Banco de Dado do Projeto ATEMIG DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:2 ocorrências N. S. de Nazareth (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Ssing}] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A invocação de Nossa Senhora de Nazaré surge em Portugal, em meados do século XI, quando o primeiro rei dessa nação, D. AfonsoHenriques, conseguiu expulsar os mouros de seu territórioauxiliadopor um grupo de valentes cavaleiros, entre os quais sedestacava D. Fuás Roupinho, grande amigo de aventurosas caçadas, que foi salvo ao invocar o nome da Virgem Maria. Certa vez, galopava o jovem fidalgo em perseguição a uma corça numa região de altos penhascos que se debruçavam sobre o Atlântico, quando o animal, no desespero da fuga, atirou-se ao mar. O local estava coberto por espessa neblina e o caçador somente percebeu o perigo, quando viu o precipício sob as patas do cavalo. Instintivamente, lembrando-se de uma pequenina capela da Virgem Maria, que avistara em sua desabalada corrida atrás da corça, implorou o socorro da Mãe de Deus. No mesmo instante o cavalo estacou subitamente sobre o abismo e com tanta força, que as ferraduras de suas patas traseiras ficaram marcadas no rochedo. Refeito do susto, D. Fuás Roupinho dirigiu-se ao oratório a fim de agradecer a Nossa Senhora por lhe ter salvo a vida. Ajoelhou-se aos pés da imagem e, tomando-a às mãos, encontrou preso a ela um pergaminho. Com grande pasmo leu a história da efígie da Virgem 503 Maria, que já era venerada em Nazaré nos primeiros tempos do cristianismo, e que consta, segundo antiga tradição, ter sido esculpida por São José na presença da Mãe de Deus e posteriormente encarnada por São Lucas. Dizia o documento que, quando os imperadores do Oriente, sucessores de Constantino, começaram a perseguir o culto das imagens, um monge grego do convento de Nazaré conseguiu tirar da capela uma estátua da Mãe Santíssima, fugindo com ela para África.De lá a imagem foi levada à Espanha, onde permaneceu durante muito tempo num mosteiro próximo à cidade de Mérida, recebendo a veneração dos fiéis, devido a seus inúmeros milagres. Quando os mouros invadiram a Espanha, o último rei godo Rodrigo, após a terrível derrota em Guadalete, foi obrigado a fugir e escondeu-se naquele convento. Ao retirar-se rumo ao oeste da Península Ibérica em companhia do frade Romano, levou consigo a referida imagem e algumas relíquias de santos, com medo de que elas fossem desrespeitadas pelos infiéis. Ao chegarem no alto de um escarpado rochedo, junto ao oceano, encontraram uma pequena gruta e ali improvisaram um altar e colocaram a efígie da Virgem Santíssima e as relíquias, mas tiveram o cuidado de deixar junto um pergaminho contando a história da milagrosa santa. (MEGALE, 2001, p. 340-341) Depois desse episódio, o cavaleiro mandou erguer naquele local um santuário que perpetuasse o culto de sua Protetora, que recebeu o título de Nossa Senhora de Nazaré,em virtude do relato que informava que a imagem tinha origem na Palestina, na cidade de Narazé. nporque era provenientedaquela cidade da Palestina.Mais tarde, por ordem dopríncipe D. Fernando, filho de D. João II, foi construída ali uma bela igreja, ricamente ornamentada pela família real. A basílica da Senhora de Nazaré, situada no alto do penedo,visível do mar a grande distância, por isso esta Santa tornou-sePadroeira dos Navegantes. Foram eles que propagaram o seu culto, batizando com o seu nome diversas naus que cruzaram oAtlântico e transportando-o para o Brasil, onde se localizou principalmente na Amazônia, no Estado do Rio e em Minas Gerais. Conforme Lima Júnior (2008, p. 186), padroeira do Grão Pará, “a Senhora de Nazaré tem em Belém, que nasceu como ‘Terra de Santa Maria’, um dos mais belos templos do Brasil”, em quea Virgem de Nazaré é festejada todos os anos, no segundo domingo de outubro, queandose realiza o Círio, a maior procissão do norte brasileiro, acompanhada de incalculávelassistência de devotos provenientes dos Estados maispróximos e do interior do Pará. O Círio de Nazaré foi instituído pelo governador D. Franciscode Souza Coutinho em 1790, com grande acompanhamentode povo e excepcional aparato de cavalarias, clarins, continênciase filas de viaturas da sociedade paraense de então. A festa se amplioucom o 504 carro dos milagres, luxuosa berlinda que expunha aimagem da Virgem aos fiéis e era toda ornamentada de numerososex-votos, enquanto um grande círio (vela) aceso acompanhavaa procissão.É, pois, uma cerimônia famosa em todoo território nacional pela exibição de danças, pagamentos de promessasà velha moda portuguesa, mortalhas e penitências originais. (MEGALE, 2001, p. 342-343) Apesar de a cidade de Belém ser o principal centro brasileirodo culto de Nossa Senhora de Nazaré, o primeiro templo sob essa invocação, no Brasil, parece ter sido de Saquarema,no Estado do Rio, em 1675 (POEL, 2013, p.710). Também em Minas Gerais várias igrejas coloniais foram dedicadas a estainvocação da Mãe Santíssima, salientando-se as das cidades deSanta Rita Durão, Morro Vermelho e Cachoeira do Campo, nasquais pode-se admirar em antigas pinturas o milagre da Virgem Maria salvando a vida do valente guerreiro cristão D. Fuas Roupinho. A matriz de Cachoeira do Campo, por exemplo, é considerada uma jóia do primitivo barroco mineiro, devido ao seu rico trabalho de talha dourada,que impressionava o visitante, não só pela profusão de ornamentos,como pelo aspecto suntuoso de seus altares. Muito simples naparte exterior, o magnífico templo colonial expressa pela sua riquezainterior o carinho do povo cachoeirense pela sua protetora,a Virgem de Nazaré. (MEGALE, 2001, p. 344) (28) NOSSA SENHORA DE OLIVEIRA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões 505 C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Senhora de Oliveira (1) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 2 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências Snra. de Oliveira (1) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing}] Sra. de Oliveira (1) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing}] Séc. XIX – 1ª metade: 2 ocorrências Sra. de Oliveira (2) – NCf [Ssing + {Prep + Ssing}] Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS O culto de Nossa Senhora da Oliveiraou Santa Maria Guimarãesdata dos primeiros tempos do cristianismo. Citando Frei Agostinho de Santa Maria (1712), Lima Júnior (2008, p.249) assim explica a origem dessa invocação: (...) Quanto à origem e princípios desta sacratíssima imagem a quem o Conde Dom Henrique deu o título de Santa Maria Guimarães, é de saber que no tempo que o apóstolo Santiago veio a Espanha (porque se tem coisa certa e indubitável, não só entre autores portugueses mas espanhóis, São Juliano, Dextro, Morales e outros ) entrou por Galiza e daí veio a Braga e na província 506 de Entre Douro e Minho afirmam que ajuntara nove discípulos e os repartiu por diversas partes, a converter os gentios e depois de os repartir e de levantar altar na cidade de Braga à Mãe de Deus, aonde deixou uma imagem sua, deixou também por Primaz São Pedro de Rates, e se foi à cidade de Sagarossa, onde levantou outro altar à mesma Rainha soberana, em que colocou outra imagem trazida do Céu por mistério dos Anjos a que pôs o título de Nossa Senhora do Pilar. E, voltando outra vez à cidade de Braga, colocou em Guimarães a que hoje é venerada com o título de Nossa Senhora da Oliveira, que suposto naquele tempo não seria grande o povo, havia naquele lugar um templo, aonde os gentios veneravam o ídolo de Ceres purificado ele e convertidos os que adoravam deixou em seu lugar a imagem da Virgem Senhora. (LIMA JÚNIOR, 2008, p. 249-250) Esses fatos, de acordo com Megale (2001, p. 367), foram confirmados posteriormente por um letreiro em latim encontrado no local, que dizia o seguinte: "Neste templode Ceres, Tiago filho de Zebedeu colocou uma imagem daVirgem Maria". E a antiga imagem de Nossa Senhora ali se conservou até o ano de417, quando entraram na Galiza os bárbaros Alanos e Suevos, assimcomo outros povos que profanavam e queimavam as imagensdos Santos. Em vista disso o arcebispo de Braga, Pancrácio, mandouesconder a estátua de Maria na gruta de um monte, próximoa Guimarães. Somente após a expulsão dos mouros, a imagem da Mãe de Deus foi trazida de seu esconderijo e recolocada na igreja da vila, sob o cuidado dos monges beneditinos. (LIMA JÚNIOR, 2008, p. 251) Não há, conforme Megale (2001, p. 358), um consenso entre os hagiólogos quanto à explicação do título ‘da Oliveira’. algunsexplicam que se deve à existência de uma oliveira milenarperto da primitiva capela da Virgem e outrosatestamque a invocação deriva da Bíblia, pois, no Eclesiastes, Maria é comparadaà “oliveira frondosa dos campos” e o livro de Oséias dizque “sua glória é igual ao fruto da oliveira”, sendo que,no simbolismo cristão, a oliveira significa a misericórdia e o seu óleo, a graça de Deus. A autora concorda com o segundo grupo de hagiólogos, ao afirmar que acredita que a origem dessa invocação seja tirada da Bíblia,porque na França existe um famoso santuário dedicação àVirgem das Oliveiras, cuja imagem dizem ter sido trazida da Palestinapelo rei São Luís, no tempo das Cruzadas. Os povoadores de Minas Gerais, nos primeiros tempos dodesbravamento, costumavam trazer pequenas imagens dos padroeiros ou oragos das aldeias natais efígies dos santosprotetores de suas aldeias nativas, a que se dirigiam nashoras difíceis, pedindoproteção. 507 Encontram-se, assim, várias capelas com altares à Virgem de Santiago. No caminho de Goiás, um antigo pouso de caminhantes se transformou na cidade de Oliveira, onde a Senhora tem seu altar com muito afeto dos que diante dele se ajoelham. No selvagíssimo Ivituruí, onde nos começos do século dezoito o frio e as ventanias matavam os homens e derrubavam com violência dos seus ímpetos, fundou-se o arraial de Nossa Senhora de Oliveira do Itambé do Mato Dentro; na região do Piranga, existe também o arraial de Nossa Senhora de Oliveira do Piranga, que não sei como chamará hoje, quando o mapa de Minas Gerais, historicamente, se tornou irreconhecível. (LIMA JÚNIOR, 2008, p. 252) Desse modo, dacapela mais conhecida, noantigo pouso dosviajantes que se dirigiam a Goiás, tem-se a atual cidade de Oliveira, onde se encontra a imagem primitiva trazida pelos povoadores que também padroeira da diocese. Quanto às outras duas referências à invocação em território mineiro, ressalta-se que, como ponderou o autor, houve realmente a mudança toponímica, sendo que, na primeira, a menção à Virgem de Oliveira foi suprimida e o arraial de Nossa Senhora de Oliveira do Itambé do Mato Dentro passou a ser a cidade Itambé do Mato Dentro. No segundo caso, a mudança não descaracterizou a natureza religiosa do topônimo anterior, pois o arraial Nossa Senhora de Oliveira do Piranga é atualmente a cidade de Senhora de Oliveira. Vale dizer, no entanto, que as duas cidades têm como padroeira essa invocação mariana. Além dessas cidades mineiras, no sul do Brasil, existe ainda a cidade de Nossa Senhora daOliveira de Vacaria, localizada no planalto setentrional do RioGrande, próxima à fronteira de Santa Catarina, que foi a sede deextensa zona de pastoreio, onde o gado era numeroso e vivia àsolta. Ali foi colocado o primeiro padrão demarcador do Estado e o sítio servia também de pouso aos viajantes que demandavam aos campos de Viamão, no extremo sul do país. (MEGALE, 2001, p.359) Geralmente, festejada em setembro, Nossa Senhora de Oliveira apresenta-se de pé, vestindo uma túnica branca e uma capa azul, tendo sentado em seu braço esquerdo o Menino Jesus com os bracinhos abertos em forma de cruz. 508 (29) NOSSA SENHORA DE SANTANA ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora de Santana (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Não foram encontradas informações sobre a existência dessa invocação de Nossa Senhora, o que corrobora a afirmação de Poel (2013, p.713) de que algumas pessoas pensam equivocadamente que Nossa Senhora Santana seria um título da Mãe de Jesus. Acreditamos, no entanto, que talvez se tenha, nessa expressão linguística, uma referência à Virgem Maria como filha de Santa Ana. (30) NOSSA SENHORA DO AMPARO ______________________________________________________________________ 509 DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora do Amparo (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências Nossa Senhora do Amparo (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A origem do título de Senhora do Amparo é muito antiga e, de acordo com os estudiosos da Mariologia, provém do fato de JesusCristo, no alto da cruz, ter confiado os homens à sua Mãe Santíssima,para que ela os protegesse contra as ciladas do demônio.Ressalta-se 510 que durante muito tempo foi denominada ‘do Amparo’ a Senhorada Soledade, que era representada aos pés do Madeiro e seuFilho era invocado como o Bom Jesus do Amparo.(MEGALE, 2001, p. 34) Desde os primeiros tempos do Cristianismo, a Virgem do Amparo é muito venerada em Portugal, sobretudo, nahistórica cidade de Lamego, cuja imagem é atribuída ao ex- fariseu Nicodemos, que após a ressurreição de Cristo aderiu à Igreja nascente. Essa invocação mariana tornou-se, então, muito popular na velha Lusitânia,principalmente entre os marujos, que em suas longas e perigosastravessias marítimas imploravam a proteção da Rainha do Marcontra as tempestades e os riscos do oceano desconhecido. Desse modo,logo após a descoberta do Brasil, o culto da Senhora doAmparo atravessou os mares, estabelecendo-se em terras brasileiras. O forte que deuorigem à cidade de Fortaleza, capital do Ceará, por exemplo, foi fundado sob aproteção de Nossa Senhora do Amparo. Há, no Brasil, irmandades antigas de Nossa Senhora do Amparo. Em Olinda (PE), há uma igreja fundada sob essa invocação antes de 1617. Em São Cristóvo (SE), a igreja de Nossa Senhora do Amparofoi construída pela irmandade do Amparo dos Homens Pardos, criada em 1690 e extinta em 1902. (POEL, 2013, p.710) Em território mineiro, conforme Lima Júnior (2008, p.230), a devoção à Nossa Senhora do Amparo foi muito divulgada e querida no Norte de Minas (no histórico caminho da Bahia) e em todos os recantos se encontram nos oratórios de família imagens da santa, cujo altar público mais conhecido é o da cidade de Januária, à beira do rio São Francisco, cidade de que é padroeira. Atualmente essa invocação mariana é representada sentada,segurando com a mão esquerda o Menino Jesus de pé sobreseus joelhos e abençoando os devotos com a mão direita. Ambosaparecem coroados, sendo que algumas vezes a Virgem tem umcetro na mão.(MEGALE, 2001, p. 36) (31) NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO 511 ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Não consta do Banco de Dado do Projeto ATEMIG DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências N. S. do Bom Sucesso de Minas Novas (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Adjsing + Ssing + (Prep + Spl + Adjpl)}] Sra do Bom Sucesso(1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Adjsing + Ssing] Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:1 ocorrência N. S. do Bom Sucesso (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Adjsing + Ssing }] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Nossa Senhora do Bom Sucessoestá entre as invocações de origem popular de Santa Maria. Inicialmente, a Virgem do Bom Sucesso era invocada para proporcionar aos seus devotos uma “boa morte”, pois o maior sucesso desejado por todos era uma “hora feliz” seguida da salvação eterna. Com a finalidade de implorar o seu auxílio nos últimos momentos, foi iniciada em Portugal, no século XVI, uma ‘irmandade ‘cuja protetora era Nossa Senhora do Bom Sucesso dos agonizantes. (MEGALE, 2001, p. 95). De acordo com Poel (2013, p.711), iconograficamente, a Senhora do Bom Sucesso é representada sentada com o Menino Jesus recém-nascido e nu nos braços, o que pode justificar o fato de ser invocada por mulheres grávidas para ter sucesso no parto. No Brasil, a devoção a essa invocação da Virgem Maria teve início do século XVII, por volta de 1637, quando veio para o Rio de Janeiro o Miguel Costa, do hábito de São 512 Pedro, muito devoto da Senhora do Bom Sucesso. Desse modo, não querendo separar-se de sua padroeira, o sacerdote trouxe consigo uma imagem e colocou-a na capela da Santa Casa de Misericórdia até que um templo em sua homenagem fosse concluído dois anos depois. De acordo com Lima Júnior (2008, p.173), a invocação de Nossa Senhora com a denominação de Bom Sucesso aparece em Minas Gerais, no início do século XVII, na primeira fase bandeirante, isto é, “quando os paulistas começaram a faiscar o ouro que brotava das terras em profusão alucinante”. A invocação e a primeira imagem desse título de Nossa Senhora chegaram a Minas Gerais pelas mãos do Padre João de Faria Fialho, natural da ilha de São Sebastião, mas estabelecido em Pindamonhagaba/SP, no Vale do Rio Paraíba, que ficava, à época, no caminho das expedições traubetanas. Assim, por conta própria, o Padre Faria organizou uma bandeira e tendo descoberto as ricas jazidas de ouro ao pé da Serra do Itacolomi, que tomaram seu nome, construiu uma ermida a Senhora do Bom Sucesso em seu arraiale que mais tarde, mudada para o lugar onde hoje se encontra a capela denominada do Padre Faria, teve a ermida outra denominação, sendo dedicada a Senhora do Rosário.(LIMA JÚNIOR, 2008, p.174) Devido ao considerável êxito da "bandeira" do padre Faria, aSenhora do Bom Sucesso passou a ser invocada também comoProtetora dos bens terrenos, não perdendo, entretanto, seu antigocaráter protetor. Como todos desejam ser bem sucedidos em seusnegócios particulares, o seu culto tomou grande incremento, espalhando-sepelo Vale do Paraíba e na região das Minas Gerais. Ali os santuários mais famosos são os das cidades de Minas Novas, Bom Sucesso e Caeté, cuja Matriz é uma das mais notáveis das Alterosas, não tendo rival entre suas congêneres, seja pela regularidade e amplitude das formas, como pelo material de pedra deque foi feita. (MEGALE, 2001, p. 99) Nessa perspectiva, seja como padroeira dos bens terrenos ou como protetora nas horas angustiosas da doença ou da morte, essa invocação a Nossa Senhora, em especial, o seu determinativo Bom Sucesso é, segundo Machado (1984), topônimo frequente no Brasil e em Portugal. A esse respeito lê-se em Dick: Outras expressões registradas toponimicamente podem sugerir uma inclusão no quadro devocional de Nossa Senhora, e das quais se fixaram apenas os elementos determinantes. Trata-se de Bom Sucesso (Nossa Senhora do Bom Sucesso), Bom Conselho (Nossa Senhora do Bom Conselho), e Boa Morte 513 (Nossa Senhora da Boa Morte), apresentando a primeira delas, um índice significativo em vários Estados brasileiros, em contraste com as duas outras... [Grifo nosso] (Dick 1990: 325) Barbosa (1995), em seu Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais apresenta o topônimo Bom Sucesso como um dos nomes bem comuns, em Minas Gerais. Acrescenta ainda que “seria inútil procurar lenda para justificar a denominação”, já que o topônimo de origem religiosa “era muito comum em Portugal de onde foi trazido para Minas” (Barbosa 1995, p. 55). (32) NOSSA SENHORA DO CARMO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 6 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 6 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - 1 - - - 1 2 - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora do Carmo(5) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] Senhora do Carmo (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 3ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 2 1 - 514 Topônimos (no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 2 ocorrências N. S. do Carmo dos Terceiros Carmelitas(1) – NCf [Pron + Ssing +{Prep + Asing+ Ssing + (Prep + Apl + Num + Spl)}] Snra. do Carmo do Japão (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Ssing + (Prep + Asing+ Ssing )}] Séc. XIX – 1ª metade:1 ocorrência S. do Carmo (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Também chamada de Nossa Senhora do Monte Carmelo, de acordo com Lima Júnior (2008, p.101), a invocação de Nossa Senhora do Carmo está incluída entre as quatro que, segundo as lendas cristãs da igreja primitiva, foram anunciadas aos homens como profecias do culto, que teria nos tempos posteriores à Redenção do Mundo, àquela que seria a Mãe do Salvador dos homensmuitos séculos antes da vinda de Cristo. Presente em quase todo o Brasil e, de maneira especial, em Minas Gerais, essa antiga invocação provém da Palestina. Segundo o Antigo Testamento, após um desafio entre o profeta Elias e os sacerdotes de Baal, o deus dos judeus Javé manifestou o seu poder enviando o fogo do céu que queimou os altares da falsa ivindade erigidos sobre o monte Carmelo, na Samaria. O profeta Eliseu também costumava orar naquela montanha e nos primeiros tempos do cristianismo alguns eremitas ali construíram um convento sob a invocação de Nossa Senhora. Na época das cruzadas o calabrês Bertoldo, em cumprimento de um voto feito durante encarniçada batalha contra os infiéis, para lá se retirou com alguns companheiros, fundando a Ordem dos Carmelitas. Após a retirada dos cruzados da Terra Santa, esta agremiação religiosa se transferiu para a Europa sob o nome de Irmãos de Nossa Senhora do Monte Carmelo. (MEGALE, 2001, p. 132-133) Oculto à Virgem do Carmo,provavelmente, devido à sua origem militar, no tempo das cruzadas tornou-se muito forte entre os militaresque a consideram sua Padroeira. Em Portugal, ela era muito queridapelos homens de armas, principalmente depois que um deseus maiores heróis, o Condestável Nuno Álvares Pereira, apósvencer os castelhanos em memoráveis batalhas, consolidando aolado de D. João I o reino lusitano, 515 trocou a farda gloriosa paravestir o hábito carmelita no convento do Carmo, em Lisboa, ondemorreu santamente em 143l. A Ordem dos Carmelitas, várias vezes modificada, possui três ramos: i) o primeiro para homens que se destinam ao sacerdócio e aos estudos científicos; ii) o segundo, contemplativo, para mulheres, foi reformado por Santa Teresa de Ávila; iii) a Ordem Terceira é para leigos de ambos os sexos, sendo a sua principal finalidade a divulgação do escapulário, bentinho que segundo a tradição foi dado pela Mãe de Deus a São Simão Stock, carmelita inglês, e que beneficia a quem o usa com a proteção de Maria. A respeito da Ordem Carmelita em Portugal e no Brasil, lê-se em Lima Júnior (2008, p.106-107): A Ordem do Carmo foi sendo introduzida em vários países e de Espanha logo passou a Portugal, onde foram numerosos os conventos de carmelitas descalços e calçados em que já se subdividia a Ordem, sendo muitos deles de freiras. A essa Ordem pertenceram Reis e Rainhas de Portugal e depois da batalha de Aljubarrota, o Condestável Nuno Álvares, depois de construir o imponente convento do Carmo em Lisboa renunciou ao mundo recolhendo-se a ele como irmão de serviço, dando provas dehumildade e de seu amor à Rainha dos Céus. Em Recife, na Bahia, no Rio de Janeiro sempre foram numerosas as Ordens Terceiras do Carmo, que, além dos seus conventos, construíram notáveis templos dedicados à Virgem do Carmelo. Não é necessário historiar a vida das Ordens do Carmo em Portugal, e em sua disseminação pelo Brasil, onde os Conventos Carmelitas, descalços ou não, constituem páginas belíssirnas de nossa História Religiosa. Não tivemos em Minas esses Conventos, mas muitas Ordens Terceiras de Nossa Senhora do Monte do Carmo aqui se estabeleceram e deixaram grandes frutos espirituais. Iconograficamente, Nossa Senhora do Bom Sucesso é retrata com a imagem da Virgem sentada, com o Menino Jesus sobreseus joelhos,entregando o escapulário a São Simão Stock vestidocom o hábito de carmelita. Em algumas imagens a VirgemMana esta de pé, vestida de freira carmelita, mas com os cabelossoltos, sem véu e tem em seu braço esquerdo o Menino Jesus.Ambos seguram com a mão direita o escapulário com o brasão daOrdem do Monte Carmelo. A grande devoção do povo brasileiro à Virgem do Escapulárioé comprovada pelas 106 paróquias a ela dedicadasno país. Conforme Megale (2001, p. 133-134), o primeiro convento do Carmo no Brasil pareceque foi o de Olinda, fundado ainda no século do descobrimento, em 1586. Seis anos mais tarde os carmelitas se estabeleceram em Salvador,tendo sido o seu 516 templo construído pouco depois. Destaca-se que esse templofoi palco de importantes episódios da nossa história: em 1624, por exemplo, transformou-se em quartel das tropas de D. Fradique de ToledoOsório, comandante-em-chefe do Exército espanhol na lutacontra os holandeses.Também em 1823, na Guerra da Independência, o conventofoi ocupado pelos portugueses que ali ficaram aquartelados,transformando a capela em depósito de pólvora. Demonstrando sempre o seu carinho pelos militares, NossaSenhora do Carmo é considerada a Padroeira do Forte de Coimbra,no Mato Grosso, devido aos milagrosos fatos ocorridos naquelelocal durante a Guerra do Paraguai. Em 1864 apresentou-se diante da decadente e vulnerável praça de guerra brasileira o coronel Vicente Barrios, com 13 navios equipados e 3.200 homens em armas, decididos a subjugar a velha e fraca guarnição. Ante a ameaça e o fogo dos paraguaios, o comandante Hermenegildoreuniu apressadamente os seus soldados preparando-se para defender a fortaleza. Enquanto isso, Dona Ludovina, esposa do coronel, dirigia a resistência moral e psicológica da tropa, implorando o socorro de Nossa Senhora do Carmo. Os soldados, cheios de fé na Virgem Maria, lutaram como leões conseguindo afastar as hostes inimigas e suas mulheres os ajudavam manufaturando cartuchos de pólvora, para os quais chegaram a rasgar suas próprias saias, na falta de papel.No dia seguinte, novo assalto surpreendeu a guarnição exausta e desesperada. Num gesto decidido Dona Ludovina ordenou a um dos praças que subisse ao alto da muralha expondo a imagem da Santa Padroeira à contemplação dos assaltantes. Surpreendidos, os devotos paraguaios baixaram os fuzis e, movidos por instintivo sentimento religioso, deram vivas a Nossa Senhora do Carmo. Na calada da noite, quando os inimigos se afastaram para lima trégua, os brasileiros, impossibilitados de enfrentar novo combate, retiraram-se sem serem pressentidos, levando consigo a bordo da canhoneira ''Anhambaí'' a imagem da Celestial Protetora que lhes garantiu uma feliz retirada sem a perda de um só homem. (MEGALE, 2001, p. 134-135) No Rio de Janeiro foram construídas lado a lado as igrejas daOrdem Terceira e a dos Carmelitas.Amatriz do Carmo, com a vinda do Príncipe Regente D. João parao Brasil, foi transformada em Capela Real e foi cenário das coroaçõesde D. Pedro I e D. Pedro II.Depois a proclamação da República, a Capela Real tornou-se a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, cedendolugar atualmente para o arrojado templo construído junto aomorro de Santo Antônio, uma das obras-primas da arquiteturamoderna brasileira. Em São Paulo, os carmelitas se estabeleceramprimeiramente em Santos, tendo mais tarde construído sua igreja na vila Piratininga, numouteiro junto ao Tamanduateí (hoje praça Clóvis Bevilácqua). Ospadres do Monte Carmelo participaram de diversas bandeiras, contribuindo, assim, quea invocação à Senhora do Carmo fosse levada 517 àsMinas Geraisna expedição de Salvador Fernandes Furtado de Mendonça. Desse modo, podemos afirmar que, em Minas Gerais, a devoção a essa invocação de Santa Maria merece destaque, pois se inicia junto com o seu povoamento, em 16 de julho de 1696, dia em que é festejada pelo calendário litúrgico. Na vereda outrora clara e acidentada do Itaberada, cujas rochas brilhavam aos raios ardentes do sol, o coronel Salvador Fernandes Furtado de Mendonça penetrou nos sertões bravios dos campos dos Cataguás. Junto à encosta do Itacolomi ergueu uma pequena cabana à margem de um ribeirão por ele denominado do Carmo, a fim de perpetuar a efeméride da Virgem do Monte Carmelo.Assim, sob a proteção da Virgem Maria, nasceu a primeira vila de Minas Gerais, a futura Mariana. Pela encosta abaixo até as margens do histórico ribeirão foram se aglomerando casinholas e, pouco depois, Salvador Fernandes mandou construir uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo. Esta igrejinha de barro, coberta de palha, cujo local atualmente se ignora, foi o primeiro templo erigido naqueles sertões brasileiros, depois que a picareta dos bandeirantes rasgou as terras do aurífero riacho, tornando-se então a Virgem do Carmo a Mãe e Primeira Protetora da terra mineira.(VASCONCELOS, 1938 apud MEGALE, 2001, p.132) Assim, as irmandades de Nossa Senhora do Carmo, sobretudo as Ordens Terceiras, prosperaram e se difundiram por todo o território mineiro ao longo dos séculos. Em Mariana, em Vila Rica,em São João Del Rei, erigiram-se templos monumentais a Senhora doCarmelo. Mas, em todos os cantos da Capitania, foram construídas pequenas capelas que se transformaram em arraiais e vilas. De acordo com Lima Júnior (2008, p.112-113), para que se faça idéia de quanto a Senhora do Carmo teve devotosem Minas, basta citar o número de localidades que tem como nomea sua invocação. Segundo o autor,ao proclamar-se a República em 1889, existiam emMinas as seguintes localidades com o título do Carmo:Nossa Senhora do Carmo da Capela Nova do Betim; Nossa Senhora do Carmo do Pará em Cajuru; Nossa Senhora do Carmo da Bagagem; Nossa Senhora do Carmo do Frutal; Nossa Senhora do Carmo de Itabira; Nossa Senhora do Carmo dos Arcos; Nossa Senhora do Carmo do Japão; Nossa Senhora do Carmo do Campestre; Nossa Senhora do Carmo das Luminárias; Nossa Senhora do Carmo da Cachoeira; Nossa Senhora do Carmo da Escaramuça; Nossa Senhora do Carmo do Campo Grande; Nossa Senhora do Carmo de Cambuí; Nossa Senhora do Carmo da Cristina; Nossa Senhora do Carmo do Prata; Nossa Senhora do Carmo da Borda da Mata Nossa Senhora do Carmo do Arraial Novo; Nossa Senhora do Carmo do Rio Claro; 518 Nossa Senhora do Carmo da Cachoeira do Brumado; Nossa Senhora do Carmo de Morrinhos; Nossa Senhora do Carmo do Rio Verde. Observa-se que é mencionado, nessa lista de denominações toponímicas, o primeiro nome da atual cidade de Mariana, o que ocorre propositalmente para dar à primeira vila mineira um enfoque especial ao lado da devoção à Senhora do Carmo, conforme pode ser visto, a seguir: A mais ilustre, entretanto, é a gloriosa Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo, a famosa Mariana, criada para um trono arquíepiscopal,o mais antigo e o mais ilustre destas Minas Gerais. Foi no tumulto das aventuras do ouro que nasceu em nossa terra o culto pela Virgem do Carmelo, que, em seu trono erguido no alvorecer das Minas Gerais, contempla com olhos maternais a vida do povo mineiro através das gerações que passam. É desse trono que ela assiste impávida às estultas aventuras dos liturgicistas, maritanistas e modernistas, que investiram contra o seu culto, desbaratando-os e restabelecendo seu prestígio no coração mineiro, de onde os sequazes do inferno pretendiam arrancá-la. Devoção veterana em Minas Gerais, Nossa Senhora do Carmo játerá perdoado aqueles que, como os Emboabas, nos começos de nossa vida como Capitania, pretenderam destruir o poder de nossas melhores tradições e, entre elas, o amor a Nossa Senhora, que esses forasteiros ignoravam estivesse tão arraigado na alma de nossa gente. (LIMA JÚNIOR, 2008, p. 113) (33) NOSSA SENHORA DO DESTERRO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Não consta do Banco de Dado do Projeto ATEMIG DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 3 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência Snra. do Desterro (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing }] Séc. XIX – 1ª metade: - 519 Séc.XIX – 2ª metade:2 ocorrências N. S. do Desterro (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing + Ssing }] INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A devoção à Nossa Senhora do Desterro é, segundo Poel (2013, p.711), antiga e muito popular. Tem origem na Bíblia, visto que representa a fuga da Virgem Maria, São José e o Menino Jesus recém-nascido para o Egito para livrarem-se das perseguições de Herodes. De acordo com Megale (2001, p. 181), muitas lendas se relacionam ao desterro da Virgem Santíssimano Egito, como a da tamareira, junto à qual Maria se sentarapara repousar, que se inclinou para que as tâmaras ficassem aoalcance de suas mãos. Outra estória conta que a Sagrada Famíliafoi atacada por salteadores, mas eles não lhe fizeram mal nenhum,em atenção ao pedido de um de seus companheiros, que seriamais tarde o Bom Ladrão, morto na cruz ao lado de Cristo e hojevenerado com o nome de São Dimas. Pela referência à fuga da terra natal, essa invocação mariana é muito venerada na Itália comoa "Madonna degli Emigrati", sendo padroeira daqueles que foramobrigados a deixar sua pátria, buscando refúgio ou condições de trabalho. No Brasil, o culto à Senhora do Desterro foi muito intenso durante o período colonial. Entre os templos brasileiros mais antigos estão de NossaSenhora do Desterro da Bahia, junto ao qual foi erguido umconvento para senhoras que desejavam se afastar do mundo e dedicar-se à vida religiosa; e a ermida do Rio de Janeiro, construída nosprimeiros tempos da fundação da cidade. A cidade de Florianópolis, capital de Santa Catarina, chamou-se durante mais de dois séculos Vila do Desterro, pois nasceuem torno da capela construída em 1673 por Francisco BiasVelho, que morreu alguns anos depois na própria igreja que fundara,defendendo seu povo contra um ataque de piratas. Somenteapós a Revolta da Armada, em 1894, a cidade recebeu seu atualnome em homenagem ao Marechal Floriano Peixoto. Na modernamatriz catarinense, que substituiu a velha capela da Virgem,encontra-se maravilhosa escultura em madeira de tília, em tamanhonatural, de autoria dos escultores Demetz, representando aSagrada Família em fuga para o Egito. 520 (MEGALE, 2001, p. 182) Em Minas Gerais, Nossa Senhora do Desterro é padroeira das cidades de Desterro de Entre Rios e Desterro do Melolocalizadas,respectivamente, na Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte e no Campo das Vertentes. (34) NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Não consta do Banco de Dado do Projeto ATEMIG DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência Sra. do Livramento, da(1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing }] Séc. XIX – 1ª metade: - Séc.XIX – 2ª metade:- INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A devoção a Nossa Senhora do Livramento tem sua origem em Portugal, no final do século XVI, “depois do terrível ano de 1580, quando Dom Sebastião, perdendo a batalha de A1cácer-Quibir, perdia também a vida, deixando o reino de Portugal sem sucessão, entregue às ambições de Castela e à desordem interna (...)”. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.233) Foi nessa época que o reino de Portugal foi invadido pelas tropas de FilipeII, de Castela, 521 que se julgava o herdeiro legítimo da coroa portuguesa. Oduque de Alba, enviado pela Espanha para manter a ordem nopaís conquistado, mandou prender imediatamente todos os fidalgosque se negaram a render homenagens aos invasores. Estava entre os presos Rodrigo Homem de Azevedo, um dosmais ardentes defensores de sua pátria. Sua esposa, devotíssimade Nossa Senhora, vendo o risco que corria a vida do marido,recorreu à Rainha do Céu, neste momento de angústia. durante nove noites, a dedicada matrona sonhou com a Virgem Maria que lhe apareceu dizendo: - "Não te agastes, eu, que tudo posso, o livrarei. Se puderes, em algum tempo, edificar-me-ás uma casa". Terminada a novena, entre todos os detidos somente Rodrigo Homem recebeu ordem de voltar para casa. Seus amigos foram cumprimentá-lo e dele ouviram a narrativa da grande graça que lhe concedera a Mãe de Deus. Em agradecimento, o fidalgo mandou fazer uma imagem de Nossa Senhora do tamanho e forma da visão que tivera em sonhos sua esposa, isto é, vestida de branco, com os cabelos soltos e o Menino Jesus no colo. Devido às palavras da Virgem: - "Eu o livrarei", deu-lhe o título de Senhora do Livramento. (MEGALE, 2001, p. 259). Mais tarde, foi construída, então, pelo fidalgo uma casa para a Virgem do Livramento,em terras portuguesas, que foi inaugurada com soleneprocissão acompanhada de crianças vestidas de santos e anjos, ricamenteadornadas. Junto dessa casa da Senhora do Livramento se levantou, posteriormente, um pequeno Convento de Frades da Santíssima Trindade, que terão sido eles os que trouxeram essa devoção mariana para as terras brasileiras. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.237). Assim, essa nova invocação da Virgem Maria foi trazida para o Brasile localizou-se em vários Estados, especialmente no Maranhãoe em Mato Grosso. No Maranhão, há, na cidade de Alcântara, uma grande festa para celebrar essa invocação mariana. Segundo Poel (2013, p. 712), a origem da devoção, em solo maranhense, tem origem “na promessa de um capitão que, juntamente com os passageiros, escapou do naufrágio da sua caravela”. Em Mato Grosso, a cidade de Nossa Senhora doLivramento, antiga vila de mineração próxima a Cuiabá, deve oseu nome a um fato lendário, contado de boca em boca atravésdas gerações e narrado, a seguir, por Megale (2001, p.260-261): Um viajante humilde, que não se sabe de onde vinha e nem para onde ia, atravessava a povoação montado num cargueiro. Passou pela rua principal sem que ninguém lhe houvesse dado a mínima importância. Era um transeunte qualquer entre os muitos que atravessavam a pacífica localidade. Ao chegar na encruzilhada de duas ruas, o muar estacou. O dono, irritado, 522 chicoteou-o e deu-lhe várias tacadas, mas o burro abanava a cauda, batia os pés no chão e não se movia. O viajante desceu da montaria e tentou puxar o animal pelo cabresto, mas nada adiantou, pois o burro continuava no mesmo lugar. Alguns curiosos chegaram e verificaram que o burro não estava cansado nem mal alimentado, e perguntaram ao viajante: -"Mas afinal o que leva o cargueiro?" - "Uma imagem de Nossa Senhora", respondeu ele. Resolveram descarregar o animal e, assim que o fizeram, começou ele a andar com toda pressa. Carregado novamente, empacou outra vez. Tiraram então a imagem do surrão em que vinha e colocaram pedras que faziam um peso muito maior que o da santa, mas o burro largou o cabresto e continuou a marcha. Substituindo peso pela imagem, o animal estacou novamente, não cedendo a chibatadas nem bordoadas. Os espectadores admirados desencaparam a santa com respeito e, vendo como era bonita, prepararam um altar condigno para a Mãe de Deus. O viajante, então, livre da carga, continuou o seu caminho e desapareceu sem que ninguém mais tivesse notícias dele. Dedicado à bela imagem,foi construída uma capela no local, que, mais tarde tornou-se um magnífico templo, o maior de todosos das vilas mato-grossenses. Além desses dois estados, Nossa Senhora do Livramento é celebrada no Piauí, em José de Freitas; no Ceará, em Granja; Em Pernambuco, no Recife, em Rio Formoso e em Igarassu; e também, em Minas Gerais, nas cidades de Prados, Piumhi, no antigo caminho de Goiás, e de Aiuruoca. (35) NOSSA SENHORA DO PILAR ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - 1 - - - - 523 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora do Pilar (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Nossa Senhora do Pilar é o mais antigo título da Virgem Maria que tem origem na Espanha, quando a Mãe de Jesus ainda vivia. A narrativa legendária do acontecimento que deu origem a esta invocação, transcrita a seguir,baseia-se numa tradição cristã que data do primeiro século do Cristianismo. O número de cristãos atraídos pela pregação dos apóstolos crescia dia a dia, porém a cruel perseguição contra a novel igreja também aumentava e os discípulos de Cristo resolveram evangelizar os pagãos, segundo a ordem do Mestre. São Tiago Maior foi incumbido de ir pregar a palavra de Deus nas províncias da Espanha e, antes de partir, foi pedir a licença e a bênção de Maria Santíssima, como fizeram os outros discípulos comovidos por terem de se separar da Santa Mãe de seu Divino Mestre, a qual tão bem os aconselhava, consolando-os nas perseguições e desalentos. A Virgem Santíssima, tendo abençoado o apóstolo, assim lhe falou: - “Vai, meu filho, cumpre a ordem de teu Mestre, e por Ele te rogo que, naquela cidade da Espanha em que maior número de almas converteres à fé, edifiques em minha memória conforme o que eu te manifestar”. São Tiago seguiu pois para a Península Ibérica e, após ter difundido o Santo Evangelho em alguns lugares, dirigiu-se para Saragossa, à margem do Ebro. Tendo pregado durante muitos dias, converteu à religião cristã oito varões, com os quais se retirava à noite para orar. Certa noite, enquanto ele descansava com seus fiéis discípulos, ouviu de repente umas vozes angelicais que cantavam ''Ave Maria". Pondo-se de joelhos, viu a Virgem Santíssima entre um coro de anjos, sentada num pilar de mármore. Chamando a si o santo apóstolo, a Mãe de Deus mostrou- lhe o lugar onde queria que fosse edificada a sua igreja e disse-lhe que conservasse aquela coluna e a colocasse no altar do templo, pois aquele pilar permaneceria ali até o fim do mundo. Depois desse acontecimento Maria ainda viveu onze anos. São Tiago, após louvar a Jesus Cristo e a sua Mãe Santíssima, começou logo a edificar uma capela ajudado pelos oito discípulos, colocando o referido pilar na parte superior do altar, voltado para o Ebro, local onde ainda hoje ele permanece na basílica de Saragossa, um dos mais suntuosos templos erguidos em honra da Rainha do Céu. (MEGALE, 2001, p.388-389) Padroeira da nação espanhola, a invocação de Nossa Senhora do Pilar difundiu-se extraordinariamente na Espanha, mas, em Portugal, nunca foi popular, o que talvez se deva às constantes lutas e à rivalidade entre os dois países. Entretanto, segundo Lima 524 Júnior (2008, p. 51), há, no norte de Portugal, uma imagem de pedra da Senhora do Pilar que data do século XII venerada pela comunidade da Aldeia de São João de Rei. Nas palavras do autor: Provavelmente ainda do tempo do Ducado portucalense, num burgo fortificado do Norte de Portugal, numa arcaica capela de estilo romântico, datando não se sabe de quando, foi dar uma imagem de pedra da Senhora, de três ou quatro palmos sobre o seu Pilar característico, em tudo, cópia fiel da original que se venera na monumental igreja de Saragossa. Esse local é a aldeia de nome São João de Rei. Para desfazer dúvidas no espírito dos que não conhecendo a matéria duvidam dos que estudam com afinco, vamos dar fonte impressa do que sabemos sobre o assunto e dizer que estivemos na pequena e velha aldeia portuguesa, galgando a subida penosa, por verificarmos, desde logo, que dali saíra a denominação de nossa histórica cidade de São João del Rei, que acrescentou um L ao De, por atual corruptela de linguagem dos contemporâneos de sua fundação. Em Pinho Leal (1871), Portugal antigo e moderno, obra clássica bem reputada por todos os historiadores portugueses e muito citada por Pinheiro Chagas em seu Dicionário popular, página 414, volume 3, encontra-se o seguinte: São João de Rei – Vila Minho, Comarca e Conselho de Lanhoso, 12 quilômetros a NE de Braga. E acrescenta: no monte de Castro por cima da igreja matriz há ruínas de fortificações romanas. A imagem de Nossa Senhora do Pilar de São João de Rei é reconhecida como obra do século doze. Muitos séculos passaram antes, que na Vila de Lanhoso viainha e sede municipal de São João de Rei se erguesse um outro templo para venerar a Virgem do Pilar. (LIMA JÚNIOR, 2008, p.51-52) Diferentemente da metrópole, a devoção a Nossa Senhora da Penha ganhou grandes proporções, começando a ser venerada no convento dos carmelitas na Bahia em 1690 e ganhando depois para uma igreja própria em Salvador, um dos mais interessantes templos locais. No Rio de Janeiro, também no século XVII, já havia uma imagem no Mosteiro de São Bento e outra no Engenho de Morobai que hoje se chama Pilar. (LIMA JÚNIOR, 2008, p. 52) Talvez devido à influência castelhana de religiosos ou de militares no período do domínio espanhol,conforme Megale (2001, p. 389), no Nordeste brasileiro,a devoção se localizou em Sergipe e Pernambuco, especialmente em Itamaracá, onde até hoje a Santaé homenageada com a “Buscada Marítima”, ritual místico-religioso celebrado anualmente; no Recife, em capela situada ao lado da célebre fábrica Pilar, conhecida em todo o Brasil por seus biscoitos deliciosos, que zela pela manutenção do templo. A precursora das imagens de Nossa Senhora do Pilar em Minas Gerais foi a do arraial de Ouro Preto, que deve ter chegado ali na bandeira de Bartolomeu Bueno, pois seu modelo é de escultura castelhana do século XVII. Em 1696 iniciou-se a construção de uma 525 pequena ermida a ela dedicada, e que foi substituída pela atual matriz da histórica cidade, em torno da qual se desenvolvera o antigo arraial de Vila Rica. Ainda em Minas Gerais,Nossa Senhora do Pilar figura como titular da igreja de São João Del Rei. A atual basílica, um dos mais belos templos da cidade mineira, foi edificada em 1721 em substituição àcapela inicial incendiada pelos emboabas. Entre 1820 e 1850 aigreja foi ampliada, tendo sido construída a nova fachada de pedrado monumento que é uma autêntica jóia barroca da primeirafase desse estilo, em Minas Gerais. Acrescenta-se que, além dessas duas cidades mineiras, em Pitangui, onde também teve sua igreja incendiada, levantou-se altar à Virgem do Pilar. (36) NOSSA SENHORA DO PORTO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Senhora do Porto (1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nos períodos históricos 526 Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - - 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: - Séc. XIX – 1ª metade: 1 ocorrência N. S. do Porto (1) – NCf [Pron + Ssing +{Prep + Asing+ Ssing }] Séc.XIX – 2ª metade: - INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS De acordo com Megale (2001, p.404), a invocação de Nossa Senhora do Porto data talvez da época do estabelecimento do cristianismo na Gália. Segundo velha tradiçãoo famoso santuário de Clermont Ferrand, na França, foi iniciado no século VI, num local denominado desde eras remotas"Le Port". Foi, segundo a autora, diante da pequena imagem em estilo bizantino de NossaSenhora do Porto que os príncipes e nobres franceses, atendendoao apelo do papa urbano II no Concílio de Clermont Ferrand, tornaram-se cruzados e sob o brado de "Deus o quer" seguiram paraa Palestina afim de libertarem os Santos Lugares das mãos dosotomanos. Entretanto, o título de Senhora do Porto venerado em MinasGerais provém, conforme Lima Júnior (2008, p. 267) da padroeira da histórica cidade lusitana portadoradesse nome. Citando Frei Agostinho de Santa Maria, ressalta, entretanto, que a milagrosaImagem venerada no Porto é inspirada na invocação de Vendôme, também de origem francesa, trazida para Portugal no século X. A antiga vila de Portus Cale, berço da nação portuguesa, já existia no tempo do Império Romano e era um importante centro comercial. No ano de 982 ela pertencia ao rei de Leão, porém os mouros, em uma de suas sangrentas incursões na Península Ibérica, assaltaram a velha cidade portuária e, após várias atrocidades cometidas contra a população cristã, queimaram as igrejas e destruíram as imagens dos santos. Um valente cavaleiro português, D. Moinho Viegas, inconformado de ver sua pátria sob o jugo dos infiéis, dirigiu-se à França a fim de reunir um grupo de guerreiros cristãos para, numa santa cruzada, expulsarem o invasor muçulmano e reconquistarem a cidade do Porto. Sua nobre missão foi coroada de êxito e algum tempo depois uma poderosa esquadra proveniente da Gasconha fundeava na barra do Douro. Junto aos ardorosos combatentes encontrava-se o bispo de Vendôme, que tivera a idéia de trazer consigo, como protetora, uma cópia da milagrosa 527 imagem venerada em seu bispado. Como era costume naquela época antes de iniciarem a batalha, os cavaleiros se reuniam para rezar diante da Mãe de Deus e prometeram dar-lhe o patrocínio da povoação, caso conseguissem conquistá-la. Animados com a confiança na proteção de Nossa Senhora, combateram com tanta coragem, que conseguiram retomar a cidade. Assim que pisaram em solo portucalense, os valentes guerreiros pediram ao bispo de Vendôme que colocasse sobre a porta da possante muralha a imagem da Virgem Maria. Mais tarde, no vão da porta, foi construída uma pequena capela, posteriormente transformada em igreja, onde a Mãe de Deus recebe até hoje o culto de gratidão de seus queridos filhos. (MEGALE, 2008, p. 404- 405) Essa história, em que se narra uma milagrosa batalha da história portuguesa, propagou- se por toda a regiãoe a Virgem Maria tornou-se conhecida pelo nome de Senhora doPorto. Desse modo, por influência dos portugueses, essa invocação marianachegou às Minas Gerais, onde existem alguns templos a ela dedicados, sobretudo, nas cidades de Andrelândia e Senhora do Porto, que surgiram sob essa invocação. A respeito da última, está registrado, no Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais de Barbosa (1995, p.336), o seguinte: SENHORA DO PORTO Município da zonado Rio Doce, criado pela lei Nº 1039, de 12 de dezembro de1953, com território desmembrado do de Dom Joaquim. Odistrito foi criado em 1854, segundo esclarece o DicionárioCorográfico de Minas Gerais. A lei Nº 778, de 30 de maiode 1856, elevou o distrito a freguesia, com o título de NossaSenhora do Porto de Guanhães. Na divisão administrativa de1911, o distrito figura no município de Conceição, com onome de Nossa Senhora do Porto de Guanhães.A lei Nº 843, de 7 de setembro de 1923, reduziu o nomepara Porto de Guanhães e, ao mesmo tempo, transferiu odistrito do município de Conceição para o de Guanhães. E odecreto-lei Nº148, de 17 de dezembro de 1938, transferiu-opara o município de Dom Joaquim, mais uma vez mudandosua denominação para Senhora do Porto. A respeito das diferentes origens para essa invocação de Santa Maria, Megale (2001, p. 406) pontua o seguinte: tanto a imagem de Clermont como a de Vendôme representam a Virgem Maria e o Menino Jesus numa posição hierática e de majestosa dignidade, característica inerente à escultura religiosa da Alta Idade Média. Ambas, porém, atravessaram os séculos e sob o nome de Nossa Senhora do Porto proclamam que a Virgem Maria é o porto da Eterna Salvação, destinado a socorrer os náufragos no mar encapelado desta vida. 528 (37) NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - 1 - - - - 1 - 2 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora do Rosário (4) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 4 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 3 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 3 ocorrências N. S. do Rosário dos Pretos(1) – NCf [Pron + Ssing +{Prep + Asing+ Ssing + (Prep + Apl + Spl)}] Sra. do Rosário(2) – NCf [Ssing + {Prep + Asing + Ssing }] Séc. XIX – 1ª metade: 1 ocorrência S. do Rosário(1) – NCf [Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] Séc.XIX – 2ª metade: - 529 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS O título Nossa Senhora do Rosário deve-se à aparição da Virgem Maria, no século XIII, a São Domingos Gusmão. Como nos conta Lima Júnior (2008, p. 85-90), essa aparição ocorreu no sul da França, onde surgiu,no início do século XIII, uma heresia dirigidapor dois senhores feudais que, desejando impor as suas ideias por meio das armas, queimavam as igrejas, profanavamas imagens dos santos e perseguiam os católicosespalhando, desse modo, o terror entre os cristãos. Diante desses fatos, auxiliado por alguns sacerdotes, o cônego Domingos de Gusmão foi encarregado pelo papa Inocêncio IIIde combater a terrível heresia e reconquistar as almas para a Igreja. Entretanto, apesar de suaeloquência e seus esforços, a má vontade dos homens era tamanha que São Domingos passava as noites ao pé do altar, implorando oauxílio de Deus. E em uma dessas noites, apareceu-lhe a Virgem Mariasobre uma nuvem lumimosa e ensinou-lhe um métodode oração garantindo-lhe que daria resultados maravilhosos. Surge aí a devoção ao Rosário, composto sob a orientação da Rainha do Céu e que em pouco tempo trouxe de volta ao seio aIgreja inúmeros pecadores. A fim de perpetuar o esforço missionário que começara com tão férteis resultados, São Domingos de Gusmão fundou a Ordem dos Irmãos Pregadores ou Dominicanos, com a missão de propagar a devoçao ao ensinamento de Nossa Senhora, que logo se estendeu pordiversos países da Europa. A consagração definitiva do rosário foi por ocasião da famosa batalha naval de Lepanto, ganha pela Cristandade a 7 de outubro de 1571. Enquanto a armada cristã lutava desesperadamente contra os turcos, o povo em Roma rezava a oraçao en sinada pela Virgem Maria, A fim de imortalizar o triunfo das forças cristãs, Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, cujo nome foi mudado para Nossa Senhora do Rosário pelo seu sucessor, o papa Gregório XIII, que reconheceu no rosário a arma da vitória. No século XIX todo o mês de outubro foi dedicado pela Igreja Católica a esta piedosa oração. (MEGALE, 2001, p. 429-431) Desse modo, espalhou-se rapidamente a devoção do Rosário, e São Francisco de Assis, que viveu na mesma época de São Domingos, tornou-o obrigatório para os seus frades 530 menores e, por sua vez, pregou-a com grandes resultados. Conforme Lima Júnior (2008, p. 91), embora essa devoção já fosse corrente em Portugal pelas mãos dos padres de São Francisco, durante longos anos não foi menor o esforço dominicano, desde que, por solicitação de Dom João I, depois da batalha de Aljubarrota, se estabeleceu a primeira casa dominicana no Reino, sendo localizada na própria Quinta que o monarca possuía em Benfica e onde foi fundado o primeiro Convento Dominicano em Portugal. No Brasil, a devoção ao Santo Rosário foi trazida pelos missionários, sobretudo, pelos franciscanos, e logo se espalhou; principalmente entre os pretos escravos que nele encontraram as orações mais simples e populares: o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Eles usavam o rosário pendurado ao pescoço e depois dos trabalhos do dia reuniam-se em torno de um "tirador de reza" e ouvia-se então, no interior das senzalas, o sussurrar das preces dos cativos. O terço era toda a liturgia dos pobres, dos que não sabiam ler nem escrever, mas que elevavam sua alma na contemplação dos mistérios da vida de Maria e de seu Divino Filho. Segregados do convívio dos brancos por intransigentes preconceitos sociais, os pretos africanos, que afluíam às minas nas mais duras condições de escravidão, impossibilitados de prosseguirem no culto das divindades fetichistas, escolheram dentro do hagiológio católico três patronos: Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Ifigênia. Os dois últimos eram de origem africana.Mas por que eles escolheram a Virgem do Rosário? Diz o psicólogo Artur Ramos que os escravos de procedência banto, principalmente os da Angola e Congo, assim agiram porque a Senhora do Rosário já era sua padroeira na África, cujo culto para lá fora levado pelos colonizadores portugueses e pelos primeiros missionários que se dirigiram àquele continente com a finalidade de converter os selvagens à religião cristã. Outros afirmam que sua divulgação foi feita pelos Dominicanos e Franciscanos que tinham grande penetração nos antigos engenhos, e assim propagaram o culto da Virgem do Rosário. (MEGALE, 2001, p. 431) Em várias cidades do Brasil, sobretudo em Minas Gerais,nas vilas do ouro e dos diamantes, os negros associaram-seem confrarias sob o patrocínio dos santos escolhidos. Surgem aí as inúmeras Irmandades do Rosário, responsáveis pela edificação de templos que constituem primores de obra de arte. A esse respeito, Lima Júnior (2008, p.92) afirma que “a veterana Irmandade de Ouro Preto data de 1711 e em 1720 já tinha ermida no local onde se encontra a bela igreja dessa invocação. Foi irmandade rica e prestou grandes serviços na transformação moral dos negros em Minas”. Essas irmandades, ao celebrar a Festa do Rosário, enriqueceram a cultura popular com músicas, cânticos e danças próprias. A invocação de Nossa Senhora do Rosário é muito divulgadano Brasil, pois, de acordo com Megale (2001, p. 435) existem 222 paróquias a ela dedicadas.As mais bonitas 531 igrejas dedicadas à Virgem do Rosário são asde Ouro Preto. A do Caquende, famosa pela sua forma arredondada ostenta belíssima cantaria do Itacolomi nas faces curvilíneas.A outra, denominada Nossa Senhora do Rosário dos HomensPretos do Alto da Cruz, mais conhecida como de Santalfigênia, é o templo definitivo da confraria de negros patrocinadaspela Mãe de Deus. A ela se prende a história ou lenda dofamoso Chico Rei, soba africano escravizado, que após supremoesforço conseguiu economizar o suficiente para alforriar seu filhoe a si mesmo. Trabalhando os dois juntos, chegaram a libertar muitos de seus companheiros. Segundo Lima Júnior (2008, p.95), foram paróquias em Minas as seguintes localidades sob o patrocínio dessa invocação: Rosário do Sumidouro, Rosário da Itabira, Rosário de Cocais, Rosário da Lagoa (Aiuruoca), Rosário da Estiva (Pium-í). Para além das Minas Gerais, a Virgem do Rosário é venerada, de norte a sul do Brasil, em diversas cidades, dentre as quais citam-se: Paranaguá (PR), Jaboatão dos Guararapes (PE), Embu (SP), Cairu (BA), Oeiras (PI), Aracati e Russas (CE) e Pirenópolis (GO). (POEL, 2013, p.713) (38) NOSSA SENHORA DO SOCORRO ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 532 - - - - - - - - - - - 2 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora do Socorro (2) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS A invocação Nossa Senhora do Socorro pode se referir à redução de títulos diferentes atribuído à Virgem Maria: Nossa Senhora do Bom Socorro e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O primeiro tem origem na França, mais especificamente na pitoresca aldeia de Blosville, na Normandia,próximoàcidade de Ruão, onde está situado o santuário que atrai multidões de peregrinos em busca de proteção da Virgem do Bom Socorro. Conforme Megale (2001, p. 92), desde o ano de 1060 havia ali uma capela dedicada à MãeSantíssima, que foi substituída posteriormente por uma igreja paroquial,mas somente a partir do século XVIII este templo recebeuo nome de Santuário de Nossa Senhora do Bom Socorro. Nas palavras da autora, apresenta-se, a seguir, a lenda da origem dessa invocação: Contam que a milagrosa imagem foi esculpida em madeira por um modesto artífice que, munido de algumas ferramentas, procurou exprimir num tronco de árvore o grande amor que dedicava a Virgem Maria, que havia sido o seu “Bom Socorro”. O piedoso operário não aspirava aos louvores humanos mas apenas se esforçava em reproduzir a formosura da Rainha do Céu conforme idealizava o seu coração. Por esse motivo Nossa Senhora retribuiu o carinho de seu servo, abençoando a humilde escultura, que logo começou a operar maravilhas. A notíciados benefícios alcançados por intermédio da Virgem de Blosville se espalhou de tal maneira, que logo chegou aos ouvidos do Soberano Pontífice, o qual concedeu várias indulgências aos devotos frequentadores do santuário. No Brasil, essa devoção surgiu na cidade de Nova Trento, Santa Catarina, em 1901, ano em que começou a construção do oratório da santa no morro da Santa Cruz por causa de uma promessa do padre francês Alberto Russel SJ, que sofria de tuberculose. (POEL, 2013, p.711) Atualmente, o Santuário de Nossa Senhora do Bom Socorro ali localizado é centro de 533 peregrinação e a sua festa é celebrada no dia 3 de maio, juntamente com a festa de Santa Cruz. O título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,por sua vez, é mais antigo. De acordo com Megale (2001, p. 381), foi a própria Virgem que o usou, falando à menina a quem apareceu; ou porque fosse esse o título da imagem invocada em Creta, ou porque desejasse ser venerada com este nome daí por diante. Sobre a origem dessa invocação, conta a historiadora que havia, na ilha de Creta um quadro da Virgem Maria muitovenerado pela população devido aos estupendos milagres queoperava. Certo dia, porém, um rico negociante, pensando no bompreço que poderia conseguir por ele, roubou-o e levou-o para Roma.Durante a travessia do Mediterrâneo, o navio em que era transportado foi atingido por terrível tempestade, que ameaçou submergi-lo. Os tripulantes, mesmo sem saber da presença da sagrada imagem, no auge do desespero, recorreram à Virgem Mariae logo a tormenta passou, permitindo que a embarcação ancorasse em segurança num porto italiano. Passado algum tempo, o ladrão sacrílego faleceu e a Virgem Santíssima apareceu a uma menina, filha da mulher que guardava apintura em sua casa, avisando que a imagem de Santa Maria doPerpetuo Socorro deveria ser colocada numa igreja. No ano de 1499, o quadro foi levado, então, para a capela de São Mateus, em Roma, onde permaneceu por três séculos, até que o templo foi criminosamente destruído. Os religiosos se dispersaram e a santacaiu no esquecimento. A devoção atual deve-se, segundo Poel (2013, p. 712), aos redentoristas, que, em 1866, receberam das mãos do Papa Pio IX a incumbência de reconstruir a igreja, hoje dedicada a Santo Afonso, em Roma, e tornar conhecido o ícone de Nossa Senhora Perpétuo Socorro: “uma pintura sobre madeira, em estilo bizantino, onde se enlaçam a arte e a piedade, a elegância e a simplicidade. Dizem os entendidos que deve ser uma das diversas cópias do retrato da Virgem Santíssima feito por São Lucas e que o pintor era grego, porque são helênicas as letras das inscrições.” (MEGALE, 2001, p. 381) AoBrasil, esta invocação de Maria chegou, no final do século XIX, com os padres da Congregação do Santíssimo Redentor que aquise estabeleceram em 1893 e é atualmente um dos títulos mais populares entre os brasileiros, sendo celebrada no dia 27 de junho pelo calendário litúrgico, é festejada em vários estados brasileiros. Dentre os quais, citam-se o Pará, o Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 534 (39) NOSSA SENHORA DOS ANJOS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 1 ocorrência Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 1 ocorrência Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA - - - - - - - - - - - 1 Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora dos Anjos(1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing }] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Não consta dos mapas históricos INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Há, em uma planície próxima à cidade de Assis, na Itália, uma a majestosa basílica de Santa Maria dos Anjos. O artístico temploabriga em seu interior a capela da Porciúncula,pequenooratório retangular, onde S. Francisco reconheceu a suavocação,respondendo ao apelo que o próprio Deus lhe fizera através doslábios de um velho crucifixo. O nome de Santa Maria dos Anjos provém do fatode que naquela ermida, fundada por quatro peregrinos deretornoda Terra Santa, era venerado um fragmento do túmulo daMadonae que sempre se ouvia no local o canto dos espíritos celestes. Além disso, foitambém nesta capela tão pequena, que recebeu o nome de Porciúncula,isto é, pequena porção, que o Santo Patriarca recebeu acélebre indulgência do "Dia do Perdão". 535 Conta-se que certa noite estava S. Francisco em sua cela, rezando pela conversão dos pecadores, quando um anjo veio avisá-lo para dirigir-se à capelinha da Porciúncula. Ali chegando encontrou a Virgem Maria ao lado de seu Divino Filho e ambos rodeados de querubins e serafins. O Senhor, dirigindo-se ao Santo, disse-lhe que em recompensa de seu zelo na conversão dos pecadores poderia pedir-lhe o que quisesse. O seráfico pai pediu-lhe então uma indulgência plenária para todos aqueles que, tendo confessado e comungado, visitassem a igrejinha. Depois como que assustado com o seu atrevimento, suplicou à Virgem Maria que intercedesse a seu favor. Não resistindo ao apelo de ma Mãe Santíssima, Jesus Cristo concordou com o pedido, mas sob a condição de que fosse ratificado pelo Papa, o seu vigário na terra, aquem dera o poder de atar e desatar. No dia seguinte Francisco foi ao encontro do Santo Padre, que lhe concedeu a graça, porém apenas um dia no ano, a 2 de agosto. (MEGALE, 2001, p. 40-41) A data de 2 de agosto passou a ser, pois, denominada "Dia do Perdão", dia em que a Igreja celebra a festade Nossa Senhora dos Anjose aafluência de fiéis à basílica de Porciúncula é enorme. A festa do Perdão é ainda hoje uma das mais importantes da Ordem Franciscana, pois foi estendida, mais tarde, pelo Papa Sisto IV,a todas as suas igrejas, eNossa Senhora dos Anjospassou a ser a padroeira de muitas delas. A imagem dessa invocação mariana, geralmente representada em pintura ou baixo- relevo,assemelha-se à Senhora da Assunção, uma vez queaparecede pé ou sentada sobre nuvens e cercada de anjos. Conforme Megale (2001, p. 41), das seis paróquias brasileiras dedicadas a esta invocação, asmais importantes são: a igreja de Penedo (Alagoas) cominteressante frontaria barroca decorada em arenito e deslumbrantetrabalho em talha dourada na capela-mor e altares laterais, assimcomo a famosa Santa Maria dos Anjos de Cabo Frio, construídaem 1686 pelo povo, nos primeiros tempos da fundação da cidade. Entretanto, segundo a autora, o mais belo templo dedicadoaNossa Senhora dos Anjos é, inegavelmente,o de São Francisco de Assis de OuroPreto, que, além de ser uma das maravilhas da arquitetura colonialbrasileira, encerra as obras-primas de Aleijadinho e Manuel da Costa Ataíde, dois grandes artistasmineiros que retratarammagnificamente a imagem da padroeira. 536 (40) NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS ______________________________________________________________________ DADOS CONTEMPORÂNEOS – BANCO DE DADOS DO PROJETO ATEMIG Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Acidentes físicos: - Acidentes humanos: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nas doze mesorregiões C A M PO D A S V ER TE N TE S C EN TR A L M IN EI R A JE QU IT IN H O N H A M ET R O PO LI TA N A D E BH N O R O ES TE N O R TE O ES TE SU L/ SU D O ES TE D E M IN A S TR I N G U LO M IN EI R O V A LE D O M U C U R I V A LE D O R IO D O C E ZO N A D A M A TA 1 - - - - - - - 1 - - - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Nossa Senhora dos Remédios (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl+ Spl}] Senhora dos Remédios (1) – NCf [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl}] DADOS HISTÓRICOS – MAPAS DOS SÉCULOS XVIII E XIX Total de topônimos no Estado: 2 ocorrências Distribuição dos topônimos nos períodos históricos Séc.XVIII – 1ª metade Séc.XVIII – 2ª metade Séc.XIX – 1ª metade Séc.XIX – 2ª metade - 1 1 - Topônimos(no de ocorrências) – [estrutura morfológica] Séc.XVIII – 1ª metade: - Séc.XVIII – 2ª metade: 1 ocorrência Sra. dosRemédios(1) – NCf [Ssing + {Prep + Apl+ Spl}] Séc. XIX – 1ª metade: 1 ocorrência Sra. dosRemédios(1) – NCf [Ssing + {Prep + Apl+ Spl}] Séc.XIX – 2ª metade: - 537 INFORMAÇÕES ENCICLOPÉDICAS Citando o que dizia Santo Tomás de Vila nova, Megale (2001, p. 421) afirma que “Maria é o único remédio para todos os nossos trabalhos, todas as nossas angústias e todas as nossas necessidades. Ciente desta verdade, o povo deu vários títulos à Virgem Maria, como: Medicina do Mundo, Saúde dos Enfermos, Senhora da Saúde e Nossa Senhora dos Remédios.” Assim, como inúmeras outros, esse título de Nossa Senhora surge das invocações populares, sendo propagado oficialmente pela Ordem Hospitalar da Santíssima Trindadeque, com o objetivo de resgatar os cristãos escravizados na África e no Oriente Médio, foi fundada por São João da Mata e São Felix de Valois, em 1198. A devoção a Senhora dos Remédios foi introduzida em Portugal por missionários francesesdessa ordem religiosa, que estiveramem Lisboa no início do século XIII, onde se tornou muito popular, sobretudo, nas cidades deSantarém e Lamego. No Brasil, naturalmente por influência portuguesa, essa invocação é também muito popular, visto que vários são os templos religiosos a ela dedicados. Dentre os quais, podem ser citados, de acordo com Poel (2013, p.715), a Igreja do século XVII, na cidade de Paraty (RJ), onde é padroeira; no Piauí, as igrejas situadas nas cidades de Picos, Piripiri, União e Valência do Piauí; as capelas em Cachoeira (BA), do século XVIII, e em Jericó (PB). Ainda de acordo com o autor, encontra-se referência a essa invocação em São Luís do Maranhão, em Mamborê (PR) e Caxambu (MG). Em Minas Gerais, há também a cidade se Senhora dos Remédios, na mesorregião Campos das Vertentes conforme está registrado no Dicionário Histórico Geográfico de Minas Gerais de Barbosa (1995, p.336): SENHORA DOS REMÉDIOS Município criado pela lei No1039, de 12 de dezembro de 1953, com território desmembrado do de Barbacena. Trata-se de município novo, que já teve quatro nomes diferentes: Nossa Senhora dos Remédios, Remédios, Angoritaba e, finalmente Senhora dos Remédios. O povoado surgiu na segunda metade do século XVIII. Foi erguida a capela primitiva, filial da de Borda do Campo, “nas cabeceiras do Brejaúba, da serra da Mantiqueira, para dentro do sertão que se vai povoando, vertendo para o Xopotó”. O local da capela foi fixado pelo capelão da Ressaca, Pe. Antônio Moreira. A provisão episcopal autorizando a levantar a capela tem a data de 20 de março de 1763. Formou-se o arraial; e o patrimônio foi doado, em 1775, por Pedro Alves Carias (Cônego Trindade, op. cit.). A freguesia foi criada pela lei N· 1723, de 5 de outubro de 1870. A freguesia dos Remédios (sic), no município de Piranga, foi suprimida por lei de 1o de dezembro de 538 1873; e restaurada com a mesma denominação - Remédios – pela lei N· 2085, de 24 de dezembro de 1874. A lei N· 843, de 7 de setembro de 1923, reduziu a denominação do distrito de Nossa Senhora dos Remédios, no município de Barbacena,para Remédios. O decreto-lei No 1058, de 31 de dezembro de 1943, trocou o nome Remédios para Angoritaba. Finalmente, a lei No1039, ao criar o município, elevando Angoritaba à categoria de cidade, deu-lhe a denominação atual, Senhora dos Remédios. Fica na zona dos Campos das Vertentes. 539 4.2 Análise quantitativa e discussão dos resultados Os topônimos que integram os corpora desta pesquisa foram analisados descritivamente, no seção anterior, por meio de fichas lexicográficas que possibilitaram sistematizar os dados para a análise quantitativa que se segue. Desse modo, após constituição dos corpora, classificação onomástica, levantamento de dados enciclopédicos e estudo linguístico, passemos à análise quantitativa e discussão dos resultados, que foram realizadas de acordo com as informações contidas nas fichas lexicográficas, apresentadas sob a forma de tabelas, gráficos e cartas toponímicas. 4.2.1 Dados contemporâneos Conforme explicitado anteriormente, na seção 3.1.1, o corpus de dados contemporâneos foi formado a partir da consulta ao banco de dados do Projeto ATEMIG, que se constitui, por ora, de um total de 85391 topônimos coletados em mapas contemporâneos de Minas Gerais. Desse total de dados, focalizamos, nesta pesquisa, os nomes de lugar de natureza religiosa relativos aos santos e santas do hagiológio romano, os hagiotopônimos, que representam 5649 ocorrências ou 6,5% do total dos topônimos que integram o Banco de dados. GRÁFICO 1 – Identificação percentual dos hagiotopônimos em relação ao total de topônimos que integram o Banco de dados do Projeto ATEMIG. Fonte: Dados da pesquisa. 6,5% 93,5% Hagiotopônimos Outros topônimos 540 No gráfico 1, percebemos que esses topônimos de origem religiosa parecem não constituir a taxe predominante em Minas Gerais, representando 6,5% do total de topônimos do Estado. Entretanto, no cômputo geral dos dados do ATEMIG, em que se observa, para cada mesorregião, o número de ocorrências de cada uma das 27 taxes propostas por Dick (1990b), verifica-se que, dentre as taxionomias de natureza antropocultural, os hagiotopônimos aparecem com destaque em todas elas, figurando entre o 1º e o 5º lugar. A mesorregião Zona da Mata, por exemplo, sobressai em relação às demais, já que os nomes dessa taxe aparecem em 1º lugar, justificando, assim, o fato de maioria de nossos dados estarem situados nessa mesorregião, conforme se na seção mostrou na seção 4.1.1.1.1. Quanto às demais mesorregiões, observa-se que as denominações hagiotoponímicas aparecem em 2º lugar, no Vale do Mucuri, no Vale do Rio Doce, no Noroeste de Minas e no Sul e Sudoeste de Minas; em 3º lugar, no Jequitinhonha e Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; em 4º lugar, nas mesorregiões Central Mineira e Norte de Minas; e em 5º lugar, nas mesorregiões Campo das Vertentes, Metropolitana de Belo Horizonte e Oeste de Minas. Para demonstrar como os hagiotopônimos se distribuem nas mesorregiões mineiras, elaboramos a carta toponímica em que o número de ocorrências desses nomes em relação ao número total de topônimos de cada região é representado em números percentuais. Essa carta toponímica é o que apresentamos, a seguir, logo na sequência do mapa base das mesorregiões de acordo com IBGE, 2010 que orientou a confecção de todas as cartas desta pesquisa. 541 FIGURA 13 – Base cartográfica das mesorregiões mineiras de acordo com a Malha Municipal do Brasil – IBGE.2010. 542 FIGURA 14 – Carta Toponímica I: Distribuição dos hagiotopônimos na mesorregiões mineiras em números percentuais. 543 Diante dos resultados apresentados, percebe-se que a porção leste e o sul do estado são as regiões que apresentam maior densidade hagiotoponímica, justamente a região por onde, direta ou indiretamente, inicia o povoamento mineiro. Acreditamos, em virude disso, que a investigação dessa taxe, em território mineiro, tende a revelar valiosas informações no que concerne à organização histórica e sociocultural das mesorregiões mineiras. Desse modo, após serem identificados, esses hagiotopônimos foram analisados a partir da observação de três categorias onomásticas, quais sejam: os nomes de santos, os nomes de santas e os nomes de invocações da Virgem Maria a que chamamos de mariotopônimos. Constatou-se, então, que os nomes de santos são predominantes em território mineiro, como se pode verificar: de um total de 5649 hagiotopônimos, 3801 são dessa categoria onomástica, perfazendo um total de 67,3% do total de nomes, ao passo que os nomes de santas são representados por 1658 ocorrências ou 29,3% dos dados. Os nomes relativos a invocações da Virgem Maria, por sua vez, figuram, no léxico toponímico do Estado, com um número bem mais reduzido, visto que foram quantificadas apenas 190 ocorrências de mariotopônimos, o que representa 3,4% do total de hagiotopônimos analisados, como mostra a Tabela 1. TABELA 1 – Distribuição dos hagiotopônimos sob análise por categoria onomástica. Ocorrências Percentuais Nomes de Santos 3801 67,3% Nomes de Santas Mariotopônimos 1658 190 29,3% 3,4% Total de hagiotopônimos 5649 100% Fonte: Dados da pesquisa. O gráfico, a seguir, permite que visualizemos esses números: 544 GRÁFICO 2 – Identificação percentual dos hagiotopônimos por categoria onomástica nos dados contemporâneos. Fonte: Dados da pesquisa. Com a intenção de verificar a preferência regional pelo emprego sistemático dessas denominações em território mineiro, observou-se, em relação ao número total de topônimos quantificados nas doze mesorregiões do Estado, a distribuição das categorias onomásticas mencionadas em cada uma delas, como mostra a Tabela 2. 67,3% 29,3% 3,4% Nomes de santos Nomes de santas Mariotopônimos 545 TABELA 2 – Distribuição das categorias toponímicas nas doze mesorregiões mineiras. Mesorregião Nomes de Santos Nomes de Santas Mariotopônimos Total de topônimos do ATEMIG Ocor. % Ocor. % Ocor. % Ocor. % Campos das Vertentes 78 2 28 0,8 5 0,1 3738 4,4 Central Mineira 103 2,5 54 1,3 10 0,2 4063 4,8 Jequitinhonha 282 4,1 110 1,6 11 0,2 6794 8 Metropolitana de BH 311 3,2 107 1,1 5 0,05 9588 11,2 Noroeste de Minas 119 4,9 42 1,7 1 0,04 2427 2,8 Norte de Minas 358 3,8 104 1,1 4 0,04 9466 11 Oeste de Minas 132 2,6 59 1,2 4 0,08 5012 6 Sul e Sudoeste de Minas 492 4,9 274 2,7 42 0,4 10160 11,9 Triângulo/Alto Paranaíba 358 3,1 177 1,5 41 0,4 11373 13,3 Vale do Mucuri 160 6,8 75 3,2 4 0,2 2333 2,7 Vale do Rio Doce 484 6,6 220 3 28 0,4 7336 8,6 Zona da Mata 924 7 408 3,1 35 0,3 13101 15,3 Total 3801 4,4 1658 1,9 190 0,2 85391 100% Fonte: Dados da pesquisa. Nessa tabela 2, verifica-se, tanto em relação ao número de ocorrências quanto aos números percentuais, que a distribuição dos topônimos de origem religiosa sob análise, 546 seguindo uma tendência geral – nomes de santos > nomes de santas > mariotopônimos –, ocorre de forma diferenciada em território mineiro. No que se refere à quantidade de ocorrências para cada categoria onomástica, nota-se os nomes de santos, predominantes em todas as mesorregiões, têm numero de ocorrências de 2 a 3 vezes maior em relação aos nomes de santas nas doze mesorregiões. Quanto aos mariotopônimos, percebe-se que não há um padrão, já que essa diferença em relação aos nomes de santos varia de 9 a 120 vezes. As mesorregiões Triângulo Mineiro/Alto Parabaíba, Campo das Vertentes e Sul/Sudoeste de Minas se destacam com maiores índices de nomes de invocações à Virgem Maria, uma vez que o número de ocorrências é de 9 a 11 vezes menor que o número de santos. Na sequência, estão o Campo das Vertentes, o Vale do Rio Doce, Jequitinhonha e a Zona da Mata com número de ocorrência desses nomes de 16 a 26 vezes menor; as mesorregiões Oeste, Vale do Mucuri e Metropolitana de Belo Horizonte, por sua vez, apresentam ocorrências de 30 a 60 vezes menor; e, com os índices mais reduzidos, estão o Norte e o Noroeste de Minas, em que o número de mariotopônimos é de 90 a 120 vezes menor que o número de nomes de santos. Apresentamos, a seguir, as considerações concernentes aos números percentuais que se orientam por este gráfico 3. GRÁFICO 3 – Distribuição dos hagiotopônimos nas mesorregiões mineiras em percentual. 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% Mariotopônimos Nomes de Santos Nomes de Santas 547 Em relação ao número total de topônimos registrados no Banco de Dados do Projeto ATEMIG em cada mesorregião, os nomes de santos, que são predominantes em todas elas, aparecem com maior destaque na Zona da Mata (7%), Vale do Mucuri (6,8%), Vale do Rio do Doce (6,5%), Sul e Sudoeste (4,9%) e Noroeste (4,9%). Por outro lado, as mesorregiões Campo das Vertentes, Central Mineira e Oeste de Minas registram os menores índices de ocorrência dessa categoria toponímica, com 2%, 2,4% e 2,6%, respectivamente. Figurando com menor realce, os nomes de santas são mais recorrentes no Vale do Mucuri (3,2%), na Zona da Mata (3,1%), no Vale do Rio Doce (3%) e no Sul e Sudoeste de Minas (2,7%). O menor índice de ocorrência dessas denominações, assim como os nomes de santos, também ocorre no Campo das Vertentes (0,8%), sendo que nas mesorregiões Metropolitana de Belo Horizonte e Norte de Minas apenas 1,1% dos topônimos totais nelas quantificados são nomes de santas. Os mariotopônimos, por sua vez, que aparecem em número bem reduzido em todo o território mineiro, apresentam-se com destaque no Sul e Sudoeste de Minas, no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba e Vale do Rio Doce, com 0,4%, e na Zona da Mata, com 0,3% de ocorrências desses nomes em relação ao número total de topônimos coletados em cada uma delas. As mesorregiões Norte, Noroeste, Oeste de Minas e Metropolitana de Belo Horizonte apresentam pouquíssimas ocorrências de mariotopônimos, pois, em todas elas, o índice de ocorrência dessa categoria toponímica é inferior a 0,1%. Para demonstrar melhor esses resultados foram elaboradas, a partir dos dados, cartas toponímicas, considerando tanto os resultados gerais quanto os resultados para uma das categorias onomásticas mencionadas. É o que trazem as páginas seguintes, em que, além da carta base, são apresentadas quatro cartas temáticas, a saber: a) Carta Toponímica II – Distribuição das categorias toponímicas analisadas nas doze mesorregiões mineiras. Nessa carta, observam-se, através de ícones, os percentuais dos nomes de santos, dos nomes de santas e dos mariotopônimos em cada uma das mesorregiões. b) Carta Toponímica III – Distribuição dos nomes de santos nas doze mesorregiões mineiras. Pela variação cromática da cor roxa, verificam-se, através de números percentuais, as mesorregiões em que esses nomes se destacam. c) Carta Toponímica IV– Distribuição dos nomes de santas nas doze mesorregiões mineiras. Nessa carta, usa-se a variação cromática da cor rosa para demonstrar, 548 através de números percentuais, as mesorregiões em que essas denominações aparecem com destaque. d) Carta Toponímica V – Distribuição dos nomes referentes às invocações à Virgem Maria nas doze mesorregiões mineiras. Pela variação cromática da cor laranja, verificam-se, através de números percentuais, as mesorregiões em que essa categoria toponímica é mais recorrente. 549 Figura 15 – Carta toponímica II: Distribuição das categorias toponímicas analisadas nas doze mesorregiões mineiras. 550 FIGURA 16 – Carta Toponímica III: Distribuição dos nomes de santos na toponímia das doze mesorregiões mineiras. 551 FIGURA 17 – Carta Toponímica IV: Distribuição dos nomes de santas na toponímia das doze mesorregiões mineiras. 552 FIGURA 18 – Carta Toponímica V: Distribuição dos mariotopônimos nas doze mesorregiões mineiras. 553 4.2.1.1 Quanto à classificação do acidente geográfico Diferentemente dos dados históricos, os dados contemporâneos desta pesquisa foram analisados quanto à classificação dos acidentes geográficos, isto é, quantificaram- se os acidentes físicos e os acidentes humanos a que se referem os hagiotopônimos sob análise, para cada categoria onomástica considerada, o que nos permitiu fazer as afirmações seguintes. De uma forma geral, há, no léxico toponímico mineiro atual, a predominância de hagiotopônimos referentes a acidentes humanos, visto que dos 5649 nomes quantificados, 3563 são relativos a cidades, vilas, localidades, fazendas, dentre outros, perfazendo 63% do total de topônimos analisados, o que pode ser observado no gráfico 4, na sequência. Os acidentes físicos – rios, córregos, serras etc. –, por sua vez, são representados por 2086 nomes, correspondendo, assim, a 37% dos dados. GRÁFICO 4 – Classificação dos hagiotopônimos quanto à natureza do acidente geográfico. Fonte: Dados da pesquisa. No que se refere à classificação dos acidentes geográficos de acordo com as categorias onomásticas sob análise, verifica-se que, mantendo-se a tendência observada 37% 63% Acidentes Físicos Acidentes Humanos 554 de forma geral, os acidentes humanos são predominantes em todas elas. Ressalta-se que, para os mariotopônimos, o índice de ocorrências de denominações referentes a esse tipo de acidente é ainda mais significativo, pois corresponde a 94% dos dados, ou seja, dos 190 nomes referentes às invocações a Virgem Maria presentes em território mineiro, há apenas 6% – ou 12 ocorrências – de acidentes físicos. Considerando os nomes de santos, observa-se que, do total de 3801 dados, 2268 são referentes a acidentes humanos, o que corresponde a 60% dos topônimos; já os acidentes físicos são designados por 1533 nomes dessa categoria toponímica, ou 40% dos dados. Os nomes de santas, em sua maioria, também se referem a acidentes humanos, visto que, dos 1658 topônimos quantificados, 1117 ocorrências (67%) são referentes a acidentes dessa natureza, ao passo que 541 nomes dessa categoria referem-se a acidentes físicos, o que equivale a 37% do total dessas denominações. O gráfico 5, a seguir, demonstra esses resultados. GRÁFICO 5 – Classificação dos hagiotopônimos quanto à natureza do acidente geográfico de acordo com as categorias onomásticas analisadas. Fonte: Dados da pesquisa Detalhando um pouco mais a análise em relação ao que se observa nos dados quanto ao tipo de acidente geográfico, foram quantificados, por categoria toponímica considerada, cada tipo de acidente físico – rios, córregos, serras etc. – e humano – Acidentes Físicos Acidentes Humanos       Nomes de Santos Nomes de Santas Mariotopônimos 555 cidades, localidades, fazendas etc. –, como demonstramos, a seguir, através de gráficos e de cartas toponímicas elaboradas para este fim, em que buscou mapear, em relação aos hagiotopônimos, os acidentes mais recorrentes no Estado. Iniciando-se pelos topônimos constituídos por nomes de santos, observa-se que, de um total de 3801 nomes, 2268 são relativos a acidentes humanos: 1494 são fazendas, 386 localidades, 185 povoados, 103 vilas, 68 cidades, 43 sítios, 4 chácaras, 4 retiros, 1 granja, 1 recanto e 1 estância. GRÁFICO 6 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santos quanto ao tipo de acidente humano. Fonte: Dados da pesquisa. Quanto aos acidentes físicos, foram identificados 1533 topônimos referentes a 911 córregos, 308 ribeirões, 82 serras, 147 rios, 40 lagoas, 20 riachos, 7 morros, 5 chapadas, 4 cachoeiras, 4 veredas, 2 serrotes, 2 ilhas e 1 campo. 65% 17% 8% 4,5% 3% 1,9% 0,2% 0,2% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0,04% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Fazendas Localidades Povoados Vilas Cidades Sítios Chácaras Retiros Recantos Granja Estâncias Solar Distritos Portos 556 GRÁFICO 7 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santos quanto ao tipo de acidente físico. Fonte: Dados da pesquisa. Para ilustrar os resultados apresentados, nos gráficos 6 e 7, apresentam-se, nas páginas subsequentes, seis cartas temáticas, sendo que, nas três primeiras, foram mapeados, em municípios mineiros, os acidentes geográficos de natureza humana mais recorrentes e, nas três últimas, os acidentes de natureza física. São elas: a) Carta Toponímica VI – Índice do número de ocorrências de fazendas com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. b) Carta Toponímica VII – Índice do número de ocorrências de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros c) Carta Toponímica VIII – Índice de ocorrências de municípios mineiros com ‘nomes de santos’. d) Carta Toponímica IX – Índice do número de ocorrências do número de córregos com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros e) Carta Toponímica X – Índice do número de ocorrências do número de rios, riachos e ribeirões com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros f) Carta Toponímica XI – Índice do número de ocorrências do número de serras com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. 59,4% 20,1% 9,6% 5,4% 2,6% 1,3% 0,5% 0,3% 0,2% 0,2% 0,1% 0,1% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Córregos Ribeirões Rios Serras Lagoas Riachos Morros Chapadas Cachoeiras Veredas Serrotes Ilhas 557 FIGURA 19 – Carta Toponímica VI: Distribuição de fazendas com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. 558 FIGURA 20 – Carta Toponímica VII – Distribuição de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros 559 FIGURA 21 – Carta Toponímica VIII: Distribuição de municípios mineiros com ‘nomes de santos’. 560 FIGURA 22 – Carta Toponímica IX: Distribuição de córregos com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. 561 FIGURA 23 – Carta Toponímica X – Distribuição de rios, riachos e ribeirões com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. 562 FIGURA 24 – Carta Toponímica XI: Distribuição de serras com ‘nomes de santos’ em municípios mineiros. 563 Observando-se os dados referentes aos nomes de Santas, verifica-se que dos 1658 topônimos dessa categoria onomástica, 1117 são relativos a acidentes humanos: 870 são fazendas, 125 localidades, 47 povoados, 30 vilas, 30 cidades, 7 sítios, 3 chácaras, 2 loteamentos, 1 estância, 1 granja e 1 represa. GRÁFICO 8 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santas quanto ao tipo de acidente humano. Fonte: Dados da pesquisa No que se refere aos acidentes físicos, foram identificados 541 topônimos referentes a 357 córregos, 80 ribeirões, 39 serras, 36 rios, 9 lagoas, 8 riachos, 3 morros, 2 chapadões, 2 serrotes, 1 cachoeira, 1 chapada, 1 cabeceira, 1 pedra e 1 pedreira. 78% 11.2% 4.1% 2.6% 2.6% 0.7% 0.3% 0.2% 0.1% 0.1% 0.1%       Fazendas Localidades Povoados Cidades Vilas Sítios Chácaras Loteamentos Estância Represa Granja 564 Gráfico 9 – Identificação percentual dos topônimos constituídos por nomes de santas quanto ao tipo de acidente físico. Fonte: Dados da pesquisa Os resultados apresentados, nos gráficos 8 e 9, são demonstrados também por meio do mapeamento dos acidentes geográficos em municípios mineiros. Para tanto, apresentam, nas páginas subsequentes, seis cartas temáticas, sendo que, nas três primeiras, tem-se a representação dos acidentes geográficos de natureza humana mais recorrentes e, nas três últimas, dos acidentes de natureza física, quais sejam: a) Carta Toponímica XII – Índice do número de ocorrências de fazendas com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. b) Carta Toponímica XIII – Índice do número de ocorrências de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros c) Carta Toponímica XIV – Índice de ocorrências de municípios mineiros com ‘nomes de santas’. d) Carta Toponímica XV – Índice do número de ocorrências do número de córregos com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros e) Carta Toponímica XVI – Índice do número de ocorrências do número de rios, riachos e ribeirões com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros f) Carta Toponímica XVII – Índice do número de ocorrências do número de serras com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. 66% 14,8% 7,2% 6,6% 1,8% 1,5% 0,5% 0,3% 0,3% 0,2% 0,2% 0,2% 0% 0%       Córregos Ribeirões Serras Rios Lagoas Riachos Morros Chapadões Serrotes Chapadas Cabeceiras Cachoeiras Pedras Pedreiras 565 FIGURA 25 – Carta Toponímica XII – Distribuição de fazendas com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. 566 FIGURA 26 – Carta Toponímica XIII – Distribuição de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. 567 FIGURA 27 – Carta Toponímica XIV – Distribuição de municípios mineiros com ‘nomes de santas’. 568 FIGURA 28 – Carta Toponímica XV: Distribuição de córregos com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. 569 FIGURA 29 – Carta Toponímica XVI: Distribuição de rios, riachos e ribeirões com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. 570 FIGURA 30 – Carta Toponímica XVII: Distribuição de serras com ‘nomes de santas’ em municípios mineiros. 571 No que se refere aos mariotopônimos, observa-se que dos 190 topônimos constituídos de nomes de invocações à Virgem Maria,178 são relativos a acidentes humanos: 151 são fazendas, 7 vilas, 5 localidades, 5 cidades, 5 sítios, 2 povoados, 2 chácaras e 1 granja. GRÁFICO 10 – Identificação percentual dos mariotopônimos quanto ao tipo de acidente humano. Fonte: Dados da pesquisa. Os acidentes físicos, por sua vez, apresentam poucas ocorrências. Foram identificados apenas 12 topônimos referentes a 5 ribeirões, 3 córregos, 2 grutas, 1 ilha e 1 chapadão. GRÁFICO 11 – Identificação percentual dos mariotopônimos quanto ao tipo de acidente físico. 85% 4% 3,8% 2,8% 2,8% 1% 1% 0,6%       Fazendas Vilas Localidades Sítios Cidades Povoados Chácaras Granja 42% 25% 17% 8% 8%       Ribeirões Córregos Gruta Ilha Chapadão 572 Em virtude da parca ocorrência de acidentes físicos, para essa categoria onomástica, foram elaboradas cartas toponímicas apenas para representar a distribuição espacial, em municípios mineiros, dos acidentes humanos, a saber: a) Carta Toponímica XV – Índice do número de ocorrências de fazendas com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’ em municípios mineiros. b) Carta Toponímica VI – Índice do número de ocorrências de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’ em municípios mineiros. c) Carta Toponímica XVII – Índice de ocorrências de municípios mineiros com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’. 573 FIGURA 31 – Carta Toponímica XV – Distribuição de fazendas com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’ em municípios mineiros. 574 FIGURA 32 – Carta Toponímica VI – Distribuição de localidades, povoados e vilas com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’ em municípios mineiros. 575 FIGURA 33 – Carta Toponímica XVII: Distribuição de municípios mineiros com ‘nomes de invocações à Virgem Maria’. 576 4.2.1.2 Quanto à forma e ao gênero Nos 5649 hagiotopônimos analisados, predomina o gênero masculino representado pelos nomes de santos com 3801 ocorrências, correspondendo a 67,3% dos dados como se pode comprovar pelo gráfico 12. O gênero feminino, representado pelos nomes de santas e mariotopônimos, soma 1848 ocorrências, o que corresponde a 32,7% do total de topônimos analisados. Destes últimos, 227 topônimos, o que equivale a 12,3%, são simples e 1621 topônimos, o que corresponde a 87,7% do total, são nomes femininos compostos. Em relação aos nomes masculinos, registra-se 99,3% de composição ou 3774 ocorrências e apenas 0,7% das ocorrências (ou 27 topônimos) são nomes simples. Verifica-se, desse modo, que a composição sintagmática é predominante tanto no que se refere aos hagiotopônimos masculinos quanto no que se refere aos femininos. GRÁFICO 12 – Identificação percentual dos topônimos em relação ao gênero. Fonte: Dados da pesquisa. Vejamos, a seguir, como esses nomes se estruturam morfologicamente de acordo com o gênero. 67,3% 32,7 % Composição por gênero Nm + NCm Nf + NCf 577 4.2.1.2.1 Hagiotopônimos masculinos Os nomes simples, conforme mencionamos, correspondem a apenas 0,7% dos hagiotopônimos masculinos, sendo representados pela forma de [Ssing] em todas as ocorrências. Os nomes compostos masculinos, por sua vez, são constituídos das seguintes estruturas morfológicas: [Qv + Antrop (Pren)] = 84% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)/ Qv + Antrop (Pren)] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Prencomp)] = 0,7% das ocorrências [Qv + Antrop (Hip)] = 1,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Ort)] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Ssing] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Spl] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Num] = 0,05% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] = 0,3% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Spl }] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Antrop (Ort)}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + Antrop (Pren)}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] = 7,3% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + dim }] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop + { Prep + Asing + Ssing + aum}] = 0,1% das ocorrências [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + Asing + Ssing}] = 0,05% das ocorrências [Qv + Antrop (Hip)+ {Prep + Asing + Ssing}] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Adjsing] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Adjsing + SSing }] = 0,06% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Adjsing + SSing}] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] = 0,7% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl}] = 1,3% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl + Adjpl}] = 0,06% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Num + Spl}] = 0,07% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + ADV}] = 1% das ocorrências [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + ADV}] = 0,06% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + ADV}] = 0,1% das ocorrências 578 [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + ADV}] = 0,07% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing + (Prep + Asing +Ssing)}] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing + (Prep + Apl +Spl)}] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + { Prep + Asing + Ssing (Prep + Asing + Ssing}] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl + Prep + Ssing }] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + { Prep + Asing + Ssing + (Prep + Antrop (Ort))}] = 0,03% das ocorrências [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + ADV+ (Prep + Antrop (Ort))}] = 0,03% das ocorrências [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] = 0,1% das ocorrências 4.2.1.2.2 Hagiotopônimos femininos Como nomes simples, os hagiotopônimos femininos se dividem em: 227 topônimos ou 98,7% das ocorrências na forma de [Ssing] e 3 topônimos, correspondendo a 1,3% das ocorrências na forma de [Ssing + dim]. Os nomes compostos femininos distribuem-se nas estruturas: [Qv + Antrop (Pren)] = 74,4% das ocorrências [Qv + Antrop (Hip)] = 2,7% das ocorrências [Qv + Antrop (Hip) + { Prep + Spl}] = 0,08% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] = 0,4% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Spl }] = 0,24% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+ { Prep + Asing + Ssing + aum}] = 0,08% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+{Prep + Asing + SSing}] = 2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + dim }] = 0,08% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+ { Prep + Ssing + Adjsing} ] = 0,08% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] = 0,16% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl}] = 0,24% das ocorrências [Qv + Antrop + {Prep + ADV}] = 0,9% das ocorrências 579 [Qv + Antrop (Pren) + { Prep + Antrop (Ort)}] = 0,6% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing (Prep + Asing + Ssing}] = 0,08% das ocorrências [Ssing + Ssing] = 0,16% das ocorrências [Ssing + {Prep + Ssing}] = 0,24% das ocorrências [Ssing + {Prep + Spl}] = 0,16% das ocorrências [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] = 0,24% das ocorrências [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] = 2,25% das ocorrências [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] = 0,6% das ocorrências [Ssing + {Prep + ADV}] = 016% das ocorrências [Ssing + {Prep + Asing + ADV}] = 0,08% das ocorrências [Ssing + {Prep + Asing + Ssing + Adjsing}] = 0,08% das ocorrências [Ssing + {Prep + Ssing + (Prep + Spl)}] = 0,08% das ocorrências [Pron + Ssing] = 0,24% das ocorrências [Pron + Ssing + Antrop (Pren) ] = 5,6% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Ssing}]= 0,16% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Antrop (Pren)}] = 1,4% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] = 1% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing}] = 2,6% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Apl+ Spl}] = 3% das ocorrências 4.2.1.3 Quanto aos processos de formação dos hagiotopônimos contemporâneos Partindo da premissa de que, segundo Seabra (2004, p. 312), motivação- convenção-identificação, apoiadas na estruturação léxica, constituem as três constantes fundamentais do ato de nomear, esta seção aborda os processos de formação dos topônimos, limitando-se ao aspecto fonético-lexical. Em nossa pesquisa, conforme demonstramos na seção anterior, predomina o processo de formação por composição, visto que, dos 5649 topônimos sob análise, 5395 são nomes compostos, o que equivale a 95,5% dos dados. Os nomes simples, por sua vez, somam 254 dados ou 4,5% das ocorrências totais. Acrescenta-se ainda que os únicos casos desses nomes, representados pelos topônimos Santiago (27 ocorrências) e Santana (224 ocorrências), são, de acordo com 580 Guérios (1994, p.294), resultantes das composições Santo Iago (Sant’Iago) e Santa Ana (Sant’Ana), respectivamente. Em relação ao nome feminino, ressalta-se a ocorrência do processo de derivação sufixal em que o sufixo de diminutivo -inha permite que se tenha a forma Santaninha (3 dados). A predominância da composição pode ser justificada pelo fato de que os dados analisados, por serem hagiotopônimos, são, em sua maioria, constituídos pela forma [qualificativo + antropônimo], que somando 4510 ocorrências correspondem a 83,6% dos nomes compostos. Dentre esses nomes, destacam-se as estruturas: a) qualificativo + antropônimo (prenome): constituindo-se a partir do qualificativo santo (e suas variações santa, são e s.) anteposto ao nome próprio de pessoa simples, esta é a composição mais recorrente entre os topônimos analisados somando 4390 ocorrências, das quais 77,3% são hagiotopônimos masculinos, como é o caso de São José, São Pedro, São Vicente, entre outros muitos. Os hagiotopônimos femininos, como Santa Bárbara, Santa Helena e Santa Luzia, por exemplo, representam 22,7% desses dados. b) qualificativo + antropônimo (prenome composto): nessa composição, o qualificativo antecede a um antropônimo composto, como São João Batista e São Judas Tadeu, por exemplo. São 26 ocorrências desse tipo de composição, todas de hagiotopônimos masculinos. c) qualificativo + antropônimo (hipocorístico): nesse caso, a coordenação é feita entre o qualificativo e um hipocorístico, que, segundo Amaral (2011, p.72), pode ser compreendido como um item formado a partir de uma alteração morfológica (abreviação, diminutivo, aumentativo...) de outro antropônimo, geralmente usado em contextos familiares. Trata-se, então, de um processo de composição e derivação, já que aos nomes próprios de pessoas são acrescentados sufixos: de diminutivo, -inho, -inha, -ico, como em Santo Antoninho, São Bentinho, Santa Aninha, Santa Rosinha, São Joanico, São Juanico e de aumentativo, -ão, como em São Bentão. Os topônimos formados por hipocorístico somam 80 ocorrências, sendo 46 (ou 57,5%) de nomes masculinos e 34 (ou 42,5%) de nomes femininos. d) qualificativo + antropônimo (ortônimo): em relação às anteriores, essa composição se apresenta em menor número, somando 15 ocorrências em que 581 o qualificativo é acompanhado de um ortônimo, ou nome civil completo de uma pessoa, constituído de prenome e sobrenome(s). (AMARAL, 2011, p. 69). São exemplos dessa composição, que só ocorreu no gênero masculino, os topônimos São Francisco Xavier, São Benedito Muniz e São Sebastião Moreira. O restante dos dados ou 885 hagiotopônimos, o que equivale a 16,4% das ocorrências dos nomes compostos, dividem-se em três grupos: i) 648 ocorrências de nomes constituídos do sintagma nominal predominante (qualificativo + antropônimo) acompanhado de um item léxico-gramatical ou de sintagmas preposicionados que, em seu aspecto formal, assim se apresentam: a) qualificativo + antropônimo + item léxico-gramatical: nessa composição, o sintagma nominal, representado pelo hagiônimo ou nome de santo(a), é acompanhando de um item léxico-gramatical. São 24 composições desse tipo, dentre as quais 7 ocorrências em que o hagiônimo é acompanhado de substantivo singular, como em São José Cachoeira e São Miguel Setúbal; 1 ocorrência de substantivo plural, São Sebastião Poções; 14 ocorrências de adjetivo singular, como em São Jerônimo Grande e São Mateus Pequeno; e 2 ocorrências de numeral, São Bento II e São Mateus II. b) qualificativo + antropônimo + sintagma preposicionado: com 624 ocorrências, essas são as composições mais criativas e encerram características bastante populares. Isto porque, nessas composições, é possível perceber o espírito criador da língua, que se revela em formações com um sentido agudo de observação e de expressividade, sobretudo no que se refere aos topônimos que se constituem de larga escala de composição, como Santo Antônio de Nova Belém, São Mateus de João de Deus, Santo Antônio dos Olhos d’Água, Santo Antônio das Minas Vermelhas, São Sebastião das Águas Claras, São Sebastião das Três Barras, São Pedro da Água Limpa, São Gonçalo do Rio das Pedras, São José do Capão do Onça, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Lourenço de Baixo, São Boa Ventura de Cima, São Lourenço do Meio, Santa Edwiges da Matinha, Santa Leonora do Porto Rico, Santa Rosa dos Dourados, Santa Luzia de Aristóteles Santana, Santa Rita do Rio do Peixe, entre outros muitos. 582 Além dos casos citados, nesse grupo, merecem destaque os seguintes sintagmas preposicionados: {Prep + Asing + Ssing}, {Prep + Apl + Spl}, {Prep + Asing + Ssing + Adjsing } e {Prep + Asing + Adjsing + Ssing}. Estes últimos, que podem ser exemplificados pelos topônimos Santo Antônio da Nova Esperança e São Sebastião do Rio Verde, respectivamente, somam 45 ocorrências. Alguns dos determinantes desse tipo, como é caso de “da boa vista”, “da bela vista”, “do monte verde” e “do rio preto”, aparecem mais de uma vez, no léxico toponímico mineiro, referindo a diferentes hagiônimos, quais sejam: Santo Antônio da Boa Vista, São José da Boa Vista, São José da Bela Vista, São Sebastião da Bela Vista, Santa Bárbara do Monte Verde, São Sebastião do Monte Verde, Santo Antônio do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, São José do Rio Preto e São Sebastião do Rio Preto. Os dois primeiros sintagmas preposicionados, bem mais recorrentes do que os últimos, somam 402 ocorrências e se destacam, sobretudo, por dois motivos: por reunir não só determinantes provenientes da língua portuguesa, mas também por privilegiar diferentes campos semânticos, como a fauna, a flora, a alimentação, a religião, os pontos cardeais, os nomes de família etc. Apesar de não estar no escopo deste trabalho investigar a origem dos hagiotopônimos, visto que, pela natureza dos dados, partimos do pressuposto de que são todos de origem portuguesa, apresentamos, a seguir, os determinantes que integram esse subgrupo de sintagmas preposicionados organizados de acordo com a sua origem. QUADRO 21 – Determinantes de origem portuguesa. da Acesita (2), da Alegria, da Aurora, da Barra (11), da Bocaina (2), da Cachoeira (3), da Carapina, da Chapada, da Cruz, da Estiva (2), da Estrela (4), da Figueira (6), da Figueira (7), da Fortaleza (5), da Fortuna (2), da Garça, da Grama, da Lagoa (3), da Lapa (3), da Limeira, da Maravilha (2), da Mata (8), da Moeda, da Morada (2), da Natividade, da Neblina, da Palmeira, da Pedra, da Piedade, da Ponte, da Prata, da Ressaca (2), da Roseira, da Safira, da Serra (7), da Soledade, da União, da Vala, da Várzea, da Ventania, da Vereda, das Dores, das Abóboras, das Almas, das Campinas, das Contendas, das Gaitas, das Letras, das Mercedes (2), das Mercês, das Missões, das Nogueiras, das Palmeiras (6), das Pitangueiras, das Posses, das Torres (2), das Tronqueiras, do Alegre (2), do Amparo, do Anta (2), do Arrozal, do Avaí, do Aventureiro, do Baixio (2), do Barreado, do Barreiro (8), do Barro, do Batatal (4), do 583 Bebedouro (2), do Bonito (4), do Boqueirão, do Borja (4), do Braz, do Cágado (2), do Capim (1), do Carneiro, do Cedro, do Chalé, do Cipó, do Cruzeiro, do Divino (3), do Eme, do Escuro (2), do Feixe (7), do Franco (2), do Funil, do Glória (3), do Goiabal (2), do Gouveia (1), do Grama (5), do Guiné, do Lajeado, do Leite, do Leste, do Livramento, do Lunardo (2), do Mangue, do Mantimento (2), do Meloso, do Mocambo, do Norte, do Oeste, do Oriente, do Paiol, do Palmela (2), do Pântano, do Pará, do Paraíso (9), do Patrimônio, do Pescador, do Picão, do Pinhal, do Pontal (2), do Porto, do Prata (2), do Requerente, do Retiro (2), do Romeiro, do Sacramento, do Salgado (2), do Saltador, do Salto, do Soberbo (1), do Sossego (1), do Sul (2), do Tonar, do Triunfo, do Tugúrio, do Turvo (1), do Vargem (1), do Xavier, dos Araújos (2), dos Cocais, dos Cristais, dos Cunhas (2), dos Dourados, dos Ferreiras, dos Ferros, dos Glórias, dos Lopes, dos Monteiros, dos Moreiras (3), dos Nogueiras, dos Óculos, dos Paivas, dos Pinheiros, dos Santos. Fonte: Dados da pesquisa. QUADRO 22 - Determinantes de origem indígena. da Caatinga, da Carapina, da Tapera, das Caatingas, do Abaeté, do Boachá (2), do Bugre (6), do Buriti (2), do Caeté, do Guaiaçu, dos Guanhães, do Humaitá, do Ibitipoca, do Imbaúba, do Indaiá, do Indará, do Ipê (2), do Itambé, do Itapixé, do Itueto, do Jacuri, do Jacutinga (2), do Jataí, do Jequitinhonha, do Manhuaçu (2), do Mucuri, do Mutum, do Pacuí, do Paraopeba (2), do Pari (4), do Pequi, do Pirapetinga (3), do Sapucaí (2), do Sapucaia, do Suaçuí (6), do Surubim, do Tapinuã, do Tumiritinga. Fonte: Dados da pesquisa. QUADRO 23 - Determinantes de origem africana. da Canjica, do Bananal, do Gunga e do Mocambo. Fonte: Dados da pesquisa. Observa-se, pois, que os determinantes de origem portuguesa são predominantes, representados por 338 ocorrências ou 84% do total. Já a origem indígena é representada por 60 sintagmas preposicionados, o que equivale a 15% dos dados. Ressalta-se que tanto para os determinantes de origem portuguesa quanto para os de origem indígena, há alguns que aparecem mais de uma vez acompanhando, em alguns casos, diferentes 584 hagiônimos. A origem africana, por sua vez, é representada por 4 dados, o que corresponde a 1% das ocorrências totais. ii) 57 ocorrências de nomes constituídos de substantivo + substantivo, que está representado pelas ocorrências Santana Balsa e Santana Jacareacanga, e substantivo + sintagma preposicionado. Essa última composição soma 55 ocorrências, entre elas: Madre de Deus, Senhora da Penha, Virgem das Graças, Santana do Riacho, Santana da Vargem, Santana de Baixo, Santana do Rio Preto e Madre de Deus de Minas. iii) 180 ocorrências de mariotopônimos constituídos de a) pronome + substantivo, com 3 ocorrências do topônimo Nossa Senhora; b) pronome + substantivo + antropônimo, com 69 ocorrências de Nossa Senhora Aparecida e 1 de Nossa Senhora Conceição; c) e pronome + substantivo + sintagma preposicionado, que apresenta 107 ocorrências, dentre as quais: Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora dos Remédios. Antes de passarmos à análise dos dados históricos, convém ressaltar, conforme já mencionamos ao tratar de alguns casos de composição, que, nos dados contemporâneos, os processos de composição e de derivação podem ser identificados simultaneamente, o que, segundo Isquerdo e Tavares (2006, p. 284-285), comprova que um processo não exclui o outro, pelo contrário, convivem tranquilamente. Além dos exemplos já citados, destacamos ainda mais alguns (e não todos) casos de composição e derivação, quais sejam: a) derivação sufixal de diminutivo: Santo Antônio do Graminha, São João do Manteninha, São José da Antinha, São José da Barrinha, São José da Varginha, São José do Campinho, São Lourenço do Monjolinho, Santa Edwigens da Matinha. b) derivação sufixal de aumentativo: São José do Fundão, São José do Praião, São Pedro do Taperão, Santa Rita do Chicão. 585 4.2.2 Dados históricos O corpus de dados históricos, conforme explicamos na seção 3.1.2, foi constituído a partir da consulta a mapas dos séculos XVIII e XIX que integram o trabalho Cartografia das Minas Gerais: da capitania à província, organizado por Costa et al (2002). Trata-se de uma obra sobre a cartografia brasileira do período colonial e imperial composta de 31 pranchas cartográficas de Minas Gerais, sendo 25 do período colonial, das quais 6 referem-se a mapas regionais, 7 referem-se especificamente à área da Demarcação Diamantina, 9 tratam de Divisões Administrativas e 4 sobre as Capitanias, mas de modo amplo. As demais referem-se à Província. Dos 31 mapas consultados, apenas dois não estavam legíveis, impossibilitando, assim, a quantificação dos topônimos neles contidos. Desse modo, nos 29 mapas legíveis, quantificaram-se, então, um total de 647 hagiotopônimos, dos quais 439 são ocorrências de nomes de santos, correspondendo a 67,8% dos dados, e 170, de nomes de santas, o que equivale a 26,3% do total de ocorrências, conforme pode ser observado no gráfico 13. Desses dados, apenas o topônimo S. Januário, que apresenta ocorrência única, não aparece no corpus de dados contemporâneos. As 38 ocorrências restantes referem-se aos mariotopônimos. Dentre elas, conforme se mostrou nas fichas lexicográficas, 13 aparecem apenas nos mapas históricos, isto é, não constam do banco de dados do ATEMIG, quais sejam Snra. das Candeyas (2), Sra do Livramento (1), N. S. da Lapa (1), N.S. das Correntes (1), N.S. de Nazareth (2), N.S. do Bom Sucesso (3) e N.S. do Desterro (3). 586 GRÁFICO 13 – Identificação percentual dos hagiotopônimos por categoria onomástica nos dados históricos. Fonte: Dados da pesquisa. Assim como nos dados contemporâneos, verifica-se que a tendência nomes de santos > nomes de santas > mariotopônimos também caracteriza os dados históricos. Ressalta-se, entretanto, que, entre os hagiotopônimos dos séculos XVIII e XIX, o percentual de mariotopônimos é significativamente maior em relação ao que foi quantificado no Banco de Dados do ATEMIG. As outras categorias onomásticas consideradas, por sua vez, apresentam percentuais de ocorrência bem próximos nos dois corpora, sendo que os nomes de santos destacam-se um pouco mais nos dados históricos e os nomes de santas, nos dados contemporâneos, conforme é ilustrado, a seguir: Gráfico 14 – Comparação entre os percentuais de ocorrência dos hagiotopônimos nos dados contemporâneos e dados históricos. 67,8% 26,3% 5,9% Nomes de santos Nomes de santas Mariotopônimos Dados históricos Dados contemporâneos 67,8% 67,3% 26,3% 29,3% 5,9% 3,4% Nomes de santos Nomes de santas Mariotopônimos 587 Cumpre dizer que, diferentemente do que foi feito no levantamento dos dados contemporâneos, entre os dados históricos, o elemento genérico do sintagma toponímico não foi considerado, apenas o elemento específico, isto é, os acidentes geográficos – físico ou humano – não foram quantificados, visto que nem sempre foi possível identificá-los. Assim, na análise dos dados históricos, independente do tipo de acidente geográfico, observou-se apenas se o nome de origem religiosa aparece em território mineiro nos quatro períodos históricos analisados, quais sejam: 1ª metade do século XVIII, 2ª metade do século XVIII, 1ª metade do século XIX, 2ª metade do século XIX. A tabela 3, a seguir, mostra como os hagiotopônimos encontrados nos mapas consultados se distribuem nos períodos mencionados. TABELA 3 – Distribuição das ocorrências de hagiotopônimos nos períodos históricos considerados. Período Nomes de Santos Nomes de Santas Mariotopônimos Total Séc.XVIII – 1ª metade 28 8 3 39 Séc. XVIII – 2ª metade 121 42 18 181 Séc. XIX – 1ª metade 174 72 9 255 Séc. XIX – 2ª metade 116 48 8 172 Total 439 170 38 647 Fonte: Dados da pesquisa. Pelos números da tabela, observa-se que a primeira metade do século XVIII é o período em que foi registrado o menor número de ocorrências totais de hagiotopônimos no léxico toponímico mineiro, ao passo que a primeira metade do século XIX se destaca por apresentar o maior número dessas ocorrências. O gráfico, a seguir, mostra esses resultados considerando os valores percentuais para cada categoria onomástica considerada. 588 GRÁFICO 15 – Identificação percentual dos topônimos em relação ao período histórico. Fonte: Dados da pesquisa. Observando o gráfico da esquerda para a direita, verificamos como cada categoria toponímica se comporta ao longo dos períodos analisados, o que nos leva a inferir que: os nomes de santos, que são predominantes tanto nos dados históricos quanto nos dados contemporâneos, apresenta ligeira diminuição do percentual de ocorrências (entre 4% e 5%) a partir da 1ª metade do século XVIII. Em relação aos nomes de santas, observa-se o contrário: há um aumento considerável de 20% no número de ocorrências registradas entre a 1ª metade do século XVIII e a 2ª metade do século XIX. Os mariotopônimos, por sua vez, reduzem-se, à metade na passagem do século XVIII para o XIX. 8% 10% 4% 5% 72% 67% 68% 67% 20% 23% 28% 48% Séc.XVIII – 1ª metade Séc. XVIII – 2ª metade Séc. XIX – 1ª metade Séc. XIX– 2ª metade Mariotopônimos Nomes de Santos Nomes de Santas 589 4.2.2.1 Quanto à forma e ao gênero Assim como nos dados contemporâneos, o gênero masculino também é predominante nos dados históricos, uma vez que, representados pelos nomes de santos, quantificam-se 439 ocorrências, correspondendo a 68% do total de 647 hagiotopônimos analisados. O gênero feminino, representado pelos nomes de santas e mariotopônimos, por sua vez, soma 208 ocorrências, o que corresponde a 32 % dos dados, como se pode comprovar pelo gráfico 17. Ressalta-se que a composição sintagmática predomina em ambos os gêneros, isso porque os nomes femininos são, em sua totalidade, compostos e os nomes masculinos apresentam 438 ocorrências de composição, ou 99,8% do total, e apenas 1 ocorrência de nome simples, 0,2% dos dados. GRÁFICO 16 – Identificação percentual dos topônimos históricos em relação ao gênero. Fonte: Dados da pesquisa Apresenta-se, a seguir, como esses nomes se estruturam morfologicamente de acordo com o gênero. 68% 32% Composição por gênero Nm + NCm NCf 590 4.2.2.1.1 Hagiotopônimos masculinos Conforme mencionamos, há apenas uma ocorrência de nome simples entre os hagiotopônimos masculinos, representado pela forma de [Ssing]. Trata-se do hagiônimo Santiago que aparece na 1ª metade do século XIX. Os nomes compostos masculinos, ao seu turno, são constituídos das seguintes estruturas morfológicas: [Qv + Antrop (Pren)] = 72% das ocorrências [Qv + Antrop (Prencomp)] = 1,8% das ocorrências [Qv + Antrop (Hip)] = 0,7% das ocorrências [Qv + Antrop (Ort)] = 1,4% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Ssing] = 1% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Ssing +{Prep + Apl + Spl}] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + ADV] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] = 2,8% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing}] = 10,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + Asing + Ssing}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Adjsing] = 0,7% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + Asing + SSing + Adjsing] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + SSing + Adjsing }] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] = 2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl}] = 1,8% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + ADV}] = 1,8% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)) + { Prep + Asing + Ssing + (Prep + Qv + Antrop + (Pren) +ADV)}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing + (Prep + Ssing )}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing + (Prep + Asing +Ssing)}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Prencomp) + {Prep + Asing + SSing + (Prep + Asing + SSing )}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing +Ssing + (Prep + Apl +Spl)}] = 0,2% das ocorrências 591 [Qv + Antrop (Pren) + { Prep + Asing + Ssing + (Prep + Antrop (Ort))}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + Ssing + (Prep + Asing + Ssing + Prep + Ssing)}] = 0,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] = 0,5% das ocorrências 4.2.2.1.2 Hagiotopônimos femininos Entre os hagiotopônimos femininos, como já dissemos anteriormente, não há ocorrências de nomes simples. Desse modo, as 208 ocorrências de nomes compostos femininos distribuem-se nas seguintes estruturas: [Qv + Antrop (Pren)] = 58,2% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Ssing}] = 2,8% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+{Prep + Asing + SSing}] = 14,4% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + SSing + Adjsing}] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren)+ {Prep + Asing + Adjsing + SSing }] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) + {Prep + Apl + Spl}] = 1,9% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing} + Prep + Apl + Spl] = 0,5% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing + Qv + Antrop (Pren)}] = 1% das ocorrências [Qv + Antrop (Pren) +{Prep + Asing + SSing + ADV } ] = 1% das ocorrências [Ssing + {Prep + Ssing}] = 2,8% das ocorrências [Ssing + {Prep + Antrop (Ort)}] = 0,5% das ocorrências [Ssing + {Prep + Asing + Ssing}] = 2,8% das ocorrências [Ssing + {Prep + Asing + Ssing + (Prep + Asing + Ssing )}] = 0,5% das ocorrências [Ssing + {Prep + Apl + Spl}] = 1,4% das ocorrências [Ssing + {Prep + Asing + Adjsing + Ssing] = 0,5% das ocorrências [Ssing + {Prep + Asing + Antrop (Pren) Prep + Asing + Antrop (Pren)}] = 0,5% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Antrop (Pren)}] = 1% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren)}] = 1% das ocorrências 592 [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing}] = 3,8% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Apl+ Spl}] = 0,5% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Asing + Adjsing + Ssing }]= 0,5% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing + (Prep + Apl + Spl )}] = 0,5% das ocorrências [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Antrop (Pren) + (Prep + Apl + Num + Ssing}]= 0,5% das ocorrências. [Pron + Ssing + {Prep + Asing+ Ssing + (Prep + Apl + Num + Spl )}] = 0,5% das ocorrências. [Pron + Ssing + {Prep + Apl + Spl (Prep + Apl + Spl)}] = 1,4% das ocorrências. [Pron + Ssing + {Prep + Asing + Adjsing + Ssing + (Prep + Spl + Adjpl )}] = 0,5% das ocorrências. 4.2.2.2 Quanto aos processos de formação dos hagiotopônimos históricos Conforme explicamos na seção 5.2.1.3, a predominância da composição, tanto no corpus de dados contemporâneos quanto no corpus de dados históricos, justifica-se pelo fato de que os dados analisados, por serem hagiotopônimos, são, em sua maioria, constituídos pela forma [qualificativo + antropônimo]. Desse modo, dos 647 hagiotopônimos coletados nos mapas históricos, 99, 85% dos dados ou 646 ocorrências são nomes compostos, assim distribuídos: i) Qualificativo + antropônimo: a composição do qualificativo santo (e suas variações santa, são e s.54) anteposto ao nome próprio de pessoa é a mais recorrente entre esses dados, visto que é representada por 453 ocorrências ou 70% do total de nomes compostos. Dentre esses nomes, destacam-se as estruturas: a) qualificativo + antropônimo (prenome): constituindo-se a partir do qualificativo anteposto a um antropônimo em sua forma simples, esta é a composição mais recorrente entre os topônimos analisados somando 436 ocorrências, das quais 72,2% são hagiotopônimos masculinos, como é o caso de S. Jozé, S. Ignácio, S. Matheos, entre outros muitos. Os hagiotopônimos 54 Ressalta-se que, nos dados históricos, tanto para os nomes masculinos quanto para os nomes femininos, prevalece a forma abreviada do qualificativo santo/são que é representada por “S.” 593 femininos, como S. Anna, S. Catharina, S. Roza, por exemplo, representam 27,8% desses dados. b) qualificativo + antropônimo (prenome composto): nessa composição, o qualificativo antecede a um antropônimo composto, como São João Baptista e São João Nepomuceno, por exemplo. São 8 ocorrências dessa composição, todas masculinas. c) qualificativo + antropônimo (hipocorístico): são as composições como S. Joanico, por exemplo, que somam 3 ocorrências no gênero masculino. d) qualificativo + antropônimo (ortônimo): constituem exemplos dessa composição os topônimos S. Francisco de Paula e S. Francisco de Sales. São 6 ocorrências, todas no gênero masculino. ii) qualificativo + antropônimo + item léxico-gramatical: nessa composição, o sintagma nominal, representado pelo hagiônimo ou nome de santo(a), é acompanhando de um item léxico-gramatical. São 9 composições desse tipo, dentre as quais 4 ocorrências em que o item léxico-gramatical é um substantivo singular, como em S. Antônio Garambeo; 3 ocorrências de adjetivo singular, S. Bartolomeu Pequeno, por exemplo; e 2 ocorrências de advérbio, representadas pelo topônimo S. Antônio Abaixo. iii) qualificativo + antropônimo + sintagma preposicionado: somando 144 ocorrências, conforme já mencionamos, essas são as composições em que é possível perceber o espírito criador da língua que se revela em formações com características bastante populares, sobretudo as mais extensas, como é o caso dos topônimos S. Antônio do Rio Assima, S. Antônio do Rio do Peixe, S. Antônio do Rio das Pedras, S. Antônio do Monte de Diogo Lopes, S. Antônio da Serra da Ponte de Diamante, S. Sebastião da Pedra do Anta, S. João Baptista da Serra do Canastra, S. Anna do Rio das Velhas, S. Anna do Rio S. João e S. Rita do Rio Abaixo. Assim como nos dados contemporâneos, convém destacar aqui os sitagmas preposicionados mais produtivos, quais sejam: {Prep + Asing + Ssing}, {Prep + Apl + Spl}, {Prep + Ssing + Adjsing },{Prep + Asing + Ssing + Adjsing } e {Prep + Asing + Adjsing + Ssing}. Os três últimos, que contém um adjetivo no singular, somam 14 ocorrências e podem ser exemplificados com os topônimos S. José de Barra Longa, S. Antônio da Caza 594 Branca, S. Caetano da Vargem Grande, S. Gonçalo do Milho Verde, S. João do Morro Grande e S. Sebastião da Ponte Nova e S. Rita do Ouro Preto. Também nesse corpus, enfatizamos o determinante “do rio preto” que, nos períodos históricos considerados, aparece mais de uma vez em território mineiro, referindo a diferentes hagiônimos, quais sejam: S. Antônio do Rio Preto, S. Gonçalo do Rio Preto e S. Rita do Rio Preto. Os dois primeiros sintagmas preposicionados, bem mais recorrentes do que os últimos, somam 90 ocorrências e se destacam, sobretudo, pelos mesmos motivos já apresentados na seção 5.1.3, quais sejam: por reunir não só determinantes provenientes da língua portuguesa, mas também por privilegiar diferentes campos semânticos. Dessa forma, como se fez na seção mencionada, listamos a seguir os sintagmas preposicionados de acordo com a língua de origem. QUADRO 24 – Determinantes de origem portuguesa. da Barra (2), da Confusão, da Cruz, da Formiga, da Lagoa (3), da Missão, da Pedra, da Ponte, da Prata, da Vargem, da Ventania (2), do Alfee, do Alfie, do Alegre, do Amparo (5), do Barroso, do Corvelo, do Curvelo, do Monte (4), do Machado, do Paraíso (2), do Prata, do Turvo (4), das Contendas, das Gaitas, das Lages, das Letras (3), dos Alegres (1), dos Aflitos (1), dos Arripiados (1), dos Ferros (3). Fonte: Dados da pesquisa. QUADRO 25 - Determinantes de origem indígena. da Catinga (5), da Ibitipoca, da Jacutinga, do Angahi, do Bamboi (2), do Bertioga, do Buriti, do Capituba, do Chopotó (4), do Garambeo, do Ibitipoca, do Japoré (2), da Paraíba (2), do Piaí, do Sapucahi (2), do Parahiba, do Sapucaí, do Sapucahy (2), do Paranahiba, do Piratys. Fonte: Dados da pesquisa. 595 Apesar de apresentar um percentual menor em relação aos dados contemporâneos, os determinantes de origem portuguesa também são predominantes nos dados históricos, representados por 57 ocorrências ou 63% do total. A origem indígena, por sua vez, é representada por 33 sintagmas preposicionados, o que equivale a 37% dos dados, percentual que 2,5 vezes maior do que o registrado nos dados do corpus I. Observa-se que, nos determinantes tanto de origem portuguesa quanto de origem indígena, há alguns que aparecem mais de uma vez acompanhando, em alguns casos, diferentes hagiônimos. Convém ressaltar que não foi registrado nenhum determinante de origem africana nos dados históricos, o que pode estar relacionado ao fato de que o negro, nos períodos cronológicos considerados, viviam na condição de escravos, exercendo, por isso, pouca influência na nomeação dos acidentes geográficos. Isso, de certa forma, mantém-se nos dados contemporâneos, já que, entre os sintagmas preposicionados sob análise, registrou-se apenas 1% (ou 4 ocorrências) de determinantes dessa origem nos topônimos extraídos do Banco de Dados do Projeto ATEMIG. iv) 19 ocorrências de nomes constituídos de substantivo + sintagma preposicionado, dentre as quais: Madre de Deos, Snra. da Oliveira, Sra da Conceição, S. do Rosário, Snra. do Carmo do Japão, Snra das Candeyas, Sra das Dores, Sra. do Bom Sucesso e Snra da Aparecida do Cláudio. v) 21 ocorrências de mariotopônimos constituídos de pronome + substantivo + sintagma preposicionado, como por exemplo, N. S. de Nazareth, N. S. da Lapa, N. S. do Desterro, N. S. das Correntes, N. S. do Bom Sucesso, N. S. do Rosário dos Pretos, N. S. da Conceição dos Terceiros Franciscanos, N. S. do Carmo dos Terceiros Carmelitas, N. S. das Mercês dos Crioulos, N. S. do Bom Sucesso de Minas Novas. Diante do exposto quanto aos processos de formação dos hagiotopônimos, verificou-se, nesse segundo corpus, que o processo de derivação não é muito produtivo, visto que é observado em poucas ocorrências, como é o caso, por exemplo, de São Joanico, São Martinho e São Miguel e Almas dos Arripiados, em que há, além da composição, a derivação sufixal no último elemento de cada topônimo. 596 4.2.2.3 Quanto à variação e à mudança linguística dos topônimos Conforme explicitamos na seção 3.2.2.3, os topônimos que integram os corpora desta pesquisa foram analisados quanto à variação e mudança linguística de acordo com a orientação metodológica de Dauzat (1926), para quem os nomes próprios de lugares, assim como os nomes comuns, são passíveis de variação. Desse modo, foram verificadas, tanto sincrônica como diacronicamente, as transformações ocorridas nos hagiotopônimos; e, em relação à mudança, foram identificadas apenas as alterações ocorridas em nome de municípios, o que foi possível, além da observação dos mapas históricos, graças à consulta feita à obra “As denominações urbanas de Minas Gerais: cidades e vilas mineiras com estudo toponímico e da categoria administrativa” publicada, em 1997, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em parceria com o Instituto de Geociências Aplicadas. 4.2.2.3.1 Sobre a variação toponímica Como já demonstramos, tanto o corpus de dados contemporâneos quanto o corpus de dados históricos são constituídos, majoritariamente, por antropônimos, que, antecedidos pelo qualificativo são/santo(a), passaram a hagiônimos e, ao designar acidentes geográficos em território mineiro, a hagiotopônimos, o que lhes confere uma natureza diferenciada em relação a topônimos constituídos a partir de nomes comuns. Isso não significa, entretanto, que essas denominações estão imunes à variação, pelo contrário: por constituírem o sistema linguístico de uma comunidade, os nomes atribuídos aos lugares, assim como os outros elementos da língua, estão sujeitos a transformações decorrentes da hesitação de uso entre diversas formas de um mesmo vocábulo. Desse modo, apresentamos, a seguir, tanto no plano sincrônico quanto no plano diacrônico, as variações que se registraram nos hagiotopônimos sob enfoque. 597 4.2.2.3.1.1 Variações diatópicas Considerando apenas os dados contemporâneos, no plano sincrônico, têm-se as seguintes variações diatópicas: QUADRO 26 – Variação diatópica nos dados contemporâneos Nomes de santos Santo Antônio ~ Santo Antoninho Santo Antônio da Barra Santo Antônio da Boa Vista Santo Antônio da Cachoeira Santo Antônio da Fortaleza Santo Antônio da Glória Santo Antônio da Limeira Santo Antônio da Nova Esperança Santo Antônio da Pedra Bonita Santo Antônio da Reticoa Santo Antônio da Roseira Santo Antônio da Tapera Santo Antônio da Vargem Alegre Santo Antônio da Várzea Santo Antônio da Ventania Santo Antônio das Almas Santo Antônio das Contendas Santo Antônio das Minas Vermelhas Santo Antônio das Palmeiras Santo Antônio das Posses Santo Antônio das Três Barras Santo Antônio de Baixo Santo Antônio de Cima Santo Antônio de Nova Belém Santo Antônio do Arrozal Santo Antônio do Amparo Santo Antônio do Aventureiro Santo Antônio do Boachá Santo Antônio do Bom Retiro 598 Santo Antônio ~ Santo Antônio do Bonito Santo Antônio do Boqueirão Santo Antônio do Chalé Santo Antônio do Cruzeiro Santo Antônio do Eme Santo Antônio do Grama Santo Antônio do Graminha Santo Antônio do Guiné Santo Antônio do Indaiá Santo Antônio do Ipê Santo Antônio do Itapixé Santo Antônio do Jacinto Santo Antônio do Lajeado Santo Antônio do Leite Santo Antônio do Livramento Santo Antônio do Manhuaçu Santo Antônio do Meio Santo Antônio do Monte Santo Antônio do Mucuri Santo Antônio do Pirapetinga Santo Antônio do Pontal Santo Antônio do Porto Santo Antônio do Pouso Alto Santo Antônio do Requerente Santo Antônio do Retiro Santo Antônio do Rio Abaixo Santo Antônio do Rio Preto Santo Antônio do Surubim Santo Antônio do Xavier Santo Antônio do Vau do Verde Santo Antônio dos Araújos Santo Antônio dos Cristais Santo Antônio dos Moreiras Santo Antônio dos Monteiros Santo Antônio dos Olhos D’Água Santo Antônio dos Paivas Santo Antônio dos Santos Santo Antônio Martins Gontijo São Antônio 599 Santo Aurélio ~ São Aurélio Santo Elias ~ São Elias Santo Hipólito ~ São Hipólito Santo Inácio ~ São Inácio São Benedito ~ São Benedito Muniz São Bento ~ São Bentão São Bentinho São Bento Abade São Bento da Ressaca São Bento das Torres São Bento de Baixo São Bento de Caldas São Bento de Cima São Bento II São Boaventura ~ São Boa Ventura de Baixo São Boa Ventura de Cima São Brás ~ São Bras do Suaçuí São Braz São Caetano ~ São Caetano da Moeda São Caetano do Paraopeba Santo Cândido ~ São Candinho São Clemente ~ São Clemente de Baixo São Clemente de Cima São Clemente do Meio São Domingos ~ Santo Domingos São Domingos da Bocaina São Domingos da Dores São Domingos de Cima São Domingos do Prata São Dominguinhos São Felipe ~ São Filipe São Félix ~ São Félix de Minas São Félix do Cipó São Francisco ~ São Francisco da Barra São Francisco das Abóboras São Francisco de Assis São Francisco de Cima São Francisco de Paula São Francisco de Sales 600 São Francisco do Borja São Francisco do Glória São Francisco do Humaitá São Francisco do Porto Novo São Francisco Xavier São Geraldo ~ São Geraldo da Piedade São Geraldo de Minas São Geraldo do Baixio São Geraldo do Jataí São Geraldo do Tumiritinga São Jerônimo ~ Santo Jerônimo São Gerônimo São Jerônimo Grande São Jerônimo das Poções São Gonçalo ~ São Gonçalo da Canjica São Gonçalo do Abaeté São Gonçalo do Pará São Gonçalo do Rio Abaixo São Gonçalo do Rio das Pedras São Gonçalo do Rio Preto São Gonçalo do Sapucaí São João ~ São Joanico São João Batista São João Batista do Glória São João da Alegria São João da Barra São João da Boa Sorte São João da Boa Vista São João da Conceição São João da Chapada São João da Cruz São João da Figueira São João da Fortaleza São João da Glória São João da Grama São João da Lagoa São João da Mata São João da Natividade São João da Palmeira 601 São João ~ São João ~ São João da Ponte São João da Sapucaia São João da Serra São João da Serra Negra São João da Vereda São João das Gaitas São João das Missões São João das Nogueiras São João de Baixo São João de Cima São João Del Rey São João do Alegre São João do Bananal São João do Bonito São João do Bebedouro São João do Borja São João do Buriti São João do Capim São João do Feixe São João do Jacutinga São João do Lunardo São João do Manteninha São João do Manhuaçu São João Morro Grande São João do Norte São João do Oriente São João do Pacuí São João do Paraíso São João do Pari São João do Paiol São João do Pequi São João dos Ferreiras São João dos Guanhães São João dos Nogueiras São João Evangelista São João Gomes São Gonçalves São João Grande São Nepomuceno 602 São João Pedro São João Pequeno São Joãozinho São Joãozinho do Capim São Juanico São Joaquim ~ São Joaquim da Barra São Joaquim de Bicas São Joaquim de Bocaina São Joaquim Macaúba São Jorge ~ São Jorge do Alto São José ~ São José ~ São José Cachoeira São José da Antinha São José da Aurora São José da Barra São José da Barrinha São José da Bela Vista São José da Boa Vista São José da Caatinga São José da Cachoeira São José da Cachoeira Alta São José da Carapina São José da Figueira São José da Fortaleza São José da Fortuna São José da Indará São José da Lapa São José da Lagoa São José da Lagoa São José da Maravilha São José da Prata São José da Ponte Nova São José da Safira São José da Serra São José da Soledade São José da Vargem São José da Vargem Alegre São José da Varginha São José das Caatingas São José das Campinas 603 São José ~ São José das Lages São José das Mercês São José das Mercedes São José das Palmeiras São José das Pitangueiras São José das Posses São José das Tronqueiras São José de Carmópolis São José de Gaba São José de Pedro Nolasco São José do Alegre São José do Barreiro São José do Batatal São José do Bebedouro São José do Bugre São José do Buriti São José do Cágado São José do Capão da Onça São José do Campinho São José do Divino São José do Feixe São José do Fundão São José do Goiabal São José do Gouveia São José do Ipê São José do Imbaúba São José do Jacuri São José do Mantimento São José do Mato Dentro São José do Meloso São José do Mocambo São José do Pântano São José do Paraíso São José do Praião São José do Salgado São José do Saltador São José do Suaçuí São José do Tapinuã São José do Tiunfo 604 São José do Turvo São José dos Cocais São José dos Glórias São José dos Lopes São José dos Moreiras São José dos Pinheiros São José Pedro São Lourenço ~ São Lourenço da Estiva São Lourenço de Baixo São Lourenço de Cima São Lourenço do Escuro São Lourenço do Funil São Lourenço do Franco São Lourenço do Lauriano São Lourenço do Monjolinho São Lourenço do Pinhal São Lourenço do Retiro São Luís ~ São Luís da Pedra São Luís do Bugre São Luiz São Manoel ~ São Manoel do Guaiaçu São Manuel São Mateus ~ São Mateus II São Mateus de Baixo São Mateus de Cima São Mateus de João de Deus São Mateus de Minas São Mateus de Sebastião Matos São Mateus Pequeno São Mateuzinho São Miguel ~ São Miguel do Anta São Miguel do Setúbal São Miguel Setúbal São Miguelzinho São Paulo ~ São Paulinho São Paulo de Odilon de Souza São Paulo Pequeno 605 São Pedro ~ São Pedro da Água Limpa São Pedro da Garça São Pedro da Ponte Firme São Pedro da União São Pedro de Alcântara São Pedro de Baixo São Pedro de Caldas São Pedro de Cima São Pedro do Avaí São Pedro do Glória São Pedro do Jequitinhonha São Pedro do Pescador São Pedro do Taperão São Pedro do Taquá São Pedro do Tonar São Pedro do Suaçuí São Pedro dos Ferros São Pedro Itimirim São Roque ~ São Roque de Minas São Sebastião ~ São Sebastião da Barra São Sebastião da Bela Vista São Sebastião da Boa Vista São Sebastião da Boa Esperança São Sebastião da Estrela São Sebastião da Jessa São Sebastião da Morada São Sebastião da Vala São Sebastião da Vargem Grande São Sebastião da Vista Alegre São Sebastião das Águas Claras São Sebastião das Campinas São Sebastião das Palmeiras São Sebastião das Três Barras São Sebastião de Braúna São Sebastião de Baixo São Sebastião de Maquiné São Sebastião do Anta São Sebastião do Baixio São Sebastião do Batatal 606 São Sebastião ~ São Sebastião do Barreiro São Sebastião do Barro São Sebastião do Bugre São Sebastião do Buriti São Sebastião do Capim São Sebastião do Gil São Sebastião do Maranhão São Sebastião do Monte Verde São Sebastião do Oeste São Sebastião do Paraíso São Sebastião do Pontal São Sebastião do Rio Preto São Sebastião do Rio Verde São Sebastião do Sacramento São Sebastião do Soberbo São Sebastião do Sossego São Sebastião dos Óculos São Sebastião Moreira São Sebastião Poções São Simão ~ São Simão da Morada São Simão da Morada de José G. da Silva São Simão de Baixo São Simão de Baixo Antônio L. Estêvão São Simão de Francisco A. Machado São Simão de José P. da Silva São Simão de José P. de Castro São Simão de Mário A. de Farias São Tiago ~ São Tiago da Neblina Santiago Santiago de Francisco Pampiano Santiago de José Loureiro Santiago de José Lourenço Santiago de Pedro Barcelos São Vicente ~ São Vicente da Barra São Vicente da Estrela São Vicente de Baixo São Vicente de Cima São Vicente de Minas São Vicente de Paula 607 São Vicente do Caeté São Vicente do Grama Nomes de Santas Santa Ana ~ Sant’Ana Santa Aninha Santana Santana Balsa Santana Jacareacanga Santana da Vargem Santana de Baixo Santana de Caldas Santana de Cataguases Santana de Cima Santana de Dirceu P. Fiúza Santana de João Alves Santana de José Maria Sales Santana de José Tiago Santana de Pedro C. Fiúza Santana de Pedro Lacerda Santana do Alfié Santana do Araçuaí Santana do Barro Santana do Campestre Santana do Capivari Santana do Cedro Santana do Conrado Santana do Deserto Santana do Jacaré Santana do Manhuaçu Santana do Morro Santana do Meio Santana do Paraíso Santana do Paraopeba Santana do Pirapama Santana do Prata Santana do Riacho Santana do Rio Preto 608 Santa Ana ~ Santana do Tabuleiro Santana dos Montes Santaninha Santa Bárbara ~ Santa Bárbara de Augusto Melo Santa Bábara de Baixo Santa Bárbara de Cima Santa Bárbara de Onofre da Silva Santa Bárbara do Leste Santa Bárbara do Leste Santa Bárbara do Tugúrio Santa Delfina ~ Santa Delvina Santa Edwiges ~ Santa Eduirges Santa Edviges Santa Edwiges Santa Edwigens Santa Edwigens da Matinha Santa Edwirges Santa Efigênia ~ Santa Efigênia de Fidelis Teixeira Santa Efigênia de José R. de Sá Santa Efigênia de Minas Santa Efigênia de Orlando S. Resende Santa Elisa ~ Santa Eliza Santa Elsa ~ Santa Elza Santa Ermínia ~ Santa Hermínia Santa Helena ~ Santa Helena de Minas Santa Helena do Cedro Santa Isabel ~ Santa Izabel Santa Júlia ~ Santa Julinha Santa Leonora ~ Santa Leonora do Porto Rico Santa Luzia ~ Santa Luzia de Aristóteles Santana Santa Luzia do Carneiro Santa Maria ~ Santa Maria da Serra Santa Maria de Baixo Santa Maria de Cima Santa Maria de Itabira Santa Maria do Baixio Santa Maria do Barreiro Santa Maria do Salto Santa Maria do Suaçuí 609 Santa Maria dos Cunhas Santa Rita ~ Santa Rita da Acesita Santa Rita de Caldas Santa Rita de Cássia Santa Rita de Minas Santa Rita de Ouro Preto Santa Rita do Braz Santa Rita do Chicão Santa Rita do Gunga Santa Rita do Itueto Santa Rita do Ibitipoca Santa Rita do Jacutinga Santa Rita do Mangue Santa Rita do Mutum Santa Rita do Palmela Santa Rita do Patrimônio Santa Rita do Rio do Peixe Santa Rita do Sapucaí Santa Rosa ~ Santa Rosa da Serra Santa Rosa de Aberlado Correa Santa Rosa de Lima Santa Rosa do Picão Santa Rosa dos Dourados Santa Rosinha Santa Teresa ~ Santa Teresa do Bonito Santa Teresinha ~ Santa Teresinha de Minas Santa Terezinha Mariotopônimos Madre de Deus ~ Madre de Deus de Minas Nossa Senhora Aparecida ~ Nossa Senhora da Aparecida Nossa Senhora de Aparecida Nossa Senhora da Conceição ~ Nossa Senhora Conceição Nossa Senhora da Penha ~ Senhora da Penha Nossa Senhora das Dores ~ Senhora das Dores Nossa Senhora das Graças ~ Virgem das Graças 610 Nossa Senhora de Lourdes ~ Nossa Senhora de Lurdes Nossa Senhora do Carmo ~ Senhora do Carmo Nossa Senhora dos Remédios ~ Senhora dos Remédios Fonte: Dados da pesquisa 4.2.2.3.1.2 Variações diacrônicas Já no plano diacrônico, observando tanto os dados contemporâneos quanto os dados históricos, verificaram-se os seguintes casos de variação: QUADRO 27 – Variações diacrônicas nos dois corpora. Nomes de santos Santo Antônio ~ S. Antônio Abaixo S. Antônio Garambeo S. Antônio da Caza Branca S. Antônio de Casabranca S. Antônio do Bertioga S. Antônio do Corvelo S. Antônio do Curvelo S. Antônio do Rio Assima S. Antônio do Rio de S. João Acima S. Antônio da Serra da Ponte de Diamante Santo Inácio ~ S. Ignácio São Bartolomeu ~ S. Bartholomeo S. Bartholomeu S. Bartholomeu Grande S. Bartholomeu Pequeno São Caetano ~ S. Caetano da Vargem Grande S. Caetano de Itaporé S. Caetano de Japoré S. Caetano do Chopotó São Dionísio ~ S. Dionízio São Gonçalo ~ S. Gonçalo do Milho Verde 611 São José ~ S. Jozé S. Jozé d’Alfenas S. Jozé da Paraíba S. Jozé do Chopotó São Mateus ~ S. Matheos S. Matheus São Miguel ~ S. Miguel de Percicaba S. Miguel dos Arripiados S. Miguel e Almas S. Miguel e Almas dos Arripiados São Paulo ~ S. Paulo de Muriahe São Sebastião ~ S. Sebastião da Confusão S. Sebastião da Pedra de Anta S. Sebastião da Ponte Nova S. Sebastião das Contendas S. Sebastião das Lages S. Sebatião de Capituba S. Sebastião de Ventania S. Sebastião do Angahi S. Sebastião dos Aflitos São Tiago ~ São Thiago Santiago São Vicente ~ S. Vicente da Formiga Nomes de Santas 612 Santa Ana ~ S. Anna S. Anna da Barra S. Anna da Catinga S. Anna de Bamboy S. Anna de Bambuhy S. Anna de Capivari S. Anna de Parnaíba S. Anna de Sapucahi S. Anna do Alegre S. Anna do Alfee S. Anna do Alfie S. Anna do Bamboi S. Anna do Buriti S. Anna do Garambeo S. Anna do Parahiba S. Anna do Paranahiba S. Anna do Piratys S. Anna do Sapucahi S. Anna do Sapucahi S. Anna do Sapucahy S. Anna dos Ferros S. Anna dos Alegres S. Anna do Rio das Velhas S. Anna do Rio S. João Santa Catarina ~ S. Catharina Santa Helena ~ S. Elena Santa Rosa ~ S. Roza Santa Teresa ~ S. Thereza Mariotopônimos Madre de Deus ~ Madre de Deos Senhora de Oliveira ~ Sra. de Oliveira Snra. de Oliveira Nossa Senhora da Aparecida ~ Snra. da Aparecida do Cláudio Nossa Senhora da Conceição ~ N. S. da Conceição N. S. da Conceição dos Terceiros Franciscanos Sra. da Conceição 613 Nossa Senhora das Mercês ~ N. S. das Mercês dos Crioulos Snra. do Carmo do Japão Nossa Senhora do Carmo ~ N. S. do Rosário dos Pretos Sra. do Rosário S. do Rosário Nossa Senhora do Rosário ~ N. S. do Carmo dos Terceiros Carmelitas Snra. do Carmo do Japão Fonte: Dados da pesquisa. 4.2.2.3.2 Sobre a mudança dos nomes dos municípios mineiros Da observação dos dados contemporâneos, verificamos que, dos 853 municípios mineiros, apenas 103 são denominados hagiotopônimos atualmente, o que representa 12% do total, como pode ser visto no gráfico a seguir. Entretanto, de acordo com o levantamento do Instituto de Geociências Aplicadas e da Assembléia Legislativa de Minas Gerais de 1997 na obra “As denominações urbanas de Minas Gerais”, além desses, outros 329 municípios (38,6%) já tiveram, em algum momento de sua história, denominação motivada pela devoção aos santos da Igreja Católica. Alguns deles com mais de uma denominação como é o caso do município de Água Boa cujas denominações anteriores já foram São José da Água Boa e Santana da Água Boa. Gráfico 17 – Identificação de denominações hagiotoponímicas em municípios mineiros. 12% 38,6% 49,4%       Hagiotopônimo como nome atual Hagiotopônimo como nome anterior Outros nomes 614 Desse modo, considerando as denominações – anterior (12%) ou atual (38,6%) – têm-se 432 municípios que foram designados, em algum momento de sua história, por hagiotopônimos, o que equivale a 50,6% do total de 853 municípios. O quadro, a seguir, traz a relação desses municípios com suas respectivas denominações anteriores. QUADRO 28 – Hagiotopônimos em denominações de municípios mineiros. Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Abadia dos Dourados Nossa Senhora da Abadia. Abaeté Marmelada; Arraial Novo da Marmelada; Nossa Senhora do Patrocínio do Marmelada; Dores do Marmelada. Acaiaca Ubá; São Gonçalo do Ubá. Água Boa São José da Água Boa Santana da Água Boa Águas Formosas Pampã; Águas Belas; São José das Águas Belas. Alagoa Nossa Senhora do Rosário da Alagoa da Aiuruoca. Além Paraíba São José de Além-Paraíba Alfenas São José de Alfenas São Josée Dores dos Alfenas Vila Formosa Formosa de Alfenas. Almenara São João da Vigia Vigia. Alpinópolis São Sebastião da Ventania Alterosa São Joaquim da Serra Negra Serra Negra Alto Rio Doce São José do Xopotó Alvinópolis Paulo Moreira Nossa Senhora do Rosário de Paulo Moreira Amparo da Serra Nossa Senhora da Conceição do Amparo do Serra Amparo do Serra Andradas Samambaia São Sebastião do Jaguari Caracol 615 Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Andrelândia Turvo Grande e Pequeno Nossa Senhora do Porto do Turvo Nossa Senhora da Conceição do Porto da Salvação Vila Bela do Turvo Turvo Alvorada de Minas Santo Antônio do Rio do Peixe Araponga Arrepiados São Miguel e Almas dos Arrepiados São Miguel do Araponga Arapuá São João de Arapuá Araxá São Domingos do Araxá Arceburgo São João da Fortaleza Areado São Sebastião do Areado Vila Gomes Astolfo Dutra Santo Antônio do Porto Alegre de Ubá Porto Alegre de Ubá Porto de Santo Antônio Bambuí Santana do Bambuí Barão de Cocais Macacos São João Batista do Morro Grande São João do Morro Grande Morro Grande. Barbacena Campolide Igreja Nova; Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo Barra Longa São José da Barra do Gualaxo Barra de Matias Barbosa São José da Barra Longa Barroso Santana do Barroso Bertópolis São João da Boa Vista Belo Vale São Gonçalo da Ponte Boa Esperança Pântano Nossa Senhora das Dores do Pântano Dores do Pântano das Lavras do Funil Doresda Boa Esperança Bom Despacho Senhora do Bom Despacho do Picão Picão Bom Repouso São Sebastião e São Roque do Bom Retiro Bom Retiro Botelhos São José dos Botelhos Brasília de Minas Contendas Santana das Contendas Brasília 616 Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Brasópolis São Caetano da Vargem Grande VilaBrás. Braúnas Nossa Senhora do Amparo das Braúnas Braúnas de Guanhães. Bugre São Sebastião do Bugre Buritis Buriti Nossa Senhora da Pena doBuriti Buritizeiro Pirapora d’Além Francisco São Francisco de Pirapora Cachoeira de Minas Cachoeiras Capela de Baixo Catadupas São João Batista das Cachoeiras. Caiana São João do Rio Preto Camacho Nossa Senhora das Dores do Camacho Cambuí Nossa Senhora do Carmo do Cambuí Cambuquira Aguas Virtuosas de Cambuquira São Sebastião de Cambuquira Campanha Campanha da Princesa da Beira Campanha do Rio Verde Santo Antônio do Vale da Piedade do Rio Verde São Cipriano Campestre Nossa Senhora do Carmo do Campestre Campo Florido Campo Formoso Nossa Senhora das Dores do Campo Formoso. Candeias Nossa Senhora das Candeias Capelinha Capelinha da Graça Senhora da Graça da Capelinha Capetinga São José do Capetinga Capitólio Cabeças São Sebastião dos Franciscos Caputira Santa Helena da Cabeluda Santa Helena do Manhuaçu Amazonita Santa Helena Caraí São José dos Coimbras São José do Caraí Caranaíba Glória Glória de Queluz Nossa Senhora da Glória Carandaí Ressaca; Santana da Ressaca; Santana do Carandaí. Carangola Santa Luzia do Carangola Caratinga São Roque do Caratinga São João do Caratinga 617 Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Careaçu Volta Grande Nossa Senhora da Conceição da Volta Grande Carmo do Cajuru Cajuru Nossa Senhora do Carmo doCajuru Carmo do Paranaíba Arraial Novo do Carmo Nossa Senhora do Carmo Carmo do Arraial Novo Carmo da Mata Nossa Senhora do Carmo da Mata Boa Vista Mata da Boa Vista Carmo da Mata da Ermida Carrancas Nossa Senhora da Conceição do Rio Grande Nossa Senhora da Conceição das Carrancas Cataguases Meia Pataca Santa Rita do Meia Pataca Cássia Santa Rita Santa Rita de Cássia Chácara São Sebastião da Chácara Chalé São Domingos São Domingos do Rio Jose Pedro São Domingos do José Pedro Chiador Santo Antônio Santo Antônio do Chiador Cipotânea São Caetano São Caetano do Xopotó Xopotó. Coimbra São Sebastião de Coimbra Coluna Santo Antônio da Coluna Comendador Gomes São Sebastião das Areias Conceição da Barra de Minas Nossa Senhora da Conceição da Barra Conceição da Barra Cassiterita Conceição do Rio Verde Campina do Rio Verde Nossa Senhora da Conceção do Rio Verde Conceição dos Ouros Capela de Cima Nossa Senhora da Conceição dos Ouros Ouros Congonhal São José do Congonhal Conselheiro Lafaiete Carijós Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre dos Carijós Queluz Consolação Capivari Santana do Capivari Tapiri 618 Coroaci Santana da Onça Santana do Suaçuí Coromandel Carabandela Santana do Pouso Alegre do Coromandel Coronel Fabriciano Calado Santo Antônio do Piracicaba Melo Viana Coronel Xavier Chaves Mosquito Coroas São Francisco Xavier Córrego Danta São José do Córrego do Anta Cristais Nossa Senhora da Ajuda dos Cristais Cristália Nossa Senhora da Conceição da Extrema Cruzília Encruzilhada São Sebastião da Encruzilhada Curvelo Santo Antônio da Estrada Santo Antônio do Curvelo Desterro de Entre- Rios Capela Nova do Desterro Nossa Senhora do Desterro de Entre-Rios Diogo de Vasconcelos São Domingos Vasconcelos Dionísio São Sebastião de Dionísio. Divinolândia de Minas Divino Nossa Senhora da Glória de Guanhães Divino de Guanhães Divino de Virginópolis. Dom Joaquim São Domingos do Rio do Peixe Distrito subordinado Gororós Dom Silvério Nossa Senhora da Saúde Saúde Dom Viçoso Virgínia Nossa Senhora do Rosário de Dom Viçoso Dores de Guanhães Capelinha das Dores Nossa Senhora das Dores de Guanhães Dores do Indaiá Boa Vista Capela de Nossa Senhora das Dores Nossa Senhora do Indaiá Arraial das Dores Nossa Senhora das Dores do lndaiá Indaiá Dores do Turvo Nossa Senhora das Dores do Turvo Doresópolis Nossa Senhora das Dores das Perobas Perobas Engenheiro Caldas Santa Bárbara Ervália São Sebastião dos Aflitos SãoSebastião do Erval Erval Esmeraldas Santa Quitéria 619 Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Espinosa Lençóis São Sebastião dos Lençóis Estiva Capela de Nossa Senhora Aparecida Nossa Senhora Aparecida Nossa Senhora da Estiva Estrela-D’Alva São Sebastião da Estrela Estrela Estrela do Sul Bagagem Nossa Senhora Mãe dos Homens da Bagagem Diamantino da Bagagem Cachoeiras Eugenópolis São Sebastião da Mata São Manueldos Coroados São Manuel Extrema Santa Rita da Extrema Santa Rita Faria Lemos São Mateus Felixlândia Nossa Senhora da Piedade do Bagre Nossa Senhora da Piedade da Capela do Bagre Piedade do Bagre Bagre Ferros Os Ferros Santana dos Ferros Fervedouro Santa Bárbara do Fervedouro Formiga Ribeirão da Formiga São Vicente Férrer da Formiga Formiga do Tamandu Vila Nova da Formiga Francisco Badaró Sucuriú Nossa Senhora da Conceição do Sucuriú Frutal Carmo do Frutal Nossa Senhora do Carmo do Frutal Galiléia São Tomé Moscovita Gameleiras Gameleira Brejo dos Mártires Santo Antônio do Brejo dos Mártires Goianá Santo António do Limoeiro Goianá Gonzaga de Guanhães São Sebastião Gouveia Santo Antônio do Gouveia Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Governador Valadares Quartel de Dom Manuel 620 Porto da Figueira Porto da Figueira do Rio Doce Baguari Figueira Santo António da Figueira. Guanhães São Miguel e Almas de Guanhães São Miguel das Correntes São Miguel de Guanhães Guapé Aguapé São Francisco de Aguapé São Francisco do Rio Grande Guaraciaba Barra do Bacalhau Bacalhau Santana do Guaraciaba Guaraciama Santa Clara Guaranésia Santa Bárbara Santa Bárbara das Canoas Guaxupé Nossa Senhora das Dores do Guaxupé Dores do Guaxupé Guidoval Sapé Sapé de Ubá Santana do Sapé Gurinhatã São Jerõnimo Heliodora Santa Isabel Santa Isabel dos Coqueiros Iapu Santo Estêvão Boachá Ibertioga Bertioga Santo Antônio da Bertioga Santo Antônio da lbertioga Ibiá São Pedro de Alcântara Ibitiúra de Minas São Benedito Ilbitiúra Ibituruna São Gonçalo de Ibituruna Igaratinga São João Acima Santo Antônio de São João Acima Santo António do Rio São João Acima Iguatama Porto Velho Porto Real Nossa Senhora da Abadia do Porto do Rio São Francisco Nossa Senhora da Abadia do Porto Real do São Francisco Imbé de Minas Santana do lmbé Imbé Santana 621 Indianópolis Santana do Rio das Velhas Santana da Barra do Rio das Velhas Aldeia de Santana do Rio das Velhas Santana da Aldeia da Barra do Rio das Velhas Barra do Rio das Velhas Aldeia da Barra do Rio das Velhas Ipaba São Sebastião do Ipaba Ipanema Santo Antônio do Rio José Pedro Santo Antônio do Jose Pedro Rio José Pedro José Pedro Ipuiúna Santa Quitéria Itabira Nossa Senhora do Rosário de Itabira Itabira do Mato Dentro Presidente Vargas Itacambira Tucambira Gorutuba Santo Antônio do ltacambiruçu da Serra do Grão- MogolSanto Antônio do ltacamhira Santo Antônio do Bom Retiro Itacarambi Jacaré São João das Missões Itaguara Conquista Nossa Senhora das Dores da Conquista Itamarandiba São João Batista Itambé do Mato Dentro Itambé Nossa Senhora da Oliveira do ltambé Itacuru. Itamoji São João Batista das Posses Arari Itamonte Pouso do Picu São José do Picu São José do Itamonte Itaobim São Roque Itapajipe Santo Antônio do Lajeado Lajeado Itapecerica Tamanduá São Bento do Tamanduá Itaúna Rio São João Santana do Rio São João Acima Santana do São João Acima Santana Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Itaverava Santo Antônio da Itaverava Itinga Santo Antônio do Itinga Santo Antônio da Barra do Itinga Itatiaiuçu São Sebastião do Itatiaiuçu 622 Ituiutaba São José do Tijuco Vila Platina Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Iturama Santa Rosa Camélia Itutinga Santo Antônio da Ponte Nova Ponte Nova Jacuí São Carlos do Jacuí Jacutinga Santo Antônio do Jacutinga Jaguaraçu São José do Grama Grama Januária Brejo do Amparo Nossa Senhora do Amparo Brejo do Salgado Porto do Salgado Amparo do Brejo do Salgado Japaraíba São Simão Jequeri Vargem Alegre Santana do Jequeri Jequitaí Nossa Senhora da Conceição do Jequitaí Jequitinhonha São Miguel São Miguel da Sétima Divisão São Miguel do Jequitinhonha João Pinheiro Santana dos Alegres Alegres Juiz de Fora Santo Antônio do Paraibuna Paraibuna Santo Antônio do Juiz de Fora Juruaia São Sebastião da Barra Mansa Lagamar Nossa Senhora da Conceição Nossa Senhora da Conceição do Lagamar Lagoa da Prata Pântano São Carlos do Pântano Lagoa Dourada Santo Antônio da Lagoa Dourada Curralinho Lagoa Formosa Nossa Senhora da Piedade da Alagoa Formosa Lagoa Santa Lagoa Grande Nossa Senhora da Saúde da Lagoa Santa Lajinha Lajinha do Chalé Santana do José Pedro Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Laranjal Nossa Senhora da Conceição do Laranjal Lassance São Gonçalo das Tabocas Leopoldina Feijão Cru São Sebastião do Feijão Cru 623 Lima Duarte Rio do Peixe Nossa Senhora das Dores do Rio do Peixe Luisburgo São Luís Luz Nossa Senhora da Luz Nossa Senhora da Luz da Contusão Nossa Senhora da Luz do Aterrado Aterrado Machado Santo Antônio do Machado Madre de Deus de Minas Madre de Deus: Madre de Deus do Rio Grande Cianita Malacacheta Santa Rita da Malacacheta Mamonas Santo Antônio das Mamonas Mamonas do Damião Manga São Caetano do Japoré Manhuaçu São Lourenço do Manhuaçu Mantena Patrimônio de Cima São Francisco de Cima Gabriel Emílio Benedito Quintino Mariana Ribeirão do Carmo Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão do Carmo Nossa Senhora do Carmo de Albuquerque Vila de Albuquerque. Materlândia Nossa Senhora Mãe dos Homens Nossa Senhora Mãe dos Homens do Turvo Mãe dos Homens Matias Barbosa Matias Nossa Senhora da Conceição de Matias Barbosa. Mato Verde Rapadura Santo Antônio do Mato Verde Matipó São João do Matipoó Medina Santa Rita Santa Rita de Itinga Itingui Santa Rita do Araçuaí Santa Rita do Medina Mercês Capelinha das Mercês Mercês doPomba Nossa Senhora das Mercês. Mesquita Santo Antônio do Caratinga Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Minas Novas Bom Sucesso Nossa Senhora do Bom Sucesso Nossa Senhora do Bom Sucesso das Minas Novas do Araçuaí 624 Fanado das Minas Novas Minas Novas do Fanado Miradouro Santa Rita do Glória Glória Miraí Brejo Santo Antônio do Muriaé Santo Antônio do Camapuã Monsenhor Paulo Ponte Alta Volta Grande Nossa Senhora da Conceição da Ponte Alta Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Monte Alegre de Minas Monte Alegre São Francisco das Chagas do Monte Alegre Toribatê Monte Azul Tremedal Nossa Senhora da Graça do Tremedal Boa Vista do Tremedal Monte Carmelo Nossa Senhora do Carmo Nossa Senhora do Carmo da Bagagem Carmo da Bagagem Monte Santo de Minas São Francisco de Paula do Tijuco São Francisco de Paula do Monte Santo Monte Santo Monsanto Montezuma Água Quente Águas Quentes Santana da Água Quente Morada Nova de Minas Morada Nova do lndaiá Nossa Senhora de Loreto de Morada Nova Morada Nova Morada Moravânia Morro da Garça Nossa Senhora das Maravilhas do Morro da Garça Imaculada Conceição de Nossa Senhora Imaculada Conceição do Morro da Garça Morro de Pilar Morro de Gaspar Soares Nossa Senhora do Pilar Nossa Senhora do Pilar do Morro de Gaspar Soares Muriaé Sítiodo Manuel Burgo São Paulo do Muriaé Natércia Descoberto da Pedra Branca Ribeirão de Santa Catarina da Pedra Branca Santa Quitéria Santa Catarina Nazareno Ribeiro Fundo Nossa Senhora deNazaré Nazaré 625 Nepomuceno São João Nepomuceno São João Nepomuceno de Lavras Nova Era São José da Lagoa Presidente Vargas Nova Lima Congonhas Congonhas das Minas deOuro Congonhas do Sabará Nossa Senhora do Pilar das Congonhas Vila Nova de Lima Nova Módica São Jorge Nova Ponte São Miguel da Ponte Nova Nova Resende Santa Rita do Rio Claro Vila Novade Resende Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Olaria Santo Antônio da Olaria Olhos d’Água Santana dos Olhos d'Água Olímpio Noronha Santa Catarina Oliveira Nossa Senhora da Oliveira Oliveira Fortes Livramento Santana do Livramento Oratórios São José dos Oratórios Orizânia Santo Antônio do Arrozal Alto Carangola Arrozal Ouro Branco Santo Antônio do Ouro Branco Ouro Fino São Francisco de Paula de Ouro Fino São Francisco de Paula Padre Paraíso Água Vermelha São João da Água Vermelha Palmas Capivara São Francisco de Assis do Capivara Pains Nossa Senhora do Carmo dos Pains Carmo de Pains Paracatu Arraial de Santana Santo Antônio da Manga de Paracatu Piracatu São Luís e Santana das Minas de Paracatu Paracatu do Príncipe Paraisópolis Campo do Lima São José das Formigas São José do Paraíso Paraíso Passa Vinte Santo Antônio do Passa-Vinte Passabém São José do Passabém Patos de Minas Santo Antônio da Pernaíba dos Patos Santo Antônio dos Patos 626 Patos Guaratinga Patrocínio Catiguá Salitre Nossa Senhora do Patrocínio Patrocínio do Muriaé Nossa Senhora do Patrocínio do Muriaé Paula Cândido São José do Barroso Paulistas São José dos Paulistas Pedra Bonita São José da Pedra Bonita Pedra do Anta Anta São Sebastião da Pedra do Anta Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Peçanha Descoberto do Peçanha Santo Antônio do Bom Sucesso do Descoberto do Peçanha Quartel de Passanha Santo Antônio do Peçanha Rio Doce Suaçui Santo Antônio do Passanha Pedra Dourada São João do Soca São José da Pedra Dourada Pequeri São Pedro São Pedro do Pequeri Perdigão Saúde Saúde de Santo Antônio do Monte Nossa Senhora da Saúde Perdizes Nossa Senhora da Conceição Conceição do Araxá Pescador São Pedro Pequi Santo Antônio de São Joanico Santo Antônio do Pequi Piedade do Rio Grande Nossa Senhora da Piedade do Rio Grande Arames Piedade dos Gerais Nossa Senhora da Piedade dos Gerais Pimenta Nossa Senhora do Rosário da Estiva Nossa Senhora do Rosário da Pimenta Senhora do Rosário da Estiva Piracema Nossa Senhora das Necessidades do Rio do Peixe Rio do Peixe. Piranga Guarapiranga Nossa Senhora da Conceição do Piranga 627 Piranguçu Santo Antônio do Piranguçu Pirapetinga Santana do Pirapetinga Poço Fundo Machadinho São Francisco de Paulado Machadinho Gimirini. Pirapora São Gonçalo das Tabocas Piraúba São Sebastião de Piraúba Pitangui Vila Nova do Infante das Minas dePitangui Nossa Senhora da Piedade de Pitangui Poços de Caldas Águas Virtuosas de Caldas Nossa Senhora da Saúde das Águas de Caldas Nossa Senhora da Saúde de Caldas Nossa Senhora da Saúde de Poços de Caldas Prados Nossa Senhora da Conceição dos Prados Porteirinha São Joaquim da Porteirinha Nossa Senhora da Conceição do Jatobá Pouso Alto Nossa Senhora da Conceição do Pouso Alto Prata Nossa Senhora do Monte do Carmo Nossa Senhora do Carmo de Morrinhos Carmo de Morrinhos Pratinha Santo Antônio da Pratinha Presidente Bernardes Calambau Santo Antônio do Calambau Presidente Juscelino São Sebastião do Paraúna Paraúna Ponte do Paraúna Presidente Olegário Santa Rita Santa Rita da Boa Sorte Santa Rita de Patos Queluzito Santo Amaro Queluzita Raposos Nossa Senhora da Conceição de Raposos Raul Soares São Sebastião de Entre-Rios Matipoó Resende Costa Laje Nossa Senhora da Penha de França do Arraial da Laje Ressaquinha Ribeirão de Alberto Dias São José da Ressaquinha Riacho dos Machados Santo Antônio do Riacho dos Machados Nossa Senhora do Riacho dos Machados Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Rio Acima Santo Antônio do Rio Acima Rio Casca Conceição da Casca Nossa Senhora da Conceição da Casca Bicudos 628 Rio Manso Santa Luzia do Rio Manso Rio Novo Conceição do Rio Novo Nossa Senhora da Conceição do Rio Novo Rio Paranaíba São Francisco das Chagas do Campo Grande São Francisco das Chagas Rio Espera Espera Nossa Senhora da Piedade da Boa Esperança Piedade da Boa Esperança Rio Piracicaba São Miguel do Piracicaba Rio Pomba Mártir São Manuel dos Sertões do Rio do Pomba e Peixe dos Índios Croatas e Coropós Pomba São Manuel do Pomba Rio Vermelho Nossa Senhora da Penha do Rio Vermelho Nossa Senhora da Pena do Rio Vermelho Ritápolis Santa Rita do Rio Abaixo Ibitutinga Rodeiro São Sebastião da Boa Esperança do Rodeiro Romaria Água Suja Nossa Senhora da Abadia da Água Suja Rosário da Limeira Nossa Senhora do Rosário Sabará Nossa Senhora da Conceição de Sabará Vila Real de Nossa Senhora da Conceição Sabinópolis São Sebastião dos Correntes Salinas Santo Antônio das Salinas Salto da Divisa Salto Salto Grande São Sebastião do Salto Grande Santa Bárbara Santo Antônio do Ribeirão de Santa Bárbara Santa Bárbara do Leste Santa Bárbara Santa Bárbara do Monte Verde __ Santa Bárbara do Tugúrio Santa Bárbara Tugúrio Santa Efigênia de Minas Santa Efigênia Santa Fé de Minas Capão Redondo Santana do Capão Redondo Nossa Senhora da Conceição do Capão Redondo Santa Helena de Minas Santa Helena Balbinópolis Santa Juliana Dores de Santa Juliana Santa Luzia Bom Retiro Santa Luzia do Rio das Velhas Santa Margarida __ Santa Maria de Itabira Santa Maria Nossa Senhora do Rosário de Santa Maria de Itabira Santa Maria do Salto __ 629 Santa Maria do Suaçuí Santa Maria Maior Santa Maria de São Félix Santa Rita de Caldas Santa Rita Santa Rita de Cássia Santa Rita do Rio Claro Santa Rita de Minas Santa Rita Santa Rita Ibitipoca Santa Rita Ibitipoca Santa Rita do Itueto Santa Rita Santa Rita do Jacutinga __ Santa Rita do Sapucaí Boa Vista do Sapucai Santa Rita Santa Rita da Boa Vista Santa Rosa da Serra Santa Rosa Rosalinda Santana da Vargem Mombuca Santana de Cataguases Santana Santana de Meia Pataca Santana de Pirapama Traíras Pirapama Santana do Deserto Nossa Senhora da Santana do Deserto Santana do Garambéu Garambéu Santana do Jacaré Corredeira Santana do Manhuaçu Santana Santana do Paraíso Ipanema Santana do Riacho Riacho Fundo Santo Antônio do Riacho Fundo Santana dos Montes Santana do Morro do Chapéu Morro do Chapéu Catauá Sano Antônio do Amparo __ Santo Antônio do Aventureiro Aventureiro Santo Antônio do Grama Grama Santo Antônio do Itambé Santo Antônio Santo Antônio do Jacinto Santo Antônio Santo Antônio do Monte Inhaúma Santo Antônio do Retiro Retiro Santo Antônio do Rio Abaixo __ Santo Hipólito __ São Bento Abade São Bento São Bento do Campo Belo Eremita São Brás do Suaçuí __ São Domingos das Dores São Domingos 630 São Domingos do Prata São Domingos São Félix de Minas São Félix Frei Jorge São Francisco Pedra dos Angicos São José das Pedras dos Angicos São Francisco de Paula Jacareguai São Francisco de Oliveira Presidente Venceslau Brás São Francisco de Sales Aldeia Missões São Francisco do Glória São Francisco das Esteiras São Geraldo São Sebastião da Serra de São Geraldo São Geraldo da Piedade São Geraldo São Geraldo do Baixio __ São Gonçalo do Abaeté __ São Gonçalo do Pará São Gonçalo do Pará Acima São Gonçalo do Rio Abaixo __ São Gonçalo do Rio Preto Rio Preto Felisberto Caldeira São Gonçalo do Sapucaí São Gonçalo do Amarante São Gonçalo da Campanha do Rio Verde São Gonçalo da Campanha São Gonçalo do Rio Verde São Gotardo Confusão São Sebastião da Confusão São Sebastião do Pouso Alegre São João Batista do Glória São João do Glória São João da Lagoa __ São João da Mata Jacarini São João da Ponte São João da Ponte do Salobro São João das Missões Missões São João Del-Rei São João Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar Arraial Novo Rio das Mortes São João do Manhuaçu __ São João do Oriente __ São João do Pacuí São João da Barra São João do Paraíso São João Raposa São João Evangelista São Nicolau São João Novo São João do Lifonso São João do Suaçuí São João Nepomuceno __ 631 São João do Manteninha Manteninha São Joaquim de Bicas __ São José da Barra __ São José da Lapa Carrancas São José do Jacuri __ São José do Mantimento Meia Quarta São José da Safira São José do Colosso São José da Varginha __ São José do Alegre Alegres São José dos Alegres São José do Divino __ São José do Goiabal Goiabal São Lourenço Águas do Viana Águas de São Lourenço São Miguel do Anta São Miguel São Pedro da União __ São Pedro do Suaçuí São Pedro Tourinho São Pedro dos Ferros __ São Romão Manga Santo Antônio da Manga VilaRisonha de São Romão Santo Antônio da Manga de São Romão São Roque de Minas São Roque Guia Lopes São Sebastião da Bela Vista __ São Sebastião da Vargem Alegre Catinga do Muriaé São Sebastião do Anta São Sebastião da Anta São Sebastião do Maranhão Maranhão Morubau Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) São Sebastião do Oeste São Sebastião do Curral Nossa Senhora das Mercês do Curral São Sebastião do Paraíso __ São Sebastião do Rio Preto Cachoeira Alegre Cemitério São Sebastião do Rio Verde Estação de Pouso Alto São Tiago __ São Tomás de Aquino __ São Tomé das Letras __ 632 São Vicente de Minas São Vicente Férrer Francisco Sales Sapucaí-Mirim Santana Santana do Sapucaí-Mirim Sardoá Santo Antônio do Sardoá Sem Peixe São Sebastião do Sem Peixe Senador Amaral São Sebastião dos Campos Senador Cortes São Sebastião do Monte Verde Monte Verde Senador Firmino Rocha Nossa Senhora da Conceição do Turvo Conceição do Turvo Senador Modestino Gonçalves Araçuaí Mercês do Araçuai Nossa Senhora das Mercês do Araçuaí Calabar Mercês de Diamantina Senhora de Oliveira Nossa Senhora de Oliveira Piraguara Senhora do Porto Nossa Senhora do Porto de Guanhães Porto de Guanhães Senhora dos Remédios Nossa Senhora dos Remédios Remédios Angoritaba Sericita Jequitibá Santana da Pedra Bonita Itaporanga. Serra do Salitre São Sebastião da Serra do Salitre Setubinha Santo Antônio do Setubinha Silverânia Santo Antônio dos Silveiras Silveiras Silvianópolis Santana do Sapucaí Simão Pereira Rancharia São Pedro de Alcântara Simonésia São Simão Taparuba São José da Ponte Nova Teixeiras Santo Antônio dos Teixeiras Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Tiradentes Ponta do Morro Santo Antônio Arraial Velho São José del-Rei Tiros Santo Antônio dos Tiros Chapadão da Lagoinha 633 Tocantins São José do Paraopeba São José do Tocantins Toledo São José do Toledo São José da Campanha do Toledo Tombos Nossa Senhora da Conceição dos Tombos Tombos de Carangola Três Pontas Candongas Nossa Senhora da Ajuda das Três Pontas Tumiritinga Cachoeirinha Tupaciguara Nossa Senhora da Abadia do Bom Sucesso Nossa Senhora do Bom Sucesso Abadia do Bom Sucesso Turmalina Nossa Senhora da Piedade Piedade Turvolândia Retiro Nossa Senhora da Piedade do Retiro Ubá São Januário de Ubá Ubaí São Lourenço Ubaporanga São Domingos de Ubá São Domingos de Caratinga Uberaba Oberava Santo Antônio e São Sebastiãodo Uberaba Santo Antônio do Uberaba Uberlândia São Pedro de Uberabinha Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra de São Pedro de Uberabinha Uberabinha Unaí Rio Preto Nossa Senhora da Conceição do Rio Preto Capim Branco Urucânia Nossa Senhora do Bom Sucesso do Urucum Bom Sucesso do Urucu Veríssimo São Miguel do Veríssimo Topônimo atual Denominação(ões) anterior(es) Virgem da Lapa São Domingos São Domingos do Araçuaí Viçosa Santa Rita do Turvo Viçosa de Santa Rita Virginópolis Nossa Senhora do Patrocínio Patrocínio Nossa Senhora do Patrocínio do Serro Patrocínio do Serro Nossa Senhora do Patrocínio de Guanhães Patrocínio de Guanhães Virgolândia São Gonçalo do Ramalhete Ramalhete Visconde do Rio Branco Presídio dos índios Puris 634 Presídio de São João Batista São João Batista dos índios Coropós São João Batista do Presídio Rio Branco Nesse quadro, observamos que dos 432 municípios enumerados com denominações hagiotoponímicas – anterior ou atual –, 405 passaram por uma ou mais mudanças ao longo dos anos, o que equivale a 94% e apenas 27 deles mantiveram o nome original, o que corresponde a 6% do total. Enumeramos estes últimos municípios, a seguir, com as respectivas datas de adoção do nome entre parênteses: Santa Bárbara do Monte Verde (1839), Santa Margarida (1859), Santa Maria do Salto (1948), Santa Rita do Jacutinga (1835), Santo Antônio do Amparo (1802), Santo Antônio do Rio Abaixo (1708), Santo Hipólito (1910), São Brás do Suaçuí (1728), São Geraldo do Baixio (1944), são Gonçalo do Abaeté (1923), São Gonçalo do Rio Abaixo (1850), São João da Lagoa (1922), São João do Manhuaçu (1890), São João do Oriente (1925), São João Nepomuceno (1811), São Joaquim de Bicas (1836), São José da Barra (1876), São José do Jacuri (1852), São José da Varginha (1881), São José do Divino (1948), São Pedro da União (1870), São Pedro dos Ferros (1849), São Sebastião da Bela Vista (1874), São Sebastião do Paraíso (1853), São Tiago (1802), São Tomás de Aquino (1887), São Thomé das Letras (1770). Observa-se que a maioria desses municípios receberam as designações que preservam até os dias atuais entre os séculos XVIII e XIX, período anterior aos decretos-lei que previam a regulamentação toponímica dos municípios brasileiros, que datam do século XX, mais precisamente de 1938 e 1943. Esses decretos, em resumo, condenam a existência de nomes repetidos para municípios e desaconselham a adoção de topônimos designados por meio de datas, vocábulos estrangeiros, nomes de pessoas vivas e expressões com mais de duas palavras; recomendando ainda a adoção de nomes indígenas com propriedade local. (COSTA, 1970, p. 30-31) No que se refere aos casos de mudanças toponímicas, vale dizer que adotamos a metodologia proposta por Dauzat (1926, p. 45), utilizada por Seabra (2004), que caracteriza as substituições dos topônimos de duas maneiras distintas, quais sejam: i) mudança espontânea – aquela que se dá na língua após invasões ou conquistas de um território, podendo, pois ocorrer tanto por substituição total dos itens léxicos quanto por 635 substituição parcial – e ii) mudança sistemática – é aquela que, independente de conquistas, evoca em geral o nome de um soberano ou autoridades de uma região e é imposta com o objetivo de homenagear alguém. Sob esse enfoque, as denominações dos 405 municípios que sofreram alterações ao longo do tempo assim se dividem: 42 que passaram por mudança sistemática, o que corresponde a 10%, e 363 que passaram por mudança espontânea, correspondendo a 90% dos nomes. Dentre os casos de mudança sistemática podem ser citados, a título de exemplo: Comendador Gomes < São Sebastião das Areias; Diogo de Vasconcelos < Vasconcelos < São Domingos; Heliodora < Santa Isabel dos Coqueiros < Santa Isabel; João Pinheiro < Alegres < Santana dos Alegres e Senador Cortes < Monte Verde < São Sebastião do Monte Verde. Quanto às mudanças espontâneas, há 106 casos de substituição total dos itens léxicos, ou 29%, e 258 casos de substituição parcial, ou 71%. Estes últimos caracterizam-se, geralmente, pelos casos de redução ou elipse.55 São exemplos desse tipo de mudança espontânea: Santana do Deserto < Nossa Senhora da Santana do Deserto; São Geraldo < São Sebastião da Serra de São Geraldo; Senhora do Porto < Porto de Guanhães < Nossa Senhora do Porto de Guanhães; Toledo < São José do Toledo < São José da Campanha do Toledo; e Tombos < Tombos de Carangola < Nossa Senhora da Conceição dos Tombos. A mudança espontânea por substituição total dos itens léxicos pode ser observada, sobretudo, nos municípios que atualmente têm nomes de origem indígena, o que se deve à recomendação já mencionada do Decreto-lei de 1943 quanto à adoção de nomes indígenas com propriedade local. (COSTA, 1970, p. 31). Citam-se, como exemplo: Abaeté < Dores do Marmelada < Nossa Senhora do Patrocínio do Marmelada < Arraial Novo da Marmelada < Marmelada; Igaratinga < Santo Antônio do Rio São João Acima < Santo Antônio de São João Acima < São João Acima; Itutinga < Ponte Nova < Santo Antônio da Ponte Nova; e Piracema < Rio do Peixe < Nossa Senhora das Necessidades do Rio do Peixe. 55 Sobre a elipse em topônimos, afirma DAUZAT (1926, p. 59) “Il n’est pás nécessaire que ce composé soit encore compris: il suffit qu’un de sés éléments, généralement le premier, ait pris une place preponderante pour qu’il suffise à évoquer le lieu à lui Seul.[...]” E exemplifica: “Lutetia Parisiorum, civitas de Parisiis, puis Parisiis, Paris.” 636 Explicitados os casos de mudanças toponímicas ocorridas nas denominações – atuais ou anteriores – dos 432 municípios mineiros, apresenta-se, na página seguinte, uma carta toponímica elaborada para demonstrar geograficamente a localização desses municípios, em que aqueles que mantêm em sua denominação atual um hagiotopônimo são representados em verde e aqueles que, algum momento de sua história, foram designados por esse nomes religiosos, em amarelo. 637 FIGURA 34 – Carta Toponímica XVIII: Índice de denominações hagiotoponímicas em municípios mineiros. 638 4.2.3 Considerações da análise: abordagem sócio-linguístico-cultural Trazida pelos portugueses para o Brasil, no início do século XVI, a fé cristã e sua principal manifestação que é o culto aos santos foi ganhando extensão territorial, na medida em que se dava o povoamento das terras recém-descobertas. Isso porque, fincando cruzes e erguendo capelas para abrigar as diversas imagens de sua devoção, os desbravadores se apossavam do território, batizando-o, em sua língua e de acordo com a sua cultura. É, pois, nesse contexto que surgem os hagiotopônimos, foco de nossa atenção, nesta pesquisa, em território mineiro. Esses topônimos de origem religiosa, contemporaneamente, conforme se demonstrou, não constituem a taxe predominante em Minas Gerais, representando 6,5% do total de topônimos do Estado (Banco de dados do Projeto ATEMIG). Entretanto, essas formas hagiotoponímicas, que se destacam mais em algumas regiões, sobretudo na porção leste e no sul do Estado, revelam-se como portadoras de valiosas informações linguístico-culturais, sobretudo no que concerne ao processo de povoamento do Estado, quando os acidentes geográficos, em sua maioria, foram nomeados de acordo com o calendário cristão. Um exemplo disso pode ser observado na história da fundação da cidade de Mariana, primeira vila mineira cujo povoamento teve início às margens do ribeirão de Nossa Senhora do Carmo, onde riquíssimas jazidas de ouros foram encontradas pelos bandeirantes. Conforme Dick e Seabra (2002, p. 83), a aglomeração inicial dessa vila data de 16 de julho de 1696 – dia de Nossa Senhora do Carmo –, quando uma cabana foi erguida próximo às margens desse ribeirão e, em homenagem à invocação mariana propagada pelos carmelitas, recebeu a denominação de Arraial do Carmo. Assim, podemos dizer que o povoamento do território mineiro seguiu os moldes do início da colonização brasileira, ou seja, às margens de um curso d’ água, ergueu-se uma capela e, seus arredores foram se expandindo sob a proteção do santo ou santa de devoção do fundador que, muitas vezes, mais tarde, além de dar nome às terras, acabava se tornando o padroeiro do lugar.56 56 De acordo com Trindade (1944, p.10-11), entenda-se por padroeiro de um lugar o santo que certa cidade, diocese, província ou nação, elegeu para seu particular advogado diante de Deus. Segundo o autor, se o padroeiro é simultaneamente titular da igreja, chama-se, então, Patrono titular. No Brasil, 639 Diante do exposto, demonstramos, com esta pesquisa, como os hagiotopônimos se distribuem, contemporaneamente, nas diferentes mesorregiões mineiras – corpus de dados contemporâneos – e, além disso, através da consulta a mapas dos séculos XVIII e XIX, – corpus de dados históricos – como se deu diacronicamente o processo designativo a partir dessas denominações religiosas. Em relação ao corpus contemporâneo, cumpre ressaltar que, através do mapeamento desses dados em cartas geográficas, observou-se que os maiores índices hagiotoponímicos, em números percentuais, encontram-se, sobretudo, nas mesorregiões Zona da Mata, Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce e Sul/Sudoeste de Minas. Esta última destaca-se por ser a região por onde entraram os bandeirantes em busca de ouro e pedras preciosas à época do povoamento. As três primeiras regiões, por sua vez, situadas na porção leste e de povoamento mais tardio, destacam-se por seus solos férteis que serviram a plantios diversos e, consequentemente, ao abastecimento da capitania. Como regiões de fronteira com outros estados, essas mesorregiões caracterizavam-se, à época do povoamento, bem mais que hoje, pela presença da Mata Atlântica, que foi, aos poucos, sendo desbravada pelo homem. Acreditamos que o significativo número de ocorrências hagiotoponímicas nessa região se deva ao fato de que ao se aventurar a mata a dentro em busca de novas terras, o homem, frente ao desconhecido, pedia proteção a Deus por meio da invocação dos santos e santas de sua devoção. Convém retomar aqui duas informações apresentadas: o Mapa 3 deste trabalho e a primeira carta toponímica. O primeiro, intitulado Mapa das Entradas, Caminhos e Bandeiras, ilustra o percurso percorrido pelos bandeirantes à época do início do povoamento. A carta toponímica, por sua vez, traz, em números percentuais, a distribuição dos hagiotopônimos nas doze mesorregiões, sendo que a variação cromática indica, da tonalidade mais forte para a mais fraca, as regiões onde os índices dessas ocorrências se destacam. celebram-se os seguintes padroeiros: Nossa Senhora de Guadalupe e Santa Rosa de Lima, patronas da América Latina; Nossa Senhora Aparecida e São Pedro de Alcântara, padroeiros do Brasil. 640 QUADRO 29 – Quadro comparativo entre o Mapa 3 e a Carta toponímica I deste trabalho. Ao compararmos as duas representações em solo mineiro, percebemos que, diferentemente do que prevíamos, os hagiotopônimos aparecem em menor número nas regiões por onde passaram as bandeiras, que são as regiões centrais do Estado onde estavam concentradas numerosas jazidas de ouro e pedras preciosas. Com exceção da região Sul/Sudoeste do estado, por onde entraram as principais bandeiras, conforme pode ser observado na figura à esquerda, não visualizamos a presença dos bandeirantes nas mesorregiões Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Vale do Mucuri, que apresentam maior densidade hagiotoponímica. Passando para a observação das três categorias onomásticas consideradas – os nomes de santos, os nomes de santas e os nomes de invocação à Virgem Maria ou mariotopônimos – podemos dizer que, tanto contemporânea quanto diacronicamente, em território mineiro, há a seguinte tendência hagiotoponímica: nomes de santos > nomes de santas > maritopônimos; sendo que, nos dados contemporâneos, a quantidade de nomes de santos (3801 ocorrências) é 2,3 vezes maior do que a quantidade de nomes de santas (1658 ocorrências) e 20 vezes maior do que o número de mariotopônimos (190 ocorrências). Seguindo essa mesma tendência, nos dados históricos, o número de ocorrências de nomes de santos (439) é 2,6 vezes maior do que as ocorrências de nomes de santas (170 ocorrências) e 12 vezes maior que o número de mariotopônimos (190 ocorrências). Em números percentuais, esse raciocínio pode ser representado da seguinte forma: 641 nomes de santos > nomes de santas > mariotopônimos Dados contemporâneos = 67,8% > 26,3% > 3,4% Dados históricos = 67,3% > 29,3% > 5,9% Diante do exposto, verifica-se que, em relação às demais categorias toponímicas analisadas, os nomes de santos se destacam tanto nos dados contemporâneos quanto nos dados históricos, e os hagiônimos Santo Antônio, São José, São João, São Domingos, São Sebastião, São Francisco e São Miguel apresentam-se, nessa ordem, com realce nos dois corpora. Apesar de não aparecerem nos dados históricos, são muito recorrentes nos dados contemporâneos – figurando em todas ou em pelo menos em onze das doze mesorregiões – São Pedro (o 4º mais recorrente), São Bento, São Geraldo, São Lourenço, São Joaquim e São Vicente, dentre os quais São Geraldo se destaca, diferentemente dos demais que se sobressaem na Zona da Mata, por apresentar maior número de ocorrências no Vale do Rio Doce. Com realce apenas nos dados históricos, São Gonçalo apresenta apenas 33 ocorrências nos dados contemporâneos, concentrando-se nas mesorregiões Norte, Noroeste de Minas e Metropolitana de Belo Horizonte. Apesar de apresentar, em relação aos mais frequentes, poucas ocorrências nos dois corpora, merecem destaque também, nos dados contemporâneos, Santo Inácio e São Tiago/Santiago. O primeiro porque a maioria de suas ocorrências está concentrada no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, e o segundo porque, diferentemente da maioria, apresenta maior número de ocorrências nas mesorregiões centrais. Ressalta-se ainda que alguns nomes de santos aparecem com o antropônimo representado por um hipocorístico, como é o caso de Santo Antoninho, São Joãozinho, São Joanico, São Juanico, São Mateuzinho, São Miguelzinho, São Bentinho e São Bentão. Com exceção deste último, os que trazem o sufixo de diminutivo podem estar denotando intimidade e afeto do denominador em relação ao santo escolhido para nomear os acidentes geográficos a sua volta. No que concerne ao emprego dos nomes de santas, destacam-se, tanto nos dados históricos quanto nos dados contemporâneos, Santa Ana, Santa Rita, Santa Maria, Santa Bárbara, Santa Isabel e Santa Luzia, sendo que, com exceção de Santa Rita que não aparece nas mesorregiões Campo das Vertentes e Central Mineira, os outros 642 hagiônimos aparecem em todas as mesorregiões mineiras. Convém ressaltar aqui a presença significativa de Santa Anna nos dados históricos e Santa Ana/Santana (e outras variações) nos dados contemporâneos, sobretudo nas mesmas regiões do estado por onde passaram as bandeiras. Também com ocorrências em todas as mesorregiões, destacam-se ainda, na contemporaneidade, Santa Rosa, Santa Clara e Santa Helena. Por outro lado, assim como ocorre com os hagiônimos masculinos, há nomes de santas que, diferentemente dos demais que são predominantes na Zona da Mata, destacam-se mais em outras mesorregiões, o que parece caracterizar um culto regional. Dentre esses nomes, podemos citar: Santa Luzia e sua variante Santa Lúcia, com realce no Sul e Sudoeste de Minas; Santa Terezinha, no Vale do Rio Doce e no Vale do Mucuri; e Santa Marta, no Vale do Rio Doce. Ressalta-se também entre os nomes de santas, como ocorreu nos nomes masculinos, a ocorrência dos hipocorísticos Santa Aninha, Santaninha, Santa Rosinha e Santa Julinha. Nos dados contemporâneos, há ainda muitos outros hagiônimos, conforme listamos no capítulo 6, a seguir. Dentre eles, há os que são reconhecidos pela Igreja como os que mencionados anteriormente, os que são reconhecidos pelo culto popular, como Santo Expedito e Santa Efigênia, por exemplo, e, ainda, aqueles que parecem ser reconhecidos apenas pelo culto individual do denominador, isto porque não se encontrou, nas fontes consultadas, registro de seu culto oficial ou popular. Destes últimos, os nomes de santas sobressaem, uma vez que somam 42 hagiônimos, quais sejam: Santa Alda, Santa Angélica, Santa Apolinária, Santa Augusta, Santa Branca, Santa Cândida, Santa Cláudia, Santa Constância, Santa Delfina, Santa Elisa, Santa Elvira, Santa Elsa, Santa Emília, Santa Esméria, Santa Frutuosa, Santa Gabriela, Santa Glória, Santa Guilhermina, Santa Heloísa, Santa Hilária, Santa Isaura, Santa Isildinha, Santa Júlia, Santa Julieta, Santa Justa, Santa Laura, Santa Leocárdia, Santa Leonora, Santa Mafalda, Santa Márcia, Santa Mariana, Santa Maura, Santa Milana, Santa Olga, Santa Olinda, Santa Olívia, Santa Regina, Santa Rufina, Santa Silvéria, Santa Virgilina, Santa Virgínia e Santa Vitória. Quanto aos hagiotopônimos masculinos, foram encontrados 18 desses nomes, a saber: Santo Apolônio, Santo Augusto, Santo Elias, Santo Onofre, São Cândido, São Cornélio, São Dinis, São Dimas, São Eduardo, São Fernando, São Gil, São Gotardo, 643 São Julião, São Manoel/São Manuel, São Marino, São Modesto, São Sabino e São Vitorino. Esses casos parecem poder se encaixar na classificação de hagiotopônimos aparentes de Lima (1997)57, que, segundo a autora, refere-se a topônimos de inspiração política, cujo objetivo era homenagear pessoa relacionada aos fundadores e/ou personagens influentes, o que não foi possível investigar, por ora, em nossa pesquisa, devido à extensão territorial considerada. Entretanto, tendo em vista que investigar a motivação de nomes de municípios é, de certa forma, mais fácil, buscamos no site do IBGE58 a motivação da denominação do município São Gotardo, única ocorrência do nome, onde encontramos a informação de que a cidade foi assim denominada em homenagem ao seu fundador Joaquim Gotardo de Lima, confirmando, assim, o que diz a autora. Em relação às duas categorias toponímicas apresentadas, o estudo Dick (1990b) e o de Ananias (2013) também merecem ser mencionados aqui, uma vez que, em ambos, os nomes de santos são mais recorrentes que os nomes de santas, o que também ocorreu em nossos corpora. Ao tratar da hagiotoponímia presente nos estados brasileiros, Dick (1990b, p.159-160) afirma que a preferência popular tende a recair em São José e Santo Antônio, o que foi comprovado também em relação aos dados mineiros. A autora ressalta ainda que também costumam ser lembrados São João, São Francisco, São Pedro, São Domingos, São Sebastião, São Miguel, São Bento, São Vicente, São Joaquim, São Gonçalo, São Mateus. Acrescido do hagiônimo São Geraldo, que não aparece entre os mais produtivos nos estados brasileiros, todos esses nomes também foram recorrentes em nossa pesquisa, o que também se observou em relação às santas. O trabalho de Ananias (2013, p. 185-189), em que o tema abordado foi a toponímia das mesorregiões paranaenses Toledo e Foz do Iguaçu, por sua vez, traz resultados bem diferentes dos nossos. Santo Antônio e São José, por exemplo, não são os nomes mais produtivos no léxico toponímico dessas mesorregiões paranaenses, cabendo a São Francisco a maior produtividade. Além disso, os hagiônimos masculinos São Geraldo, São Gonçalo e São Mateus presentes em Minas, tanto nos dados contemporâneos quanto nos dados históricos, não foram documentados na região 57 Apud Anjos (2012, p. 64-65) 58 www.cidades.ibge.gov.br 644 paranaense estudada. Outro nome que só aparece nos dados mineiros é Santa Ana nas suas variações diacrônicas e diatópicas. Em território mineiro, conforme já mencionamos, esse hagiônimo apareceu em primeiro lugar dos dois corpora, sobretudo nas regiões por onde passaram as bandeiras. Essa divergência vem corroborar a nossa hipótese de que o estudo toponímico dos nomes de origem religiosa tem muito a nos dizer sobre a história do povoamento de Minas Gerais. Passando aos mariotopônimos, nota-se que, em relação à presença de hagiotopônimos em Minas Gerais, a principal diferença entre os dois corpora está nos topônimos relativos às invocações marianas, que, em números percentuais, nos dados históricos, é quase 2 vezes maior em relação aos dados contemporâneos. Acreditamos que essa diferença possa ser explicada por dois motivos principais: i) o primeiro relaciona-se diretamente com o fato de que, a partir da segunda metade do século XVIII, o número dessas ocorrências começa a cair, conforme pode ser observado no gráfico que segue. GRÁFICO 18 – Evolução dos percentuais hagiotoponímicos ao longo dos séculos XVIII e XIX. Fonte: Dados da pesquisa. O segundo motivo refere-se à legislação toponímica já mencionada – mais especificamente o decreto-lei no 5.901 de 21 de outubro de 1943 – que, na primeira metade do século XX, recomenda, entre outras coisas, a não adoção de topônimos 0% 20% 40% 60% 80% 100% Séc.XVIII – 1ª metade Séc. XVIII – 2ª metade Séc. XIX – 1ª metade Séc. XIX– 2ª metade Mariotopônimos Nomes de Santos Nomes de Santas 645 compostos de mais duas palavras. Assim, os municípios mineiros atualmente denominados Carmo do Cajuru, Conceição dos Ouros e Dores do Indaiá foram, anteriormente, chamados de Nossa Senhora do Carmo do Cajuru, Nossa Senhora da Conceição dos Ouros e Nossa Senhora das Dores do Indaiá, respectivamente. Vale ressaltar, entretanto, que, muito anterior a essa lei federal, o denominador, mesmo que de forma inconsciente, já reduzia o sintagma toponímico, o que pode ser observado, por exemplo, na denominação do ribeirão, em torno do qual se deu o início do povoamento mineiro, que, mesmo sendo designado sob a invocação de Nossa Senhora do Carmo, recebeu apenas a forma específica ‘do Carmo’, constituindo, assim, um topônimo simples. Dessa maneira, considerando os nomes de municípios, observa-se que, enquanto na atualidade apenas 5 municípios são denominados por mariotopônimos – Madre de Deus de Minas, Senhora de Oliveira, Senhora do Porto, Senhora dos Remédios e Virgem da Lapa –, aqueles que apresentam essa taxe como denominações anteriores somam 110 ocorrências. Ressalta-se que muitos desses se apresentam como reduções de invocações marianas, como os três municípios mencionados anteriormente. Apresentamos, a seguir, uma carta toponímica para ilustrar melhor o que foi dito. 646 FIGURA 35 – Carta Toponímica XIX: Índice de mariotopônimos em municípios mineiros. 647 Ainda em relação aos mariotopônimos, convém destacar aqui que a diferença entre os dados históricos e os dados contemporâneos seria ainda maior se desconsiderássemos, destes últimos, os nomes mais recorrentes, quais sejam: Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora de Fátima. Estas – que não apareceram nos dados históricos – são invocações marianas recentes, sendo que, com 27 ocorrências, o título ‘das Graças’ data de 1830 (cf. ficha 21) e, com 11 ocorrências, o título ‘de Fátima’ data de 1917 (cf. ficha 24). A invocação a Nossa Senhora Aparecida, por sua vez, apresenta um número bem maior de ocorrências. São 75 topônimos em território mineiro. Esse título mariano, de ocorrência única nos dados históricos, apesar de não ser tão recente, visto que data de 1717 (cf. ficha 4), tem origem brasileira, no estado de São Paulo, o que poderia justificar, além de sua popularização tardia, os maiores índices desses nomes terem ocorrido nas mesorregiões Sul/Sudoeste de Minas e Triângulo Mineiro. O número elevado dessas ocorrências, em território mineiro, contraria os resultados encontrados em Dick (1990b, p.160) que, ao tratar da hierotoponímia brasileira, afirma que “embora Nossa Senhora Aparecida seja reverenciada como Padroeira do Brasil, não há vinculação do fato a uma expressividade toponomástica, tanto assim que somente um acidente no Estado do Rio de Janeiro consagra o batismo.” Em relação às outras invocações marianas no léxico toponímico brasileiro, diz a autora: Apesar da grande devoção dedicada pelo povo brasileiro à Virgem Maria, são poucos os topônimos consagrados aos cultos específicos de Nossa Senhora. Nesta formalização, encontra-se o aglomerado da Bahia, Ponta de Nossa Senhora; Três referências à Nossa Senhora da Guia (AM, MT e PA), duas à Nossa Senhora do Livramento (MT, PA), e duas à Nossa Senhora da Glória (AL e AM), corporificam os maiores índices da categoria tipológica. (...) Topônimos relativos à Nossa Senhora da Penha e do Amparo; à Nossa Senhora das Candeias, do Carmo e dos Milagres; à Nossa Senhora das Dores e do Socorro, assim como à Nossa Senhora de Lourdes, do Ó e das Graças, surgem, igualmente, uma única vez, nos Estados do Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraná, respectivamente. Os primeiros cultos em honra à Virgem Maria não foram, porém, acolhidos pela toponímia – pelo menos na fonte pesquisada, não houve registros --o como Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Paz ou Nossa Senhora da Luz. Mesmo uma das mais antigas devoções marianas, aquela consagrada à Nossa Senhora da Conceição, só ocorre em sua forma específica, de modo simples ou com determinativos das mais diversas procedências semânticas, deixando entrever, em algumas delas, o gosto bem popular das criações espontâneas, e abrangendo um raio de difusão bastante amplo pelo,território: Conceição de Tronqueiras e Conceição do Capim (MG) Conceição do Coité, Conceição do Galo e Conceição da Feira (todos na BA), Conceição das Crioulas (PE), Conceição dos Ganchos (AM). Em sua forma simples, o topônimo identifica um maior número de acidentes físicos, enquanto que os aglomerados 648 preferem a composição, sobressaindo o Estado de Minas Gerais pelo maior uso toponomástico. O emprego do especifico relativo à Virgem Maria tornou-se comum na nomenclatura geográfica brasileira, distribuido em varias opções paradigmáticas, como em Amparo (SP) e Amparo da Serra e do Sítio (ambos em MG), Carmo (MA), e Carmo da Mata, Carmo de Minas, Carmo do Cajuru, Carmo da Cachoeira e Carmo do Paranaíba (todos em MG). Consolação (MG). Dores e Dores de Campos, Dores do Indaiá, Dores do Turvo, Dores de Vitória, Dores do Paraibuna e Dores dos Canhões (também em MG), Mercês e Mercês da Água Limpa (MG); Milagre (BA) e Milagres (MG), Nazaré (MG) e Nazaré da Meta (PE), Nazaré do Badaró e Nazaré do,Retiro (AM), Nazaré dos Patos (PA), Piedade e Piedade do Paraopeba, Piedade dos Gerais, Piedade da Ponte Nova, Piedade do Rio Grande, que garantem, junto com Socorro, Mãe dos Homens e Misericórdia, o predomínio indiscutível da região mineira nessa tipologia motivadora. O qualificativo Senhora toma a representação de Senhora da Penha, Senhora da Glória, Senhora do Carmo, Senhora do Porto e Senhora dos Remédios, todos localizados em Minas Gerais, formando, portanto, uma área de incidência hierotoponímica considerável. (DICK, 1990b, p. 160-162) Grifos nossos. Nessa citação, verifica-se que o emprego de mariotopônimos é reduzido em todo o território brasileiro. Contudo, ao contrário do que demonstramos nesta pesquisa, Dick aponta, mais de uma vez (cf. grifos), que o Estado de Minas Gerais se destaca por ocorrências numerosas dessa tipologia motivadora. Essa divergência explica-se pelo fato de que a autora também considerou, em sua análise, as reduções referentes aos títulos marianos, ou de acordo com a toponimista, “o emprego do específico relativo à Virgem Maria”, o que não fizemos em nosso estudo. O procedimento por nós adotado justifica-se pelo fato de que, na análise de dados contemporâneos, todos os topônimos dos 853 municípios documentados em cartas topográficas – fontes do IBGE, com escalas que variam de 1: 50.000 a 1: 250.000 – foram considerados; e como não seria possível, por ora, investigar se amotivação da redução era religiosa ou não, achamos conveniente não quantificar essas reduções. Por exemplo, não daria para saber, sem pesquisa de campo ou pesquisa documental, se os designativos Conceição, Lourdes ou Aparecida atribuídos a acidentes geográficos, seriam um hagiotopônimo ou um antropotopônimo, já que esses designativos poderiam estar relacionados a nomes de mulheres. Em trabalho futuro, seria essa investigação uma das muitas possibilidades de rever e ampliar a abordagem deste trabalho. Ainda em relação à citação mencionada, convém retomar as últimas linhas em que Dick menciona quatro mariotopônimos constituídos pelo qualificativo Senhora, todos em Minas Gerais. Em nossos dados contemporâneos foram quantificadas 7 ocorrências desses nomes, o que corresponde a 3,7% do total, quais sejam Senhora da Penha, Senhora das Cinzas, Senhora das Dores, Senhora de Oliveira, Senhora do Carmo, Senhora do Porto, Senhora dos Remédios. Já 649 nos dados históricos, foram quantificadas 21 ocorrências dessa estrutura, correspondendo a 55% das ocorrências totais, sendo 13 delas na segunda metade do século XVIII, e 8 na primeira metade do século XIX. São elas: S. do Carmo, Snra. da Aparecida do Cláudio, da Snra da Oliveira, Snra. das Candeyas, Snra. do Carmo do Japão, Snra do Desterro, Sra. da Abadia, Sra da Conceição, Sra da Oliveira (4), Sra das Dores, Sra. do Amparo, Sra do Bom Sucesso, Sra do Livramento, Sra. do Rosário (3), Sra. dos Remédios (2). Face ao exposto, pode-se aventar a hipótese de que a recorrência do qualificativo Senhora em vez de Nossa Senhora, nos dados históricos, seria um indício do início da redução linguística desses nomes. Por outro lado, encontramos, em Carvalhinhos (2005, p.75),59 a constatação de que, enquanto a forma Nossa Senhora é muito difundida no Brasil, o qualificativo Senhora é mais comum em Portugal, o que também serviria para justificar as ocorrências dessa forma em território mineiro, já que o costume de atribuir nomes religiosos aos lugares é, sem dúvida, uma herança portuguesa. Também em Carvalhinhos encontramos menção às invocações marianas espontâneas, isto é, não reconhecidas pela Igreja. Segundo a autora, “muitos dos hierotopônimos que se referem a Nossa Senhora em Portugal não correspondem, absolutamente, a títulos oficiais de Maria na Igreja Católica.” Em nossa pesquisa, essas invocações espontâneas, apesar de não ocorrerem nos dados históricos, estão representadas, nos dados contemporâneos, pelos seguintes topônimos: Nossa Senhora da Gula, Nossa Senhora de Lamirada, Nossa Senhora das Valias e Senhora das Cinzas. Observa-se, pois, nesses nomes, o registro do culto popular no léxico toponímico do Estado. Em relação apenas aos dados contemporâneos, já que não analisamos os dados históricos quanto ao tipo de acidente geográfico, convém lembrar que, dos 190 mariotopônimos quantificados em Minas Gerais, 178 referem-se a acidentes humanos, correspondendo a 94% dos dados, o que, segundo Ananias (2013, p. 182), corrobora a tendência de predomínio de taxes antropoculturais, como é o caso dos hagiotopônimos, entre os acidentes humanos. Merece destaque, nesta pesquisa, a quantidade de fazendas nomeadas a partir dos nomes religiosos sob enfoque, que, em relação aos maritopônimos, somam 151 ocorrências, ou 85% dos 59 Em estudo intitulado Hierotoponímia portuguesa: os nomes de Nossa Senhora, Carvalhinhos (2005, p.75) afirma que a grande maioria de seu corpus, de 1195 hierotopônimos referentes à entidade, traz não a forma Nossa Senhora cujo uso é muito difundido no Brasil, mas apenas Senhora. 650 acidentes humanos. Nesse caso, podemos aventar a hipótese de que, diferentemente dos nomes de municípios que, além de serem regidos por legislação toponímica, dependem da aprovação da comunidade, os nomes de fazenda passam exclusivamente pelo crivo da subjetividade individual, isto é, cabe apenas ao proprietário, que, às vezes, consulta seus familiares, decidir, dentre tantos motivos, aquele adequado para nomear sua propriedade. É nesse momento que o homem, movido pelo poder de sua crença e pela busca da proteção de Deus e dos santos de sua devoção, atribui ao lugar, que lhe pertence, um nome religioso. Ressalta-se ainda o fato de que nomes desse tipo de acidente humano que, geralmente, é passado pai para filho, tendem a ser manter ao longo dos anos. É, pois, nesse sentido que uma pesquisa de campo em busca dessas 151 fazendas mineiras designadas por nomes de invocações à Virgem Maria seria uma forma interessante de recuperar informações sócio-históricas e linguístico-culturais que permearam o momento da denominação. Voltando aos nomes de santos e santas, categorias onomásticas bem mais recorrentes do que os mariotopônimos, verificou-se que o número de fazendas também se destaca. Entre os 3801 nomes de santos analisados, 2268 referem-se a acidentes humanos, o que equivale a 60% do total, dentre os quais 1494, ou 65%, são fazendas. Em relação aos nomes de santas, verifica-se que de um total de 1658 dados, a referência a acidentes humanos é feita por 1117 nomes, o que corresponde a 67% do total. Desses acidentes, as fazendas somam 870 ocorrências, ou 78% dos dados. Desses números, verifica-se que a tendência geral nomes de santos > nomes de santas > maritopônimos observada nos dados se inverte: nomes de santos < nomes de santas < mariotopônimos Número de fazendas = 65% < 78% < 85% Essa inversão pode explicada pelo fato de que, em território mineiro, as fazendas são preferencialmente designadas por hagiotopônimos femininos, dentre eles, a maioria refere-se a nomes de santas não reconhecidas oficialmente pela Igreja. Considerando a contribuição de Lima (1997), podemos aventar a hipótese de que tais nomes sejam hagiotopônimos aparentes atribuídos a esses acidentes pelo denominador para 651 homenagear as mulheres que tinham como mais próximas, isto é, suas esposas, mães, filhas, avós etc. Em estudo intitulado A toponímia sul-mato-grossense: um estudo dos nomes de fazendas, Maeda (2006) analisa as denominações toponímicas de 361 fazendas no Pantanal de Mato Grosso do Sul, dentre as quais, 113 são hagiotopônimos, taxe significativamente mais produtiva em seu estudo. No conjunto dos topônimos analisados predominam os de natureza antropo-cultural, notadamente os hagiotopônimos, marca da religiosidade na Região do Pantanal Sul- mato-grossense, retratada nos nomes de fazendas, um legado da colonização portuguesa, que se mantém até os dias hoje, não só nos nomes, mas também nos cultos de penetração popular, como as festas comemorativas aos santos padroeiros, sobretudo Santo Antonio, São João, São Pedro e São Sebastião, que é o santo padroeiro dos criadores. (MAEDA, 2006, p. 270) Verificamos, pelas considerações da autora, que o costume de nomear fazendas a partir de nomes de santos não se restringe ao território mineiro e, ainda, com exceção de São José, que é o segundo mais produtivo em nossos dados, os hagiônimos por ela mencionados são também muito recorrentes no léxico toponímico mineiro, sobretudo no que se refere à nomeação de fazendas. Em relação aos acidentes físicos, que ocorrem em número bem menor para todas as categorias onomásticas analisadas, convém ressaltar que, dentre eles, seguidos dos ribeirões, os córregos figuram como o acidente dessa natureza que mais recebeu denominações hagiotoponímicas no estado, representando 59,4% dos nomes de santos, 66% dos nomes de santas e 42% dos mariotopônimos. Diante do exposto, podemos dizer que os hagiotopônimos, em território mineiro, mantiveram-se ao longo dos séculos, sobretudo em acidentes rurais, como as fazendas e os córregos, cuja motivação denominativa prende-se exclusivamente à subjetividade individual do denominador e, por serem referências em propriedades particulares, as alterações toponímicas são mais raras. Por outro lado, os motivos para a escolha do nome de um munícipio – acidente urbano –, além de observar a legislação específica, pauta-se pela subjetividade coletiva e, muitas vezes, também por interesses políticos. Assim, conforme demonstramos, neste capítulo, muitas denominações hagiotoponímicas referentes aos municípios mineiros foram substituídas ao longo dos anos, sobretudo no que concerne aos mariotopônimos. Entretanto, esses topônimos, pelas reduções referentes aos títulos que acompanham expressão Nossa Senhora, deixaram vestígios de 652 sua origem religiosa em todo o território mineiro, o que pode ser observado pela quantidade considerável de denominações toponímicas atuais constituídas a partir dos determinantes ‘Carmo’, ‘Conceição’ e ‘Dores’, por exemplo. Ao encerrar este capítulo, julgamos, pois, pertinente retomar os dizeres de Dick (1990b, p.155) sobre a investigação hagiotoponímica: Talvez mais do que em qualquer outra das categorias onomásticas, será possível intuir, nesta, os estreitos vínculos que devem existir entre o denominador e o móvel da denominação, no caso, o acidente físico (rio, lago, montanha, etc.) ou humano (vila, cidade, região, ponte, etc.). O estudo dessa classe denominativa permite, pois, que se faça da ciência toponomástica um verdadeiro "capítulo da psicologia social", no consenso comum dos estudiosos que seguem a Dauzat, desde que o "sentir" e o "querer" de elementos isolados refletem, graças a processos introspectivos, o próprio comportamento comunitário. 653 CAPÍTULO 5 – ANÁLISE GEOTOPONÍMICA DOS DADOS CONTEMPORÂNEOS Considerando as categorias onomásticas analisadas nesta pesquisa, este capítulo apresenta a localização geográfica de cada ocorrência dos topônimos que integram o corpus de dados contemporâneos, isto é, dos hagiotopônimos extraídos do Banco de Dados do Projeto ATEMIG. Para tanto, foi elaborado um esboço de glossário toponímico contendo 822 entradas constituídas de hagiotopônimos, das quais 569 referem-se aos nomes de santos; 210 são nomes de santas e 43 são mariotopônimos, ou topônimos relativos às invocações da Virgem Maria. Chamamos de esboço porque não foram apresentadas informações específicas de natureza linguística – como origem e estrutura gramatical –, o poderá ser feito em outra oportunidade. Por ora, as informações apresentadas destinam-se ao consulente que desejar conhecer a localização dos topônimos religiosos sob enfoque em território mineiro e os acidentes a que se referem. Desse modo, a fim de facilitar o entendimento da informação referente à localização geográfica dos topônimos analisados, fez-se, por meio da elaboração de algumas cartas toponímicas, o mapeamento de todos os nomes que apresentaram mais de vinte ocorrências em território mineiro, o que não se aplica aos topônimos relativos às invocações da Virgem Maria, por constituirem um número reduzido de dados. Nesse caso, mapearam-se apenas os cinco mariotopônimos mais recorrentes. Essa etapa da pesquisa a que chamamos de análise geotoponímica constitui-se, portanto, de dois mecanimos de representação dos dados contemporâneos: o glossário e as cartas toponímicas, conforme apresentamos a seguir. 654 Nomes de Santos SANTIAGO – Nomeia → Campo das Vertentes – corrego no município de Tiradentes; → Central Mineira – fazenda e ribeirão nos municípios de Abaeté e Quartel Geral → Metropolitana de Belo Horizonte → corrego nos municípios de Mariana, Pitangui, Santa Luzia e Sabará e; fazenda nos municípios de Itabira e Pitangui; povoado nos municípios de Itabira, Mariana e Pitangui; Norte – corrego no município de São João da Lagoa; fazenda nos municípios de Conceição do Pará e São Roque de Minas; → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Sabinópolis e São José do Jacuri; fazenda no município de Sabinópolis; localidade nos municípios de Mesquita e São José do Jacuri; → Zona da Mata – córrego e localidade no município de Acaiaca; fazenda nos municípios de Acaiaca, Argirita e São José do Jacuri • 27 ocorrências. • Ver: São Tiago. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTIAGO DE FRANCISCO PAMPIANO – Nomeia → Central Mineira – fazenda no município de Abaeté • 1 ocorrência • Ver: São Tiago. SANTIAGO DE JOSÉ LOUREIRO – Nomeia → Central Mineira – fazenda no município de Abaeté • 1 ocorrência • Ver: São Tiago.. SANTIAGO DE JOSÉ LOURENÇO – Nomeia → Central Mineira – fazenda no município de Quartel Geral • 1 ocorrência • Ver: São Tiago. SANTIAGO DE PEDRO BARCELO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – fazenda no município de Pitangui • 1 ocorrência • Ver: São Tiago. SANTO AFONSO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – localidade no município de Betim. → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Três Pontas • 2 ocorrências. SANTO AGOSTINHO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – recanto no município de Mário Campos. → Sul/Sudoeste – ribeirão nos municípios de Alagoa e Baependi; serra nos municípios de Serra e Itamonte → Zona da Mata – córrego nos municípios de Alto Jequitibá, Santana do Manhuaçu e Presidente Bernardes; fazenda no município de Santa Rita do Jacutinga; localidade nos municípios de Alto Jequitibá e Presidente Vargas • 11 ocorrências. SANTO ALEIXO – Nomeia → Vale do Mucuri – lagoa nos municípios de Franscicópolis e Malacacheta → Noroeste – córrego e localidade no município de Paracatu → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Poços de Caldas.→ Zona da Mata – córrego e localidade no município de Pedra do Anta • 7 ocorrências. SANTO ALEXANDRE – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Presidente Juscelino • 1ocorrência. 655 SANTO AMARO – Nomeia → Norte – fazenda no município de São João da Lagoa → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Cambuquira; ribeirão e sítio no município de Silvianópolis → Zona da Mata – córrego no município de Manhuaçu; fazenda nos municípios de Manhuaçu e Volta Grande; povoado no município de Manhuaçu • 9 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (3 ocorrências). SANTO ANDRÉ – Nomeia → Campo das Vertentes – fazenda nos municípios de Carrancas e Madre de Deus de Minas → Noroeste – rio no município de Formoso; ribeirão no município de Unaí. → Norte – chapada nos municípios de Capitão Enéias e Francisco Sá; fazenda no município de Salinas; ribeirão nos municípios de Riachinho e São Romão; serra no município de São Romão → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Divisa Nova; córrego no município de Espírito Santo do Dourado → Zona da Mata – córrego nos municípios de Dores do Turvo e Teixeiras; fazenda no município de Dores do Turvo; localidade no município de Teixeiras • 16 ocorrências. SANTO ÂNGELO – Nomeia → Jequitinhonha – córregoe fazenda no município de Virgem da Lapa. → Zona da Mata – córrego no município de Manhumirim; fazenda nos municípios de Manhumirim e Martins Soares. • 5 ocorrências. SANTO ANTONINHO – Nomeia → Jequitinhonha – córrego no município de Capelinha • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO, DE – Nomeia → Campos das Vertentes – ribeirão no município de Resende Costa. → Metropolitana de Belo Horizonte – cachoeira no município de Catas Altas; lagoa nos municípios de Confins e Lagoa Santa; serra no município de Conceição do Mato Dentro → Sul/Sudoeste – serra nos municípios de Congonhal, Pouso Alegre e Andrelândia • 8 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO, DO – Nomeia → Jequitinhonha – fazenda no município de Gouveia • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO – Nomeia → Campos das Vertentes – córrego nos municípios de Nazareno, Resende Costa, Tiradentes e Barbacena; fazenda nos municípios de Madre de Deus de Minas, Nazareno, Resende Costa, São João Del Rey e Barbacena; localidade nos municípios de São João Del Rey e Barbacena; ribeirão no município de São Tiago; rio nos municípios de Coronel Xavier Chaves, Resende Costa e Ritápolis. → Central Mineira – córrego nos municípios de Corinto, Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá; fazenda nos municípios de Pompéu, Corinto, Felixlândia, Joaquim Felício, Estrela do Indaiá; localidade no município de Corinto; ribeirão no município de Curvelo, Moema e Inimutaba. → Jequitinhonha – campo no município de Diamantina; córrego nos municípios de Diamantina, Gouveia, Senador Modestino Gonçalves, Aricanduva, Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Turmalina, Araçuaí, Itinga, Novo Cruzeiro, Cachoeira do Pajeú, Itaobim, Medina, Palmópolis; fazenda nos municípios de Divisópolis, Novo Cruzeiro, Itinga, Jenipapo de Minas, Itamarandiba, Francisco Badaró, Aricanduva, Diamantina; lagoa nos municípios de Itinga, Itaobim e Medina; localidade nos municípios de Diamantina, Itamarandiba, 656 Cachoeira do Pajeú; ribeirão nos municípios de Itamarandiba, Turmalina, Veredinha, Comercinho, Medina, Jequitinhonha; serra no município de Gouveia. → Metropolitana de Belo Horizonte – córrego nos municípios de Capim Branco, Sete Lagoas, Conceição do Mato Dentro, Serro, Pitangui, Betim, Caeté, Sabará, Ferros, Itabira, Rio Piracicaba, São José do Goiabal, Mariana, Catas Altas da Noruega, Congonhas e Cristiano Otoni; fazenda nos municípios de Baldim, Cordisburgo, Funilândia, Jaboticatubas, Matozinhos, Santana do Pirapama, Santana do Riacho, Sete Lagoas, Conceição do Mato Dentro, Rio Vermelho, Santo Antônio do Itambé, Pará de Minas, Pitangui, Betim, Brumadinho, Esmeraldas, Mateus Leme, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, Alvinópolis, Itabira, Rio Piracicaba, Belo Vale, Itaguara, Cristiano Otoni e Entre Rios de Minas; localidade no município de Betim; povoado nos municípios de Papagaio, Caeté, Alvinópolis, Itabira, São José do Goiabal e Catas Altas da Noruega; ribeirão no município de Esmeraldas; rio nos municípios de Conceição do Mato Dentro, Morro do Pilar, Santo Antônio do Rio Abaixo, São Sebastião do Rio Preto, Ferros e São Gonçalo do Rio Abaixo; serra nos municípios de Juatuba e Mateus Leme; vila no município de Conceição do Mato Dentro. → Vale do Mucuri – córrego nos municípios de Frei Gaspar, Ladainha, Malacacheta, Carlos Chagas e Nanuque; fazenda nos municípios de Ataléia, Catuji, Frei Gaspar, Itaipé, Ladainha, Malacacheta, Pavão, Teófilo Otoni, Carlos Chagas e Nanuque; povoado nos municípios de Ladainha e Teófilo Otoni; ribeirão no município de Teófilo Otoni. → Noroeste – córrego nos municípios de Buritis e Presidente Olegário; fazenda nos municípios Formoso, Unaí, João Pinheiro e Paracatu; rio no município de João Pinheiro. → Norte de Minas – córrego nos municípios de Januária, Montezuma, Santo Antônio do Retiro, Taiobeiras, Botumirim, Grão Mogol, Itacambira, Boacaiúva, Francisco Dumont, Lassance e Juramento; fazenda nos municípios de Januária, Espinosa, Janaúba, Rubelita, Buritizeiro, Coração de Jesus, Francisco Sá, São João da Ponte e Grão Mogol; localidade nos municípios de Espinosa, Montezuma, Santo Antônio do Retiro e Bocaiúva; riacho nos municípios de Espinosa, Montezuma, Buritizeiro, Ibiracatu, Lontra e São João da Ponte; rio nos municípios de Montezuma, Santo Antônio do Retiro e São Roque de Minas. → Oeste de Minas – córrego nos municípios de Itaúna, Arcos e Pains; fazenda nos municípios de Itaúna, Santo Antônio do Monte, Arcos, Formiga, Campo Belo, Carmo da Mata, Passa Tempo e Santo Antônio do Amparo; localidade no município de Itapecerica; ribeirão nos municípios de Santo Antônio do Monte, Itapecerica, Cristais e Carmo da Mata; rio no município de São Roque de Minas. → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Sabinópolis, Frei Lagonegro, José Raydan, Peçanha, São José do Jacuri, São Sebastião, Governador Valadares, São José do Divino, Inhapim, Itueta, Mutum, Resplendor e Santa Rita do Itueto; fazenda nos municípios de Sabinópolis, Água Boa, Frei Lagonegro, São José do Jacuri, Campanário, Governador Valadares, Itambacuri, Itanhomi, Jampruca, Nova Módica, Nova Belém, Caratinga, Córrego Novo, Ipaba, Conselheiro Pena, Itueta, Mutum e Resplendor; localidade nos municípios de Braúnas, Carmésia, Sabinópolis, Senhora do Porto, Água Boa, Frei Lagonegro, Peçanha, Santa Maria do Suaçuí, São José do Jacuri, São Sebastião do Maranhão, Antônio Dias, Belo Oriente, Marliéria, Caratinga e Córrego Novo; povoado nos municípios de Nova Módica, São José do Divino e Itueta; ribeirão no município de Itueta; vila no município de Inhapim. → Sul/Sudoeste de Minas → córrego nos municípios de Delfinópolis, Passos, Jacuí, Nova Resende, Alfenas, Alterosa, Campos Gerais, Elói Mendes, Três Pontas e Caxambu; fazenda nos municípios de Capetinga, Cássia, Delfinópolis, Ibiraci, Itaú de Minas, Passos, Pratápolis, São João Batista do Glória, Arceburgo, Guaranésia, Jacuí, São Sebastião do Paraíso, Alfenas, Carmo do Rio Claro, Fama, Boa Esperança, Campanha, Santana da Vargem, São Bento do Abade, Três Pontas, 657 Botelhos, Jacutinga, Cambuí, Congonhal, Pouso Alegre, Senador Amaral, Cachoeira de Minas, Conceição dos Ouros, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí, Silvianópolis, Turvolândia, Carmo de Minas, Caxambu, Conceição do Rio Verde, Itamonte, Olímpio de Noronha, Aiuruoca, Andrelândia, Consolação, Paraisópolis e Cachoeira Dourada; morro no município de Areado; povoado no município de Bocaina de Minas; ribeirão nos municípios de Areado, Botelhos, Jacutinga, Borda da Mata, Congonhal, Silvianópolis e Paraisópolis; rio nos municípios de Delfinópolis, Delfim Moreira e Wenceslau Braz; sítio no município de Ibiraci → Triângulo / Alto Paranaíba – córrego nos municípios de Araguari, Indianópolis, Iraí de Minas, Patrocínio, Uberaba, Araxá, Ibiá e Perdizes; fazenda nos municípios de Cachoeira Dourada, Capinópolis, Santa Vitória, Centralina, Indianópolis, Prata, Uberlândia, Iraí de Minas, Patrocínio, Santa Rosa da Serra, Tiros, Campina Verde, Iturama, São Francisco Sales, Campo Florido, Uberaba, Araxá, Campos Altos, Ibiá, Pedrinópolis, Perdizes, Sacramento, Tapira; localidade nos municípios de Araguari, Iraí de Minas e Patrocínio; povoado no município de Indianópolis; ribeirão nos municípios de Patrocínio, Patos de Minas, Veríssimo e Ibiá; rio nos municípios de Patrocínio e Uberaba; retiro nos municípios de Pedrinópolis e Perdizes; sítio nos municípios de Araguari e Uberaba. → Zona da Mata – córrego nos municípios de Acaiaca, Dom Silvério, Jequeri, Sem Peixe, Abre Campo, Lajinha, Manhuaçu, Matipó, Reduto, Amparo da Serra, Araponga, Cajuri, Paula Cândido, Rio Espera, Carangola, Espera Feliz, Miraí, São Francisco do Glória, Vieiras, Guiricema, Tocantins, Belmiro Braga, Bias Fortes, Chiador, Matias Barbosa, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Santana do Deserto, Santos Dumont, São João Nepomuceno, Senador Cortes, Argirita e Leopoldina; estância no município de São Pedro dos Ferros; fazenda nos municípios de Acaiaca, Barra Longa, Dom Silvério, Jequeri, Ponte Nova, Raul Soares, Sem Peixe, Abre Campo, Lajinha, Manhuaçu, Amparo da Serra, Araponga, Brás Pires, Cajuri, Paula Cândido, Pedra do Anta, Miraí, Muriaé, Tombos, Guiricema, Mercês, Tabuleiro, Belmiro Braga, Juiz de Fora, Matias Barbosa, Rio Novo, Rio Preto, Santa Rita do Jacutinga, São João Nepomuceno, Argirita, Laranjal, Leopoldina, Pirapetinga e Volta Grande; localidade nos municípios de Jequeri, Ponte Nova, São Pedro dos Ferros, Abre Campo, Manhuaçu, Matipó, Reduto, Alto Rio Doce, Amparo da Serra, Cajuri, Piranga, Carangola, São Francisco do Glória, Guiricema, Tocantins, Senador Cortes, Santo Antônio do Aventureiro e Volta Grande; ribeirão nos municípios de São Pedro dos Ferros, Alto Rio Doce, Brás Pires, Paula Cândido, Piranga, Mercês, Coronel Pacheco, Piau e Simão Pereira; sítio no município de Leopoldina • 467 ocorrências • Ver: Santo Antoninho e São Antônio. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (7 ocorrências), na 2ª metade do século XVIII (29 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (36 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (17 ocorrências). SANTO ANTÔNIO DA BARRA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – povoado no município de Pedro Leopoldo • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA BOA VISTA – Nomeia → Zona da Mata – fazenda no município de São Miguel do Anta, Paula Cândido e Senador Firmino • 3 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA CACHOEIRA – Nomeia → Vale do Rio Doce – fazenda no município de Chiador • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. 658 SANTO ANTÔNIO DA FORTALEZA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – ribeirão e vila no município de Ferros • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA GLÓRIA – Nomeia → Zona da Mata – vila no município de Vieiras • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA LIMEIRA – Nomeia → Sul/Sudoeste de Minas – fazenda no município de Guaranésia • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA NOVA ESPERANÇA – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade no município de Antônio Dias • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA PEDRA BONITA – Nomeia → Zona da Mata – córrego e povoado no município de Lajinha • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA RETICOA – Nomeia → Vale do Mucuri – fazenda nos municípios de Malacacheta e Setubina • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA ROSEIRA – Nomeia → Oeste – localidade no município de Piuí • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA TAPERA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – povoado no município de Santo Antônio do Itambé • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA VARGEM ALEGRE – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – povoado no município de Bonfim • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA VÁRZEA – Nomeia → Jequitinhonha – fazenda no município de Itamarandiba • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DA VENTANIA – Nomeia → Zona da Mata – povoado no município de Ervália • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DAS ALMAS – Nomeia → Triângulo / Alto Paranaíba – fazenda no município de Uberaba • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DAS CONTENDAS – Nomeia → Norte – fazenda no município de São Francisco • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DAS MINAS VERMELHAS – Nomeia → Triângulo / Alto Paranaíba – ribeirão no município de Patos de Minas • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DAS PALMEIRAS – Nomeia → Zona da Mata – ribeirão nos municípios de Divino e Orizânia; localidade no município de Divino • 3 ocorrências • Ver: Santo Antônio. 659 SANTO ANTÔNIO DAS POSSES – Nomeia → Zona da Mata – povoado no município de Porto Firme • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DAS TRÊS BARRAS – Nomeia → Vale do Rio Doce – povoado no município de Santa Rita do Itueto • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DE BAIXO – Nomeia → Sul/Sudoeste de Minas – fazenda no município de Pedralva • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DE CIMA – Nomeia → Sul/Sudoeste de Minas – fazenda no município de Pedralva • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DE NOVA BÉLEM – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila nos municípios de Mantena e Nova Belém • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO ARROZAL – Nomeia → Zona da Mata – córrego nos municípios de Divino e Orizânia; localidade no município de Divino • 3 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO AMPARO – Nomeia → Oeste – cidade de Santo Antônio do Amparo • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO AVENTUREIRO – Nomeia → Zona da Mata – cidade de Santo Antônio do Aventureiro • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO BOACHÁ – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade nos municípios de Caratinga e Ipaba • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO BOM RETIRO – Nomeia → Zona da Mata – fazenda no município de Belmiro Braga • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO BONITO – Nomeia → Triângulo / Alto Paranaíba – ribeirão nos municípios de Patrocínio e em Patos de Minas • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO BOQUEIRÃO – Nomeia → Noroeste – localidade no município de Unaí • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO CHALÉ – Nomeia → Zona da Mata – localidade e córrego no município de São Pedro dos Ferros • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO CRUZEIRO – Nomeia → Campos das Vertentes – vila no município de Nepomuceno • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO EME – Nomeia → Vale do Rio Doce – povoado no município de Resplendor • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. 660 SANTO ANTÔNIO DO GRAMA – Nomeia → Zona da Mata – cidade de Santo Antônio do Grama e ribeirão nos municípios de Abre Campo, Jequeri e Santo Antônio do Grama • 4 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO GRAMINHA – Nomeia → Zona da Mata – localidade nos municípios de Brás Pires e Senhora de Oliveira • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO GUINÉ – Nomeia → Zona da Mata – povoado no município de Piranga • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO INDAIÁ – Nomeia → Zona da Mata – povoado no município de Divino • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO IPÊ – Nomeia → Sul/Sudoeste de Minas – fazenda no município de Guaxupé • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO ITAMBÉ – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – cidade de Santo Antônio do Itambé • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO ITAPIXÉ – Nomeia → Sul/Sudoeste de Minas – povoado no município de Alpinópolis • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO JACINTO – Nomeia → Jequitinhonha – cidade de Santo Antônio do Jacinto • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO LAJEADO – Nomeia → Vale do Rio Doce – fazenda no município de Água Boa • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO LEITE – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – vila no município de Ouro Preto • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO LIVRAMENTO – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila no município de Bugre e localidade no município de Iapu • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO MANHUAÇU – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade nos municípios de Caratinga • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO MEIO – Nomeia → Sul/Sudoeste de Minas – fazenda no município de Pedralva • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO MONTE – Nomeia → Oeste – cidade de Santo Antônio do Monte • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. 661 SANTO ANTÔNIO DO MUCURI – Nomeia → Vale do Mucuri – vila no município de Malacacheta • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO PIRAPETINGA – Nomeia → Zona da Mata – córrego, vila e localidade no município de Piranga • 3 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO PONTAL – Nomeia → Vale do Rio Doce – povoado no município de Governador Valadares • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO PORTO – Nomeia → Campos das Vertentes – vila no município de Piedade do Rio Grande → Vale do Rio Doce – vila no município de São Sebastião do Maranhão • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO POUSO ALTO – Nomeia → Zona da Mata – localidade no município de Barra Longa • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO REQUERENTE – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – povoado no município de São José do Goiabal • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO RETIRO – Nomeia → Norte – cidade de Santo Antônio do Retiro • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO RIO ABAIXO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO RIO PRETO – Nomeia → Zona da Mata – povoado no município de Miraí • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO SURUBIM – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade no município de Água Boa • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO XAVIER – Nomeia → Noroeste – fazenda no município de Buritis • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DO VAU DO VERDE – Nomeia → Zona da Mata – ribeirão no município de Alto Rio Doce • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DOS ARAÚJOS – Nomeia → Jequitinhonha – localidade no município de Aricanduva → Vale do Rio Doce – vila no município de São Sebastião do Maranhão • 2 ocorrências • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DOS CRISTAIS – Nomeia → Norte – localidade no município de Engenheiro Navarro • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. 662 SANTO ANTÔNIO DOS MOREIRAS – Nomeia → Jequitinhonha – vila no município de Capelinha • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DOS MONTEIROS – Nomeia → Jequitinhonha – córrego no município de Itamarandiba • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DOS OLHOS D’ ÁGUA – Nomeia → Noroeste – fazenda no município de Paracatu • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DOS PAIVAS – Nomeia → Zona da Mata – localidade no município de Santos Dumont • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO DOS SANTOS – Nomeia → Oeste – vila no município de Divisópolis • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SANTO ANTÔNIO MARTINS GONTIJO – Nomeia → Oeste – localidade no município de Santo Antônio do Monte • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. 663 FIGURA 36 – Carta Toponímica XX: Distribuição do topônimo Santo Antônio em municípios mineiros 664 SANTO APOLINÁRIO, DO – Nomeia → Zona da Mata – serra no município de Simonésia • 1 ocorrência. SANTO APOLÔNIO – Nomeia → Jequitinhonha – córrego nos municípios de Francisco Badaró e Jenipapo de Minas• 2 ocorrências. SANTO AUGUSTO – Nomeia → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Guapé • 1 ocorrência. SANTO AURÉLIO – Nomeia → Noroeste – córrego no município de Paracatu • 1 ocorrência • Ver: São Aurélio. SANTO DOMINGOS – Nomeia → Oeste– ribeirão no município de Perdões. • 1 ocorrência • Ver: São Domingos. SANTO ELIAS – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego e povoado no município de Santa Rita do Itueto; fazenda nos municípios de Manhumirim e Martins Soares • 3 ocorrências • Ver: São Elias. SANTO EMÍDIO – Nomeia → Zona da Mata – localidade nos municípios de Carangola e São Francisco do Glória • 2 ocorrências. SANTO ESTÊVÃO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – fazenda no município de Entre Rios de Minas → Oeste – fazenda no município de Bambuí; ribeirão nos municípios de Bambuí e Medeiros. → Vale do Rio Doce – povoado no município de São João do Oriente; ribeirão nos municípios de Iapu e São João do Oriente • 7 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTO EXPEDITO – Nomeia → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Gonçalves → Zona da Mata– fazenda nos municípios de Raul Soares e Vermelho Novo; córrego no município de Vermelho Novo • 4 ocorrências. SANTO HILÁRIO – Nomeia → Oeste– vila no município de Pimenta • 1 ocorrência. SANTO HIPÓLITO – Nomeia → Central Mineira – cidade de Santo Hipólito → Metropolitana de Belo Horizonte – córrego e povoado no município de João Monlevade • 3 ocorrências • Ver: São Hipólito. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (2 ocorrências) e na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência). SANTO INÁCIO – Nomeia → Metropoliana de Belo Horizonte – córrego e povoado nos municípios de Itambé do Mato Dentro e Catas Altas da Noruega; fazenda em Catas Altas da Noruega → Noroeste– córrego no município de São Gonçalo do Abaeté; fazenda no município 665 de Varjão de Mina → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Careaçu → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – córrego no município de Patos de Minas; fazenda nos municípios de Coromandel, Patrocínio, Pirajuba, Planura, Campo Florido, Uberaba, Veríssimo, Perdizes e Sacramento; lagoa nos municípios de Uberaba e Veríssimo; ribeirão nos municípios de Patrocínio e Uberaba; rio no município de Coromandel; sítio nos municípios de Pirajuba, Planura e Uberaba → Zona da Mata – córrego no município de Pequeri; localidade no município de Ubá • 28 ocorrências • Ver: São Inácio e Santo Inácio, de. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (4 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTO INÁCIO, DE – Nomeia → Campo das Vertentes – serra no município de Luminárias • 1 ocorrência • Ver: Santo Inácio e São Inácio. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). 666 FIGURA 37 – Carta Toponímica XXI: Distribuição do topônimo Santo Inácio em municípios mineiros. 667 SANTO ISIDORO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – córrego no município de Bela Vista de Minas. → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Brasópolis• 2 ocorrências. SANTO JERÔNIMO – Nomeia → Noroeste– fazenda no município de Buritis • 1 ocorrência • Ver: São Jerônimo, São Jerônimo, de e São Gerônimo. SANTO ONOFRE – Nomeia → Noroeste – fazenda nos municípios de Brasilândia de Minas e João Pinheiro. → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Inconfidentes • 3 ocorrências. SANTO SILVÉRIO – Nomeia → Vale do Rio Doce – fazendae povoado no município de Conceição de Ipanema• 2 ocorrências• Ver: São Silvério. SANTO VICENTE – Nomeia → Norte – fazenda no município de Coração de Jesus • 1 ocorrência• Ver: São Vicente. SÃO ANTÔNIO – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego no município de Ubaporanga • 1 ocorrência • Ver: Santo Antônio. SÃO AURÉLIO – Nomeia → Noroeste – fazenda no município de Paracatu • 1 ocorrência • Ver: Santo Aurélio. SÃO BARNABÉ – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila no município de Conceição de Ipanema• 1 ocorrência. SÃO BARTOLOMEU – Nomeia → Jequitinhonha – fazenda nos municípios de Aricanduva e Itamarandiba; ribeirão no município de Datas. → Metropolitana de Belo Horizonte – córrego e povoado no município de Ouro Preto; ribeirão no município de Serro. → Noroeste – ribeirão no município de João Pinheiro. → Norte – localidade e fazenda no município de Montezuma. → Vale do Rio Doce – córrego e fazenda no município de Sabinópolis; localidade no município de Marliéria. → Sul/Sudoeste – córrego nos municípios de Alterosa e Lambari;fazenda no município de Lambari; povoado no município de Cabo Verde; ribeirão nos municípios de Cabo Verde e Monte Belo; sítio no município de Jesuânia e Olímpio Noronha .→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – córrego no município de Gurinhatã; → Zona da Mata – córrego nos municípios de Rio Casca e Muriaé;povoado no município de Dom Silvério; ribeirão nos municípios de Dom Silvério e Sem Peixe.• 27 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XVIII (6 ocorrências) e na 1ª metade do século XIX (5 ocorrências). 668 FIGURA 38 – Carta Toponímica XXII: Distribuição do topônimo São Bartolomeu em municípios mineiros. 669 SÃO BASÍLIO– Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego nos municípios de Conquista e Sacramento; fazenda no município de Conquista • 3 ocorrências. SÃO BENEDITO – Nomeia → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Angelândia e Capelinha; fazenda nos municípios de Araçuaí, Jacinto e Jenipapo de Minas. → Metropolitana de Belo Horizonte – córrego no município de Santa Luzia. → Vale do Mucuri– córrego nos municípios de Teófilo Otoni e Carlos Chagas; fazenda no município de Machacalis. → Vale do Rio Doce – córrego no município de Pocrane. → Sul/Sudoeste– córrego nos municípios de Cambuí e Olímpio Noronha; fazenda nos municípios de Passos, Campestre, Ouro Fino, Paraisópolis e Piranguinho; povoado no município de Córrego do Bom Jesus; sítio nos municípios de Paraisópolis e Pouso Alegre.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – córrego no município de Canapólis; fazenda nos municípios de Canápolis, Capinópolis e Uberaba. → Zona da Mata – fazenda nos municípios de Manhuaçu e Recreio. • 27 ocorrências • Ver: São Benedito, dee São Benedito Muniz.. SÃO BENEDITO, DE – Nomeia → Sul/Sudoeste– serra nos municípios de Córrego do Bom Jesus e Sapucaí-Mirim• 2 ocorrências• Ver: São Benedito e São Benedito Muniz. SÃO BENEDITO MUNIZ– Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Ipuiúna• 1 ocorrência • Ver: São Benedito e São Benedito, de. 670 FIGURA 39 – Carta Toponímica XXIII: Distribuição do topônimo São Benedito em municípios mineiros. 671 SÃO BENTÃO – Nomeia → Sul/Sudoeste–fazenda no município de Alpinópolis •1 ocorrência • Ver: São Bento e São Bentinho. SÃO BENTINHO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte–córrego no município de Caetanópolis•1 ocorrência • Ver: São Bento e São Bentão. SÃO BENTO – Nomeia → Campo das Vertentes– córregoe fazenda no município de Ressaquinha; localidade no município de São João Del Rey. → Central Mineira– córrego no município de Abaeté; fazenda nos municípios de Abaeté, Pompéu, Joaquim Felício, Dores do Inadaiá, localidade no município de Três Marias. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de Santa Maria de Itabira; fazenda nos municípios de Caetanópolis, Paraopeba, São Domingos do Prata, Itaguara; lagoano município de Funilândia; povoado nos municípios de Caetanópolis, Funilândia, Itaguara; ribeirão nos municípios de Caetanópolis e Paraopeba.→ Vale do Mucuri– córrego nos municípios de Carlos Chagas e Teófilo Otoni; fazenda e povoado no município de Carlos Chagas. → Noroeste– córrego, fazenda e localidade nos municípios de Cabeceira Grande e Unaí; rio no município de Guarda-Mor. → Norte– córrego no município de São João do Paraíso e São João da Lagoa; fazenda no município de Ubaí; localidade nos municípios de Buritizeiro e Brasília de Minas; povoado no município de Mirabela. → Oeste– fazenda nos municípios de São Roque de Minas e São Sebastião do Oeste; ribeirão nos municípios de Cláudio e Carmo da Mata. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Bom Jesus, Inhapim, Mutum, Peçanha, Santa Rita do Itueto e Sabinópolis, Virginópolis;fazenda nos municípios de Cantagalo, Peçanha e Pingo D’água; localidade no município de Conselheiro Pena; povoado nos municípios de Inhapim e Conselheiro Pena. → Sul/Sudoeste– córrego nos municípios de Alpinópolis, Passos, Juruaia, Três Pontas, Senador José Bento, Passa Quatro, Aiuruoca, Bom Jardim de Minas; fazenda nos municípios de Alpinópolis, Cássia, Juruaia, Carmo do Rio Claro, Campanha, Três Corações, Passa Quatro, Aiuruoca, Bom Jardim de Minas; ribeirão no município de Santa Rita de Caldas; rio nos municípios de Campanha, Três Corações e Cambuquira;sítio no município de Bueno Brandão. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego no município de Monte Alegre de Minas; fazenda no município de Ituiutaba, Uberlândia, Tiros e Frutal, lagoa no município de Carmo do Paranaíba; localidade no minicípio de Monte Alegre de Minas; rio no município de Carmo do Paranaíba. → Zona da Mata– córrego nos municípios de Jequeri, Rio Casca, Manhumirim, São José do Mantimento, Alto Rio Doce, Amparo do Serra, Araponga, Piranga, Carangola, Fervedouro, Muriaé, Mercês, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Santana do Deserto, Santa Rita do Jacutinga, São João Nepomuceno, Além Paraíba, Argirita, Leopoldina, Volta Grande; fazenda nos municípios de Piedade de Ponte Nova, Santa Cruz do Escalvado, São José do Mantimento, Alto Rio Doce, Amparo do Serra, Carangola, Miraí, Muriaé, Tabuleiro, Chácara, Rio Novo, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Santa Rita do Jacutinga, Santos Dumont, São João Nepomuceno, Além Paraíba, Argirita, Estrela Dalva, Leopoldina, Pirapetinga, Volta Grande; localidade nos municípios de Guaraciaba, Piranga, Carangola, Coronel Pacheco, Santana do Deserto, Além Paraíba, Volta Grande; ribeirão nos municípios de Santa Bárbara do Monte Verde, Santos Dumont e Argirira; serra nos municípios de Carangola, São Francisco do Glória, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde. •160 ocorrências • Ver: São Bentinho e São Bentão. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (4 ocorrências), na 1ª metade do século XVIII (4 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências). 672 SÃO BENTO, DO – Nomeia → Sul/Sudoeste– serra no município de Virgínia •1 ocorrência • Ver: São Bento. SÃO BENTO ABADE – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São Bento da Abade • 1 ocorrência • Ver: São Bento. SÃO BENTO DA RESSACA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda e ribeirão no município de Frutal • 2 ocorrências • Ver: São Bento. SÃO BENTO DAS TORRES – Nomeia → Campo das Vertentes– córrego e localidade no município de Antônio Carlos • 2 ocorrências • Ver: São Bento. SÃO BENTO DE BAIXO – Nomeia → Oeste– localidade no município de Cláudio • 1 ocorrência • Ver: São Bento. SÃO BENTO DE CIMA – Nomeia → Campo das Vertentes – fazenda e ribeirão no município de Antônio Carlos. → Oeste– localidade no município de Cláudio• 3 ocorrências • Ver: São Bento. SÃO BENTO DE CALDAS – Nomeia → Sul/Sudoeste – vila no município de Santa Rita de Caldas• 1 ocorrência • Ver: São Bento. SÃO BENTO II – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Frutal• 1 ocorrência • Ver: São Bento. 673 FIGURA 40 – Carta Toponímica XXIV: Distribuição do topônimo São Bento em municípios mineiros. 674 SÃO BERNARDO – Nomeia → Jequitinhonha – fazenda no município de Jacinto. → Metropolitana de Belo Horizonte – córrego no município de Santana do Pirapama; vila no município de Santa Bárbara.→ Vale do Mucuri – fazenda no município de Águas Formosas.→ Norte – fazenda nos municípios de Itacambi, Manga e São João das Missões; córrego no município de Cristália. → Vale do Rio Doce – fazenda no município de Governador Valadares. → Sul/Sudoeste – córrego no município de Campanha; fazenda no município de Passos, Campanha, São Bento do Abade, Piranguçu e Estrela Dalva; ribeirão no município de Natércia, Piranguçu; serra no município de Delfim Moreira. → Triângulo Mineiro – fazenda no município de Patrocínio; ribeirão no município de Patos de Minas. → Zona da Mata – fazenda no município de Estela Dalva • 20 ocorrências • Ver: São Bernardo, de. SÃO BERNARDO, DE – Nomeia → Sul/Sudoeste – serra no município de Piranguçu. • 1 ocorrência • Ver: São Bernardo. 675 FIGURA 41 – Carta Toponímica XXV: Distribuição do topônimo São Bernardo em municípios mineiros. 676 SÃO BOA VENTURA DE BAIXO – Nomeia → Vale do Mucuri–povoado no município de Frei Gaspar• 1 ocorrência • Ver: São Boaventura e São Boa Ventura de Cima. SÃO BOA VENTURA DE CIMA – Nomeia → Vale do Mucuri–povoado no município de Frei Gaspar• 1 ocorrência • Ver: São Boaventura e São Boa Ventura de Baixo. SÃO BOAVENTURA – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda e povoado no município de Cabo Verde• 2 ocorrências• Ver: São Boa Ventura de Baixo e São Boa Ventura de Cima. SÃO BRÁS – Nomeia → Norte– córrego no município de Rio Pardo de Minas → Vale do Rio Doce– córrego e fazenda no município de Nova Módica → Sul/Sudoeste– córrego no município de Ouro Fino → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– localidade no município de Patos de Minas→ Zona da Mata– fazenda no município de Miraí• 6 ocorrências• Ver: São Braz. SÃO BRÁSDO SUAÇUÍ – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade de São Brás do Suaçuí• 1 ocorrência • Ver: SãoBrás e SãoBraz. SÃO BRAZ – Nomeia → Noroeste– localidade no município de Logamar; serra nos municípios de Logamar e Presidente Olegário• 3 ocorrências• Ver: SãoBrás. SÃO CAETANO – Nomeia → Campo das Vertentes– córrego e localidade no município de Coronel Xavier Chaves. → Jequitinhonha– fazenda no município de Capelinha; ribeirão nos municípios de Aricanduva e Capelinha; vila no município de Capelinha. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de Serro; ribeirão nos municípios de Brumadinho e Moeda. → Noroeste– córrego nos municípios de Cabeceira Grande e Paracatu; fazenda no município de Unaí. → Norte– córrego nos municípios de Coração de Jesus e São João da Lagoa. → Zona da Mata– córrego no município de Araponga; fazenda nos municípios de Rosário da Limeira e Santa Rita do Ibitipoca; localidade no município de Araponga; povoado e ribeirão no município de Caputira. • 20 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XVIII (3 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (5 ocorrências), e na 2ª metade do século XIX (4 ocorrências). SÃO CAETANO E SÃO LOURENÇO – Nomeia → Jequitinhonha– fazenda no município Aricanduva. • 1 ocorrência • Ver: São Caetano. SÃO CAETANO DA MOEDA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– povoado no município Moeda. • 1 ocorrência • Ver: São Caetano. SÃO CAETANO DO PARAOPEBA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– vila no município Cristiano Otoni. • 1 ocorrência • Ver: São Caetano. 677 FIGURA 42 – Carta Toponímica XXVI: Distribuição do topônimo São Caetano em municípios mineiros 678 SÃO CAIO – Nomeia → Zona da Mata – fazenda no município de Cataguases• 1 ocorrência. SÃO CALISTO – Nomeia → Norte – córrego nos municípios de Francisco Sá e Grão Mogol; localidade no município de Grão Mogol; serra nos municípios de Capitão Enéias, Francisco Sá e Grão Mogol • 6 ocorrências. SÃO CAMILO – Nomeia → Jequitinhonha – córrego e fazenda no município de Medina. → Norte – fazenda, povoado e ribeirão no município de Rio Pardo de Minas → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Muzambinho.• 6 ocorrências. SÃO CÂNDIDO – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego e localidade no município de Caratinga• 2 ocorrências • Ver: São Candinho. SÃO CANDINHO – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Caratingae Vargem Alegre; fazenda no município de Vargem Alegre; localidade no município de Caratinga • 4 ocorrências • Ver: São Cândido. SÃO CARLOS – Nomeia → Jequitinhonha– córrego no município de Jequitinhonha; lagoa no município de Itamarandiba. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de Barão de Cocais. → Sul/Sudoeste–fazenda no município de Pedralva; localidade no município de Botelhos.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Uberaba e Veríssimo. → Zona da Mata– fazenda no município de Miradouro; localidade no município de são Francisco do Glória. • 9 ocorrências. SÃO CIPRIANO– Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Guanhães• 1 ocorrência. SÃO CLEMENTE– Nomeia → Norte– fazenda no município de Salinas. → Zona da Mata– fazenda no município de Piau; rio nos municípios de São Geraldo e Viconde do Rio Branco. • 4 ocorrências. SÃO CLEMENTE DE BAIXO – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Visconde do Rio Branco. • 1 ocorrência • Ver: São Clemente. SÃO CLEMENTE DE CIMA – Nomeia → Zona da Mata– localidade nos municípios de São Geraldo e Viconde do Rio Branco. • 2 ocorrências • Ver: São Clemente. SÃO CLEMENTE DO MEIO– Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Visconde do Rio Branco. • 1 ocorrência • Ver: São Clemente. SÃO CONRADO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda nos municípios de Juatuba e Mateus Leme• 3 ocorrências. SÃO CORNÉLIO – Nomeia → Oeste– fazenda no município de Bambuí• 1 ocorrência. 679 SÃO CRISTÓVÃO – Nomeia → Central Mineira– córrego no município de Buenópolis. → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda nos municípios de Caeté e Entre Rios de Minas. → Noroeste– córrego, fazenda e localidade no município de Formoso. → Zona da Mata– córrego nos municípios de Divinésia, Dores do Turvo, Senador Firmino e Santo Antônio do Aventureiro; fazenda nos municípios de Dores do Turvo e Cataguases; localidade no município de Dores do Turvo; povoado no município de Rio Preto. • 14 ocorrências. SÃO DIMAS – Nomeia → Campo das Vertentes– granja no município de Nepomuceno. → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Entre Rios de Minas. → Vale do Mucuri– fazenda no município de Pavão. → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Três Pontas.→ Zona da Mata– fazenda no município de Alto Rio Doce; localidade nos municípios de Ponte Nova e Alto Rio Doce.• 7 ocorrências. SÃO DINIS – Nomeia → Norte– fazendae córrego nos municípios de Mar de Espanha e Santana do Deserto• 4 ocorrências • Ver: São Diniz. SÃO DINIZ– Nomeia → Norte– povoado no município de Cataguases• 1 ocorrência • Ver: São Dinis. SÃO DIOGO– Nomeia → Vale do Mucuri– córrego no município de Teófilo Otoni; fazenda no município de Malacacheta. → Vale do Rio Doce– fazenda no município de Água Boa • 3 ocorrências. SÃO DIONÍSIO – Nomeia → Norte–fazenda no município de Bocaiúva.• 1 ocorrência. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência). SÃO DOMINGOS– Nomeia → Campo das Vertentes– córrego no município de Senhora dos Remédios; fazenda nos municípios de Desterro do Melo e Senhora dos Remédios; ribeirão no município de Ribeirão Vermelho. → Central Mineira– córrego no município de Luz; fazenda nos municípios de Japaraíba e Luz; rio no município de Japaraíba. → Jequitinhonha– córrego no município de Aricanduva, Itamarandiba, Itinga, Virgem da Lapa, Pedra Azul, Almenara; chapada nos municípios de Coronel Murta e Virgem da Lapa; fazenda nos municípios de Aricanduva, Itinga, Itaobim, Pedra Azul; lagoa no município de Itinga; localidade no município de Itamarandiba; ribeirão no município de Diamantina.→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Santo Antônio do Itambé, Dionísio, Itabira, Rio Piracicaba, Diogo de Vasconcelos; fazenda nos municípios de Dionísio, Itabira e Rio Piracicaba. → Vale do Mucuri – córrego no município de Ladainha; fazenda nos municípios de Carlos Chagas, Ladainha, Itaipé; povoado no município de Ladainha. → Noroeste – córrego nos municípios de Buritis, Formoso, Paracatu, São Gonçalo do Abaeté; localidade nos municípios de Paracatu e Varjão de Minas; povoado no município de São Gonçalo do Abaeté; ribeirão no município de Buritis; rio nos municípios de Arinos, Buritis e Formoso; serra nos municípios de Buritis e Formoso. → Norte – córrego nos municípios de Januária, Botumirim, Grão Mogol, Bocaiúva; fazenda nos municípios de Itacarambi, Manga, São Francisco, São João das Missões e Grão Mogol; localidade nos municípios de Espinosa, Capitão Enéias, Francisco Sá e Botumirim; ribeirão nos municípios de Capitão Enéias e Franscisco Sá;rio nos municípios de Espinosa, Montezuma, Capitão Enéias, Francisco Sá. Oeste – córrego nos municípios de Bom Sucesso e Cláudio; fazenda nos 680 municípios de Arcos e Oliveira; ribeirão nos municípios Arcos e Formiga; rio no município de Arcos. → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Governador Valadares, Ipatinga e Conceição de Ipanema; fazenda nos municípios de Cantagalo, Peçanha, São Sebastião do Maranhão, Coroaci, Caratinga, Conceição de Ipanema, localidade nos municípios de Açucena, Marliéria; povoado nos municípios de Coroaci, Governador Valadares, Mantena, Conceição de Ipanema; ribeirão nos municípios de Paulistas, Sabinópolis, São Sebastião do Maranhão, Inhapim, São Domingos das Dores. → Sul/Sudoeste – córrego nos municípios de Guaxupé, Carmo da Cachoeira, Cambuquira, Cristina; fazenda nos municípios de Pratápolis, Guaxupé, Muzambinho, São Sebastião do Paraíso, Conceição da Aparecida, Carmo da Cachoeira, Elói Mendes, Três Pontas, Pedralva, Alagoa, Piranguçu; ribeirão nos municípios de Elói Mendes; serra nos municípios deCambuquira, Jusuânia.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – córrego nos municípios de Gurinhatã, Santa Vitória, Tupaciguara e Conquista; fazenda nos municípios de Gurinhatã, Santa Vitória, Tupaciguara, Campina Verde, Iturama e Conquista; localidade no município de Patos de Minas; ribeirão no município de Campina Verde; rio no município de Iturama.→ Zona da Mata – córrego nos municípios de Manhuaçu, Alto Rio Doce, Araponga, Piranga, Porto Firme, Carangola, Muriaé, Mercês, Piraúba, Bias Fortes, Rio Novo, Rochedo de Minas, São João Nepomuceno e Palma; fazenda nos municípios de Santana do Manhuaçu, Viçosa, Divino, Faria Lemos, Muriaé, Mercês, Aracitaba, Bias Fortes, São João Nepomuceno e Cataguases; localidade nos municípios de Lajinha, Santana do Manhuaçu, Araponga, Brás Pires, Carangola, Guiricema, Mercês, Piraúba, Ubá, Aracitaba, Rio Novo, Rochedo de Minas, Santos Dumont e Palma; ribeirão nos municípios de Caparaó, Chalé, Lajinha, Santa Margarida, Santana Manhuaçu, Caiana, Espera Feliz, Guiricema, Aracitaba, Santos Dumont; rio no município de Araponga; vila nos municípios de Ubá e Santo Antônio do Aventureiro. • 182 ocorrências• Ver: São Dominguinhos. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (4 ocorrências) e na 1ª metade do século XIX (10 ocorrências). SÃO DOMINGOS, DE – Nomeia → Sul/Sudoeste – serra nos municípios de Poços de Caldas, Camanducaia e Paraisópolis;córrego do Bom Jesus e Gonçalves; sítio no município de Congonhal; ribeirão nos municípios de Camanducaia e Córrego do Bom Jesus. • 8 ocorrências• Ver: São Domingos. SÃO DOMINGOS DA BOCAINA– Nomeia → Zona da Mata – vila no município de Lima Duarte. • 1 ocorrência • Ver: São Domingos. SÃO DOMINGOS DAS DORES – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade deSão Domingos das Dores. • 1 ocorrência • Ver: São Domingos. SÃO DOMINGOS DE CIMA – Nomeia → Oeste– sítiono município de Arcos. • 1 ocorrência • Ver: São Domingos. SÃO DOMINGOS DO PRATA– Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade deSão Domingos do Prata. • 1 ocorrência • Ver: São Domingos. SÃO DOMINGUINHOS – Nomeia → Noroeste– córrego no município de Buritis • 1 ocorrência • Ver: São Domingos. 681 FIGURA 43 – Carta Toponímica XXVII: Distribuição do topônimo São Domingos em municípios mineiros. 682 SÃO EDUARDO – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego no município de Aimorés → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Iraí de Minas• 2 ocorrências. SÃO ELIAS – Nomeia → Norte– fazenda nos municípios de Claro dos Poções e Coração de Jesus• 2 ocorrências • Ver: SantoElias. SÃO FELIPE– Nomeia → Jequitinhonha– córrego no município de Joaíma. → Norte– riacho nos municípios de Januária, Ibiracatu e Varzelândia; serra nos municípios de Januária, Ibiracatu, Pedra de Maria da Cruz e Varzelândia. → Vale do Rio Doce– fazenda e povoado no município de Virginópolis. • 10 ocorrências • Ver: São Filipe. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO FÉLIX – Nomeia → Central Mineira– córrego e fazenda no município de Abaeté.→ Jequitinhonha– córrego nos municípios de Turmalina e Veredinha; lagoa no município de Turmalina; localidade no município de Veredinha. → Metropolitana de Belo Horizonte–fazenda no município de Ribeirão das Neves.→ Noroeste –vereda no município de João Pinheiro. → Norte –córrego nos municípios de Salinas e Santa Cruz de Salinas; fazenda no município de Santa Cruz de Salinas; vereda no município de Buritizeiro. → Oeste–fazenda no município de Iguatama.→ Vale do Rio Doce–córrego nos municípios de Cantagalo, Peçanha, Nova Módica, Mendes Pimentel e São Félix de Minas; fazenda nos municípios de Cantagalo, José Raydan, Peçanha e São Sebastião do Maranhão; localidade nos municípios Santa Maria do Suaçuí e São Sebastião do Maranhão; povoado nos municípios de São Sebastião do Maranhão e Mendes Pimentel; ribeirão nos municípios de Sabinópolis e Nova Módica;rio no município deSão Sebastião do Maranhão; serra no município de São José do Divino→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazend anos municípios de Campo Florido e Veríssimo; ribeirão nos municípios de Estrela do Sul, Monte Carmelo, Romaria, Campo Florido e Veríssimo. → Zona da Mata– córrego,fazenda e ribeirão no município de Santa Margarida; serra no município de Matipó.• 43 ocorrências. Nota: O topônimo São Félix aparece na 1ª metade do século XIX (4 ocorrências). SÃO FÉLIX DE MINAS – Nomeia → Vale do Rio Doce–cidade de São Félix de Minas.• 1 ocorrência • Ver: São Félix. SÃO FÉLIX DO CIPÓ – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego no município de São Sebastião do Maranhão. • 1 ocorrência • Ver: São Félix. 683 FIGURA 44 – Carta Toponímica XXVIII: Distribuição do topônimo São Félix em municípios mineiros. 684 SÃO FERNANDO – Nomeia → Zona da Mata– córrego no município de Muriaé• 1 ocorrência. SÃO FIDÉLIS – Nomeia → Vale do Mucuri– córrego, fazenda e povoado no município de Ataléia.→ Norte– fazenda no município de Salinas→ Zona da Mata– fazenda nos municípios de Chácara e Rio Novo; ribeirão nos municípios de Chácara, Juiz de Fora, Matias Barbosa e Rio Novo• 10 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO FILIPE – Nomeia → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Aricanduva e Itamarandiba; fazenda nos municípios de Aricanduva, Capelinha e Itamarandiba. → Noroeste– povoado no município de João Pinheiro → Norte– localidade no município de Janaúba. → Zona da Mata– córrego no município de Caiana; fazenda no município de Belmiro Braga. • 9 ocorrências • Ver: São Felipe. SÃO FIRMINO – Nomeia → Zona da Mata– córrego no município de Ewbank da Câmara• 1 ocorrência. SÃO FRANCISCO – Nomeia → Campo das Vertentes–fazenda nos municípios de Carrancas, Lagoa Dourada; ribeirão no município de São João Del Rey.→ Central Mineira– córrego no município de Martinho Campos; fazenda nos municípios de Lagoa da Prata, Luz e Martinho Campos; rio nos municípios de Dores do Inadaiá, Lagoa da Prata, Luz, Martinho Campos e Moema; sítio no município de Moema. → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Aricanduva e Itamarandiba; fazenda nos municípios de Aricanduva, Itamarandiba e Jequitinhonha; ribeirão no município de Pedra Azul; rio nos municípios de Cachoeira do Pajeú, Pedra Azul, Almenara e Divisópolis; vila no município de Chapada do Norte→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Rio Vermelho e Brumadinho; fazenda nos municípios de Araçaí, Rio Vermelho, Brumadinho e Itabirito; povoado no município de Rio Vermelho → Vale do Mucuri– córrego no município de Teófilo Otoni; fazenda nos municípios Teófilo Otonie Itaipé → Noroeste– córrego nos municípios de Formoso, Unaí, João Pinheiro e Presidente Olegário; fazenda no município de Formoso; rio no município de São Gonçalo do Abaeté. → Norte– cidade de São Francisco; córrego nos municípios de Grão Mogol e Padre Carvalho; fazenda nos municípios de Buritizeiro, Lassance e São João do Pacuí; localidade no município de Grão Mogol; ribeirão no município de Lassance; riacho no município de Pedras de Maria da Cruz; rio nos municípios de Icaraí de Minas, Itacarambi, Januária, Manga, São Francisco, Salinas, Buritizeiro, Ibiaí, Lagoa dos Patos, Lassance, Pirapora, Santa Fé de Minas, Várzea da Palma, Ponto Chique, Ubaí.→ Oeste– rio nos municípios de Bambuí, Doresópolis, Iguatama, Piuí, São Roque de Minas, Vargem Bonita e Arcos; sítio no município de Piuí. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Córrego Novo, Mantena e Virginópolis; fazenda nos municípios de Governador Valadares, Nova Módica, São José do Jacuri, Tumiritinga e Virginópolis. → Sul/Sudoeste– córrego no município de Cabo Verde; fazenda nos municípios de Cabo Verde; ribeirão no município de Virgínia. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego nos municípios de Campina Verde, São Francisco de Sales e Campos Altos;fazenda nos municípios de Campo Florido, Frutal, Iturama, Ituiutaba, Pedrinópolis, Pirajuba, Perdizes, Tupaciguara e Uberaba; rio nos municípios de Campo Florido, Frutal, Pirajuba e Planura; sítio nos municípios 685 de Uberaba e Veríssimo. → Zona da Mata– córrego nos municípios de Além Paraíba, Jequeri, Manhuaçu, Pedra do Anta, Piranga, Divinésia, Ubá, Visconde do Rio Branco; fazenda nos municípios de Além Paraíba, Divinésia, Matipó, Oratórios, Pedra do Anta, Ponte Nova, Rio Novo, São Pedro dos Ferros e Viçosa; lagoa no município de São Pedro dos Ferros; localidade nos municípios de Guaraciaba, Jequeri, Amparo do Serra, Pedra do Anta, Visconde do Rio Branco e Recreio; ribeirão nos municípios de Jequeri, Amparo do Serra, Pedra do Anta, Divinésia e Senador Firmino; rio no município de Volta Grande • 137 ocorrências • Ver: São Francisco, do. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (5 ocorrências), na 2ª metade do século XVIII (9 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (7 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (8 ocorrências). SÃO FRANCISCO, DO– Nomeia → Norte–lagoa no município de São Romão. → Vale do Rio Doce– córrego no município de Sabinópolis• 2 ocorrências • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DA BARRA– Nomeia → Campo das Vertentes– córrego e fazenda no município de Prados• 2 ocorrências • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DAS ABÓBORAS – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Divino• 1 ocorrência • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DE ASSIS– Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– solar no município de Sabará. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Capinópolis e Uberlândia; córrego no município de Uberlândia • 4 ocorrências • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DE CIMA – Nomeia → Zona da Mata– córregoe localidade no município de Visconde do Rio Branco• 2 ocorrências • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DE PAULA – Nomeia → Oeste– cidade de São Francisco de Paula. → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Conceição do Rio Verde• 2 ocorrências • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DE SALES – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– cidade de São Francisco Sales• 1 ocorrência • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DO BORJA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego, fazenda e ribeirão no município de Perdizes• 3 ocorrências • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DO GLÓRIA – Nomeia → Zona da Mata – cidade de São Francisco do Glória• 1 ocorrência • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO DO HUMAITÁ – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade no município de Mutum• 1 ocorrência • Ver: São Francisco. 686 SÃO FRANCISCO DO PORTO NOVO – Nomeia → Central Mineira – fazenda no município de Bom Despacho• 1 ocorrência • Ver: São Francisco. SÃO FRANCISCO XAVIER – Nomeia → Campos das Vertentes – ribeirão no município de São João Del Rey → Central Mineira – rio nos municípios de Abaeté, Pompéu, Três Marias e Bom Despacho • 5 ocorrências• Ver: São Francisco. 687 FIGURA 45 – Carta Toponímica XXIX: Distribuição do topônimo São Francisco em municípios mineiros. 688 SÃO GABRIEL – Nomeia → Jequitinhonha– fazenda no município de São Antônio do Jacinto. → Sul/Sudoeste– córrego no município de Brasópolis; fazenda nos municípios de Brasópolis, Carmo do Rio Claro, Carmo de Minas, Dom Viçoso e Machado; sítio no município de Brasópolis. → Triângulo Mineiro– fazenda no município de Conquista; ribeirão nos municípios de Gurinhatã e Ituiutaba → Zona da Mata– córrego no município de Rio Preto; fazenda nos municípios de Araponga e Belmiro Braga; ribeirão no município de Araponga.• 15 ocorrências• Ver: São Gabriel,de. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO GABRIEL, DE – Nomeia → Zona da Mata– serrote no município de Rio Preto• 1ocorrência • Ver: São Gabriel. SÃO GERALDO – Nomeia→ Campo das Vertentes– fazenda nos municípios de Nazareno, Resende Costa e Felixlândia → Jequitinhonha– fazenda no município de Jequitinhonha→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Caetanópolis e Paraopeba; fazenda nos municípios de Paraopeba, Esmeraldas, Taquaraçu de Minas e Itaverava; povoado no município de Maravilhas. → Vale do Mucuri– córrego no município de Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Bertópolis, Carlos Chagas e Malacacheta → Noroeste– fazenda no município de Bonfinópolis.→ Norte– córrego nos municípios de Janaúba, Capitão Enéias e Franciscópolis; fazenda nos municípios de Janaúba, Salinas, Buritizeiro, Lassance, Santa Fé de Minas, Várzea da Palma, Coração de Jesus, Verdelândia e Bocaiúva; vila nos municípios de Janaúba, Capitão Enéias e Coração de Jesus; povoado nos minicípios de Fransciscópolis e Montes Claros.→ Oeste– chácara no município de Piuí; córrego nos municípios de Itaúna e Piracema; fazenda nos municípios de Itaúna e Formiga. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Aimorés, Itambacuri, Marilac, Matias Lobato, Mutum, Nova Módica e São José do Divino; fazenda nos municípios de Frei Inocêncio, Governador Valadares, Jampruca, Nova Módica, Caratinga, Imbé de Minas e Mutum; lagoa nos municípios de Marilac, Matias Lobato e São José do Divino; localidade nos municípios de Açucena, Guanhães, Mutum, Senhora do Porto e Santa Maria do Suaçuí; povoado no município de Aimorés; vila no município de Peçanha→ Sul/Sudoeste– córrego no município de São Sebastião do Paraíso; fazenda nos municípios de Alfenas, Brasópolis, Consolação, Carmo de Minas, Ilicínea, Liberdade, Passos, São Sebastião do Paraíso, São Tomás de Aquino e Três Pontas; sítio no município de Ilicínea . → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego no município de Conquista; fazenda nos municípios de Conquista, Ibiá, Prata e Uberaba; ilha no município de Uberaba → Zona da Mata– cidade de São Francisco; córrego nos municípios de Santo Antônio do Aventureiro e Volta Grande; fazenda nos municípios de Chácara, Ewbank da Câmara, Juiz de Fora, Manhuaçu, Paula Cândido, Reduto, Rio Novo, Santo Antônio do Aventureiro, São João Nepomuceno, Simonésia e Volta Grande; localidade nos municípios de Chiador e Volta Grande; povoado no município de Juiz de Fora• 99 ocorrências. Nota: O topônimo São Geraldo aparece na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências). SÃO GERALDO DA PIEDADE – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de São Geraldo da Piedade• 1 ocorrência • Ver: São Geraldo. 689 SÃO GERALDO DE MINAS – Nomeia → Jequitinhonha– vila no município de Berilo• 1 ocorrência • Ver: São Geraldo. SÃO GERALDO DO BAIXIO – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de São Geraldo do Baixio• 1 ocorrência • Ver: São Geraldo. SÃO GERALDO DO JATAÍ – Nomeia → Campos das Vertentes– vila no município de Curvelo• 1ocorrência • Ver: São Geraldo. SÃO GERALDO DO TUMIRITINGA – Nomeia → Vale do Rio Doce– vila no município de Tumiritinga• 1ocorrência • Ver: São Geraldo. 690 FIGURA 46 – Carta Toponímica XXX: Distribuição do topônimo São Geraldo em municípios mineiros. 691 SÃO GERÔNIMO – Nomeia → Campo Vertentes– fazenda no município de Itutinga• 1 ocorrência • Ver: Santo Jerônimo, São Jerônimo e São Jerônimo, de. SÃO GIL – Nomeia → Jequitinhonha– localidade no município de Itamarandiba; → Norte– córrego e fazenda nos municípios de Botumirim e Juramento • 3 ocorrências. SÃO GONÇALO – Nomeia → Central Mineira– córrego no município de Presidente Juscelino.→ Jequitinhonha– córrego no município de Couto Magalhães e Araçaí.→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Mariana e Conselheiro Lafaiete. → Noroeste– cidade de São Gonçalo; fazenda no município de Formoso; localidade no município de Buritis; povoado no município de Paracatu; vila no município de Arinos.→ Norte–fazenda nos municípios de Montalvânia e Lassance; localidade nos municípios de Capitão Enéias e Grão Mogol; povoado nos municípios de Francisco Sá e Rio Pardo. → Oeste– fazenda no município de Perdões; localidade no município de Santo Antônio do Monte. → Sul/Sudoeste– fazenda nos municípios de Botelhos, Fronteira, Frutal e Pedrinópolis; povoado no município de São Gonçalo do Sapucaí.→ Zona da Mata– fazenda e localidade no município de Barra Longa. • 26 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (3 ocorrências), na 2ª metade do século XVIII (11 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (13 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (7 ocorrências). SÃO GONÇALO DA CANJICA – Nomeia → Jequitinhonha– córrego no município de Couto Magalhães• 1 ocorrência • Ver: São Gonçalo. SÃO GONÇALO DO ABAETÉ – Nomeia → Noroeste– cidade de São Gonçalo do Abaeté.• 1 ocorrência • Ver: São Gonçalo. SÃO GONÇALO DO PARÁ – Nomeia → Oeste– cidade de São Gonçalo do Pará • 1 ocorrência • Ver: São Gonçalo. SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade de Santo Antônio do Rio Abaixo• 1 ocorrência • Ver: São Gonçalo. SÃO GONÇALO DO RIO DAS PEDRAS – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– serra no município de Serro• 1 ocorrência • Ver: São Gonçalo. SÃO GONÇALO DO RIO PRETO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade de Santo Antônio do Rio Preto• 1 ocorrência • Ver: São Gonçalo. SÃO GONÇALO DO SAPUCAÍ– Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São Gonçalo do Sapucaí• 1 ocorrência • Ver: São Gonçalo. 692 FIGURA 47 – Carta Toponímica XXXI: Distribuição do topônimo São Gonçalo em municípios mineiros. 693 SÃO GOTARDO– Nomeia → Campo das Vertentes– fazenda no município de Carrancas. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– cidade deSão Gortado• 2 ocorrências. SÃO GREGÓRIO– Nomeia → Metropoliana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Esmeraldas e Rio Vermelho; fazenda no município de Esmeraldas; povoado no município de Rio Vermelho. → Norte– riacho nos municípios de Brasília de Minas, Campo Azul e Ponto Chique → Sul/Sudoeste– fazenda nos municípios de Borda da Mata e Senador José Bento• 6 ocorrências. SÃO HIPÓLITO– Nomeia → Norte– córrego no município de Mirabela• 1 ocorrência • Ver: Santo Hipólito. SÃO INÁCIO, DE– Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de São João Batista do Glória; ribeirão no município de Sacramento• 2 ocorrências• Ver: Santo Inácio e Santo Inácio, de. SÃO JACINTO– Nomeia → Central Mineira– córregoe ribeirão no município de Paineiras. → Vale do Mucuri– córrego e fazenda no município de Teófilo Otoni → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Campo Florido• 8 ocorrências. SÃO JERÔNIMO– Nomeia → Jequitinhonha– fazenda no município de Datas. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego e povoado no município de São Domingos do Prata → Noroeste – córrego nos municípios de Buritis e Formoso; fazenda no município de Formoso. → Norte – localidade no município de Grão Mogol. → Oeste – fazenda no município de São Roque de Minas. → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Frei Lagonegro, São José do Jacuri e Aimorés; povoado no município de Mendes Pimentel. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda nos municípios de Gurinhatã, Santa Vitória e Sacramento; povoado no município de Gurinhatã; ribeirão nos municípios denos municípios de Gurinhatã, Ipiaçu e Santa Vitória; serra no município de Gurinhatã→ Zona da Mata – córrego nos municípios de Manhuaçu, Chiador, Mar de Espanha, Estrela Dalva e Leopoldina; fazenda nos município de Chiador, Mar de Espanha; localidade no município de Mar de Espanha. • 30 ocorrências• Ver: Santo Jerônimo, e São Gerônimo. SÃO JERÔNIMO, DE– Nomeia → Sul/Sudoeste– serra no município de Ibiraci• 1 ocorrência • Ver: Santo Jerônimo, São Jerônimo e São Gerônimo. SÃO JERÔNIMO GRANDE– Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Gurinhatã • 1 ocorrência • Ver: São Jerônimo SÃO JERÔNIMO DAS POÇÕES– Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – vila no município de Campos Altos • 1 ocorrência • Ver: São Jerônimo. 694 FIGURA 48 – Carta Toponímica XXXII: Distribuição do topônimo São Jerônimo em municípios mineiros. 695 SÃO JOANICO – Nomeia → Jequitinhonha– córrego,fazenda e lagoano município de Padre Paraíso; ribeirão nos municípios do Caraí, Itinga, Padre Paraíso e Ponto dos Volantes• 7ocorrências• Ver: São João, São Joãozinho, São Joanico, São Juanico. SÃO JOÃO – Nomeia → Campo das Vertentes– córrego no município de Ibertioga. → Central Mineira– córrego nos municípios de Buenópolis, Cedro do Abaeté e Quartel Geral; fazenda no município de Cedro do Abaeté; localidade no município de Buenópolis. → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Francisco Badaró, Itamarandiba, Itaobim, Medina, Virgem da Lapa; fazenda nos municípios de Bandeira, Divisópolis, Francisco Badaró, Jenipapo de Minas, Jordânia, Itamarandiba; lagoa nos municípios de Chapada do Norte, Francisco Badaró, Itaobim e Itinga; localidade no município de Itamarandiba; ribeirão nos municípios de Carbonita, Diamantina, Itamarandiba, Itaobim, Itinga, Padre Paraíso e Ponto dos Volantes; rio nos municípios de Chapada do Norte e Francisco Badaró.→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Bom Jesus do Amparo, Caeté, Conceição do Mato Dentro, Contagem, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas, Serro; fazenda nos municípios de Araçaí, Dom Joaquim, Conceição do Mato Dentro e Congonhas;ribeirão nos municípios de Dom Joaquim, Inhaúna, Itaguara, Paraopeba e Sete Lagoas; rio nos municípios de Itaguara, Itatiaiuçu, Pitangui e Santa Bárbara.→ Vale do Mucuri– córrego nos municípios de Águas Formosas,Ataléia, Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Águas Formosas, Ataléia, Carlos Chagas, Crisólita, Frei Gaspar, Itaipé, Ladainha e Teófilo Otoni; povoado no município de Ladainha; ribeirão no município de Malacacheta.→ Noroeste– córrego no município de Buritis; fazenda nos municípios de Crisólita e Uruana de Minas; ribeirão no município de Presidente Olegário. → Norte– córrego nos municípios de Bocaiúva, Botumirim, Buritizeiro, Capitão Enéias, Cristália, Francisco Sá, Grão Mogol, Juramento e Rubelita; fazenda nos municípios de Capitão Enéias, Francisco Sá, Grão Mogol, Indaiabira, Itacambira, Juramento, Miravânia e São Romão; localidade nos municípios de Bocaiúva, Capitão Enéias, Cristália, Espinosa, Francisco Sá, Grão Mogol, Juramento, Luislândia, Montes Claros e Urucuia; morro nos municípios de Francisco Sá e Mirabela; ribeirão nos municípios de Bocaiúva, Grão Mogol, Itacambira e Juramento; rio no município de São João do Paraíso; serra no município de Itacambira.→ Oeste– córrego no município de Córrego Danta; fazenda nos municípios de Campo Belo, Carmo do Cajuru, Córrego Danta e Iguatama; localidade no município de Conceição do Pará; ribeirão nos municípios de Campo Belo e Candeias; rio nos municípios de Conceição do Pará, Igaratinga e Itaúna.→ Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Caratinga, Governador Valadares, Itambacuri, Mutum, São João do Manteninha e Tumiritinga; fazenda nos municípios de Itambacuri e Resplendor; localidade nos municípios de Itambacuri, São João do Manteninha e Tumiritinga; povoado no município de Governador Valadares; retiro no município de Guanhães; ribeirão nos municípios de Água Boa, Campanário e Itambacuri. → Sul/Sudoeste– córrego nos municípios de Alagoa, Andradas, Bocaina, Cabo Verde, Campestre, Careaçu, Conceição do Rio Verde, Delfim Moreira, Guaxupé, Itaú de Minas, Lambari, Passos, Pratápolis e Silvianópolis; fazenda nos municípios de Andradas, Arceburgo, Bom Jardim de Minas, Cabo Verde, Campos Gerais, Cássia, Conceição das Pedras, Conceição do Rio Verde, Consolação, Guaxupé, Itaú de Minas, Lambari, Machado, Muzambinho, Passos, Resende, Santana da Vargem, São Bento do Abade, São Pedro da União, São Sebastião da Bela Vista, Serrania, Silvianópolis; ribeirão nos municípios de Andradas, Bom Jesus da Penha, São Pedro da União, São Sebastião da Bela Vista e Turvolândia; rio nos municípios de Bom Jesus da Penha, Cássia, Itaú de Minas, Nova Resende, Passos e Pratápolis; 696 serra nos municípios de Itaú de Minas e Passos; sítio no município de Bueno Brandão.→ Triângulo Mineiro– córrego nos municípios de Monte Alegre de Minas e Veríssimo; fazenda nos municípios de Campo Florido, Estrela do Sul, Gurinhatã, Ibiá, Indianópolis, Monte Alegre de Minas, Prata, Pratinha, Rio Paranaíba, Sacramento e Uberaba; localidade nos municípios de Nova Ponte e Patos de Minas; povoado no município de Indianópolis; ribeirão no município de Patos de Minas; rio nos municípios de Ibiá, Rio Paranaíba e Serra do Salitre; sítio nos municípios de Perdizes e Uberaba.→ Zona da Mata– córrego nos municípios de Abre Campo, Acaiaca, Além Paraíba, Caiana, Canaã, Manhumirim, Matias Barbosa, Muriaé, Piranga, Ponte Nova, Santana do Deserto, Simão Pereira, Simonésia, Viçosa e Volta Grande; fazenda nos municípios de Abre Campo, Acaiaca, Barra Longa, Canaã, Ervália, Estrela Dalva, Guaraciaba, Manhuaçu, Miraí, Muriaé, Oratórios, Piranga, Pirapetinga, Recreio, Santa Cruz do Escalvado, São João Nepomuceno, São Pedro dos Ferros, Urucânia e Volta Grande; localidade nos municípios de Além Paraíba, Piranga, Porto Firme e Viçosa; ribeirão nos municípios de Bicas, Laranjal, Mar de Espanha, Muriaé e Pedra Dourada; rio nos municípios de Caiana e Caparaó; serra nos municípios de Lima Duarte, Luisburgo, Manhuaçu e Olaria; sítio no município de Olaria.• 229 ocorrências• Ver: São Joãozinho, São Joanico, São Juanico. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (7 ocorrências), na 2ª metade do século XVIII (12 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (19 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (13 ocorrências). SÃO JOÃO, DE – Nomeia → Campo das Vertentes– ribeirão no município de Nepomuceno; → Sul/Sudoeste– serra no município de Pratápolis; ribeirão no município de Carmo da Cachoeira• 3 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO BATISTA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego no município de Perdizes. → Zona da Mata– fazenda nos municípios de Manhumirim e Santana do Deserto• 3 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO BATISTA DO GLÓRIA – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São Batista do Glória; fazenda no município de São Tomás de Aquino• 2 ocorrências • Ver: São João. SÃO JOÃO DEL REY – Nomeia → Campo das Vertentes– cidade de São João Del Rey• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO GOMES – Nomeia → Jequitinhonha– córrego no município de José Gonçalves de Minas• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO GRANDE – Nomeia → Jequitinhonha– fazendae vila no município de Itaobim.→ Sul/Sudoeste – córrego no município de Delfim Moreira. → Zona da Mata – córrego no município de Santana do Manhuaçu; córrego e localidade no município de Simonésia.• 6 ocorrências • Ver: São João. SÃO JOÃO DA ALEGRIA – Nomeia → Zona da Mata – localidade no município de Simonésia• 1 ocorrência • Ver: São João. 697 SÃO JOÃO DA BARRA – Nomeia → Jequitinhonha– fazenda no município de Bandeira. → Norte– fazenda no município de Montalvânia• 2 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO DA BOA SORTE – Nomeia → Vale do Rio Doce– córregoe povoado no município de Caratinga• 2 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO DA BOA VISTA – Nomeia → Triângulo Mineiro– fazenda no município de Conquista• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA CONCEIÇÃO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Barão do Monte Alto• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA CHAPADA – Nomeia → Jequitinhonha – distrito no município de Diamantina• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA CRUZ – Nomeia → Jequitinhonha – córrego no município de Itamarandiba• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA FIGUEIRA – Nomeia → Zona da Mata– córrego no município de Manhumirim• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA FORTALEZA – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Brás Pires• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA GRAMA – Nomeia → Sul/Sudoeste– córrego no município de Andradas• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA GLÓRIA – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Muriaé• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA LAGOA – Nomeia → Norte– cidade deSão João da Lagoa • 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA MATA – Nomeia → Vale do Mucuri– fazenda e ribeirão no município de Malacacheta. → Sul/Sudoeste – cidade de São João da Mata → Zona da Mata– córrego nos municípios de Brás Pires, Barão do Monte Alto e Senador Firmino; fazenda no município de Brás Pires; localidade no município de Senador Firmino.• 8 ocorrências. • Ver: São João. SÃO JOÃO DA NATIVIDADE – Nomeia → Vale do Mucuri– fazenda no município de Malacacheta• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA PALMEIRA – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Manhuaçu• 1 ocorrência • Ver: São João. 698 SÃO JOÃO DA PONTE – Nomeia → Norte– cidade de São João da Ponte• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA SAPUCAIA – Nomeia → Zona da Mata– vila e povoado no município de Laranjal• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA SERRA – Nomeia → Vale do Mucuri– fazenda no município de Malacacheta.→ Zona da Mata– fazenda no município de Santos Dumont• 2 ocorrências• Ver: São João. SÃOJOÃO DA SERRA NEGRA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– vila no município de Guimarânia• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DA VEREDA – Nomeia → Norte– vila no município de Coração de Jesus• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DAS MISSÕES – Nomeia → Norte– cidade de São João das Missões• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DAS NOGUEIRAS – Nomeia → Zona da Mata– ribeirão no município de Raul Soares• 1 ocorrência • Ver: São João, São João dos Nogueiras. SÃO JOÃO DAS GAITAS – Nomeia → Norte– fazenda no município de Buritizeiro• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DE BAIXO– Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córregoe fazenda no município de Indianópolis• 2 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO DE CIMA– Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda nos municípios de Santo Antônio do Itambée Serra do Azul de Minas. → Oeste– vila no município de Conceição do Pará.• 3 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO DO ALEGRE – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Miraí• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO BANANAL – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Passos• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO BONITO – Nomeia → Norte– vila no município de Mato Verde• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO BEBEDOURO– Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego no município de Frutal• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO BORJA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Perdizes• 1 ocorrência • Ver: São João. 699 SÃO JOÃO DO BURITI – Nomeia → Noroeste– fazenda no município de Formoso• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO CAPIM – Nomeia → Vale do Rio Doce– povoado no município de Aimorés• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO FEIXE – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– povoado no município de Frutal• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO JACUTINGA – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Caratinga• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO LUNARDO – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego e localidade no município de Caratinga• 2 ocorrências • Ver: São João. SÃO JOÃO DO MANTENINHA – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de São João do Manteninha• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO MANHUAÇU – Nomeia → Vale do Rio Doce– vila no município de Manhuaçu• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO MORRO GRANDE – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Três Pontas• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO NORTE – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Divino• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO ORIENTE – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade deSão João do Oriente• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO PACUÍ – Nomeia → Norte– cidade de São João do Pacuí• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO PARAÍSO – Nomeia → Norte– cidade de São João do Paraíso, córrego no município de Indaiabira; rio nos municípios deIndaiabira, Rio Pardo de Minas e São João do Paraíso; vila no município de Rio Pardo de Minas • 6 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO DO PARI – Nomeia → Zona da Mata– córregoe fazenda nos municípios de Lima Duarte e Olaria• 4 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO DO PAIOL– Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Alvinópolis• 1 ocorrência • Ver: São João. 700 SÃO JOÃO DO PEQUI – Nomeia → Norte– vila no município de Salinas• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DO SUL– Nomeia → Vale do Mucuri– córregoe fazenda no município de Frei Gaspar• 2 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO DOS FERREIRAS– Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Rio Paranaíba• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DOS GUANHÃES – Nomeia → Vale do Rio Doce– fazenda no município de Sabinópolis• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO DOS NOGUEIRAS– Nomeia → Zona da Mata– ribeirão no município de São Pedro dos Ferros• 1 ocorrência • Ver: São João, São João das Nogueiras. SÃO JOÃO EVANGELISTA – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de São João Evangelista• 1 ocorrência. SÃO JOÃO GONÇALVES – Nomeia → Norte– fazenda no município de Claro dos Poções• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO GRANDE – Nomeia → Jequitinhonha– fazendae vila no município de Itaobim. → Sul/Sudoeste– córrego no município de Delfim Moreira. → Zona da Mata – córrego no município de Santana do Manhuaçu, Simonésia; localidade no município de Simonésia. • 6 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃO NEPOMUCENO – Nomeia → Zona da Mata– cidade e ribeirãode São João Nepomuceno• 2 ocorrências. SÃO JOÃO PEDRO – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego no município de Galiléia• 1 ocorrência • Ver: São João. SÃO JOÃO PEQUENO – Nomeia → Sul/Sudoeste – fazenda e ribeirão no município de São Pedro da União. → Zona da Mata– córrego no município de Simonésia•3 ocorrências• Ver: São João. SÃO JOÃOZINHO – Nomeia → Central Mineira– córrego no município de Cedro do Abaeté. → Jequitinhonha– córrego no município de Padre Paraíso. • 2 ocorrências• Ver: São Joãozinho, São Joanico, São Juanico. SÃO JOÃOZINHO DO CAPIM – Nomeia → Zona da Mata– povoado no município de Santana do Manhuaçu• 1 ocorrência • Ver: São João, São Joãozinho, São Joanico, São Juanico. 701 FIGURA 49 – Carta Toponímica XXXIII: Distribuição do topônimo São João em municípios mineiros. 702 SÃO JOAQUIM – Nomeia → Central Mineira– vila no município de Presidente Juscelino. → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Berilo e Pedra Azul.→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Igarapé, São Joaquim de Bicas e Taquaraçu de Minas; fazenda no município de Taquaraçu de Minas; vila no município de Santana do Pirapama.→ Vale do Mucuri– córrego, fazenda e lagoa no município de Ladainha. → Noroeste– córrego nos municípios de Bonfinópolis e Formoso; fazenda e localidade no município de Unaí; povoado de João Pinheiro. → Norte– córrego no município de Jequitaí, Montezuma, Santa Fé de Minas e São Romão; fazenda nos municípios de Buritizeiro, Porteirinha, Salinas, Santa Fé de Minas, São Romão; localidade nos municípios de Montezuma e Santo Antônio do Retiro; povoado no município de Januária; vila no município de Coração de Jesus. → Oeste– fazenda no município de Córrego Fundo. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Coluna, Conceição de Ipanema, Frei Lagonegro, São José do Jacuri; fazenda no município de Conceição de Ipanema.→ Sul/Sudoeste– fazenda nos municípios de Borda da Mata, Carvalhos, Elói Mendes, Estiva, Machado e São Sebastião do Paraíso. → Zona da Mata– córrego nos municípios de Abre Campo, Guaraciaba, Chalé, Santana do Manhuaçu, Alto Rio Doce, Araponga, Paula Cândido, Viçosa, Divinésia e Cataguases; fazenda nos municípios de Abre Campo, Argirita, Matipó, Cajuri, Carangola, Fervedouro, Guiricema, Rio Pomba, São João Nepomuceno; localidade nos municípios de Abre Campo, Alto Rio Doce, Araponga, Cataguases e Juiz de Fora; ribeirão no município de Cajuri; serra no município de Lajinha• 69 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO JOAQUIM DA BARRA – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Cataguases• 1 ocorrência • Ver: São Joaquim. SÃO JOAQUIM DE BICAS – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade de São Joaquim de Bicas• 1 ocorrência • Ver: São Joaquim. SÃO JOAQUIM DE BOCAINA – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Antônio Dias• 1 ocorrência • Ver: São Joaquim. SÃO JOAQUIM MACAÚBA – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Três Corações• 1 ocorrência • Ver: São Joaquim. 703 FIGURA 50 – Carta Toponímica XXXIV: Distribuição do topônimo São Joaquim em municípios mineiros. 704 SÃO JORGE – Nomeia → Jequitinhonha– localidade no município de Santa Maria do Salto. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego e povoado no município de Paraopeba; fazenda no município de Mariana. → Vale do Mucuri– fazenda no município de Itaipé.→ Norte– córrego no município de Grão Mogol; fazenda no município de Itaipé. → Oeste– fazenda no município de Tapiraí.→ Vale do Rio Doce– córrego no município de Mutum; fazenda no município de Nova Módica; ribeirão nos municípios de Nova Módica e Pescador. → Sul/Sudoeste– fazenda nos municípios de Claraval, Varginha, Lambari e Andrelândia; sítio no município de Piranguçu.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Prata. → Zona da Mata– fazenda nos municípios de Olaria e Simonésia.• 21 ocorrências. SÃO JORGE DO ALTO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Faria Lemos• 1 ocorrência • Ver: São Jorge. 705 FIGURA 51 – Carta Toponímica XXXV: Distribuição do topônimo São Jorge em municípios mineiros. 706 SÃO JOSÉ – Nomeia → Campos das Vertentes– córrego nos municípios de Lavras, Luminárias, Ritápolis e São João Del Rey;fazenda nos municípios de Lavras, Ressaquinha, Ritápolis, São João Del Rey e São Tiago; serra nos municípios de Coronel Xavier, Prados e Tiradentes. → Central Mineira– córrego no município de Buenópolis; fazenda nos municípios de Dores do Indaiá, Luz, Moema, Pompéu e Três Marias; localidade no município de Buenópolis → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Araçuaí, Berilo, Caraí, Chapada do Norte, Diamantina, José Gonçalves de Minas e Pedra Azul;chapada no município de Virgem da Lapa;fazenda nos municípios de Araçuaí, Aricanduva, Berilo, Caraí, Chapada do Norte, Coronel Murta, Diamantina, Itamarandiba, José Gonçalves de Minas, Novo Cruzeiro, Pedra Azul e Rubim;lagoano município de coronel Murta; localidade no município de Jacinto; ribeirão nos municípios de Angelândia, Caraí e Virgem da Lapa.→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Alvinópolis, Crucilândia, Desterro de Entre Rios, Esmeraldas, Ferros, Jaboticatubas, Ribeirão das Neves, Sabará, Santana de Pirapama, Santana do Riacho e São Domingos do Prata; chácarano município de Santa Luzia; fazenda nos municípios de Alvorada de Minas, Crucilândia, Desterro de Entre Rios, Entre Rios de Minas, Ferros, Itatiaiuçu, Mariana, Mateus Leme, Pitangui, Ribeirão das Neves, São Domingos do Prata, São José da Varginha e Taquaraçu de Minas; localidade nos municípios de Esmeraldas, Mateus Leme e Santana de Pirapama;povoado nos municípios de Cordisburgo, Itabira e Jaboticatubas; ribeirão nos municípios de Alvorada de Minas, Esmeraldas, Itabira, Santana dos Montes e São Domingos do Prata; rio no município de Esmeraldas; sítionos municípios de Conselheiro Lafaiete e Sabará; vila no município de Ferros. → Vale do Mucuri– córrego nos municípios de Carlos Chagas, Frei Gaspar, Ladainha, Malacacheta, Poté e Setubina; fazenda nos municípios de Águas Formosas, Ataléia, Bertópolis, Carlos Chagas, Frei Gaspar, Ladainha, Malacacheta, Poté, Setubina e Teófilo Otoni; povoado nos municípios de Ataléia, Poté e Teófilo Otoni; sítio nos municípios de Águas Formosas e Ladainha.→ Noroeste– córrego nos municípios de Guarda-Mor e Unaí; fazenda nos municípios de João Pinheiro, Presidente e Unaí;ribeirão no município de Unaí→ Norte– córrego nos municípios de Bocaiúva, Brasília de Minas, Espinosa, Grão Mogol, Montezuma, Porteirinha, Rio Pardo de Minas, São João do Paraíso;fazenda nos municípios de Bocaiúva, Buritizeiro, Catuti, Janaúba, Lassance, Manga, Mato Verde, Montalvânia, Patis, Rubelita, Salinas e São João da Lagoa;localidade nos municípios de Bocaiúva, Montes Claros, Salinas, São João do Paraíso;morro no município de Janaúba;povoado nos municípios de Porteirinha e Rio Pardo de Minas;rio nos municípios de Fruta do Leite, Rubelita e Salinas; serra no município de São Francisco; vereda no município de Januária. → Oeste– córrego no município de Carmo do Cajuru;fazenda nos municípios de Bom Sucesso, Candeias, Cláudio, Pedra do Indaiá, Santana do Jacaré. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Aimorés, Coluna, Frei Inocêncio, Governador Valadares, Mendes Pimentel, Mutum, Nova Módica, São José do Divino e Virginópolis; fazenda nos municípios de Aimorés, Capitão Andrade, Coluna, Engenheiro Caldas, Galiléia, Itanhomi, Itueta, Mendes Pimentel, Mutum, Peçanha, Pescador, São João Evangelista e São José do Divino;localidade nos municípios de Antônio Dias, Frei Inocêncio, Guanhães, Mutum, Peçanha, Senhora do Porto;povoado nos municípios de Governador Valadares e Mutum; ribeirão nos municípios de Itambacuri, Nova Módica e Peçanha; serra nos municípios de Conselheiro Pena e Cuparaque.→ Sul/Sudoeste – córrego nos municípios de Areado, Bocaina de Minas, Brasópolis, Cristina, Dom Viçoso, Machado, Santa Rita do Sapucaí e Serrania; fazenda nos municípios de Acerburgo, Aiuruoca, Alfenas, Andrelândia, Boa Esperança, Brasópolis, Camanducaia, Cambuquira, Campanha, Coqueiral, Carmo do Rio Claro, Conceição do Rio 707 Verde, Conceição dos Pedros, Elói Mendes, Estiva, Fama, Heliodora, Ibiraci, Ilícinea, Jacuí, Juruaia, Machado, Munhoz, Paraguaçu, Passos, Pratápolis, Pedralva, Santa Rita do Sapucaí, São João Batista do Glória, São Sebastião da Boa Vista, São Thomé das Letras, Soledade de Minas, Silvianópolis, Três Corações;riacho no município de São Tomás de Aquino;ribeirão nos municípios de Cabo Verde, Congonhal, Poço Fundo e Silvianópolis.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego nos municípios de Campos Altos, Ibiá, Ituiutaba, Monte Alegre de Minas, Pedrinópolis, Sacramento, Santa Vitória, Uberaba, Uberlândia;fazenda nos municípios de Araguari, Cachoeira Dourada, Campos Altos, Centralina, Frutal, Ibiá, Ituiutaba, Pedrinópolis, Perdizes, Prata, Pratinha, Sacramento, Santa Vitória, Tapira, Uberaba, Uberlândia, Veríssimo;povoado no município de Frutal; retiro no município de Água Comprida; ribeirão no município de Prata; sítio no município de Uberaba→ Zona da Mata– córrego nos municípios de Abre Campo, Alto do Caparaó, Além Paraíba, Barão do Monte Alto,Bicas, Canaã, Caparaó, Caputira, Carangola, Chácara, Coronel Chaves, Ervália, Espera Feliz, Fervedouro, Jequeri, Lajinha,Leopoldina, Manhuaçu, Manhumirim, Mar de Espanha, Muriaé, Palma, Pedra Bonita, Piau, Presidente Bernardes, Rio Novo, Rochedo de Minas, Santa Cruz do Escalvado, São Francisco do Glória; fazenda nos municípios de Além Paraíba, Alto do Caparaó, Caparaó, Carangola, Chácara, Belmiro Braga, Bias Fortes, Bicas, Espera Feliz, Guiricema, Juiz de Fora, Lajinha, Leopoldina, Manhuaçu, Mar de Espanha, Matipó, Muriaé, Ponte Nova, Presidente Bernardes,Raul Soares, Rochedo de Minas, Rio Casca, Rio Doce, Rio Novo, Rio Preto, Santa Margarida, Santo Antônio do Aventureiro, Silverânia, Tabuleiro, Tocantins;localidade nos municípios de Abre Campo, Além Paraíba, Carangola, Chácara, Coronel Chaves, Jequeri, Lajinha, Leopoldina, Palma, Piau, São Francisco do Glória, São Miguel do Anta;serra no município de Belmiro Braga; sítio no município de Simão Pereira• 347 ocorrências• Ver: São José, de; São José, do. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (6 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (16 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (13 ocorrências). SÃO JOSÉ, DE – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cachoeirano município de Ferros. → Sul/Sudoeste– córrego no município de Conceição da Aparecida• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ, DO – Nomeia → Zona da Mata– córrego no município de Alto Rio Doce• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ CACHOEIRA – Nomeia → Jequitinhonha– córrego e localidade no município de Felício dos Santos• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ PEDRO – Nomeia → Zona da Mata– rio no município de Santana do Manhuaçu• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA ANTINHA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– povoado no município de Perdizes• 1 ocorrência • Ver: São José. 708 SÃO JOSÉ DA AURORA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego no município de Conquista• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA BARRA – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São José da Barra• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA BARRINHA – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Antônio Dias• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA BELA VISTA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Santa Vitória; vila no município de São Gotardo• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA BOA VISTA – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Sapucaí-Mirim. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Campina Verde e Ituiutaba. → Zona da Mata– córrego e fazenda no município de Brás Pires• 5 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA CAATINGA – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Brás Pires• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA CACHOEIRA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Serro. →Sul/Sudoeste– fazenda no município de Andradas. • 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA CACHOEIRA ALTA – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Faria Lemos• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA CARAPINA– Nomeia → Norte– localidade no município de Ibiaí• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA FIGUEIRA – Nomeia → Zona da Mata– córrego nos municípios de Durandé e Manhumirim; fazenda nos municípios de Durandé e Manhumirim; povoado nos municípios de Manhumirim e Santana do Manhuaçu • 6 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA FORTALEZA – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Jacutinga→ Zona da Mata– fazenda no município de Faria Lemos• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA FORTUNA – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego e localidade no município de Itambacuri• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA INDARÁ – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Campo do Meio• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA LAPA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade de São José da Lapa; lagoanos municípios de São José da Lapa e Vespasiano• 3ocorrências• Ver: São José. 709 SÃO JOSÉ DA LAGOA – Nomeia → Central Mineira– vila no município de Curvelo. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Rio Paranaíba • 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA MARAVILHA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Serro. → Vale do Mucuri– córrego no município de Ataléia. • 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA PRATA – Nomeia → Sul/Sudoeste– povoado no município de Santa Rita de Caldas• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA PONTE NOVA – Nomeia → Campo das Vertentes– fazenda e ribeirão no município de Resende Costa.→Metropolitana de Belo Horizonte– ribeirão no município de Entre Rios de Minas• 3 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA SAFIRA – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de São José da Safira.• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA SERRA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda e povoado no município de Jaboticatubas. →Norte– fazenda no município de Curral de Dentro• 3 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DA SOLEDADE – Nomeia → Zona da Mata– vila no município de Silverânia• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA VARGEM – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Baependi• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA VARGEM ALEGRE – Nomeia → Zona da Mata– povoado no município de Santa Cruz do Escalvado• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DA VARGINHA – Nomeia → Zona da Mata– cidade deSão José da Varginha• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS CAATINGAS – Nomeia → Zona da Mata– localidade no município de Senhora de Oliveira• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS CAMPINAS – Nomeia → Zona da Mata– córrego no município de Alvorada de Minas• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS LAGES – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Baldim• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS MERCÊS – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– povoado no município de Jeceaba• 1 ocorrência • Ver: São José. 710 SÃO JOSÉ DAS MERCEDES – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– povoado nos municípios de Desterro de Entre Rios e Entre Rios de Minas• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS PALMEIRAS – Nomeia → Zona da Mata– fazenda nos municípios de Caiana e Faria Lemos• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS PITANGUEIRAS – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Faria Lemos• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS POSSES – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Rio Pomba• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DAS TRONQUEIRAS – Nomeia → Vale do Rio Doce– vila no município de Governador Valadares• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DE CARMÓPOLIS – Nomeia → Oeste– localidade no município de Carmópolis• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DE GABA – Nomeia → Vale do Mucuri– córrego no município de Ataléia• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DE PEDRO NOLASCO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Pitangui• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO ALEGRE – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidadeode São José do Alegre• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO BARREIRO – Nomeia → Oeste– vila no município de São Roque de Minas. → Triângulo Mineiro/ Alto Paranaíba – vila no município de Iraí de Minas. • 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO BATATAL – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade e vila no município de Caratinga• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO BEBEDOURO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego e fazenda no município de Frutal • 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO BUGRE – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Iapu• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO BURITI – Nomeia → Central Mineira– localidade e vila no município de Felixlândia. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Campo Florido• 3 ocorrências• Ver: São José. 711 SÃO JOSÉ DO CÁGADO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda nos municípios de Chácara e Rio Novo• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO CAPÃO DA ONÇA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Campo Florido• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO CAMPINHO – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Brasópolis• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO DIVINO – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de São José do Divino, ribeirãomunicípio de Nova Módica e São José do Divino • 3 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO FEIXE – Nomeia→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda, lagoa e povoado nos municípios de Fronteira e Frutal• 6 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO FUNDÃO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Silverânia• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO GOUVEIA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– povoado no município de Ouro Preto• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO GOIABAL – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade de São José do Goiabal. → Vale do Rio Doce– povoado no município de Governador Valadares• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO IPÊ– Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Engenheiro Caldas• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO IMBAÚBA– Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Muriaé• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO JACURI – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de São José do Jacuri • 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO MANTIMENTO – Nomeia → Zona da Mata– cidade de São José do Mantimento; rio no município de São José do Mantimento• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO MATO DENTRO – Nomeia → Sul/Sudoeste– vila no município de Ouro Fino• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO MELOSO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– povoado no município de Conceição de Mato Dentro• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO MOCAMBO – Nomeia → Norte– localidade no município de Claro dos Poções• 1 ocorrência • Ver: São José. 712 SÃO JOSÉ DO NORETE – Nomeia → Vale do Mucuri– córrego no município de Malacacheta• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO PÂNTANO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–povoado no município de Frutal• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO PARAÍSO – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Marliéria• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO PARAOPEBA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– vila no município de Brumadinho• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO PORTO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Brás Pires• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO PRAIÃO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Capinópolis• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – Nomeia → Norte– vila no município de Juramento. → Zona da Mata– fazenda e vila no município de Simonésia• 3 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO ROMEIRO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Abre Campo• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO SALGADO – Nomeia → Oeste– córrego e vila no município de Carmo do Cajuru• 2ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DO SALTADOR – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de São Francisco Sales • 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO SUAÇUÍ – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Santa Maria do Suaçuí• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO TAPINUÃ – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no municípioGovernador Valadares• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO TRIUNFO – Nomeia → Zona da Mata– povoado no município de Viçosa• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DO TURVO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– povoado no município de Itabira• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DOS COCAIS – Nomeia →Vale do Rio Doce– localidade no municípioCoronel Fabriciano• 1 ocorrência • Ver: São José. 713 SÃO JOSÉ DOS GLÓRIAS– Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Dom Viçoso• 1 ocorrência • Ver: São José. SÃO JOSÉ DOS LOPES – Nomeia → Zona da Mata– vila no município de Lima Duarte• 1 ocorrência • Ver: São José SÃO JOSÉ DOS MOREIRA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego e povoado no município de Santana do Pirapama• 2 ocorrências• Ver: São José. SÃO JOSÉ DOS PINHEIROS – Nomeia → Zona da Mata– fazenda nos municípios de Carangola e Fervedouro; córrego no povoado de Carangola• 3 ocorrências• Ver: São José. 714 FIGURA 52 – Carta Toponímica XXXVI: Distribuição do topônimo São José em municípios mineiros. 715 SÃO JUANICO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – povoado no município de Pequi• 1 ocorrência • Ver: São João, São Joãozinho, São Joanico. SÃO JUDAS TADEU – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda nos municípios de Confins e Lagoa Santa. → Norte– fazenda nos municípios de Buritizeiro e Janaúba. → Oeste– fazenda no município de Santana do Jacaré.→ Vale do Rio Doce– localidade no município de Dores de Guanhães. → Sul/Sudoeste– fazenda nos municípios de Alfenas, Cássia, Passos e São Sebastião do Paraíso.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– chácara no município de Ipiaçu, fazenda nos municípios de Frutal, Iturama, Perdizes, Uberaba e Veríssimo; localidade no município de Uberlândia.→ Zona da Mata–localidade no município de Juiz de Fora.• 18 ocorrências. SÃO JULIÃO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – fazenda no município de São Domingos do Prata. → Norte – córrego e povoado no município de Carlos Chagas. → Oeste– fazenda no município de Arcos.• 4 ocorrências. Nota: O topônimo São Julião aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO LAMBERTO – Nomeia → Norte – rio nos municípios de Bocaiúva, Claro dos Poções e Montes Claros • 3 ocorrências. Nota: O topônimo São Lamberto aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO LÁZARO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Cachoeira Dourada• 1 ocorrência. SÃO LEÃO – Nomeia → Jequitinhonha – córrego nos municípios de Aricanduva e Itamarandiba. → Oeste – córrego e fazenda no município de Bambuí.• 4 ocorrências. SÃO LEONARDO – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego no município de José Raydan; localidade nos municípios de José Raydan e Santa Maria do Suaçuí. • 3 ocorrências. SÃO LONGUINHO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Iturama• 1 ocorrência. SÃO LOURENÇO – Nomeia → Central Mineira– fazenda nos municípios de Abaeté e Estrela do Indaiá. → Jequitinhonha– córrego no município de Medina; fazenda nos municípios de Aricanduva e Capelinha; lagoano município de Capelinha; localidade no município de Itamarandiba; ribeirão nos municípios de Aricanduva e Capelinha; → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Pará de Minas; povoado no município de Itabira.→ Vale do Mucuri– córrego no município de Ladainha → Noroeste– córrego nos municípios de Buritis e Unaí; fazenda no município de Presidente Olegário. → Norte– córrego no município de Grão Mogol; fazenda no município de Porteirinha; rio no município de Montes Claros. → Oeste– 716 fazenda no município de Pains. → Vale do Rio Doce– córrego,fazenda e povoado no município de Nacip Raydan;localidade no município de Antônio Dias e Peçanha. → Sul/Sudoeste– cidade de São Lourenço; córrego no município de Fortaleza de Minas; fazenda nos municípios de Santana da Vargem e São Bento do Abade; ribeirão nos municípios de Carmo de Minas e São Lourenço; rio no município de Marmelópolis.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego nos municípios de Arapuã, Carmo do Paranaíba e São Gotardo; fazenda nos municípios de Ituiutaba, Prata, Uberaba e Santa Rosa da Serra; lagoa no município de Patos de Minas; ribeirão nos municípios de Ituiutaba e Prata → Zona da Mata– córrego nos municípios de Amparo do Serra, Antônio Prado de Minas, Barão do Monte Alto, Belmiro Braga, Coimbra, Eugenópolis, Lajinha, Raul Soares, Rio Pomba, Rio Preto, Santa Bárbara, Senhora de Oliveira; fazenda nos municípios de Antônio Prado de Minas, Dom Silvério, Eugenópolis, Miraí, Pequeri, Santa Bárbara, Santa Rita do Jacutinga, São Lourenço e Rio Preto; localidade nos municípios de Amparo do Serra, Antônio Prado de Minas, Araponga, Cajuri, Coimbra, Itamarati, Paiva, Raul Soares, Senhora de Oliveira;ribeirão nos municípios de Abre Campo, Araponga, Estrela Dalva, Itamarati de Minas, Leopoldina, Raul Soares e Rio Preto; rio no município de Jequeri; serra no município de Araponga; serra no município de Rio Preto.• 81 ocorrências. Nota: O topônimo São Lourenço aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (2 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO LOURENÇO, DE– Nomeia → Noroeste– lagoanos municípios de São Gonçalo do Abaeté e Varjão de Minas. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– serra no município de Prata• 3 ocorrências• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DA ESTIVA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Ituiutaba e Prata• 2 ocorrências• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DE BAIXO– Nomeia → Vale do Rio Doce– córregoe povoado no município de Nacip Raydan. → Zona da Mata– localidade nos municípios de Antônio Dias e Eugenópolis• 4 ocorrências• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DE CIMA– Nomeia → Vale do Rio Doce– córregoe povoado no município de Nacip Raydan• 2 ocorrências• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DO ESCURO– Nomeia → Vale do Rio Doce– vila nos municípios de Iapu e Bugre• 2ocorrências• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DO FUNIL – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Rio Preto• 1 ocorrência• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DO FRANCO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Ituiutaba e Prata• 2 ocorrências• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DO LAURIANO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Ituiutaba• 1 ocorrência • Ver: São Lourenço. 717 SÃO LOURENÇO DO MEIO – Nomeia → Vale do Rio Doce–povoado no município de Nacip Raydan• 1 ocorrência• Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DO MONJOLINHO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Ituiutaba• 1 ocorrência • Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DO PINHAL– Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Serrania• 1 ocorrência • Ver: São Lourenço. SÃO LOURENÇO DO RETIRO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Ituiutaba• 1 ocorrência • Ver: São Lourenço. 718 FIGURA 53 – Carta Toponímica XXXVII: Distribuição do topônimo São Lourenço em municípios mineiros. 719 SÃO LUCAS – Nomeia → Metropoliana de BH– córrego no município de Belo Horizonte. → Norte – córrego no município de Rio Pardo de Minas. → Vale do Rio Doce– córregoe povoado no município de Mendes Pimentel; ribeirão e localidade no município de São Félix de Minas. • 6 ocorrências. SÃO LUCIANO – Nomeia → Norte– morro no município de Montes Claros. • 1 ocorrência. SÃO LUÍS – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Serra da Saudade. → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Almenara, Itamarandiba, Medina, Minas Nova e Rubim; fazenda nos municípios de Almenara, Itamarandiba, Jacinto e Medina; localidade no município de Santo Antônio do Jacinto.→ Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de Mariana. → Oeste– fazenda no município de Candeias. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Aimorés, Conceição de Ipanema, Divino das Laranjeiras e Santa Rita do Itueto; fazenda nos municípios Aimorés e Virginópolis; localidade no município de Guanhães. → Sul/Sudoeste– córrego nos municípios de Carmo de Minas e Machado; fazenda nos municípios de Delfim Moreira, Fama, Machado, Minduri, Ouro Fino, São Tomás de Aquino e Três Corações; povoado no município de Jacutinga; sítio no município de Senador José Bento. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego no município de Patos de Minas; fazenda nos municípios de Campo Florido, Capinópolis, Conquista, Fronteira, Frutal, Gurinhatã, Ituiutaba, Sacramento, Santa Vitória, Serra do Salitre, Tapira e Uberaba; sítio no município de Uberaba. → Zona da Mata– córrego nos municípios de Goianá, Mar de Espanha, Piau, Rio Preto e Santa Bárbara; fazenda nos municípios de Além Paraíba, Argirita, Barra Longa, Goianá, Juiz de Fora, Piau, Rio Preto, Santana do Deserto, Santa Bárbara e Simão Pereira; localidade nos municípios de Canaã, Guarani, Manhuaçu e Mar de Espanha; ribeirão nos municípios de Luisburgo e Manhuaçu. • 66 ocorrências• Ver: São Luiz. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 1ª metade do século XIX (3 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (3 ocorrências). SÃO LUÍS, DE – Nomeia → Vale do Rio Doce– fazenda no município de Virginópolis• 1 ocorrência • Ver: São Luís e São Luiz. SÃO LUÍS DA PEDRA – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de Cristina• 1 ocorrência • Ver: São Luís e São Luiz. SÃO LUÍS DO BUGRE – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Aimorés e Santa Rita do Itueto; povoado no município de Aimorés• 3 ocorrências• Ver: São Luís e São Luiz. SÃO LUIZ – Nomeia → Noroeste – fazenda no município de Paracatu.→ Zona da Mata – fazenda no município de Leopoldina; serra no município de Divino.• 3 ocorrências• Ver: São Luís. 720 FIGURA 54 – Carta Toponímica XXXVIII: Distribuição do topônimo São Luís em municípios mineiros. 721 SÃO MANOEL – Nomeia → Vale do Rio Doce– fazenda no município de Governador Valadares.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Água Comprida e Conquista →Zona da Mata – córrego no município de Descoberto;fazenda no município de Silverânia; localidade nos municípios de Bicas e Dona Eusébia; ribeirãono município de Bicas.rio no município de Alto Rio Doce.• 8 ocorrências• Ver: São Manuel. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO MANOEL, DE – Nomeia → Vale do Rio Doce– ilhano município de Governador Valadares.• 1 ocorrência• Ver: São Manoel. SÃO MANOEL DO GUAIAÇU – Nomeia → Zona da Mata – localidade no município de Dona Eusébia.• 1 ocorrência • Ver: São Manoel eSão Manuel. SÃO MANUEL – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego no município de Caratinga, Governador Valadares e Mutum; rio no município de Mutum. → Sul/Sudoeste– córrego no município de Sacramento; rio no município de Arceburgo. → Zona da Mata – córrego no município de Rio Pomba; fazenda nos municípios de Descoberto, Recreio, Santana do Deserto e Silverânia;localidade nos municípios de Descoberto e Rio Novo; povoado no município de Senador Firmino; ribeirãono município de Lajinha.• 19 ocorrências• Ver: São Manoel. 722 FIGURA 55 – Carta Toponímica XXXIX: Distribuição do topônimo São Manoel em municípios mineiros. 723 SÃO MARCOS– Nomeia → Vale do Mucuri– fazenda nos municípios de Ataléia e Teófilo Otoni. → Noroeste – ribeirão no município de Paracatu; rio nos municípios de Paracatu e Unaí. → Norte – córrego nos municípios de Bocaiúva, Claro dos Poções, Coração de Jesus, Espinosa, Montes Claros e Montezuma; localidade no município de Bocaiúva. → Oeste – fazenda no município de Bom Sucesso. → Vale do Rio Doce – fazenda no município de Tumiritinga. → Sul/Sudoeste– ribeirãono município de Carmo da Cachoeira.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Campo Florido → Zona da Mata – córrego no município de Pequeri; fazenda no município de Santana do Deserto.• 18 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (4 ocorrências). SÃO MARINHO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– sítiono município de Santa Luzia• 1 ocorrência. SÃO MARTINHO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda no município de Carangola; localidade no município de Raul Soares; povoado no município de Leopoldina.• 3 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência). SÃO MATEUS – Nomeia → Central Mineira–ribeirão nos municípios de Estrela do Indaiá e Luz. → Jequitinhonha–fazenda no município de Araçuaí→ Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda nos municípios de Jeceaba e São Sebastião do Rio Preto; povoado e ribeirão no município de Jeceaba.→ Vale do Mucuri–córrego no município de Nanuque;fazenda nos municípios de Ataléia, Frei Gaspar e Teófilo Otoni;povoado no município de Frei Gaspar;rio nos municípios de Ataléia e Frei Gaspar. → Noroeste–fazenda nos municípios de Brasilândia de Minas e João Pinheiro → Oeste–fazenda no município de Santo Antônio do Amparo. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Ipanema, Peçanha e Pocrane; fazenda no município de Itambacuri; localidade nos municípios de Açucena, Belo Oriente, Governador Valadares, Itambacuri e Peçanha; povoado no município de Ipanema; rio no município de Itambacuri.→ Sul/Sudoeste – fazenda no município de Cabo Verde.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–córrego nos municípios de Comendador Gomes e Frutal; fazenda nos municípios de Comendador Gomes, Frutal, Ibiá, Itapegipe,Lagoa Formosa e Serra do Salitre;localidade no município de Frutal; ribeirão nos municípios de Comendador Gomes, Frutal, Ibiá, Itapegipe.→ Zona da Mata – córrego nos municípios de Divinésia, Guaraciaba, Juiz de Fora, Oratórios, Paula Cândido, Ponte Nova e Recreio; fazenda nos municípios de Faria Lemos, Juiz de Fora e Recreio;localidade nos municípios de Guaraciaba e Recreio; ribeirão nos municípios de Faria Lemos e Juiz de Fora; rio nos municípios de Paula Cândido e Simonésia.• 58 ocorrências• Ver: São Mateuzinho. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências). SÃO MATEUS II – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Ibiá.• 1 ocorrência • Ver: São Mateus. SÃO MATEUS DE BAIXO – Nomeia → Zona da Mata–localidade no município de Paula Cândido• 1 ocorrência • Ver: São Mateus. 724 SÃO MATEUS DE CIMA – Nomeia → Vale do Rio Doce–povoado no município de Mendes Pimentel.→ Zona da Mata–localidade no município de Paula Cândido.• 2 ocorrências• Ver: São Mateus. SÃO MATEUS DE JOÃO DE DEUS – Nomeia → Vale do Rio Doce–fazenda no município de Ataléia.• 1 ocorrência • Ver: São Mateus. SÃO MATEUS DE MINAS – Nomeia → Sul/Sudoeste –vila no município de Camanducaia.• 1 ocorrência • Ver: São Mateus. SÃO MATEUS DE SEBASTIÃO MATOS – Nomeia → Vale do Rio Doce–fazenda no município de Ataléia.• 1 ocorrência • Ver: São Mateus. SÃO MATEUS PEQUENO – Nomeia → Sul/Sudoeste–córrego nos municípios de Cabo Verde e Muzambinho; ribeirão no município de Cabo Verde.• 3 ocorrências• Ver: São Mateus. SÃO MATEUZINHO – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–córrego e fazenda no município de Ibiá.• 2 ocorrências• Ver: São Mateus. 725 FIGURA 56 – Carta Toponímica XL: Distribuição do topônimo São Mateus em municípios mineiros. 726 SÃO MATIAS – Nomeia → Norte– riacho nos municípios de Brasilândia de Minas, Cônego Marinho, Montalvânia; fazenda no município de Luislândia → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Governador Valadares e Nacip Raydan; localidadee fazenda no município de Nacip Raydan. → Zona da Mata – córrego nos municípios de Ervália e Guarani; ribeirão nos municípios Araponga e Ervália.• 15 ocorrências. SÃO MIGUEL – Nomeia → Campo das Vertentes–fazenda e ribeirãono município de Ritápolis. → Central Mineira–fazenda no município de Pompéu; morro no município de Augusto de Lima. → Jequitinhonha–córrego nos municípios de Diamantina e Itamarandiba; fazenda nos municípios de Diamantina e Joaíma; localidade no município de Jenipapo de Minas; ribeirão no município de Novo Cruzeiro;rio nos municípios de Jequitinhonha e Joaíma; sítio no município de Itamarandiba.→ Metropolitana de Belo Horizonte–córrego nos municípios de Barão de Cocais e Catas Altas da Noruega. → Vale do Mucuri–córrego nos municípios de Ataléia, Poté e Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Ataléia, Malacacheta e Poté;povoado no município de Poté; vila no município de Ataléia. → Noroeste–fazenda nos municípios de Buritis, João Pinheiro e Unaí; ribeirão nos municípios de Buritis, Unaí e Uruana de Minas; rio nos municípios de Arinos e Uruana de Minas → Norte–córrego nos municípios de Bocaiúva, Cristália, Fruta de Leite e Salinas; fazenda nos municípios de Coração de Jesus, Fruta de Leite, Porteirinha e Salinas; localidade nos municípios de Bocaiúva, Fruta de Leite e Salinas; riacho nos municípios de Pintópolis e São Francisco;rio nos municípios de Riachinho, São Francisco e São Romão; serra no município de Bocaiúva. → Oeste–fazenda nos municípios de Camacho, Campo Belo, Candeias, Ibituruna, Iguatama e Pimenta; ribeirão nos municípios de Campo Belo e Candeias; rio nos municípios de Arcos, Iguatama e Pains. → Vale do Rio Doce –córrego no município de Nova Belém; fazenda nos municípios de Governador Valadares e Nova Belém; localidade no município de São José do Jacuri. → Sul/Sudoeste–córrego nos municípios de Andrelândia, Botelhos e Poço Fundo; fazenda nos municípios de Andrelândia, Botelhos, Campestre, Minduri, Passa Quatro, Poço Fundo. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–córregoe fazenda no município de Araguari.→ Zona da Mata–córrego nos municípios de Oratórios, Ponte Nova, Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde; fazenda nos municípios de Lajinha, Matias Barbosa, Oratórios, Ponte Nova e São Miguel do Anta; localidade no município de Rio Preto e São João Nepomuceno. • 85 ocorrências• Ver: São Miguelzinho. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (10 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (7 ocorrências). SÃO MIGUEL, DE – Nomeia → Campo das Vertentes–serra nos municípios de Resende Costa e Ritápolis.• 2 ocorrências• Ver: São Miguel. SÃO MIGUEL DO ANTA – Nomeia → Zona da Mata–cidade de São Miguel do Anta.• 1 ocorrência • Ver: São Miguel. SÃO MIGUEL DO SETÚBAL – Nomeia → Jequitinhonha–fazenda no município de Jenipapo de Minas• 1 ocorrência • Ver: São Miguel. 727 SÃO MIGUEL SETÚBAL – Nomeia → Jequitinhonha–fazenda no município de Minas Novas• 1 ocorrência • Ver: São Miguel. SÃO MIGUELZINHO – Nomeia → Jequitinhonha–córrego nos municípios de Joaíma e Monte Formoso; lagoa no município de Joaíma; localidade no município de Monte Formoso.•4 ocorrências• Ver: São Miguel. 728 FIGURA 57 – Carta Toponímica XLI: Distribuição do topônimo São Miguel em municípios mineiros. 729 SÃO MODESTO– Nomeia → Norte– córrego no município de Montezuma • 1 ocorrência. SÃO NICOLAU– Nomeia → Jequitinhonha– córrego no município de Diamantina. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de São Domingos do Prata. → Vale do Mucuri– fazenda no município de Carlos Chagas. → Vale do Rio Doce– córrego, fazenda e ribeirão no município de São João Evangelista. → Zona da Mata– córrego no município de Brás Pires • 7 ocorrências. SÃO NOBERTO– Nomeia → Norte – povoado no município de Engenheiro Caldas • 1 ocorrência. SÃO PAULINO – Nomeia → Vale do Rio Doce – fazenda e povoado no município de Resplendor• 2 ocorrências. SÃO PAULINHO – Nomeia → Vale do Mucuri –povoado no município de Teófilo Otoni → Vale do Rio Doce – fazenda e povoado no município de Galiléia. → Zona da Mata – córrego nos municípios de Carangola e Fervedouro• 5 ocorrências• Ver: São Paulo. SÃO PAULO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– lagoa no município de Belo Horizonte → Noroeste – fazenda e localidade no município de Formoso. → Norte – cachoeira no município de Pintópolis. → Oeste – fazenda no município de Aguanil. → Vale do Mucuri – fazenda no município de Ladainha → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Dom Cavati e Itanhomi; fazenda, lagoa, povoado e ribeirão no município de Galiléia. → Sul/Sudoeste– córrego no município de Três Corações; fazenda no município de Machado ribeirão nos municípios de Dom Cavati, e Itanhomi;.→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Uberlândia. → Zona da Mata – córrego nos municípios de Caiana, Matias Barbosa, Santa Margarida e Santana do Deserto; fazenda nos municípios de Caiana, Matias Barbosa e Simão Pereira; localidade no município de Santa Margarida; povoado no município de Dom Silvério• 24 ocorrências• Ver: São Paulinho. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO PAULO, DE – Nomeia → Vale do Rio Doce – ribeirão nos municípios de Jacutinga e Itanhomi; serra nos municípios de Albertina, Guapé e Jacutinga • 5 ocorrências• Ver: São Paulo. SÃO PAULO DE ODILON DE SOUZA– Nomeia → Vale do Rio Doce – fazenda no município de Galiléia• 1 ocorrência• Ver: São Paulo. SÃO PAULO PEQUENO – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego, fazenda e povoado no município de Galiléia• 3 ocorrências• Ver: São Paulo. 730 FIGURA 58 – Carta Toponímica XLII: Distribuição do topônimo São Paulo em municípios mineiros. 731 SÃO PEDRO – Nomeia → Campo das Vertentes– córrego nos municípios de Carandaí e Santa Bárbara do Tugúrio. → Central Mineira– córrego no município de Abaeté; fazenda nos municípios de Abaeté e Estrela do Indaiá → Jequitinhonha– córrego nos municípios de Cachoeira do Pajeú, Diamantina e Itamarandiba; fazenda nos municípios de Aricanduva, Caraí, Diamantina e Itamarandiba; localidade no município de Itamarandiba; rio nos municípios de Medina e Jequitinhonha. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Esmeraldas, Santa Maria de Itabira, Santana dos Montes, Santo Antônio do Rio Abaixo e São Gonçalo do Rio Abaixo; fazenda nos municípios de Esmeraldas, Nova União, Santo Antônio do Rio Abaixo, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José da Varginha; povoado nos municípios de Santa Maria de Itabira e Santana dos Montes. → Vale do Mucuri– córrego nos municípios de Catuji, Itaipé, Malacacheta e Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Franciscópolis, Malacacheta, Teófilo Otoni; localidade nos municípios de Catuji e Franciscópolis; povoado nos municípios de Itaipé e Malacacheta; sítio no município de Teófilo Otoni. → Noroeste– córrego no município de Formoso; fazenda no município de Paracatu; ribeirão nos municípios de Paracatu e Unaí.→ Norte– córrego no município de Salinas; fazenda nos municípios de Buritizeiro, Janaúba, Montalvânia, Rio Pardo de Minas e São João do Paraíso; localidade no município de São João do Paraíso; riacho no município de Varzelândia; ribeirão no município de Januária; rio nos municípios de Espinosa e Rio Pardo de Minas → Oeste– córrego nos municípios Carmo do Cajuru, Cristais e São Sebastião do Oeste;fazenda nos municípios de Bambuí e Carmo do Cajuru; ribeirão nos municípios de Campo Belo e São Sebastião do Oeste → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Água Boa, Central de Minas, Conselheiro Pena, Coroaci, Governador Valadares, Ipanema, José Raydan, Mantena, Nova Belém, Resplendor, Taparuba;fazendaÁgua Boa, Coluna, Conselheiro Pena, Coroaci, Galiléia, Governador Valadares, Ipanema, Resplendor, São Geraldo do Baixio, Virginópolis; localidade nos municípios de Açucena, Caratinga, José Raydan, Pescador, Santa Maria do Suaçuí, Taparuba; povoado nos municípios de Governador Valadares, Inhapim, Ipanema e Nova Módica; ribeirão nos municípios de Coroaci, Governador Valadares, Nova Módica e Pescador. → Sul/Sudoeste– córrego nos municípios de Alterosa, Aiuruoca, Baependi, Campanha, Carmo de Minas, Congonhal, São João da Mata; fazenda nos municípios de Aiuruoca, Alfenas, Baependi, Cambuí, Capetinga, Carmo de Minas, Cássia, Itajubá, Piranguçu, Ouro Fino, São João da Mata, Sapucaí- Mirim, ribeirão nos municípios de Boa Esperança, Caldas, Campos Gerais, Capetinga, Cássia, Espírito Santo do Dourado, Santana da Vargem, São Bento do Abade; rio no município de Baependi; serra no município de Bom Jardim de Minas→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– chácarano município de Campo Florido, córrego no município de Iturama, Perdizes, Uberaba e Uberlândia;fazenda no município de Conceição das Alagoas, Iturama, Prata e Sacramento;ribeirãono município de Nova Ponte, Sacramento e Uberaba.→ Zona da Mata– córrego nos municípios de Alto Caparaó, Alto Rio Doce, Barão do Monte Alto, Caparaó, Chiador, Coronel Pacheco, Divino, Juiz de Fora, Leopoldina, Oratórios, Ponte Nova, Pedra do Anta, Santa Rita do Jacutinga, Simonésia; fazenda nos municípios de Cajuri, Cataguases, Coronel Pacheco, Laranjal, Leopoldina, Muriaé, Oratórios, Patrocínio, Pedro Teixeira, Pequeri, Ponte Nova, Santa Rita do Jacutinga, Santana de Cataguases e Volta Grande; localidade nos municípios de Além Paraíba, Argirita, Barão do Monte Alto, Brás Pires, Chiador, Divino, Leopoldina, Piau, Santana de Cataguases, Simonésia e Ubá; ribeirão nos municípios de Pedro Teixeira e Pequeri; serra nos municípios de Divino e Orizânia.• 180 ocorrências • Ver: São Paulo. 732 Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (5 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (4 ocorrências). SÃO PEDRO, DE – Nomeia → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Delfim Moreira; ribeirão no município de Ouro Fino→ Zona da Mata – córrego no município de São José do Mantimento. • 3 ocorrências• Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DA ÁGUA LIMPA – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Galiléia e São Geraldo do Baixio• 2 ocorrências• Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DA GARÇA – Nomeia → Norte – vila no município de Montes Claros • 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DA PONTE FIRME – Nomeia → Noroeste– localidade no município de Galiléia • 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DA UNIÃO – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São Pedro da União• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Ibiá• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DE BAIXO – Nomeia → Zona da Mata– córrego no município de Pedra do Anta• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DE CALDAS – Nomeia → Sul/Sudoeste– vila no município de Caldas• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DE CIMA – Nomeia → Jequitinhonha– córrego no município de Cachoeira do Pajeú. → Norte – córrego no município de Salinas• 2 ocorrências• Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DO AVAÍ – Nomeia → Zona da Mata– vila no município de Manhuaçu • 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DO GLÓRIA – Nomeia → Zona da Mata– localidade e vila no município de Carangola • 2 ocorrências • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DO JEQUITINHONHA – Nomeia → Jequitinhonha– vila no município de Jequitinhonha • 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DO PESCADOR – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego no município de Pescador• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DO TAPERÃO – Nomeia → Vale do Rio Doce –povoado no município de Governador Valadares• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. 733 SÃO PEDRO DO TAQUÁ – Nomeia → Zona da Mata–fazenda e localidade no município de Rio Preto• 2 ocorrências• Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DO TONAR – Nomeia → Vale do Rio Doce –fazenda no município de Água Boa• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DO SUAÇUÍ – Nomeia → Vale do Rio Doce –cidade de São Pedro do Suaçuí; fazenda nos municípios de Governador Valadares e Peçanha• 3 ocorrências• Ver: São Pedro. SÃO PEDRO DOS FERROS – Nomeia → Zona da Mata– cidade de São Pedro dos Ferros• 3 ocorrências• Ver: São Pedro. SÃO PEDRO ITIMIRIM – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de Rio Vermelho• 1 ocorrência • Ver: São Pedro. 734 FIGURA 59 – Carta Toponímica XLIII: Distribuição do topônimo São Pedro em municípios mineiros. 735 SÃO PIO – Nomeia → Jequitinhonha– córregoe fazenda nos municípios de Aricanduba e Itamarandiba; localidade no município de Itamarandiba • 5 ocorrências. SÃO RAFAEL – Nomeia → Vale do Mucuri – fazenda no município de Teófilo Otoni • 1 ocorrência. SÃO RAIMUNDO – Nomeia → Jequitinhonha – córrego no município de Itaobim • 1 ocorrência. SÃO RICARDO – Nomeia → Vale do Rio Doce – fazenda no município de Santa Rita do Itueto • 1 ocorrência. SÃO ROBERTO – Nomeia → Jequitinhonha – fazenda nos municípios de Berilo e José Gonçalves de Minas; localidade no município de Gouveia → Norte – povoado no município de Coração de Jesus → Zona da Mata – córrego, fazendae sítiono município de Santa Rita do Itueto • 7 ocorrências. SÃO ROMÃO – Nomeia → Norte – cidade de São Romão; fazenda nos municípios de Salinas e Santa Cruz de Salinas; localidade no município de Salinas → Zona da Mata – córrego e localidade no município de Abre Campo • 6 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (3 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (6 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO ROQUE – Nomeia → Jequitinhonha –fazenda nos municípios de Jenipapo de Minas; ribeirão nos municípios de Itaobim e Medina.→ Metropolitana de Belo Horizonte –fazenda no município de Esmeraldas. → Norte – localidade nos municípios de Verdelândia e Montezuma; sítio no município de Verdelândia; vereda no município de Buritizeiro.→ Vale do Mucuri – córrego e fazenda no município de Teófilo Otoni; povoado no município de Ouro Verde de Minas. → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Conselheiro Pena, Mutum e Santa Rita do Itueto; localidade no município de Mutumpovoado nos municípios de Conselheiro Pena e Santa Rita do Itueto; serra no município de Mutum.→ Sul/Sudoeste – fazenda nos municípios de Bom Jardim de Minas, Machado e Munhoz.→ Zona da Mata – córrego nos municípios de Caiana, Carangola, Fervedouro e Palma; fazenda nos municípios de Bicas, Caiana, Caputira e Manhuaçu; localidade nos municípios de Cajuri, Carangola e Coimbra; ribeirão nos municípios de Paula Cândido. • 38 ocorrências. SÃO ROQUE DE MINAS– Nomeia → Oeste– cidade de São Roque de Minas• 1 ocorrência • Ver: São Roque. 736 FIGURA 60 – Carta Toponímica XLIV: Distribuição do topônimo São Roque em municípios mineiros. 737 SÃO SABINO – Nomeia → Zona da Mata – córrego e localidade no município de Abre Campo • 2 ocorrências. SÃO SABINO, DE– Nomeia → Zona da Mata – serra nos municípios de Abre Campo e Raul Soares• 2 ocorrências• Ver: São Sabino. SÃO SALVADOR – Nomeia → Vale do Mucuri– fazenda no município de Teófilo Otoni → Zona da Mata– fazenda no município de Caparaó • 2 ocorrências. SÃO SEBASTIÃO – Nomeia → Campo das Vertentes– fazenda nos municípios de Carrancas, Piedade do Rio Grande e São João Del Rey→ Central Mineira– fazenda no município de Curvelo → Jequitinhonha– fazenda nos municípios de Almenara e Jacinto; vila no município de Chapada do Norte. → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego nos municípios de Caeté, Cristiano Otoni e Onça do Pitangui; fazenda nos municípios de Cristiano Otoni, Lagoa Santa, Mateus Leme, Onça do Pitangui, Pará de Minas, Prudente de Morais, Rio Vermelho e Sete Lagoas; sítio no município de Congonhas. → Vale do Mucuri–córrego nos municípios de Bertópolis, Itaipé e Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Ataléia, Itaipé, Ladainha, Malacacheta, Novo Oriente de Minas e Teófilo Otoni; localidade no município de Novo Oriente de Minas; povoado no município de Teófilo Otoni.→ Noroeste– fazenda no município de Unaí; localidade no município de Paracatu. → Norte– fazenda nos municípios de Buritizeiro, Ibiaí, Manga, Matias Cardoso e Monte Azul; localidade nos municípios deItacarambi e Manga.→ Oeste– córrego no município de Passa Tempo; fazenda nos municípios de Bambuí e Santo Antônio do Amaparo. → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Itanhomi, Pocrane, São João do Oriente, Tumiritinga e Ubaporanga; fazenda nos municípios de Conceição de Ipanema, Córrego Novo, Conselheiro Pena, Itanhomi, Mendes Pimentel, Sabinópolis e Tumiritinga;lagoa no município de Santa Rita do Itueto;localidade nos municípios de Guanhães e Mendes Pimentel; povoado nos municípios de Governador Valadares e São João do Oriente→ Sul/Sudoeste–córrego nos municípios de Gonçalves e São João da Mata;fazenda nos municípios de Andrelândia, Baependi, Cássia, Campos Gerais, Carmo da Cachoeira, Carmo do Rio Claro, Carvalhos, Caxambu, Conceição do Rio Verde, Delfinópolis, Espírito Santo do Dourado, Extrema, Itapeva, Jacuí, Monte Santo de Minas, Natércia, Passos, Pouso Alegre, Santana da Vargem, São Bento do Abade, São João da Mata, São José do Alegre, São Thomé das Letras e Três Pontas;povoado no município de Jacutinga;sítio no município de São José da Barra. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego nos municípios de Ibiá e Monte Alegre de Minas; fazenda nos municípios de Campina Verde, Campo Florido, Campos Altos, Conquista, Gurinhatã, Ituiutaba, Iturama, Monte Alegre de Minas, Matutina, Perdizes e Pratinha, Uberaba, Uberlândia e Tiros;localidade no município de Nova Ponte;povoado no município de Indianópolis → Zona da Mata – córrego nos municípios de Durandé, Lamim, Manhuaçu,Rio Novo e Volta Grande; fazenda nos municípios de Argirita, Barra Longa, Chalé, Divinésia, Durandé, Guarani, Lamim, Manhuaçu, Manhumirim, Rochedo, Senador Cortes, Simão Pereira e Volta Grande; povoado no município de Miraí; sítio no município de Simão Pereira.• 126 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (6 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (12 ocorrências). 738 SÃO SEBASTIÃO, DE– Nomeia → Oeste – fazenda no município de Bom Sucesso • 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA BARRA – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Marilac → Zona da Mata – córrego e povoado no município de Santos Dumont • 3 ocorrências • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA BELA VISTA – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São Sebastião da Bela Vista• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA BOA ESPERANÇA – Nomeia → Zona da Mata – fazenda no município de Senador Firmino • 1 ocorrência• Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DA ESTRELA – Nomeia → Oeste– povoado no município de Santo Antônio do Amparo• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA JESSA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Ibiá• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA MORADA – Nomeia → Central Mineira– córrego no município de Abaeté • 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA VALA – Nomeia → Vale do Rio Doce– vila no município de Aimorés • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA VARGEM GRANDE – Nomeia → Zona da Mata – fazenda no município de São Miguel do Anta • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DA VISTA ALEGRE – Nomeia → Zona da Mata – povoado nos municípios de Lima Duarte, Manhuaçu e Olaria • 3 ocorrências • Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DAS ÁGUAS CLARAS – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – povoado no município de Nova Lima • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DAS CAMPINAS – Nomeia → Campo das Vertentes – vila no município de Dores do Campo• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DAS PALMEIRAS – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade no município de Antônio Dias• 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DAS TRÊS BARRAS – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade no município de Taparuba; vila no município de Ipanema. • 2 ocorrências• Ver: São Sebastião. 739 SÃO SEBASTIÃO DE BRAÚNA – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Belo Oriente • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DE BAIXO – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade no município de Açucena • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DE MAQUINÉ – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Santa Luzia • 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO ANTA – Nomeia → Vale do Rio Doce – cidade de São Sebastião do Anta• 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO BAIXIO – Nomeia → Vale do Rio Doce– vila no município de Periquito• 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO BATATAL – Nomeia → Vale do Rio Doce – córrego e vila no município de Caratinga • 2 ocorrências• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO BARREIRO – Nomeia → Vale do Rio Doce – localidade nos municípios de Frei Inocêncio e Jampruca; vila nos municípios de Governador Valadares e Nova Módica → Zona da Mata – vila no município de Rio Preto • 5 ocorrências • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO BARREADO – Nomeia → Zona da Mata – vila no município de Belmiro Braga• 1 ocorrência • Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DO BARRO – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila no município de Iapu • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO BUGRE – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Coroaci; vila no município de Governador Valadares • 2 ocorrências• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO BURITI – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Água Comprida• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DO CAPIM – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– vila no município de Jaboticatubas• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO GIL – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – vila no município de Desterro de Entre Rios• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO MARANHÃO – Nomeia → Vale do Rio Doce – cidade de São Sebastião do Maranhão • 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO MONTE VERDE – Nomeia → Zona da Mata – povoado no município de Lima Duarte• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião 740 SÃO SEBASTIÃO DO OESTE – Nomeia → Oeste – cidade de São Sebastião do Oeste • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO – Nomeia → Norte– fazenda no município de Janaúba → Sul/Sudoeste – cidade de São Sebastião do Paraíso.• 2 ocorrências• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO PONTAL – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – vila no município de Iturama • 1 ocorrência • Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DO RIO PRETO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– cidade de São Sebastião do Rio Preto.• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DO RIO VERDE – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Itapegipe → Sul/Sudoeste– cidade deSão Sebastião do Rio Verde• 2 ocorrências• Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DO SACRAMENTO – Nomeia → Zona da Mata – vila no município de Manhuaçu• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DO SOBERBO – NomeiaZona da Mata – vila no município de Santa Cruz do Escalvado• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião SÃO SEBASTIÃO DO SOSSEGO – Nomeia → Campo das Vertentes– fazenda no município de Piedade do Rio Grande• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO DOS ÓCULOS – Nomeia → Vale do Rio Doce– vila no município de Caratinga → Zona da Mata – povoado no município de Raul Soares• 2 ocorrências• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO MOREIRA– Nomeia → Campo das Vertentes– vila no município de São João Del Rey• 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. SÃO SEBASTIÃO POÇÕES – Nomeia → Norte– vila no município de Manga • 1 ocorrência• Ver: São Sebastião. 741 FIGURA 61 – Carta Toponímica XLV: Distribuição do topônimo São Sebastião em municípios mineiros. 742 SÃO SERAFIM – Nomeia → Jequitinhonha – fazenda nos municípios de Aricanduva e Itamarandiba → Norte– córrego no município de Bocaiúva • 3 ocorrências. SÃO SEVERINO – Nomeia → Noroeste– fazenda no município de Guarda-Mor • 1 ocorrência. SÃO SILVÉRIO – Nomeia → Vale do Rio Doce– córregoe povoado nos municípios de Governador Valadares e Nova Módica • 4 ocorrências• Ver: Santo Silvério. SÃO SILVESTRE – Nomeia → Vale do Mucuri– fazenda no município de Ouro Verde de Minas→ Vale do Rio Doce – córrego e localidade no município de Caratinga→ Zona da Mata– fazenda no município de Rio Preto• 4 ocorrências. SÃO SIMÃO – Nomeia → Central Mineira– córrego no município de Japaraíba; fazenda nos municípios de Abaeté e Estrela do Indaiá; localidade no município de Abaeté → Jequitinhonha– localidade e serra no município de Rubim → Norte– localidade no município de Montezuma e Santo Antônio do Retiro → Oeste– córrego nos municípios de Bambuí e Cana Verde → Sul/Sudoeste – córrego e fazenda no município de Lambari→ Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Governador Valadares, Itueta e Resplendor; fazenda nos municípios de Pescador e Santa Rita do Itueto; povoado no município de Itueta e Resplendor • 19 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XIX (3 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO SIMÃO, DE – Nomeia → Jequitinhonha– serra nos municípios de Almenara e Jequitinhonha. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– cachoeirano município de Santa Vitória • 3 ocorrências • Ver: São Simão. SÃO SIMÃO DA MORADA – Nomeia → Central Mineira – fazenda no município de Abaeté • 1 ocorrência • Ver: São Simão. SÃO SIMÃO DA MORADA DE JOSÉ G. DA SILVA – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Abaeté • 1 ocorrência• Ver: São Simão. SÃO SIMÃO DE BAIXO – Nomeia → Central Mineira– fazendae localidade no município de Abaeté • 2 ocorrências • Ver: São Simão SÃO SIMÃO DE BAIXO DE ANTÔNIO L. ESTÊVÃO – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Abaeté• 1 ocorrência• Ver: São Simão. SÃO SIMÃO DE FRANCISCO A. MACHADO – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Abaeté• 1 ocorrência• Ver: São Simão. SÃO SIMÃO DE JOSÉ P. DA SILVA – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Abaeté• 1 ocorrência• Ver: São Simão. 743 SÃO SIMÃO DE JOSÉ P. DE CASTRO – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Abaeté• 1 ocorrência• Ver: São Simão. SÃO SIMÃO DE MÁRIO A. DE FARIAS – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Abaeté • 1 ocorrência • Ver: São Simão. 744 FIGURA 62 – Carta Toponímica XLVI: Distribuição do topônimo São Simão em municípios mineiros. 745 SÃO TEÓFILO – Nomeia → Zona da Mata– fazenda nos municípios de Rio Preto e Santa Bárbara do Monte Verde • 2 ocorrências. SÃO TIAGO – Nomeia → Campo das Vertentes – cidade de São Tiago → Jequitinhonha – córrego no município de Minas Novas; fazenda nos municípios de Angelândia e Minas Novas → Norte – fazenda nos municípios de Capitão Enéias, Francisco Sá, Janaúba, Rio Pardo de Minas e São João do Paraíso → Oeste – córrego e ribeirão no município de Bambuí → Zona da Mata– sítio no município de Divino • 12 ocorrências. • Ver: Santiago. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências). SÃO TIAGO DA NEBLINA – Nomeia → Zona da Mata– povoado no município de Divino• 1 ocorrência. 746 FIGURA 63 – Carta Toponímica XLVII: Distribuição do topônimo São Tiago em municípios mineiros. 747 SÃO TIMÓTEO – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Guanhães• 1 ocorrência. SÃO TOMÁS – Nomeia → Vale do Mucuri– fazenda no município de Teófilo Otoni → Noroeste– fazenda no município de Bonfinópolis. → Norte – fazenda no município de Santa de Fé de Minas. → Sul/Sudoeste – fazenda no município de São Tomás de Aquino. → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Prata • 5 ocorrências. SÃO TOMÁS DE AQUINO – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São Tomás de Aquino; fazenda no município de São Tomás de Aquino• 2 ocorrências• Ver: São Tomás. SÃO TOMÉ – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Estrela do Indaiá.→ Jequitinhonha– córrego no município de Medina. → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda e povoado no município de Cordisburgo→ Vale do Mucuri– fazenda nos municípios de Águas Formosas e Crisólita. → Norte– fazenda no município de Manga → Vale do Rio Doce– córrego e povoado nos municípios de Galiléia, Ipanema e Itueta; → Sul/Sudoeste– córrego nos municípios de São Thomé das Letras e Serrania; fazenda nos municípios de Campestre, Capetinga e Divisa Nova; ribeirão no município de Ibiraci; rio nos municípios de Machado e Serrania→ Zona da Mata– córrego nos municípios de Ponte Nova e Santa Cruz do Escalvado; fazenda nos municípios de Dom Silvério e Santa Cruz do Escalvado; localidade no município de Leopoldina; povoado e ribeirão no município de Dom Silvério• 29 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (2 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (3 ocorrências). SÃO TOMÉ, DE – Nomeia → Sul/Sudoeste – serra no município de São Thomé das Letras • 1 ocorrência• Ver: São Tomé. SÃO TOMÉ DO RIO DOCE – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila no município de Tumiritinga• 1ocorrência• Ver: São Tomé. SÃO THOMÉ DAS LETRAS – Nomeia → Sul/Sudoeste – cidade de São Thomé das Letras• 1 ocorrência• Ver: São Tomé. 748 FIGURA 64 – Carta Toponímica XLVIII: Distribuição do topônimo São Tomé em municípios mineiros 749 SÃO VENÂNCIO – Nomeia → Zona da Mata – córrego no município de Paula Cândido; localidade nos municípios de Cajuri, Paula Cândido e São Geraldo • 4 ocorrências. SÃO VENCESLAU – Nomeia → Jequitinhonha – fazenda no município de Santa Maria do Salto • 1 ocorrência. SÃO VICENTE – Nomeia → Central Mineira – córrego no município de Serra da Saudade; fazenda no município de Dores do Indaiá e Serra da Saudade; porto no município de Paineiras; ribeirão no município de Abaeté.→ Jequitinhonha– córrego no município de Coronel Murta;fazenda no município de Araçuaí, Jequitinhonha, Salto da Divisa, São Gonçalo do Rio Preto; lagoa nos municípios de Coronel Murta e Ponto dos Volantes → Metropolitana de Belo Horizonte– vila no município de Baldim; povoado no município de Santa Luzia. → Vale do Mucuri– fazenda no município de Teófilo Otoni→ Noroeste – fazenda, localidade, ribeirão e serra no município de Buritis→ Norte – córrego nos municípios de Itacarambi, Pirapora, Rio Pardo de Minas, Varzelândia e Verdelândia; fazenda nos municípios de Itacarambi, Porteirinha e Varzelândia; povoado no município de São João da Ponte. → Norte – fazenda no município de Bambuí; localidade no município de Cláudio. → Vale do Rio Doce – córrego nos municípios de Caratinga, Córrego Novo, Mantena;fazenda nos municípios de Caratinga e Imbé de Minas;povoado no município de Caratinga → Sul/Sudoeste – fazenda no município de São José da Barra e Guaxupé; ribeirão no município de Caraçu → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego nos municípios de Prata e Uberlândia;fazenda nos municípios de Água Comprida, Araguari, Conquista, Ituiutaba, Iturama, Limeira do Oeste, Prata, Uberlândia; morro e ribeirão no município de Ituiutaba. → Zona da Mata– córrego nos municípios de Abre Campo, Caparaó, Guiricema, Jequeri, Matipó, Pedra Bonita, Raul Soares, Recreio, São Pedro dos Ferros, Simonésia; fazenda nos municípios de Caparaó, Guiricema, Manhuaçu, Miraí, Reduto, Recreio, São Pedro dos Ferros; localidade nos municípios Abre Campo, Jequeri, Matipó e Simonésia; ribeirão nos municípios de Alto Rio Doce, Dores do Turvo, Paula Cândido, São Geraldo • 75 ocorrências• Ver: Santo Vicente. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (3 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (5 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SÃO VICENTE, DE– Nomeia → Sul/Sudoeste– ribeirão no município de São Gonçalo do Sapucaí • 1 ocorrência • Ver: São Vicente. SÃO VICENTE DA BARRA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Ituiutaba • 1 ocorrência • Ver: São Vicente. SÃO VICENTE DA ESTRELA – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila no município de Córrego Novo → Zona da Mata – córrego e vila no município de Raul Soares • 3 ocorrências • Ver: São Vicente. SÃO VICENTE DE BAIXO – Nomeia → Zona da Mata– localidade nos municípios de Paula Cândido e São Geraldo • 2 ocorrências • Ver: São Vicente. 750 SÃO VICENTE DE CIMA – Nomeia → Zona da Mata– localidade nos municípios de Paula Cândido e São Geraldo • 2 ocorrências • Ver: São Vicente. SÃO VICENTE DE MINAS – Nomeia → Sul/Sudoeste– cidade de São Vicente de Minas • 1 ocorrência• Ver: São Vicente. SÃO VICENTE DE PAULA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte – fazenda no município de Ferros; vila no município de Conselheiro Lafaiete• 2 ocorrências • Ver: São Vicente. SÃO VICENTE DO CAETÉ – Nomeia → Zona da Mata– córrego e localidade no município de São Pedro dos Ferros• 2 ocorrências • Ver: São Vicente. SÃO VICENTE DO GRAMA – Nomeia → Zona da Mata– vila no município de Jequeri • 1 ocorrência• Ver: São Vicente. 751 FIGURA 65 – Carta Toponímica XLIX: Distribuição do topônimo São Vicente em municípios mineiros. 752 SÃO VÍTOR – Nomeia → Vale do Rio Doce– fazenda nos municípios de Galiléia e Governador Valadares; vila no município de Governador Valadares• 3 ocorrências. SÃO VITORINO – Nomeia → Zona da Mata–córrego nos municípios de Dom Silvério e Sem Peixe; localidade no município de Dom Silvério• 3 ocorrências. Nomes de Santas SANT’ANA – Nomeia → Jequitinhonha –córrego nos municípios de Itinga e Joaíma. →Norte – povoado e ribeirão no município de Rio Pardo de Minas → Sul/Sudoeste – córrego no município de Olímpio Noronha; fazenda nos municípios de Olímpio Noronha, Passa Quatro e Turvolândia • 10 ocorrências • Ver: Santa Ana, Santa Aninha, Santana e Santaninha. SANTA ADELAIDE – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Uberaba • 1 ocorrência. SANTA ADÉLIA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Veríssimo • 1 ocorrência. SANTA ALDA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Além Paraíba • 1 ocorrência. SANTA AMÉLIA – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Araújos.→Metropolitana de Belo Horizonte –fazenda no município de São Brás do Suaçuí. →Oeste –fazenda e córrego no município de Oliveira. →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Tupaciguara. →Zona da Mata –córrego no município de Leopoldina; fazenda nos municípios de Mercês e Recreio • 8 ocorrências. SANTA ANA – Nomeia →Campo das Vertentes –fazenda no município de São João Del Rey. → Metropolitana de Belo Horizonte – córrego no município de Itabirito. → Vale do Rio Doce – povoado no município de Santa Rita do Itueto; vila no município de Aimorés• 4 ocorrências• Ver: Sant’ana, Santa Aninha, Santana e Santaninha. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 2ª metade do século XVIII (15 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (31 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (18 ocorrências). 753 FIGURA 66 – Carta Toponímica XLX: Distribuição do topônimo Santa Ana em municípios mineiros. 754 SANTA ANASTÁCIA – Nomeia →Vale do Rio Doce–córrego e fazenda no município de Aimorés• 2 ocorrências. SANTA ÂNGELA – Nomeia →Norte –fazenda nos municípios de Janaúba, Capitão Enéias e Francisco Sá• 3 ocorrências. SANTA ANGÉLICA – Nomeia →Vale do Rio Doce –córrego, fazenda e povoado nos municípios de Itueta e Santa Rita do Itueto • 6 ocorrências. SANTA APOLINÁRIA – Nomeia →Zona da Mata – córrego no município de Manhuaçu; fazenda nos municípios de Manhuaçu e Reduto • 3 ocorrências. SANTA ANINHA – Nomeia →Noroeste–córrego no município de João Pinheiro• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santana eSantaninha. SANTA APOLÔNIA – Nomeia →Jequitinhonha –fazenda nos municípios de Francisco Badaró e Jenipapo de Minas • 2 ocorrências. SANTA AUGUSTA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de São Sebastião do Paraíso • 1 ocorrência. SANTA BÁRBARA – Nomeia →Campo das Vertentes–fazenda nos municípios de Carrancas e Resende Costa. →Central Mineira –córrego no município de Quartel Geral; fazenda no município de Moema. →Jequitinhonha –córrego no município de Diamantina; fazenda e lagoa no município de Novo Cruzeiro. →Metropolitana de Belo Horizonte–cidade de Santa Bárbara; córrego no município de Pitangui; fazenda nos municípios de Santana do Pirapama e Pitangui; rio nos municípios de Bela Vista de Minas e Itabira. →Noroeste–córrego nos municípios de Buritis, Formoso, Paracatu e Unaí; ribeirão no município de Unaí. →Norte–fazenda nos municípios de Itacarambi, Manga e Verdelândia. →Oeste–fazenda no município de Moema; ribeirão nos municípios de Arcos e Formiga. →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Arcos, Itapecerica, Pedra do Indaiá e Santo Antônio do Monte. →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Careaçu, Cássia, Seritinga e Silvianópolis; ribeirão nos municípios de Guaranésia e Silvianópolis; rio no município de São Tomás de Aquino; sítio nos municípios de Seritinga e Silvianópolis. →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–córrego nos municípios de Coromandel, Estrela do Sul, Monte Carmelo, Romaria, Sacramento e Santa Juliana;fazenda nos municípios de Estrela do Sul,fazenda nos municípios de Campos Altos, Estrela do Sul, Gurinhatã, Monte Carmelo, Nova Ponte, Perdizes, Sacramento, Santa Juliana, Uberaba e Veríssimo;ribeirão nos municípios de Gurinhatã, Perdizes e Santa Vitória. →Vale do Mucuri–córrego nos municípios de Itaipé, Ladainha e Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Catuji, Itaipé, Malacacheta e Teófilo Otoni; povoado no município de Malacacheta; vila nos municípios de Catuji e Itaipé.→Vale do Rio Doce–córrego nos municípios de Mendes Pimentel, Nova Módica, Pocrane e São Félix de Minas; fazenda nos municípios de Aimorés, Governador Valadares e Mendes Pimentel; localidade no município de Belo Oriente e Mesquita; povoado nos municípios de Aimorés, Ipanema, Mendes Pimentel, Nova Modica e Pocrane; →Zona da Mata–córrego nos municípios de Guidoval, Leopoldina, Manhuaçu, Mar de Espanha, Miradouro, Santana de Cataguases, 755 Santana do Deserto, Senhora de Oliveira e Tombos; fazenda nos municípios de Além Paraíba, Leopoldina, Manhumirim, Rio Preto, Santa Bárbara do Monte Verde, Santana do Manhuaçu, São João Nepomuceno e Tombos; localidade nos municípios de Guidoval, Leopoldina, Mar de Espanha, Senhora de Oliveira e Rio Preto; povoado no município de Miradouro; ribeirão no município de Senhora de Oliveira; rio nos municípios de Juiz de Fora, Rio Preto eSanta Bárbara do Monte Verde; serra no município de Guidoval; vila no município de Miradouro.• 114 ocorrências• Ver: Santa Bárbara, de. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (5 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (4 ocorrências). SANTA BÁRBARA, DE – Nomeia →Sul/Sudoeste –serra no município de Sapucaí-Mirim• 1 ocorrência• Ver: Santa Bárbara. SANTA BÁRBARA DE AUGUSTO MELO – Nomeia →Central Mineira–fazenda no município de Quartel Geral• 1 ocorrência• Ver: Santa Bárbara. SANTA BÁRBARA DE BAIXO – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Guapé• 1 ocorrência• Ver: Santa Bárbara. SANTA BÁRBARA DE CIMA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Guapé • 1 ocorrência • Ver: Santa Bárbara. SANTA BÁRBARA DE ONOFRE DA SILVA – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Quartel Geral • 1 ocorrência• Ver: Santa Bárbara. SANTA BÁRBARA DO LESTE – Nomeia →Vale do Rio Doce–cidade de Santa Bárbara do Leste• 1 ocorrência• Ver: Santa Bárbara. SANTA BÁRBARA DO MONTE VERDE – Nomeia →Zona da Mata–cidade de Santa Bárbara do Monte Verde • 1 ocorrência• Ver: Santa Bárbara. SANTA BÁRBARA DO TUGÚRIO – Nomeia →Campo das Vertentes–cidade de Santa Bárbara do Tugúrio • 1 ocorrência • Ver: Santa Bárbara. 756 FIGURA 67 – Carta Toponímica XLXI: Distribuição do topônimo Santa Bárbara em municípios mineiros. 757 SANTA BRANCA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte–fazenda no município de Santana dos Montes. →Norte –fazenda no município de Varzelândia. • 2 ocorrências. SANTA BRÍGIDA – Nomeia →Jequitinhonha –fazenda no município de Novo Cruzeiro. • 1 ocorrência. SANTA CÂNDIDA – Nomeia →Noroeste–fazenda no município de Cabeceira Grande. →Sul/Sudoeste–fazenda no município de Jacutinga. →Zona da Mata –córrego no município de São João Nepomuceno • 3 ocorrências. SANTA CATARINA – Nomeia →Central Mineira –fazenda e localidade no município de Três Marias; →Jequitinhonha–córrego nos municípios de Capelinha, Turmalina e Veredinha; lagoa no município de Capelinha. →Metropolitana de Belo Horizonte–córrego no município de Itabira →Noroeste –fazenda nos municípios de Unaí e Paracatu; ribeirão nos municípios de Lagamar, Lagoa Grande e Vazante. →Norte –córrego no município de São Francisco →Oeste–sítiono município de Itapecerica→Vale do Rio Doce–córrego e fazenda no município de Governador Valadares; →Sul/Sudoeste –córrego no município de Botelhos; fazenda e serra no município de Campo do Meio →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –córrego no município de Patos de Minas; fazenda no município de Araguari; ribeirão no município de Patos de Minas →Zona da Mata – córrego nos municípios de Caiana, Cajuri, Manhuaçu e Viçosa; fazenda nos municípios de Bicas, Caiana, Manhuaçu, Manhumirim e Recreio • 34 ocorrências. Nota: O topônimo Santa Catarina aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XIX (3 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). 758 FIGURA 68 – Carta Toponímica XLXII: Distribuição do topônimo Santa Catarina em municípios mineiros. 759 SANTA CECÍLIA – Nomeia →Campos das Vertentes –fazenda no município de Barbacena; →Jequitinhonha –fazenda nos municípios de Capelinha e Francisco Badaró. →Metropolitana de Belo Horizonte –córrego no município de Belo Vale; fazenda nos municípios de Belo Vale e Sete Lagoa. →Norte –fazenda no município de Janaúba.→Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Minduri, São Tomás de Aquino e São Sebastião do Paraíso.→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –chácara no município de Uberaba; fazenda nos municípios de Arapuã, Cachoeira Dourada, Perdizes e Prata; →Zona da Mata –córrego no município de Guarani; fazenda nos municípios de Guarani, Iapu, Matias Barbosa e Santa Bárbara do Monte Verde • 20 ocorrências. SANTA CLARA – Nomeia →Campo das Vertentes–córrego nos municípios de Nepomuceno e Piedade do Rio Grande; fazenda nos municípios de Ibertioga e Piedade do Rio Grande→Central Mineira –fazenda no município de Cedro do Abaeté→Jequitinhonha–córrego nos municípios de Araçuaí e Itamarandiba;córrego nos municípios de Araçuaí, Itamarandiba, Joaíma e Pedra Azul;localidade nos municípios de Araçuaí e Pedra Azul. →Metropolitana de Belo Horizonte – córrego e fazenda nos municípios de Cristiano Otoni e Desterro de Entre Rios. →Noroeste – córrego no município de Cabeceira Grande. fazenda nos municípios de Cabeceira Grande e Paracatu; →Norte –córrego nos municípios de Espinosa, Grão Mogol e Mamona; localidade nos municípios de Coração de Jesus, Espinosa e Mamona→Oeste –fazenda nos municípios de Iguatama, Perdões e Santo Antônio do Monte →Sul/Sudoeste –córrego no município de Areado; fazenda nos municípios de Andradas, Bueno Brandão, Campanha, Campestre, Coqueiral, Ibituruna de Minas, Jacutinga, Machado e Serra nos; ribeirão nos municípios de Bocaina e Turvolândia. →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Uberaba e Veríssimo.→Vale do Mucuri–fazenda nos municípios de Bertópolis, Catuji, Crisólita e Itaipé. →Vale do Rio Doce –córrego nos municípios de Aimorés, Galiléia, Ipanema, José Raydan, Pocrane, São Sebastião do Maranhão e Taparuba; fazenda nos municípios de Conselheiro Pena, Cuparaque, Galiléia, José Raydan, Pocrane e Resplendor; povoado no município de Aimorés e Ipanema. →Zona da Mata –cabeceira no município de Lajinha; córrego nos municípios de Belmiro Braga, Carangola, Divinésia, Fervedouro, Lajinha, Palma, Pequeri, Santa Rita do Jacutinga; fazenda nos municípios de Belmiro Braga, Coronel Pacheco, Divinésia, Palma, Pedra Dourada, Pequeri, Santa Rita do Jacutinga, Senador Cortes, Simonésia, Tocantins, Ubá e Volta Grande; localidade nos municípios de Tocantins e Tombos; ribeirão no município de Santa Rita do Jacutinga.• 89 ocorrências • Ver: Santa Clara, de. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTA CLARA, DE– Nomeia →Campo das Vertentes–córrego no município de Ijaci.→Zona da Mata –serroteno município de Rio Preto e Santa Rita do Jacutinga; morro no município de Santa Rita do Jacutinga• 4 ocorrências • Ver: Santa Clara. 760 FIGURA 69 – Carta Toponímica XLXIII: Distribuição do topônimo Santa Clara em municípios mineiros. 761 SANTA CLÁUDIA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Tabuleiro • 1 ocorrência. SANTA CONSTÂNCIA– Nomeia →Vale do Rio Doce –córrego e fazenda no município de Ipanema • 2 ocorrências. SANTA CRISTINA – Nomeia →Zona da Mata –localidade nos municípios de Leopoldina e Recreio • 2 ocorrências. SANTA DEFINA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda e riacho no município de Belmiro Braga • 2 ocorrências • Ver: Santa Delvina. SANTA DEVINA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda e riacho no município de Rio Preto • 2 ocorrências • Ver: Santa Delfina. SANTA EDUIRGES – Nomeia →Sul/Sudoeste –riacho no município de Cambuquira• 1 ocorrência • Ver: Santa Edviges, Santa Edwigens, Santa Edwiges e Santa Edwirges. SANTA EDVIGES – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Machado• 1 ocorrência • Ver: Santa Eduirges, Santa Edwiges, Santa Edwigens, e Santa Edwirges. SANTA EDWIGES – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de São José da Barra• 1 ocorrência • Ver: Santa Eduirges,Santa Edviges, Santa Edwigens, e Santa Edwirges. SANTA EDWIGENS – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Uberaba• 1 ocorrência • Ver: Santa Eduirges, Santa Edviges, Santa Santa Edwiges, Edwigens e Santa Edwirges. SANTA EDWIGENS DA MATINHA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Uberaba • 1 ocorrência • Ver: Santa Edviges, Santa Eduirges, Santa Edwiges, Santa Edwigens e Santa Edwirges. SANTA EDWIRGES – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Santana da Vargem e São Bento do Abade →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Perdizes• 3 ocorrências• Ver: Santa Edviges, Santa Edwigens, Santa Edwiges e Santa Edwirges. SANTA EFIGÊNIA – Nomeia →Vale do Rio Doce–fazenda nos municípios de Galiléia e São Geraldo do Baixio; localidade no município de Caratinga→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – córrego,fazendae ribeirãono município de Uberaba→Zona da Mata –fazenda no município de Rio Preto; localidade nos municípios de Abre Campo, Caputira e Juiz de Fora • 10 ocorrências. SANTA EFIGÊNIA DE FIDELIS TEIXEIRA – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Quartel Geral • 1 ocorrência • Ver: Santa Efigênia. SANTA EFIGÊNIA DE JOSÉ R. DE SÁ – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Quartel Geral • 1 ocorrência • Ver: Santa Efigênia. 762 SANTA EFIGÊNIA DE MINAS – Nomeia →Vale do Rio Doce–cidade deSanta Efigênia de Minas• 1 ocorrência • Ver: Santa Efigênia. SANTA EFIGÊNIA DE ORLANDO S. RESENDE – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Quartel Geral• 1 ocorrência • Ver: Santa Efigênia. SANTA ELISA – Nomeia →Oeste–fazenda no município de Santo Antônio do Amparo.→Vale do Rio Doce –córrego e fazenda no município de Conselheiro Pena; povoado e ribeirão no município de Mutum; serra nos municípios de Conselheiro Pena, Ipanema e Mutum.→Sul/Sudoeste–córrego e ribeirão no município de Alfenas; fazenda no município de Monsenhor Paulo→Zona da Mata–fazenda no município de Leopoldina. • 12 ocorrências• Ver: Santa Eliza. SANTA ELIZA – Nomeia →Sul/Sudoeste–fazendado município de São José da Barra• 1 ocorrência • Ver: Santa Elisa. SANTA ELVIRA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Uberlândia • 1 ocorrência. SANTA ELSA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda do município de Guaxupé • 1 ocorrência • Ver: Santa Elza. SANTA ELZA – Nomeia →→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda do município de Uberaba • 1 ocorrência • Ver: Santa Elsa. SANTA EMÍLIA – Nomeia →Sul/Sudoeste–córrego e fazenda no município de Três Corações• 2 ocorrências. SANTA ERMÍNIA– Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Perdizes • 1 ocorrência • Ver: Santa Hermínia. SANTA ESMÉRIA – Nomeia →Sul/Sudoeste–córrego e fazenda no município de Guaxupé• 2ocorrências. SANTA EULÁLIA – Nomeia →Vale do Mucuri–fazenda no município de Poté• 1 ocorrência. SANTA FILOMENA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –fazenda no município de Inhaúma →Vale do Rio Doce –localidade no município de Ipanema →Vale do Mucuri –fazenda no município de Poté →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –sítiono município de Uberaba. →Zona da Mata –córrego no município de Paula Cândido; serra e vila no município de Santana do Manhuaçu. • 6 ocorrências. SANTA FRUTUOSA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte–fazenda no município de Funilândia• 1 ocorrência. 763 SANTA GABRIELA – Nomeia →Sul/Sudoeste–fazenda no município de Muzambinho. →Zona da Mata –fazenda no município de Pirapetinga• 2 ocorrências. SANTA GERTRUDES – Nomeia →Sul/Sudoeste –ribeirão no município de Liberdade. →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Uberaba e Veríssimo; ribeirão e rio no município de Veríssimo• 5 ocorrências• Ver: Santa Gertrude. SANTA GERTRUDE – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –ribeirão no município de Uberaba • 1 ocorrência • Ver: Santa Gertrudes. SANTA GLÓRIA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Sacramento• 1 ocorrência. SANTA GUILHERMINA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Três Pontas • 1 ocorrência. SANTA HELENA – Nomeia →Campo das Vertentes –fazenda e córrego no município de Resende Costa →Central Mineira–córrego no município de Corinto; fazenda nos municípios de Dores do Indaiá e Pompéu→Jequitinhonha–fazenda nos municípios de Almenara, Bandeira, Joaíma, Pedra Azul e Rubim; localidade no município de Pedra Azul→Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de Betim; fazenda nos municípios de Baldim, Juatuba, Mateus Leme e Santa Luzia; serra no município de Sete Lagoas→Vale do Mucuri–córrego no município de Ataléia; fazenda nos municípios de Ataléia e Carlos Chagas→Noroeste–fazenda nos municípios de Cabeceira Grande, João Pinheiro e Presidente Olegário→Norte –fazenda nos municípios de Francisco, Juramento e Juvenília →Oeste –córrego no município de Santo Antônio do Monte; fazenda nos municípios de Bom Sucesso, Ibituruna e Santo Antônio do Amparo →Vale do Rio Doce–córrego e povoado no município de Iapu; fazenda nos municípios de Água Boa, Divino das Laranjeiras, Governador Valadares, São João do Oriente, Mutum e Pescador; localidade no município de Bugre; ribeirão nos municípios de Galiléia, Governador Valadares e Nova Módica. →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Alterosa, Areado, Boa Esperança, Caxambu, Carmo de Minas, Conceição do Rio Verde, Cordislândia, Ibiraci, Poço Fundo, Serrania e Turvolândia; córrego no município de Carmo do Rio Claro; ribeirão no município de Aiuruoca→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –córrego no município de Conquista e Sacramento; fazenda nos municípios de Araguari, Patos de Minas, Prata e Uberlândia. →Zona da Mata –córrego nos municípios de Leopoldina, Matias Barbosa e Visconde do Rio Branco; fazenda nos municípios de Abre Campo, Além Paraíba, Antônio Prado de Minas, Cajuri, Ervália, Leopoldina, Matias Barbosa, Miraí, Muriaé, Palma, Patrocínio, Santo Antônio do Aventureiro e Simão Pereira; localidade nos municípios de Miraí, Muriaé e Visconde do Rio Branco • 82 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência). SANTA HELENA DE MINAS – Nomeia →Vale do Mucuri–cidade de Santa Helena de Minas• 1 ocorrência • Ver: Santa Helena. SANTA HELENA DO CEDRO – Nomeia →Vale do Rio Doce–fazenda no município de Governador Valadares• 1 ocorrência • Ver: Santa Helena. 764 FIGURA 70 – Carta Toponímica XLXIV: Distribuição do topônimo Santa Helena em municípios mineiros. 765 SANTA HELOÍSA – Nomeia →Campo das Vertentes–fazenda no município de São Tiago• 1 ocorrência. SANTA HERMÍNIA– Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Três Corações →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Perdizes • 2 ocorrências • Ver: Santa Ermínia. SANTA HILÁRIA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Santana do Manhuaçu • 1 ocorrência. SANTA INÊS – Nomeia →Campo das Vertentes –fazenda no município de Carrancas →Jequitinhonha –fazenda no município de Jequitinhonha →Metropolitana de Belo Horizonte – córrego e loteamento no município de Santa Luzia; fazenda no município de Bom Jesus do Amparo →Vale do Mucuri –fazenda no município de Ataléia →Noroeste –fazenda no município de Buritis →Oeste –fazenda no município de Cláudio →Vale do Rio Doce –fazenda no município de Aimorés →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Carmo de Minas, Carmo do Rio Claro e São Gonçalo do Sapucaí →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Frutal, Itapegipe, Uberaba e Veríssimo→Zona da Mata –fazenda no município de Santana do Manhuaçu →Zona da Mata –fazenda no município de Visconde do Rio Branco• 17 ocorrências. SANTA ISABEL – Nomeia →Campo das Vertentes –córrego no município de São João Del Rey →Central Mineira –córrego no município de Buenópolis →Jequitinhonha –córrego no município de Pedra Azul; ribeirão nos municípios de Palmópolis e Rio Pardo →Metropolitana de Belo Horizonte –córrego nos municípios de Betim, Jequitibá, Nova Era e São Domingos; fazenda no município de Casa Grande; ribeirão nos municípios de Esmeraldas, Florestal e Santana do Pirapama →Vale do Mucuri –córrego no município de Águas Formosas →Noroeste –fazenda no município de Paracatu →Norte –fazenda nos municípios de Bocaiúva e São Francisco →Oeste–granja no município de Bom Sucesso;fazenda no município de São Roque de Minas→Vale do Rio Doce –fazenda nos municípios de Aimorés, Itambacuri e Peçanha →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Boa Esperança, Cachoeira de Minas, Careaçu, Carmo da Cachoeira, Carmo do Rio Claro, Heliodora, Inconfidentes, Ouro Fino e São Lourenço.→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Gurinhatã e Ituiutaba; →Zona da Mata –fazenda nos municípios de Estrela Dalva, Guarani, Muriaé, Piau, Pirapetinga, Rio Pomba, Santana do Manhuaçu, Santo Antônio do Aventureiro, São João Nepomuceno e Volta Grande; localidade nos municípios de Belmiro Braga, Santo Antônio do Aventureiro e Tocantins• 46 ocorrências • Ver: Santa Izabel. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (5 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (5 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). 766 FIGURA 71– Carta Toponímica XLXV: Distribuição do topônimo Santa Isabel em municípios mineiros. 767 SANTA ISAURA – Nomeia →Sul/Sudoeste–fazenda no município de Muzambinho• 1 ocorrência. SANTA ISILDINHA – Nomeia →Sul/Sudoeste–fazenda no município de Capitólio• 1 ocorrência. SANTA IZABEL – Nomeia →Jequitinhonha–fazenda no município de Joaíma→Vale do Rio Doce– fazenda no município de Conselheiro Pena• 2 ocorrências • Ver: Santa Isabel. SANTA JOANA – Nomeia →Jequitinhonha–córrego e localidade no município de Itamarandiba →Zona da Mata –fazenda no município de Argirita • 3 ocorrências. SANTA JÚLIA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Campo do Meio e Jesuânia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –córrego e fazenda no município de Perdizes • 4 ocorrências • Ver: Santa Julinha. SANTA JULIANA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –cidade de Santa Juliana; fazenda nos municípios de Pedrinópolis, Santa Juliana e Uberlândia; ribeirão no município de Santa Juliana→Zona da Mata –córrego e localidade no município de Visconde do Rio Branco• 7 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTA JULIETA – Nomeia →Vale do Rio Doce –fazenda no município de Frei Inocêncio • 1 ocorrência. SANTA JULINHA – Nomeia →Vale do Rio Doce –serra no município de Governador Valadares • 1 ocorrência • Ver: Santa Júlia. SANTA JUSTA – Nomeia →Norte –fazenda no município de Januária • 1 ocorrência. SANTA LAURA – Nomeia →Jequitinhonha–fazenda no município de Capelinha →Zona da Mata – fazenda no município de Muriaé • 2 ocorrências. SANTA LEOCÁRDIA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Goianá • 1 ocorrência. SANTA LEONORA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Volta Grande • 1 ocorrência. SANTA LEONORA DO PORTO RICO – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Delfinópolis • 1 ocorrência •Ver: Santa Leonora. SANTA LÍDIA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Arceburgo • 1 ocorrência. SANTA LÚCIA – Nomeia →Campo das Vertentes –fazenda nos municípios de Barbacena e Conceição da Barra de Minas →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Alfenas, Cabo Verde, Carmo de Minas, Ibiraci, Itaú de Minas, Machado, Pratápolis, São José da Barra e São Tomás de 768 Aquino →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Campo Florido, Uberaba e Uberlândia; →Zona da Mata –fazenda nos municípios de Rio Preto e Santana do Deserto• 17 ocorrências. SANTA LÚCIA, DE – Nomeia →Sul/Sudoeste –serra no município de São Gonçalo do Sapucaí • 1 ocorrência • Ver: Santa Lúcia. SANTA LUÍSA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Juiz de Fora • 1 ocorrência. SANTA LUZIA – Nomeia → Campo das Vertentes – fazenda no município de São Tiago→ Central Mineira– fazenda no município de Monjolos; ribeirão no município de Lagoa da Prata → Jequitinhonha– córrego no município de Jequitinhonha; fazenda nos municípios de Almenara, Aricanduva, Capelinha, Jequitinhonha e Novo Cruzeiro localidade no município de Itamarandiba; vila no município de Caraí→ Metropolitana de Belo Horizonte – cidade de Santa Luzia; córrego no município de Mariana; fazenda nos municípios de Belo Vale, Mariana, Sabará e São José do Goiabal→ Vale do Mucuri– córrego e vila no município de Águas Formosas; fazenda nos municípios de Carlos Chagas, Novo Oriente de Minas, Poté e Teófilo Otoni → Norte – córrego nos municípios de Rio Pardo de Minas e São João do Paraíso; fazenda nos municípios de Patis, Rio Pardo de Minas e São João do Paraíso→ Oeste– córrego no município de Santo Antônio do Amparo; fazenda nos municípios de Cristais, Doresópolis, Formiga e Santo Antônio do Amparo; ribeirãono município de Santo Antônio do Monte → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Água Boa, Caratinga e Piedade deCaratinga; fazenda nos municípios de Água Boa, Caratinga, Galiléia, Governador Valadares, Piedade de Caratinga, Pocrane e São Geraldo do Baixio;lagoano município de Água Boa; localidade nos municípios de Caratinga, Itueta, Piedade de Caratinga e São Sebastião do Maranhão→ Sul/Sudoeste – córrego nos municípios de Alpinópolis, Cabo Verde, Carmo do Rio Claro, Monte Santo de Minas, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí e São José da Barra;fazenda nos municípios de Baependi, Carmo do Rio Claro, Carvalhos, Conceição do Rio Verde, Cruzília, Itajubá, Jacuí, Marmelópolis, Monte Santo de Minas, Paraisópolis, Passos, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, São Gonçalo do Sapucaí, São José da Barra, São Sebastião do Paraíso;povoado no município de Sapucaí- Mirim;sítiono município de Conceição das Pedras→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –córrego nos municípios de Patrocínio, Perdizes e Prata; fazenda nos municípios de Araguari, CamposAltos, Frutal, Ipiaçu, Perdizes, Prata, Sacramento, Uberaba e Veríssimo; lagoano município de Ipiaçu; localidade no município de Estrela do Sul; povoado no município de Cascalho; vila no município de Patrocínio → Zona da Mata – córrego nos municípios de Além Paraíba, Santa Margarida e Santa Rita do Jacutinga;fazenda nos municípios de Além Paraíba, Barão de Monte Alto, Ewbank da Câmara, Leopoldina, Manhuaçu, Rio Novo, Santa Rita do Jacutinga, Santos Dumont e Silverânia; localidade no município deSanta Margarida • 100 ocorrências. Nota: O topônimo Santa Luzia aparece na 1ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências). SANTA LUZIA, DE – Nomeia → Sul/Sudoeste – serra no município de Cordislândia→ Vale do Rio Doce– serra no município de Pocrane• 2 ocorrências• Ver: Santa Luzia. 769 SANTA LUZIA DE ARISTÓTELES SANTANA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Belo Vale• 1 ocorrência • Ver: Santa Luzia. SANTA LUZIA DO CARNEIRO – Nomeia → Vale do Rio Doce– vila no município de Itanhomi• 1 ocorrência • Ver: Santa Luzia. 770 FIGURA 72– Carta Toponímica XLXVI: Distribuição do topônimo Santa Luzia em municípios mineiros. 771 SANTA MADALENA – Nomeia →Sul/Sudoeste–fazenda nos municípios de Carmo de Minas e Guaxupé• 2 ocorrências. SANTA MAFALDA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Belmiro Braga• 1 ocorrência. SANTA MÁRCIA – Nomeia →Vale do Rio Doce–fazenda nos municípios de Capitão Andrade, Itanhomi e Tumiritinga• 3 ocorrências. SANTA MARGARIDA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –fazenda no município de Pará de Minas →Vale do Mucuri –fazenda nos municípios de Carlos Chagas e Governador Valadares →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Dom Viçoso, Guaranésia e Três Pontas →Zona da Mata –cidade de Santa Margarida; córrego no município de Santa Margarida; rio nos municípios de Matipó e Santa Margarida• 10 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTA MARIA – Nomeia →Campo das Vertentes –córrego e fazenda no município de Barbacena.→ Central Mineira – córrego nos municípios de Abaeté e Curvelo; fazenda nos municípios de Abaeté, Pompéu, Dores do Indaiá e Serra da Saudade. →Jequitinhonha –córrego nos municípios de Diamantina, Itamarandiba, Araçuaí, Novo Cruzeiro; fazenda nos municípios de Angelândia, Araçuaí, Capelinha, Joaíma, Monte Formoso, Novo Cruzeiro e Ponto dos Volantes. →Metropolitana de Belo Horizonte –córrego no município de Congonhas do Norte; fazenda nos municípios de Congonhas do Norte, Esmeralda e Nova Lima; povoado no município de Paraopeba. →Noroeste –chapadão nos municípios de Buritis e Unaí; córrego no município de Buritis; fazenda nos municípios de Unaí e Paracatu; localidade no município de Buritis; ribeirão em Cabeceira Grande; rio nos municípios de Buritis e Formoso →Norte –córrego nos municípios de Rio Pardo de Minas, São João do Paraíso, Brasília de Minas, Botumirim, Grão Mogol e Boacaiúva; fazenda nos municípios de Janaúba, Monte Azul, Porteirinha, Rio Pardo de Minas, Lassance, Capitão Enéas, Francisco Sá, Juramento, Mirabela, Botumirim, Grão Mogol e Boacaiúva; localidade no município de Grão Mogol; morro no município de Janaúba, riacho no município de São Francisco; rio nos municípios de Coração de Jesus e Montes Claros.→Oeste – chácara no município de Formiga; córrego no município de Passa-Tempo; fazenda nos municípios de Divinopólis, Itaúna, Santo Antônio do Monte, Formiga, Perdões, Bom Sucesso, Santo Antônio do Amparo. →Sul/Sudoeste –córrego nos municípios de Cássia, Delfinópolis, Itaú de Minas, Pratápolis, Alterosa, Conceição do Rio Verde, Paraisópolis e Silvianópolis; fazenda nos municípios de Alpinópolis, Cássia, Claraval, Delfinópolis, Passos, Alfenas, Alterosa, Carmo da Cachoeira, Coqueiral, Guapé, Três Corações, Três Pontas, Varginha, Andradas, Jacutinga, Ouro Fino, Poços de Caldas, São Gonçalo do Sapucaí, Turvolândia, Baependi, Carmo de Minas, Conceição do Rio Verde, Brasópolis e Paraisópolis; serra nos municípios de Baependi e Brasópolis. →Vale do Mucuri –córrego, fazenda e povoado no município de Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Carlos Chagas e Nanuque →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – córrego nos municípios de Araguari, Uberlândia, Monte Carmelo, Pratocínio, Conquista, Uberaba, Campos Altos e Ibiá; fazenda nos municípios de Santa Vitória, Araguari, Cascalho Rico, Prata, Monte Carmelo, Patrocínio, Iturama, São Francisco de Sales, Campos Florido, 772 Conquista, Uberaba, Veríssimo, Campos Altos, Ibiá e Pratinha, localidade nos municípios de Araguari e Patos de Minas. →Vale do Rio Doce –córrego nos municípios de Água Boa, Galiléia, Córrego Novo, Ipanema, Mutum e Procrane; fazenda nos municípios de Água Boa, Governador Valadares, Córrego Novo e Mutum; localidade nos municípios de Santa Maria do Suaçuí, São José do Jacuri e Córrego Novo; povoado no município de Conceição de Ipanema; serra nos municípios de Alvarenga e Mutum; vila no município de Mutum. →Zona da Mata – córrego nos municípios de Guaraciaba, Raul Soares, Rio Casca, Abre Campo, Matipó, Araponga, Paula Cândido, Carangola, Dores do Turvo, Visconde do Rio Branco, Goianá, Simão Pereira, Além Paraíba, Argirita e Cataguases; fazenda nos Ponte Nova, Raul Soares, fazenda nos municípios de Ponte Nova, Raul Soares, Abre Campo, Caputira, Paula Cândido, Carangola, Rio Pomba, Belmiro Braga, Goianá, Guarará, Juiz de Fora, Além Paraíba, Cataguases, Leopoldina e Recreio; localidade nos municípios de Chalé, Santana do Manhuaçu, Muriaé, Patrocínio de Muriaé, Visconde do Rio Branco, Mar de Espanha e Simão Pereira; povoado no município de Visconde do Rio Branco; ribeirão no município de Carangola• 201 ocorrências • Ver: Nossa Senhora e Santa Maria, de. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (1 ocorrência), na 2ª metade do século XVIII (3 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (5 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (4 ocorrências). SANTA MARIA, DE – Nomeia →Norte –represa no município de Grão Mogol. →Sul/Sudoeste – serra no município de Delfinópolis. →Vale do Rio Doce –serra no município de Dom Cavati →Zona da Mata –serra nos municípios de Paula Cândido e Visconde do Rio Branco; pedra no município de Patrocínio de Muriaé • 6 ocorrências • Ver: Nossa Senhora e Santa Maria. SANTA MARIA DA SERRA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Delfinópolis. • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora e Santa Maria. SANTA MARIA DE BAIXO– Nomeia →Central Mineira – fazenda no município de Abaeté. →Vale do Rio Doce –vila no município de Fernandes Tourinho →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Brasópolis. Zona da Mata –córrego no município de Abre Campo; localidade nos municípios de Abre Campo, Caputira e Matipó • 7 ocorrências • Ver: Santa Maria. SANTA MARIA DE CIMA– Nomeia →Zona da Mata – localidade nos municípios de Abre Campo e Matipó • 2 ocorrências • Ver: Santa Maria. SANTA MARIA DE ITABIRA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte – cidade de Santa Maria de Itabira • 1 ocorrência • Ver:Santa Maria. SANTA MARIA DO BAIXIO– Nomeia →Vale do Rio Doce –vila no município de São João do Oriente • 1 ocorrência • Ver: Santa Maria. SANTA MARIA DO BARREIRO – Nomeia →Jequitinhonha – fazenda no município de Novo Cruzeiro • 1 ocorrência • Ver:Santa Maria. 773 SANTA MARIA DO SALTO – Nomeia →Jequitinhonha – cidade de Santa Maria do Salto • 1 ocorrência • Ver:Santa Maria. SANTA MARIA DO SUAÇUÍ– Nomeia →Vale do Rio Doce – cidade de Santa Maria do Suaçuí • 1 ocorrência • Ver:Santa Maria. SANTA MARIA DOS CUNHAS– Nomeia →Central Mineira – fazenda e localidade no município de Abaeté • 2 ocorrências • Ver: Santa Maria. 774 FIGURA 73– Carta Toponímica XLXVII: Distribuição do topônimo Santa Maria em municípios mineiros. 775 SANTA MARIANA – Nomeia →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Alfenas →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Campina Verde →Zona da Mata –córrego nos municípios de Carangola, Faria Lemos e Leopoldina• 5 ocorrências. SANTA MARINA – Nomeia →Jequitinhonha –fazenda no município de Jacinto →Sul/Sudoeste– fazenda no município de Boa Esperança• 2 ocorrências. SANTA MARTA – Nomeia →Campo das Vertentes –fazenda nos municípios de Nepomuceno e São João Del Rey →Jequitinhonha –córrego no município de Aricanduva; fazenda no município de Felisburgo →Metropolitana de Belo Horizonte –fazenda no município de Ribeirão das Neves →Norte –córrego no município de Capitão Enéias →Oeste –fazenda no município de Oliveira →Vale do Rio Doce –fazenda nos municípios de Caratinga, Galiléia, Ipaba, Mutum, Nova Módica e São Geraldo do Baixio; localidade nos municípios de Antônio Dias e Jaquaraçu →Sul/Sudoeste –córrego no município de Passa Vinte; fazenda nos municípios de Machado, Passa Vinte e São José da Barra →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Campo Florido, Ipiaçu, Tiros e Uberaba; ribeirão no município de Tiros →Zona da Mata – córrego no município de Rio Preto; fazenda nos municípios de Pirapetinga, Santana do Manhuaçu e Tombos• 28 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência) e na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). 776 FIGURA 74 – Carta Toponímica XLXVIII: Distribuição do topônimo Santa Marta em municípios mineiros. 777 SANTA MAURA – Nomeia →Jequitinhonha – córrego e fazenda no município de Medina• 2 ocorrências. SANTA MILANA – Nomeia →Zona da Mata – fazenda no município de Pirapetinga• 1 ocorrência. SANTA MÔNICA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte–fazenda no município de Congonhas→Oeste – fazenda no município de Iguatama →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Boa Esperança; riacho no município deSão Sebastião do Paraíso →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda nos municípios de Prata e Veríssimo; localidade no município de Monte Alegre de Minas →Zona da Mata –fazenda no município de Além Paraíba • 8 ocorrências. SANTA NEGRA – Nomeia →Zona da Mata –córrego no município de Santa Bárbara do Monte Verde • 1 ocorrência. SANTA ODÍLIA – Nomeia →Jequitinhonha –fazenda no município de Capelinha • 1 ocorrência. SANTA OLGA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda nos municípios de Caiana, Carangola e Faria Lemos• 3 ocorrências. SANTA OLINDA – Nomeia →Zona da Mata–fazenda no município de Guarará• 1 ocorrência. SANTA OLÍVIA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Rio Pomba• 1 ocorrência. SANTA PAULA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte–córrego e fazenda no município de Caeté; loteamento no município de Ribeirão das Neves →Vale do Rio Doce–fazenda no município de Governador Valadares →Zona da Mata –fazenda no município de Matias Barbosa• 5 ocorrências. SANTA POLÔNIA – Nomeia →Vale do Rio Doce–córrego e localidade nos municípios de Frei Lagonegro e São José do Jacuri; fazenda no município de São José do Jacuri• 5 ocorrências. SANTA QUITÉRIA – Nomeia →Oeste –fazenda no município de Campo Belo →Sul/Sudoeste – cachoeira no município de Conceição de Aparecida;povoado no município de Lambari; ribeirão nos municípios de Carmo do Rio Claro, Conceição de Aparecida e Lambari → Zona da Mata – córrego e localidade no município de Santana do Manhuaçu; fazenda no município de Recreio• 9 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (4 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (4 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (2 ocorrências). SANTA REGINA – Nomeia →Zona da Mata–fazenda no município de Divino• 1 ocorrência. SANTA RITA – Nomeia → Jequitinhonha – córrego nos municípios de Angelândia, Araçuaí, Berilo, José Gonçalves de Minas, Novo Cruzeiro e Virgem da Lapa;fazenda nos municípios de Araçuaí, Berilo, Caraí, Coronel Murta, Jequitinhonha, José Gonçalves de Minas, Novo Cruzeiro, Santo Antônio do Jacinto eVirgem da Lapa;vila no município de Chapada do Norte → 778 Metropolitana de Belo Horizonte – córrego no município de Esmeraldas; fazenda nos municípios de Betim, Caeté, Capim Branco, Esmeraldas, Itabira, Pará de Minas, Prudente Morais, Santana do Montes, São Domingos do Prata e Serro;pedreirano município de Itabirito;povoado no município de Nova Lima e São Domingos do Prata; ribeirão nos municípios de Morro do Pilar e São Domingos do Prata → Vale do Mucuri – córrego nos municípios de Malacacheta e Poté;fazenda nos municípios de Carlos Chagas, Malacacheta e Teófilo Otoni → Noroeste – fazenda nos municípios de Lagoa Grande e Presidente Olegário; povoado no município de João Pinheiro; ribeirão nos municípios de João Pinheiro e Paracatu; sítiono município de Paracatu→ Norte– córrego nos municípios de Bocaiúva, Itacarambi, Januária, Patis, Rio Pardo de Minas e Varzelândia; fazenda nos municípios de Bocaiúva, Capitão Enéias, Francisco Sá, Francisco Dumont, Itacarambi, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lassance, Manga, Montes Claros, Pai Pedro, Porteirinha, São João da Lagoa, São Romão e Varzelândia; localidade no município de Grão Mogol;riacho no município de Januária; serra no município de Lassance→ Oeste– fazenda nos municípios de Bambuí e Carmo da Mata → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Cantagalo, Governador Valadares, Peçanha e Pocrane; fazenda nos municípios de Bugre, Caratinga, Iapu, Peçanha, Sabinópolis e São Geraldo do Baixio;localidade nos municípios de Braúnas, Engenheiro Caldas, Galiléia, Marliéria e Senhora do Porto;povoado no município de Governador Valadares e Pocrane;serra no município de Mutum→ Sul/Sudoeste– córrego nos municípios de Jacuí, Juruaia e Monte Belo;fazenda nos municípios de Alfenas, Arceburgo, Boa Esperança, Borda da Mata, Cachoeira de Minas, Carmo do Rio Claro, Conceição do Rio Verde, Itanhadu, Itajubá, Machado, Pouso Alegre, Santa Rita de Caldas, São Gonçalo do Sapucaí, São Tomás de Aquino e Varginha → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– córrego nos municípios de Ituiutaba e Prata;fazenda nos municípios de Campo Florido, Ibiá, Ituiutaba, Iturama, Sacramento, Santa Rosa da Serra, Tupaciguara, Uberaba e Veríssimo; ribeirãono município de Ituiutaba → Zona da Mata– córrego nos municípios de Além Paraíba, Argirita, Caparaó, Chalé, Espera Feliz, Leopoldina, Raul Soares, Rio Casca, Rio Pomba, Rodeiro, Santa Cruz do Escalvado, Santa Rita do Ibitipoca, São João Nepomuceno e São Pedro dos Ferros;fazenda nos municípios de Argirita, Cataguases, Dom Silvério, Espera Feliz, Estrela Dalva, Eugenópolis, Faria Lemos, Guarani, Guarará, Matipó, Miraí, Rio Casca, Rio Pomba, Rio Preto, Rodeiro, Santa Bárbara do Monte Verde, Santa Rita do Jacutinga, São João Nepomuceno e São Pedro dos Ferros; localidade nos municípios de Argirita, Caparaó, Eugenópolis, Laranjal, Leopoldina, Palma, Raul Soares e Rodeiro;ribeirão nos municípios de Dom Silvério e Rio Preto; rio no município de Sem Peixe;serra nos municípios de Além Paraíba e Leopoldina• 164 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (2 ocorrências), na 2ª metade do século XVIII (5 ocorrências), na 1ª metade do século XIX (13 ocorrências) e na 2ª metade do século XIX (14 ocorrências). SANTA RITA, DE– Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– ribeirãono município de Ouro Preto→ Sul/Sudoeste – serra nos municípios de Santa Rita do Sapucaí e São Sebastião da Bela Vista; serrote no município de São Gonçalo do Sapucaí• 4ocorrências• Ver: Santa Rita. SANTA RITA DA ACESITA – Nomeia → Vale do Rio Doce – fazenda no município de Governador Valadares; localidade no município de Açucena• 2 ocorrências• Ver: Santa Rita. 779 SANTA RITA DE CALDAS – Nomeia → Sul/Sudoeste – cidade de Santa Rita de Caldas• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DE CÁSSIA – Nomeia → Vale do Mucuri – fazenda nos municípios de Carlos Chagas e Nanuque → Vale do Rio Doce– localidade nos municípios de Senhora do Porto e Peçanha→ Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda no município de Água Comprida• 5 ocorrências• Ver: Santa Rita. SANTA RITA DE MINAS – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de Santa Rita de Minas• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DE OURO PRETO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– vila no município de Ouro Preto• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO BRAZ – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Ituiutaba e Prata • 2 ocorrências• Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO CHICÃO – Nomeia → Sul/Sudoeste– fazenda no município de São Gonçalo do Sapucaí • 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO GUNGA – Nomeia → Vale do Rio Doce– localidade no município de Senhora do Porto• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO ITUETO – Nomeia → Vale do Rio Doce– cidade de Santa Rita do Itueto• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO IBITIPOCA – Nomeia → Zona da Mata– cidade de Santa Rita do Ibitipoca• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO JACUTINGA – Nomeia → Zona da Mata– cidade de Santa Rita do Jacutinga • 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO MANGUE – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Esmeraldas• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO MUTUM – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego no município de Mutum• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO PALMELA– Nomeia → Sul/Sudoeste – córrego e fazenda no município de São Gonçalo do Sapucaí• 2 ocorrências• Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO PALMELA, DE– Nomeia → Sul/Sudoeste – morro no município de São Gonçalo do Sapucaí• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. 780 SANTA RITA DO PATRIMÔNIO – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Esmeraldas• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO RIO DO PEIXE – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– vila no município de Ferros• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. SANTA RITA DO SAPUCAÍ – Nomeia → Sul/Sudoeste – cidade de Santa Rita do Sapucaí• 1 ocorrência • Ver: Santa Rita. 781 FIGURA 75 – Carta Toponímica XLXIX: Distribuição do topônimo Santa Rita em municípios mineiros. 782 SANTA ROSA – Nomeia → Campo das Vertentes– fazenda nos municípios de Nepomuceno e São Tiago; localidade no município de Ijaci → Central Mineira– fazenda nos municípios de Abaeté, Dores do Indaiá e Serra da Saudade → Jequitinhonha – córrego e localidade no município de Pedra Azul;fazenda nos municípios de Itinga, Jequitinhonha e Pedra Azul → Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Itabira → Vale do Mucuri– córrego no município de Teófilo Otoni;fazenda nos municípios de Águas Formosas, Crisólita, Franciscópolis, Malacacheta, Novo Oriente de Minas e Teófilo Otoni;lagoanos municípios de Franciscópolis e Malacacheta;povoado nos municípios de Itaipé e Malacacheta; ribeirão e sítiono município de Itaipé → Noroeste– córrego, fazenda e serra no município de Paracatu → Norte – córrego e localidade nos municípios de Cristália e Engenheiro Navarro;fazenda no município de Espinosa, Monte Azul e São Francisco;rio no município de Montes Claros → Oeste– fazenda no município de Passa Tempo → Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Ipanema, Resplendor e Taparuba;fazenda nos municípios de Aimorés, Conselheiro Pena, Cuparaque, Ipanema, Itambacuri, Itanhomi, Resplendor e Santa Rita do Itueto;estânciano município de Itueta;lagoano município de Itanhomi; localidade no município de Governador Valadares; povoado no município de Ipanema;serra no município de Aimorés → Sul/Sudoeste– córrego no município de Arceburgo, Brasópolis e Carmo do Rio Claro;fazenda nos municípios de Andrelândia, Boa Esperança, Cordislândia, Elói Mendes, Jesuânia, Monsenhor Paulo, Serrania e Três Corações → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – córrego nos municípios de Gurinhatã, Ituiutaba, Iturama, Patrocínio, Perdizes, Santa Juliana e Santa Rosa da Serra; chácarano município de Uberaba; chapadano município de Patrocínio;fazenda nos municípios de Água Comprida, Canápolis, Coromandel, Ibiá, Ituiutaba, Perdizes, Santa Rosa da Serra e Uberaba;localidade no município de Uberlândia→ Zona da Mata– córrego nos municípios de Belmiro Braga, Bicas, Chácara, Luisburgo, Manhuaçu, Matias Barbosa, Oliveira Fortes, Paiva, Paula Cândido, Rio Novo, Santana do Manhuaçu, Simão Pereira e Tombos;fazenda nos municípios de Além Paraíba, Araponga, Barão de Monte Alto, Belmiro Braga, Bicas, Jequeri, Luisburgo, Manhuaçu, Matias Barbosa, Muriaé, Paiva, Paula Cândido, Patrocínio, Pequeri, São Geraldo, Simão Pereira, Tombos e Visconde do Rio Branco;localidade nos municípios de Canaã, Palma e Paula Cândido;ribeirão nos municípios de Canaã, Oliveira Fortes e Paiva• 121 ocorrências• Ver: Santa Rosinha. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTA ROSA DE ABELARDO CORREA –• Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Serra da Saudade• 1 ocorrência• Ver: Santa Rosa SANTA ROSA DE LIMA – Nomeia → Norte – vila no município de Montes Claros → Sul/Sudoeste – fazenda no município de Brasópolis → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Campos Altos• 3 ocorrências• Ver: Santa Rosa. SANTA ROSA DA SERRA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – cidade de Santa Rosa da Serra• 1 ocorrência• Ver: Santa Rosa. SANTA ROSA DO PICÃO – Nomeia → Central Mineira – fazenda no município de Bom Despacho• 1 ocorrência• Ver: Santa Rosa SANTA ROSA DOS DOURADOS – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Patrocínio• 1 ocorrência• Ver: Santa Rosa. 783 FIGURA 76 – Carta Toponímica L: Distribuição do topônimo Santa Rosa em municípios mineiros. 784 SANTA ROSÁLIA – Nomeia →Vale do Mucuri –córrego e fazenda no município de Teófilo Otoni • 2 ocorrências. SANTA ROSINHA – Nomeia → Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Santa Rosa da Serra• 1 ocorrência• Ver: Santa Rosa. SANTA RUFINA – Nomeia →Sul/Sudoeste–fazenda no município de São Gonçalo do Sapucaí• 1 ocorrência. SANTA SILVÉRIA – Nomeia →Zona da Mata –córrego e localidade nos municípios de Chalé e Santana do Manhuaçu• 4 ocorrências. SANTA SOFIA – Nomeia →Zona da Mata–fazenda nos municípios de São Geraldo, Santana do Manhuaçu e Visconde do Rio Branco • 3 ocorrências. SANTA TERESA – Nomeia → Jequitinhonha – córrego nos municípios de Capelinha e Pedra Azul→ Vale do Mucuri– córrego nos municípios de Ladainha e Teófilo Otoni; riacho no município de Teófilo Otoni; serra no município de Ladainha → Jequitinhonha – fazenda no município de Capelinha → Noroeste– fazenda e localidade no município de João Pinheiro → Norte– fazenda no município de Capitão Enéias → Vale do Rio Doce– fazenda nos municípios de Peçanha e Itambacuri; localidade no município de Pocrane; povoado no município de Virginópolis → Sul/Sudoeste– fazenda nos municípios de Ibiraci, Jacuí e São Sebastião do Paraíso• 16 ocorrências. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrências) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SANTA TERESA DO BONITO– Nomeia → Vale do Rio Doce– fazenda no município de Peçanha• 1 ocorrência • Ver: Santa Teresa. SANTA TERESINHA – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– córrego no município de Itatiaiuçu → Sul/Sudoeste – fazenda nos municípios de Boa Esperança, Cássia, Delfinópolis, Itamoji, Jacuí, Monsenhor Paulo, São Bento do Abade, São João Batista do Glória e São Tomás de Aquino→ Vale do Mucuri– fazenda nos municípios de Ataléia, Carlos Chagas, Itaipé, Nanuque e Serra dos Aimorés→ Vale do Rio Doce– córrego nos municípios de Aimorés, Caratinga, Resplendor e Ubaporanga fazenda nos municípios de Campanário, Cantagalo, Córrego Novo, Jampruca e Peçanha; localidade nos municípios de Imbé e Ubaporanga; povoado nos municípios de Aimorés e Caratinga• 28 ocorrências• Ver: Santa Terezinha. SANTA TERESINHA DE MINAS – Nomeia → Metropolitana de Belo Horizonte– povoado no município de Itatiaiuçu• 1 ocorrência • Ver: Santa Teresinha eSanta Terezinha. SANTA TEREZINHA – Nomeia → Campo das Vertentes – fazenda no município de Barbacena→ Jequitinhonha – fazenda no município de Ponto dos Volantes• 2 ocorrências• Ver: Santa Teresinha. 785 FIGURA 77 – Carta Toponímica LI: Distribuição do topônimo Santa Teresinha em municípios mineiros. 786 SANTA ÚRSULA – Nomeia →Zona da Mata –córrego e fazenda no município de Leopoldina• 2 ocorrências. SANTA VIRGILINA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Água Comprida• 1 ocorrência. SANTA VIRGÍNIA – Nomeia →Vale do Mucuri–fazenda nos municípios de Poté e Teófilo Otoni • 2 ocorrências. SANTA VITÓRIA – Nomeia →Sul/Sudoeste –córrego e fazenda no município de Conceição do Rio Verde →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –cidade de Santa Vitória; córrego no município de Santa Vitória,fazenda nos municípios de Uberaba e Veríssimo →Vale do Rio Doce – localidade no município de Coronel Fabriciano →Zona da Mata –fazenda nos municípios de Poté e Teófilo Otoni • 8 ocorrências. SANTANA – Nomeia →Central Mineira–córrego nos municípios de Abaeté, Buenópolis, Luz e Monjolos; fazenda nos municípios de Buenópolis, Dores do Indaiá, Luz, Monjolos e Quartel Geral; ribeirão no município de Monjolos; rio nos municípios de Japaraíba e Lagoa da Prata. →Jequitinhonha –córrego nos municípios de Araçuaí, Berilo, Carbonita, José Gonçalves de Minas, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino e Virgem da Lapa; fazenda nos municípios de Araçuaí, Francisco Badaró, Jenipapo de Minas, Minas Novas, Salto da Divisa e Senador Modestino;lagoa no município de Berilo; localidade no município de Araçuaí; ribeirão nos municípios de Caraí e Felício dos Santos;serra no município de Araçuaí;vila no município de Carbonita.→Metropolitana de Belo Horizonte –córrego nos municípios de Alvinópolis, Itabira, Rio Vermelho, Santo Antônio do Itambé e Serro; fazenda nos municípios de Alvorada, Belo Vale, Conceição do Mato Dentro; Jaboticatubas, Nova Era e Santa Bárbara; povoado nos municípios de Alvinópolis, Bom Jesus, Itabira e Itabirito;ribeirão nos municípios de Dom Joaquim e Jaboticatubas.. →Noroeste –córrego e fazenda no município de Buritis. →Norte – córrego nos municípios de Bocaiúva, Itacambira, Juramento e Rio Pardo de Minas; fazenda nos municípios de Capitão Enéias, Coração de Jesus, Francisco Sá, Grão Mogol, Ibiaí, Juramento e Montalvânia; localidade no município de Bocaiúva; povoado no município de Rio Pardo de Minas; ribeirão no município de Grão Mogol.→Oeste–fazenda no município de Formiga; localidade no município de Conceição do Pará; ribeirão nos municípios de Arcos, Camacho, Itapecerica e Santo Antônio do Monte; rio nos municípios de Arcos, Camacho, Candeias, Cristais, Formiga, Itapecerica e Santo Antônio do Monte. →Vale do Mucuri–córrego nos municípios de Itaipé e Teófilo Otoni; fazenda nos municípios de Ladainha, Malacacheta e Teófilo Otoni; ribeirão no município de Ladainha. →Vale do Rio Doce –córrego nos municípios de Governador Valadares, Ipanema, Itambacuri, José Raydan, Nacip Raydan, Resplendor, Sabinópolis e São Sebastião do Maranhão; fazenda nos municípios de Nacip Raydan, Peçanha, Sabinópolis, São José do Jacuri e São Sebastião do Maranhão; localidade nos municípios de Antônio Dias, José Raydan, Santa Maria do Suaçuí e São José do Jacuri;povoado nos municípios de Coroaci, Governador Valadares e Ipanema; ribeirão no município de Água Boa→Sul/Sudoeste–córrego nos municípios de Carmo do Rio Claro, Carvalhos, Fortaleza de Minas, Itanhadu, Juruaia Passa Quatro e São Sebastião do Paraíso; fazenda nos municípios de Aiuruoca, Alfenas, Baependi, Bocaina, Cássia, Carmo do Rio Claro, Carvalhos, Elói Mendes, 787 Fortaleza de Minas, Juruaia, Pratápolis, São Sebastião do Paraíso e Três Corações; ribeirão nos municípios de Coqueiral, Poço Fundo, Santana da Vargem e São Sebastião do Paraíso; rio nos municípios de Cássia, Itaú de Minas, Pratápolis e São Sebastião do Paraíso.→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–córrego nos municípios de Abadia dos Dourados, Coromandel, Douradoquara e Nova Ponte; fazenda nos municípios de Coromandel, Douradoquara, Nova Ponte, Perdizes e Sacramento; ribeirão nos municípios de Cruzeiro da Fortaleza e Guimarânia. →Zona da Mata–córrego nos municípios de Brás Pires, Cajuri, Chácara, Chalé, Cipotânea, Guaraciaba, Guidoval, Guiricema, Leopoldina, Manhuaçu, Miraí, Pequeri, Rio Casca, Rio Novo, Rio Pomba, Santana do Deserto, São João Nepomuceno, São Miguel do Anta e Senhora de Oliveira; fazenda nos municípios de Abre Campo, Amparo do Serra, Antônio Prado de Minas, Araponga, Argirita, Astolfo Dutra, Barão do Monte Alto, Belmiro Braga, Bias Fortes, Bicas, Brás Pires, Descoberto, Dores do Turvo, Eugenópolis, Leopoldina, Pequeri, Pirapetinga, Raul Soares, Rio Casca, Visconde do Rio Branco;localidade no município de Abre Campo, Astolfo Dutra, Barão do Monte Alto, Cajuri, Chalé, Cipotânea, Guarani, Guiricema, Leopoldina, Manhuaçu, Miraí, Rio Pomba, Rodeiro, São Miguel do Anta e São Miguel do Anta; ribeirão nos municípios de Aracitaba, Bias Fortes, Goianá, Juiz de Fora, Mercês, Santana do Manhuaçu; vila nos municípios de Senhora de Oliveira e Sericita; rio nos municípios de Abre Campo, Araponga, Canaã, Raul Soares e Sericita.• 213 ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha eSantaninha. SANTANA, DA – Nomeia →Central Mineira –córrego no município de Quartel Geral →Sul/Sudoeste –serra no município de Carmo do Rio Claro • 2 ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA, DE – Nomeia →Campo das Vertentes –serra no município de Santana do Garambéu→Central Mineira –fazenda e ribeirão no município de Felixlândia →Jequitinhonha – serra no município de Diamantina →Metropolitana de Belo Horizonte –serra no município de Ferros. →Oeste–fazenda no município de Bom Sucesso→Sul/Sudoeste –serra no município de Monte Santo de Minas e São Sebastião do Paraíso; ribeirão no município de • 9ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA BALSA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte–fazenda no município de Baldim• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA JACARECANGA – Nomeia →Zona da Mata–córrego no município de Leopoldina• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DA VARGEM – Nomeia →Sul/Sudoeste –cidade de Santana da Vargem• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DE BAIXO – Nomeia →Oeste–fazenda no município de Santo Antônio do Monte• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DE CALDAS – Nomeia →Sul/Sudoeste –vila no município de Caldas• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. 788 SANTANA DE CATAGUASES – Nomeia →Zona da Mata –cidade de Santana de Cataguases • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DE CIMA – Nomeia →Oeste –fazenda no município de Santo Antônio do Monte • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DE DIRCEU P. FIÚZA – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Dores do Indaiá• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DE JOÃO ALVES – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Abaeté• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DE JOSÉ MARIA SALES – Nomeia → Zona da Mata – fazenda nos municípios de Bias Fortes e Juiz de Fora • 2 ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana e Santaninha. SANTANA DE JOSÉ TIAGO – Nomeia → Zona da Mata – fazenda no município de Leopoldina • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana e Santaninha. SANTANA DE PEDRO C. FIÚZA – Nomeia → Central Mineira – fazenda no município de Quartel Geral • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana e Santaninha. SANTANA DE PEDRO LACERDA – Nomeia →Vale do Rio Doce – fazenda no município de Nacip Raydan• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO ALFIÉ – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte–vila no município de São Domingos do Prata• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO ARAÇUAÍ – Nomeia → Jequitinhonha – vila no município de Itinga• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana e Santaninha. SANTANA DO BARRO – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila no município de Divinolândia de Minas; localidade no município de Sardoá• 2 ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO CAMPESTRE – Nomeia → Zona da Mata–vila no município de Astolfo Dutra• 1 ocorrência• Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO CAPIVARI – Nomeia → Sul/Sudoeste –vila no município de Pouso Alto• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. 789 SANTANA DO CEDRO – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba–fazenda no município de Santa Rosa da Serra• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO CONRADO – Nomeia →Vale do Rio Doce–fazenda no município de São Sebastião do Maranhão• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO DESERTO – Nomeia →Zona da Mata–cidade de Santana do Deserto; povoado no município de Rio Doce• 2 ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO GARAMBÉU – Nomeia →Campo das Vertentes–cidade de Santana do Garambéu• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO JACARÉ – Nomeia →Oeste–cidade de Santana do Jacaré• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO MANHUAÇU – Nomeia →Zona da Mata –cidade de Santana do Manhuaçu• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO MORRO – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte–povoado no município de Santa Bárbara• 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO MEIO – Nomeia →Zona da Mata –córrego no município de Dores do Turvo • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO PARAÍSO – Nomeia →Vale do Rio Doce–cidade de Santana do Paraíso; localidade no município de Mesquita• 2 ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO PARAOPEBA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –vila no município de Belo Vale • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO PIRAPAMA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –cidade de Santana do Pirapama • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO PRATA– Nomeia →Oeste –vila no município de Conceição do Pará • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DO RIACHO – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –cidade de Santana do Riacho • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana e Santaninha. SANTANA DO RIO PRETO – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –povoado no município de Itambé do Dentro• 1 ocorrênciaVer: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. 790 SANTANA DO TABULEIRO – Nomeia →Vale do Rio Doce–vila no município de Córrego Novo→Zona da Mata–vila no município de Raul Soares• 2 ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANA DOS MONTES – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –cidade de Santana dos Montes • 1 ocorrência • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha, Santana eSantaninha. SANTANINHA – Nomeia →Central Mineira–córrego no município de Monjolos. →Vale do Mucuri–fazendaevila no município de Teófilo Otoni• 3ocorrências • Ver: Sant’ana, Santa Ana, Santa Aninha e Santana. Mariotopônimos MADRE DE DEUS – Nomeia → Sul/Sudoeste– ribeirão nos municípios de Bom Jesus da Penha e São Pedro da União • 2 ocorrências •Ver: Madre de Deus de Minas. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência). MADRE DE DEUS DE MINAS – Nomeia → Campo das Vertentes – cidade de Madre de Deus de Minas • 1 ocorrência • Ver: Madre de Deus. MÃE DOS HOMENS – Nomeia → Vale do Rio Doce– córrego e vila no município de São Sebastião do Maranhão • 2 ocorrências. NOSSA SENHORA – Nomeia → Central Mineira– ribeirão no município de Dores do Indaiá.→Vale do Rio Doce– fazenda no município de Nova Módica.→Zona da Mata– fazenda no município de Dores do Turvo • 3 ocorrências •Ver: Santa Maria. NOSSA SENHORA APARECIDA – Nomeia → Central Mineira– fazenda no município de Pompéu.→ Metropolitana de Belo Horizonte– fazenda no município de Jeceaba.→ Noroeste– fazenda no município de Uruana de Minas. → Norte– fazenda nos municípios de Janaúba e Rubelita. → Oeste– córrego no município de Bambuí; fazenda no município de Formiga; povoado no município de Passa Tempo. → Sul/Sudoeste de Minas– fazenda nos municípios de Passos, Aceburgo, Juruaia, São Sebastião do Paraíso, Machado, Paraguaçu, Campos Gerais, Elói Mendes, Campestre, Ouro Fino, Poços de Caldas, Cachoeira de Minas, Conceição das Pedras, Conceição do Rio Verde, São Lourenço, Bom Jardim de Minas, Minduri, Brasópolis, Paraisópolis e Piranguçu; vila nos municípios de Ibiraci e Monsenhor Paulo. →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Santa Rosa da Serra, São Gotardo, Capinópolis, Ipiaçu, Ituiutaba, Santa Vitória, Canápolis, Prata, Tupaciguara, Comendador Gomes, Fronteira, Itapagipe, Ituruma, Água Comprida, Conceição das Alagoas, Uberaba e Campos Altos; sitio nos municípios de Prata e Uberlândia. → Vale do Mucuri– chácara no município de Nanuque; fazenda nos municípios de Teófilo Otoni e Serra dos Aimorés. →Vale do 791 Rio Doce– fazenda nos municípios de São José do Goiabal e Mutum.→Zona da Mata– chácarano município de Bicas, fazenda no município de Abre Campo, Raul Soares, Manhuaçu, São Geraldo, Matias Barbosa, Pequeri, Rio Preto, Leopoldina; granja no município de São João Nepomuceno e gruta no município de Dores do Turvo • 69 ocorrências • Ver: Nossa Senhora, Nossa Senhora de Aparecida,Nossa Senhora da Aparecida. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência). NOSSA SENHORA DA APARECIDA – Nomeia →Vale do Rio Doce– fazenda nos municípios de Sobrália, Mantena e Córrego Novo • 3 ocorrências • Ver: Nossa Senhora, Nossa Senhora Aparecida,Nossa Senhora de Aparecida. NOSSA SENHORA DE APARECIDA – Nomeia →Zona da Mata– fazenda no município de Abre Campo, Sericita e Simonésia • 3 ocorrências • Ver: Nossa Senhora, Nossa Senhora Aparecida,Nossa Senhora da Aparecida. 792 FIGURA 78 – Carta Toponímica LII: Distribuição do topônimo Nossa Senhora Aparecida em municípios mineiros. 793 NOSSA SENHORA DA ABADIA – Nomeia → Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba– fazenda nos municípios de Gurinhatã, Ituiutaba e Uberaba.→Sul/Sudoeste de Minas– fazenda no município de Jacuí• 4 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). NOSSA SENHORA DA AJUDA – Nomeia → Vale do Rio Doce –fazenda no município de Divino das Laranjeiras• 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO – Nomeia →Central Mineira– fazenda no município de Pompéu. →Jequitinhonha– fazenda no município de Couto de Magalhães →Sul/Sudoeste de Minas– fazenda no município de Capetinga → Vale do Rio Doce –fazenda nos municípios de Peçanha e Aimorés. → Zona da Mata –fazenda no município de Raul Soares• 6 ocorrências • Ver: Nossa Senhora e Nossa Senhora Conceição. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XVIII (3 ocorrências). NOSSA SENHORA CONCEIÇÃO – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Barra Longa• 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora e Nossa Senhora da Conceição. 794 FIGURA 79 – Carta Toponímica LIII: Distribuição do topônimo Nossa Senhora da Conceição em municípios mineiros. 795 NOSSA SENHORA DA GLÓRIA – Nomeia →Central Mineira –vila no município de Santo Hipólito; →Zona da Mata –fazenda no município de Belmiro Braga• 2 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). NOSSA SENHORA DA GUIA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Monte Alegre de Minas e Uberaba• 2 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DA GULA – Nomeia →Vale do Rio Doce –fazenda no município de Caratinga• 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DA PAZ – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –fazenda no município de Igarapé • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DA PENHA – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Cedro de Abaeté. →Vale do Rio Doce –fazendae ilhano município deGovernador Valadares→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda nos municípios de Canápolis e Sacramento • 5 ocorrências • Ver: Nossa Senhorae Senhora da Penha. NOSSA SENHORA DA PIEDADE – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Leandro Ferreira • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DA SALETE – Nomeia →Sul/Sudoeste –sítio no município de Piranguçu • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DA SAÚDE – Nomeia →Central Mineira –fazenda no município de Joaquim Felício. →Norte –fazenda no município de Engenheiro Navarro →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Muzambinho e Cordislândia • 4 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). NOSSA SENHORA DAS DORES – Nomeia →Vale do Rio Doce –fazenda no município de Sabinópolis. →Sul/Sudoeste –fazenda no município de Cachoeira de Minas. →Zona da Mata – fazenda no município de Itamarati de Minas • 3 ocorrências • Ver: Senhora das Dores. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS – Nomeia →Central Mineira – fazenda nos municípios de Pompéu e Araçuaí. → Jequitinhonha – fazenda no município de Joaíma. →Metropolitana de Belo Horizonte – fazenda no município de Santa Luzia. →Norte–fazenda no município de Grão Mogol. →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Cruzília e Consolação. →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Campo Florido, Uberaba e Sacramento. →Vale do Mucuri – fazenda no município de Ladainha.→Vale do Rio Doce –fazenda nos municípios de São Sebastião do Maranhão, Galiléia, Governador Valadares, Central de Minas, Açucena e Ipanema; localidade no município de Galiéia. →Zona da Mata – córrego no município de Santa Rita do Ibitipoca; fazenda nos municípios de Abre Campo, Reduto, Manhuaçu, Guarani e Santa Rita do Ibitipoca; localidade nos municípios de Abre Campo e Reduto. • 26 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. 796 FIGURA 80 – Carta Toponímica LIV: Distribuição do topônimo Nossa Senhora das Graças em municípios mineiros. 797 NOSSA SENHORA DAS MERCÊS – Nomeia →Campo das Vertentes –fazenda no município de São João De Rey →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Itamoji e São Sebastião do Paraíso • 3 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência). NOSSA SENHORA DAS VALIAS – Nomeia →Jequitinhonha – fazenda nos municípios de Capelinha e Itamarandiba • 2 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –fazenda no município de Brumadinho; →Central Mineira –fazenda no município de Curvelo; →Jequitinhonha –fazenda no município de Joaíma; →Sul/Sudoeste –fazenda nos municípios de Passos, Bom Jesus do Repouso e Santa Rita do Sapucaí→Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda nos municípios de Santa Vitória, Ituruma, Conquista, Delta e Uberaba • 11 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. 798 FIGURA 81 – Carta Toponímica LV: Distribuição do topônimo Nossa Senhora de Fátima em municípios mineiros. 799 NOSSA SENHORA DE LAMIRADA – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Monte Alegre de Minas • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DE LOURDES – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda nos municípios de Ituiutaba e Gurinhatã • 2 ocorrências • Ver: Nossa Senhora e Nossa Senhora de Lurdes. NOSSA SENHORA DE LURDES – Nomeia →Jequitinhonha –gruta no município de Diamantina; →Sul/Sudoeste de Minas –sítio no município de São Gonçalo do Sapucaí • 2 ocorrências • Ver: Nossa Senhora e Nossa Senhora de Lurdes. NOSSA SENHORA DE SANTANA – Nomeia →Zona da Mata –fazenda no município de Sericita • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DO AMPARO – Nomeia →Vale do Rio Doce –fazenda no município de Governador Valadares; → Sul/Sudoeste de Minas –fazenda no município de Heliodora • 2 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências). NOSSA SENHORA DO CARMO – Nomeia →Campo das Vertentes –sítio no município de Prados; →Oeste de Minas – fazenda no município de Bom Sucesso →Sul/Sudoeste de Minas –fazenda nos municípios de Três Pontas e Heliodora • 5 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). 800 FIGURA 82 – Carta Toponímica LVI: Distribuição do topônimo Nossa Senhora do Carmo em municípios mineiros. 801 NOSSA SENHORA DO PILAR – Nomeia →Sul/Sudoeste de Minas –fazenda no município de Espírito Santo do Dourado • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO – Nomeia →Metropolitana de Belo Horizonte –sítio no município de Jaboticatubas; →Vale do Rio Doce –fazenda nos municípios de Caratinga e Ipaba →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba –fazenda no município de Frutal • 4 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (3 ocorrências) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). NOSSA SENHORA DO SOCORRO – Nomeia → Zona da Mata – fazenda e localidade no município de Leopoldina • 2 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DOS ANJOS – Nomeia → Zona da Mata – fazenda no município de Simonésia • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS – Nomeia →Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba – fazenda no município de Serra do Salitre • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (1 ocorrência) e na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SENHORA DA PENHA – Nomeia → Vale do Rio Doce – vila no município de Fernandes Tourinho • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora e Nossa Senhora da Penha. SENHORA DAS CINZAS – Nomeia →Vale do Rio Doce –localidade no município de Aimorés • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. SENHORA DAS DORES – Nomeia →Campo das Vertentes –vila no município de Barbacena • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora e Nossa Senhora das Dores. SENHORA DE OLIVEIRA – Nomeia →Zona da Mata – cidade de Senhora de Oliveira • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XVIII (2 ocorrências) e na 1ª metade do século XIX (2 ocorrências). SENHORA DO CARMO – Nomeia →Jequitinhonha –vila no município de Rubim • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhorae Nossa Senhora doCarmo. SENHORA DO PORTO – Nomeia →Vale do Rio Doce –cidade de Senhora do Porto • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 1ª metade do século XIX (1 ocorrência). SENHORA DOS REMÉDIOS – Nomeia →Campo das Vertentes – cidade de Senhora dos Remédios • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhorae Nossa Senhora dos Remédios. 802 VIRGEM DA LAPA – Nomeia →Jequitinhonha –cidade de Virgem da Lapa;chapadão e ribeirãono município de Virgem da Lapa • 3 ocorrências • Ver: Nossa Senhora. Nota: O topônimo aparece na 2ª metade do século XIX (1 ocorrência). VIRGEM DAS GRAÇAS – Nomeia →Jequitinhonha –vila no município de Itinga • 1 ocorrência • Ver: Nossa Senhora. 803 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nosso principal objetivo, neste trabalho, foi descrever – linguística e culturalmente – os hagiotopônimos presentes em território mineiro, acreditando que esses nomes de lugar de origem religiosa nos revelariam significativas informações no que se refere ao processo de povoamento do Estado. De grande relevância para o conhecimento de aspectos históricos e socioculturais de um povo, estudos toponímicos, como este, permitem que sejam identificados fatos linguísticos, ideologias e crenças, presentes no ato denominativo e, posteriormente, na sua permanência ou não em uma comunidade. Isto porque, concebido como uma forma lexical que tem a função de identificar um ponto concreto da geografia, individualizando-o, o topônimo – nome próprio de lugar – guarda estreita relação com o contexto histórico-político da comunidade, representando, assim, o resultado da ação do nomeador que, por meio da designação de determinado acidente geográfico, registra para a posteridade aquele momento. Dessa maneira, sabendo que o costume de dar aos lugares um nome de santo, que teve origem no século IV, no início da Antiguidade cristã, encontra-se registrado no léxico toponímico contemporâneo de Minas Gerais, propusemo-nos a investigar como a dinâmica desses nomes se manifesta na preferência regional, considerando os 853 municípios mineiros que se organizam em doze mesorregiões. Essa proposta de pesquisa, que se vinculou ao Projeto ATEMIG – Atas Toponímico do Estado de Minas Gerais – foi apresentada logo na Introdução, em que buscou esclarecer que este trabalho pauta-se na inter-relação existente entre língua, cultura e sociedade, que pode ser observada, sobretudo, no estudo do léxico. Nesse caso específico, no estudo do léxico toponímico. No Capítulo 1, apresentamos a Fundamentação teórica em que a presente pesquisa se norteou. Assim, foram trazidas à discussão as abordagens teóricas concernentes aos conceitos de língua, cultura e sociedade, enfatizando-se relevância de se perceber a interação entre esses conceitos nos estudos linguísticos. Fez-se também uma revisão dos estudos do léxico, bem como de suas ciências, integrando a toponímia aos estudos onomásticos e estes à lexicologia. Abordou-se, ainda neste capítulo, a definção de nome próprio sob diversas perspectivas teóricas, o que nos permitiu chegar às especificidades do nome próprio de lugar – 804 o topônimo – cuja “carga significativa guarda estreita ligação com o solo, o clima, a vegetação abundante ou pobre e as próprias feições culturais de uma região em suas diversas manifestações de vida”. (DICK, 1990, p. 105). O capítulo 2, Religiosidade e Toponímia, apresentou informações concernentes à origem e à história do culto aos santos e à Virgem Maria. Além disso, neste capítulo, contextualizamos a presença da religiosidade refletida na devoção aos santos no Brasil e, em especial, em território mineiro; tecendo, ao final, breves considerações acerca de estudos hiero-hagiotoponímicos já realizados. Explicitados, no Capítulo 3, os Procedimentos teórico-metodológicos destacaram como base teórico-metodológica as orientações Duranti (2000), no que concerne ao conceito de cultura, o modelo variacionista de Labov (1974) e a metodologia de pesquisa onomástica segundo os moldes de Dauzat (1926) e Dick (1990a, 1990b, 2004 e 2006). Também coube a este capítulo explicitar os critérios utilizados para a formação dos nossos corpora e para o tratamento e análise dos dados, bem como os procedimentos adotados para a elaboração das fichas lexicográficas e para a confecção do glossário e das cartas toponímicas Assim, partimos do presente, identificando, a partir da consulta ao banco de dados do Projeto ATEMIG, as denominações hagiotoponímicas presentes em território mineiro na contemporaneidade; voltamos ao passado, quando consultamos se essas denominações aparecem em mapas históricos de Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX; e, finalmente, retornamos ao presente, ao fazer uma análise comparativa dos corpora, o que nos permitiu perceber como o processo designativo a partir de hagiotopônimos se deu diacronicamente no Estado. No Capítulo 4 – Apresentação e Análise dos Dados – apresentamos, contextualizamos, descrevemos e analisamos todos os dados toponímicos que integram os corpora desta pesquisa. Inicialmente, apresentamos os dados contemporâneos e dados históricos em quadros sintéticos. Logo, na sequência, esses dados foram descritos criteriosamente em fichas lexicográfico-toponímicas, baseadas em modelo de Dick (2004). Contemplando todos os 5649 hagiotopônimos contemporâneos e os 647 históricos, as fichas trazem, além do número de ocorrências por mesorregião ou por período histórico, a estrutura linguística de cada topônimo e breves informações enciclopédicas sobre a entrada lexical de cada ficha. Somando 239 fichas, temos 113 fichas destinadas aos nomes de santos; 86, aos nomes de santas; e 40, aos mariotopônimos. 805 Apresentadas as fichas, passamos à etapa da análise quantitativa, em que, a fim de discutirmos os resultados apontados na análise descritiva dos dados, isto é, nas fichas lexicográficas, explicitamos a quantificação dos topônimos em gráficos, tabelas, quadros comparativos e, ainda, em cartas toponímicas elaboradas para este fim. Apresentamos, no Capítulo 5, a Distribuição geotoponímica dos dados contemporâneos, isto é, considerando as categorias onomásticas analisadas em nosso trabalho, apresentamos a localização geográfica de cada ocorrência dos topônimos que integram o corpus de dados contemporâneos. Para tanto, elaboramos uma proposta de glossário hagiotoponímico, contendo 822 verbetes, dos quais 569 referem-se aos nomes de santos; 210 são nomes de santas e 43 são mariotopônimos, ou topônimos relativos às invocações da Virgem Maria. Esses verbetes trouxeram também a identificação do tipo de acidente e o número de ocorrências de cada hagiotopônimo extraído do banco de dados do Projeto ATEMIG, bem como, em alguns casos, uma nota explicativa informando que o topônimo também apareceu em algum dos períodos históricos considerados. Além disso, a fim de ilustrar a informação referente à localização geográfica dos topônimos analisados, fizemos, por meio da elaboração de algumas cartas toponímicas, o mapeamento dos nomes mais produtivos. Podemos, pois, dizer que ao longo dos capítulos enumerados, os objetivos propostos no início da pesquisa foram alcançados, uma vez que i) procedemos ao levantamento dos hagiotopônimos em território mineiro a partir da consulta ao banco de dados do ATEMIG; ii) verificamos o registro desses topônimos religiosos em mapas de Minas Gerais dos séculos XVIII e XIX; iii) procedemos à descrição e análise linguística dos dados e, além disso, fizemos uma análise comparativa dos corpora, observando as variações diacrônicas e as mudanças e manutenções toponímicas em nomes de municípios; iv) por fim, elaboramos uma proposta de glossário hagiotoponímico; v) e apresentamos algumas cartas toponímicas que permitiram o mapeamento dos nomes de origem religiosa em todo o território mineiro. Diante desse percurso percorrido, julgamos pertinente fazer, neste fecho do trabalho, as seguintes considerações: a) as denominações hagiotoponímicas mineiras referem-se, principalmente, aos acidentes humanos, dentre os quais destacam-se as fazendas, que representam mais de 65% em todas as categorias toponímicas consideradas. Apesar de figurarem em 806 menor número, os acidentes físicos merecem destaque no diz respeito aos córregos e ribeirões, que também apresentam significativo número de ocorrências. b) contrariando a nossa hipótese inicial, contemporaneamente, a preferência regional pelo emprego sistemático dos hagiotopônimos, em território mineiro, não se destaca nas regiões por onde passaram as bandeiras, isto é, nas regiões do ouro. Pelo contrário, tem maior realce nas mesorregiões Zona da Mata, Vale do Mucuri e Vale do Rio Doce, nessa ordem, regiões de povoamento tardio, caracterizadas, sobretudo pela presença da Mata Atlântica e pelos solos férteis que serviram, além da criação de gado, a cultivos diversos para o abastecimento da capitania. Ressalta-se, ainda, o fato de, nessas regiões, também estarem concentradas os maiores índices de fazendas, o que pode justificar a elevada densidade desses nomes religiosos, já que esses acidentes, conforme demostramos e também demonstrou Maeda (2006), tendem a ser batizados preferencialmente pela motivação religiosa. c) assim como nos séculos XVIII e XIX, os nomes de santos ou hagiotopônimos masculinos são predominantes no léxico toponímico atual de todas as mesorregiões, destacando-se os cultos reconhecidos oficialmente pela Igreja e bastante difundidos popularmente no Brasil. Dentre eles, os cinco mais produtivos são Santo Antônio, São José, São João, São Pedro e São Sebastião. d) apresentando-se em número duas vezes menor do que os nomes masculinos nos dois corpora, os nomes de santas mais produtivos tanto nos dados contemporâneos quanto nos dados históricos são Santa Ana, Santa Rita, Santa Maria, Santa Bárbara, Santa Isabel e Santa Luzia, sendo que, com exceção de Santa Rita que não aparece nas mesorregiões Campo das Vertentes e Central Mineira, os outros hagiônimos aparecem em todas as mesorregiões mineiras. Convém ressaltar ainda a presença significativa de Santa Anna nos dados históricos e Santa Ana/Santana (e outras variações) nos dados contemporâneos, sobretudo nas mesmas regiões do estado de povoamento mais antigo. e) há, na toponímia mineira, marcas de cultos regionais. Dentre os quais, citamos: São Geraldo, que apesar de apresentar ocorrências em todas as mesorregiões, tem maior realce no Vale do Rio Doce; Santo Inácio, no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba; São Tiago/Santiago, nas mesorregiões centrais; Santa Luzia e sua 807 variante Santa Lúcia, no Sul e Sudoeste de Minas; Santa Terezinha, no Vale do Rio Doce e no Vale do Mucuri; e Santa Marta, no Vale do Rio Doce. f) um dado interessante que parece denotar intimidade e afeto entre o denominador e o santo de sua devoção escolhido nomear os acidentes geográficos a sua volta é a presença do diminutivo em antropônimos de alguns hagiotopônimos, quais sejam: Santo Antoninho, São Joãozinho, São Joanico, São Juanico, São Mateuzinho, São Miguelzinho, São Bentinho, Santa Aninha, Santaninha, Santa Rosinha e Santa Julinha. g) A principal diferença entre os dois corpora está nos mariotopônimos, que, em números percentuais, nos dados históricos, é quase 2 vezes maior em relação aos dados contemporâneos e essa diferença seria ainda maior se desconsiderássemos, destes últimos, os nomes mais recorrentes, quais sejam: Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora de Fátima, cujas ocorrências somam, no total, 59,5% do total dessa categoria toponímica. h) As invocações marianas que se ligam à história do povoamento de Minas Gerais, sobretudo, pelas irmandades e, consequentemente, pelos inúmeros templos religiosos que se fizeram e fazem presentes em solo mineiro não são produtivas na toponímia do estado, apresentando-se com número reduzido de ocorrências. Dentre elas, destacamos: Nossa Senhora da Conceição (7), Nossa Senhora do Carmo (6), Nossa Senhora do Rosário (4), Nossa Senhora das Dores (3), Nossa Senhora das Mercês (3) e, ainda, a padroeira de Minas Gerais, Nossa Senhora da Piedade (1). Ressalta-se, entretanto, que os títulos determinativos dessas invocações são recorrentes em todo território mineiro, o que constitui uma interessante possibilidade de pesquisa futura. i) em síntese, o costume de dar aos lugares um nome de santo, em Minas Gerais, sempre foi uma constante nos diversos períodos de sua história, desde o início do povoamento até os dias atuais, o que se revela como uma herança portuguesa que tem sido preservada ao longo das gerações como um verdadeiro patrimônio sócio- linguístico-cultural. Com a certeza de que não esgotamos o assunto, ao finalizar esta pesquisa, esperamos que a proposta inicial de descrever o léxico hagiotoponímico de Minas Gerais 808 tenha sido alcançada e que esta seja uma contribuição para os estudos que se pautam na inter- relação língua, cultura e sociedade. 809 REFERÊNCIAS ABBADE, Celina M. S. Filologia e o Estudo do Léxico. In: Magalhães, José S. e Travaglia, Carlos (orgs.). Múltiplas perspectivas em Linguística. Uberlândia: EDUFU, 2008, pp. 716- 721. Disponível em http://www.filologia.org.br/ileel/artigos/artigo_244.pdf. Acesso em 25 jan.2014 ALINEI, Mario. Lingua e dialetti: struttura, storia e geografia. Bologna: Ed. Il Mulino, 1984, pp. 13-21. ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de. O culto de Nossa Senhora no Porto na Época Moderna. Perspectiva antropológica. In.: Revista de História – Actas do Colóquio O Porto na Época Moderna – INIC Centro de História da Universidade do Porto, Porto, II, 1979, 159- 173. 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