Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/32639
Registro completo de metadatos
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisor1Ana Maria Rabelo Gomespt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/9504461153751227pt_BR
dc.contributor.referee1Bernardo Jefferson de Oliveirapt_BR
dc.contributor.referee2Celeste Ciccaronept_BR
dc.creatorCynthia Inés Carrillo Sáenzpt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/3222170101000870pt_BR
dc.date.accessioned2020-03-02T17:41:38Z-
dc.date.available2020-03-02T17:41:38Z-
dc.date.issued2017-09-26-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/32639-
dc.description.abstractThis work approaches the female Yawanawa pajés shamanic learning as a transformation. Initially departing from the concept of learning as genesis, the complexity of processes involved in shamanic learning points to other directions. The body, central issue for the comprehension of the conception of person in American indigenous societies, is the local where transformations occur. Starting from the body approach, we analyze how being Yawanawa, being a Yawanawa woman and being a Yawanawa pajé are conceptualized. The Yawanawa body is produced, and, through a long process, it is imbued with male or female agency. Yawanawa female body and agency are associated to the production of human beings through processes of gestation and nurturing, and are associated to the bata (sweet) category, while Yawanawa male body is formed with more tsimu (bitter), and is prepared for interactions with non-human beings, yuxin. Furthermore, female body is, naturally, due to its processes related to its specificity (menstruation, pregnancy, puerperium), is a ‘visible’ body to the eyes of the yuxin, and susceptible to their revengeful and predatory action. On the other side, the pajé’s body is that one which transforms itself through a series of processes: diets and rigorous isolation, and the use bitter substances considered to be ‘strong spirits’, such as muká, seya, uni, rume and yutxi, which whom the pajé turns one (samakei), with the objective of ‘seeing’ the yuxin and ‘being seen’ by them as an affine or relative, as well as developing capacities such as being able to transform himself and to transform the surrounding reality. In the past, shamanic practice was exclusive to men. Due to the colonization processes suffered by the Yawanawa people, it was almost abandoned for decades (form the 60’s to 1999). Stem from various historical processes, related to interactions between the Yawanawas and the nawas (white people) world, such as identity affirmation, land demarcation and alliances with nawas, a new generation of pajés emerges with the resumption of muká initiations. In this new generation of pajés, as a consequence of the initiation of two sisters, Hushahu and Putanny, further transformations are produced on the field of female agency as well as on shamanic agency: kenes (drawings), which are shot through with ‘the force’, emerge, and female chanting gets into the uni (ayahuasca) rituals. Through the muká sacred oath, women transform a female body into a female pajé body. And, as pajés, they acquire the capability of transforming themselves, and transforming reality around them. Here we go through this transformation from woman to pajé, departing from the mythological narration, as a metaphor and conducting thread; as well as from ethnographic data collected from initiated pajés, and the researcher’s own field camp transformation experience.pt_BR
dc.description.resumoEste trabalho aborda a aprendizagem xamânica das mulheres pajés Yawanawa como transformação. Partindo, inicialmente da noção de aprendizagem como gênese, a complexidade de processos implicados na aprendizagem xamânica aponta outras direções. O corpo, tema central para a compreensão da noção de pessoa nas sociedades ameríndias, é o local onde as transformações acontecem. A partir da perspectiva do corpo, analisamos a forma como conceituam o ser Yawanawa, ser mulher Yawanawa e ser pajé Yawanawa. O corpo Yawanawa é produzido, e, através de um longo processo, e imbuído de agência masculina ou feminina. O corpo feminino Yawanawa e a agência feminina estão associados à produção de seres humanos através dos processos de gestação e nutrição, e associados à categoria bata (doce), enquanto o corpo masculino Yawanawa é formado com mais tsimu (amargo), e preparado para interações com seres não-humanos, yuxin. Ainda, o corpo feminino, pelos seus processos relacionados à sua especificidade (menstruação, gestação, puerpério) seria um corpo ‘visível’ aos olhos dos yuxin, e sujeito à ação vingativa e predatória dos mesmos. Por outro lado, o corpo do pajé é aquele que se transforma através de uma série de processos: dietas e rigorosos resguardos e uso de substâncias amargas consideradas ‘espíritos fortes’, tais como o muká, o seya, o uni, o rume e o yutxi, com os quais o pajé torna-se um (samakei), com a finalidade de ‘ver’ os yuxin e ‘ser visto’ por eles como afim ou parente, assim como desenvolver a capacidade de se transformar e transformar a realidade ao seu redor. No passado, a prática xamânica era restrita aos homens. Em decorrência dos processos colonizadores sofridos pelo povo Yawanawa, a mesma foi quase abandonada durante décadas (da década de 60 a 1999). A partir de vários processos históricos, relacionados às interações dos Yawanawa com o mundo dos nawa (brancos), tais como afirmação da identidade, demarcação de terra e aliança com nawas, surge uma nova geração de pajés, com a retomada das iniciações do muká. Nesta nova geração de pajés, a partir da iniciação de duas irmãs, Hushahu e Putanny, novas transformações são produzidas tanto no campo da agência feminina como da agência xamânica: surgem os kenes (desenhos) permeados ‘da força’ e o canto feminino ingressa aos rituais de uni (ayahuasca). A partir do juramento sagrado do muká, as mulheres transformam, um corpo de mulher, em um corpo de mulher pajé. E, como pajés, adquirem a capacidade de se transformarem, e de transformarem a realidade em sua volta. Aqui percorremos a transformação de mulher a pajé, a partir da narrativa mítica, como metáfora e fio condutor; e também, a partir de dados etnográficos de pajés iniciadas(os), assim como da experiência de transformação vivenciada em campo pela pesquisadora.pt_BR
dc.description.sponsorshipCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológicopt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Socialpt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectAprendizagem como transformaçãopt_BR
dc.subjectXamanismo feminino Yawanawapt_BR
dc.subjectAprendizagem ritualpt_BR
dc.subjectCorpo de mulher pajépt_BR
dc.subject.otherEducaçãopt_BR
dc.subject.otherÍndios da América do Sul - Mulherespt_BR
dc.subject.otherXamanismopt_BR
dc.titleDe mulher a pajé: aprendizagem das mulheres pajés Yawanawa como transformaçãopt_BR
dc.title.alternativeFrom woman to pajé: Yawanawa female shamans' apprenticeship as a transformationpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
Aparece en las colecciones:Dissertações de Mestrado

archivos asociados a este elemento:
archivo Descripción TamañoFormato 
Dissertação Cynthia Carrillo final.pdfDe mulher a pajé: Aprendizagem das mulheres pajés Yawanawa como transformação1.53 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Los elementos en el repositorio están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, salvo cuando es indicado lo contrario.