Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/35234
Registro completo de metadatos
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.advisor1Frederico Canutopt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/6054798443325592pt_BR
dc.contributor.referee1Gabriela Leandro Pereirapt_BR
dc.contributor.referee2Renata Moreira Marquezpt_BR
dc.creatorNatália de Sousa Mourapt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/3226794937201124pt_BR
dc.date.accessioned2021-03-18T11:37:15Z-
dc.date.available2021-03-18T11:37:15Z-
dc.date.issued2020-12-07-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/35234-
dc.description.abstractQuestioning the ways of knowing, mapping, and archiving instituted by modern thought, this thesis seeks to articulate disorientation as a possibility of coping and escaping modern ways of knowing based on Denise Ferreira da Silva’s and Diana Taylor’s thought. The production and transmission of knowledge that defines the world as we know it derives from the written archive, as well as its inscription in history, and is mediated by Cartesian, linear, binary, and arbitrary guidance systems, which dictate what remains outside and what is allowed inside, for what or who the past, present and future are destined to. This construction of thought occurs from the institution and fictionalization of a model to be followed that has its consolidation in the invasion and colonization of the territories known today as America (s) by the Europeans and in the expropriation of bodies through slavery, with the creation of the racial and cultural Other as opposed to a universal Self. I write from the deep understanding that decolonization is not a metaphor (TUCK, YANG, 2012) or, in other words, it is not a new way of naming justice, but something articulated with the destruction of the idea of the world that we have known (FERREIRA DA SILVA, 2019; MOMBAÇA, 2019). And in doing so, I connect this writing to a practice of radical research and imagination imbued by places (and bodies) marked as “ends of the world” (fins de mundo), wild, backward, demonic, dusty, infernal in the sense that they are survivors of the ends. Suddenly I can glimpse the fictionalization of other possible worlds outside modern logic. The primary fictional terrain of the thesis is Lisieux, a district in Ceará northwestern hinterland, located in Brazil northeast, an “end of the world” (fim de mundo). In its official history, the Church village stands as a landmark of origin (60 years), following an idea of linear time and progress established since colonization. Therefore, the archive that tells the village story stays frozen in an arbitrary sequence, and its limits are imposed by imaginary lines that serve the logic determined by those with power, that is, the Church and landowners. Nonetheless, this place location as and in the hinterland ensures that there is always something that escapes, that blurs the view, that cannot be entirely ascertained. The very floor where we walk on tells of a much longer time structure than that of our body can understand. Its archive is alive, articulating itself more as an apparition, performance (incorporation), and imagination than as “archivable” and capturable truth, document, and institution. It is a radical, impermanent, disorienting, threatening, premonitory, and infinite file.pt_BR
dc.description.resumoQuestionando as formas de conhecer, mapear e arquivar instituídas pelo pensamento moderno, o presente trabalho busca, a partir do pensamento de Denise Ferreira da Silva e Diana Taylor, articular a desorientação como possibilidade de enfrentamento e escape aos modos modernos de conhecer. A produção e transmissão do conhecimento que definem o mundo tal como o conhecemos, derivadas do arquivo escrito, assim como sua própria inscrição na História, são mediadas por sistemas de orientação cartesianos, lineares, binários e arbitrários, os quais ditam o que fica de fora e o que está dentro, a que ou quem destina-se o passado, presente e futuro. Essa construção de pensamento se dá a partir da instituição e ficcionalização de um modelo a ser seguido que tem sua consolidação na invasão e colonização dos territórios conhecidos hoje como América(s) pelos europeus e na expropriação de corpos pela escravização, com a criação do Outro racial e cultural em oposição à um Eu universal. Entendendo que a descolonização não é uma metáfora (TUCK, YANG, 2012), ou seja, não é um novo modo de nomear justiça, mas sim algo articulado com a destruição da ideia de mundo que nos foi dado a conhecer (FERREIRA DA SILVA, 2019; MOMBAÇA, 2019), vinculo esta escrita a uma prática de estudo e imaginação radicais, no contexto advindo de lugares (e corpos) marcados como fins de mundo, selvagens, atrasados, demoníacos, empoeirados, infernais, isto é, sobreviventes dos fins, e vislumbro a ficcionalização de outros mundos possíveis fora da lógica moderna. Seu terreno ficcional principal é Lisieux, distrito do sertão noroeste do Ceará, nordeste do Brasil, um fim de mundo. Em sua história oficial, a Igreja consta como marco de origem (60 anos) e segue uma ideia de tempo linear e de progresso estabelecidos desde a colonização. O arquivo que narra a história é então congelado em uma sequência arbitrária, seus limites são impostos em linhas imaginárias que seguem lógicas determinadas por quem tem poder, ou seja, Igreja e proprietários de terra. Porém, dada sua posição como e no sertão, há sempre algo que escapa, que borra a visão, que não pode ser totalmente verificado, onde o próprio chão que pisamos fala de uma estrutura de tempo muito mais longa do que a que o nosso corpo compreende. Seu arquivo é vivo, se articula mais como aparição, performance (incorporação) e imaginação do que enquanto verdade, documento e instituição “arquiváveis” e capturáveis. Um arquivo radical, impermanente, desorientador, ameaçador, premonitório e infinito.pt_BR
dc.description.sponsorshipFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Geraispt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentARQ - ESCOLA DE ARQUITETURApt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismopt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/*
dc.subjectSertãopt_BR
dc.subjectColonizaçãopt_BR
dc.subjectFim de mundopt_BR
dc.subjectArquivopt_BR
dc.subjectApariçãopt_BR
dc.subjectImaginação radicalpt_BR
dc.subjectColonizationpt_BR
dc.subjectEnd of the worldpt_BR
dc.subjectArchivept_BR
dc.subjectApparitionpt_BR
dc.subjectRadical Imaginationpt_BR
dc.titleInvocação para o fim: o sertão como arquivopt_BR
dc.title.alternativeInvocation to the end: the "sertão" as archivept_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
Aparece en las colecciones:Dissertações de Mestrado

archivos asociados a este elemento:
archivo Descripción TamañoFormato 
Invocação para o fim - o sertão como arquivo.pdf126.49 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este elemento está licenciado bajo una Licencia Creative Commons Creative Commons