Mortality from idiopathic pulmonary fibrosis: a temporal trend analysis in Brazil, 1979-2014

Abstract

Objetivo: Analisar a mortalidade por fibrose pulmonar idiopática (FPI) no Brasil ao longo período 1979-2014. Métodos: Os microdados foram extraídos do National National Banco de Dados de Mortalidade do Ministério da Saúde. Apenas os óbitos cuja causa básica foi codificado como Classificação Internacional de Doenças versão 9 (CID-9) 515 ou 516.3 (até 1995) ou como CID versão 10 (CID-10) J84.1 (de 1996 em diante) foram incluídos em nosso análise. As taxas de mortalidade padronizadas foram calculadas para a população brasileira de 2010. A tendência anual das taxas de mortalidade foi analisada por regressão joinpoint. Nós calculamos razões de risco (RRs) por faixa etária, período de tempo da morte e sexo, usando uma pessoa-ano denominador. Resultados: Foram registrados 32.092 óbitos no período do estudo. As taxas de mortalidade padronizadas apresentaram tendência ascendente, passando de 0,24/100.000 habitantes em 1979 para 1,10/100.000 habitantes em 2014. A tendência anual de aumento das taxas de mortalidade teve dois pontos de inflexão, em 1992 e 2008, separando três segmentos temporais distintos com crescimento anual de 2,2%, 6,8% e 2,4%, respectivamente. A comparação de RR para as faixas etárias, tendo como referência a faixa etária de 50 a 54 anos, e para o estudo período, usando 1979-1984 como referência, foram 16,14 (14,44-16,36) e 6,71 (6,34-7,12), respectivamente. Homens comparados com mulheres apresentaram taxas de mortalidade padronizadas mais altas (por 100.000 pessoas-ano) em todas as faixas etárias. Conclusão: As taxas brasileiras de mortalidade por FPI são inferiores aos de outros países, sugerindo subdiagnóstico ou subnotificação. O tendência temporal é semelhante às relatadas na literatura e não é explicada apenas por envelhecimento da população.