Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/66047
Type: Tese
Title: Relacionamentos românticos frente à adversidade: estudos sobre os transtornos do neurodesenvolvimento e a Covid-19
Authors: Lorrayne Stephane Soares
First Advisor: Débora Marques de Miranda
First Co-advisor: Jonas Jardim de Paula
Abstract: O fenômeno dos relacionamentos sociais compõe uma parte central da existência humana, e há muito tempo os relacionamentos românticos já vêm sendo apontados como importante fator protetivo no que diz respeito à saúde mental. Alguns transtornos mentais, porém, parecem apresentar um padrão problemático de relacionamentos, como parece ser o caso de alguns transtornos do Neurodesenvolvimento, como o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Dessa forma, neste trabalho nos propusemos a observar a relação entre os relacionamentos românticos, estresse e a saúde mental, bem como particularidades associados a esses transtornos, através de 3 estudos. Os resultados do Estudo 1 apontam uma variação no estado civil a depender dos sintomas dos Transtornos do Neurodesenvolvimento, de forma que a taxa de indivíduos que nunca havia se casado foi maior entre aqueles com traços de TEA, enquanto no grupo de indivíduos com sintomas mais elevados de TDAH encontramos uma taxa de divórcio mais elevada. Além disso, aqueles com sintomas mais elevados de TDAH, bem como sintomas elevados dos dois transtornos apresentaram maior intensidade de amor apaixonado. O estudo 2, realizado durante os primeiros meses da pandemia de COVID-19, apontou para um efeito positivo dos relacionamentos no humor dos participantes, e para um efeito moderador da responsividade na relação entre stress e saúde mental entre indivíduos em um relacionamento, mas que não moravam juntos. Um ano depois, esses participantes foram reavaliados para acompanhamento, compondo o terceiro estudo. Os resultados longitudinais apontam para uma piora dos níveis de estresse relacionados a mudanças provocadas pela pandemia. Apesar disso, os participantes reportam maior satisfação com o relacionamento, bem como na responsividade percebida. Além disso, observamos uma melhora no humor dos participantes, com um efeito do estado civil, de forma que indivíduos casados ou que moravam juntos apresentaram melhora do humor mais pronunciada, quando comparados a indivíduos solteiros. Tomados em conjunto, os resultados dos nossos estudos reforçam a relevância dos diferentes tipos de relacionamentos românticos no bem-estar geral e saúde mental dos adultos, e o efeito protetivo do casamento, além da importância de melhor investigar os mecanismos que poderiam contribuir de forma negativa para o perfil de relacionamentos amorosos observado nos transtornos do neurodesenvolvimento.
Abstract: The phenomenon of social relationships is a central part of human existence, and close relationships have long been pointed out as an important protective factor with regard to mental health. Some mental disorders, however, seem to present a problematic pattern of relationships, as seems to be the case with some Neurodevelopmental Disorders, such as Attention Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD) and Autism Spectrum Disorder (ASD). Thus, in this work, we proposed to observe the relationship between romantic relationships, stress and mental health, as well as the particularities associated with these disorders, through 3 studies. Study 1 points to a variation in marital status depending on the symptoms of Neurodevelopmental Disorders, so that the rate of individuals who had never been married was higher among those with ASD traits, while in the group of individuals with higher ADHD symptoms we found a higher divorce rate. In addition, those with higher ADHD symptoms and higher symptoms of both disorders had greater intensity of passionate love. Study 2, conducted during the earlier stages of the COVID-19 pandemic, pointed to a positive effect of relationships on the mood of participants, and to a moderating effect of responsiveness in the relationship between stress and mental health among individuals in a relationship but who did not cohabit. One year later, these participants were re-evaluated for a follow-up, composing the third study. The longitudinal analyses point to an increase in social and work-related stressors caused by the pandemic, but also a greater relationship satisfaction and partner perceived responsiveness. In addition, we observed an improvement in the participants' mood, with an effect of marital status, with married/cohabiting individuals showing a more pronounced improvement in mood, when compared to single individuals. Taken together, the results of our studies reinforce the relevance of various types of affective relationships in the general well-being and mental health of adults and the importance of thoroughly investigating which mechanisms would be contributing negatively to the relationship between neurodevelopmental disorders and the development and maintenance of loving relationships.
Subject: Saúde Mental
Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade
Relações Interpessoais
COVID-19
Transtorno do Espectro Autista
Dissertação Acadêmica
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Medicina Molecular
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/66047
Issue Date: 5-Jul-2022
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