Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/81186
Tipo: Monografia (especialização)
Título: Shunt portossistêmico congênito extra-hepático em um felino
Título(s) alternativo(s): Congenital extrahepatic portosystemic shunt in a feline
Autor(es): Letícia Monteiro Barbosa
primer Tutor: Anelise Carvalho Nepomuceno
primer miembro del tribunal : Bruno Ferrante
Segundo miembro del tribunal: Fernanda Guimarães Miranda
Resumen: O shunt portossistêmico é a afecção hepatobiliar circulatória mais frequente na Clínica de Pequenos Animais, sendo mais comum em cães, porém considerada rara em gatos, havendo algumas variações em relação à apresentação e predileção sexual dessa enfermidade entre as duas espécies. Os desvios portossistêmicos são anomalias vasculares, que consistem na conexão anômala entre a circulação porta e a circulação sistêmica, podendo ter origem congênita ou adquirida e ocorrer na forma extra-hepática ou intra-hepática. No caso do shunt adquirido, essa é uma forma de adaptação do organismo para dar vazão a um aumento da pressão sanguínea na circulação portal e que é originada por uma afecção primária, enquanto no shunt congênito essa anomalia leva ao desvio do fluxo sanguíneo vindo do baço, estômago, pâncreas e intestinos, que deveria passar pelo fígado, diretamente para a circulação sistêmica. Dessa maneira, diversas substâncias e toxinas que deveriam passar por metabolização hepática são levadas para outros sistemas orgânicos, causando prejuízo ao desenvolvimento hepático e efeitos deletérios ao sistema nervoso central - principalmente pelo desenvolvimento de encefalopatia hepática -, urinário e gastrointestinal. Na pesquisa diagnóstica dos shunts portossistêmicos deve ser considerado o histórico e exame físico do animal. Algumas alterações hematológicas e de urinálise podem ser observadas, porém as técnicas imagiológicas, como a Ultrassonografia e Tomografia Computadorizada são os métodos de diagnóstico padrão ouro. Para a abordagem terapêutica dos shunts congênitos, existe a conduta clínica, que tem por objetivo manejar os sinais clínicos, principalmente neurológicos, e a cirúrgica, que é a única forma de corrigir o desvio, havendo diversas técnicas para abordagem de diferentes tipos de desvio e com tempo de atenuação variável dos vasos anômalos. O presente trabalho teve como objetivo relatar o caso de um felino, de cinco meses, macho, que foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As tutoras relataram maior fragilidade e menor taxa de crescimento em relação aos demais indivíduos da ninhada, além de sinais neurológicos, como prostração, alterações de equilíbrio, tremor de cabeça, andar cambaleante, e características particulares, dentre elas língua protrusa e íris acobreadas, aspecto observado em parte dos gatos portadores de shunt portossistêmico congênito. Foram coletados exames de sangue e urina inicialmente, na urinálise foram observados cristais de biurato de amônio, formados pelo excesso de ácido úrico na urina, direcionando o caso para uma suspeita de shunt portossistêmico congênito. Assim, procedeu-se ao exame de Ultrassonografia, que confirmou a presença de shunt e, em seguida, para o exame de Tomografia Computadorizada, para elaboração do planejamento cirúrgico. Neste caso foram empregadas as condutas clínica e atenuação cirúrgica com constritor ameróide para manejo dos sinais clínicos e correção do desvio.
Abstract: Portosystemic shunt is the most common hepatobiliary circulatory condition in the Small Animal Clinic, being more frequent in dogs but considered rare in cats. There are some variations in the presentation and sex predilection of this disease between the two species. Portosystemic shunts are vascular anomalies that consist of an abnormal connection between the portal circulation and the systemic circulation. They can be congenital or acquired and occur in either an extra-hepatic or intra-hepatic form. In the case of acquired shunt, it is a form of adaptation of the organism to relieve an increase in blood pressure in the portal circulation, originating from a primary disease. On the other hand, in congenital shunt, this anomaly leads to the diversion of blood flow from the spleen, stomach, pancreas, and intestines, which should pass through the liver, directly into the systemic circulation. As a result, various substances and toxins that should undergo hepatic metabolism are carried to other organ systems, causing damage to liver development and detrimental effects on the central nervous system — mainly due to the development of hepatic encephalopathy — urinary, and gastrointestinal systems. In diagnosing portosystemic shunts, the animal’s history and physical examination should be considered. Some hematological changes and urinalysis alterations may be observed, but imaging techniques such as ultrasound and computed tomography are the gold standard diagnostic methods. For the therapeutic approach to congenital shunts, there is a clinical approach aimed at managing clinical signs, particularly neurological, and a surgical approach, which is the only way to correct the shunt, with several techniques for addressing different types of shunts and varying attenuation times for the anomalous vessels. The present work aimed to report the case of a five-month-old male cat that was treated at the Veterinary Hospital of the Federal University of Minas Gerais (UFMG). The owners reported greater fragility and slower growth compared to other littermates, along with neurological signs such as prostration, balance disturbances, head tremors, stumbling gait, and particular features, including protruding tongue and amber-colored irises, a characteristic seen in some cats with congenital portosystemic shunt. Blood and urine tests were initially collected, and urinalysis revealed ammonium biurate crystals formed by excessive uric acid in the urine, leading to a suspicion of congenital portosystemic shunt. An ultrasound examination was performed, confirming the presence of a shunt, followed by a computed tomography scan to plan the surgical procedure. In this case, both clinical management and surgical attenuation with an ameroid constrictor were employed to manage the clinical signs and correct the shunt.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: VETER - ESCOLA DE VETERINARIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária
Tipo de acceso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/81186
Fecha del documento: 29-nov-2024
Aparece en las colecciones:Especialização em Residência Integrada em Medicina Veterinária

archivos asociados a este elemento:
archivo Descripción TamañoFormato 
Shunt portossistêmico congênito extra-hepático em um felino - relato de caso (1).pdf4.74 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Los elementos en el repositorio están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, salvo cuando es indicado lo contrario.