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Tipo: Dissertação
Título: Ganho de peso gestacional: uma análise comparativa entre as recomendações do Institute of Medicine (IOM) e as novas curvas Brasileiras
Autor(es): Jaqueline Aparecida Braga Lucas
primer Tutor: Tatiani Uceli Maioli
primer Co-tutor: Lícia Torres
Resumen: Introdução: A gestação é um fenômeno complexo que envolve múltiplos fatores, com destaque para o ganho de peso gestacional (GPG). O GPG adequado é fundamental para garantir a saúde materno- infantil, no entanto, tanto o GPG excessivo quanto insuficiente podem trazer desfechos desfavoráveis para saúde de ambos. Tendo em vista as alterações no GPG, o Ministério da Saúde do Brasil preconiza o acompanhamento do peso e avaliação do estado nutricional no pré-natal a fim de prevenir possíveis complicações. Assim, as ferramentas utilizadas para acompanhamento do GPG são baseadas no Institute of Medicine (IOM) 2009. Apesar de ser uma diretriz adotada mundialmente foram criadas para gestantes norte-americanas e podem não ser adequadas para a população Brasileira. Diante da situação epidemiológica da obesidade feminina no Brasil, pesquisadores Brasileiros do Observatório de Epidemiologia Nutricional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram, nos anos de 2021 e 2022, Novas Curvas e recomendações de GPG para a população Brasileira, que foram então adotadas pelo Ministério da Saúde no final de 2022. Assim, o objetivo deste trabalho foi comparar o percentual do GPG entre as recomendações de GPG do IOM com às Novas Curvas Brasileiras, e ainda verificar se o consumo alimentar estava compatível com o GPG. Trata-se de um estudo retrospectivo transversal, foram incluídas 58 mulheres com idade de 18 e 43 anos, entre o final do 3º trimestre gestacional até 5 dias pós-parto, foram coletados dados de peso pré-gestacional e altura, para cálculo do IMC pré-gestacional, classificado como: baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade. Foram reunidos ainda dados socioeconômicos, de saúde e de consumo alimentar das gestantes, bem como o peso ao nascer dos bebês. Segundo as recomendações do IOM, 12 mulheres (20,68%) tiveram GPG insuficiente, 23 (39,66%) adequado, e 23 (39,66%) excessivo. Com as Novas Curvas, 8 (13,79%) tiveram GPG insuficiente, 10 (17,24%) adequado, e 40 (68,97%) excessivo. É possível verificar que o excesso de peso é mais frequente nas recomendações das Novas Curvas, o que significa que ela detecta mais o excesso de peso do que o IOM. Quanto ao consumo calórico recomendado com base na Estimated Energy Requirements (EER) 2023 e Recommended Dietary Allowance (RDA) 1989, percebe-se que a recomendação de energia da RDA 1989 é mais compatível com a quantidade de energia que a gestante relatou consumir. As mulheres com obesidade consomem menos alimentos in natura e mais ultraprocessados. Além disso, as gestantes que ganharam mais peso durante a gestação tiveram maior frequência de nascimento de bebês maiores. Porém, somente 1 criança nasceu grande para idade gestacional. Conclusão: O presente estudo, sugere que as Novas Curvas de GPG identificam um percentual maior de gestantes com GPG excessivo do que a classificação do IOM. Gestantes com GPG excessivo, classificados tanto pelo IOM quanto pelas Novas Curvas, apresentaram bebês maiores ao nascer sem desfechos adversos. As Novas Curvas representam um passo importante para uma avaliação mais precisa do GPG em gestantes Brasileiras, com o potencial de contribuir para a redução do GPG e da retenção de peso após o parto.
Abstract: Pregnancy is a complex phenomenon that involves multiple factors, with emphasis on gestational weight gain (GWG). Adequate GWG is essential to ensure maternal and child health; however, both excessive and insufficient GWG can lead to unfavorable health outcomes for both. In view of changes in GWG, the Brazilian Ministry of Health recommends monitoring weight and assessing nutritional status during prenatal care in order to prevent possible complications. Thus, the tools used to monitor GWG are based on the Institute of Medicine (IOM) 2009. Although this is a guideline adopted worldwide, it was created for North American pregnant women and may not be suitable for the Brazilian population. Given the epidemiological situation of female obesity in Brazil, Brazilian researchers from the Nutritional Epidemiology Observatory of the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ) developed, in 2021 and 2022, New Curves and GWG recommendations for the Brazilian population, which were then adopted by the Ministry of Health at the end of 2022. Thus, the objective of this study was to compare the GWG percentage between the IOM GWG recommendations and the New Brazilian Curves, and also to verify whether food consumption was compatible with the GWG. This is a retrospective cross-sectional study, including 58 women aged 18 to 43 years, between the end of the 3rd gestational trimester and 5 days postpartum. Data on pre-gestational weight and height were collected to calculate pre-gestational BMI, classified as: underweight, eutrophy, overweight and obesity. Socioeconomic, health, and food consumption data of pregnant women were also collected, as well as the birth weight of their babies. According to the IOM recommendations, 12 women (20.68%) had insufficient GWG, 23 (39.66%) adequate, and 23 (39.66%) excessive. With the New Curves, 8 (13.79%) had insufficient GWG, 10 (17.24%) adequate, and 40 (68.97%) excessive. It is possible to verify that excess weight is more frequent in the New Curves recommendations, which means that it detects more excess weight than the IOM. Regarding the recommended caloric intake based on the Estimated Energy Requirements (EER) 2023 and Recommended Dietary Allowance (RDA) 1989, it is clear that the energy recommendation of the RDA 1989 is more compatible with the amount of energy that the pregnant woman reported consuming. Obese women consume less natural foods and more ultra-processed foods. In addition, pregnant women who gained more weight during pregnancy had a higher frequency of births of larger babies. However, only 1 child was born large for gestational age. Conclusion: This study suggests that the New GWG Curves identify a higher percentage of pregnant women with excessive GWG than the IOM classification. Pregnant women with excessive GWG, classified by both the IOM and the New Curves, had larger babies at birth without adverse outcomes. The New Curves represent an important step towards a more accurate assessment of GWG in Brazilian pregnant women, with the potential to contribute to the reduction of GWG and weight retention after delivery
Asunto: Ganho de Peso na Gestação
Obesidade
Cuidado Pré-Natal
Estado Nutricional
Ingestão de Alimentos
Dissertação Acadêmica
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: ENF - DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
Curso: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
Tipo de acceso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/81486
Fecha del documento: 2-oct-2024
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