Use este identificador para citar o ir al link de este elemento: http://hdl.handle.net/1843/81752
Tipo: Tese
Título: Papel da microbiota na infecção intragástrica por Trypanosoma cruzi
Autor(es): Diego Costa Borges
primer Tutor: Leda Quercia Vieira
primer miembro del tribunal : Ricardo Gonçalves
Segundo miembro del tribunal: Helton da Costa Santiago
Tercer miembro del tribunal: Nobuko Yoshida
Cuarto miembro del tribunal: Momtchilo Russo
Resumen: A infecção oral por Trypanosoma cruzi pode ocorrer por consumo de alimentos, bebidas, frutas e sucos com as fezes de triatomíneos infectados, preparados em áreas onde os seres humanos invadiram o nicho ecológico e onde ocorre o ciclo de reservatório vetorial enzoótico; ingestão direta de vetores infectados por T. cruzi; consumo de alimentos contaminados com urina ou secreções de marsupiais contendo tripomastigotas metacíclicos de T. cruzi; ingestão de carne de caça crua ou pouco cozida; aleitamento materno. Têm sido relatados surtos da doença na região Amazônica, Sul do Brasil e na Venezuela. Sabe-se que a interação entre a microbiota, o epitélio intestinal e as células imunes inatas e adaptativas na homeostase favorece a dominância das redes reguladoras que previnem a inflamação ou a doença imunomediada. No caso da infecção por T. cruzi hipotetizamos que a microbiota auxilia na regulação da resposta inflamatória exacerbada e na proteção dos neurônios do plexo mioentérico durante a infecção intragástrica. Observamos que camundongos isentos de germes (GF) apresentaram menos parasitemia e mortalidade quando comparados com camundongos convencionais (CV). Além disso, apresentaram menor lesão hepato-celular. Ao analisarmos o perfil de citocinas, notamos que no homogenato tecidual do cólon, os animais CV não apresentaram aumento de TNF, IL-12p70 e IL-17 após 21 dias de infecção, ao contrário do que pode ser visto nos animais GF. Apenas durante a fase crônica (90 dias de infecção) podemos observar aumento no perfil de citocinas inflamatórias nos animais CV, no entanto, nota-se uma manutenção na concentração de IL-10 desses animais quando se compara com a fase aguda. Ainda demonstramos que a microbiota parece exercer papel fundamental no controle da resposta inflamatória intestinal, favorecendo a manutenção da função intestinal avaliada como o trânsito intestinal e, ainda, menor dano neuronal no plexo mioentérico após a infecção intragástrica com T. cruzi. Concluímos que a microbiota fornece regulação da resposta inflamatória desencadeada pela infecção por T. cruzi, resultando em maior multiplicação parasitária, mortalidade e lesão hepática. Em contraste, a microbiota auxilia na proteção neural do plexo mientérico e na manutenção da função intestinal.
Abstract: Oral infection by Trypanosoma cruzi can be caused by consumption of food, beverages, fruits and juices as feces from infected triatomines, prepared in areas where humans have invaded the ecological niche and where the enzootic vector reservoir cycle occurs; direct ingestion of vectors infected by T. cruzi; consumption of food contaminated with urine or marsupial secretions containing T. cruzi metacyclic trypomastigotes; ingestion of raw or undercooked game meat; breastfeeding. Outbreaks of the disease have been reported in the Amazon region, south Brazil and Venezuela. It is known that the interaction between the microbiota, intestinal epithelium and innate and adaptive immune cells in homeostasis favors a dominance of regulatory networks that prevent inflammation or an immune-mediated. We hypothesized that the microbiota helps in the regulation of exacerbated inflammatory response and protection of myenteric plexus neurons during T. cruzi intragastric infection. We observed that germ-free (GF) mice had less parasitemia and mortality when compared to conventional (CV) mice. In addition, they presented less hepato-cellular lesion. When we analyzed the cytokine profile of colon tissue homogenate, we noticed that CV animals did not show increased TNF, IL-12p70 or IL-17 after 21 days of infection, contrary to GF animals. Only during the chronic phase (90 days of infection) we observed an increase in the lebels of inflammatory cytokines in CV animals. However, a maintenance in the concentration of IL-10 in the colon was observed when compared to the acute phase. We have also demonstrated that the microbiota seems to play a fundamental role in the control of bowel inflammation, favoring a better maintenance of the intestinal function evaluated with the intestinal transit, and also some control of neuronal damage in the myenteric plexus after the intragastric infection with T. cruzi. We conclude that the microbiota provides desregulation of the inflammatory response triggered by T. cruzi infection, resulting in increased parasite multiplication, mortality, and liver injury. In contrast, a microbiota helps in the neural protection of the myenteric plexus and in the maintenance of intestinal function.
Asunto: Bioquímica e imunologia
Doença de Chagas
Inflamação
Microbiota
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E IMUNOLOGIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia
Tipo de acceso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/81752
Fecha del documento: 19-oct-2017
Aparece en las colecciones:Teses de Doutorado

archivos asociados a este elemento:
archivo Descripción TamañoFormato 
Tese completa 1.pdf2.39 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este elemento está licenciado bajo una Licencia Creative Commons Creative Commons