Use este identificador para citar o ir al link de este elemento:
http://hdl.handle.net/1843/82989
Tipo: | Dissertação |
Título: | Influência do Sexo Biológico nas Diferenças de Desempenho Cognitivo e de Cognição Social em Pacientes com Esquizofrenia: Um Estudo Transversal Observacional |
Autor(es): | Isabela Maria Seabra Leite |
primer Tutor: | Breno Fiuza Cruz |
primer miembro del tribunal : | João Vinicius Salgado |
Segundo miembro del tribunal: | Gislene Cristina Valadares |
Resumen: | A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico grave que apresenta déficits cognitivos significativos, afetando tanto a neurocognição quanto a cognição social, ambos essenciais para o funcionamento interpessoal e social. Embora a prevalência da esquizofrenia seja semelhante entre os sexos, diferenças quanto ao curso clínico e à gravidade dos sintomas são amplamente descritas. Homens tendem a apresentar início mais precoce e maior gravidade dos sintomas negativos, enquanto mulheres frequentemente exibem início mais tardio, melhor resposta ao tratamento e desfechos clínicos mais favoráveis. No entanto, o impacto do sexo biológico no desempenho cognitivo permanece incerto, demandando investigações adicionais. O presente estudo, de caráter transversal observacional, teve como objetivo examinar a associação entre sexo biológico e desempenho cognitivo, incluindo cognição social, na esquizofrenia, considerando fatores sociodemográficos, como escolaridade e idade e fatores clínicos, como a gravidade dos sintomas. A amostra foi composta por 246 participantes, sendo 145 pacientes diagnosticados com esquizofrenia e 101 controles saudáveis. A avaliação neuropsicológica incluiu medidas de neurocognição (memória verbal, memória de trabalho e velocidade de processamento) e cognição social (teoria da mente e processamento emocional). Foram realizadas análises comparativas entre grupos e modelos de regressão para avaliar os efeitos do sexo biológico e suas interações com variáveis sociodemográficas e clínicas. Os resultados indicaram déficits significativos nos domínios cognitivos entre pacientes com esquizofrenia em relação aos controles. Os pacientes apresentaram desempenho inferior em memória verbal (mediana: 25 vs. 43; p < 0,0001), memória de trabalho (mediana: 12 vs. 16; p < 0,0001) e velocidade de processamento (mediana: 42 vs. 72; p < 0,0001). Em relação à cognição social, os pacientes obtiveram escores mais baixos na teoria da mente (mediana: 14 vs. 17; p < 0,0001), sem diferenças significativas no processamento emocional (p = 0,889). Entre os pacientes com esquizofrenia, os homens apresentaram melhor desempenho em memória de trabalho (p = 0,005). No grupo controle, os homens pontuaram mais alto em velocidade de processamento (p = 0,002) e teoria da mente (p = 0,017). Modelos de regressão indicaram que maior escolaridade esteve associada a melhor memória de trabalho (IC 95%: 0,670–1,531; p < 0,001) e melhor processamento emocional (IC 95%: 0,023–0,277; p = 0,021). Idade mais avançada e sexo feminino foram preditores de melhor desempenho na teoria da mente (IC 95% para idade: 0,013–0,132; p = 0,017; IC 95% para sexo: 0,41–3,217; p = 0,012). A gravidade dos sintomas negativos esteve associada a pior processamento emocional (IC 95%: -0,063 a -0,006; p = 0,018). Entre os controles saudáveis, as mulheres apresentaram desempenho inferior em subdomínios da cognição social (IC 95%: -5,138 a -1,76; p < 0,001; IC 95%: -8,23 a -0,506; p = 0,028). Esses achados sugerem que o sexo biológico influencia o desempenho cognitivo na esquizofrenia, mas que essa relação é modulada por fatores sociodemográficos e clínicos. A diferenciação nos padrões cognitivos entre homens e mulheres reforça a necessidade de abordagens terapêuticas individualizadas e estratégias de intervenção adaptadas aos perfis cognitivos específicos de cada grupo. |
Abstract: | Schizophrenia is a severe psychiatric disorder associated with significant cognitive deficits, affecting both neurocognition and social cognition, which are essential for interpersonal and social functioning. Although the prevalence of schizophrenia is similar between sexes, differences in clinical course and symptom severity are widely documented. Men tend to present an earlier onset and greater severity of negative symptoms, whereas women often exhibit a later onset, better treatment response, and more favorable clinical outcomes. However, the impact of biological sex on cognitive performance remains uncertain, necessitating further investigation. This cross-sectional observational study aimed to examine the association between biological sex and cognitive performance, including social cognition, in schizophrenia while considering sociodemographic factors such as education and age, as well as clinical factors such as symptom severity. The sample comprised 246 participants, including 145 patients diagnosed with schizophrenia and 101 healthy controls. Neuropsychological assessment included measures of neurocognition (verbal memory, working memory, and processing speed) and social cognition (theory of mind and emotional processing). Comparative group analyses and regression models were conducted to assess the effects of biological sex and its interactions with sociodemographic and clinical variables. Results indicated significant cognitive impairments among schizophrenia patients compared to controls. Patients exhibited poorer performance in verbal memory (median: 25 vs. 43; p < 0.0001), working memory (median: 12 vs. 16; p < 0.0001), and processing speed (median: 42 vs. 72; p < 0.0001). Regarding social cognition, patients obtained lower scores in theory of mind (median: 14 vs. 17; p < 0.0001), with no significant differences in emotional processing (p = 0.889). Among schizophrenia patients, men demonstrated better performance in working memory (p = 0.005). In the control group, men scored higher in processing speed (p = 0.002) and theory of mind (p = 0.017). Regression models indicated that higher educational attainment was associated with better working memory (95% CI: 0.670–1.531; p < 0.001) and improved emotional processing (95% CI: 0.023–0.277; p = 0.021). Older age and female sex were predictors of better theory of mind performance (95% CI for age: 0.013–0.132; p = 0.017; 95% CI for sex: 0.41–3.217; p = 0.012). Greater severity of negative symptoms was associated with poorer emotional processing (95% CI: -0.063 to -0.006; p = 0.018). Among healthy controls, women exhibited lower performance in social cognition subdomains (95% CI: -5.138 to -1.76; p < 0.001; 95% CI: -8.23 to -0.506; p = 0.028). These findings suggest that biological sex influences cognitive performance in schizophrenia, though this relationship is modulated by sociodemographic and clinical factors. The differentiation in cognitive patterns between men and women underscores the need for individualized therapeutic approaches and tailored intervention strategies based on specific cognitive profiles. |
Asunto: | Neurociências Esquizofrenia Cognição Social Fatores Sociodemográficos Sexo |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Institución: | UFMG |
Departamento: | ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS |
Curso: | Programa de Pós-Graduação em Neurociências |
Tipo de acceso: | Acesso Aberto |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/82989 |
Fecha del documento: | 20-feb-2025 |
Aparece en las colecciones: | Dissertações de Mestrado |
archivos asociados a este elemento:
archivo | Descripción | Tamaño | Formato | |
---|---|---|---|---|
DISSERTAÇÃO ISABELA VERSÃO FINAL MARÇO, 2025f.pdf | 1.12 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Los elementos en el repositorio están protegidos por copyright, con todos los derechos reservados, salvo cuando es indicado lo contrario.