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http://hdl.handle.net/1843/84105
Tipo: | Tese |
Título: | Racismo, desgaste biológico e o risco de doenças cardiovasculares na coorte do ELSA-Brasil |
Autor(es): | Amanda Viana Machado |
primer Tutor: | Lidyane do Valle Camelo |
Segundo Tutor: | Sandhi Maria Barreto |
primer miembro del tribunal : | Márcia Thereza Couto Falcão |
Segundo miembro del tribunal: | Elis Mina Seraya Borde |
Tercer miembro del tribunal: | Antonio Fernando Boing |
Cuarto miembro del tribunal: | Fernanda Esthefane Garrides Oliveira |
Resumen: | Os objetivos desta tese foram desenvolver e validar uma estimativa de idade biológica baseada em biomarcadores de múltiplos sistemas no contexto brasileiro (Artigo 1); investigar disparidades raciais e sociais no desgaste biológico (Artigo 2) e; avaliar se a associação entre o racismo e a incidência de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE) é mediada pela idade biológica (Artigo 3). Utilizamos dados da visita 1 (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), além dos dados de mortalidade após 10 anos e incidência de MACE após 5 anos de acompanhamento do estudo. A idade biológica foi estimada na primeira visita pelo método de Klemera e Doubal utilizando biomarcadores clínicos. A diferença entre a idade biológica e a idade cronológica (Δidade) foi utilizada como marcador de desgaste biológico. Para validar esse marcador, avaliamos sua associação com a mortalidade utilizando modelos de riscos proporcionais de Cox estratificados por sexo. A área abaixo da curva (AUC) foi utilizada para avaliar o poder da Δidade em predizer mortalidade. Posteriormente, avaliamos a relação entre a raça/cor, escolaridade, renda, classe sócioocupacional e mobilidade educacional intergeracional com o desgaste biológico utilizando modelos de regressão linear. As análises foram estratificadas por idade (35-44 anos; 45-54 anos e; 55-73 anos) para investigar se o desgaste é cumulativo ao longo do tempo. Por fim, modelos marginais estruturais foram utilizados para avaliar a associação entre o racismo e a ocorrência de MACE e verificar se essa associação é mediada pelo desgaste biológico. O primeiro artigo (N=12.109) demonstrou que a cada incremento de 1 ano na Δidade, a mortalidade aumentou em 22% em homens [HR(IC95%):1,22(1,18;1,27)] e 37% em mulheres [HR(IC95%):1,37(1,24;1,51)] independentemente da idade cronológica. O poder de predição do modelo que continha apenas a idade cronológica foi menor do que aqueles que incluíram a Δidade em homens [AUC idade cronológica =0,7324 versus AUC idade cronológica + Δidade =0,7857; p=0,001] mas não em mulheres. O segundo artigo (N=11.064) demonstrou que indivíduos pardos [β(IC95%):0,52(0,42;0,63)] e pretos [β(IC95%):0,85(0,72;0,97)] apresentaram maior desgaste do que brancos. Indivíduos de classe sócio-ocupacional baixa [β(IC95%):1,06(0,94;1,18)] e média [β(IC95%):0,66(0,55;0,76)] exibiram maior desgaste do que aqueles de classe alta. Indivíduos com ensino médio completo [β(IC95%):0,74(0,64;0,84)], fundamental completo [β(IC95%):1,13(0,96;1,30)] e fundamental incompleto [β(IC95%)1,64(1,44;1,84)] tiveram maior desgaste em comparação àqueles com superior completo. Indivíduos nos 1º [β(IC95%)0,82(0,66;0,98)], 2º [β(IC95%)0,67(0,52;0,82)] e 3º [β(IC95%)0,37(0,23;0,52)] quintis de renda apresentaram maior desgaste do que aqueles no 5º quintil (mais alto). Indivíduos com trajetórias de mobilidade educacional descendente [β(IC95%)0,77(0,62;0,91)] e baixa-estável [β(IC95%)1,01(0,90;1,12)] exibiram maior desgaste do que aqueles no grupo alta-estável. Finalmente, o terceiro artigo (N=10.983) demonstrou que a incidência de MACE foi 63% maior em pretos do que brancos [HR(IC95%):1,63(1,01;2,65)]. Essa associação foi completamente explicada pelo desgaste após ponderação [HR(IC95%):1,05(0,61;1,79)]. Não houve associação entre pardos. Nossos resultados sugerem que a idade biológica é um importante mecanismo explicativo para as iniquidades raciais e sociais em saúde, reforçando a teoria de que exposições socioambientais são incorporadas ao longo do tempo. Portanto, combater o racismo é crucial para melhorar a saúde da população brasileira. |
Abstract: | The objectives of this thesis were to develop and validate an estimate of biological age based on biomarkers from multiple systems in the Brazilian context (Article 1); investigate racial and social disparities in weathering (Article 2); and evaluate whether the association between racism and the incidence of major adverse cardiovascular events (MACE) is mediated by biological age (Article 3). We used data from visit 1 (2008-2010) of the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil), as well as mortality data after 10 years and MACE incidence data after 5 years of follow-up. Biological age was estimated at the first visit using the Klemera and Doubal method with clinical biomarkers. The difference between biological and chronological age (Δage) was used as a marker of biological wear. To validate this marker, we assessed its association with mortality using Cox proportional hazards models stratified by sex. The area under the curve (AUC) was used to evaluate the predictive power of Δage for mortality. Subsequently, we assessed the relationship between race/color, education, socio-occupational class, and intergenerational educational mobility with biological wear using linear regression models. The analyses were stratified by age (35-44 years; 45-54 years; and 55-73 years) to investigate whether wear is cumulative over time. Finally, we assessed the association between racism and the occurrence of MACE and verified if this association is mediated by biological wear using structural marginal models. The first article (N=12,109) showed that for each 1-year increment in Δage, mortality increased by 22% in men [HR(95%CI):1.22(1.18;1.27)] and 37% in women [HR(95%CI):1.37(1.24;1.51)] regardless of chronological age. The predictive power of the model that contained only chronological age was lower than those that included Δage in men [AUC chronological age =0.7324 versus AUC chronological age + Δage =0.7857; p=0.001] but not in women. The second article (N=11,064) showed that Browns [β(95%CI):0.52(0.42;0.63)] and Blacks [β(95%CI):0.85(0.72;0.97)] had greater wear than Whites. Individuals of low [β(95%CI):1.06(0.94;1.18)] and middle [β(95%CI):0.66(0.55;0.76)] socio-occupational class exhibited more wear than those of high class. Individuals with complete high school education [β(95%CI):0.74(0.64;0.84)], complete elementary education [β(95%CI):1.13(0.96;1.30)], and incomplete elementary education [β(95%CI):1.64(1.44;1.84)] had higher wear compared to those with a university degree. Individuals in the 1st [β(95%CI):0.82(0.66;0.98)], 2nd [β(95%CI):0.67(0.52;0.82)], and 3rd [β(95%CI):0.37(0.23;0.52)] income quintiles showed greater wear than those in the 5th (highest) quintile. Individuals with a downward [β=0.77; 95%CI=0.62-0.91] and low-stable intergenerational trajectory [β=1.01; 95%CI=0.90–1.12] exhibited more wear than those in the high-stable group. Finally, the results of the third article (N=10,983) showed that the MACE incidence was 63% higher among Blacks than Whites [HR(95%CI):1.63(1.01;2.65)]. This association was completely explained by weathering after weighting [HR(95%CI):1.05(0.61;1.79)]. There was no association among Browns. Our results suggest that biological age is an important explanatory mechanism for racial and social health inequities, reinforcing the theory that socio-environmental exposures are incorporated over time. Therefore, combating racism is crucial to improving the health of the Brazilian population. |
Asunto: | Racismo Classe Social Envelhecimento Doenças Cardiovasculares Mortalidade Dissertação Acadêmica |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Institución: | UFMG |
Departamento: | MED - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SOCIAL |
Curso: | Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública |
Tipo de acceso: | Acesso Restrito |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/84105 |
Fecha del documento: | 9-dic-2024 |
Término del Embargo: | 9-dic-2026 |
Aparece en las colecciones: | Teses de Doutorado |
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