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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Controle do pH no tubo digestivo de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) em diferentes condições fisiológicas
Authors: Denise Barguil Nepomuceno
First Advisor: Nelder de Figueiredo Gontijo
First Co-advisor: Vania Cristina dos Santos
First Referee: Marcelo Gustavo Lorenzo
Second Referee: Theo Rolla Paula Mota
Third Referee: Vania Cristina dos Santos
Abstract: Aedes (Stegomyia) aegypti é importante vetor de patógenos como os vírus da febre amarela, da dengue e, mais recentemente, da febre chikungunya. Apesar da importância da fisiologia do tubo digestivo e do pH intestinal para a digestão e provavelmente para o desenvolvimento de patógenos, pesquisas sobre a regulação do pH em mosquitos adultos são escassas. Flebotomíneos pertencem à mesma subordem dos mosquitos: a subordem Nematocera. Estudos já realizados com fêmeas de Lutzomyia longipalpis mostraram que seu intestino é ligeiramente ácido (pH 6) antes da ingestão de sangue e que o intestino médio abdominal sofre um processo de alcalinização até pH 8,1 logo após o repasto sanguíneo. Desta forma, esse trabalho visou estudar a hipótese de que dípteros nematóceros hematófagos das subfamílias Culicinae e Phlebotominae compartilham os mesmos mecanismos de regulação do pH, já que apresentam o mesmo padrão anatômico e alimentar. Assim, Aedes aegypti foi escolhido como modelo experimental. O pH foi medido com microeletrodos sensíveis a concentração de H+ ou com o uso de corantes vitais indicadores de pH. A enzima alfa-glicosidase, responsável pela digestão de açucares, foi ensaiada com o substrato sintético p-Nitrofenil-alfa-D-glucopiranosídeo. Os resultados mostram que o intestino médio das fêmeas que se alimentaram somente com açúcar tinha o pH próximo ao pH 6. O pH 6 era mantido mesmo que o mosquito ingerisse soluções tampão com pH diferente. O pH do divertículo mantinha-se semelhante ao da solução ingerida. Quando alimentadas com sangue, o pH do intestino médio abdominal subiu para pH 7,8, enquanto a porção torácica manteve-se ácida (pH~6,0). Na medida em que a digestão avançava o pH do intestino médio abdominal foi caindo lentamente até voltar a pH6. A atividade da enzima alfa-glicosidase mostrou-se proporcionalmente maior no intestino médio torácico, local cujo pH sempre se manteve igual a pH 6, o pH ótimo de ação desta enzima. O mecanismo responsável pelo desligamento do mecanismo de manutenção do pH 6 e pelo disparo do mecanismo de alcalinização, após a ingestão de sangue, parece depender do reconhecimento da presença de uma serpina plasmática no interior do intestino médio abdominal. Em Aedes a digestão de sangue e açúcares é compartimentalizada de modo a ocorrerem simultaneamente em pHs diferentes. Nossos resultados estão de acordo com a hipótese de que os Nematocera hematófagos possuem fisiologia digestiva semelhante.
Abstract: Aedes (Stegomyia) aegypti is an important vector of several pathogens, such as yellow fever virus, dengue virus and more recently, chikungunya fever. Despite guts physiology and intestinal pH importance in digestion and probably for pathogens transmission, there are only a few studies about pH regulation in adult mosquitoes. Studies of digestive physiology in Lutzomyia longipalpis females showed they are able to adjust the intestinal pH and enzymatic activity according to the physiological state. In unfed sand flies, midguts pH is slightly acidic (pH 6,0), and after blood meal the abdominal midgut (where blood is stored to be digested) undergoes abrupt alkalinization until pH 8,15. The alkalinization mechanism is triggered by the presence of any protein or by free amino acids in high concentration inside midgut. This work aimed to study the hypothesis that hematophagous nematocerans have a mechanism of pH regulation similar to that seen in Lutzomyia longipalpis, since they have the same feeding pattern. We chose Aedes aegypti as a model to develop our study. We used H+-sensitive microeletrodes and indicator dyes to estimate intestinal pH of adult female A.aegypti submitted to different conditions: blood feeding, feeding on rich proteins solutions or amino acids solution, and feeding on solutions without proteins. Using buffered solutions provided by forced feeding, we observed that pH in unfed females midgut is acid (pH 6,0). In blood-fed female, pH in abdominal midgut reached a maximum pH of 7,8, while thoracic midgut remained acidic. Unlike L. longipalpis female, the mechanism by which A. aegypti females notice blood ingestion is linked to the perception of specific proteins found in plasma. These proteins belongs to the serpin family, proteins similar to ovalbumin, which was the only protein tested that was able to influence abdominal midguts pH. Alpha-glucosidase is a digestive enzyme responsible for sucrose digestion, a common sugar ingested by mosquitoes, and has an optimum pH near pH 6,0. According to our results, this enzyme activity was proportionally higher in thoracic midgut than in abdominal midgut. Therefore, A. aegypti also presents compartmentalization of blood and sugar digestion. Our results are in accordance to the hypothesis that hematophagous nematocerans have a similar digestive physiology.
Subject: Parasitologia
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A4ULKD
Issue Date: 23-Oct-2015
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