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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Assistência fisioterapêutica a mulheres com incontinência urinária na Atenção Básica
Authors: Camila Teixeira Vaz
First Advisor: Elyonara Mello de Figueiredo
First Co-advisor: Rosana Ferreira Sampaio
First Referee: Cristine Homsi Jorge Ferreira
Second Referee: Rosangela Correa Dias
Abstract: Considera-se a incontinência urinária feminina um problema de saúde pública devido à grande morbidade causada na paciente associada aos custos elevados para o sistema, à alta prevalência e ao número de afastamentos do trabalho. O tratamento de mulheres com essa condição de saúde, na Atenção Básica, constitui uma medidanecessária para a melhoria da qualidade de vida dessa população. Como o treinamento dos músculos do assoalho pélvico é o tratamento de primeira escolha para mulheres com incontinência urinária e não é usualmente realizado na Atenção Básica, os objetivos deste estudo foram identificar a ocorrência, a gravidade e o impacto da incontinência urinária na qualidade de vida de mulheres usuárias de Unidade Básica de Saúde e investigar a efetividade de duas estratégias de assistência fisioterapêutica a mulheres com incontinência urinária, nesse nível deatenção à saúde. Materiais e Método: Realizou-se um estudo longitudinal envolvendo mulheres com incontinência urinária da área de abrangência de Unidade Básica de Saúde do município de Belo Horizonte. Foram dadas duas opções de tratamento para as participantes escolherem de acordo com a disponibilidade e ointeresse delas: tratamento domiciliar apenas e tratamento em grupo na Unidade Básica de Saúde associado ao domiciliar. As avaliações das participantes foram feitas em quatro momentos: na admissão (início), na metade do protocolo de intervenção (6 semanas), na alta (alta) e no seguimento de um mês após a alta (1 mês). Os desfechos investigados foram: quantidade de urina perdida por meio do Pad test-24 horas; frequência de perda urinária por meio do Diário Miccional de 24horas; e impacto da incontinência urinária na qualidade de vida por meio do ICIQSF. Empregou-se a estatística descritiva para identificar a ocorrência de mulheres com incontinência urinária e descrever a amostra em relação às características sociodemográficas, clínicas e aos desfechos investigados. Além dela, aplicou-se a ANOVA para testar mudanças nos desfechos ao longo do tempo bem como para fazer a comparação entre os tratamentos em cada tempo investigado. Resultados: A ocorrência de incontinência urinária na população estudada foi de 64,38% e 60 mulheres completaram o estudo, 30 que realizaram tratamento domiciliar exclusivamente e 30 que o realizaram na Unidade Básica de Saúde mais domiciliar. Independente do tipo de tratamento houve uma redução significativa, ao longo do tempo, da quantidade de urina perdida (p=0,004), da frequência de perda urinária(p=0,015) e do impacto da incontinência urinária na qualidade de vida (p<0,001), sendo que essas alterações já começaram a ser estatisticamente significativas a partir de seis semanas do início do tratamento para tais desfechos. Não foi encontrada diferenças ao se comparar a quantidade de urina perdida, a frequência de perda urinária e o impacto da incontinência urinária na qualidade de vida entre osdois grupos de assistência, nas quatro avaliações (p=0,773; p=0,741; p=0,849), respectivamente. Conclusão: A ocorrência de incontinência urinária encontrada parece ser maior do que a descrita na literatura. Os dois tipos de assistência parecem ser efetivos para o tratamento de mulheres com incontinência urinária na Atenção Básica, resultado que orienta gestores e fisioterapeutas sobre a necessidade e as possibilidades de abordagem fisioterapêutica para essa população, no nível básico de atenção à saúde.
Abstract: The female urinary incontinence is considered a public health problem due to the high morbidity in patients, its association with high costs for the system, high prevalence and number of absences from work. The treatment of women with this health condition, in Primary Health Care, is necessary to improve quality of life in this population. As the pelvic floor muscle training is the first line treatment for women with urinary incontinence and it is not usually carried out in Primary Health Care, theobjectives of this study were to identify the occurrence, severity and urinary incontinence impact on quality of life of women using the Primary Health Care Unit and investigate the effectiveness of two physical therapy assistance strategies for women with urinary incontinence, in this level of health care. Materials and Methods: A longitudinal study was conducted involving women with urinary incontinence of two Primary Health Care Units in Belo Horizonte city. It was given two treatment options for the participants to choose according to their availability and interest: home care treatment and group treatment in the Primary Health Care Unit inaddition to home care. The participants assessments were made at four times: admission (beginning), half of the intervention (6 weeks), discharge of the treatment (discharge) and at a follow-up one month after discharge (1 month). The outcomes investigated were: the amount of urine loss measured by the 24 hours Pad-test; frequency of leakage obtained from the 24 hours Voiding Diary; and the impact of urinary incontinence on quality of life measured by the ICIQ-SF. Descriptivestatistics were applied to identify the occurrence of women with urinary incontinence and describe the sample in relation to sociodemographic and clinical characteristics and for the investigated outcomes. ANOVA was applied to test for changes in outcomes over time and to make the comparison between treatments at each time investigated. Results: The occurrence of urinary incontinence in the studied population was 64.38% and 60 women completed the study, 30 underwent treatment at home and 30 had their treatment carried out in the Primary Health Care Unit inaddition to home care. Regardless of the type of treatment, there was a significant reduction, over time, of the amount of urine loss (p = 0.004), of the frequency of leakage (p = 0.015) and of the urinary incontinence impact on quality of life (p <0.001), and these changes have already begun to be statistically significant from six weeks of starting treatment for such outcomes. No differences was found when comparing the amount of urine loss, frequency of urinary incontinence and the urinary incontinence impact on quality of life between the two groups for assistance in the four assessments (p = 0.773, p = 0.741, p = 0.849) , respectively. Conclusion: The occurrence of urinary incontinence found in this study appears to be greater than described in the literature. The two types of assistance seem to be effective for the female urinary incontinence treatment in Primary Health Care, this result guidesmanagers and physiotherapists on the need and possibilities for physical therapy approach for this population, at the primary level of health care.
Subject: Fisioterapia
Mulheres
Urina Incontinência
Serviços de saúde
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8WLM7Z
Issue Date: 27-Mar-2012
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