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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Repercussões imunológicas e metabólicas da ingestão continuada de antígeno por animais sensibilizados
Authors: Nathália Vieira Batista
First Advisor: Denise Carmona Cara Machado
First Co-advisor: Adaliene Versiani Matos Ferreira
First Referee: Joana Ferreira do Amaral
Second Referee: Sergio Henrique Sousa Santos
Abstract: A alergia alimentar afeta aproximadamente 5% das crianças e 3% da população adulta no mundo ocidental. A restrição ao alérgeno é o tratamento de escolha nessa condição, porém a ingestão do antígeno em doses crescentes e ininterruptas tem demonstrado resultados surpreendentes em protocolos clínico experimentais. Nosso grupo de pesquisa desenvolveu um modelo de alergia alimentar à ovalbumina (OVA) em camundongos que simula vários sinais desta patologia em seres humanos. Neste modelo, a ingestão de OVA por animais sensibilizados resulta em um aumento da produção deIgE e IgG1 anti-OVA, além de uma diminuição significativa do peso corpóreo e do tecido adiposo que se encontra inflamado. Devido à forte associação entre desordens metabólicas e inflamação no tecido adiposo, torna-se importante estudar as repercussões imunológicas e metabólicas da ingestão continuada de antígeno por animais sensibilizados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento das alterações imunológicas e metabólicas causadas pela ingestão contínua de OVA por camundongos BALB/c previamente imunizados. O processo alérgico, que ocorreu após a ingestão de OVA durante 7 dias por animais sensibilizados e foi evidenciado tanto pelo aumento de IgE e IgG1 anti-OVA quanto pelo aparecimento da aversão ao antígeno, resultou em perda de peso corporal e de tecido adiposo visceral juntamente com hipotrofia dos adipócitos. Houve também, no tecido adiposo, aumento no recrutamento de leucócitos e na produção de IL-6. Em níveis sistêmicos, foi possível observar diminuição no nível sérico de adipocinas como adiponectina, resistina e leptina além dos níveis de glicose e triglicérides. Também neste tempo, os animais foram mais tolerantes ao teste de tolerância àglicose (TTOG). Após 14 dias de desafio, os animais sensibilizados apresentaram um nível de IgE anti-OVA equivalente ao dos animais que foram somente sensibilizados, porém não houve alteração no nível de IgG1 anti-OVA atingido. Esta dessensibilização desenvolvida a OVA repercutiu em diversos parâmetros, fazendo com que eles retornassem ao nível apresentado por animais não sensibilizados. Dentre esses parâmetros podemos citar a quantidade de OVA ingerida, o peso corporal, a área dos adipócitos, orecrutamento de leucócitos para o tecido adiposo, a produção de IL-6 por este tecido, a tolerância àglicose (TTOG) e os níveis séricos de adiponectina, leptina, resistina e triglicérides. Entretanto, a perda de peso do tecido adiposo visceral e os níveis séricos de glicose permaneceram significativamente semelhantes aos de animais que receberam a ração de OVA por 7 dias. Com base nesses resultados, pode-se concluir que a ingestão continuada de OVA por animais sensibilizados induz dessensibilização a esta proteína com consequência metabólica sistêmica.
Abstract: Food allergy affects about 5% of children and 3% ofadults in western world. The allergen restriction is the chosen treatment in this condition, but the ingestion of the antigen in increasing doses has shown interesting results in experimental clinical protocols. We developed an experimental food allergy model to Ovalbumin (OVA) in mice that induces several signals similar to those we found in human beings. In this model, the ingestion of OVA by sensitized mice results in an increased anti-OVA IgE and IgG1 production, besides a marked weight and adipose tissue loss which is inflamed. Because of the strong association between metabolic disorders and adipose tissue inflammation, it is important to study the immunological and metabolic consequences of the continued ingestion of antigen by sensitized mice. The aim of this study was to evaluate the development of the immunological and metabolic alterations caused by the continued ingestion of OVA by previously sensitized mice. The allergic process, that happened after 7 days of OVA ingestion by sensitized mice, was evidenced by the increased anti-OVA IgE and IgG1 levels and the development of antigen aversion. This process resulted in body andvisceral adipose tissue weight loss with an adipocyte hypotrophy. Also, in the adipose tissue, there was an increase in the leucocyte recruitment and in the production of IL-6. In systemic levels, it was possible to observe a decrease in the serum titers of adipokines such as adiponectin, resistin and leptin as well as the glucose and triglyceride levels. Also in this time, mice were more tolerant to the oral glucose tolerance test (OGTT). After 14 days of oral challenge, sensitized mice showed an anti-OVA IgE level similar to the mice that were only sensitized, but the anti-OVA IgG1 level didnt change. With this developed desensitization to OVA, different parameters returned to the levels showed by nonsensitized animals. For example, the amount of OVA eaten, the body weight, the adipocyte area, the leukocyte recruitment to the adipose tissue, the production of IL-6 by this tissue, the tolerance to glucose (OGTT) and the serum levels of adiponectin, leptin, resistin and triglycerides. However, the loss of visceral adipose tissue and the serum levels of glucose were kept similar to the mice that received the OVA diet for only 7 days. Our data suggest that the continued ingestion of OVA by sensitized mice leads to a desensitization with systemic metabolic consequence.
Subject: Biologia celular
Ovalbumina/imunologia
Alergia a alimentos
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-972JY3
Issue Date: 1-Feb-2013
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