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Type: Dissertação de Mestrado
Title: Associação entre experiências odontológicas na infância e o medo frente ao tratamento odontológico entre universitários das áreas de odontologia, psicologia e matemática
Authors: Mauricio Antonio de Oliveira
First Advisor: Junia Maria Cheib Serra Negra
First Co-advisor: Miriam Pimenta Parreira do Vale
First Referee: Isabela Almeida Pordeus
Second Referee: Maria Leticia Ramos-jorge
Abstract: Apesar do avanço científico e tecnológico, o medo odontológico ainda representa uma barreira aos serviços de saúde bucal e está associado com experiências passadas do paciente. Diante disso, este estudo avaliou a prevalência do medo frente ao tratamento odontológico e a associação com experiências odontológicas ruins na infância entre universitários da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brasil. Foi realizado um estudo transversal tipo censo com estudantes matriculados nos cursos de odontologia, psicologia e matemática na UFMG. Participaram 1.256 universitários, 505 de odontologia (40,2%), 442 de psicologia (35,2%) e 309 de matemática (24,6%), com idade média de 22,3 anos e predominância do gênero feminino (62,9%) que responderam à versão brasileira validada do Dental Fear Survey (DFS) e outro questionário autoaplicável com questões sobre experiências odontológicas passadas. A análise estatística foi realizada utilizando o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS versão 17.0) e envolveu análise descritiva, bivariada, por meio dos testes Qui-quadrado e Mann-Whitney, e o modelo de regressão de Poisson, com 5% de significância. Escores do DFS foram classificados como baixo medo e alto medo utilizando a mediana (31) como ponto de corte. Houve diferença significativa entre os três cursos de graduação e o alto medo mensurado pelo DFS (p<0,001). Os universitários de psicologia apresentaram maior prevalência de alto medo (67,9%) em relação aos de matemática (50,8%) e de odontologia (33,5%) e os universitários de matemática apresentaram maior prevalência de alto medo em relação aos de odontologia. A maioria dos universitários não relatou experiência odontológica ruim na infância (76,6%), mas entre os que declararam (23,4%) a prevalência de alto medo foi significativamente maior (p<0,001). O modelo multivariado ajustado mostrou que os universitários de odontologia, matemática e psicologia que tiveram experiência odontológica ruim na infância apresentaram 1,69 (95% IC=1,27-2,24), 1,52 (95% IC=1,17-1,98) e 1,48 (95% IC=1,30-1,68) vez maior prevalência de alto medo do que aqueles que foram para exame de rotina, respectivamente. Os estudantes de odontologia e psicologia que foram submetidos ao tratamento de cárie dentária na primeira visita ao dentista apresentaram 1,56 (95% IC=1,12-2,17), e 1,23 (95% IC=1,06-1,43) vez maior prevalência de alto medo do que aqueles que foram para exame de rotina, respectivamente. Os alunos de matemática atendidos por urgência tiveram 1,65 (95% IC=1,23-2,22) vez maior prevalência de alto medo do que os que foram para exame de rotina. O modelo ajustado comprovou ainda que não houve diferença significativa de gênero e idade com o medo mensurado pelo DFS para os três cursos de graduação. Concluiu-se que universitários da área de saúde apresentaram menor prevalência de alto medo ao tratamento odontológico do que aqueles de outras áreas, e que as experiências odontológicas vivenciadas na infância foram associadas à presença de medo frente ao tratamento odontológico na idade adulta.
Abstract: Despite the scientific and technological advancements, dental fear is still a barrier to oral health services and is associated with the patients past experiences. Thus, this study examined the prevalence of fear towards dental treatment and the association with dental experiences in childhood among undergraduate students from the Federal University of Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Brazil. A retrospective cross-sectional census type study was conducted with students enrolled in dentistry, psychology and mathematics at UFMG, from August to December 2010. A total of 1256 students participated, 505 of dentistry (40.2%), psychology 442 (35.2%) and 309 mathematics (24.6%), with a mean age of 22.3 years and female predominance (62.9%) who responded to the validated Brazilian version of the Dental Fear Survey (DFS) and other self-administered questionnaire with questions about past dental experiences. The statistical analysis was performed using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS version 17.0) and included descriptive analysis, bivariate, by using the chi-square test and Mann-Whitney, and the Poisson regression model, with 5% significance. The sum of DFS was fractionated into terciles to categorize groups of low fear (DFS<27), moderate fear (27DFS<37) and high fear (DFS37). Associations were made between the three groups of DFS and three undergraduate courses, and between the three groups of DFS of each course with previous dental experiences. Psychology undergraduates had a higher prevalence of high-fear (52.0%) compared to mathematics (36.6%) and dentistry (17.6%), and this difference was statistically significant (p<0.001). Negative dental experiences in childhood were significantly associated with high fear in adulthood in three courses (dentistry, 95% CI: 1.07-1.69; psychology, 95% CI: 1.21-1.50; mathematics, 95% CI: 1.12-1.74). Undergraduates who went to the dentist for operative treatments had a higher prevalence of high fear from those who were for routine examination (p<0.05). It was concluded that undergraduates of psychology and mathematics had a higher prevalence of high dental fear compared to dentistry, ant that negative dental experiences in childhood were associated with the presence of fear towards dental treatment in adulthood.
Subject: Medo de dentistas
Pesquisa em odontologia
Odontopediatria
Ansiedade ao tratamento odontológico
language: Português
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/ZMRO-8JVP66
Issue Date: 12-Jul-2011
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