Avaliação dos aspectos das políticas públicas, socioeconômicos e hidrológicos-hidráulicos no uso de microrreservatórios
Carregando...
Data
Autor(es)
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade Federal de Minas Gerais
Descrição
Tipo
Tese de doutorado
Título alternativo
Primeiro orientador
Membros da banca
Talita Fernanda das Graças Silva
Márcio Benedito Baptista
Rutinéia Tassi
Ademir Paceli Barbassa
Márcio Benedito Baptista
Rutinéia Tassi
Ademir Paceli Barbassa
Resumo
Os microrreservatórios vêm sendo implantados há várias décadas nos municípios brasileiros e em
inúmeras cidades do mundo. Apesar da existência de políticas públicas sobre o uso de
microrreservatórios, poucos estudos analisaram o uso da técnica quanto aos critérios
recomendados nas políticas públicas, à disposição dos cidadãos em implantar essas estruturas de
drenagem, à eficiência no amortecimento da vazão de pico dos microrreservatórios já implantados
e à possibilidade da técnica ser aprimorada. Assim, o presente trabalho comparou as políticas
públicas de Belo Horizonte e Porto Alegre com as políticas existentes nas cidades australianas de
Wollongong e Sydney, criadas na década de 80. Os resultados indicaram que as municipalidades
australianas exigem o amortecimento da vazão de pico para chuvas variadas (com diferentes
durações e tempos de retorno), enquanto as cidades brasileiras solicitam o dimensionamento para
apenas um evento com tempo de retorno de 10 anos. Entretanto, assim como as brasileiras, as
municipalidades australianas possuem problemas na gestão dos sistemas, não existindo um
controle da quantidade de microrreservatórios construídos nas cidades e das condições dos
sistemas existentes. Para avaliar a percepção da população de Belo Horizonte, decidiu-se aplicar
questionários com perguntas sobre o funcionamento do sistema de drenagem e seus problemas, o
pagamento de uma taxa de drenagem e a disposição de instalar os microrreservatórios nos lotes.
Os resultados indicaram que os cidadãos não têm clareza de que não pagam por uma taxa
exclusiva pela prestação do serviços de drenagem urbana, mas que a maioria dos entrevistados
(cerca de 83%) está disposta a implantar os microrreservatórios independentemente da existência
de incentivos financeiros. Como os microrreservatórios vêm sendo construídos em Belo
Horizonte desde a década de 90, decidiu-se avaliar o funcionamento de microrreservatórios
existentes, comparando as alturas máximas de água no interior das estruturas com os resultados
calculados com métodos teóricos. Verificou-se que as simulações teóricas apresentaram valores
inferiores aos monitorados, sendo os resultados obtidos com o método Racional mais próximos
aos monitorados. Por fim, foram construídos dois novos microrreservatórios, um com fundo
impermeável e outro permeável. O monitoramento dos microrreservatórios indicou que a técnica
pode apresentar boa eficiência no amortecimento da vazão de pico. A eficiência média no
amortecimento da vazão de pico obtida no microrreservatório com fundo permeável foi de
aproximadamente 87%. Após as análises realizadas com os dados dos experimentos, foi
apresentada uma nova proposta para o dimensionamento dos microrreservatórios.
Abstract
In recent decades On-site Stormwater Detention (OSD) systems have been implemented in
Brazilian cities and many other cities around the world. Despite the existence of public
policies on the use of OSD, only a few studies have evaluated the technique in relation to the
criteria used to design the structure, the citizens' mood to adopt OSD in their lots, the
efficiency in the peak flow damping of the OSDs already built and the possibility of technique
improvement. Thus, this study compared the public policies of Belo Horizonte and Porto
Alegre with current policies in the Australian cities of Wollongong and Sydney, created in the
80’s. The results indicated that Australian municipalities require the peak flow damping for
several rains (with different durations and return times), while the Brazilian cities request the
design for only one event with a return time of 10 years. However, as the Brazilian cities, the
Australian municipalities have problems in the system management, and do not have control
of the quantity of OSDs already built in the cities and their conditions. To evaluate the
population perception, it was decided to apply forms to the citizens of Belo Horizonte with
questions about the drainage system operation and its problems, the urban drainage tax and
the disposition to build the OSDs on lots. The results indicated that citizens did not know
clearly that there is no exclusive tax for urban drainage service and the majority of answers
(about 83%) are favorable to build OSDs on the lots, regardless of the financial incentives
possibilities. As OSDs have been built in Belo Horizonte since the 90’s, it was decided to
evaluate the performance of OSDs already built, comparing the maximum water levels
monitored inside the structures with the results calculated using theoretical methods. It was
verified that the values of theoretical simulations were lower than those monitored, and the
results obtained with the Rational method were better than those calculated with UH-SCS
method. Finally, two OSDs were built, one with impermeable bottom and other with
permeable bottom. The OSDs monitoring indicated that the technique could have good
efficiency in the peak flow damping. The average efficiency in the peak flow damping
obtained in the OSD with permeable bottom was approximately 87%. After the all analyzes
with the data of the experiments, a new proposal was presented for the OSD design.
Assunto
Engenharia sanitária, Recursos hídricos - Desenvolvimento, Drenagem, Hidrologia urbana
Palavras-chave
Microrreservatório, Técnica compensatória, Reservatório de detenção, Drenagem urbana
Citação
Endereço externo
Avaliação
Revisão
Suplementado Por
Referenciado Por
Licença Creative Commons
Exceto quando indicado de outra forma, a licença deste item é descrita como Acesso Aberto
