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http://hdl.handle.net/1843/31057| Tipo: | Dissertação |
| Título: | Oficinas Interativas do Ambulatório/Rede Para Elas: uma prática de convivência “Entre Elas, Entre nós” |
| Autor(es): | Sonia Lopes Siqueira |
| Primeiro Orientador: | Eugênia Ribeiro Valadares |
| Primeiro Coorientador: | Elza Machado de Melo |
| Primeiro membro da banca : | Myrian Fátima de Siqueira Celani |
| Segundo membro da banca: | Vitória Régia Izau |
| Resumo: | O presente trabalho tem como tema central a violência contra a mulher, focando no período pós-violência tendo em conta alternativas públicas e coletivas de apoio e fortalecimento de mulheres vítimas de violência. Nesse sentido, apresenta e analisa uma experiência de atuação junto às Oficinas Interativas desenvolvidas pelo Ambulatório Rede/ “Para Elas”, que integram o Projeto “Para Elas. Por Elas, Por Eles, Por Nós”. Esse Projeto, de âmbito nacional, é executado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio do Ministério da Saúde. A proposta do estudo é analisar a história de vida, as vivências de violência e seu enfrentamento entre as mulheres acompanhadas pelo Ambulatório Rede/ “Para Elas”, com o objetivo de conhecer o significado que atribuem à violência e a percepção que elas possuem das oficinas. Além disso, objetivou-se também saber o que as motivava a participar das oficinas e abordar o potencial de promoção da qualidade de vida, da dimensão "convivência", em face à tendência de “isolamento" e "segregação" após vivências dessa natureza. A base teórica sobre a qual o estudo se assenta é a literatura sobre a violência em si, a violência contra as mulheres e a Teoria da Ação Comunicativa. Referências que tratam da dimensão conceitual de “oficinas”, oficinas interativas e a noção de convivência foram também utilizadas, assim como foi feita revisão de literatura relacionada à temática da promoção da saúde e promoção da saúde da mulher. A pesquisa de campo tomou como referência a frequência aos encontros e os depoimentos obtidos a partir de entrevistas realizadas individualmente. Tais entrevistas, conjugadas com a técnica de observação participante, foram os recursos metodológicos para a obtenção das informações/dados na realização deste estudo de abordagem qualitativa. A análise realizada permitiu concluir que as oficinas interativas (e também as "rodas de conversa" das quais as mulheres participavam semanalmente junto ao Ambulatório de Ginecologia do Instituto Jenny Faria de Andrade/Hospital das Clínicas/ UFMG) constituíram-se em espaços onde o acolhimento é possível e que, no limite, podem ser vivenciados como uma extensão da própria família. Motivadas pelo trabalho em artesanato, a produção de bijuterias e a realização de bazares, as mulheres participantes ampliaram a compreensão da ideia e da prática da violência, para além da violência física. As entrevistas e a experiência no seu conjunto revelaram que a vivência e a convivência marcadas por processos de escuta mútua podem produzir efeitos como o fortalecimento dos indivíduos participantes e redundar, por exemplo, na redução do uso de medicamentos. Em conclusão, embora a participação nesses espaços não seja a garantia para a não recorrência da violência e tampouco da violência velada presente nos contextos familiares associados, a convivência por meio das oficinas interativas contribuiu para a promoção da saúde, a prevenção da violência, o fortalecimento de vínculos e para o empoderamento das mulheres. Por fim, foi possível perceber o potencial da produção de saídas públicas e coletivas para a promoção da saúde e da qualidade de vida das mulheres participantes. |
| Abstract: | The subject matter of this study is violence against women, focusing on the post-violence period, taking into account public and collective alternatives to support and strengthen women victims of violence. In this sense, it presents and analyzes an experience of acting together with the Interactive Workshops developed by the Ambulatory Network / "Para Elas", which are part of the Project "Para Elas. Por Elas, Por Eles, Por Nós." This National Project is carried out by the College of Medicine at Federal University of Minas Gerais, supported by Health Ministry. The purpose of this study is to analyze the life history, the experiences of violence and their confrontation among the women accompanied by the Ambulatory Network / "Para Elas", in order to know the meaning they attribute to the violence and their perception of the workshops. In addition, the objective was to know what motivated them to participate in the workshops and to address the potential of promoting the quality of life of the "coexistence" dimension, in face of the tendency of "isolation" and "segregation" after experiences of this nature. The theoretical basis is the literature on violence itself, violence against women and the Theory of Communicative Action. References that deal with the conceptual dimension of "workshops", interactive workshops and the notion of coexistence were also used, as well as a literature review related to the theme of health promotion and the promotion of women's health. The field research took as reference the frequency of participation in the meetings and the testimonies obtained from interviews conducted individually. These interviews, combined with the participant observation technique, were the methodological resources to obtain the information / data for the accomplishment of this qualitative approach study. After the analysis, it was concluded that the interactive workshops (and the "talk wheels" of which the women participated weekly in the Gynecology Ambulatory of the Jenny Faria de Andrade Institute / Hospital das Clínicas / UFMG) constitute spaces where women can be welcomed with care. At the limit, according to reports, participation in these spaces can provide a feeling towards the group as an extension of the family itself. Motivated by the work in handicrafts, the production of costume jewelry and the realization of bazaars, the women participants broadened their understanding of the idea and practice of violence, beyond to physical violence. The interviews and the analysis, taken as a whole, revealed that the experience and coexistence marked by mutual listening processes can produce effects such as the strengthening of the participating individuals and contribute, for example, reducing the use of medicines. In conclusion, although participation in these spaces is neither a guarantee for the non-recurrence of violence nor for the veiled violence present in the associated family contexts, coexistence through interactive workshops has contributed to health promotion, violence prevention, strengthening and empowerment of women. Finally, it was possible to perceive the potential of public and collective actions to promote the health and quality of life of the participating women. |
| Assunto: | Traços de História de Vida Violência Saúde da Mulher Promoção da Saúde |
| Idioma: | por |
| País: | Brasil |
| Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
| Sigla da Instituição: | UFMG |
| Departamento: | MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA |
| Curso: | Programa de Pós-Graduação em Promoção de Saúde e Prevenção da Violência |
| Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
| URI: | http://hdl.handle.net/1843/31057 |
| Data do documento: | 18-Jul-2019 |
| Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado |
Arquivos associados a este item:
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| SONIA LOPES SIQUEIRA - DISSERTAÇÃO MESTRADO 0UT 2019.pdf | 1.33 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
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