Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/31622
Type: Tese
Title: Percepções de adultez emergente e indicadores de saúde mental entre jovens brasileiros
Authors: Mariana Verdolin Guilherme Froeseler
First Advisor: Maycoln Leôni Martins Teodoro
First Referee: Carmem Beatriz Neufeld
Second Referee: Susana Nuñez
Third Referee: Viviane Verdu Rico
metadata.dc.contributor.referee4: Julia Beatriz Lopes Silva
Abstract: A adultez emergente (AE), período entre a adolescência e a idade adulta jovem, é proposta como fase desenvolvimental distinta caracterizada pela postergação de compromissos adultos e pela experimentação de possibilidades, exploração de papeis e vivência de ambivalência e instabilidade. Diferenças socioeconômicas e culturais tem se mostrado associadas à alta heterogeneidade, tanto em marcos objetivos quanto na percepção dos jovens sobre a fase, que também é marcada por evidências contrastantes de ajustamento e desajustamento psicossocial. Estudos anteriores verificaram a existência de perfis de percepção da AE associados a diferenças demográficas e sintomas psicopatológicos, mas nenhum foi conduzido no contexto brasileiro. O presente estudo teve por objetivo geral avaliar as percepções de jovens brasileiros sobre a AE, como elas se diferenciam em perfis e se associam a características sociodemográficas e psicológicas (crenças da tríade cognitiva e indicadores de saúde mental). Para tanto foram conduzidos dois estudos exploratórios e quantitativos, nos quais os participantes preencheram questionários e instrumentos de autorrelato. No estudo transversal, 563 jovens de 18 a 29 anos (M=22,5; DP=3,0) informaram sobre condições socioeconômicas e demográficas, percepção de AE, sintomas internalizantes, ideação suicida e orientação positiva. Os perfis de percepção de AE foram encontrados via análise de perfis latentes, conduzidas juntamente a análises de correlação e comparação entre grupos. No segundo estudo, longitudinal, 34 participantes (18 a 21 anos; M=18,6; DP=1,4) foram avaliados na adolescência e cerca de seis anos depois com o objetivo de verificar as relações entre as percepções sobre a AE e as crenças centrais (tríade cognitiva positiva e negativa). Verificou-se que a maior parte dos jovens se identifica de forma significativa com as características da AE, sendo “Ambivalência” e “Exploração de identidade” as dimensões que melhor diferenciaram os participantes. Também foram verificadas na amostra a postergação de papeis adultos, especialmente matrimônio e filhos, e de maior percepção de AE entre jovens universitários e com maior nível socioeconômico. Os indicadores de adoecimento mental mostraram-se associados a dimensões específicas da AE, mas não foram encontradas diferenças na intensidade dos sintomas entre os perfis. A percepção da fase como marcada por negatividade e instabilidade associou-se a maior intensidade de sintomas, ideação suicida e à tríade cognitiva negativa atual, enquanto uma visão mais positiva do futuro na adolescência mostrou-se associada a maiores “exploração de identidade” e “experimentação de possibilidades”. O predomínio de jovens universitários ou com ensino superior, aliado a melhor condição socioeconômica, apresentam-se como potenciais vieses do estudo. Sugere-se que estudos futuros incluam participantes com menor escolaridade e menores condições socioeconômicas e que avaliem a interação entre a percepção de AE e variáveis individuais, familiares e sociais. Estudos longitudinais com mais de um follow up e com amostras maiores e mais representativas se mostram importantes na compreensão dos caminhos, percepções e desfechos da AE.
Abstract: Emerging adulthood (EA), the period between adolescence and young adulthood, is proposed as a distinct developmental phase characterized by the postponement of adult commitments and the experimentation of possibilities, exploration of different roles and experience of ambivalence and instability. Socioeconomics and cultural differences have been associated with high heterogeneity, both in objective milestones and in the perception of young people about the phase, which is also marked by contrasting evidence of psychosocial adjustment and maladjustment. Previous studies have verified that the existence of EA perception profiles is associated with demographic differences and psychopathological symptoms, but none were conducted in the Brazilian context. The present study aimed to evaluate the perceptions of Brazilian youngsters about EA, how these perceptions group into different profiles and are can be associated with socio-demographic and psychological characteristics (cognitive triad beliefs and mental health indicators). Two exploratory and quantitative studies were conducted. In both investigations the participants completed questionnaires and self-report instruments. In the cross-sectional study, 563 youngsters aged between 18 and 29 years (M= 22.5; SD= 3.0) gave information on socioeconomic and demographic conditions, perception of EA, internalizing symptoms, suicidal ideation and positive orientation. The EA perception profiles were found via latent profile analysis, conducted along with correlation analyses and between groups comparisons. In the second work, a longitudinal study, 34 participants (18 to 21 years old; M= 18.6; SD= 1.4) were evaluated when teenagers and reevaluated six years later focusing on verifying the relations between perceptions about EA and central beliefs (positive and negative cognitive triad). It was verified that the majority of the youngsters identifies themselves significantly with the characteristics of the EA, being "Ambivalence" and "Identity Exploration" the dimensions that best differentiated the participants. The postponement of adult roles, especially matrimony and having children; a higher perception of EA among university students and participants with higher socioeconomic status were also verified in the sample. The indicators of mental illness were associated with specific dimensions of EA, but no differences were found in the intensity of the symptoms between the profiles. The perception of the phase as marked by negativity and instability was associated with greater intensity of symptoms, suicidal ideation and the current negative cognitive triad. Also, positive views of the future in adolescence were associated with greater "identity exploration" and "experimentation of possibilities" at EA. Potential biases of the study might have been the predominance of undergraduate and graduated participants, allied with better socioeconomic status in the samples. It is suggested to future studies to include participants with lower educational level and socioeconomic conditions. Moreover it will be valid to evaluate the interaction between the perception of AE and individual, family and social variables. Longitudinal studies with more than one follow up, larger and more representative samples would enhance our knowledge on EA’s pathways, perceptions and outcomes.
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/31622
Issue Date: 27-Jun-2019
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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