Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/31633
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisor1Ricardo Fabrino Mendonçapt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2011077236634286pt_BR
dc.contributor.advisor-co1Ângela Cristina Salgueiro Marquespt_BR
dc.contributor.referee1Teresinha Maria de Carvalho Cruz Pirespt_BR
dc.contributor.referee2Flávia de Paula Duque Brasilpt_BR
dc.contributor.referee3Marcus Abilio Gomes Pereirapt_BR
dc.contributor.referee4Maria Aparecida Mourapt_BR
dc.creatorMárcia Maria da Cruzpt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5096168340333782pt_BR
dc.date.accessioned2019-12-19T18:22:01Z-
dc.date.available2019-12-19T18:22:01Z-
dc.date.issued2018-02-28-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/31633-
dc.description.abstractThe political protests that occur in June 2013 in São Paulo and Belo Horizonte are the focus of this thesis. The question arises: what constitutes the common in times of personalization of political actions, especially in a context of strong interconnections between Web networks and streets? It is argued that the common of contemporary collective actions depends on peculiarities and incorporate two seemingly antithetical phenomena, that are in fact correlated: self-exposition and anonymity. The protesters sometimes stand out in the crowd, sometimes merge amid the collective, standing out and merging simultaneously. In order to address these phenomena, this thesis integrates the concepts of multitude (Hardt and Negri, 2015), disidentification (Rancière, 1996) and performativity (Butler 2014 [1990], 2016). Empirical work was structured in two fronts. The first one consisted of a set of 50 semi-structured interviews with activists from Belo Horizonte and São Paulo, using the snow ball technique. The second front looked at a sample of 306 posts published on Facebook by Movimento Passe Livre (MPL) and by Anonymous Brasil, along with thread comments related to these posts. The analysis was performed from the identification of markers of selfexposure and anonymity, aiming to explore how such phenomena are articulated in the configuration of neoteric protests and in the weaving of the common that rely on singularity. We identify as self-exposition markers: a profusion of personal reports, display of selfies, corporeal and expressive occupation of public spaces (including posters, colors and performances) and the viralization of personal contents in the form of memes and correlates. The anonymity is clearly denoted by the use of masks and scarves; in multitudinous images; in the occupation of public spaces in which bodies are diluted (colors, sea of posters, choral speaking) and in the ciphered nature of some memes. Through anonymity and self-exposure, the subjects shift from pre-established identities, in a disidentification process that allows the emergence of new processes of subjectivation and the construction of common. The results of the analysis indicate that affection plays a fundamental role in articulating the protesters, although being on the streets is not restricted to their passionate dimension. The shared images suggest that the crowd presents itself as a political body, granting new features to the sea of differences that constitute that body. We conclude that the acts of June 2013 allowed the subjects to experimentat new ways of organizing themselves collectively. The character and role of leadership were examined, leading to questioning of the idea of representation in effect. The personalization of politics involves new forms of drafting that reflect in the field of culture and the way people perform publicly, in the expression of their own existence over the cities. The narratives that flow from the experience of the subjects, rather than the process of self-understanding, foster forms of action that organize the sensible by creating new landscapes for the constitution of the common.pt_BR
dc.description.resumoOs protestos de Junho de 2013 em São Paulo e Belo Horizonte são o foco desta tese. Parte-se da pergunta: como se constitui o comum em tempos de personalização das ações políticas, sobretudo em um contexto de forte articulação entre redes e ruas? Argumenta-se que o comum das ações coletivas contemporâneas depende de singularidades e é atravessado por dois fenômenos aparentemente antitéticos, mas efetivamente correlatos: autoexposição e anonimato. Os manifestantes ora se destacam na multidão, ora compõem o coletivo, destacando-se e fundindo-se simultaneamente. Para tratar desses fenômenos, a tese articula os conceitos de multidão (Hardt e Negri, 2015), desidentificação (Rancière, 1996) e performances (Butler 2014 [1990], 2016). O trabalho empírico estruturou-se em duas frentes. A primeira delas é composta por um conjunto de 50 entrevistas semi-estruturadas feitas junto a ativistas de Belo Horizonte e São Paulo, a partir da técnica de snow ball. A segunda frente debruçou-se sobre uma amostra de 306 posts publicados no Facebook pelo Movimento Passe Livre (MPL) e pelo Anonymous Brasil, além de comentários relativos a esses posts. A análise foi realizada a partir da identificação de marcadores de autoexposição e de anonimato, com vistas a explorar como tais fenômenos se articulam na configuração de protestos hodiernos e na tessitura de comuns que dependem de singularidade. Identificamos como marcadores de autoexposição: a profusão de relatos pessoais, a utilização de selfies, a ocupação corpórea e expressiva de espaços públicos (incluindo cartazes, cores e performances) e a viralização de conteúdos pessoais sob a forma de memes e correlatos. O anonimato desponta de forma evidente no uso de máscaras e lenços; em imagens multitudinárias; na ocupação de espaços públicos em que corpos se diluem (cores, mar de cartazes, jogral) e na natureza cifrada de alguns memes. Por meio de anonimato e autoexposição, os sujeitos se deslocam de identidades pré-estabelecidas, em um processo de desidentificação que permite a emersão de novos processos de subjetivação e de construção de comuns. Os resultados da análise indicam que afetos desempenham um papel fundamental na articulação entre os manifestantes, embora o estar nas ruas não se restrinja à sua dimensão passional. As imagens compartilhadas sugerem como a multidão se apresenta como corpo político, dando novas feições ao mar de diferenças que a constitui. Concluímos que os atos de Junho de 2013 permitiram a experimentação de novas formas de os sujeitos se organizarem coletivamente. Colocou-se em discussão o papel e o lugar da liderança, questionando-se a ideia de representação em vigor. A personalização da política passa por novas formas de agenciamento que refletem no campo da cultura e na maneira como as pessoas performam publicamente, na expressão da própria existência nas cidades. As narrativas que decorrem da experiência dos sujeitos, mais do que processo de autoentendimento, alimentam formas de ação que organizam o sensível criando novos panos de fundos para a constituição do comum.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFAF - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA POLÍTICApt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Ciência Políticapt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectAutoexposiçãopt_BR
dc.subjectAnonimatopt_BR
dc.subjectPersonalizaçãopt_BR
dc.subjectMultidãopt_BR
dc.subjectDesidentificaçãopt_BR
dc.subjectPerformatividade e Junho 2013pt_BR
dc.titlePolítica das ruas e das redes : autoexposição e anonimato nas multidões de Junho de 2013pt_BR
dc.typeTesept_BR
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Tese_17jan2019.pdf4.77 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.