Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/31796
Type: Tese
Title: Signo, suplemento, escritura: desconstruções da fenomenologia da linguagem e da linguística estrutural
Authors: Marcelo Corrêa Giacomini
First Advisor: Alice Mara Serra
First Referee: Maria Fernanda Bernardo Alves
Second Referee: Ivan Domingues
Third Referee: Rafael Haddock-Lobo
metadata.dc.contributor.referee4: Hugo Mari
Abstract: O objetivo desta tese é acompanhar a leitura desconstrutiva realizada por Jacques Derrida acerca do signo linguístico, desde suas leituras da fenomenologia de Edmund Husserl e da linguística estrutural de Ferdinand de Saussure, enfatizando seus desdobramentos na obra do linguista franco-sírio Émile Benveniste e suas relações com a desconstrução. Principalmente, nos textos derridianos das décadas de 1960 e 1970, retomamos os quase-conceitos de suplemento e de escritura (écriture) para refletir sobre as condições de possibilidade do discurso e de apropriação da língua, que marcariam a instância do sujeito na linguagem. Investigando as teorias de Benveniste sobre a enunciação, sustentamos que um dos principais elementos que fundamentam sua teoria enunciativa, o pronome pessoal “eu”, caracterizado pelo autor como pertencendo a um conjunto de signos vazios e que não podem ser mal-empregados, amplia as possibilidades para o gesto desconstrutivo, em face da relação dicotômica do signo em Husserl, fundada na divisão entre índice (Anzeichen) e expressão (Ausdruck), e em Saussure, na díade significado/ significante. Em seguida, a partir da leitura de cursos proferidos por Benveniste nos anos 1968 e 1969, analisamos sua concepção de que a escrita não está subordinada ou reduzida, necessariamente, à dimensão fonética do signo linguístico, mas advém daquilo que denomina de “linguagem interior”, que se caracteriza por ser uma linguagem alusiva, global e memorizada. Ao defender que a escrita não é um signo da fala, Benveniste se vale do conceito de relais para explicar que, embora seja considerada um sistema secundário de signos, a escrita está sempre apta a se tornar fala novamente. Essa aptidão é caracterizada como um “revezamento”, que não possuiria nenhum centro de sentido que o regule, permitindo estabelecer um paralelo com a desconstrução do sujeito e da estrutura. Tais perspectivas ampliariam a leitura desconstrutiva sobre o rebaixamento da escrita em face da fala, um dos pontos principais da desconstrução de Derrida do fono-logocentrismo. Finalmente, propomos pensar a différance na desconstrução não apenas por meio do aspecto estrutural do signo linguístico, definido em suas relações diferenciais e de remissão entre significantes, mas também, por meio da investigação dos signos cujos traços não podem ser reconstituídos na dimensão apropriativa da língua, para o que consideramos, a partir de textos de Derrida, os sentidos de des-apropriação da linguagem.
Abstract: Le but de cette thèse est de suivre la lecture déconstructive de Jacques Derrida sur le signe linguistique, tirée de la lecture de la phénoménologie d'Edmund Husserl et de la linguistique structurelle de Ferdinand de Saussure, en soulignant l'évolution de l'œuvre du linguiste franco-syrien Émile Benveniste et ses relations. avec déconstruction. Principalement, dans les textes derridiens des années 1960 et 1970, nous reprenons les quasi-concepts de complément et d’écriture (écriture) pour réfléchir sur les conditions de possibilité de parole et d’appropriation du langage, qui marqueraient l’instance du sujet dans le langage. En examinant les théories de Benveniste sur l'énonciation, nous affirmons que un des éléments principaux qui fonde sa théorie énonciative, le pronom personnel "je", caractérisé par l'auteur comme appartenant à un ensemble de signes vides, qui ne peuvent pas être mal employé, possibilités pour le geste déconstructeur, face à la relation dichotomique du signe chez Husserl, fondée sur la division entre indice (Anzeichen) et expression (Ausdruck), et sur Saussure, dans le dyade signifié / signifiant. Ensuite, à partir des lectures de cours de Benveniste en 1968 et 1969, nous analysons sa conception selon laquelle l'écriture n'est pas subordonnée, ni nécessairement réduite à la dimension phonétique du signe linguistique, mais provient de ce qu'il appelle "langage intérieure", qui se caractérise par être un langage allusif, global et mémorisé. Défendant que l'écrit n'est pas un signe de langage, Benveniste s'appuie sur le concept de relais pour expliquer que, même s'il est considéré comme un système de signes secondaire, l'écrit est toujours susceptible de redevenir un discours. Cette aptitude se caractérise par un "relais", qui n'aurait aucun centre de signification pour la réguler, permettant d'établir un parallèle avec la déconstruction du sujet et de la structure. De telles perspectives élargiraient la lecture déconstructive sur le déclin de l'écriture face au discours, l'un des points essentiels de la déconstruction du phono-logocentrisme chez Derrida. Enfin, nous proposons de penser à la différance dans la déconstruction non seulement à travers de l’aspect structurel du signe linguistique, défini dans ses relations différentielles et de rémission entre les signifiants, mais également à travers l’enquête de signes dont les traits ne peuvent être reconstitués dans la dimension appropriative du langage, pour lequel nous considérons, à partir des textes de Derrida, le sens de la dés-appropriation du langage.
Subject: Filosofia
Subjetividade
Derrida, Jacques, 1930-2004
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/31796
Issue Date: 31-May-2019
Appears in Collections:Teses de Doutorado

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