Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/32684
Type: Tese
Title: Espiritualidade e saúde mental: exploração de relações curvilineares a partir de uma nova escala de crenças espirituais
Authors: Daniel Foschetti Gontijo
First Advisor: Bruno Figueiredo Damásio
First Referee: Elisabeth do Nascimento
Second Referee: Renato Tocantins Sampaio
Third Referee: Jonas Jardim de paula
metadata.dc.contributor.referee4: Pedro Paulo Pires dos Santos
Abstract: Acumulam-se evidências de que, quanto maior é o nível de religiosidade/espiritualidade (R/E) de uma pessoa, melhor tende a ser sua saúde mental. Contudo, relativamente poucos estudos incluíram proporções significativas de pessoas não religiosas/espiritualizadas em suas amostras, e alguns achados sugerem que a relação entre aquelas duas variáveis não é linear, e sim curvilinear. Isso pode implicar que, em comparação com pessoas que apresentam níveis intermediários de R/E, aquelas que apresentam níveis maiores e aquelas que apresentam níveis menores são mentalmente mais saudáveis. Até o momento, esse “modelo curvilinear” foi pouco testado, e nenhum estudo o fez a partir de uma medida de crenças em seres espirituais – a principal característica da espiritualidade. Em vista disso, no Estudo 1, desenvolvemos e testamos a validade da Escala de Crenças em Seres Espirituais (ECSE). Por meio de uma plataforma online, 1788 brasileiros de diferentes denominações religiosas/espirituais responderam à ECSE e a cinco medidas teoricamente relacionadas, e evidências preliminares de sua validade foram encontradas. No Estudo 2, essa mesma amostra foi submetida a medidas de componentes positivos (i.e., felicidade e sentido de vida) e negativos (i.e., sintomas ansiosos e sintomas depressivos) de saúde mental. Os resultados das análises de regressão constataram relações curvilineares entre R/E – medida pela ECSE e por uma escala de religiosidade – e todos os componentes previamente descritos. Contudo, quando considerado o poder preditivo de religiosidade, o nível de crença em seres espirituais predisse significativamente apenas a variância de sentido de vida. Relações curvilineares foram mais evidentes quanto aos modelos envolvendo sintomas ansiosos e depressivos. Análises complementares mostraram que, em comparação com os grupos que apresentaram níveis intermediários de R/E (i.e., o de espiritualistas não religiosos e o de não espiritualistas agnósticos), o grupo que apresentou o maior nível (i.e., o de espiritualistas religiosos) e o grupo que apresentou o menor nível (i.e., o de não espiritualistas gnósticos) eram, em geral, compostos por pessoas mentalmente mais saudáveis. Embora os espiritualistas religiosos e os não espiritualistas gnósticos tenham apresentado níveis similares de sintomas ansiosos e depressivos, os primeiros apresentaram mais felicidade e sentido de vida. Em conjunto, esses achados corroboram o modelo curvilinear, mas sugerem que a R/E se relaciona de maneiras distintas com os componentes positivos e negativos de saúde mental.
Abstract: Gathered evidence increasingly show that, the higher the levels of someone’s religiosity/spirituality (R/S), the better tends to be his/her mental health. However, relatively few studies include significant proportions of non-religious/spiritualized people in their sample, and some findings suggest that the relation between these two variables are not linear, but rather curvilinear. This might imply that, in comparison to people who show intermediate levels of R/S, those who show higher levels and those who show lower levels tend to be mentally healthier. So far, this “curvilinear model” was rarely tested, and no study has done it through a measure of beliefs in spiritual beings – the main characteristic of spirituality. In light of that, in Study 1, we develop and test the validity of the Beliefs in Spiritual Beings Scale (BSBS). Through an online platform, 1788 Brazilians of different religious/spiritual denominations answered ECSE and five theoretical related measurements, and preliminary evidence for its validity were found. In Study 2, this same sample was assessed for positive (i.e., happiness, and meaning in life) and negative (i.e., symptoms of anxiety, and symptoms of depression) components of mental health. Results of regression analysis showed curvilinear relations between R/S – as assessed by ECSE and by a religiosity scale – as well as the aforementioned components. However, when considering the predictive power of religiosity, level of belief in spiritual beings only predicted variance in meaning in life. Curvilinear relationships were more evident in models involving symptoms of anxiety and depression. Complementary analysis showed that, in comparison to groups showing intermediate levels of R/S (i.e., that of nonreligious spiritualists and those of agnostic non-spiritualists), the group showing the highest level (i.e., that of religious spiritualists) and the group showing the lowest level (i.e. that of gnostic non-spiritualists) were composed of more mentally healthy people. Although religious spiritualists and gnostic non-spiritualists had similar levels of symptoms of anxiety and depression, the former presented more happiness and meaning in life. Taken together, these findings corroborate the curvilinear model, but suggest that R/S relates in different ways to the positive and negative components of mental health.
Subject: Neurociências
Religião
Espiritualidade
Saúde mental
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Neurociências
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/32684
Issue Date: 28-Jun-2019
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Daniel Foschetti Gontijo _Esperitualidade e saude mental.pdf1.28 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.