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dc.contributor.advisor1Helcira Maria Rodrigues de Limapt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2109410145220432pt_BR
dc.contributor.advisor-co1Dominique Maingueneaupt_BR
dc.contributor.referee1Rosalice Botelho Wakim Souza Pintopt_BR
dc.contributor.referee2Maria Lúcia da Cunha Victório de Oliveira Andradept_BR
dc.contributor.referee3Elisa Maria Amorim Vieirapt_BR
dc.contributor.referee4Wander Emediato de Souzapt_BR
dc.contributor.referee5Helcira Maria Rodrigues de Limapt_BR
dc.creatorFrederico Rios Cury dos Santospt_BR
dc.creator.Latteshttps://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=F60256F8775E909964FE9A8B2FBFBA41#pt_BR
dc.date.accessioned2020-03-05T00:17:32Z-
dc.date.issued2019-12-09-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/32696-
dc.description.abstractThe origin of the term "culture war" is controversial. It was in the United States, however, that the expression became popular through the publication of James Davison Hunter's Culture Wars in 1991. It was a description of the clash between two antagonistic worldviews, one conservative, associated with the right politics, and a progressive one, predominantly related to the left, but not only. The concept of culture wars bring with it social and moral problems that concern, for example, sexuality, behavior, race, religiosity, etc., as well as political and economic issues. From the point of view of language, one questions: given these cultural clashes in society, would there be a rhetoric peculiar to it? Would it be possible to think of some regularities, even if this war has its own contours in different countries and historical periods? One also questions, regarding the impeachment voting in the House of Deputies, if public debate conducted in Parliament can be seen as imbued with a Rhetoric of the Culture Wars. How did the deputies take into consideration the auditorium, what Charaudeau calls the “citizen instance”, to achieve their argumentative strategies? Could it be said that the rhetoric witnessed during the rite is a reflection of an entrenched political culture among Brazilians? In what sense can it be said that the argumentation observed in impeachment contributed or not to the maintenance of democratic institutions? What argumentative resources did the political actors use to defend their views? To try to answer these questions, this research uses, as a supporting corpus, the pronouncements adopted in the Brazilian Chamber of Deputies, when voting on the admissibility of Dilma Rousseff's impeachment, on April 17, 2016. One takes into consideration some categories of Rhetoric, understood in the context of discourse; categories of the notion of gender of discourse in Dominique Maingueneau; categories presumed from the idea of communication contract of political discourse proposed by Patrick Charaudeau, as well as notions of rules of debate and argumentation in the democratic space, proposed, for example, by Angenot and Danblon. In view of the approximate 500 pronouncements of the House of Deputies, it was firstly sought to categorize speeches according to, for example, the decision (whether “yes” or “no” to impeachment); according to mentioning or not the merits of the case (the crime of responsibility); according to the use of not of the word "God" or to religion itself; according to mentioning or not one’s family, the electoral corral, and the word “democracy”; according to mentioning or not the value of egalitarianism; according to mentioning or not the word “coup”, among other constants. Then, representative speeches of each of these constants are selected, so that, in the light of the theoretical-methodological references exposed above, the corpus can be treated. One came to a typification of constants that would make up the so-called “Rhetoric of the Culture Wars”. From the point of view of the importance of the audience, it was observed that it, in the figure of the electorate, was a cornerstone in the discursive construction of parliamentarians, mainly due to the increasingly direct manifestation of a conservatism that would be proper to Brazilian culture. Regarding democratic institutions, one found that the way argumentation was undertaken in the public space contributed to their corrosion.pt_BR
dc.description.resumoA origem do termo “guerra cultural” é controversa. Foi nos Estados Unidos, no entanto, que a expressão se tornou popularizada, através da publicação de Culture Wars, de James Davison Hunter, em 1991. Tratava-se da descrição do embate entre duas visões de mundo antagônicas, uma conservadora, associada à direita política, e outra progressista, relacionada, predominantemente, às esquerdas, mas não só. A guerra cultural traz em seu bojo problemas de ordem social e moral que dizem respeito, por exemplo, à sexualidade, ao comportamento, à raça, à religiosidade etc., implicando ainda questões políticas e econômicas. Do ponto de vista da linguagem, pergunta-se: tendo em vista esses embates culturais na sociedade, existiria uma retórica que lhe seja peculiar? Seria possível pensar em algumas regularidades, ainda que essa guerra assuma contornos próprios em diferentes países e períodos históricos? Pergunta-se, também, no que diz respeito à votação do impeachment na Câmara dos Deputados: pode esse debate público conduzido no Parlamento ser considerado como imbuído de uma Retórica da Guerra Cultural? Em que medida os deputados levaram em consideração o auditório, aquilo que Charaudeau denomina de “instância cidadã”, para a consecução de suas estratégias argumentativas? Seria possível dizer que a retórica presenciada durante o rito é um reflexo de uma cultura política arraigada entre os brasileiros? Em que sentido se pode afirmar que a argumentação observada no impeachment contribuiu ou não para a manutenção das instituições democráticas? De que recursos argumentativos se valeram os atores políticos na defesa de seus pontos de vista? Para tentar responder a essas questões, esta pesquisa se utiliza, como corpus de apoio, dos pronunciamentos realizados na Câmara dos Deputados do Brasil, quando da votação sobre a admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, em 17 de abril de 2016, através de algumas categorias da Retórica, entendida no âmbito do discurso, da noção de gênero do discurso em Dominique Maingueneau, da ideia de contrato de comunicação do discurso político proposta por Patrick Charaudeau, bem como de noções de regras do debate e da argumentação no espaço democrático, propostas, por exemplo, por Angenot e Danblon. Tendo em vista os cerca de 500 pronunciamentos da Câmara dos Deputados, procurou-se, em um primeiro momento, categorizar os discursos de acordo, por exemplo, com a decisão (se “sim” ou “não” ao impeachment); com a menção ou não ao mérito do processo (o crime de responsabilidade); com a referência ou não à palavra “Deus” ou à própria religião; com a citação ou não da própria família, do curral eleitoral, da palavra “democracia”; com a expressão ou não do valor do igualitarismo; com o uso ou não da palavra “golpe”, entre outras constantes. Em seguida, são selecionados discursos representativos de cada uma dessas constantes, para, à luz dos referenciais teórico-metodológicos expostos acima, proceder-se ao tratamento do corpus. Chegou-se a uma tipificação de constantes que comporiam a chamada “Retórica da Guerra Cultural”. Do ponto de vista da importância do auditório, observou-se que ele, na figura do eleitorado, foi pedra angular na construção discursiva dos parlamentares, através da manifestação cada vez mais direta de um conservadorismo que seria próprio à cultura brasileira. Quanto às instituições democráticas, verificou-se que a forma como a argumentação foi empreendida no espaço público contribuiu para a corrosão das mesmas.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFALE - FACULDADE DE LETRASpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Estudos Linguísticospt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.relationPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrIntpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/*
dc.subjectRetóricapt_BR
dc.subjectGuerra Culturalpt_BR
dc.subjectDiscursopt_BR
dc.subjectDemocraciapt_BR
dc.subjectParlamentopt_BR
dc.subject.otherAnálise do discursopt_BR
dc.subject.otherDiscurso políticopt_BR
dc.subject.otherRetóricapt_BR
dc.subject.otherBrasil - História - Golpe, 2016pt_BR
dc.subject.otherProcessos (impedimentos) - Brasilpt_BR
dc.titleA retórica da guerra cultural e o parlamento brasileiro: a argumentação no impeachment de Dilma Rousseffpt_BR
dc.title.alternativeThe rhetoric of culture wars and Brazilian parliament: argumentation in Dilma Rousseff's impeachmentpt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.orcidhttps://orcid.org/0000-0002-0496-8452pt_BR
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