A escola dos que (não) são: concepções e práticas de uma educação (anti)colonial

Carregando...
Imagem de Miniatura

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade Federal de Minas Gerais

Descrição

Tipo

Tese de doutorado

Título alternativo

Primeiro orientador

Membros da banca

Miguel Gonzales Arroyo
Shirley Aparecida de Miranda
Bruno Sena Martins
Luiz Rufino Rodrigues Júnior

Resumo

“De quais formas a colonialidade se expressa na educação escolar das pessoas pobres e como ela é questionada a partir da, embora interditada, resistente existência desses sujeitos?” Essa é a questão orientadora desta tese. Nessa perspectiva, ocupamo-nos aqui, sob as noções de reconhecimento negativo e positivo dos estudantes pobres, seu local de moradia e saberes, da análise da educação escolar (anti)colonial. Trata-se, portanto, de uma discussão apoiada nas abordagens teóricas que denunciam as diversas formas de subalternização inscritas nos processos históricos de dominação do colonizador sobre o colonizado, o colonialismo; mas também a persistência desse modo de operação ainda nos dias atuais, a colonialidade. Assim, construímos nossos argumentos no âmbito desta tese, mas também orientamos nossa prática de investigação, bem como a apresentação dos dados neste texto, em diálogo com autores vinculados ao pensamento crítico latino-americano, ao pós-colonialismo, ao decolonialismo, às espistemologias do sul e aos estudos subalternos. Com vistas ao alcance do objetivo proposto, o estudo, que adotou como perspectiva metodológica a Pesquisa Militante, foi realizado em uma escola da rede municipal de educação de Belo Horizonte, aqui denominada Anderson Gomes; e em uma ocupação urbana, a que nomeamos Marielle Franco, com localização muito próxima desta instituição. Nesses contextos, foram realizadas observações participantes, adotando como locus de observação, respectivamente, a coordenação pedagógica e a Creche da Ocupação, além de terem sido realizadas entrevistas semiestruturadas com 26 sujeitos, assim agrupados: moradoras (sete), estudantes (seis) e educadores (13). É na desestabilização do prevalente discurso de crise da escola formulado a partir dos fracassos acadêmicos dos estudantes das camadas populares que as discussões contidas neste trabalho contribuem. Considerando-se a histórica e contemporânea associação colonial desta instituição, em detrimento do discurso reformista, considera-se imperativa a sua revisão estrutural. Compreensão essa que, indelevelmente, propõe o desafio da desaprendizagem (anti)colonial e, assim, da imaginação de “outras” concepções e práticas de educação escolar com os estudantes pobres.

Abstract

“In what ways does coloniality is expressed in the education of poor people and how is it questioned, though forbidden, from the resistant existence of these subjects?” This is the guiding question of this thesis. Under the notions of negative and positive recognition of poor students, their place of residence and knowledge, we are concerned with the analysis of “(anti)colonial” school education. Therefore, it is a discussion based on theoretical approaches that denounce the various forms of subordination inscribed in the historical processes of domination of the colonizer over the colonized, the colonialism; but also the persistence of this operation mode even today, the coloniality. Thus, we build our arguments within the scope of this thesis, but we also guide our research, as well as the presentation of the data, in dialogue with authors linked to Latin American critical thinking, post-colonialism, decolonialism, epistemologies of the south and subaltern studies. Looking to achieving the proposed purpose and adopting the Militant Research as a methodological perspective, the study was conducted in a school of the municipal education network of Belo Horizonte, named Anderson Gomes; and in an urban occupation, which was named Marielle Franco, located very close to this institution. In these contexts, participant observations were carried out, adopting as locus of observation, respectively, the pedagogical coordination and the Occupation Daycare, and semistructured interviews were conducted with 26 subjects, grouped as follows: residents (seven), students (six) and educators (13). It is in the destabilization of the prevalent school crisis discourse formulated from the academic failures of the lower classes students that the discussions in this work contribute. Considering the historical and contemporary colonial association of this institution, instead of the reformist discourse, its structural revision is imperative – an understanding that, indelibly, poses the challenge of (anti)colonial unlearning and, thus, of the imagination of “Other” conceptions and practices of school education with poor students.

Assunto

Educação, Sociologia educacional, Descolonização, Aspectos educacionais, Pós-colonialismo - Aspectos educacionais, Fracasso escolar - Aspectos sociais, Crianças pobres - Educação, Pobres - Educação, Pobreza, Belo Horizonte (MG) - Educação

Palavras-chave

Educação colonial, Educação anticolonial, Educação escolar, Camadas populares, Pobreza

Citação

Endereço externo

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por

Licença Creative Commons

Exceto quando indicado de outra forma, a licença deste item é descrita como Acesso Aberto