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Type: Tese
Title: Efeitos da inibição da enzima conversora de angiotensina na osteoartrite experimental em ratos
Authors: Grazielle Aguiar de Sá
First Advisor: Anderson José Ferreira
First Co-advisor: Celso Martins Queiroz-Junior
First Referee: Danielle Carvalho de Oliveira Coutinho
Second Referee: Walkyria N. Oliveira Sampaio
Third Referee: Magda Francisca Gonçalves Rocha
metadata.dc.contributor.referee4: Paula Peixoto Campos
Abstract: O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da inibição da enzima conversora de angiotensina (ECA) na resposta fisiopatológica dos tecidos articulares durante a osteoartrite (OA). A OA foi induzida com monoiodoaceto de sódio (MIA) em ratos Wistar e, 7 dias depois, iniciou-se tratamento com captopril (80 mg/kg, diário, gavagem), por 21 dias. No 28º dia, foi feita a eutanásia dos ratos para obtenção de lavado articular (contagem total de leucócitos e ELISA) e coleta do joelho para avaliação histopatológica e imuno-histoquímica. A inibição da ECA não aumentou a hiperalgesia induzida pelo MIA. O tratamento com captopril levou à redução do score OARSI, preveniu a morte de condrócitos e a perda de proteoglicanos, reduziu o tecido de reparação e influenciou a expressão de IL-10 na cartilagem articular e tecido de reparação. Além disso, foi observado redução das alterações ósseas induzidas pelo MIA, houve menos tecido fibroso no osso dos animais tratados, que foi relacionado com a redução dos osteoclastos nas áreas de reabsorção óssea e aumento da expressão de IL-10. Houve redução do número de leucócitos migrados a partir da sinóvia e dos níveis de TNF, bem como aumento de IL-6 e TGF-β com o tratamento com captopril. Apesar disso, hiperplasia sinovial induzida por MIA não reduziu. De modo parcialmente semelhante ao MIA, a injeção de Ang II no joelho de ratos promoveu hiperalgesia, edema articular e aumento do número de leucócitos na cavidade articular. A injeção diária de Ang II no joelho de ratos, por 14 dias, também desencadeou discreta perda de proteoglicanos, desorganização de condrócitos na MEC e morte de condrócitos. A fim de confirmar se o efeito condroprotetor do captopril na OA é relacionado à inibição da ECA e consequente redução de Ang II nos condrócitos, realizou-se cultura primária de condrócitos obtidos das articulações de ratos Wistar neonatos. As células foram estimuladas com MIA ou Ang II e tratadas com captopril ou enalapril para avaliação de viabilidade celular (MTT), conteúdo de proteoglicanos (Alcian Blue) e expressão de mRNA por PCR quantitativo (AT1R, AT2R, MasR, ECA, ECA2, TGF-β, MMP-13, Col2A1, Agrecan e Beta-actina). A estimulação dos condrócitos com MIA (6 x 10-6 M) ou Ang II (10-5 M) por 36 horas reduziu a viabilidade celular, o que foi prevenido pelo tratamento com captopril (10-9 M), assim como pelo enalapril (10-9 M). Após 14 dias, o efeito observado foi semelhante para o MIA, mas não para a Ang II, visto que não foram observadas diferenças significativas entre os grupos. Os estímulos com MIA e Ang II também desencadearam redução da produção de proteoglicanos (porcentagem de área marcada, 14 dias após estímulos) que foi restaurada após o tratamento com captopril. Tal fenótipo de modulação do SRA pelo captopril parece decorrer do eixo ECA/AngII/AT2R, visto que o MIA reduziu a expressão de mRNA de AT2R, efeito que foi revertido pelo captopril. O tratamento com captopril em condrócitos estimulados com MIA também induziu redução da expressão de MasR e o aumento da expressão de mRNA de ECA, TGF-β e colágeno tipo II. Este trabalho reforça a importância do SRA local do joelho, a inibição da ECA com o captopril no MIA levou a atenuação das lesões da cartilagem, do osso subcondral e normalizou o recrutamento de leucócitos a partir da sinóvia. Também vimos que a injeção articular da Ang II reproduz alguns dos efeitos induzidos pelo MIA e que o captopril protege os condrócitos in vitro após estímulos MIA ou Ang II. Em conjunto esses dados indicam que a Ang II participa da fisiopatologia da OA e apontam o captopril como uma promissora estratégia terapêuca para OA de joelho
Abstract: The aim of this study was to evaluate the effects of inhibition of angiotensin converting enzyme (ACE) on the pathophysiological response of articular tissues during osteoarthritis (OA). OA was induced with sodium monoiodoacetate (MIA) in Wistar rats and, 7 days later, treatment with captopril (80 mg/kg, daily, gavage) was conducted for 21 days. On day 28, rats were euthanized to obtain joint lavage (total leukocyte count and ELISA) and knee samples for histopathological and immunohistochemical evaluation. Inhibition of ACE did not increase MIA-induced hyperalgesia. Treatment with captopril led to reduced OARSI score, prevented chondrocyte death and loss of proteoglycans, reduced repair tissue, and influenced IL-10 expression in joint cartilage and repair tissue. In addition, reduction of MIA-induced bone changes was observed, there was less fibrous tissue in the bone of the treated animals, which was related to reduction of osteoclasts in the areas of bone resorption and increased expression of IL-10. There was a reduction in the number of leukocytes migrated from synovium and TNF levels, as well as an increase in IL-6 and TGF-β with captopril treatment. In contrast, synovial hyperplasia induced by MIA did not reduce. Similarly to MIA, Ang II injection in the rat knee promoted hyperalgesia, joint edema and increased the number of leukocytes in the joint cavity. Daily injection of Ang II in rat knee for 14 days also triggered mild cationic depletion, chondrocyte disorganization in ECM and chondrocyte death. In order to investigate whether the chondroprotective effects of captopril on OA is related to the inhibition of ACE and consequent reduction of Ang II in the chondrocytes, a primary culture of chondrocytes obtained from the joints of neonatal Wistar rats was performed. Cells were stimulated with MIA or AngII and treated with captopril or enalapril to assess cell viability (MTT), proteoglycan content (Alcian Blue) and mRNA expression by quantitative PCR (AT1R, AT2R, MasR, ACE, ACE2, TGF-β, MMP-13, Col2A1, Aggrecan and Beta-actin). In vitro, chondrocyte stimulation with MIA (6 x 10-6 M) or Ang II (10-5 M) for 36 hours reduced cell viability, which was prevented by treatment with captopril (10-9 M), as well as enalapril (10-9 M). After 14 days, the observed effect was similar for MIA but not for Ang II, as no significant differences were observed between groups. MIA and Ang II stimuli also triggered a reduction in proteoglycan content (percentage of labeled area, 14 days after stimulation) that was restored after captopril treatment. Such a phenotype of RAS modulation by captopril seems to proceed from the ACE / AngII / AT2R axis, since MIA reduced the expression of AT2R mRNA, an effect that was reversed by captopril. Captopril treatment in MIA-stimulated cells also induced reduction of MasR expression and increased mRNA expression of ACE, TGF-β and collagen type II. This work underlines the importance of the local RAS knee, inhibition of ACE with captopril in MIA led to attenuation of cartilage lesions, subchondral bone and normalized recruitment of leukocytes from synovium. We have also seen that Ang II joint injection replicates some of the effects induced by MIA and that captopril protects chondrocytes in vitro after MIA or Ang II stimulation. In conclusion, these data indicate that Ang II is involved in the pathophysiology of OA and uses captopril as a promising therapeutic strategy for knee OA.
Subject: Biologia Celular
Osteoartrite
Peptidil Dipeptidase A
Captopril
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/33885
Issue Date: 30-Jul-2018
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