Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/34015
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dc.contributor.advisor1Raquel Garcia Gonçalvespt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8784217958246614pt_BR
dc.contributor.referee1Altamiro Sérgio Mol Bessapt_BR
dc.contributor.referee2Marcos Felipe Sudré Saidlerpt_BR
dc.contributor.referee3João Pinto Furtadopt_BR
dc.contributor.referee4Monique Sanches Marquespt_BR
dc.contributor.referee5Maria Cristina Rocha Simãopt_BR
dc.creatorFlora d'El Rei Lopes Passospt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0234928858740334pt_BR
dc.date.accessioned2020-08-18T16:14:28Z-
dc.date.available2020-08-18T16:14:28Z-
dc.date.issued2019-11-29-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/34015-
dc.description.abstractIn a same city, many cities coexist. A heritage city integrates taken territories, sometimes by economic interests, reflecting domination processes, sometimes by social groups that appropriate spaces in daily life. Recognizing this dialectical relationship between domination and appropriation in cities and territories is the main goal of this research. Most of the time, it is possible to notice that domination established in the territories materialize in urban renovation projects, which intend to create consensual and visible scenarios. However, there are other forms of domination, especially in small and medium-sized cities of the state of Minas Gerais, Brazil, which are related to large mining enterprises that define areas of exploration interest, turning them into strategically invisible territories. At the same time, social practices of daily appropriation of territories can be apprehended as experiences of social exchange and tools of struggling for justice in cities. What is the force field established from the intertwining of culture and territory in heritage cities? To what extent are relations of domination engendered in territories and evidenced in situations of conflict? How to recognize the experiences, permanencies, existences and resistances that contradict the hegemonic order and suggest the struggle for rights and social justice in cities? The municipality of Mariana, in the state of Minas Gerais, Brazil, is presented as a case study in this research, as it is considered a heritage city and is exploited by mining, having become the scene of an unprecedented socio-environmental disaster in Brazil and in the world: the disruption of the ore tailings dam called Fundão, under the responsibility of Samarco/Vale/BHP Billiton companies, in November 5th 2015. The methodological paths taken in this research include bibliographic and journalistic research; semi-structured interviews with local institutional actors; open interviews with affected Mariana’s residents; besides participant observation in meetings, public hearings and traditional festivities organized by the residents in the affected territories. The research showed an asymmetrical force field, where the companies responsible for the disaster-crime and for the reparation and compensation of damages maintained the domination and continuous violation of rights, including the right to the appropriation of the affected territories. Dialectically, everyday social practices in these territories can be apprehended as experiences of social exchange, conflict and dissent and as instruments of struggle and resistance. Popular festivities organized by the residents, provided the gathering of people in common spaces and, therefore, the appropriation, reaffirming the sense of belonging and the desire for the reestablishment of the destroyed ways of life. Experiences and re-existences are those that allow the construction of counterhegemonic processes in the cities, contrarily to the dominant order.pt_BR
dc.description.resumoEm uma mesma cidade, coexistem muitas cidades. Uma cidade tombada, ou seja, patrimonializada, integra territórios tomados, ora pelos interesses do mercado, refletindo processos de dominação, ora pelos sujeitos e coletividades que se apropriam dos espaços no cotidiano. Reconhecer a relação dialética entre dominação e apropriação nas cidades e territórios é o objetivo central desta pesquisa. De forma recorrente é possível notar que a dominação estabelecida nos territórios se materializa em projetos de renovação urbana, que buscam criar cenários consensuais e visibilizados. Contudo, existem outras formas de dominação, especialmente nas pequenas e médias cidades do estado de Minas Gerais, relacionadas aos grandes empreendimentos da mineração que definem áreas de interesse de exploração, estrategicamente, invisibilizadas. Ao mesmo tempo, práticas sociais de apropriação cotidiana nestes territórios tom(b)ados podem ser apreendidas enquanto experiências de troca social e ferramentas de luta por justiça nas cidades. Qual o campo de forças estabelecido a partir do imbricamento entre cultura e território nas cidades patrimonializadas? Em que medida as relações de dominação são engendradas nos territórios e evidenciadas em situações de conflito? Como reconhecer as vivências, sobrevivências, existências e resistências que contrariam a ordem hegemônica e sugerem a luta por direitos e justiça social nas cidades? Tais questões constituem o eixo estruturante deste trabalho, cujo município de Mariana, no estado brasileiro de Minas Gerais, é apresentado como estudo de caso. Esta cidade é considerada uma cidade patrimonializada, explorada pela mineração, tendo se tornado palco de um desastre-crime socioambiental sem precedentes no Brasil e no mundo: o rompimento da barragem de rejeitos de minério denominada Fundão, sob responsabilidade das empresas Samarco/Vale/BHP Billiton, em 5 de novembro de 2015. Desde então, se iniciou a luta dos moradores atingidos de diversas localidades do município, pela garantia dos seus direitos. Os passos metodológicos percorridos incluem: pesquisa bibliográfica e de matérias jornalísticas; entrevistas semiestruturadas, com atores institucionais locais; entrevistas abertas, com moradores atingidos de Mariana; observação participante em reuniões, audiências públicas e em festas tradicionais, organizadas pelos moradores nos territórios atingidos. A pesquisa mostra um campo de forças assimétrico, onde as empresas responsáveis pelo desastre-crime e pelas rupturas nos modos de vida e vínculos sociais nos territórios, mantém uma relação de dominação e de contínua violação de direitos, dentre os quais, o direito à apropriação dos territórios atingidos. Dialeticamente, práticas sociais cotidianas podem ser apreendidas enquanto experiências de troca social, conflito e dissenso, bem como instrumentos de luta e resistência. As festas organizadas pelos moradores, ao proporcionarem o encontro dos corpos nos espaços comuns e, portanto, a apropriação, reafirmam o sentimento de pertencimento e o desejo pelo reestabelecimento dos modos de vida destruídos. Sobre-vivências e re-existências que permitem a construção de processos contra-hegemônicos nas cidades, contrariando a ordem dominante.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentARQ - ESCOLA DE ARQUITETURApt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismopt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectCidades patrimonializadaspt_BR
dc.subjectCidades mineráriaspt_BR
dc.subjectModos de vidapt_BR
dc.subjectBarragem do Fundãopt_BR
dc.subjectMariana-MGpt_BR
dc.titleCidade tombada, territórios tomados: sobre-vivências e r-existências a partir do rompimento da barragem de rejeitos de minério do Fundão, em Mariana, Minas Geraispt_BR
dc.typeTesept_BR
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