Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/34093
Tipo: Tese
Título: The simulacrum in contemporary science fiction: Atwood, Willis, Piercy, Collins, Cadigan
Autor(es): Amanda Pavani Fernandes
Primeiro Orientador: Luiz Fernando Ferreira Sá
Primeiro membro da banca : Luiz Fernando Ferreira Sá
Segundo membro da banca: Valéria Sabrina Pereira
Terceiro membro da banca: Myriam Corrêa de Araújo Ávila
Quarto membro da banca: Mariano Paz
Quinto membro da banca: Michael Cosgrave
Resumo: Esta tese investiga cinco romances de ficção científica, publicados entre 1991 e 2015, e suas relações com conceitos como realidade, comunicação, mediação de experiências, a indústria do entretenimento, a propaganda política e o relacionamento complexo que a humanidade tem estabelecido com a tecnologia, baseada no conceito de simulacro de Jean Baudrillard em Simulacro e Simulação (1992). As obras literárias analisadas foram: The Doomsday Book, de Connie Willis (1992); Oryx and Crake, de Margaret Atwood (2003); The Heart Goes Last, de Margaret Atwood (2015); He, She, and It (1993), de Marge Piercy; Synners, de Pat Cadigan (1991); e Mockingjay, de Suzanne Collins (2013). A pesquisa incluiu uma discussão cuidadosa da trajetória crítica do simulacro de Baudrillard, com relação à sua história política e suas ligações com conceitos do marxismo e, posteriormente, do pós-modernismo. Em seguida, argumenta-se sobre a relevância de ler literatura com o simulacro formando uma perspectiva intra-mídia, ou seja, analisando exemplos de romances ao invés de ver a literatura um simulacro em si. Oryx and Crake está relacionado a simulacros na forma como aborda uma ruptura com processos de significação, com uma conquista das artes e outras formas de entretenimento pelo simulacro. O conceito também é abordado pelo viés dos Estudos de Utopismos; com base no trabalho crítico de Tom Moylan, traços em comum entre ficção científica, utopismos e suas práticas de construção de mundo são descritos e exemplificados dentro das peças que compõem The Doomsday Book. O livro subverte estereótipos de um futuro necessariamente avançado em contraste a uma Idade Média supostamente regressiva. The Heart Goes Last é estruturado em torno de uma distopia dentro de uma utopia abstrata, para usar a terminologia de Ernst Bloch; a obra aborda a alienação de experiências em sua redução de arte e mídias na forma de filmes e outras peças baseadas nos anos 1950, tidos como seguros e/ou agradáveis por uma empresa. He, She, and It inclui um enclave utópico, a pequena cidade de Tikva, colocada em um contexto no qual nações são substituídas por conglomerados. Sua sobrevivência nessa sociedade é sustenta por sua produção de simulações, quimeras e peças de programação. A análise de Terry Eagleton sobre o papel que a ideologia exerce na literatura também é examinada e comparada com o funcionamento dos simulacros, já que estes aparecem com frequência nas obras, para mascarar ou naturalizar discursos hegemônicos. É esse também o caso em Synners, de Cadigan, cujo mundo se deteriora como resultado de um capitalismo descontrolado que busca o progresso como valor por si só. Em Mockingjay, de Collins, a ideologia exposta é a da propaganda de guerra, que fabrica narrativas para justificar a violência estatal e para validar poderes pré-existentes. A narrativa na ficção científica contemporânea é frequentemente perpassada por simulacros, cuja percepção pode incentivar leituras críticas, incentivar o deslocamento de certezas e enriquecer a experiência de leitura.
Abstract: This dissertation investigates five science fiction novels, published between 1991 and 2015, and their relationship with senses of reality, communication, mediation of experiences, the industry of entertainment, of political propaganda and the complex ties between humanity and technology. The analysis based on Jean Baudrillard’s concept from Simulacra and Simulation (1992), the simulacrum, formed of “copies that depict things that either had no original, or that no longer have an original”. The literary works analysed were: Connie Willis’ The Doomsday Book (1992); Margaret Atwood’s Oryx and Crake; Margaret Atwood’s The Heart Goes Last; Marge Piercy’s He, She, and It (1993); Pat Cadigan’s Synners (1991); and Suzanne Collins’ Mockingjay (2013). The research included a discussion of the critical trajectory of Baudrillard’s views on copies, originals, and symbols, in relation to his political history and his connections to both Marxist and, later, Postmodernist values, after which a claim is made on the relevance of reading literature through the simulacrum as an intra-medial approach, that is, by analysing instances of novels as opposed to seeing literature as a simulacrum itself. Oryx and Crake is related to simulacra in the way it depicts a rupture with processes of signification, with a conquest of the arts and most forms of entertainment through the simulacrum. The concept is also studied from the perspective of Utopian Studies: based on Tom Moylan’s critical work, traces in common between science fiction, utopianisms and their world-building practices are outlined and exemplified in the utopian/dystopian moving blocks of The Doomsday Book, which subverts stereotypes of the future as necessarily advanced in contrast to the supposedly regressive Middle Ages. The Heart Goes Last is structured around a dystopia within an abstract utopia, to use Ernst Bloch’s terminology; it warps experiences in its reduction of art and media from company-sanctioned movies from the 1950s and other pieces deemed harmless and pleasant. He, She, and It includes a utopian enclave, the small town of Tikva, in a context that includes the substitution of nations for conglomerates. Their survival commodity is simulations, chimeras, programming pieces. Terry Eagleton’s analysis of the role ideology plays in literature is also discussed and compared to the functioning of simulacra, and their appearances in the novels in relation to a naturalization of hegemonic discourses. That is the case in Cadigan’s Synners, whose world deteriorates as a result of unchecked capitalism and progress for its own sake. In Mockingjay, by Collins, that ideology is that of war propaganda, which fabricates narratives to justify state violence and validate pre-existing powers. The narrative in contemporary science fiction is often interconnected by simulacra, whose perception can foster critical readings and a displacement of certainties, which would enrich the reading experience.
Assunto: Atwood, Margaret Eleonor, 1939- – Oryx and Crake
Atwood, Margaret Eleonor, 1939- –Heart Goes Last – Crítica e interpretação
Willis, Connie, 1945- – Doomsday Book – Crítica e interpretação
Piercy, Marge, 1936- – He, She, and It – Crítica e interpretação
. Cadigan, Pat, 1953- – Synners – Crítica e interpretação
Collins, Suzanne. – Mockingjay. Crítica e interpretação
Ficção científica – História e crítica
Idioma: eng
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FALE - FACULDADE DE LETRAS
Curso: Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/34093
Data do documento: 11-Mar-2020
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese versão para repositório fina.pdf2.04 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons