Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/34146
Tipo: Tese
Título: Efeitos da bengala na marcha de indivíduos pós-acidente vascular encefálico: da revisão sistemática da literatura ao primeiro ensaio clínico aleatorizado
Título(s) alternativo(s): Effects of the cane on walking of individuals after stroke: from the systematic literature review to the first randomized clinical trial
Autor(es): Patrick Roberto Avelino
Primeiro Orientador: Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela
Primeiro Coorientador: Lucas Rodrigues Nascimento
Primeiro membro da banca : Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela
Segundo membro da banca: Augusto Cesinando de Carvalho
Terceiro membro da banca: Aline Alvim Scianni
Quarto membro da banca: Christina Danielli Coelho de Morais Faria
Quinto membro da banca: Vinicius Cunha de Oliveira
Resumo: O primeiro estudo, uma revisão sistemática, investigou os efeitos da bengala na marcha de indivíduos pós acidente vascular encefálico (AVE). As buscas foram realizadas em sete bases de dados. As medidas de desfecho foram velocidade de marcha, comprimento do passo, cadência e simetria. Foram incuídos 12 estudos (n=239). Os resultados demonstraram que os indivíduos andaram 0.01m/s mais devagar com bengala de ponteira única, e 0.06m/s mais devagar com bengala de quatro apoios, quando comparados a andar sem bengala. Além disso, a velocidade de marcha com a bengala de ponteira única foi 0.06m/s maior, quando comparada a de quatro apoios. Os resultados para as demais medidas foram inconclusivos, devido ao número reduzido de estudos. O segundo estudo objetivou traduzir e adaptar para o português-Brasil a Modified Gait Efficacy scale (mGES), uma escala que avalia a percepção da confiança na marcha. O processo seguiu diretrizes padronizadas, consistindo da tradução, retrotradução, síntese das traduções, avaliação pelo comitê de especialistas e teste da versão pré final. Resultados satisfatórios foram obtidos no teste da versão pré final, uma vez que não houve nenhum problema quanto à redação e clareza dos itens ou ao objetivo da escala. A versão final da mGES-Brasil demonstrou satisfatório grau de equivalência semântica, conceitual e cultural, em relação à versão original. Em relação à reprodutibilidade, investigada no estudo 3, a MGES-Brasil foi aplicada em duas ocasiões, em 30 indivíduos pós AVE. Todos os itens individuais apresentaram níveis quase perfeitos de confiabilidade (coeficientes Kappa >0,80). O coeficiente de correlação intraclasse foi de 0,99 e o gráfico de Bland e Altman não revelou erros sistemáticos. O erro padrão de medida foi de 2 (3%), enquanto o a mudança mínima detectável foi de 6 (9%). Por fim, no estudo 4, foi realizado um ensaio clínico randomizado, que examinou os efeitos da provisão da bengala na marcha e participação social de indivíduos pós AVE crônicos. Foram incluídos 50 indivíduos, aleatorizados em grupo experimental, que recebeu uma bengala de ponteira e grupo controle, que realizou alongamento dos músculos dos membros inferiores. O desfecho primário foi a velocidade de marcha (com e sem bengala), enquanto os desfechos secundários foram comprimento do passo, cadência, capacidade e confiança na marcha e participação social. Os resultados foram medidos antes da intervenção, após a intervenção e follow-up de um mês. Não houve diferença significativa entre os grupos na velocidade de marcha sem a bengala, e em nenhuma das medidas secundárias. No entanto, quando avaliados com a bengala, o grupo experimental caminhou 0,14m/s mais rápido que o grupo controle e, após dois meses, continuou caminhando 0,18m/s mais rápido, devido ao efeito aprendizagem. Os resultados evidenciaram que o uso da bengala durante um mês não resultou em melhora da velocidade e participação parcial, ie, desfechos primários do estudo. Entretanto, o uso da bengala resultou em aumento da velocidade apenas quando o teste foi feito com a bengala, devido ao efeito de aprendizagem.
Abstract: The first study, a systematic review, investigated the effects of the cane after stroke. Searches were performed in seven databases. The outcome measures were walking speed, stride length, cadence and symmetry. The 12 included studies involved 239 participants. The results showed that the individuals walked 0.01 m/s slower with a single-point cane, and 0.06 m/s slower with a four-point cane, when compared to walking without a cane. In addition, walking speed with a single-point cane was 0.06 m/s higher, when compared to a four-point cane. The results for the other outcomes were inconclusive, due to the small number of studies. The second study aimed to translate and adapt the Modified Gait Eficcacy Scale (mGES) to Portuguese-Brazil, a scale that assesses the perception of walking confidence. The process followed standard guidelines, including translation, back-translation, synthesis of the translations, expert committee consultation, and testing of the pre-final version. Satisfactory results were found for the pre-final version test, since there was no problem in the writing and clarity of the items or in the scale objective. The final version of mGES-Brasil demonstrated satisfactory degrees of semantic, conceptual, and cultural equivalence in relation to the original version. For the reproducibility of mGES-Brazil, investigated in study 3, the scale was applied on two occasions, in 30 individuals after stroke. All individual items showed almost perfect levels of reliability (Kappa>0.80). The intraclass correlation coefficient was 0.99 and the Bland and Altman graph did not reveal any systematic errors. The standard error of measurement was 2 (3%), while the minimum detectable change was 6 (9%). Finally, study 4 refers to a randomized clinical trial that investigated the effects of the providion of a cane on walking and social participation of chronic stroke individuals. Fifty individuals were randomized into the experimental group, who received a single-point cane, and a control group, who performed stretching of the lower-limbs muscles. The primary outcome was walking speed (with and without a cane), while secondary outcomes were step length, cadence, walking ability, walking confidence, and social participation. Results were measured before the intervention, after intervention, one-month follow-up. There was no significant differences between the groups in walking speed without a cane in any of the primary and secondary outcomes. However, when using a cane, the experimental group walked 0.14 m/s faster than the control group after interventions and follow-up, suggesting learning effect. These findings provided evidence that using a cane for one month does not improve walking without the cane or social participation.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: EEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/34146
Data do documento: 7-Ago-2020
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado



Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.