Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/35269
Tipo: Tese
Título: Associação entre síndrome metabólica e estresse oxidativo/nitrosativo lamelar em equinos submetidos a dieta rica em carboidratos não estruturais
Autor(es): Patricia de Castro Duarte
Primeiro Orientador: Rafael Resende Faleiros
Primeiro Coorientador: Fabíola de Oliveira Paes Leme
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Luiz Claudio Nogueira Mendes
Primeiro membro da banca : Geraldo Eleno Silveira Alves
Segundo membro da banca: Luciane Maria Laskoski
Terceiro membro da banca: Armando de Mattos Carvalho
Quarto membro da banca: Tiago Facury Moreira
Resumo: O estresse oxidativo ocorre quando há desequilíbrio entre a geração e remoção de espécies reativas de oxigênio nos processos metabólicos no organismo, e sua ocorrência já foi documentada na laminite séptica. Objetivou-se neste trabalho avaliar o estresse oxidativo nas lâminas dos cascos e sua relação com alterações clínicas e laboratoriais observadas em cavalos Mangalarga Marchador submetidos a dieta hipercalórica. Foram utilizados material biológico e dados provenientes de experimento anterior, no qual 9 equinos da raça Mangalarga Marchador tiveram aumento de peso e adiposidade induzidos por 5 meses. Durante este período, foram realizadas medidas morfométricas corporais e ultrassonográficas de gordura subcutânea, coletas de sangue, teste dinâmico de baixa dose de glicose oral, biópsias e radiografias latero-mediais de cascos. O capítulo 1 consiste em uma breve revisão de literatura sobre as principais causas e métodos diagnósticos da síndrome metabólica equina (SME). O capítulo 2 descreve o estudo do estresse oxidativo nos cascos dos animais com imunomarcação dos metabólitos superóxido dismutase 2 (SOD2) e 3-nitrotirosina (NIT). Dos 9 animais, 4 tiveram marcação leve para 3-nitrotirosina na amostra obtida ao final do período experimental. Os achados são evidência inédita da ocorrência de estresse oxidativo lamelar em cavalos na ausência de laminite séptica. Os animais, então, foram divididos em dois grupos - NIT+ (com marcação para nitrotirosina) e NIT- (sem marcação para nitrotirosina) para as avaliações dos capítulos posteriores. No capítulo 3 estes grupos foram comparados quanto às medidas morfométricas corporais e analitos obtidos pelas coletas de sangue (lípides, lipoproteínas, frutosamina, IGF-1, glicemia e insulinemia em jejum), e resultados dos testes dinâmicos de baixa dose de glicose oral. Neste capítulo também foram calculados os proxies G:I, MIRG, HOMA-IR, RISQI e QUICKI, e foi realizado teste de correlação do IGF-1 com as variáveis estudadas. Os animais do grupo NIT+ apresentaram menor altura de cernelha e desenvolveram de forma mais acentuada aumento de adiposidade, de indicadores de desregulação insulínica (DI) e de dislipidemia. Os resultados sugerem que o estresse oxidativo lamelar discriminou os animais mais susceptíveis a alterações metabólicas e morfométricas que poderiam culminar no desenvolvimento de SME. Os níveis de IGF-1 se correlacionaram com indicadores de DI e dislipidemia, corroborando com a hipótese de que este hormônio atua na SME. No capítulo 4 foram avaliados os parâmetros histológicos lamelares e os dados radiográficos de cascos dos grupos NIT+ e NIT-. Foram observadas mudanças na relação casco-falange e alterações no tamanho das lâminas epidermais mais acentuadas em NIT+. Desta forma, pode-se concluir que o estresse oxidativo lamelar destes animais decorre de maior propensão ao desenvolvimento de laminite endocrinopática por SME. Este estudo traz evidências pioneiras de que o estresse oxidativo lamelar, identificado pela marcação com 3-nitrotirosina, é fator importante no desenvolvimento de laminite endocrinopática em equinos com SME, havendo potencial de uso de seus marcadores na identificação de animais susceptíveis, mesmo antes da ocorrência de sinais clínicos.
Abstract: Oxidative stress occurs when there is an imbalance between generation and removal of reactive oxygen species in metabolic processes, and its occurrence has already been documented in septic laminitis. The aim of this study was to evaluate oxidative stress on hoof blades and its relationship with clinical and laboratory alterations observed in Mangalarga Marchador horses submitted to a high calorie diet. Biological material and data from a previous experiment were used, in which 9 Mangalarga Marchador horses had an increase in weight and adiposity induced for 5 months. During this period, body morphometric and ultrasound measurements of subcutaneous fat, blood collections, dynamic low-dose oral glucose test, hooves biopsies and latero-medial radiographs were performed. Chapter 1 consists of a brief review of equine metabolic syndrome (EMS) causes and diagnostic methods. Chapter 2 describes the study of lamellar oxidative stress with immunostaining using superoxide dismutase 2 (SOD2) and 3-nitrotyrosine (NIT). Of the 9 animals, 4 had staining for 3-nitrotyrosine in the sample obtained at the end of the experimental period. The findings are unprecedented evidence for the occurrence of lamellar oxidative stress in horses in the absence of septic laminitis. The animals were then divided into two groups - NIT + (with nitrotyrosine staining) and NIT- (without nitrotyrosine staining) for the evaluations of the later chapters. In chapter 3, these groups were compared regarding body morphometric measurements and analytes obtained from blood collections (lipids, lipoproteins, fructosamine, IGF-1, fasting glucose and insulin), and results of dynamic low-dose oral glucose tests. In this chapter, proxies G: I, MIRG, HOMA-IR, RISQI and QUICKI were also calculated, and the IGF-1 correlation test was performed with the studied variables. The animals in the NIT + group showed lower height at the withers and developed a more pronounced increase in adiposity, indicators of insulin dysregulation (DI) and delipidemia. The results suggest that lamellar oxidative stress discriminated the animals most susceptible to metabolic and morphometric changes that could culminate in EMS development. IGF-1 levels correlated with insulin dysregulation and dyslipidemia indicators, corroborating the hypothesis that this hormone acts in EMS. In chapter 4, the lamellar histological parameters and radiographic data of hooves of the groups NIT + and NIT- were evaluated. Most pronounced changes in the hoof-phalanx relationship and in the epidermal lamina length in NIT + were observed. Thus, it can be concluded that the lamellar oxidative stress of these animals results from a greater propensity to the development of EMS associated laminitis. This study provides pioneering evidence that lamellar oxidative stress, identified by 3-nitrotyrosine labeling, is an important factor in the development of endocrinopathic laminitis in horses with EMS, and have potential to be a marker to identify susceptible animals, even before clinical signs presentation.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: VET - DEPARTAMENTO DE CLÍNICA E CIRURGIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal
Tipo de Acesso: Acesso Restrito
URI: http://hdl.handle.net/1843/35269
Data do documento: 10-Fev-2021
Término do Embargo: 10-Fev-2022
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