Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/35745
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisor1Carlos Eduardo Suprinyakpt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/1426766273971324pt_BR
dc.contributor.referee1Laura Valladão de Matospt_BR
dc.contributor.referee2Alexandre Mendes Cunhapt_BR
dc.contributor.referee3Luiz Felipe Bruzzi Cuript_BR
dc.contributor.referee4Sérgio Ricardo da Matapt_BR
dc.creatorIan Coelho de Souza Almeidapt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/3747975843237690pt_BR
dc.date.accessioned2021-04-16T18:34:15Z-
dc.date.available2021-04-16T18:34:15Z-
dc.date.issued2020-04-24-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1843/35745-
dc.description.abstractThis dissertation analyzes the relationship between sociology and political economy in late-19th and early-20th century Germany. At this moment, sociology was still an infant and highly criticized discipline, while political political economy was already relevant politically and academically. At the same time, both disciplines were embedded in a discussion regarding the autonomy and scientificity of the social and human sciences. In this context, our intention is to connect two great debates. On one hand, we have the Methodenstreit between Schmoller, then leader of the dominant German Historical School of Economics, and Menger. In sum, Schmoller defends the historical method against Menger’s criticism. On the other hand, the debate to which Wilhelm Dilthey largely contributed: the emancipation and scientific recognition of the social and human sciences, which he names Geisteswissenschaften. Dilthey argues that this field has a specific object of study and method, the historical method. Herewith, we show how we can better understand the controversies within political economy when we are aware of the circumstances affecting the social sciences field in general. Thereafter, we present the work of Heinrich Dietzel, who seeks a conciliatory solution for the Methodenstreit while advancing his view of the proper manner to do economic theory, following the Ricardian perspective. Another author that pursues a solution for this methodological debate is Max Weber, a key figure in our discussion. We first address Weber’s work from his proximity to Heinrich Rickert. Rickert, one of the most notorious neo-Kantians authors, dedicates part of his endeavor to defend his version of the independent field of human and social sciences, the Kulturwissenschaften. His is critical of Dilthey’s epistemological differentiation and establishes the difference between natural and cultural sciences in methodological terms. Here our focus is to present how Weber’s criticism to Schmoller is related to Rickert’s criticism of Dilthey. Furthermore, Weber’s significance rests on his image as the father of sociology. The author, who for a long period worked as a political economist, had a major role in the development of sociology. We explore how Weber’s conception of sociology and political economy changed over time and how these disciplines were related to the construction of knowledge in the social sciences in general. Other authors, such as Georg Simmel and Werner Sombart, were as much or even more important than Weber in the process of institutionalization of sociology. We will discuss them in the context of disputes inside the German Society for Sociology (DGS), created in 1909, specially the so-called Werturteilsstreit. This debate is directly connected to the Methodenstreit and implies overcoming the mistakes perpetrated majorly, but not exclusively, by the German Historical School. This was a discussion about value neutrality in science, which became a touchstone in the social sciences at the time. Moreover, value neutrality is crucial for understanding how scientific specialization depended on overcoming Schmoller’s perspective, and also how it was essential for correcting the mistakes associated with the historical method. In this sense, Weberian sociology allowed for a solution to the Methodenstreit by concentrating in economic sociology those aspects of social reality that Schmoller would see as part of economic theory, while Menger would dismiss as outside the field of political economy. Lastly, we analyze the different sociological perspectives that co-existed in the DGS to show that, even though there was significant methodological pluralism, positions that went against scientific specialization were marginalized.pt_BR
dc.description.resumoEsta tese busca compreender o relacionamento entre a sociologia e a economia política na Alemanha do último quarto do século XIX e início do século XX, momento no qual a primeira ainda é uma disciplina infante e vista por muitos com desconfiança, ao passo que a última já é uma disciplina relevante política e academicamente, porém em um ambiente onde a cientificidade das ciências humanas e sociais ainda está em disputa. Neste contexto, buscamos interligar dois grandes debates. De um lado o Methodenstreit, onde Schmoller, líder da então dominante Escola Histórica Alemã de Economia, defende seu método histórico em oposição ao método abstrato de Menger. Do outro lado a discussão para a qual Wilhelm Dilthey fez grande contribuição:a independência e cientificidade das ciências sociais e humanas (que ele denomina Geisteswissenschaften). Dilthey argumenta que tal campo de pesquisa possui objeto de estudo distinto ao das ciências naturais, além de método próprio, o método histórico. Nosso objetivo com isso é apresentar como as disputas da economia política podem ser mais bem compreendidas quando vistas em comparação ao campo das ciências sociais como um todo. Posteriormente, apresentamos a obra de Heinrich Dietzel, autor que busca apresentar uma solução ao Methodenstreit que seja não apenas uma conciliação entre as posições de Menger e Schmoller, mas que também reestabeleça a correta teoria da economia política, aquela de visão ricardiana. Outro autor que buscará uma solução para o Methodenstreit é Max Weber, figura central em nossa discussão. Abordamos a obra de Weber primeiramente a partir de sua proximidade com Heinrich Rickert. Rickert, um dos principais autores do neokantianismo, tem parte de sua obra dedicada à discussão da cientificidade das ciências humanas e sociais, as Kulturwissenschaften, em sua versão. O autor é crítico de Dilthey, e estabelece as bases de uma separação metodológica entre as Kulturwissenschaften e as ciências naturais. O que buscamos apontar é como as críticas de Weber a Schmoller guardam relação com a crítica de Rickert a Dilthey. Ademais, a significância de Weber repousa em sua imagem de pai da sociologia. O autor, radicado na economia política, foi muito importante para o desenvolvimento da sociologia. Chamamos atenção para as variações ao longo do tempo na concepção de Weber sobre sociologia e economia política, e como tais disciplinas se relacionam em sua obra tendo em mente como o campo das ciências sociais em geral está relacionado com isso. Outros autores, como Georg Simmel e Werner Sombart, foram tão ou mais importantes na institucionalização da sociologia. A relação entre eles é observada em mais detalhes dentro das discussões da Sociedade Alemã para Sociologia (DGS), criada em 1909, em especial em meio ao chamado Werturteilsstreit. Este debate está diretamente relacionado ao Methodenstreit e implica na superação de erros de concepção de ciência por parte não somente, mas principalmente, da Escola Histórica. Essa é uma discussão sobre a neutralidade de valores, que se torna ponto-chave nas ciências sociais e é importante para que compreendamos como a especialização científica não só depende da superação da perspectiva schmolleriana de economia política, mas é também essencial para a correção do que estes autores, os modernos sociólogos, viam como equívocos do método histórico. Colocado desta maneira, a sociologia weberiana permitiria uma solução ao Methodenstreit ao concentrar na sociologia econômica aspectos da realidade social que Schmoller buscava analisar a partir da teoria econômica, e que Menger negava enquanto objeto de estudo da disciplina. Por fim, analisamos as diferentes perspectivas de sociologia existentes na DGS, mostrando como, apesar de imperar um pluralismo metodológico, as posições contrárias à especialização científicas eram marginalizadas.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Minas Geraispt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Economiapt_BR
dc.publisher.initialsUFMGpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/*
dc.subjectMethodenstreitpt_BR
dc.subjectWerturteilsstreitpt_BR
dc.subjectEconomia Políticapt_BR
dc.subjectSociologiapt_BR
dc.subjectCiências do Espíritopt_BR
dc.subjectCiências Culturaispt_BR
dc.subject.otherEconomiapt_BR
dc.subject.otherSociologiapt_BR
dc.titleDisciplinarização e cientificidade: a economia política e a nascente sociologia durante o estabelecimento das ciências humanas e sociais na Alemanha (1875-1920)pt_BR
dc.title.alternativeDisciplinarization and scientificity: political economy and the emergent sociology during the establishment of the human and social sciences in Germany (1875-1920)pt_BR
dc.typeTesept_BR
dc.identifier.orcidhttps://orcid.org/0000-0002-1011-4517pt_BR
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
Ian Almeida - Tese de Doutorado pós-defesa - Disciplinarização e cientificidade.pdf2.85 MBAdobe PDFView/Open


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons