Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/36206
Tipo: Dissertação
Título: Tabus linguísticos e o surgimento de eufemismos na fala-em-interação em língua portuguesa como L1 E L2
Autor(es): Fernanda Roque Amendoeira
Primeiro Orientador: Ulrike Agathe Schröder
Primeiro membro da banca : Alexandre Cadilhe
Segundo membro da banca: Thiago da Cunha Nascimento
Resumo: O uso de figuras de linguagem, especificamente eufemismos, revela como os participantes de uma interação constroem suas falas quando lidam com um tópico, expressão ou palavra que consideram necessário de ser atenuada. Nesta pesquisa, procuramos examinar quando esta escolha é feita por falantes de português tanto como língua materna (doravante L1) quanto como língua estrangeira (doravante L2) e como a construção de eufemismos ocorre. Temos como suporte teórico abordagens que partem de uma perspectiva cognitivo-interacional, tratando os eufemismos como traços presentes tanto na comunicação intra como intercultural. Para investigar as conceptualizações culturais que surgem na fala-em-interação, recorremos a trabalhos sobre Linguística Cultural e Linguística Cognitiva e também a algumas abordagens pragmáticas, como Correia (1927), Kröll (1984) e Guérios (1979), que partem do pressuposto de que tabus linguísticos são parte da estrutura cultural de certas comunidades de fala. Quanto à metodologia, duas gravações em vídeo foram feitas: uma com um grupo de brasileiros, cuja L1 é o português, e outra com estrangeiros, que viviam no Brasil na época, falantes nativos de francês ou alemão. Ambos os grupos conversaram em português para fins desta pesquisa. Após a coleta dos dados, utilizamos o software EXMARaLDA (SCHMIDT; WÖRMER, 2009) para transcrever e as convenções GAT 2 (Selting et al., 2016) para facilitar a transcrição dos aspectos visuais-corporais e verbais do que estava em vídeo. Esta pesquisa mostrou que, em ambas gravações, gestos, prosódia e gestos faciais foram encontrados como ocorrências eufemísticas, bem como substituições semânticas; essas últimas, comumente vistas em gramáticas e livros didáticos, foram encontradas exclusivamente na interação entre brasileiros. Identificamos também outros fenômenos que poderiam funcionar como eufemismos dentro das interações, tais como o uso do humor como um coping mechanism, bem como as ocorrências de autorreparo em seus discursos.
Abstract: The use of figures of speech, specifically euphemisms, reveals how the participants in an interaction construct their utterances when dealing with a topic, expression or word that they think needs to be eased. In this research, we aim to examine when this choice is made by Portuguese speakers both as a mother tongue (hereinafter L1) and as a foreign language (hereinafter L2) and how the construction of euphemisms occurs. We have as theoretical framework approaches that start from a cognitive-interactional perspective, treating euphemisms as traits present in both intra and intercultural communication. In order to investigate the cultural conceptualizations that emerge in talk-in-interaction, we resort to works about Cultural Linguistics, Cognitive Linguistics and also some pragmatic approaches, such as Correia (1927), Kröll (1984) and Guérios (1979), which start from the assumption that linguistic taboos are part of the cultural framework of certain speech communities. Regarding the methodology, two video recordings were made: one with a group of Brazilians, whose L1 is Portuguese, and another one with foreigners, that were living in Brazil at the time, and whose L1 were French or German. Both groups talked in Portuguese for the purpose of this research. After the data were collected, we used the software EXMARaLDA (SCHMIDT; WÖRMER, 2009) to transcribe and the GAT 2 conventions (Selting et al., 2016) to facilitate the transcription of both visual and verbal aspects of what was on tape. This research showed that, in both recordings, gestures, prosody and facial gestures were found as euphemisms occurrences, as well as semantic substitutions; the latter, commonly seen in grammars and textbooks, was found exclusively in the interaction between Brazilians. We identified also other phenomena that could function as euphemisms within the interactions, such as the use of humor as a coping mechanism, as well as the occurrences of self-repair in their speeches.
Assunto: Língua portuguesa – Estudo e ensino
Língua portuguesa – Falantes estrangeiros
Língua portuguesa – Eufemismo
Análise da conversação
Tabu linguístico
Linguística aplicada
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Curso: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/36206
Data do documento: 31-Mar-2021
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