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http://hdl.handle.net/1843/36424
Tipo: | Tese |
Título: | Fava-d´anta: extrativismo, produção e flavonoides |
Autor(es): | Karoline Paulino Costa |
Primeiro Orientador: | Ernane Ronie Martins |
Primeiro membro da banca : | Jordany Aparecida de Oliveira Gomes |
Segundo membro da banca: | Cláudia Pombo Sudré |
Terceiro membro da banca: | Charles MarƟns Aguilar |
Quarto membro da banca: | Rubia Santos Fonseca |
Resumo: | A fava-d’anta ou favela é uma árvore nativa do Cerrado que apresenta alto teor de flavonoides nos seus frutos, que são coletados por extrativistas e vendidos a terceiros que os repassam para a indústria. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar aspectos etnobotânicos do extrativismo, produção e qualidade de fava-d’anta em área do Norte de Minas Gerais. Para o levantamento dos aspectos extrativistas, 20 coletores foram entrevistados utilizando questionário semiestruturado. A avaliação da capacidade de produção foi feita em cinco áreas, utilizando 10 parcelas de 20 x 50 m, totalizando 1 ha por área. O número total de plantas, a produção por planta e seu respectivo diâmetro à altura do peito (DAP) foram registrados, considerando todas as árvores das parcelas. A produtividade das áreas foi medida nos anos de 2018, 2019 e 2020. Para o acompanhamento do crescimento dos frutos, foram efetuadas oito coletas, entre os meses de abril e julho de 2018, em que se verificaram a matéria seca e a biometria, sendo determinado o teor dos flavonoides rutina e quercetina por cromatografia líquida de alta eficiência, em cada coleta. A curva de secagem dos frutos foi construída, a partir da avaliação em quatro sistemas de secagem em campo: área cimentada – “calçadão” para a captação de água da chuva, solo, sombrite e sobre lona plástica. Nas entrevistas, observou-se que a maioria dos extrativistas são casados e 47% frequentaram a escola até a 4a série. Em média, 18 anos é o tempo que estão envolvidos com a coleta e 90% deles envolve outros familiares nesse processo. A cor e o tamanho são os principais critérios utilizados, para identificar o momento para a coleta de frutos, que são comercializados com preço médio de R$ 0,43 e R$ 0,78 por kg de fruto fresco e seco, respectivamente. As principais dificuldades apontadas pelos entrevistados são as atividades de coleta e secagem dos frutos. O número médio de plantas por hectare é de 28, no entanto menos da metade é produtiva, sendo observada correlação significativa (r = 0,40) entre o DAP e a produção de frutos das árvores. A produtividade média foi de 6,60 kg de frutos frescos por hectare, considerando os três anos de avaliação, com rendimento de 45,6% de matéria seca. O teor de rutina (13,80% ± 4,5) não teve correlação significativa com a data de coleta (considerando apenas frutos colhidos frescos), enquanto o teor de quercetina reduziu com a idade dos frutos. Os frutos secos no calçadão apresentaram estabilização de peso antes dos demais sistemas de secagem. Com base nos resultados, nota-se a necessidade de repasse de informações aos extrativistas, principalmente em relação à conservação e usos da espécie. A capacidade de produção apresenta variação entre áreas e entre anos de coleta, exigindo grandes áreas de coleta para garantir renda para as famílias extrativistas. A qualidade dos frutos, considerando o teor de rutina, não varia durante o crescimento dos frutos. |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Instituição: | UFMG |
Departamento: | ICA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS |
Curso: | Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/36424 |
Data do documento: | 21-Dez-2020 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado |
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