Fatores sociodemográficos e clínicos associados ao óbito de pacientes idosos atendidos em um pronto-socorro do Estado de Minas Gerais
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Universidade Federal de Minas Gerais
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Dissertação de mestrado
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Resumo
MARTINS, C.I. Fatores Sociodemográficos e Clínicos Associados ao Óbito de Pacientes Idosos Atendidos em um Pronto-Socorro do Estado de Minas Gerais. 2021. 125 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Gestão de Serviços) - Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, 2021.
O envelhecimento populacional acarreta mudanças significativas na sociedade, sendo que diversos fatores interferem diretamente na qualidade de vida da pessoa idosa e em sua busca pelo acesso aos serviços de saúde. Este estudo objetivou descrever os fatores sociodemográficos e clínicos associados ao óbito de pacientes idosos atendidos em um pronto-socorro referência para politraumatizado do Estado de Minas Gerais. Trata-se de estudo transversal descritivo, de natureza quantitativa. A base para obtenção dos dados foi o prontuário eletrônico disponível no Sistema Integrado de Gestão Hospitalar do serviço. As variáveis foram idade, sexo, estado civil, escolaridade, procedência, tipo de risco, CID primário, desfecho (alta, transferência, evasão e óbito) e período de permanência. Os dados foram armazenados em planilha do programa Excel 2010® e submetidos à análise no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 19. Este estudo é um recorte do projeto “Internações Hospitalares de Idosos: um estudo na rede FHEMIG”, aprovado pelos respectivos Comitês de Ética em Pesquisa sob o nº do CAAE 98627418.0.0000.5149. Foram 11.306 idosos atendidos no período entre 2015 a 2019, com predomínio do sexo masculino (52,79%). A maior parte dos idosos tinha entre 60 e 64 anos (25,49%), era casada, com união estável ou amigada (43,85%), residia no Município de Belo Horizonte (63,94%). Houve predomínio da cor laranja (23,72%) na classificação de risco, 44,49% deram entrada por motivo de queda, 25,03% por motivos clínicos e 10,30% por atropelamento. Na análise do CID primário, o Capítulo XIX (S00-T98) lesões, envenenamento e algumas outras causas externas foi o mais prevalente (63,94%), seguido do Capítulo IX (I00-I99) doenças do aparelho circulatório (12,21%). Dos idosos atendidos, 56,19% receberam alta, 30,70% foram transferidos e 11,91% foram a óbito. O tempo médio de permanência foi de 11,6 dias (DP ± 24,5 dias). Quanto às características associadas ao desfecho óbito, o sexo feminino tem 29,3% menos chances que o sexo masculino, 80 anos ou mais tem 2,3 vezes mais chances, quem reside em Belo Horizonte tem 27,6% menos chances, classificação de risco vermelho tem 24,0% mais chances, entrada por motivo de queimadura tem 4,2 vezes mais chances, a cada aumento de um dia no tempo de permanência, aumenta a chance de óbito em 1,0 vez. A pesquisa tem o potencial de contribuir com a ampliação do conhecimento acadêmico sobre o tema e instigar reflexões sobre possíveis intervenções. Do ponto de vista organizacional, espera-se que os resultados apresentados forneçam insumos para o planejamento de ações necessárias a gestão e organização da atenção à saúde, de forma a desenvolver competências necessárias para o alcance dos resultados almejados, que contribuam para o fortalecimento de uma assistência de qualidade, segura e transparente. Para a sociedade a contribuição potencial será a de prover os profissionais de saúde de informações que permitam melhor subsidiar suas práticas laborais, culminando em um melhor atendimento à população. Como produtos desta pesquisa foram elaborados: relatório técnico a ser entregue à diretoria da instituição investigada; elaboração e apresentação em eventos científicos de materiais informativos abordando a temática - cuidados com os idosos no trânsito.
Abstract
Assunto
Idoso Fragilizado, Acidentes por Quedas, Acidentes de Trânsito, Serviços Médicos de Emergência, Doença Crônica/mortalidade, Gravidade do Paciente, Causas de Morte, Estudos Transversais
Palavras-chave
Idosos fragilizados, Queda, Acidente de trânsito, Pronto-socorro, Doença crônica, Agudização