Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/37402
Tipo: Tese
Título: Influência do vírus Influenza A na progressão da criptococose experimental
Autor(es): Lorena Vivien Neves de Oliveira
Primeiro Orientador: Daniel de Assis Santos
Primeiro Coorientador: Alexandre Magalhães Vieira Machado
metadata.dc.contributor.advisor-co2: Danielle da Glória Souza
Primeiro membro da banca : Frederico Marianetti Soriani
Segundo membro da banca: Vívian Costa
Terceiro membro da banca: Susana Frases
Quarto membro da banca: Milena Batista de Oliveira
Resumo: O vírus Influenza A (IAV) afeta milhões de pessoas anualmente e predispõe a infecções bacterianas secundárias. A inalação de fungo pertencente ao complexo Cryptococcus causa inicialmente doença pulmonar com posterior meningoencefalite criptocócica. A doença pulmonar subjacente é um forte fator de risco para o desenvolvimento de criptococose por C. gattii, embora o efeito da infecção concomitante com IAV não tenha sido estudado. Diante do exposto, desenvolvemos um modelo in vivo de coinfecção por Influenza A H1N1 e C. gattii. A coinfecção resultou em um significativo aumento na morbidade e letalidade precoce da criptococose. A infecção concomitante do vírus influenza A e C. gattii resultou no aumento de lesões histopatológicas pulmonares e da carga fúngica no SNC, quando os animais foram infectados na fase de multiplicação do vírus Influenza. Além disso, a presença do IAV modifica a resposta inflamatória no hospedeiro, com maior recrutamento de neutrófilos e macrófagos no local da infecção. IAV também resultou na indução da produção de interferons do tipo I (IFN-α4/β), mas levou a diminuição significativa dos níveis de IFN-γ, o que pode estar associado com o comprometimento da resposta imune frente à infecção por Cryptococcus durante a coinfecção. Ainda, a levedura apresenta modificações em sua estrutura durante a coinfecção, com maior tamanho celular e capsular, e se torna mais eletronegativa. Além disso, a atividade dos macrófagos fica prejudicada, com diminuição da fagocitose, menor produção de ROS e menor atividade fungicida de macrófagos infectados com IAV, resultando em aumento da proliferação intracelular do fungo no interior de macrófagos, mesmo após indução por IFN-γ. Todas essas alterações sucedidas à coinfecção auxiliam o fungo em sua sobrevivência no hospedeiro e aumentam sua virulência durante a coinfecção. Em conclusão, a infecção pelo vírus Influenza A deve ser considerada um fator de risco para criptococose, agravando o quadro da doença e culminando na letalidade precoce de camundongos coinfectados. Logo, este estudo é essencial para compreensão da interação entre esses agentes infecciosos e o hospedeiro durante coinfecções.
Abstract: Influenza A virus (IAV) infects millions of people annually and predisposes to secondary bacterial infections. Inhalation of fungi within the Cryptococcus complex causes pulmonary disease with secondary meningo-encephalitis. Underlying pulmonary disease is a strong risk factor for development of C. gattii cryptococcosis though the effect of concurrent infection with IAV has not been studied. We developed an in vivo model of Influenza A H1N1 and C. gattii coinfection. Coinfection resulted in a major increase in morbidity and mortality, with severe lung damage and a high brain fungal burden when mice were infected in the acute phase of influenza multiplication. Furthermore, IAV alters the host response to C. gattii, leading to recruitment of significantly more neutrophils and macrophages into the lungs. Moreover, IAV induced the production of type 1 interferons (IFN-α4/β) and the levels of IFN-γ were significantly reduced, which can be associated with impairment of the immune response to Cryptococcus during coinfection. In addition, the yeast presents morphological modifications during coinfection with increase of capsule and cell body, and higher electronegativity. Phagocytosis, killing of cryptococci and production of reactive oxygen species (ROS) by IAV-infected macrophages were reduced, independent of previous IFN-γ stimulation, leading to increased proliferation of the fungus within macrophages. In conclusion, IAV infection is a predisposing factor for severe disease and adverse outcomes in mice coinfected with C. gattii.
Assunto: Microbiologia
Criptococose
Cryptococcus gattii
Vírus da Influenza A
Coinfecção
Fatores de Risco
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: ICB - DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Microbiologia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/37402
Data do documento: 23-Out-2017
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese_Lorena Oliveira_31-10-2017_v.final.pdf7.53 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons