Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/37826
Type: Tese
Title: Efeitos da lavagem e da sanitização com ácido peracético ou luz ultravioleta sobre a ultraestrutura da casca e características microbiológicas de ovos de consumo
Authors: Marcela Viana Triginelli
First Advisor: Leonardo José Camargos Lara
First Co-advisor: Tadeu Chaves de Figueiredo
First Referee: Marcelo Resende de Souza
Second Referee: Silvana de Vasconcelos Cançado
Third Referee: Nadja Susana Mogyca Leandro
metadata.dc.contributor.referee4: Jacques Robert Nicoli
Abstract: Com o objetivo de avaliar o efeito da lavagem e diferentes métodos de sanitização sobre a ultraestrutura da casca, avaliação microbiológica da casca, conteúdo dos ovos e conteúdo dos ovos após 15 dias de armazenamento em temperatura ambiente, foram coletados 600 ovos de consumo de galinhas da linhagem Bovans White® de 53 semanas de idade, alojadas em gaiolas e com sistema de coleta de ovos automatizado. Os ovos selecionados foram distribuídos de forma aleatória em esquema fatorial 2x3 (presença ou não de lavagem x processo de sanitização), submetidos aos tratamentos ovos não lavados (NL): sem sanitização (SS); sanitizados com ácido peracético (355 ppm; 0,5ml/ovo; APA); sanitizados com radiação ultravioleta C (254 nm; 2.067 μw/cm2, 5s; UVC) e ovos lavados (L): SS; APA e UVC. Um total de 24 ovos foi coletado para avaliação ultraestrutural da casca, sendo quatro ovos por tratamento. Foram feitas medições das camadas mamilar, paliçada, cristal vertical e da cutícula da casca nas regiões apical, equatorial e basal e o cálculo das médias das três regiões. Oito amostras compostas de quatro ovos foram coletadas para contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos totais, Enterobacteriaceae, bolores e leveduras na casca, conteúdo após 48 horas e conteúdo após 15 dias de armazenamento à temperatura ambiente. Após a cultura dos micro-organismos, colônias morfologicamente diferentes foram selecionadas para identificação utilizando-se o método de espectrometria de massa por ionização e dessorção a laser assistida por matriz (MALDI) e analisador por tempo de voo (TOF). A lavagem reduziu a espessura da cutícula dos ovos (p<0,05) e o uso de APA reduziu a espessura da região calcificada (p<0,05). Os ovos lavados e sanitizados com APA ou UVC apresentaram redução significativa (p<0,05) de contagem de micro-organismos aeróbios mesófilos da casca quando comparados aos ovos apenas lavados. O conteúdo dos ovos L-SS apresentou a menor contaminação por aeróbios mesófilos totais (p<0,05). O conteúdo dos ovos SS, independentemente da lavagem, não apresentou bactérias da família Enterobacteriaceae. Após 15 dias de armazenamento à temperatura ambiente, as contagens de micro-organismos aeróbios mesófilos totais, bolores e leveduras foram menores (p<0,05) no conteúdo dos ovos lavados. O conteúdo dos ovos submetidos à radiação UVC apresentou a menor contagem de bolores e leveduras (p<0,05). Ovos lavados e sanitizados com UVC apresentaram a menor contagem de Enterobacteriaceae do conteúdo após 15 dias de armazenamento. As contagens de aeróbios mesófilos, Enterobacteriaceae, bolores e leveduras do conteúdo após 15 dias de armazenamento foram mais altas em praticamente todos os tratamentos, com exceção dos ovos submetidos ao tratamento L-UVC. Na casca os filos Firmicutes e Proteobacteria foram os mais prevalentes. Houve redução de bactérias da família Enterobacteriaceae e aumento de Staphylococcaceae após a lavagem dos ovos. No conteúdo, o filo Firmicutes foi o mais prevalente nos ovos não lavados e o filo Proteobacteria nos ovos lavados. O gênero Enterobacter foi o mais prevalente no conteúdo dos ovos lavados. Não foi identificada Salmonella nem na casca e nem no conteúdo dos ovos. Por apresentar as menores contagens de bactérias da casca e do conteúdo e a menor contaminação por bolores e leveduras no conteúdo dos ovos após 15 dias de armazenamento, a lavagem associada ao uso de UVC pode ser considerada o método de escolha na sanitização de ovos de consumo.
Abstract: The present study examined the effect of egg washing and different disinfection methods on eggshell ultrastructure, on abundance and taxonomic diversity of microorganisms on eggshells, and on egg content, immediately after treatment and after 15 days of storage. A total of 600 eggs were collected from 53-week-old Bovans White® hens, housed in cages, using an automated egg collection system. Selected eggs were randomly assigned to treatments using a factorial scheme 2 × 3: as follows: a) unwashed eggs: without sanitization (WS), sanitized with peracetic acid ([PAA]; 355 ppm; 0.5 mL/egg), and sanitized with ultraviolet C radiation ([UVC]; 254 nm; 2.067 μw/cm2 , 5s), and b) washed eggs (W): WS, PAA, and UVC. A total of 24 eggs were collected for ultrastructural evaluation of the shell, with four eggs per treatment. Measurements were made of the mammillary, palisade, vertical crystal and cuticle in the apical, equatorial, and basal eggshell layers, then average values of the three measurements were calculated. Eight samples of four eggs each were collected to count total mesophilic aerobic microorganisms, Enterobacteriaceae, molds, and yeasts in the shell, contents after 48 hours and contents after 15 days of storage at room temperature. After culturing the microorganisms, morphologically different colonies were selected for identification by matrix-assisted laser desorption/ionization-time of flight mass spectrometry (MALDI-TOF). Washing reduced the cuticle thickness of eggs (p<0.05) and the use of APA reduced the thickness of the calcified region (p<0.05). Eggs washed and sanitized with APA or UVC showed significant (p<0.05) reduction of shell aerobic mesophilic microorganism counts when compared to eggs washed only. The contents of W-WS eggs showed the lowest contamination by total mesophilic aerobes (p<0.05). The contents of WS eggs, regardless of washing, was free of Enterobacteriaceae. After 15 days of storage at room temperature, the counts of total mesophilic aerobic microorganisms, molds and yeasts were lower (p<0.05) in the contents of washed eggs. The contents of eggs subjected to UVC radiation showed the lowest mold and yeast counts (p<0.05). Eggs washed and sanitized with UVC showed the lowest count of Enterobacteriaceae in the contents after 15 days of storage. Counts of mesophilic aerobes, Enterobacteriaceae, molds and yeasts of the contents after 15 days of storage increased in almost all treatments, however, to a lower degree in W-UVC treatment. On eggshells, the phyla Firmicutes and Proteobacteria were the most prevalent. There was a reduction of bacteria of the Enterobacteriaceae family and an increase of Staphylococcaceae after washing the eggs. In the contents, Firmicutes was most prevalent in the unwashed eggs 13 and Proteobacteria was predominant in washed eggs. The genus Enterobacter was most prevalent in the contents of the washed eggs. No Salmonella was identified on either the shell or the contents of the eggs. By having the lowest bacterial counts on the shell and contents, and the lowest mold and yeast contamination on the egg contents after 15 days of storage, washing associated with the use of UVC can be considered the method of choice in sanitizing consumption eggs. Key words: Microorganisms count; Peracetic Acid; Ultraviolet; MALDI TOF
Subject: Produção animal
Zootecnia
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: VET - DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Rights: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/37826
Issue Date: 14-Feb-2020
Appears in Collections:Teses de Doutorado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
TESE MARCELA VIANA TRIGINELLI - VERSÃO FINAL .pdf1.33 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.