Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://hdl.handle.net/1843/38028
Tipo: Tese
Título: O que aconteceu? Indagações sobre o real nos acidentes de trabalho
Título(s) alternativo(s): What happened? Inquiries about the real in work accidents
Autor(es): Daniela Scarpa da Silva Costa
Primeiro Orientador: Daisy Moreira Cunha
Primeiro membro da banca : Admardo Bonifácio Gomes Júnior
Segundo membro da banca: Mònica Maria Farid Rahme
Terceiro membro da banca: Daniel de Souza Costa Calvo
Quarto membro da banca: Andrea Maria Silveira
Resumo: Esta tese foi desenvolvida por meio de uma pesquisa teórica, com leitura interpretativa e discussão de vinhetas clínicas extraídas do campo de estudo que se articulam com a prática clínica e as formalizações realizadas a partir dessas interpretações. As clínicas do trabalho, em especial a Ergologia de Yves Schwartz e a psicanálise dos ensinos de Freud e Lacan, constituíram as orientações teóricas que sustentaram a construção desta investigação, seja por meio do estudo direto desses autores ou de autores contemporâneos que se orientam nessas vertentes. O problema que motivou esta pesquisa considera que os acidentes de trabalho são um fenômeno multicausal. Portanto, o que podemos escutar do sujeito, nesse contexto, a partir de suas significações? Assim, estabeleceu-se, como objetivo geral, escutar pacientes atendidos nos ambulatórios do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, para contribuir com análises sobre as configurações de real nos acidentes de trabalho. A escuta como elemento teórico – metodológico para a Psicanálise e para a Ergologia expõe toda a sua primazia neste trabalho. O caminho percorrido passou por um estudo sobre o real nos acidentes de trabalho e pelas categorias: contingência, acting-out, passagem ao ato, atos falhos, crenças / recusa de saber e as condições de trabalho (gestão). Considerou-se neste estudo que, desde Freud, os atos não são inocentes, não são meros movimentos. Eles têm uma significação. Logo, a noção de ato é associada na Psicanálise à noção de inconsciente e linguagem. Se o que rege as relações humanas é a linguagem, o ato busca um atravessamento do código simbólico, na tentativa de sair de sua indeterminação. Pensar o real do acontecimento, atravessado pelas normas, real que se presentifica no próprio ato do sujeito, pensar o “uso de si” relacionado ao contexto do trabalho possibilita uma visibilidade ao modo de funcionamento singular de cada sujeito nas dimensões de sentido que o inconsciente comporta diante do mal-estar produzido no trabalho por meio da lógica imposta pelo mundo capitalista. Sob essa perspectiva, avalia-se que o estudo realizado permitiu encontrar e examinar o ato nos acidentes de trabalho bem como estabelecer articulações teóricas entre o “uso de si” e o ato na vertente psicanalítica que trouxeram possibilidades para a escuta dos sujeitos envolvidos em acidentes de trabalho.
Abstract: This thesis was developed through a theoretical research, with interpretive reading and discussion of clinical vignettes extracted from the research field that are articulated with the formalizations performed and the clinical practice. The work clinics, especially the Ergology of Yves Schwartz and the psychoanalysis of the teachings of Freud and Lacan, constituted the theoretical orientations that supported the construction of the research, either through the direct study of these authors or contemporary authors who are oriented in these aspects. The problem that motivated the research considers that work accidents are a multi-causal phenomenon, what can we hear from the subject, in this context, from their meanings? Thus, the general objective of listening to patients seen at the outpatient clinics of Hospital João XXIII, in Belo Horizonte, was established, in order to contribute to analyzes of the real settings in work accidents. Listening as a theoretical - methodological element for Psychoanalysis and Ergology exposes all its primacy in this work. The path followed went through a study of the real in work accidents through the categories: contingency, acting-out, transition to the act, flawed acts, beliefs / refusal to know and working conditions (management). Considering that, since Freud, acts are not innocent, they are not mere movements, they have a meaning and that the notion of act is associated in Psychoanalysis to the notion of unconscious and language. If language is governed by human relations, the act seeks a crossing of the symbolic code, in an attempt to get out of its indeterminacy. Thinking the real of the event, crossed by the norms, real that becomes present in the subject's own act, thinking about the “use of oneself” related to the work context allows a visibility to the individual mode of operation of each subject in the dimensions of meaning that the unconscious behaves in the face of the malaise produced at work through of the logic imposed by the capitalist world. It is considered that the study made it possible to find, examine the act in accidents at work as well as establish theoretical articulations between the "use of self" and the act in the psychoanalytic aspect that brought possibilities for listening to the subjects involved in accidents at work.
Assunto: Educação
Psicanálise e educação
Psicologia industrial
Acidentes do trabalho - Aspectos psicológicos
Acidentes do trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalho - Aspectos psicológicos
Trabalho - Aspectos sociológicos
Trabalhadores - Aspectos psicológicos
Ciências sociais e psicanálise
Psicanálise
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Instituição: UFMG
Departamento: FAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso: Programa de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão Social
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: http://hdl.handle.net/1843/38028
Data do documento: 25-Fev-2021
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Última versão revisada Daniela Scarpa da Silva Costa 7 julho.pdf1.11 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.