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Tipo: Tese
Título: Reconciliação medicamentosa conduzida por farmacêutico: uma avaliação da implementação
Título(s) alternativo(s): Pharmacist-led medication reconciliation: an evaluation of implementation
Autor(es): Brígida Dias Fernandes
primer Tutor: Clarice Chemello
primer Co-tutor: Lorena Rocha Ayres
primer miembro del tribunal : Reginaldo Adalberto de Luz
Segundo miembro del tribunal: Adriano Max Moreira Reis
Tercer miembro del tribunal: Giselle de Carvalho Brito
Cuarto miembro del tribunal: Mário Borges Rosa
Resumen: A implementação da Reconciliação Medicamentosa (RM) tem sido estimulada para promover a segurança do paciente, ao evitar eventos adversos relacionados a medicamentos que ocorrem principalmente nas interfaces do cuidado. Embora as pesquisas demonstrem resultados positivos da RM, ainda permanecem incertas quais práticas e métodos são mais efetivos e quais fatores influenciam a sua implementação. Assim, o objetivo geral foi analisar o processo e a implementação da RM conduzida pelo farmacêutico em ambiente hospitalar. Foi realizado um estudo de caso em um hospital universitário, localizado no município de Vitória/Espírito Santo que estava em processo de implementação da RM. Na primeira etapa, foi realizada uma revisão de escopo a fim de mapear os diferentes métodos, estratégias e ferramentas utilizadas na RM conduzida na alta hospitalar. A busca por estudos relevantes foi realizada em maio de 2018, em diferentes bases de dados, utilizando várias combinações de termos relacionados à pergunta da revisão. Na segunda etapa, foi realizado um estudo qualitativo, envolvendo observação participante e entrevista semiestruturada com informantes-chave para identificar os fatores que influenciaram a implementação da RM no caso estudado. O Consolidated Framework for Implementation Research (CFIR) foi utilizado para orientar a coleta e análise de dados. Por fim, foi realizado um estudo prospectivo na unidade de cardiologia durante cinco meses, a fim de medir a fidelidade da implementação da RM. Foram coletados dados relacionados à cobertura, as fontes de informação usadas durante a coleta do histórico de uso de medicamentos e a presença de Discrepâncias Medicamentosas Não-Documentadas (DND) pendentes e resolvidas na admissão e alta hospitalar. Na revisão de escopo, 50 estudos foram incluídos, em que os farmacêuticos foram responsáveis principalmente por coletar o histórico de uso de medicamentos (72%), identificar (96%) e resolver (98%) problemas farmacoterapêuticos. Apenas 30% dos estudos descreveram um plano de alta do paciente e, em 14% houve o compartilhamento de informações sobre a farmacoterapia do paciente com farmacêuticos comunitários. Na análise qualitativa, 18 construtos do CFIR emergiram, comportando-se como barreira ou facilitador. Os construtos que influenciaram mais fortemente a implementação estavam relacionados ao “Contexto Interno”, “Características dos Indivíduos” e “Características da Intervenção”. A RM revelou-se complexa, ao exigir conhecimento clínico e alinhamento com a equipe médica para identificar e resolver as DND, estando entrelaçada com a cultura e comunicação organizacional. Na análise da fidelidade, dentre os pacientes elegíveis para o estudo, 122 (69,7%) tiveram seus medicamentos reconciliados em tempo hábil na admissão e 50 (43,8%) na alta. Pelo menos uma DND pendente foi encontrada em 101 (82,8%) pacientes na admissão e em 41 (82,0%), na alta. Os resultados sugerem falhas na implementação e destacam que a RM é uma intervenção complexa, exigindo conhecimento da equipe multiprofissional e alinhamento com os fluxos de trabalho existentes. Ademais, destaca-se a importância da mensuração da fidelidade da implementação na interpretação dos resultados obtidos no mundo real. Estratégias de melhoria da implementação podem ser elaboradas e testadas a partir das barreiras e facilitadores identificados.
Abstract: The implementation of Medication Reconciliation (MR) has been encouraged to promote patient safety, by avoiding adverse drug events that occur mainly at the care interfaces. Although research shows positive MR results, it remains uncertain which practices and methods are most effective and which factors influence their implementation. Thus, the aim was to analyze the process and the implementation of MR conducted by the pharmacist in hospital care. A case study was carried out in a university hospital, located in the city of Vitória/Espirito Santo, which was in the process of implementing the MR. In the first stage, a scoping review was carried out to map the different methods, strategies and tools used in the MR conducted at hospital discharge. The search for relevant studies was carried out in May 2018, in different databases, using various combinations of terms related to the review question. In the second stage, a qualitative study was carried out, involving participant observation and semi-structured interview with key informants to identify the factors that influenced the implementation of MR in the case studied. The Consolidated Framework for Implementation Research (CFIR) was used to guide the collection and analysis of data. Finally, a prospective study was carried out in the cardiology unit for five months, to measure the fidelity of the MR implementation. Data were collected related to coverage, sources of information used to collect medication history and presence of outstanding and resolved Undocumented Discrepancies (UD). In the scoping review, 50 studies were included, in which pharmacists were mainly responsible for collecting the history of medication use (72%), identifying (96%) and solving (98%) pharmacotherapeutic problems. Only 30% of the studies described a patient discharge plan, and 14% shared information of the patient’s pharmacotherapy with community pharmacists. In the qualitative analysis, 18 CFIR constructs emerged in the analysis, behaving as a barrier or facilitator. The constructs that most strongly influenced implementation were related to “Inner Setting”, “Characteristics of Individuals” and “Intervention Characteristics”. The Medication Reconciliation proved to be complex, as it required clinical knowledge and alignment with the medical team to identify and resolve the UD, being intertwined with the culture and organizational communication. In the analysis of fidelity, among the patients eligible for the study, 122 (69.7%) had their medications reconciled in a timely manner at admission and 50 (43.8%) at discharge. At least one outstanding UD was found in 101 (82.8%) patients at admission and in 41 (82.0%), at discharge. The results suggest implementation failures and highlight that MR is a complex intervention, requiring knowledge from the multidisciplinary team and alignment with existing workflows. Furthermore, the importance of measuring the fidelity of the implementation is highlighted in the interpretation of the results obtained in the real world. Implementation improvement strategies can be designed and tested based on the identified barriers and facilitators.
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Minas Gerais
Sigla da Institución: UFMG
Departamento: FAR - DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA SOCIAL
FARMACIA - FACULDADE DE FARMACIA
Curso: Programa de Pós-Graduação em Medicamentos e Assistencia Farmaceutica
Tipo de acceso: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/38485
Fecha del documento: 11-dic-2020
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