Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/1843/38571
Type: Dissertação
Title: Consumo de antidepressivos em adultos usuários da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde
Other Titles: Antidepressant use among adults patients in primary care in Brazil: results of a national survey
Authors: Natália Patrícia Batista Torres
First Advisor: Francisco de Assis Acurcio
Abstract: Este estudo teve por objetivo estimar a prevalência de uso de antidepressivos nos últimos 30 dias em adultos usuários da atenção primária do Sistema Único de Saúde e fatores associados. Este trabalho integra a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil – Serviços, estudo transversal, exploratório, de natureza avaliativa, realizado por meio de questionários aplicados em unidades básicas de saúde e nos locais de entrega de medicamentos. Foram realizadas 8.803 entrevistas, nas cinco regiões brasileiras, de julho a dezembro de 2014. A variável resposta foi o uso de antidepressivos. Foi realizada análise descritiva da população estudada e dos antidepressivos utilizados, assim como foi investigada a associação entre o uso de antidepressivos e variáveis demográficas, socioeconômicas, clínicas e relacionadas ao estilo de vida, por meio de regressão logística. A prevalência de uso de antidepressivos foi de 6,8% (IC 95% 6,2 - 7,3). Entre os usuários que autorrelataram diagnóstico prévio de depressão e estar extremamente deprimido/ansioso, apenas 29,4 e 24,4%, respectivamente, relatou uso de antidepressivos, sugerindo uma provável subutilização. Os medicamentos mais utilizados foram fluoxetina (37,9%), amitriptilina (26,1%) e sertralina (10,1%). Após todos os ajustes, observou-se que a chance de uso de antidepressivos é maior em pessoas do sexo feminino, na faixa etária entre 18 e 44 anos, pertencentes às classes A e B, de cor/raça branca, que autorrelataram diagnóstico de depressão e estado deprimido/ansioso, em polifarmácia e uso de psicotrópicos, que não foram internadas no ano anterior e abstêmias. A prevalência de uso de antidepressivos encontrada é menor que nos Estados Unidos e Europa, mas está de acordo com outros estudos realizados no Brasil. Os fatores associados ao uso de antidepressivos encontrados em nosso estudo são consistentes com os reportados pela literatura. Os achados sugerem que pode haver iniquidade de acesso ao tratamento medicamentoso da depressão no Sistema Único de Saúde. Embora haja no Brasil um sistema de saúde de acesso universal, as iniquidades encontradas, principalmente para indivíduos não brancos e pertencentes às classes sociais menos favorecidas, apontam que é necessário aprimorar ações que assegurem acesso ao tratamento dos transtornos depressivos pelos usuários da atenção primária que dele necessitem.
Abstract: The aim of this study was to estimate the prevalence of antidepressant use in the last 30 days in adult primary care users of the Brazilian National Health System. Additionally, we investigated the association between antidepressant use and selected characteristics. This work is part of the National Survey on Access, Use and Promotion of the Rational Use of Medicines in Brazil - Services, a cross-sectional, evaluative and exploratory study conducted through questionnaires applied to basic health units and medicine dispensing services. We conducted 8.803 interviews in the five Brazilian regions from July to December 2014. The response variable was the use of antidepressants. We performed a descriptive analysis of the population studied and the antidepressants. We measured the association between antidepressant use and demographic, socioeconomic, clinical and lifestyle-related variables through logistic regression. The prevalence of antidepressant use was 6.8% (95% CI 6.2 - 7.3). Among users who self-reported a previous diagnosis of depression and being extremely depressed / anxious, only 29.4 and 24.4%, respectively, reported using antidepressants, suggesting a probable underuse. The most used drugs were fluoxetine (37.9%), amitriptyline (26.1%) and sertraline (10.1%). After all adjustments, multivariate analysis found that the use of antidepressants is more likely in females, aged between 18 and 44 years, higher socioeconomic status, white ethnicity/race, who self-reported depression and anxiety / depressive status, polypharmacy and use of psychotropic, who were not hospitalized in the previous year and alcohol abstinent. The prevalence of antidepressant use observed is lower than in USA and some European countries but is consistent with other studies conducted in Brazil. The factors associated with its use are consistent with the literature.The findings suggest that there may be inequity in access to drug treatment for depression in the Brazilian National Health System. Although patients have a universal right to health in Brazil, the inequities found, especially for non-white individuals and those from lower social classes, show that it is necessary to improve actions to ensure access to treatment of depressive disorders by primary care users.
Subject: Antidepressivos/uso terapêutico
Depressão/tratamento farmacológico
Fluoxetina/uso terapêutico
Amitriptilina/uso terapêutico
Sertralina/uso terapêutico
Farmacoepidemiologia
Fatores socioeconômicos
Atenção primária à saúde
Sistema Único de Saúde
Estudos transversais
Inquéritos e questionários
Brasil
language: por
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Minas Gerais
Publisher Initials: UFMG
metadata.dc.publisher.department: MEDICINA - FACULDADE DE MEDICINA
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública
Rights: Acesso Aberto
metadata.dc.rights.uri: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
URI: http://hdl.handle.net/1843/38571
Issue Date: 17-Feb-2020
Appears in Collections:Dissertações de Mestrado



This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons