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http://hdl.handle.net/1843/38754
Type: | Tese |
Title: | Efeitos do treinamento físico e do sedentarismo sobre a resposta cardiovascular ao estresse emocional agudo: participação do hipotálamo dorsomedial |
Authors: | Cristiane Amorim de Paula |
First Advisor: | Marco Antônio Peliky Fontes |
First Co-advisor: | Cândido Celso Coimbra |
First Referee: | Ruy Ribeiro Campos Júnior |
Second Referee: | Carlos Cesar Crestani |
Third Referee: | Samuel Penna Wanner |
metadata.dc.contributor.referee4: | Andrea Siqueira Haibara |
Abstract: | O mundo urbano oferece dois grandes desafios à homeostase. Primeiro, o comportamento sedentário, que é considerado o principal fator de impacto na saúde global; e segundo, o estresse emocional, que é considerado atualmente um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão, arritmias cardíacas e infarto do miocárdio. Estudos têm sugerido que o sedentarismo exacerba as respostas cardiovasculares diante de uma situação de estresse e que o exercício físico parece atenuar as respostas autonômicas e cardiovasculares ao estresse agudo. Entretanto, os mecanismos centrais envolvidos ainda permanecem desconhecidos. O hipotálamo dorsomedial (HDM) é apontado como o núcleo chave que controla as respostas autonômicas e cardiovasculares ao estresse emocional. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do comportamento sedentário e do treinamento físico na resposta autonômica e cardiovascular ao estresse emocional agudo e nas propriedades funcionais dos neurônios do hipotálamo dorsomedial. O protocolo de aprovação ética: 278/2017 (CEUA-UFMG). Foram utilizados ratos Wistar com seis semanas de idade submetidos a oito semanas de treinamento físico aeróbio com intensidade de 50 a 60% da capacidade máxima, uma hora por dia, cinco vezes por semana denominado grupo treinado (TREIN). O grupo sedentário (SEDEN) foi exposto a esteira rolante por cinco minutos a uma velocidade de 0,8 m / min, cinco vezes na semana. Os nossos resultados mostram que o comportamento sedentário alterou vários parâmetros funcionais (índice de adiposidade – SEDEN: 2,8 ± 0,26 vs TREIN: 2,1 ± 0,16%; atividade simpática basal – SEDEN: 134 ± 5 vs TREIN: 107 ± 9 spike/min; frequência cardíaca de repouso – SEDEN: 382 ± 14 vs TREIN: 342 ± 7 bpm) e resultou em exacerbação da resposta cardiovascular ao estresse emocional agudo. A desinibição do HDM com a microinjeção do antagonista GABAA, bicuculina, resultou em maiores alterações na frequência cardíaca (∆FC SEDEN: 107 ± 26 vs TREIN: 38 ± 14 bpm) e atividade simpática do nervo renal (∆ASNR SEDEN: 96 ± 16 vs TREIN: 42 ± 10%) dos animais sedentários. A estimulação dos receptores NMDA do HDM em animais acordados, resultou claramente em maior resposta pressora (∆PAM SEDEN: 13 ± 2 vs TREIN: 4 ± 2 mmHg) e taquicárdica (∆FC SEDEN: 127 ± 23 vs TREIN: 50 ± 13 bpm) no grupo sedentário. O bloqueio dos receptores NMDA nos animais anestesiados, resultou em um aumento na ASNR nos animais treinados (ASNR SEDEN: 1 ± 7 vs TREIN: 67 ± 21%). Nossos resultados confirmam e estendem achados anteriores mostrando que o sedentarismo altera parâmetros importantes para a homeostase e potencia a resposta cardiovascular associada ao estresse. Parte deste efeito parece envolver alterações no balanço GABA-Glutamato no HDM resultando em alterações na reatividade autonômica e tônus autonômico. Desta forma, o presente estudo sugere que o sedentarismo pode ser um facilitador do desenvolvimento de doenças cardiovasculares incluindo aquelas associadas ao estresse e que alterações neuroquímicas no HDM fazem parte dos mecanismos centrais envolvidos. |
Abstract: | The urban world has two great challenges to homeostasis. First, sedentary behavior, which is considered the main impact factor on global health; and second, emotional stress, which is considered an important risk factor for the development of cardiovascular diseases, such as hypertension, cardiac arrhythmias and myocardial infarction. Studies have suggested that sedentary lifestyle exacerbates cardiovascular responses to a stressful situation and that physical exercise seems to attenuate as autonomic and cardiovascular responses to acute stress. However, the remaining mechanisms still remain unknown. The dorsomedial hypothalamus (DMH) is pointed as the key nucleus that controls the autonomic and cardiovascular responses to emotional stress. The objective of this work was to evaluate the effects of sedentary behavior and physical training on the autonomic and cardiovascular response to acute emotional stress and on the desired properties of neurons in the dorsomedial hypothalamus. The ethical protocol: 278/2017 (CEUA- UFMG). Six-week-old Wistar rats were used during eight weeks of aerobic physical training with an intensity of 50 to 60% of the maximum capacity, one hour a day, five times a week called the trained group (TRAIN). The sedentary group (SEDEN) was exposed to a treadmill for five minutes at a speed of 0.8 m/min, five times a week. Our results show that sedentary behavior changed several standard parameters (adiposity index - SEDEN: 2.8 ± 0.26 vs TREIN: 2.1 ± 0.16%; baseline sympathetic activity - SEDEN: 134 ± 5 vs TREIN: 107 ± 9 spike / min; resting heart rate - SEDEN: 382 ± 14 vs TREIN: 342 ± 7 bpm) and resulted in an exacerbation of the cardiovascular response to acute emotional stress. Disinhibition of DMH with microinjection of the GABAA antagonist bicuculline resulted in greater changes in heart rate (HR - ∆HR SEDEN: 107 ± 26 vs TREIN: 38 ± 14 bpm) and renal sympathetic nerve (ASNR - ∆ASNR SEDEN : : 96 ± 16 vs TREIN: 42 ± 10%) of sedentary animals. The stimulation of DMH NMDA receptors in awake animals clearly resulted in greater pressor response (∆PAM SEDEN: 13 ± 2 vs TREIN: 4 ± 2 mmHg) and tachycardia (∆FC SEDEN: 127 ± 23 vs TREIN: 50 ± 13 bpm ) no sedentary group. Blocking NMDA receptors in anesthetized animals resulted in increase in ASNR in trained animals (ASNR SEDEN: 1 ± 7 vs TREIN: 67 ± 21%). Our results confirm and extend previous findings showing that sedentary lifestyle alters important parameters for homeostasis and enhances the cardiovascular response associated with stress. Part of this effect appears to be altered in the GABA-Glutamate balance in DMH damage to alterations in autonomic reactivity and autonomic tone. Thus, the present study highlighted that sedentary lifestyle can be a facilitator of the development of cardiovascular diseases, including those associated with stress, and that neurochemical changes in DMH are part of the mechanisms involved. |
Subject: | Fisiologia Sistema nervoso central Estilo de vida sedentário Estresse psicológico Exercício Hipotálamo médio |
language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Publisher Initials: | UFMG |
metadata.dc.publisher.department: | ICB - DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E BIOFÍSICA |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas - Fisiologia e Farmacologia |
Rights: | Acesso Restrito |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/38754 |
Issue Date: | 18-Jun-2021 |
metadata.dc.description.embargo: | 18-Jun-2023 |
Appears in Collections: | Teses de Doutorado |
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