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http://hdl.handle.net/1843/39706
Tipo: | Artigo de Periódico |
Título: | O evento de violência urbana e o serviço de emergência SUS: profissionais de saúde diante da dor do usuário |
Autor(es): | Silvilene Giovane Martins Pereira Carlos José de Paula Silva Ana Pitchon Marcelo Drummont Naves Elza Machado de Melo Efigenia Ferreira e Ferreria |
Resumo: | A compreensão da interferência cotidiana da violência na dinâmica organizacional dos serviços de emergência de saúde é bastante complexa. Em nenhum outro serviço a violência adquire tamanha visibilidade e constância, entranhada no processo de trabalho específico do serviço de emergência e nas relações entre profissionais de saúde e usuários. Neste estudo, buscou-se conhecer entre profissionais de saúde, de um lado regidos por um sistema de regras próprias, por outro regulados pelas regras sociais e institucionais que interferem em sua prática profissional, o modo como veem e reagem diante da dor do trauma físico e emocional, do sofrimento do outro disfarçado em algo comum no cotidiano do serviço de emergência, bem como compreender o sentido atribuído por eles à humanização da assistência. O estudo está apoiado na teoria de Pierre Bourdieu (2008; 2010), que aborda como o poder simbólico se impoe na área da saúde, e de Hannah Arendt, que trata da banalização da violência na sociedade (2015). Utilizou-se a abordagem qualitativa, realizada por meio de entrevista estruturada. A coleta de dados foi realizada nos Hospitais Maria Amélia Lins, Hospital de Pronto-Socorro Joao XXIII e Hospital Municipal Odilon Behrens, especializados em politraumatismos - unidades de referência no atendimento às vítimas de traumatismo maxilofacial em Belo Horizonte-MG. A amostra da pesquisa constituiu-se de cirurgioes bucomaxilofaciais do serviço de emergência dos hospitais, que aceitaram participar do estudo. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. O estudo permitiu identificar que os profissionais da saúde não estao imunes à experiência da violência dos casos assistidos no processo de trabalho que leva ao sofrimento destes diante do trauma físico e emocional, da dor do outro. Ficou evidenciado que, para suportar a dor do outro, profissionais de saúde adotam uma postura de defesa, imparcialidade ou ainda a aniquilação da capacidade de ação para o enfrentamento da violência, o que impoe às vítimas de violência um modelo médico que lhes nega as prerrogativas de sujeito, o rompimento com um atendimento humanizado. É no processo de formação das instituições e profissionais de saúde que se podem enraizar valores e atitudes de respeito à vida humana, indispensáveis à consolidação e à sustentação de uma nova cultura de atendimento à saúde. |
Assunto: | Violência urbana Sistema Único de Saúde (Brasil) Pessoal de saúde |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Minas Gerais |
Sigla da Instituição: | UFMG |
Departamento: | FAO - DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA SOCIAL E PREVENTIVA MED - DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SOCIAL FAO - FACULDADE DE ODONTOLOGIA |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Identificador DOI: | http://www.dx.doi.org/ 10.5935/2238-3182.20160073 |
URI: | http://hdl.handle.net/1843/39706 |
Data do documento: | Dez-2016 |
metadata.dc.url.externa: | http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/2143 |
metadata.dc.relation.ispartof: | Revista Médica de Minas Gerais |
Aparece nas coleções: | Artigo de Periódico |
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